UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADE CATARATAS FACULDADE DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ZOOLÓGICO BOSQUE GUARANI DE FOZ DO IGUAÇU - PR DAIANE OLIVEIRA DA SILVA Foz do Iguaçu - PR 2008 DAIANE OLIVEIRA DA SILVA DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ZOOLÓGICO BOSQUE GUARANI DE FOZ DO IGUAÇU - PR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora da Faculdade Dinâmica de Cataratas – UDC, como requisito parcial para obtenção de grau de Engenheiro Ambiental. Profª.Orientadora:Msc. Norma Barbado Foz do Iguaçu – PR 2008 TERMO DE APROVAÇÃO UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ZOOLÓGICO BOSQUE GUARANI DE FOZ DO IGUAÇU - PR TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ENGENHARIA AMBIENTAL Aluna: Daiane Oliveira da Silva Orientadora: MSc. Norma Barbado Nota Final Banca Examinadora: Prof. Rodrigo Augusto Zembrzuski Pelissari Profª. Luciana Mello Foz do Iguaçu, 03 de dezembro de 2008. III Dedico este trabalho aos meus pais que possibilitaram a realização de mais uma jornada com muito apoio e compreensão. IV AGRADECIMENTOS À Deus, meu maior protetor e pai, que sempre me ajudou a superar quaisquer dificuldade. À minha orientadora Norma Barbada, á Professora Michelle S. Frigo e a Professora Luciana Mello, pela sabedoria, apoio e paciência, demonstrando que muito mais que mestres vocês são sábias. Muito obrigada por tudo, vocês serão os maiores exemplos que levarei comigo por toda vida. À todos os meus amigos me sempre estiveram ao meu lado, em especial as minhas colegas e amigas de classe Aleana e Anarai, que me ajudaram e sempre me apoiaram não só agora, mas em toda essa caminhada que não foi fácil. Ao meu namorado Douglas, que me ajudou muito, sempre compreensivo, paciente e amoroso. À todos os funcionários do zoológico Bosque Guarani, em especial à Rosani, à Luciana, ao Gabriel, ao Gidasio e ao Josué que me ensinaram e me ajudaram muito. Seus ensinamentos foram muito importantes no desenvolver desse trabalho. Muito obrigada pelo apoio, compreensão e ajuda, vocês foram fundamentais nessa jornada. Às minhas amigas Carolina e Kellyn, pela amizade e carinho. É maravilhoso ter vocês em minha vida. V "É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros. Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo." Paulo Coelho. VI SUMÁRIO Página RESUMO................................................................................................................. ABSTRACT.............................................................................................................. 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 2.1 Educação ambiental............................................................................... 2.2 Tipos de Educação ambiental................................................................ 2.2.1 Educação ambiental não formal...................................................... 2.2.2 Educação ambiental formal............................................................. 2.2.3 Educação ambiental informal.......................................................... 2.3 Histórico da educação ambiental.......................................................... 2.3.1 Educação ambiental no Brasil......................................................... 2.4 Educação ambiental em zoológicos..................................................... 2.4.1 A separação de lixo no zoológico.................................................. 2.4.2 Despertando a curiosidade em conhecer a natureza................... 3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................... 3.1 Caracterização da área de estudo........................................................ 3.1.1 Zoológico Bosque Guarani............................................................. 3.2 Metodologia da Pesquisa...................................................................... 3.3 Procedimentos Metodológicos . ........................................................... 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................... 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... ANEXO 1 IMAGEM DO FILHOTE DE ARARA APREENDIDA................................ ANEXO 2 PROGRAMÇÃO DAS ATIVIDADES....................................................... ANEXO 3 ROTEIRO DA ENTREVISTA................................................................... 8 9 10 12 12 14 14 14 15 15 16 19 22 23 25 25 25 27 28 33 48 50 53 54 57 VII LISTA DE FIGURAS Página Figura 1: Mapa do zoológico Bosque Guarani ........................................................ Figura 2: Lixeiras do zoológico Bosque Guarani..................................................... Figura 3: Atividade dinâmica.................................................................................... Figura 4: Dinâmica de campo..................................................................................... 27 29 30 31 Figura 5: Cozinha do zoológico.................................................................................. 32 Figura 6: O motivo pelo qual os entrevistados visitaram o zoológico................................. 34 Figura 7: O motivo pelo qual os entrevistados visitaram o zoológico................................. 35 Figura 8: Como os entrevistados ficaram sabendo da existência do zoológico................. 36 Figura 9: O que os entrevistados fazem em casa para preservar o meio ambiente.......... 36 Figura 10: O tipo de espécie que pertence o macaco – prego para os entrevistados....... 37 Figura 11: O tipo de espécie que pertence o macaco – prego para os entrevistados....... 38 Figura 12: A importância que o zoológico tem para os entrevistados................................ 39 Figura 13: A importância que o zoológico tem para os entrevistados................................ 40 Figura 14: A importância que os animais têm para os entrevistados................................. 41 Figura 15: A importância que os animais têm para os entrevistados................................. 41 Figura 16: A importância das árvores e plantas para os entrevistados............................. 42 Figura 17: A importância das árvores e plantas para os entrevistados............................. 43 Figura 18: A diferença entre aves e mamíferos para os entrevistados.............................. 44 Figura 19: A diferença entre aves e mamíferos para os entrevistados.............................. 45 Figura 20: O animal que vive no zoológico e está ameaçado de extinção para os entrevistados........................................................................................................................ Figura 21: O animal que vive no zoológico e está ameaçado de extinção para os entrevistados........................................................................................................................ 46 46 8 SILVA, Daiane Oliveira. Diagnóstico da Educação Ambiental no Zoológico Bosque Guarani de Foz do Iguaçu – PR. Foz do Iguaçu, 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Ambiental) - Faculdade Dinâmica de Cataratas. RESUMO Os zoológicos são alternativas para a prática de educação, já que utilizam a educação ambiental não formal, tendo como principal ferramenta a sua diversidade biológica, desenvolvendo um papel muito importante na formação dos alunos visitantes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o zoológico Bosque Guarani na transmissão de conhecimentos em educação ambiental, voltada para o público alvo formado por alunos de 4ª serie da região, entre 9 e 10 anos. O tráfico de animais e o desmatamento tem se agravado muito durante esses anos, ocasionando o desaparecimento de muitas espécies tanto animais quanto vegetais. Através dos dados obtidos ficou evidente que a instituição se destina a diferentes formas de uso para os alunos entrevistados, sendo tanto para o lazer, quanto para a prática de educação ambiental, a maioria dos alunos entrevistados conhecem o Bosque Guarani de alguma forma. As escolas avaliadas localizam-se em regiões onde a maior parte da população separa e vive da coleta de lixo. Foi sugerida para o zoológico Bosque Guarani uma pré-visita para os professores antes dos seus alunos realizarem o passeio oficial ao zoológico e um concurso de desenho ou poesia para todas as escolas visitantes, isso incentivará os alunos sobre a importância da visita, atraindo deles o que mais gostaram e o que mais aprenderam. Assim, a educação ambiental vai além do zoológico, já que seu princípio e aprendizagem são contínuas, e os educadores do Bosque Guarani poderão cumprir seu papel de contribuir na formação de pessoas mais conscientes. Palavras-Chave: instituição não formal de ensino – preservação - sensibilização. 9 SILVA, Daiane Oliveira. Diagnosis of Environmental Education in the zoo Bosque Guarani of Foz do Iguaçu - PR, 2008. Completion of course work (Bachelor of Environmental Engineering) - Faculdade Dinâmica de Cataratas. ABSTRACT The zoos are alternatives to the practice of education, since they use non-formal environmental education, the main tool at their biological diversity, developing a very important role in the training of student’s visitors. This study aimed to evaluate the zoo Bosque Guarani in the transmission of knowledge in environmental education, facing the audience made up of 4th grade students in the region, between 9 and 10 years old. The trafficking and deforestation has worsened much during those years, causing