INFORMATIVO EGESP
O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz
Ano I - número 01
Localizada à Rua José Zuckman, no Bairro América, a antiga Casa de
Detenção de Aracaju teve a sua pedra fundamental assentada a 5 de
novembro de 1923, no governo de Graccho Cardoso, e foi inaugurada
em 12 de outubro de 1926.
Era chamada de Reformatório Penal do Estado, sob a coordenação da
Secretaria de Segurança Pública.
Criado para abrigar 180 internos, o Reformatório veio sofrendo, ao
longo dos anos, com a super-lotação de internos e deterioração na
sua estrutura predial, sem a devida reestruturação. Agora, no governo
atual, foi desativada e passará por uma série de reformas. As obras já
tiveram início.
É neste prédio onde fica a Escola de Gestão Penitenciária Professor
Acrísio Cruz, e para onde serão deslocados todos os setores da
Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, tão logo sejam
concluídos os trabalhos de reforma e construção. Toda esta parte
externa da fachada também será reformada.
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Ano I - número 01
EDITORIAL
Informativo EGESP
O Boletim da Escola de Gestão
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Ano I - número 01
EXPEDIENTE
INFORMATIVO EGESP
Este é o número 01 do INFORMATIVO
EGESP, O Boletim
Informativo da
Escola de Gestão
Penitenciária
Professor Acrísio
Cruz que objetiva
levar, à todos os
servidores da
Secretaria de
Estado da Justiça e da Cidadania SEJUC, informações dos trabalhos
desenvolvidos pela Escola, em prol do
funcionalismo, e toda uma gama de
serviços correlatos às nossas
atividades, incluindo outras notícias e
informações de interesse geral.
A semente foi lançada. Cabe, portanto,
a todos nós que compomos a estrutura
da SEJUC, regar esta semente para
que dela também brotem a árvore do
desenvolvimento profissional, do saber,
da justiça e da cidadania. Por isso,
solicitamos a colaboração de todos,
com idéias e sugestões que visem o
engrandecimento da Escola, do
Informativo e o aprimoramento da
capacidade profissional de todos que
fazem parte do sistema.
O Boletim da Escola de Gestão
Penitenciária
Professor Acrísio Cruz
Secretaria de Estado da Justiça e da
Cidadania
Dr. Benedito de Figuerêdo
Secretário
Maria Edvânia de Oliveira Fagundes
Diretora da EGESP
Marina Britto Roriz
Coordenadora da COAPSI/ EGESP
Fátima Menezes de Oliva
Coordenadora do COPED/EGESP
José Sérgio dos Santos
Redação do Informativo/Guarda do
Sistema Prisional
Roberto Santos Melo
Assessoria Técnica/Guarda do
Sistema Prisional
Colaboradores:
Luiz Ricardo Santana de Araújo,
D'Jaira Melo Macêdo de Carvalho,
Gláucia Suzana Azevedo Batalha,
E l i a n a S a n t o s S i l v a ,
Josefa Fernanda Santos Passos,
Maria da Glória Vieira Souza Pinto,
Maria Auxiliadora Araújo Azevedo,
Joanete da Silva Santos, Patrícia Silva
Ribeiro, Míriam Batista do Carmo, Maria
Virgínia Gonçalves dos Santos,
Maria de Jesus dos Santos.
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Escola de Gestão Penitenciária
Inicialmente instalada à rua
Campo do Brito, depois na
Rua Boquim e, hoje,
sediada na antiga CDA, a
Escola é subordinada à
Secretaria de Estado da
Justiça e da Cidadania SEJUC e tem, entre seus
objetivos e finalidade, promover,
preparar e executar ações de
formação, capacitação,
aperfeiçoamento e valorização de
servidores que exerçam atividades no
sistema de segurança prisional ou na
área de serviços penitenciários.
A EGESP vem ampliando seu leque de
atendimento aos servidores,
enquadrando-se aos aspectos
funcionais dos objetivos propostos,
capacitando-os, atendendo-os em seus
anseios psicossociais e
profissionais, promovendo cursos e
atividades recreativas que buscam
valorizar o trabalho e a vida de todos.A
diretora da instituição é a guarda do
sistema prisional Edvânia de Oliveira
Fagundes, que já atuou como Diretora
do Presídio Feminino e Vice-Diretora
do Presídio Estadual de Areia Branca.
