COLUNA DA
COMPETÊNCIAS A SERVIÇO
DO DESENVOLVIMENTO DE PERNAMBUCO
E DE SUAS EMPRESAS
Ano 15
nº 797
Domingo, 12.01.2014
AS LIÇÕES DO CASO EIKE
UM BOM PLANO DE NEGÓCIO DEVE CONTER ESTIMATIVAS CONSERVADORAS, DE MODO QUE OS PERCALÇOS
QUE PORVENTURA OCORRAM POSSAM SER SUPERADOS COM RELATIVA FACILIDADE.
O Brasil é um dos mais
importantes países pertencentes à
categoria de emergentes em todo
o mundo, grupo que pode ser
identificado por uma série de
características próprias, entre elas
a carência de infraestrutura. Se por
um lado esse gargalo representa
uma ameaça à nossa
competitividade, por outro abre
uma grande brecha de
oportunidades para os
empresários, pela necessidade
urgente de novos investimentos.
Foi de olho nesse potencial que, há
alguns anos, o Brasil assistiu ao
aparecimento de um brilhante
empresário, investidor de minas de
diamantes, sucesso absoluto no
campo empresarial e pessoal: Eike
Batista. Do apogeu à derrocada, a
história de Eike e seu império deixa
lições importantes para qualquer
pessoa que deseje empreender,
mesmo sem ter, nem de longe, a
mesma capacidade de
investimento que ele.
Tendo vendido suas minas de
diamantes, à procura de novas
oportunidades, Eike se voltou para
a sua terra natal e vislumbrou um
mar de oportunidades emergentes.
Sim, pois o Brasil, ano após ano,
somava bons crescimentos no PIB,
enquanto que as carências em
infraestrutura foram se
multiplicando. O empresário
preparou projetos da maior
importância para o Brasil, sempre
com a letra X em seu nome,
agrupados numa holding
igualmente identificada. Era a mãe
EBX e suas filhas: LLX (logística),
MMX (mineração), MPX (energia),
e OGX (petróleo).
“O sucesso tem muitos pais, mas o
fracasso é órfão.”
John F. Kennedy
(1917–1963), ex-presidente
norte-americano.
Gustavo Guimarães,
sócio da Guimarães Ferreira,
empresa integrante da
Rede Gestão.
([email protected])
Com planos de negócios
ambiciosos, buscou o apoio na
iniciativa privada, de grandes e
pequenos investidores que
quisessem aderir à sua empreitada.
Usando a força de sua imagem de
sucesso e estratégias de marketing
pessoal que o transformaram em
uma celebridade, tornou-se o mais
importante empresário brasileiro.
Suas empresas, igualmente
midiáticas, foram o sucesso da Bolsa
em 2009. Nesse período, a LLX teve
suas ações valorizadas em 500%; a
MMX, em 345,8%; a MPX, em
249%; e a OGX, em 208%.
Mas algo deu errado e as
coisas não saíram como o
planejado. Vieram a crise
financeira, imprevistos na
construção das obras de
engenharia, um poço de petróleo
que não apresentou a performance
esperada. Foi quando vários sócios
preferiram abandonar o barco e
vender suas ações, fazendo o
preço desabar nas bolsas. Nessa
fuga, todos perderam. Eike Batista
viu seu patrimônio derreter e 99%
de seus ativos simplesmente
desaparecerem em 2013.
A primeira lição — velha
conhecida de todos — ficou para os
investidores em Bolsa de Valores.
Não se deve apostar todas as suas
fichas em um negócio, por mais
promissor ou certo que ele possa
parecer. É preciso diversificar o
portfólio e investir esperando apenas
retorno a longo prazo.
Outro ensinamento
importante: os planos de negócios
devem ser vistos apenas como
planos, e não como certezas. Não
se deve esquecer de que: (1) O
investimento planejado ainda está
em projeto. (2) O cronograma de
obras é uma previsão do que será
executado no tempo. (3) As
receitas futuras são apenas
estimativas, da mesma forma que
os custos e as despesas. Não
existem certezas absolutas.
