INFORMATIVO EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Localizada à Rua José Zuckman, no Bairro América, a antiga Casa de Detenção de Aracaju teve a sua pedra fundamental assentada a 5 de novembro de 1923, no governo de Graccho Cardoso, e foi inaugurada em 12 de outubro de 1926. Era chamada de Reformatório Penal do Estado, sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública. Criado para abrigar 180 internos, o Reformatório veio sofrendo, ao longo dos anos, com a super-lotação de internos e deterioração na sua estrutura predial, sem a devida reestruturação. Agora, no governo atual, foi desativada e passará por uma série de reformas. As obras já tiveram início. É neste prédio onde fica a Escola de Gestão Penitenciária Professor Acrísio Cruz, e para onde serão deslocados todos os setores da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, tão logo sejam concluídos os trabalhos de reforma e construção. Toda esta parte externa da fachada também será reformada. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 EDITORIAL Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 EXPEDIENTE INFORMATIVO EGESP Este é o número 01 do INFORMATIVO EGESP, O Boletim Informativo da Escola de Gestão Penitenciária Professor Acrísio Cruz que objetiva levar, à todos os servidores da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania SEJUC, informações dos trabalhos desenvolvidos pela Escola, em prol do funcionalismo, e toda uma gama de serviços correlatos às nossas atividades, incluindo outras notícias e informações de interesse geral. A semente foi lançada. Cabe, portanto, a todos nós que compomos a estrutura da SEJUC, regar esta semente para que dela também brotem a árvore do desenvolvimento profissional, do saber, da justiça e da cidadania. Por isso, solicitamos a colaboração de todos, com idéias e sugestões que visem o engrandecimento da Escola, do Informativo e o aprimoramento da capacidade profissional de todos que fazem parte do sistema. O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Professor Acrísio Cruz Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania Dr. Benedito de Figuerêdo Secretário Maria Edvânia de Oliveira Fagundes Diretora da EGESP Marina Britto Roriz Coordenadora da COAPSI/ EGESP Fátima Menezes de Oliva Coordenadora do COPED/EGESP José Sérgio dos Santos Redação do Informativo/Guarda do Sistema Prisional Roberto Santos Melo Assessoria Técnica/Guarda do Sistema Prisional Colaboradores: Luiz Ricardo Santana de Araújo, D'Jaira Melo Macêdo de Carvalho, Gláucia Suzana Azevedo Batalha, E l i a n a S a n t o s S i l v a , Josefa Fernanda Santos Passos, Maria da Glória Vieira Souza Pinto, Maria Auxiliadora Araújo Azevedo, Joanete da Silva Santos, Patrícia Silva Ribeiro, Míriam Batista do Carmo, Maria Virgínia Gonçalves dos Santos, Maria de Jesus dos Santos. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Escola de Gestão Penitenciária Inicialmente instalada à rua Campo do Brito, depois na Rua Boquim e, hoje, sediada na antiga CDA, a Escola é subordinada à Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania SEJUC e tem, entre seus objetivos e finalidade, promover, preparar e executar ações de formação, capacitação, aperfeiçoamento e valorização de servidores que exerçam atividades no sistema de segurança prisional ou na área de serviços penitenciários. A EGESP vem ampliando seu leque de atendimento aos servidores, enquadrando-se aos aspectos funcionais dos objetivos propostos, capacitando-os, atendendo-os em seus anseios psicossociais e profissionais, promovendo cursos e atividades recreativas que buscam valorizar o trabalho e a vida de todos.A diretora da instituição é a guarda do sistema prisional Edvânia de Oliveira Fagundes, que já atuou como Diretora do Presídio Feminino e Vice-Diretora do Presídio Estadual de Areia Branca. Foi empossada, na EGESP, em 16 de maio de 2007. A Escola de Gestão