Foi empossada, na EGESP, em 16 de
maio de 2007. A Escola de Gestão
Penitenciária conta com 14
funcionários e 2 estagiárias, dispondo
de 2 psicólogos, uma assistente social,
estagiárias das áreas de psicologia e
assistência social, assessoria técnica
de informática, biblioteca, orientação
pedagógica e outros itens para
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atendimento ao servidores, além do
pessoal de apoio. Compõem a Escola
os setores Diretoria, COAPSI
(Coordenadoria
de Atendimento
Psicossocial) Assessoria Técnica,
COPED (Coordenadoria Pedagógica)
SEESC (Secretaria da Escola).
ACRÍSIO CRUZ
Acrísio Cruz, filho de
Manoel Antonio da Cruz
e de Maria Leopoldina
da Cruz, nasceu em
Laranjeiras (SE), em 31
de outubro de 1906, sob
o célebre paroquiato do padre Filadelfo
Jônatas de Oliveira. Cresceu em sua
terra natal, estudando na escola
Laranjeirense, da professora Zizinha
Guimarães (Eufrozina Amélia
Guimarães), uma das mais afamadas
do Estado. Autodidata, enveredou
pelos caminhos da educação, sendo
um estudioso da psicologia e das novas
concepções pedagógica. No período
de 20 a 25 de outubro de 1940, em
Aracaju, apresentou-se na Segunda
Reunião da Sociedade de Neurologia,
Psiquiatria e Higiene Mental do
Nordeste Brasileiro, , com uma
comunicação original, intitulada
Personalidade Infantil e Escola, na
qual, mais do que mostrar atualização
bibliográfica, discute um caso colhido
na sua experiência como diretor do
Grupo Escolar Manoel Luiz. Já em
1944, no número 2 da Revista de
Aracaju, dá a conhecer aos sergipanos
a Tese que apresentou no III Congresso
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de Neurobiologia, tratando de
temática pedagógica, sob o título de
Carência Lúdica e Escolaridade. A
carreira de administrador escolar e de
técnico em educação, e suas
reflexões pedagógicas, precedem a
de professor de Língua Portuguesa,
de Psicologia Infantil, de Pedagogia, e
não impede sua presença no
jornalismo sergipano, notadamente o
jornalismo político, engajado
partidariamente, muito menos na
militância e no mandato por ela
conquistado. Assim, além de Diretor
de grupos escolares, Acrísio Cruz foi
Assistente Técnico Geral do
Departamento de Educação, em
1942, Técnico em Educação, em
1943, e por cinco vezes Diretor do
Departamento de Educação, entre
1944, desde 11 de janeiro, data de sua
primeira nomeação, até 1950, desde 9
de setembro quando foi nomeado pela
última vez e até assumir, na
Assembléia Legislativa do Estado, em
1951, o mandato de deputado.
Desenvolvendo intensa atividade
laboral, Acrísio Cruz ocupou outros
cargos, presidiu e integrou
Comissões, representou o Estado
junto a organismos nacionais e
internacionais, e principalmente
orientou e dirigiu os trabalhos do
Departamento de Educação do
Estado, (1947-1951), que resultaram
numa verdadeira revolução no ensino
público primário, com a construção de
mais de duas centenas de
Escolas Rurais, criação das duas
primeiras escolas superiores –
Química e Economia -, e ainda do
apoio financeiro e material para a
fundação de mais duas escolas, a de
Direito e a de Filosofia. Acrísio Cruz
colocou Sergipe, naquele período,
como piloto das mais novas
experiências pedagógicas. A Escola
Rural, por exemplo, juntava sala de
aula, multi seriada, com a moradia da
professora, em dois cômodos
principais, enriquecidos com uma
área entre eles, que servia para a
recreação. Construída em pequeno
terreno, a Escola permitia aos seus
alunos um contato com a terra, a
família da professora, pequenas
plantações e animais de pequeno
porte. Deve-se, também, a Acrísio
Cruz a construção de grupos
escolares, na capital e no interior,
democratizando o acesso das
crianças e dos jovens à escola. Em 13
de setembro de 1969, aos 63 anos,
morre em Aracaju, deixando um vasto
legado sócio-educacional, entre
outros trabalhos, para Sergipe e o
Brasil.
