EMPREENDEDORISMO: VANTAGENS E DESVANTAGENS AO SE TORNAR EMPREENDEDOR SCALCO,L;GALVÂO,T.R. RESUMO O presente artigo será apresentado no VI Fórum Cientifico da FAP e pretende servir como orientação aos futuros empreendedores que têm um sonho e que não sabem ao certo as vantagens e desvantagens que poderão encontrar na busca do sucesso e da realização. Porém não é um guia que deva ser encarado como uma verdade única, e sim uma ajuda na clareza das idéias iniciais. É uma pesquisa de caráter bibliográfico, que busca demonstrar os prós e os contras que envolvem o empreendedorismo. Palavras - chave: Empreendedorismo. Vantagens. Desvantagens. ABSTRACT This paper will be presented at the Sixth Scientific Forum of FAP and is intended to serve as guidance for future entrepreneurs who have a dream and not sure what the advantages and disadvantages they may encounter in the pursuit of success and achievement. But there is a guide that should be viewed as a single truth, but rather an aid to clarity of initial ideas. It is a bibliographical research, which seeks to demonstrate the pros and cons involving entrepreneurship. Key words: Entrepreneurship. Advantages. Disadvantages. INTRODUÇÃO Levando em consideração a importância do empreendedorismo para o progresso, observa-se que por meio dele, é que muitas pessoas alcançam o tão almejado sucesso profissional. Há vários conceitos a respeito do seu significado e de sua importância, porém, muitos estudiosos utilizam tais conceitos para alertarem aos futuros empreendedores os cuidados que devem ser tomados. Ao montar um novo negócio o empreendedor assume a responsabilidades e riscos pelo seu desenvolvimento e sobrevivência, e em compensação usufrui de algumas vantagens. VANTAGENS E DESVANTAGENS AO SE TORNAR EMPREENDEDOR A maioria dos empreendedores abre o seu negócio sem o devido planejamento, e, infelizmente acabam fechando as suas portas nos três primeiros anos de existência. Chiavenato (2008, p. 15) descreve os principais fatores e causas mais comuns para o fracasso do empreendedorismo, sendo estes: a incompetência do empreendedor; falta de experiência gerencial; lucros insuficientes; juros elevados; perda de mercado; mercado consumidor restrito; pouca competitividade; recessão econômica; vendas insuficientes; dificuldades de administração de estoque; localização inadequada; dívidas e cargas tributarias demasiadas; capital e ativos insuficientes. É necessário avaliar algumas barreiras de um novo empreendimento. Por conta disso, Chiavenato (2008, p. 21) lista alguns elementos demonstrando os pontos fundamentais de desvantagens no empreendedorismo. Enumerando esses pontos, temos: - Esqueça o tempo de oito horas de jornada, os fins de semana e os feriados, pelo menos no transcorrer de alguns meses ou, até mesmo, anos. - Existe a probabilidade de o empreendedor deteriorar seu investimento de capital financeiro ($) e quem sabe o dinheiro de outras pessoas que também contribuíram com a entrada de numerário para o desenvolvimento do negócio. - Possivelmente, o empreendedor não poderá contar com um ganho regular ou nem mesmo com algum ganho durante o momento inicial do empreendimento, até porque se trata do início do negócio. - O empreendedor assumirá um enorme papel de responsabilidades. Terá de tomar decisões, muitas vezes sem o conhecimento de seus cooperados (colaboradores), em todas as dificuldades e decisões importantes do negócio. - O empreendedor terá de realizar o que gosta, isso é extremamente importante para sua realização pessoal, e mais o que não adora para tocar seu próprio empreendimento. - Todo o tempo e todas as forças terão de ser aproveitadas e concentradas. Devendo se concentrar nessa missão. Isso diminuirá a atenção disponível para a família e para os amigos. Para Chiavenato (2008, p. 15), observa-se que nos novos negócios a mortalidade prematura é tão alta que por muitas vezes driblar tais fatores