Penitenciária conta com 14 funcionários e 2 estagiárias, dispondo de 2 psicólogos, uma assistente social, estagiárias das áreas de psicologia e assistência social, assessoria técnica de informática, biblioteca, orientação pedagógica e outros itens para Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 atendimento ao servidores, além do pessoal de apoio. Compõem a Escola os setores Diretoria, COAPSI (Coordenadoria de Atendimento Psicossocial) Assessoria Técnica, COPED (Coordenadoria Pedagógica) SEESC (Secretaria da Escola). ACRÍSIO CRUZ Acrísio Cruz, filho de Manoel Antonio da Cruz e de Maria Leopoldina da Cruz, nasceu em Laranjeiras (SE), em 31 de outubro de 1906, sob o célebre paroquiato do padre Filadelfo Jônatas de Oliveira. Cresceu em sua terra natal, estudando na escola Laranjeirense, da professora Zizinha Guimarães (Eufrozina Amélia Guimarães), uma das mais afamadas do Estado. Autodidata, enveredou pelos caminhos da educação, sendo um estudioso da psicologia e das novas concepções pedagógica. No período de 20 a 25 de outubro de 1940, em Aracaju, apresentou-se na Segunda Reunião da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental do Nordeste Brasileiro, , com uma comunicação original, intitulada Personalidade Infantil e Escola, na qual, mais do que mostrar atualização bibliográfica, discute um caso colhido na sua experiência como diretor do Grupo Escolar Manoel Luiz. Já em 1944, no número 2 da Revista de Aracaju, dá a conhecer aos sergipanos a Tese que apresentou no III Congresso Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 de Neurobiologia, tratando de temática pedagógica, sob o título de Carência Lúdica e Escolaridade. A carreira de administrador escolar e de técnico em educação, e suas reflexões pedagógicas, precedem a de professor de Língua Portuguesa, de Psicologia Infantil, de Pedagogia, e não impede sua presença no jornalismo sergipano, notadamente o jornalismo político, engajado partidariamente, muito menos na militância e no mandato por ela conquistado. Assim, além de Diretor de grupos escolares, Acrísio Cruz foi Assistente Técnico Geral do Departamento de Educação, em 1942, Técnico em Educação, em 1943, e por cinco vezes Diretor do Departamento de Educação, entre 1944, desde 11 de janeiro, data de sua primeira nomeação, até 1950, desde 9 de setembro quando foi nomeado pela última vez e até assumir, na Assembléia Legislativa do Estado, em 1951, o mandato de deputado. Desenvolvendo intensa atividade laboral, Acrísio Cruz ocupou outros cargos, presidiu e integrou Comissões, representou o Estado junto a organismos nacionais e internacionais, e principalmente orientou e dirigiu os trabalhos do Departamento de Educação do Estado, (1947-1951), que resultaram numa verdadeira revolução no ensino público primário, com a construção de mais de duas centenas de Escolas Rurais, criação das duas primeiras escolas superiores – Química e Economia -, e ainda do apoio financeiro e material para a fundação de mais duas escolas, a de Direito e a de Filosofia. Acrísio Cruz colocou Sergipe, naquele período, como piloto das mais novas experiências pedagógicas. A Escola Rural, por exemplo, juntava sala de aula, multi seriada, com a moradia da professora, em dois cômodos principais, enriquecidos com uma área entre eles, que servia para a recreação. Construída em pequeno terreno, a Escola permitia aos seus alunos um contato com a terra, a família da professora, pequenas plantações e animais de pequeno porte. Deve-se, também, a Acrísio Cruz a construção de grupos escolares, na capital e no interior, democratizando o acesso das crianças e dos jovens à escola. Em 13 de setembro de 1969, aos 63 anos, morre em Aracaju, deixando um vasto legado sócio-educacional, entre outros trabalhos, para Sergipe e o Brasil. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 OUTROS PROJETOS -Redução de Danos (relacionada aos aspectos psicológicos e físicos de guardas e agentes). -O estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres técnicos. - Intervenção em Conflitos Interpessoais. - Ética e Cidadania. CURSOS & PROJETOS ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL A EGESP vai realizar mais um curso de Atualização Profissional, destinado aos guardas e agentes prisionais. Na programação do curso constam os itens Sistema Prisional, Interação Humana, Armamento e Tiro, Rádio e Comunicação, sendo que mais outros temas estão sendo estudados. As inscrições já estão abertas na sede da EGESP e pelo telefone 3259-1232. A participação de vocês é muito importante para que nossos cursos e demais serviços da Escola alcancem os objetivos. -Relacionamento HumanoInteligência Emocional . Princípios de Cidadania e Humanização. -Cursos de especialização e formação da equipe da EGESP. - Grupos Cooperativos (geração de rendas para funcionários e familiares). - Grupos de Ajuda-Mútua e Cooperação. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 PERSONALIDADE No período de 02 a 13 de julho de 2007 a Escola de Gestão Penitenciária promoveu um curso sob o tema PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE, também direcionado aos agentes, guardas e demais pessoas interessadas. Dos m ó d u l o s temáticos foram discorridos os i t e n s Personalidade, Desenvolvimento Humano, Grupos Vulneráveis e Minoria, Padrões de Comportamento, Estresse e Qualidade de Vida e Eventos Traumáticos. O Curso teve como objetivo mostrar os aspectos ligados à formação da personalidade, as principais características das etapas evolutivas do d e se n vo l vi me n to h u ma n o , a s características psicológicas dos chamados grupos vulneráveis. Ao final do Curso foram entregues certificados de participação e CDs, contendo todos assuntos debatidos e explanados durante as palestras. Em seguida aconteceu uma efusiva confraternização entre os presentes, o que comprovou o êxito alcançado pelo evento. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 SAÚDE E TRABALHO No dia 9 de março de 2007 ocorreu o Seminário Saúde Trabalho - Um Abordagem Psicossocial, promovido pela EGESP. Segundo D'Jaira Melo, assistente social, o seminário teve como objetivo capacitar os servidores para uma promoção eficiente da paz no contexto do organismo social, englobando, o tema Relacionamento na Contemporaneidade. O seminário fez parte do projeto VALORIZANDO A VIDA, que vem sendo desenvolvido pelo COAPSI/ EGESP. Foram palestrantes do I Seminário Sobre Saúde e Trabalho, Andréa Iung (Assistente Social, especializada em saúde pública e professora da UNIT), com o tema Como o Stress Influencia na Área de Trabalho; Lívia Angélica Silva (enfermeira de Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde, dissertando sobre o tema Qualidade de Vida no Trabalho); Dra. Tereza Cristina Silveira Rollemberg Gomes (psiquiatra e psicanalista, encerrando o seminário com o tema Diversas Maneiras das Emoções Influenciarem no Trabalho. O evento contou, ainda com as participações seguintes: –D`Jaira Melo (Assistente Social da EGESP), que ressaltou a importância da implantação das ações oficiais ora efetuadas; Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 –Luiz Ricardo Santana de Araújo ( psicólogo da EGESP, especialista em saúde mental ) e que apresentou análise de dados da pesquisa feita nas unidades prisionais, constituindose no primeiro passo de execução prática da equipe da COAPSI; –Elaine Priscila de Souza Abreu (acadêmica de serviço social e estagiária da EGESP), que esboçou o projeto de intervenção Humanizar Para Viver Bem, como ferramenta de avaliação curricular; –Josefa Fernanda Santos Passos (acadêmica de psicologia e estagiária da EGESP), apresentando o Projeto Va l o r i z a n d o a V i d a ; – Naldson Melo Santos (psicólogo), que, também, relatou sobre o projeto Valorizando a Vida; – Gláucia Suzana Azevedo Batalha (acadêmica de