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OUTROS PROJETOS
-Redução de Danos (relacionada aos
aspectos psicológicos e físicos de
guardas e agentes).
-O estudo Social em Perícias, Laudos
e Pareceres técnicos.
- Intervenção em Conflitos
Interpessoais.
- Ética e Cidadania.
CURSOS & PROJETOS
ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL
A EGESP vai realizar mais um curso
de Atualização Profissional, destinado
aos guardas e agentes prisionais.
Na programação do curso constam os
itens Sistema Prisional, Interação
Humana, Armamento e Tiro, Rádio e
Comunicação, sendo que mais outros
temas estão sendo estudados. As
inscrições já estão abertas na sede da
EGESP e pelo telefone 3259-1232.
A participação de vocês é muito
importante para que nossos cursos e
demais serviços da Escola alcancem
os objetivos.
-Relacionamento HumanoInteligência Emocional
.
Princípios de Cidadania e
Humanização.
-Cursos de especialização e
formação da equipe da EGESP.
- Grupos Cooperativos (geração de
rendas para funcionários e
familiares).
- Grupos de Ajuda-Mútua e
Cooperação.
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PERSONALIDADE
No período de 02 a 13 de julho de
2007 a Escola de Gestão
Penitenciária promoveu um curso sob
o tema PSICOLOGIA DA
PERSONALIDADE, também
direcionado aos
agentes, guardas
e demais pessoas
interessadas. Dos
m ó d u l o s
temáticos foram
discorridos os
i t e n s
Personalidade, Desenvolvimento
Humano, Grupos Vulneráveis e
Minoria, Padrões de Comportamento,
Estresse e Qualidade de Vida e
Eventos Traumáticos. O Curso teve
como objetivo mostrar os aspectos
ligados à formação da personalidade,
as principais características das
etapas evolutivas do
d e se n vo l vi me n to h u ma n o , a s
características psicológicas dos
chamados grupos vulneráveis.
Ao final do Curso foram entregues
certificados de participação e CDs,
contendo todos assuntos debatidos e
explanados durante as palestras. Em
seguida aconteceu uma efusiva
confraternização entre os presentes,
o que comprovou o êxito alcançado
pelo evento.
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SAÚDE E TRABALHO
No dia 9 de março de 2007 ocorreu o
Seminário Saúde Trabalho - Um
Abordagem Psicossocial, promovido
pela EGESP. Segundo D'Jaira Melo,
assistente social, o seminário teve
como objetivo
capacitar os
servidores para uma
promoção eficiente
da paz no contexto
do organismo social,
englobando, o tema
Relacionamento na
Contemporaneidade. O seminário fez
parte do projeto VALORIZANDO A
VIDA, que vem sendo desenvolvido
pelo COAPSI/ EGESP.
Foram palestrantes do I Seminário
Sobre Saúde e Trabalho, Andréa Iung
(Assistente Social, especializada em
saúde pública e professora da UNIT),
com o tema Como o Stress Influencia
na Área de Trabalho; Lívia Angélica
Silva (enfermeira de Atenção Básica
da Secretaria de Estado da Saúde,
dissertando sobre o tema Qualidade
de Vida no Trabalho); Dra. Tereza
Cristina Silveira Rollemberg Gomes
(psiquiatra e psicanalista, encerrando
o seminário com o tema Diversas
Maneiras das Emoções Influenciarem
no Trabalho. O evento contou, ainda
com as participações seguintes:
–D`Jaira Melo (Assistente Social da
EGESP), que
ressaltou a
importância da implantação das ações
oficiais ora efetuadas;
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–Luiz Ricardo Santana de Araújo (
psicólogo da EGESP, especialista em
saúde mental ) e que apresentou
análise de dados da pesquisa feita
nas unidades prisionais, constituindose no primeiro passo de execução
prática da equipe da COAPSI;
–Elaine Priscila de Souza Abreu
(acadêmica de serviço social e
estagiária da EGESP), que esboçou o
projeto de intervenção Humanizar
Para Viver Bem, como ferramenta de
avaliação curricular;
–Josefa Fernanda Santos Passos
(acadêmica de psicologia e estagiária
da EGESP), apresentando o Projeto
Va l o r i z a n d o a V i d a ;
– Naldson Melo Santos (psicólogo),
que, também, relatou sobre o projeto
Valorizando a Vida;
–
Gláucia Suzana Azevedo
Batalha (acadêmica de psicologia e
estagiária da EGESP) e José Sérgio
dos Santos (guarda do sistema
prisional/EGESP, presidentes
de
mesas do evento.