negativos se tornam cansativos para quem luta contra eles. Conforme o autor, os riscos na abertura do seu negócio são grandes e perigos não faltam. Assim, quem decide abrir a sua empresa, deverá ter muita cautela e jogo de cintura para enfrentar os possíveis obstáculos encontrados no caminho. Outra realidade do empreendedor é que ele promove a visão com paixão entusiástica. Há, entretanto, um único senão: essa promoção da visão com tanta paixão, dura apenas pouco tempo, considerando que o forte do empreendedor não é o planejamento estratégico. O empreendedor é adaptativo por natureza. O seu planejamento é moldado às contingências do ambiente, as ações, em grande parte das vezes, são ações do tipo apaga-incêndio. DANTAS (2008, p. 10). Conforme Marcondes e Bernardes (2004) antes de criar uma empresa, se faz necessário que o empresário tenha alguém que o oriente sobre o empreendimento e o alerte sobre os perigos das decisões erradas e comportamentos inadequados. Dessa forma, observa-se que o monitoramento do negócio com a ajuda de alguém que entenda sobre o mundo dos empreendimentos, é uma escolha fundamental para o sucesso do empreendimento. Em relação a esse aspecto, cabe destacar que o SEBRAE possui meios de assessoramento para os micros e pequenos empresários. Existem muitas razões pelas quais muitas pessoas constituem os seus próprios negócios e assumem os riscos, se seguir cuidadosamente as instruções possivelmente conseguirá sua independência laboral e financeira. São alguns ingredientes para o empreendedor começar a pensar em seu próprio negócio: cautela, bom senso e não ter pressa. (CHIAVENATO, 2008, p. 24) Ao montar seu próprio negócio o empreendedor assume a responsabilidade e os riscos pelo seu desenvolvimento e sobrevivência, e em compensação usufrui de algumas vantagens. Para Chiavenato (2008, p. 17) a lista a seguir apresenta algumas razões pelas quais as pessoas se engajam em negócios: - forte desejo de ser seu próprio patrão, de ter independência e não receber ordens de outros, fundamentando-se apenas em seu talento pessoal. A isso se dá o nome de espírito empreendedor; - oportunidade de trabalhar naquilo que gosta, em vez de trabalhar como subalterno apenas para ter segurança de um salário mensal e férias a cada ano; - sentimento que pode desenvolver sua própria iniciativa sem o guarda-chuva do patrão; - desejo pessoal de reconhecimento e de prestígio; - poderoso impulso para acumular riqueza e oportunidade de ganhar mais que quando era simples empregado; - descoberta de uma oportunidade que outros ignoram ou subestimaram; - desafio de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais em um ambiente desconhecido. Para Bernardi (2003, p. 66) “entre muitas motivações e razões objetivas para empreender encontram-se predominantemente as seguintes”: - necessidade de realização; - implementação de idéias; - independência; - fuga da rotina profissional; - maiores responsabilidades e riscos; - prova de capacidade; - auto-realização; - maior ganho; - status; - controle da qualidade de vida. CONCLUSÃO Sem dúvida o empreendedor passará por momentos variados em sua jornada, apontar os riscos e os possíveis ganhos para que possa refletir o ajudará a analisar se realmente está pronto para o mercado e apto para desafiar seus limites ou desenvolver esta atividade que hoje é fundamental para economia mundial. REFERÊNCIAS BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: ao espírito fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas empreendedor. São Paulo: Editora Saraiva, 2008. DANTAS, Edmundo Brandão. Empreendedorismo e Intra-Empreendedorismo: é preciso aprender a voar com os pés no chão, 2008. Disponível em: http://www.bocc.uff.br/pag/dantas-edmundo-empreendedorismo.pdf > acesso em 30/09/2012. MARCONDES, Reynaldo C.; BERNARDES, Ciro. Criando empresas para o sucesso: empreendedorismo na prática. São Paulo: Editora Saraiva, 2004.