psicologia e estagiária da EGESP) e José Sérgio dos Santos (guarda do sistema prisional/EGESP, presidentes de mesas do evento. O Seminário dimensionou-se para a promoção cultural, Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 nas medidas preventivas de saúde em toda a esfera da SEJUC, de forma especial ao servidores do sistema prisional, estabeleceu uma política de valorização à vida, objetivando o despertar da consciência do profissional para o exercício da cidadania, em prol de uma sociedade justa, digna e solidária. Para o psicólogo Luiz Ricardo o seminário abordou questões essenciais para a saúde mental dos profissionais que atuam na área prisional e que vivem expostos a uma série de embates relacionados ao estresse e traumas psicológicos comuns ao sistema. "É cuidando da saúde destes profissionais que teremos um melhor desempenho de todos, nas atividades que lhes são conferidas, além de promover uma saudável melhoria no perfil físicomental de cada um , resultando positivamente para o grupo e para as instituições a que pertencem", frisou ele. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 AULAS DE INFORMÁTICA DEFESA PESSOAL A Escola de Gestão tem um moderno Laboratório de Informática, oferecendo vários de computação, direcionados aos servidores. Algumas turmas já fizeram o curso de BrOficce, e estão abertas as inscrições para outroscursos que serão ministrados. Em setembro foram iniciados os cursos Noções de Informática, Noções de Windows, Noções de Internet, Básico BrOffice Writer, Básico BrOffice Calc. e Noções de Hardware. Os treinamentos de defesa pessoal já foram iniciado no mês de setembro e estão sendo realizados ao lado da Escola de Gestão Penitenciária. Para os trabalhos de treinamento, adquirimos materiais novos, tais como tatames, kimonos, sacos, entre outros. Vamos à luta, servidores! BIBLIOTECA MAIS INFORMÁTICA A direção da Escola avisa à todos que, desde setembro, disponibilizou os computadores aos funcionários, para que os mesmos possam consultar internet e pesquisar trabalhos. Agendem conosco, pelo telefone 3259-1232. Parte do acervo da Biblioteca da EGESP, com livros atualizados de direito, ciências, literatura, política, história, geografia, matemática, entre outros. Muitos servidores têm usado nossa biblioteca para pesquisas, trabalhos escolares, cultura, entretenimento e lazer. É mais uma das salas reformadas da antiga Casa de Detenção. ESCADARIA DA EGSP Quem conheceu a estrutura da antiga Casa de Detenção verá que os trabalhos de reforma e s tã o d e i x a n d o o prédio antigo muito bonito e acolhedor. Vejam, acima, foto da escadaria, cujos serviços estão sendo concluídos. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 SALAS HISTÓRIA DE SERGIPE Uma das salas da EGESP, na antiga CDA, reformada e em pleno funcionamento, atendendo aos servidores. HISTÓRIA DE SERGIPE Sergipe é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Nordeste e tem como limites Alagoas (NO), Oceano Atlântico (L) e Bahia (S e O). Ocupa uma área de 22.050,4km². Sua capital é a cidade de Aracaju. Suas cidades mais populosas são Aracaju, Lagarto , Itabaiana e Estância. Cerca de 85% do território está a menos de 300 m de altitude, com predominância de terras planas ou levemente onduladas. São Francisco, Vaza-Barris, Sergipe, Japaratuba, Piauí e Real são os rios principais. O clima é tropical e a economia se baseia no extrativismo (petróleo e gás natural), na agricultura (laranja, cana-de-açúcar, coco) e na p e c u á r i a . As cidades de São Cristóvão - quarta cidade mais antiga do Brasil - e Laranjeiras, com seus monumentos que remontam à colonização portuguesa, são tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional graças ao seu rico e belo acervo arquitetônico, cultural e religioso. Sergipe é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Nordeste e tem como limites Alagoas (NO), Oceano Atlântico (L) e Bahia (S e O). Ocupa uma área de 22.050,4km². Sua capital é a cidade de Aracaju. Suas cidades mais populosas são Aracaju, Lagarto , Itabaiana e Estância. Cerca de 85% do território está a menos de 300 m de altitude, com predominância de terras planas ou levemente onduladas. São Francisco, Vaza-Barris, Sergipe, Japaratuba, Piauí e Real são os rios principais. O clima é tropical e a economia se baseia no extrativismo (petróleo e gás natural), na agricultura (laranja, canade-açúcar, coco) e na pecuária. As cidades de São Cristóvão - quarta cidade mais antiga do Brasil - e Laranjeiras, com seus monumentos que remontam à colonização portuguesa, são tombadas pelo Patrimônio Histórico Nacional graças ao seu rico e belo acervo arquitetônico, cultural e religioso. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Aracaju A resolução do presidente da Província, Ignácio Barbosa, que no dia 17 de março de 1855 elevou o povoado de Santo Antônio de Aracaju à soberba de cidade e capital, não teve impacto imediato na fisionomia local. Mas é a partir daí que o núcleo primordial da cidade se desloca do Alto da Colina de Santo Antônio e desce para as margens do rio Sergipe, desenvolvendo-se na área compreendida entre a praça Fausto Cardoso e a praça General Valadão. Cerca de vinte anos depois, em torno da Igreja Catedral vamos encontrar várias construções onde os prédios públicos se erguem nas praças Fausto Cardoso, Guilherme de Campos e Olympio Campos. Numa área estreita, entre os prédios da Assembléia e o Palácio do Governo, se planta o Jardim Olympio Campos. Nos canteiros, nasce o 1º coreto de Aracaju, onde por anos felizes as famílias da capital (e vindas do interior) participaram de retretas e quermesses.Dois prédios que fazem a cara de Aracaju se erguem no quarteirão da praça Fausto Cardoso: a sede da Delegacia Fiscal e da Intendência Municipal. Enquanto que, na praça da Matriz, já existia, desde o final do século passado, o palacete do Tribunal de Relação, construído nos moldes do ecletismo neoclássico. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 No final da década, a rua larga da praça do Palácio foi revestida de pedras calcárias, que ainda hoje sustentam nossos pés, na história centenária de Aracaju. No período de 1911 e 1920 Aracaju já se impõe como maior centro urbano do Estado e a cidade mais industrializada de Sergipe, confirmando a visão políticaadministrativa de Ignácio Barbosa. João Fogueteiro, lá da antiga capital, São Cristóvão, foi vendo a sua pólvora mofar sem motivo para o fogueteiro de retorno da capital, - foi daí que veio o nome de João Bebe Água? Não, mas aí é outra história. É na segunda década do século vinte que os governantes se preocuparam com o aspecto urbano e isso se configura num ordenamento espacial mais condizente com as novas necessidades. A modernização implica em obras de infra-estrutura para o abastecimento de água, esgotos, energia elétrica, rede telefônica, rede urbana de transporte coletivos, isso tendo que manter o embelezamento das praças e ajardinamentos. Assim é que, em 1912, a praça Fausto Cardoso recebe um monumento em homenagem a esse grande líder político, plantando-se novos jardins com dois coretos em estilo artnoveau, orgulho dos sergipanos que dali fizeram palco para retretas e manifestações cívicas. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Outro monumento se ergue quatro anos depois, em 1916, na praça Olympio Campos com a estátua do Monsenhor, com um pequeno jardim em torno. Depois, vieram as mudas de oitizeiros do Horto Florestal do Rio de Janeiro para arborização desta praça que o aracajuano está acostumado a chamar de Parque. E foi aí, em 1911, que construíram um prédio para funcionar a Escola Normal e Escola Modelo, hoje Centro de Turismo transformado, depois, em Rua 24 Horas, hoje desativada. Na face leste da cidade, onde o antigo prédio do Atheneu pedia reforma para comportar