the disappearance of many species of animals as both plants. Using data obtained it was evident that the institution is intended to use for different types of students interviewed, and both for leisure and for the practice of environmental education while the majority of students interviewed know the Bosque Guarani in some way. Schools are evaluated in regions where most of the population lives from separating and collecting garbage. It was suggested to the zoo Bosque Guarani a pre-visit for teachers before the students realize the trip to the zoo official and a poetry contest to design schools for all visitors, thus encouraging the students about the importance of attracting them to visit it most liked and what they have learned more. Thus, environmental education goes beyond the zoo since its beginning and is still learning, and educators of the Bosque Guarani could meet its role of helping in the training of people more conscious. Keywords: non-formal education institution – preservation – awareness. 10 1 INTRODUÇÃO A preservação e conservação de ambientes naturais tem se tornado temas cada vez mais constantes, pois sabe-se que os recursos naturais são finitos. Além disso, atualmente a população está cada vez mais preocupada em encontrar locais que possam descansar e desfrutar de um ar puro para seu momento de lazer e os zoológicos têm se destacado cada vez mais nessa procura. Assim, um zoológico, com sua diversidade biológica, é uma estratégia a mais para os educadores ambientais incentivarem e ensinarem aos visitantes sobre a importância da preservação de espécies. A prática de Educação Ambiental (EA) não formal e o convênio com escolas têm se tornado cada vez mais freqüentes, utilizando atividades dinâmicas para incentivar os alunos visitantes a preservarem o meio ambiente. 11 O trabalho se justifica pela importância de se identificar a abrangência da Educação Ambiental no Zoológico Bosque Guarani, observando e avaliando as atividades do setor de Educação Ambiental, de conscientização e sensibilização sobre a necessidade da conservação de espécies, aos alunos visitantes. O presente projeto visa uma análise do público alvo formado por alunos de escolas municipais de 4ª série do Ensino Fundamental, através de questionários antes e após a visita, identificando o aprendizado que os alunos tiveram depois da visita ao zoológico. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Educação ambiental A primeira vez que se adotou o termo EA foi em uma Universidade no Reino Unido no ano de 1965, num evento de educação (LOUREIRO, 2004). A partir daí, vários conceitos foram evidenciados para esclarecer a EA. Na Conferência de Tbilisi, a EA foi definida como uma ferramenta para a prática da educação, orientando resolver os problemas concretos do meio ambiente através da interdisciplinaridade e da participação de indivíduos e da coletividade (DIAS, 1998). 13 A EA não é só uma educação para o meio ambiente, mas também uma ferramenta para a cidadania, pois conhecendo os limites do meio ambiente, o ser humano saberá que os recursos naturais são finitos e a importância de preserválos e conservá-los. Para Jacobi (2003), a EA está relacionada com uma nova forma de relação entre ser humano e natureza. O Conselho Nacional do Meio ambiente (CONAMA) definiu a EA como sendo um processo de informação e formação, orientando um pensamento crítico sobre as questões ambientais e atividades para que a comunidade participe na preservação ambiental (DIAS, 1998). Segundo Pedrini (1998), no Brasil a EA ainda é uma expressão muito nova podendo receber diversos significados. Tendo por finalidade construir valores e atitudes que possibilitem a um cidadão o ter uma consciência crítica das diversas relações humanas e sua inserção no meio ambiente (LOUREIRO, 2005). De acordo com a lei nº. 9.795, de 27 de abril de 1999, Art. 1 entende-se por educação ambiental como “os processos por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2000). A EA deve ser vista como um processo contínuo de aprendizagem, valorizando as várias formas de conhecimento (JACOBI, 2003). “A EA é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida” (REBEA, 2008). O que existe em comum nas definições é a integração de todos os 14 elementos, além de apresentar tanto os problemas como as soluções, inserindo uma abordagem científica ao estudar os sistemas ambientais. 