Apoiar a Cooperar
Assistência Científico-Pedagógica, no âmbito da
Educação e Desenvolvimento
Júlio Gonçalves dos Santos, Rosa Silva, Sara Poças, Rui da Silva, Carolina Mendes, Nadir Faria
Gabinete de Estudos para a Educação e Desenvolvimento, Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Viana do Castelo
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O modelo de Assistência Científico-Pedagógica desenhado pela ESE-IPVC tem por base a experiência e o
conhecimento aprofundado, ao longo dos últimos onze anos, dos conceitos, valores e práticas inerentes
aos processos de Cooperação para o Desenvolvimento, com especial relevância para a área da Educação.
Pressupostos
• Enfatizar a existência de parcerias que valorizam as
diferenças culturais, a necessidade de melhorar a
mediação entre o “global” e o “local” e a integração do
conhecimento local (Kanu, 2005);
• Alertar para os perigos da transferência curricular
internacional de forma acrítica (Crossley & Watson, 2003);
•
•
Incidir na implementação e sustentabilidade da mudança
educativa planeada;
Incentivar e promover a inovação no campo da Cooperação
em Educação chamando a atenção para agendas
educativas e concepções que reflectem sobre o apoio
aos sistemas educativos em situação de fragilidade e
pós-conflito;
• Acentuar a importância do contributo da Educação
para o Desenvolvimento, para a redução da pobreza e
para a criação de competências, valores e atitudes para
uma cultura de assumpção de responsabilidades de
cidadania, pondo em relevo o potencial da Educação
como instrumento de construção da paz (Sinclair, 2004).
Contextos de implementação
Programa Saber Mais (Angola)
Promotor: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
(IPAD);
Parceiro: Ministério da Educação de Angola.
PASEG II – Programa de Apoio ao Sistema Educativo da GuinéBissau (Guiné-Bissau)
Promotor: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
(IPAD);
Parceiro: Ministério da Educação Nacional, Cultura, Ciência,
Juventude e Desportos.
Lições aprendidas
• Assistência científico-pedagógica
de proximidade/diversidade e
proximidade com os actores,
enquanto agentes de mudança;
• Valorização
de
conhecimentos e valores;
outros
• Estabelecimento de comunidades
de prática;
• Aprendizagem sobre o pathos da
implementação de Projectos, na
reflexão e experiência das parcerias
e da participação;
• Enriquecimento
institucional,
assente na prática e na literatura
especializada;
• Testemunho de outras vozes,
lugares, diferenças e maneiras de
ver e construir o futuro.
Referências bibliográficas
Crossley, M. & Watson, K. (2003). Comparative and
International Research in Education – Globalization, Context
and Difference. Londres: Routledge/Falmer.
Kanu, Y. (2005). Tensions and dilemmas of cross-cultural
transfer
of
knowledge:
post-structural/post-colonial
reflections on an innovative teacher education in
Pakistan. International Journal of Educational Development,
25 (5), 493-513.
Sinclair, M. (2004). Learning to Live Together: Building Skills,
Values and Attitudes for the Twenty-First Century. Genebra:
UNESCO/IIEP.
Fotografias: Alberta Fernandes, Carolina Mendes, dinorah-dinorah,
Júlio Santos, Margarida Silva, Rosa Silva, Rui da Silva.