O Seminário dimensionou-se para a
promoção cultural,
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nas medidas preventivas de saúde em
toda a esfera da SEJUC, de forma
especial ao servidores do sistema
prisional, estabeleceu uma política de
valorização à vida, objetivando o
despertar da consciência do
profissional para o exercício da
cidadania, em prol de uma sociedade
justa, digna e solidária.
Para o psicólogo Luiz Ricardo o
seminário abordou questões
essenciais para a saúde mental dos
profissionais que atuam na área
prisional e que vivem expostos a uma
série de embates relacionados ao
estresse e traumas psicológicos
comuns ao sistema. "É cuidando da
saúde destes profissionais que
teremos um melhor desempenho de
todos, nas atividades que lhes são
conferidas, além de promover uma
saudável melhoria no perfil físicomental de cada um , resultando
positivamente para o grupo e para as
instituições a que pertencem", frisou
ele.
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AULAS DE INFORMÁTICA
DEFESA PESSOAL
A Escola de Gestão tem um moderno
Laboratório de Informática, oferecendo
vários de computação, direcionados aos
servidores. Algumas turmas já fizeram o
curso de BrOficce, e estão abertas as
inscrições para outroscursos que serão
ministrados. Em setembro foram iniciados
os cursos Noções de Informática, Noções
de Windows, Noções de Internet, Básico
BrOffice Writer, Básico BrOffice Calc. e
Noções de Hardware.
Os
treinamentos de
defesa pessoal já foram
iniciado no mês de
setembro e estão sendo
realizados ao lado da
Escola de Gestão Penitenciária. Para
os trabalhos de treinamento,
adquirimos materiais novos, tais como
tatames, kimonos, sacos, entre outros.
Vamos à luta, servidores!
BIBLIOTECA
MAIS INFORMÁTICA
A direção da Escola avisa à todos que,
desde setembro, disponibilizou os
computadores aos funcionários, para que
os mesmos possam consultar internet e
pesquisar trabalhos. Agendem conosco,
pelo telefone 3259-1232.
Parte do acervo da Biblioteca da
EGESP, com livros atualizados de
direito, ciências,
literatura, política,
história, geografia,
matemática, entre
outros. Muitos
servidores têm usado
nossa biblioteca para
pesquisas, trabalhos escolares,
cultura, entretenimento e lazer. É mais
uma das salas reformadas da antiga
Casa de Detenção.
ESCADARIA DA EGSP
Quem conheceu a estrutura da antiga
Casa de Detenção verá que os
trabalhos de reforma
e s tã o d e i x a n d o o
prédio antigo muito
bonito e acolhedor.
Vejam, acima, foto da
escadaria, cujos
serviços estão sendo concluídos.
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SALAS
HISTÓRIA DE SERGIPE
Uma das salas da EGESP, na antiga
CDA, reformada e em pleno
funcionamento,
atendendo aos
servidores.
HISTÓRIA DE SERGIPE
Sergipe é uma das 27 unidades
federativas do Brasil. Está localizado
na região Nordeste e tem como limites
Alagoas (NO), Oceano Atlântico (L) e
Bahia (S e O). Ocupa uma área de
22.050,4km². Sua capital é a cidade
de Aracaju.
Suas cidades mais populosas são
Aracaju, Lagarto , Itabaiana e
Estância. Cerca de 85% do território
está a menos de 300 m de altitude,
com predominância de terras planas
ou levemente
onduladas. São
Francisco, Vaza-Barris, Sergipe,
Japaratuba, Piauí e Real são os rios
principais. O clima é tropical e a
economia se baseia no extrativismo
(petróleo e gás natural), na agricultura
(laranja, cana-de-açúcar, coco) e na
p
e
c
u
á
r
i
a
.
