De 26 de junho a 2 de julho de 2015
Notícias de Itaquera - Zona Leste
Paróquia do Carmo reza contra homofobia
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Regiane Raquel
Afeto e
fronteira
Os católicos da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Itaquera,
criaram uma oração que pede o
enfrentamento à “ofensiva homofóbica, fundamentalista e histérica presente no Congresso Nacional”, além de defender que a própria Igreja supere “a demonização
das relações afetivas”. As preces
foram distribuídas na paróquia
em panfletos na manhã do domingo, 21, após breve reflexão sobre
o tema “Igreja e sexualidades: um
diálogo necessário”, feita pelo padre Luís Correa Lima, que é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-RJ). O compartilhamento
da foto do panfleto nas redes sociais provocou reações favoráveis
e contrárias de internautas.
A “Oração dos Fiéis”, como
foi batizado o texto, pede a ascensão de “causas libertárias” e a garantia dos direitos quanto à orientação sexual. Coordenador da comissão que criou a prece, o padre
Paulo Sérgio Bezerra diz que o
texto tem inspiração na Bíblia e
que sua intenção é tratar de temas
atuais e pregar a solidariedade. “A
gente reflete nas nossas orações o
que acontece na sociedade”, diz
Bezerra.
Para ele, a atual configuração
do Congresso Nacional é dominada pelo fundamentalismo religioso. “Em primeiro lugar, eu
acho que os intolerantes como
Silas Malafaia, o [deputado fede-
ral Marco] Feliciano, tem um projeto político perigoso na linha da
teocracia cristã”, critica o padre.
“Essa ideologia é filha direta do
preconceito cultural, social e racial e há pessoas espertas que manipulam a palavra de Deus, tiram
do contexto, pegam frases soltas
e, para manter o poder e o projeto
político, incitam o povo à intolerância religiosa.”
Desde que administra a paróquia em Itaquera, Bezerra também
se tornou conhecido na comunidade por seu posicionamento político. Há pelo menos oito anos
ele coordena campanhas contra
homofobia e intolerância. Para as
comemorações da Festa de Nossa
Senhora do Carmo, o padre organizou uma série de pronunciamentos aos domingos, o que incluiu um professor de história que
tratou de sexualidade. Entre os
outros convidados, estão o deputado federal Chico Alencar
(PSOL-RJ), o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) Guilherme Boulos, e o jornalista e diretor da ONG Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto.
As reações contrárias à “Oração dos Fiéis” por parte de alguns
católicos, segundo o padre, são
“pouco numerosas, mas muito
barulhentas”. A maior parte dos
compartilhamentos da foto original publicada no Facebook é favorável, mas o texto também pro-
vocou reação de ao menos um
blog católico que qualificou o texto como “escandaloso”.
Mudança - Com a chegada do
Papa Francisco ao mais alto cargo da Igreja Católica, a interpretação de Bezerra é de que há uma
oportunidade para transformar a
visão sobre sexualidade dominante na religião. “Precisamos ler a
Bíblia com senso crítico e também dentro de um contexto”, defende o padre. “A questão da sexualidade (conta) com a contribuição que hoje as ciências oferecem, inclusive com o direito das
pessoas adultas terem liberdade em
relação à sua orientação sexual.”
O professor da PUC-RJ Luís
Correa Lima, que fez o pronunciamento na igreja em Itaquera no
domingo, diz que a interpretação
da Igreja Católica sobre o tema já
mudou. Lima estuda religião e
sexualidade há pelo menos 9 anos,
e diz que o papa Francisco trouxe
novas interpretações sobre a moral com sua carta “A Alegria do
Evangelho”, em que diz que o cristão deve procurar o bem de todos,
e não repreender. “Ele diz que a
moral cristã não é um conjunto de
preceitos e proibições, mas uma
resposta ao amor de Deus que nos
salva”, diz Lima sobre o papa
Francisco. “Ele deslanchou um
debate na Igreja que realmente faz
com o processo avance. Há um
debate muito rico que já está fazendo mudanças.”
Começo com a seguinte citação: “Sabese que as educações
permissivas e condescendentes criam uma
grande instabilidade.
É necessário que os
pais sejam tanto figuras da Lei quanto do
Amor. Os filhos precisam tanto de afeto
quanto de figuras fortes contra as quais
possam brigar, se construir e se
afirmar... E, sobretudo, em quem
possam se apoiar, ser de fato crianças e não pequenos adultos”.
Talvez o trecho fale por si só
e dispense qualquer editorial crítico e opinativo, porém existe um
detalhe - que passa quase desapercebido – fundamental. As palavras ‘leis’ e ‘amor’ veem grafadas com letra maiúscula. Por
que será?
Na Literatura, especialmente
no simbolismo, que trabalha pormenores desse tipo, quando se
usa essa marca maiúscula, o objetivo é o de trabalhar a essência da palavra. Isto é, a grande
“sacada” é trazer à tona todo o
contexto que circula no significado.
A palavra LEI nos remete a
regras, limites, normas que devem ser observadas para o bem
próprio e da sociedade em que
vivemos e convivemos.
Já o termo AMOR é subjetivo
e amplo, mas não que não possa
ser “dissecado” e traga consigo
uma carga tão grande de emoções
capaz de sensibilizar o mais bruto dos mortais. No fundo, amor
Paulo na região Leste.
