ATA DA ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DOS ALUNOS DE GEOGRAFIA
(CURSOS 54 e 55) CONCERNENTE À GREVE DOS DOCENTES E
FUNCIONÁRIOS DA UNICAMP COM A COORDENADORIA DO CENTRO
ACADÊMICO DE GEOGRAFIA E CIÊNCIAS DA TERRA – CACT – EM 02 DE
JUNHO DE 2014.
No dia dois de junho de dois mil e catorze, com início às dezessete horas e
trinta minutos, no espaço comum em frente à sede das entidades estudantis do
Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas, tendo sido
anunciada a adesão de parte dos docentes do Instituto de Geociências ao
movimento de greve deflagrado por setores dos trabalhadores e docentes da
Unicamp nos últimos dias, foi realizada a Assembleia Extraordinária com a
presença dos seguintes alunos dos cursos de Geografia (54 e 55): Giovanna
Ermani, Stéphanie Panutto, Daniel Bagagli, Gabriela Jovanini, Rafael de Sá,
Hugo Abreu, Paulo Schink, Alexandre Rocha, Cesar Farias, Saulo Silva, Maria
Júlia Rossetto, Gabriel Oliveira, João Marçola, Guilherme Ramos, Eduardo B.
Santos, Fernando Parré, Anderson Sabino, Ana Carolina Kayano, Danilo
Rocha, Rafael Grigoleto, Marcel Bonfim, Rhaysa Zappa, Laura B. Valle,
Mariana Loterio, Damião Santos, Steven Santos, Matheus Silva, Carolina
Zechinatto, Lucas Peters Gonçalves, Bruno Lourenço, Cassio Vieira, Rafael
Rigamonte, Flávia Tognolo, Douglas Silva, Gisele Cavalcante, Guilherme
Montenegro, Paloma Guitarrara, Viviane Araújo, Guilherme Menna, Natan
Carusco, Talita Stefanelli, Iago Vernek, Vitor Ebert, Alvaro Donegá, Mariana
Marques, Lucinei Cordeiro, Gabriela Cury, Cauã Miranda, Fernanda Almeida,
Beatriz Linhares, Luiz Miranda, Marcel Trindade, Diego Luciano, Philipe
Branquinho, Victor Lopes, Caio Almeida, Erica Soares, Lucas Oliveira, Barbara
Ortolan, Frederico Zilioti, Dayane Pinto, Renan F., Fabiana Giaretta, Thiago
Zanini, Marcos H. Lourenço. Houve a presença e colaboração do curso de
Geologia (53), com Raul Mendes, Debora Pimentel, Leticia Oliveira, Igor
Moreira, Amanda Gomes, Renatta Vilela e também do Curso de Ciências
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Sociais (44), com Diana Nascimento, e do programa de pós-graduação em
Geografia, com Maico Machado. Totalizando 74 participantes, sendo 67 do
Curso de Geografia, 6 do Curso de Geologia e 1 da Ciências Sociais. Foi
atingido assim o quórum para que a Assembleia do Curso de Geografia seja
legítima, uma vez que pelo Estatuto exige-se um quinto do total de alunos.
Informes:
1 – Thiago: Em princípio, pelo CACT, propôs-se que a Assembleia
Extaordinária dos alunos fosse em conjunto com o CAGEAC, este último,
representante dos alunos de geologia, preferindo realizar a sua Assembleia em
separado. Ficou-se então instituído que as decisões tomadas na Assembleia
dos alunos de Geografia seriam informadas para que também fossem
analisadas na Assembleia do CAGEAC que estava marcada para o dia
posterior (03/06/2014) às 12 horas.
2 – Thiago: No momento os institutos em greve são o IFCH, IEL, IA, FE, a
faculdade de Arquitetura e Urbanismo e o PROFIS. Os institutos paralisados
são o IB, FEF, IFGW e os que declaram apoio são FEM, FEEC, FEC até o
momento da Assembleia. No instituto de Geociências em greve estão os
funcionários do departamento de Informática e parte dos docentes do DGA e
DGEO, além do vice-diretor e do coordenador de curso.
3 – Thiago: O restaurante universitário principal, RU, suspendeu suas
atividades e entrou em greve, estando ainda ativos as unidades RA e RS.
Pauta:
Deflagração da Greve nas Universidades Paulistas e, em particular, a
adesão da Unicamp devido ao não reajuste salarial dos funcionários e
docentes: É visto como mais que necessário um posicionamento dos alunos
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perante a atual situação. Assim foi convocada esta assembleia, que visa
discutir medidas de posicionamento frente a este movimento.