maior número de alunos, o colégio recebeu, nos meados desta década, um segundo pavimento, passando do estilo neoclássico para o eclético. Depois, estabeleceu-se no local a Biblioteca Pública do Estado. As grandes transformações urbanísticas aconteceram em torno das comemorações do primeiro Centenário da Independência de Sergipe, quando a Intendência associou-se ao Estado para um melhor tratamento urbanístico de Aracaju, por volta de 1920. O ápice dessa onde de modernização é antigo, entre 1921 e 1930, quando o antigo coreto da praça Almirante Cardoso dá lugar à instalação de um mictório público, possibilitando a permanência das pessoas mais tempo longe de casa Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 ao tempo em que foi implantada uma política sanitarista, introduzindo medidas higiênicas, apelando para a colaboração dos cidadãos nas questões de limpeza e urbana.É aí que a praça Olympio Campos recebe o tratamento de Parque (Teófilo Dantas), com vários recursos urbanísticos, com uma gruta (diziam que no interior da gruta produzia-se minerais, estalactites e estalagmites); a Cascatinha, de onde nascia um regato, por onde as crianças de então botavam seus barquinhos de papel. Foi construído um aquário (onde hoje está a Galeria de Arte Álvaro Santos) e que na entrada do pavilhão exibia vitrines com peixes. CORAL VOZES DA LIBERDADE Já disse um velho ditado que "quem canta seus males espanta". Então, vamos espantar o estresse, as agruras do cotidiano, soltando a voz. A COPED - Coordenadoria Pedagógica, órgão subordinado à EGESP, está reativando o Coral Vozes da Liberdade, e abriu inscrições para os que têm interesse em participar do grupo musical. Informações e inscrições na sede da Escola ou pelo telefone 3259-1232. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Espaço do Servidor! Entre em contato conosco para publicar seu projeto, artigo, trabalho e etc. Telefone para contato: 3259-1232 BOCA DE FORNO (Rubem Alves) - Boca de Forno! - Forno! - Furtaram um bolo? - Bolo! – Farão tudo que o seu mestre mandar? – Faremos todos, faremos todos, faremos todos...” A gente brincava assim, quando era criança. O mestre cantava o refrão, e os outros respondiam, repetindo a última palavra como se fosse eco. Sempre perguntei sobre o sentido destas palavras e nunca encontrei sentido algum. É puro non sense, e imagino que este brinquedo bem que poderia figurar entre os absurdos por que Lewis Carroll fez a pobre Alice passar nas suas aventuras pelo País das Maravilhas e no País dos Espelhos. Mas todo absurdo é apenas o avesso de uma coisa que parece lógica e racional, como o lado de trás de uma tapeçaria, escondido contra a parede. O absurdo é o avesso do mundo. Aí fiquei a me perguntar: “Este absurdo é o avesso de quê?” Veio-me, então, uma iluminação repentina: não deve ter sido por acidente que o inventor desta brincadeira, quem quer que tenha sido, deu o nome de mestre ao líder que canta o refrão, pedindo a resposta–eco–repetição das crianças. Ele deve ter sido arguto observador das escolas, daquilo que via acontecendo entre os professores e alunos. Mas sem coragem para dizer às claras aquilo que estava vendo, por medo de punição (o seu filho devia ser aluno de uma das tais escolas), inventou este brinquedo, como uma parábola. O que é precisamente, o caso das loucas histórias de Lewis Carroll. Professor da Universidade de Oxford, via os absolutos que ali aconteciam. Mas se os dissesse em linguagem clara, certamente ganharia o ódio dos colegas e a ira das autoridades e acabaria por perder o emprego. Por isto, ele os disse de forma matreira, dissimulada: brincadeira de criança... No mundo das crianças, todos os absurdos são permitidos. Acho que esta brincadeira é uma repetição do que acontece nas escolas. As crianças são ensinadas. Aprendem bem. Tão bem que se tornam incapazes de pensar coisas diferentes. Tornam-se ecos das receitas ensinadas e aprendidas. Tornam-se incapazes de dizer o diferente. Se existe uma forma certa de pensar as coisas e de fazer as coisas, por que se dar o trabalho de se meter por caminhos não-explorados? Basta repetir aquilo que a tradição sedimentou e que a escola ensinou. O saber sedimentado nos poupa dos riscos da aventura de pensar. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Espaço do Servidor! Entre em contato conosco para publicar seu projeto, artigo, trabalho e etc. Telefone para contato: 3259-1232 Não, não sou contrário a que se ensinem receitas já testadas. Se existe um jeito fácil e rápido de amarrar os cordões dos sapatos, não vejo razão para submeter os alunos às dores de inventar um jeito diferente. Se existe um jeito já testado e gostado de fazer moqueca, não vejo razões por que este cozinheiro se sinta na obrigação de estar sempre inventando receitas novas. O saber já testado tem uma função econômica: a de poupar trabalho, a de evitar erros, a de tornar desnecessário o pensamento. Assim, aprende-se para não precisar pensar. Sabendo-se a receita, basta aplicá-la quando surge a ocasião. Senti isto muitas vezes, tentando pensar com minha filha problemas de matemática. É preciso confessar que isto já faz muito tempo, pois o que me restou de matemática já não me permite nem mesmo entender os símbolos que ela maneja. Claro que minha maneira de pensar era diferente da maneira de pensar de hoje. No meu ainda se cantava a tabuada... Mas o que me impressionava era a sua recusa de, pelo menos, considerar a possibilidade de que um mesmo problema pudesse ser resolvido por caminhos diferentes. Ela havia aprendido que há uma maneira certa de fazer as coisas, e que caminhos diferentes só podem estar errados. A conversa era sempre encerrada com a afirmação: “Não é assim que a professora ensina...” É como nos catecismos religiosos: o mestre diz qual é a pergunta e qual é a resposta certa. O aluno é aprovado quando repete a resposta que o professor ensinou. A letra mudou. Mas a música continua a mesma. Pois não é isto que são os vestibulares? Ao final existe o gabarito: o conjunto das respostas certas. Claro que há respostas certas e erradas. O equívoco está em se ensinar ao aluno que é disto que a ciência, o saber, a vida, são feitos. E, com isto, ao aprender as respostas certas os alunos desaprendem a arte de se aventurar e de errar, sem saber que, para uma resposta certa, milhares de tentativas erradas devem ser feitas. Espero que haja um dia em que os alunos sejam avaliados também pela ousadia dos seus vôos! Teses que serão aprovadas a despeito de seu final insólito: “Assim, ao final de todas estas pesquisas, concluímos que todas as nossas hipóteses estavam erradas.” Pois isto também é conhecimento. Informativo EGESP O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz Ano I - número 01 Espaço do Servidor! Entre em contato conosco para publicar seu projeto, artigo, trabalho e etc. Telefone para contato: 3259-1232 Escondidos em meio à vegetação da floresta, observávamos a anta que bebia à beira da lagoa. Suas costas estavam feridas, fundos cortes onde o sangue ainda se via. O guia explicou: “A anta é um animal apetitoso, presa fácil das onças. E sem defesas. Contra a onça ela só dispõe de uma arma, estabelece uma trilha pela floresta, e dela não se afasta. Este caminho passa por baixo de um galho de árvore, rente às suas costas. Quando a onça ataca e crava dentes e garras no seu lombo, ela sai em desabalada corrida por sua trilha. Seu corpo passa por baixo do galho. Mas a onça recebe uma paulada. E assim, a anta tem uma chance de fugir.” Acho que a educação freqüentemente cria antas: pessoas que não se atrevem a sair das trilhas aprendidas, por medo da onça. De suas trilhas sabem tudo, os mínimos detalhes, especialistas. Mas o resto da floresta permanece desconhecido. Pela vida afora vão brincando de “Boca de Forno...” LEIA O INFORMATIVO!!!!