As cidades de São Cristóvão - quarta
cidade mais antiga do Brasil - e
Laranjeiras, com seus monumentos
que remontam à colonização
portuguesa, são tombadas pelo
Patrimônio Histórico Nacional graças
ao seu rico e belo acervo
arquitetônico, cultural e religioso.
Sergipe é uma das 27 unidades
federativas do Brasil. Está localizado
na região Nordeste e tem como limites
Alagoas (NO), Oceano Atlântico (L) e
Bahia (S e O). Ocupa uma área de
22.050,4km². Sua capital é a cidade de
Aracaju.
Suas cidades mais populosas são
Aracaju, Lagarto , Itabaiana e
Estância. Cerca de 85% do território
está a menos de 300 m de altitude,
com predominância de terras planas
ou levemente
onduladas. São
Francisco, Vaza-Barris, Sergipe,
Japaratuba, Piauí e Real são os rios
principais.
O clima é tropical e a economia se
baseia no extrativismo (petróleo e gás
natural), na agricultura (laranja, canade-açúcar, coco) e na pecuária.
As cidades de São Cristóvão - quarta
cidade mais antiga do Brasil - e
Laranjeiras, com seus monumentos
que remontam à colonização
portuguesa, são tombadas pelo
Patrimônio Histórico Nacional graças
ao seu rico e belo acervo
arquitetônico, cultural e religioso.
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Aracaju
A resolução do presidente da Província,
Ignácio Barbosa, que
no dia 17 de março
de 1855 elevou o
povoado de Santo
Antônio de Aracaju à
soberba de cidade e
capital, não teve
impacto imediato na
fisionomia local. Mas
é a partir daí que o
núcleo primordial da
cidade se desloca do
Alto da Colina de
Santo Antônio e desce para as margens
do rio Sergipe, desenvolvendo-se na
área compreendida entre a praça
Fausto Cardoso e a praça General
Valadão.
Cerca de vinte anos depois, em torno da
Igreja Catedral vamos encontrar várias
construções onde os prédios públicos
se erguem nas praças Fausto Cardoso,
Guilherme de Campos e Olympio
Campos. Numa área estreita, entre os
prédios da Assembléia e o Palácio do
Governo, se planta o Jardim Olympio
Campos. Nos canteiros, nasce o 1º
coreto de Aracaju, onde por anos felizes
as famílias da capital (e vindas do
interior) participaram de retretas e
quermesses.Dois prédios que fazem a
cara de Aracaju se erguem no
quarteirão da praça Fausto Cardoso: a
sede da Delegacia Fiscal e da
Intendência Municipal. Enquanto que,
na praça da Matriz, já existia, desde o
final do século passado, o palacete do
Tribunal de Relação, construído nos
moldes do ecletismo neoclássico.
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No final da década, a rua larga da
praça do Palácio foi revestida de
pedras calcárias, que ainda hoje
sustentam nossos pés, na história
centenária de Aracaju. No período de
1911 e 1920 Aracaju já se impõe
como maior centro urbano do Estado
e a cidade mais industrializada de
Sergipe, confirmando a visão políticaadministrativa de Ignácio Barbosa.
João Fogueteiro, lá da antiga capital,
São Cristóvão, foi vendo a sua
pólvora mofar sem motivo para o
fogueteiro de retorno da capital, - foi
daí que veio o nome de João Bebe
Água? Não, mas aí é outra história.
É na segunda década do século vinte
que os governantes se preocuparam
com o aspecto urbano e isso se
configura num ordenamento espacial
mais condizente com as novas
necessidades. A modernização
implica em obras de infra-estrutura
para o abastecimento de água,
esgotos, energia elétrica, rede
telefônica, rede urbana de transporte
coletivos, isso tendo que manter o
embelezamento das praças e
ajardinamentos.
Assim é que, em 1912, a praça Fausto
Cardoso recebe um monumento em
homenagem a esse grande líder
político, plantando-se novos jardins
com dois coretos em estilo artnoveau, orgulho dos sergipanos que
dali fizeram palco para retretas e
manifestações cívicas.