1) Foi proposto inicialmente que a Assembleia se estabelecesse através de
diálogo livre no debate, e havendo necessidade a abertura de inscrição de
falas. Não foi necessário. Elucidou-se que a opção pela greve foi dada por
que a decisão do CRUESP é a de não concessão do dissídio à classe
trabalhadora das universidades paulistas, sendo elas a USP, Unicamp e
Unesp. O STU declarou greve na data de vinte e nove de maio de dois mil e
quatorze, seguido da Adunicamp. A greve se faz presente pelo
entendimento de que além da não concessão do dissídio este ato é visto
como redução de salário, uma vez que o soldo não será corrigido nem aos
parâmetros da taxa de inflação. Tendo este panorama em vista abriu-se
para as falas.
2) Abriram-se os diálogos lembrando-se que a mobilização se dá em âmbito
estadual e possui impacto imediato nos funcionários e docentes, uma vez
que a redução de poder aquisitivo ocorre no momento presente. Outro
aspecto ressaltado é que a característica da tomada de decisão da não
concessão de direitos reverbera nos estudantes, uma vez que as pautas do
movimento estudantil, como as questões que dizem respeito à permanência
estudantil como moradia e aumento na concessão de bolsas, são recebidas
com semelhante inflexibilidade. Também foi assinalado que há diversas
atividades pleiteando a pauta como o Comando de Mobilização Estudantil,
organizado pelo DCE da Unicamp, a realização do Ato Unificado das três
Universidades que se dará na data de 03 de junho de 2014 em São Paulo,
em frente à reitoria da Unesp e que terá ônibus com saída da Unicamp, a
Assembleia Geral dos Estudantes na quarta feira, 04 de junho de 2014,
dentre outras atividades organizadas no Boletim II do Comando de
Mobilização Estudantil.
3) Ressaltou-se através da lembrança da matéria do jornal Folha de São
Paulo, intitulada “Mensalidade na USP poderia ser paga por 60% dos
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alunos” que as dinâmicas que vêm ocorrendo nas Universidades públicas
se dão no sentido de uma preparação para uma possível privatização do
setor reduzindo ainda mais os direitos dos estudantes. Para além desta
discussão, a falta de recursos que é alegada pela USP foi levantada como
não transparente na medida em que os fundos declarados são apenas do
recolhimento da parcela destinada às entidades através do ICMS, porém,
existe entrada de dividendos nas Universidades de são oriundos de outras
formas, como agências de fomento, empresas e fundos governamentais de
outra natureza. Além dessa questão, levanta-se a pauta concernente a
curadoria de gestão, uma vez que uma entidade educacional como a
Universidade de São Paulo, não pode ser dirigida negligentemente para que
se observe o quadro estabelecido. Dentro da perspectiva da gestão
assinala-se ainda que as três Universidades atravessam momentos
diferenciados e a Unicamp está em expansão, lembrando a aquisição do
terreno de R$ 150 milhões.
4) Foi debatido ainda o uso das Universidades públicas a partir de lógicas
empresariais, cerceando os direitos do livre pensamento e retorno do
conhecimento a sociedade em direção de suas necessidades. Este uso faz
com que os estudantes não se entendam como classe acomodando-se e
perdendo a força de mobilização. É nesse sentido que o debate deve estar
mais presente em nosso cotidiano para que a Universidade mantenha sua
unicidade e nenhum direito possa ser suprimido. Para que este quadro
possa iniciar a sua mudança foram propostas iniciativas de agregação para
debate de todo o corpo de alunos do IG, conjuntamente com funcionários e
docentes. Assinalando-se a comunicação com os demais institutos para
coesão.
5) Lembrou-se também do fator psicológico desta medida de zero por cento de
aumento para os funcionários e docentes, uma vez que pode arrefecer o
movimento pela luta de seus direitos.
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6) Tendo em vista a necessidade de entender como a greve está se
organizando
em
nosso
instituto
e
o
esclarecimento
de
algumas
contrariedades como a não adesão dos funcionários do prédio central, uma
vez que se pode observar que a pauta é de extremo interesse dos mesmos,
a conveniente averiguação de assédio moral, a cobrança de atividades
acadêmicas por professores que se declararam em greve, a realização de
aula por docente que declarou ter aderido, a abertura ou não do IG novo,
além das atividades gerais. Visto que todos os presentes são a favor da
pauta, passou-se a discutir sobre as medidas a serem tomadas pelos
alunos.
