USO DE SENSORIAMENTO REMOTO NO MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCO DE DESLIZAMENTO Radoan Luiz Rodrigues 1, Luiz Sergio Vanzela2 1 UNICASTELO/Mestrando em Ciências Ambientais, Av. Paulo Ferraz da Silva Porto 995 UNICASTELO/Professor Titular, Mestrado em Ciências Ambientais, Est. Projetada s/n, Fernandópolis - SP 1 2 [email protected] , [email protected] 2 Resumo- O mapeamento das áreas de risco de deslizamento são ferramentas imprescindíveis na prevenção de desastres naturais, sendo, entretanto, uma tarefa complexa e de alto custo. Neste contexto, este projeto avaliará o uso de sensoriamento remoto no mapeamento de áreas de riscos de deslizamentos, utilizando imagens NDVI (índice de vegetação por diferença normalizada) e MDE (modelo digital de elevação). Com a conclusão deste projeto espera-se desenvolver um modelo preciso para o mapeamento de áreas de risco de deslizamento utilizando imagens NDVI e MDE. Palavras-chave: desastres naturais, uso e ocupação do solo, declividade. Área do Conhecimento: Ciências Ambientais. Introdução Metodologia Nos domínios morfoclimáticos tropicais a elevada umidade provoca o encharcamento do solo que, por sua vez, favorece os movimentos de massa (SESTINI, 1999) que são potencializados em áreas de alta declividade. Além dos fatores naturais favorecerem deslizamentos de terras, ainda existe a contribuição externa oriunda da crescente ocupação e uso do solo urbano de forma irregular. Com isso, o mapeamento das áreas de risco de deslizamento são ferramentas imprescindíveis na prevenção de desastres naturais, sendo, entretanto, uma tarefa complexa e de alto custo. O grau de cobertura do solo pode ser analisado pelo índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) e a declividade pelos modelos digitais de elevação (MDE). Como estes dois produtos podem ser obtidos por sensoriamento remoto, o mapeamento de áreas de risco, após devidas calibrações, pode ser uma promissora ferramenta de prevenção de desastres naturais, agregando rapidez e de baixo custo. Segundo Marcelino (2003), o sensoriamento remoto e o sistema de informações geográficas (SIG) buscam reduzir a subjetividade e aumentar cada vez mais a objetividade e o índice de confiabilidade dos mapeamentos. Neste contexto, este projeto avaliará o uso de sensoriamento remoto no mapeamento de áreas de risco de deslizamentos, utilizando imagens NDVI e MDE. O projeto está sendo desenvolvido no período de março a novembro de 2014, no município de Caraguatatuba, SP, localizado entre as latitudes 23°27’05,22” e 23°47’38,07” Sul e 45°13’44,71” e 45°47’22,45” Oeste (Figura 1). SÃO PAULO CARAGUATATUBA Figura 1. Localização dos limites municipais de Caraguatatuba. Para atingir os objetivos do projeto, serão realizadas análises correlações cruzadas do mapa das áreas de risco de deslizamento com a imagem NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) integrados com o mapa de declividades. Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco 109 O NDVI será realizado a partir de imagens do satélite LANDSAT 8, sensor OLI, bandas 4 (red) e 5 (near infrared) (Figura 2), utilizando a seguinte expressão: NDVI = ( ρ NIR − ρ R ) , sendo: ( ρ NIR + ρ R ) Discussão Se a metodologia com uso de NDVI e MDE apresentar ótima precisão, será possível realizar mapeamentos utilizando sensores remotos. Com isso, os trabalhos de avaliação de áreas de risco poderão tornar-se rápidos e de baixo custo. Conclusão NDVI – Índice de vegetação por diferença normalizada; ρNIR – refletividade do infravermelho próximo; ρR – refletividade do vermelho. NDVI Com a conclusão deste projeto espera-se desenvolver em modelo preciso para o mapeamento de áreas de risco de deslizamento utilizando imagens NDVI e MDE Referências NIR R Figura 2. Detalhe das bandas 4 e 5 e da imagem NDVI. O mapa de declividade será realizado a partir do MDE (Modelo digital de elevação) obtidos pelo radar ASTER (Figura 3). Araujo, Ivaldo. Cáuculo de NDVI a partiR do Mosaico do Estado de Pernambuco, utilizando técnicas de Geoprocessamento. s/ano Moura, Lúcio do C. et. al.. Análise comparativa entre Mapeamentos Convencional e por Modelagem em sig para solos. Revista caminhos da Geografia V.14, nº45. Uberlândia-MG. Março de 2013 Marcelino, E. Mapeamento de áreas susceptíveis a escorregamento no município de Caraguatatuba (SP) usando técnicas de sensoriamento remoto. INPE, São José dos Campos-SP 2004. Sestini, M. Variáveis geomorfológicas no estudo de deslizamentos em Caraguatatuba-sp utilizando imagens tm-landsat e sig. 1999. Figura 3. Detalhe da determinação do mapa de declividades com o MDE. A análise de correlação cruzada permitirá avaliar os padrões de NDVI e de declividades, predominantes dentro das áreas de risco. Silva, Carolina S. J. e. et. al. Comparação do índice de vegetação NDVI de imagens CBERS2/WFI e TERRA/MODIS. Departamento de Ciências Florestais- DCF; Universidade Federal de Lavras- UFLA, Lavras MG-Brasil. 2007. Resultados A expectativa é que com o desenvolvimento deste projeto, seja possível avaliar a precisão do uso de imagem NDVI integrada com o mapa de declividades no mapeamento de áreas de risco de deslizamentos. Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco 110