2.2 Tipos de educação ambiental 2.2.1 Educação ambiental não formal A educação ambiental não formal, que ocorre em áreas de preservação permanente e unidades de conservação, é um sistema complementar de educação ambiental formal, que ocorre em sala de aula. Um exemplo da EA não formal é aquela realizada, em museus, parques, zoológicos, ou ações ambientalistas em um bairro. Essas atividades têm como principal iniciativa melhorar a qualidade de vida da população, fortalecendo a cidadania (ESCOLA PARQUE, 2007), uma iniciativa realizada em diversos locais, como os zoológicos, jardins botânicos e centros comunitários, para públicos diferentes (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2005). De acordo com a lei nº.9795/1999 art. 13, entende-se por educação ambiental não-formal como “as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente” (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2000). 2.2.2 Educação ambiental formal A Escola Parque (2007) definiu Educação Ambiental formal como sendo a EA na educação escolar, desenvolvida em instituições de ensino público e 15 privado, realizada com alunos, universitários, bem como profissionais treinados sobre o tema ambiental (TELLES et al. 2002). 2.2.3 Educação ambiental informal A EA informal é aquela que ocorre no dia a dia com familiares, vizinhos e companheiros de trabalho, através de uma conversa ou até mesmo critica. Sua importância está relacionada ao seu efeito na aplicação social cotidiana (ESCOLA PARQUE, 2007). 2.3 Histórico da educação ambiental A EA é uma atividade que teve muitos caminhos para sua implantação, entendimento e compreensão. Estudar sua história é uma maneira de apresentá-la á sociedade. Pedrini (1997) elaborou uma breve cronologia da educação ambiental contemporânea que pode ser entendida como se segue: • Conferência de Estocolmo: Em 1972, ocorreu a Conferência da Organização das Nações Unidas, baseada nos estudos sobre crescimento demográfico e a exploração dos recursos naturais. Seu debate deu origem à Declaração sobre o Ambiente Humano. Neste encontro houve a preocupação de se vincular os termos educação e meio ambiente. Recomendou a capacitação de professores; • Conferência de Belgrado: O encontro de Belgrado (ex - Iugoslávia), em 1975 congregou 65 países e gerou a Carta de Belgrado, com o 16 objetivo de erradicar a pobreza, analfabetismo, fome, poluição, exploração e dominações humanas. A UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – criou o Programa de Educação Ambiental; • Conferência de Tbilisi: Realizada em 1977, na Geórgia (antiga União Soviética), foi a primeira Conferência Intergovernamental sobre a EA definindo princípios, características e estratégias; • Conferência de Moscou: Em agosto de 1987, 300 educadores ambientais de 100 países reuniram-se na conferência realizada em Moscou, visando fazer uma avaliação sobre o desenvolvimento da EA desde a Conferência de Tbilisi e apontar um plano de ação para a década de 90, considerando que a EA tinha avançado muito pouco, principalmente nos países em desenvolvimento; • Rio 92: Realizada no Rio de Janeiro, reuniu mais de 103 chefes de estado e um total de 182 países. Nesse encontro, ocorreram três convenções: Mudanças do Clima, Biodiversidade e Declaração sobre Florestas, e; • Rio + 10: Realizada em Johannesburgo (África do Sul), em 2002, onde mais de 100 chefes de Estado fizeram um balanço dos últimos dez anos. 2.3.1 Educação ambiental no Brasil De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA – (2005), a Educação Ambiental no Brasil teve origem 17 em meados da década de 80, quando surgiu a nova Constituição Federal que favorecia a EA para ser promovida em todos os níveis de ensino, porém só em 1994 foi lançado o Programa Nacional de Educação Ambiental, ganhando assim grande dimensão (LOUREIRO, 2004). Segundo Pedrini (1997), no Brasil, a EA não percorreu um caminho linear. Ela tem passado por inúmeras divisões para sua implantação e aplicação no ensino formal, não formal e informal. Para Trajber e Manzochi (1996), a EA no Brasil teve um crescimento muito grande nos últimos anos, especialmente após a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1992. As ações têm crescido em diversas áreas e segmentos da população, como escolas, ONGS, movimentos sociais, comunidades e setor público, tanto federal como estadual e municipal. Em 1996, foi criada a Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental no CONAMA, com a participação do Ministério de Meio Ambiente, Ministério da Educação e Ministério da Cultura, objetivando elaborar diretrizes gerais orientadoras da melhoria da Educação, nas quais segue a inclusão de temas ambientais nos currículos escolares, além de capacitação em EA para técnicos das Secretarias Estaduais de Educação e Delegacias Estaduais do Ministério da Educação, para orientar a implantação dos Parâmetros Curriculares (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2000). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2000), em 1997, foi criada a Comissão de Educação Ambiental. Houve a I Conferencia Nacional de EA com cursos de EA organizados pelo Ministério da Educação (MEC) sendo a segunda etapa de capacitação para as escolas técnicas. 