7) Foi colocada para votação duas propostas, sendo a primeira delas a
redação de uma carta de apoio aos funcionários e docentes, uma
paralisação de três dias para debate com os interessados e recolhimento
das informações necessárias para o posicionamento dos alunos frente à
greve e uma Assembleia Geral dos estudantes do IG para nova adequação
da dinâmica da greve, com a paralisação ocorrendo até o horário da
Assembleia Geral, às 17:30 horas para nova deliberação. E a segunda com
o mesmo formato modificando apenas que a paralisação estende-se até o
final do expediente às 23 horas no dia da Assembleia Geral, entrando
então em validade ás novas deliberações oriundas desta. A votação seguiu
a seguinte dinâmica:
Pauta 1: Paralisação –
Favoráveis: 65
Contrários: 0
Abstenções: 2
*resultado obtido segundo o numero de associados presentes no momento da votação.
Pauta 2: Paralisação com início na mesma data –
Favoráveis: 25
5
Contrários: 11
Abstenções: 31
*resultado obtido segundo o numero de associados presentes no momento da votação.
Foi aberta a seção de defesa, na qual se argumentou que não haveria
tempo de diálogo com os professores e alunos, que alguns alunos podiam ser
lesados por ser data de apresentação de trabalhos e que iniciando no dia
seguinte os avisos poderiam ser mais bem recebidos. Já a parcela a favor
argumentou em sentido da legitimação do deliberado em assembléia. Houve
nova votação:
Pauta 2.1: Paralisação com início na mesma data –
Favoráveis: 10
Contrários: 23
Abstenções: 15
*resultado obtido segundo o numero de associados presentes no momento da votação.
Em seguida votou-se:
Pauta 3: Paralisação até o horário de início a Assembleia Geral às 17:30h em
05/06/2014 –
Favoráveis: 13
Contrários: 16
Abstenções: 18
*resultado obtido segundo o numero de associados presentes no momento da votação.
Pauta 4: Paralisação até o final do expediente de 05/06/2014, acatando após
esse período as novas deliberações da Assembleia Geral do dia vigente –
Favoráveis: 33
Contrários: 08
Abstenções: 11
6
*resultado obtido segundo o numero de associados presentes no momento da votação.
Passando-se para a decisão se a paralisação ocorreria com piquete:
Pauta 5: Piquete –
Favoráveis: 36
Contrários: 02
Abstenções: 09
*resultado obtido segundo o numero de associados presentes no momento da votação.
Ficou assim deliberado que os estudantes do Instituto de Geografia dos
cursos 55 e 56, estão paralisados até quinta-feira (05 de junho de 2014) às
23:00 horas com o recurso de piquetes e nova Assembleia Geral
ocorrendo na mesma data ás 17:30 horas.
Ao final das votações foi levantada a preocupação com relação ao
campo da disciplina de Desenvolvimento da Agricultura Brasileira que sairia na
manhã seguinte às 07:45 horas. Ficou estabelecido que o campo devesse
manter sua continuidade devido aos esforços que já haviam sido mobilizados,
além do envolvimento de outra entidade. Em seguida estabeleceram-se as
comissões da paralisação, estando divididas da seguinte forma:
Comissão de Comunicação: Responsável pela transmissão das medidas aos
interessados como funcionários e docentes. Divulgação entre os alunos e
demais atividades que se originam dessas iniciais. São os representantes:
Giovanna Ernani, Stéphanie Panutto, Marcos Lourenço, Paulo Schink, Mariana
Lima e Lucas Peters.
Comissão do Piquete: Responsável por realizar os piquetes e da organização
posterior do espaço utilizado. São os representantes: Lucas Peters, Hugo
Abreu, Lucinei Cordeiro, Guilherme Ramos, Gabriela Jovanini, Gabriel Oliveira,
Rafael Sá, Vitor Ebert, Eduardo Bernardo, Josias e Carlos Espindola.
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Comissão de Programação: Responsável pela organização dos debates e
demais atividades. São os representantes: Tiago Zanini, Marcos Lourenço,
Douglas Henrique, Eduardo Bernardo, Vitor Amaral e Guilherme Montenegro.
CRONOGRAMA:
•
Terça-Feira
(03/06):
Inicia-se
as
atividades
concernentes
à
paralisação às 8h.
•
Quarta-feira (04/06): prosseguimento das atividades.
•
Quinta-feira (05/06): Assembleia Geral dos estudantes do Instituto
de Geociências para discutir a greve no IG. Ás 17h30 no espaço das
entidades estudantis.
Sem mais, a Assembleia Ordinária foi encerrada e eu, Fernanda Carolina
Santos de Almeida, lavrei a presente ata.
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