Um pouco da história da
Festa Junina
Na sua essência, são festas
multiculturais, embora o formato adotado atualmente carregue
fortes traços das festas dos santos populares em Portugal: Santo Antônio, São João e a Festa
de São Pedro e São Paulo, principalmente. A música e os instrumentos usados (cavaquinho,
sanfona, triângulo, reco-reco,
etc.) estão na base da música
popular e folclórica portuguesa
e foram trazidos para o Brasil
pelos povoadores e imigrantes
do país irmão. As roupas caipi-
ras ou saloias são uma clara referência ao modo de vestir caipira do Brasil e de Portugal.
Dança e decoração - Da
mesma forma, as decorações
com que se enfeitam os arraiais,
dança de fitas típicas, e toda uma
série de similaridades das festas juninas no Brasil indicam que
são originárias da Península Ibérica (Portugal e Espanha). No
entanto, cores e danças da cultura nordestina do forró, conhecido como "pé de serra" se somaram aos nossos dias de comemoração junina.
Comidas - A festa de São João
brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o
Nordeste agradece anualmente a
São João Batista, mas também a
São Pedro, pelas chuvas caídas nas
lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as
comidas feitas de milho integram
a tradição, como a canjica, a
pamonha, o curau, o milho cozido, a pipoca e o bolo de milho.
Também pratos típicos das festas
são o arroz-doce, a broa de milho,
a cocada, o bom-bocado, o
quentão, o vinho quente, o pé-demoleque, a batata-doce, o bolo de
amendoim, o bolo de pinhão etc.
Regiane Raquel de Oliveira é coordenadora pedagógica do Instituto do
Texto (www.institutodotexto.com.br)
Revisão de textos e consultoria
literária
Subprefeitura realiza audiência pública
sobre a Revisão Participativa da Lei de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
(LPUOS) em Guaianases
Festas juninas de unidades de saúde integram atendimento
terapêutico, promoção de saúde e vida comunitária
Junho é mês de festa popular;
de festa junina e, em várias unidades de saúde da Coordenadoria
Regional de Saúde Leste, está
programado um arraial para festejar a alegria, a cultura popular
e para confraternizar.
No CAPS II Adulto Cidade Tiradentes a comemoração aconteceu na sexta-feira, 26. No mesmo dia o Cecco Ermelino Matarazzo celebrou o São João
com muitos comes, bebes e danças populares. Em Itaquera foi a
vez do Clube Escola (antigo Ranieri) e também na sexta-feira,
a equipe do Programa Acompanhante de Idosos (PAI) da UBS
Nossa Senhora do Carmo trouxe música ao vivo para o arraial
de São João. Já na terça-feira, 30
de junho, será a vez do CAPS São
Miguel agitar a comunidade nordestina com muita alegria. Ainda, sexta-feira, 3 de julho, o
CAPS Itaquera agita o Arraiá.
Nos eventos não vão faltar
brincadeiras típicas: quadrilha,
casamento e muito forró. Portanto, o convite é para toda a comunidade, usuários dos serviços,
familiares e quem quiser conferir como funcionam os serviços
de saúde da Prefeitura de São
é tudo o que todos querem.
É nítido que temos vivido tempos difíceis quando o assunto é
educação. As famílias andam perdidas com tantas mudanças e presenciamos um momento de profunda transformação nas relações.
Complicado definir papéis e cobrar quando tudo o que queremos
é o amor em troca – e do nosso
jeito. E para isso não faltam receitas e conselhos espalhados nos
quatro cantos do mundo...
Diante de tanto estudo em
educação e experiências acumuladas, só posso chegar à conclusão de que duas coisas são essenciais na vida primeira de uma
criança (para que ela se torne um
adulto respeitoso): se sentir
amada e limite. Para isso não
existe fórmula, mas existe a decisão de ter vontade de amar com
responsabilidade.
Sejamos otimistas ao acreditar que ainda existe amor capaz
de escolher só o bem.
A Subprefeitura de Guaianases realiza neste sábado, 27 de
junho, uma audiência pública sobre a revisão participativa da Lei
de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. Conhecida como
Lei de Zoneamento, ela normatiza a ação pública e privada
sobre as formas de uso do solo
da cidade. O projeto de lei 272/
2015, resultante do processo
participativo coordenado pelo
Executivo, foi encaminhado à
Câmara no dia 2 de junho, sinalizando o sólido compromisso
da gestão Haddad com o esforço de revisão do conjunto de leis
que regulamentam a política urbana do município.
Essa ação permite aproximar
os instrumentos de planejamento à esfera local, atendendo aos
pleitos legítimos da população
em rever os padrões de uso e
ocupação de cada bairro, quarteirão ou lote da cidade.
O processo de revisão da lei
segue os mesmos parâmetros de
participação democrática que legitimaram a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE), motivada principalmente pela busca da
melhoria da vida cotidiana e pela
transformação de São Paulo em
uma cidade mais humana.
Nesse sentido, o maior desafio foi tratar o zoneamento não
apenas como um instrumento de
política urbana, mas sim como
uma ferramenta para a efetivação
do direito à cidade e ao equilíbrio do seu desenvolvimento.
A revisão da política urbana
do município está sendo conduzida a partir da consciência de
que nossa crise ambiental urbana se intensifica e que a cidade
demanda um outro modelo, devidamente amparado por um pacto social que lhe confira sustentação política.
Entre todas as inovações da
nova proposta de zoneamento, a
maior delas é a identificação do
território como um todo, levando em conta tanto os efeitos e
consequências nos territórios locais bem como os impactos mais
amplos. Desse modo a proposta
vai além da “colcha de retalhos”
e enfrenta as desigualdades e particularidades territoriais como
parte de um conjunto necessário
para o desenvolvimento estratégico da cidade.
Será no dia 27 às 14 horas no
CEU Jambeiro, na avenida José
Pinheiro Borges, 60
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edição 1420 - Notícias de Itaquera