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Outro monumento se ergue quatro
anos depois, em 1916, na praça
Olympio Campos com a estátua do
Monsenhor, com um pequeno jardim
em torno. Depois, vieram as mudas de
oitizeiros do Horto Florestal do Rio de
Janeiro para arborização desta praça
que o aracajuano está acostumado a
chamar de Parque. E foi aí, em 1911,
que construíram um prédio para
funcionar a Escola Normal e Escola
Modelo, hoje Centro de Turismo
transformado, depois, em Rua 24
Horas, hoje desativada.
Na face leste da cidade, onde o antigo
prédio do Atheneu pedia reforma para
comportar maior número de alunos, o
colégio recebeu, nos meados desta
década, um segundo pavimento,
passando do estilo neoclássico para o
eclético. Depois, estabeleceu-se no
local a Biblioteca Pública do Estado.
As grandes transformações
urbanísticas aconteceram em torno
das comemorações do primeiro
Centenário da Independência de
Sergipe, quando a Intendência
associou-se ao Estado para um melhor
tratamento urbanístico de Aracaju, por
volta de 1920.
O ápice dessa onde de modernização é
antigo, entre 1921 e 1930, quando o
antigo coreto da praça Almirante
Cardoso dá lugar à instalação de um
mictório público, possibilitando a
permanência das pessoas mais tempo
longe de casa
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ao tempo em que foi implantada uma
política sanitarista, introduzindo
medidas higiênicas, apelando para a
colaboração dos cidadãos nas
questões de limpeza e urbana.É aí
que a praça Olympio Campos recebe
o tratamento de Parque (Teófilo
Dantas), com vários recursos
urbanísticos, com uma gruta (diziam
que no interior da gruta produzia-se
minerais, estalactites e estalagmites);
a Cascatinha, de onde nascia um
regato, por onde as crianças de então
botavam seus barquinhos de papel.
Foi construído um aquário (onde hoje
está a Galeria de Arte Álvaro Santos)
e que na entrada do pavilhão exibia
vitrines com peixes.
CORAL VOZES DA LIBERDADE
Já disse um velho ditado que "quem
canta seus males espanta". Então,
vamos espantar o estresse, as
agruras do cotidiano, soltando a voz.
A COPED - Coordenadoria
Pedagógica, órgão subordinado à
EGESP, está reativando o Coral
Vozes da Liberdade, e abriu
inscrições para os que têm interesse
em participar do grupo musical.
Informações e inscrições na sede da
Escola ou pelo telefone 3259-1232.
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Espaço do Servidor! Entre em contato conosco para publicar seu projeto, artigo, trabalho e etc.
Telefone para contato: 3259-1232
BOCA DE FORNO
(Rubem Alves)
- Boca de Forno!
- Forno!
- Furtaram um bolo?
- Bolo!
– Farão tudo que o seu mestre mandar?
– Faremos todos, faremos todos, faremos todos...”
A gente brincava assim, quando era criança. O mestre cantava o refrão, e os
outros respondiam, repetindo a última palavra como se fosse eco.
Sempre
perguntei sobre o sentido destas palavras e nunca encontrei sentido algum. É
puro non sense, e imagino que este brinquedo bem que poderia figurar entre os
absurdos por que Lewis Carroll fez a pobre Alice passar nas suas aventuras pelo
País das Maravilhas e no País dos Espelhos.
Mas todo absurdo é apenas o avesso de uma coisa que parece lógica e racional,
como o lado de trás de uma tapeçaria, escondido contra a parede. O absurdo é o
avesso do mundo. Aí fiquei a me perguntar: “Este absurdo é o avesso de quê?”
Veio-me, então, uma iluminação repentina: não deve ter sido por acidente que o
inventor desta brincadeira, quem quer que tenha sido, deu o nome de mestre ao
líder que canta o refrão, pedindo a resposta–eco–repetição das crianças. Ele
deve ter sido arguto observador das escolas, daquilo que via acontecendo entre
os professores e alunos. Mas sem coragem para dizer às claras aquilo que estava
vendo, por medo de punição (o seu filho devia ser aluno de uma das tais escolas),
inventou este brinquedo, como uma parábola. O que é precisamente, o caso das
loucas histórias de Lewis Carroll. Professor da Universidade de Oxford, via os
absolutos que ali aconteciam. Mas se os dissesse em linguagem clara,
certamente ganharia o ódio dos colegas e a ira das autoridades e acabaria por
perder o emprego. Por isto, ele os disse de forma matreira, dissimulada:
brincadeira de criança... No mundo das crianças, todos os absurdos são
permitidos.