Planos de negócios, vale
repetir, não são certezas — nem
mesmo os pequenos. Ninguém
constrói uma casa sabendo
exatamente quanto vai gastar nem
em quantos dias vai terminá-la.
Porém, deve-se iniciar a
construção com um bom projeto,
pois eles tendem a ser mais
confiáveis e eficientes. Um bom
plano de negócio deve conter
estimativas conservadoras, de
modo que os percalços que
porventura ocorram possam ser
superados com relativa facilidade.
Adotar alguns cuidados
simples e manter sob controle o
entusiasmo e a ansiedade em
botar o novo negócio para rodar
evitaria que muitos
empreendimentos fechassem
antes mesmo de abrir. Pode ser
que não se consiga acertar o ponto
“X” com exatidão, mas pode-se
chegar ao “Y” com uma equação
de fácil resolução.
www.redegestao.com.br
O Profissional em Foco
Férias, Lazer e Cultura
Janeiro, no Brasil, é quase um sinônimo de férias. E férias
é quase sempre um sinônimo de viagem. Mas unir o
agradável das férias ao útil do conhecimento pode ser um
desafio prazeroso. Eis algumas dicas e sugestões:
(1) Enriqueça-se culturalmente fora ou dentro de sua própria
cidade: visite museus, teatros, sítios históricos e
paisagísticos, faça caminhadas e passeios de bicicleta. (2)
Lembre-se: nem todos os programas são necessariamente
caros, há sempre opções boas e acessíveis para você e as
crianças. (3) Um curso de língua estrangeira pode abrir novos
horizontes e facilitar a viagem das próximas férias. (4)
Aproveite para ler livros e ver filmes para os quais não houve
tempo. (5) Se viajar, lembre - se de aprender com as
diferenças culturais. Ótimas férias pra você!
Fonte: Minuto Ágilis
(www.agilis.com.br)
Dica Importante
Três Dicas para Lidar com um Cliente Mal-humorado
- Perceba sinais corporais: note sinais de pressa,
impaciência, objetividade na comunicação. Tente se adequar
ao estilo da pessoa, isso constrói empatia (quando as coisas
empatam). Se a pessoa é expansiva, gesticula, fala mais
alto, brinca, entre no mesmo ritmo, sem exagerar. Como diz
Dale Carnegie, autor de Como fazer amigos e influenciar
pessoas: “as pessoas gostam de pessoas que são iguais a
elas”.
- Tenha uma boa comunicação: isso não significa falar
demais. Ouça bem do que a pessoa precisa, ajuste seu ritmo
vocal e seja empático ao apresentar seus produtos ou
serviços. Se entrar no ritmo da pessoa, ela seguirá o seu.
- Não leve para o lado pessoal: entenda que o mau humor
é parte do seu desafio em alguns casos e nunca encare que a
pessoa está contra você. Ela pode estar num dia ruim apenas.
Crie sintonia, afinidade e empatia antes de começar a vender,
isso desfaz o clima de mau humor, na maioria das vezes.
Fonte: Administradores.com
Você Sabia?
Diferenças na Busca do Emprego
Levantamento realizado em dezembro pelo PageGroup mostra
que os profissionais brasileiros estão em busca de emprego,
porém homens e mulheres se comportam de formas
diferentes. Dos entrevistados, 31% dos homens afirmaram
já ter abordado um headhunter, mesmo sem conhecê-lo, nas
redes socais — contra 29% das mulheres. Além disso, os
homens também utilizam mais sua rede de contatos e
preferem as redes sociais, enquanto elas ainda preferem os
sites de empregos. O estudo questionou os profissionais
sobre quais canais eles utilizam com maior frequência na
busca por oportunidades. Os profissionais entre 18 e 35 anos
preferem buscar emprego pelas redes sociais (especialmente
LinkedIn) e sites de emprego, enquanto apenas 20% dos
entrevistados com idade entre 18 e 25 anos acham que
jornais e revistas ainda são uma forma de busca interessante
de oportunidades.
Fonte: UOL Empregos
Criação
Publicitária
Revisão
Download

005 - COLUNA 12