InsideLook_Personalidade We’ll see you there. 06 Com o teatro no corpo Miguel Guilherme MIGUEL GUILHERME FOI O VENCEDOR DO PRÉMIO DE MELHOR ACTOR DE TEATRO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES, EM FEVEREIRO, PELO DESEMPENHO NA PEÇA O SENHOR PUNTILA E O SEU CRIADO MATTI. DEPOIS DE UM ANO EM CHEIO, TEM AGORA EM PERSPECTIVA UM ESPECTÁCULO COM BRUNO NOGUEIRA, QUE DEVERÁ SUBIR AO PALCO EM JULHO. EM ENTREVISTA À INSIDE LOOK, FALA DA VIDA E DA SUA PAIXÃO PELA REPRESENTAÇÃO. O actor tem a capacidade de influenciar, de passar emoções, de fazer pensar, de divertir. Como é que se vive com esse poder? Não penso tanto que o teatro influencie Depende das peças. E não acho que seja por a viver algo comum, estão em comunhão aí. O teatro é uma arte performativa, e há a viver o momento. Para mim, isso é que é muitos tipos de teatro, muitos tipos de textos. o teatro. Acontece teatro quando actores as pessoas. O que acontece é que todas aquelas pessoas, naquele momento, estão e espectadores estão envolvidos no mesmo jogo. Pode não acontecer sempre. Qual foi o papel que mais gostou de interpretar no teatro? Porquê? Fotografia: Rafael G. Antunes / Sábado Houve vários, mas não queria estar a especificar. Todos eles são importantes para mim. Este papel do Senhor Puntila é muito importante em todos os sentidos. Pelo seu tamanho, pelo seu desafio, pela maneira como foi trabalhado e pela importância que tem… afinal é Brecht. Tem muito texto, obriga a encontrar duas personalidades no mesmo personagem e é muito exigente fisicamente… É muito importante, tal como foi o anterior,