Acho que esta brincadeira é uma repetição do que acontece nas escolas. As
crianças são ensinadas. Aprendem bem. Tão bem que se tornam incapazes de
pensar coisas diferentes. Tornam-se ecos das receitas ensinadas e aprendidas.
Tornam-se incapazes de dizer o diferente. Se existe uma forma certa de pensar as
coisas e de fazer as coisas, por que se dar o trabalho de se meter por caminhos
não-explorados? Basta repetir aquilo que a tradição sedimentou e que a escola
ensinou. O saber sedimentado nos poupa dos riscos da aventura de pensar.
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Não, não sou contrário a que se ensinem receitas já testadas. Se existe um
jeito fácil e rápido de amarrar os cordões dos sapatos, não vejo razão para
submeter os alunos às dores de inventar um jeito diferente. Se existe um
jeito já testado e gostado de fazer moqueca, não vejo razões por que este
cozinheiro se sinta na obrigação de estar sempre inventando receitas
novas. O saber já testado tem uma função econômica: a de poupar
trabalho, a de evitar erros, a de tornar desnecessário o pensamento. Assim,
aprende-se para não precisar pensar. Sabendo-se a receita, basta aplicá-la
quando surge a ocasião.
Senti isto muitas vezes, tentando pensar com minha filha problemas de
matemática. É preciso confessar que isto já faz muito tempo, pois o que me
restou de matemática já não me permite nem mesmo entender os símbolos
que ela maneja. Claro que minha maneira de pensar era diferente da maneira
de pensar de hoje. No meu ainda se cantava a tabuada... Mas o que me
impressionava era a sua recusa de, pelo menos, considerar a possibilidade de
que um mesmo problema pudesse ser resolvido por caminhos diferentes. Ela
havia aprendido que há uma maneira certa de fazer as coisas, e que caminhos
diferentes só podem estar errados. A conversa era sempre encerrada com a
afirmação:
“Não é assim que a professora ensina...”
É como nos catecismos religiosos: o mestre diz qual é a pergunta e qual é a
resposta certa. O aluno é aprovado quando repete a resposta que o professor
ensinou.
A letra mudou. Mas a música continua a mesma.
Pois não é isto que são os vestibulares? Ao final existe o gabarito: o conjunto
das respostas certas. Claro que há respostas certas e erradas. O equívoco
está em se ensinar ao aluno que é disto que a ciência, o saber, a vida, são
feitos. E, com isto, ao aprender as respostas certas os alunos desaprendem a
arte de se aventurar e de errar, sem saber que, para uma resposta certa,
milhares de tentativas erradas devem ser feitas. Espero que haja um dia em
que os alunos sejam avaliados também pela ousadia dos seus vôos! Teses que
serão aprovadas a despeito de seu final insólito: “Assim, ao final de todas estas
pesquisas, concluímos que todas as nossas hipóteses estavam erradas.” Pois
isto também é conhecimento.
Informativo EGESP
O Boletim da Escola de Gestão Penitenciária Prof. Acrísio Cruz
Ano I - número 01
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Escondidos em meio à vegetação da floresta, observávamos a anta que bebia à
beira da lagoa. Suas costas estavam feridas, fundos cortes onde o sangue ainda
se via. O guia explicou: “A anta é um animal apetitoso, presa fácil das onças. E
sem defesas. Contra a onça ela só dispõe de uma arma, estabelece uma trilha
pela floresta, e dela não se afasta. Este caminho passa por baixo de um galho de
árvore, rente às suas costas. Quando a onça ataca e crava dentes e garras no
seu lombo, ela sai em desabalada corrida por sua trilha. Seu corpo passa por
baixo do galho. Mas a onça recebe uma paulada. E assim, a anta tem uma
chance de fugir.”
Acho que a educação freqüentemente cria antas: pessoas que não se atrevem a
sair das trilhas aprendidas, por medo da onça. De suas trilhas sabem tudo, os
mínimos detalhes, especialistas. Mas o resto da floresta permanece
desconhecido. Pela vida afora vão brincando de “Boca de Forno...”
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INFORMATIVO EGESP - sejuc