18 A Lei nº. 9795 entrou em vigor em 27 de abril de 1999, e dispõe sobre a Educação ambiental e dá outras providências. Conforme o Ministério do Meio Ambiente (2000), art.4º da lei 9795/99, os Princípios da Educação Ambiental no Brasil são: • “Enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; • Concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; • Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; • Vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; • Garantia de continuidade e permanência do processo educativo; • Permanente avaliação crítica do processo educativo; • Abordagem articulada das questões ambientais locai e globais; e • Reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.” O Ministério do Meio Ambiente (2000), art. 5º da lei 9795/99, relata que os objetivos da EA no Brasil são: • “Desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; • Garantia de democratização das informações ambientais; • Estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a 19 problemática ambiental e social; • Incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; • Estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; • Fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;e • Fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.” Utilizar ambientes diferentes para a prática da EA é uma alternativa para aplicar seus objetivos e princípios. Os objetivos em si podem significar pouco para o crescimento e fortalecimento da EA. Para sensibilizar um individuo ou sua coletividade é necessário saber articular esses princípios, estruturando diferentes tipos de abordagens, fazendo do tema EA um aprendizado de maior validade. 2.4 Educação ambiental em zoológicos Nos dias atuais, um zoológico pode ser uma ótima alternativa e ferramenta para a prática de EA por ser um ambiente de diversa variedade de fauna e flora. 20 A respeito da diversidade biológica que um zoológico pode proporcionar aos visitantes, Meyer (1988) apud Mergulhão (1997) relata: “Resolvi passear no zoológico, que é uma área verde ótima. Vim descansar. As crianças sempre cobram da gente ir a algum lugar onde elas possam correr, brincar. As crianças gostam muito do zoológico e eu também... Moro no Bairro das Indústrias e sofro com a poluição. Sempre que posso dou uma fugida para um lugar de ar puro, onde tenha muito verde. O verde faz bem e é uma oportunidade de as crianças ficarem em contato com a natureza”. Os zoológicos têm sido cada vez mais recomendados para a realização de EA, conseguindo reunir em uma área animais das mais variadas regiões da Terra (DIAS 1998), proporcionando aos visitantes oportunidades de conhecer animais que, provavelmente, nunca encontrariam em seus habitats naturais (MERGULHÃO e VASAKI, 2002). Segundo Furtado e Branco (2003), a maneira que os visitantes aprendem sobre as questões ambientais podem servir como um termômetro do nível de envolvimento da comunidade com o meio ambiente. De acordo com Telles et al. (2002), nos dias de hoje, um zoológico não é apenas para abrigar animais, pois dentro de sua programação já está incluída a EA, que é uma ferramenta eficiente para mudar a mentalidade de pessoas que vêem os animais como marionetes e bonecos enjaulados. Andar pelas matas, dormir no zoológico e se aproximar de animais vivos ao ponto de tocá-los, são experiências que podem sensibilizar as pessoas (MERGULHÃO e TRIVELATO, 2005). Segundo Mergulhão (1997), no zoológico de Sorocaba, em São Paulo, a EA realizada envolve programas como: 21 • Madrugada Ecológica: onde os alunos dormem no zoológico, com direito a trilhas para conhecer as espécies de animais que possuem hábitos noturnos; • Café da manhã: oferecido em frente do lago ao nascer do sol; • Tocar em animais vivos: como as cobras, sapos e aranhas; • Ajudar na preparação das comidas dos animais: observando a tabela de alimentação e a importância da alimentação correta para cada espécie; • Desfiles e gincanas ecológicas: com o objetivo de mostrar peças oriundas de produtos animais e explicando os motivos que levam a extinção da fauna; e • Observação dos animais em liberdade: Passeio na trilha e mata, para observar os animais silvestres que vivem no zoológico. Muitos zoológicos já possuem locais apropriados para executar as atividades de EA com alunos e visitantes, ensinando a forma de vida dos diferentes animais de uma maneira educativa (TELLES et al. 2002), podendo ser um ambiente para a prática de atividades escolares de forma não formal (MERGULHÃO e VASAKI, 2002). Mesmo com a existência de placas advertindo que essa atitude é prejudicial aos animais, todos os zoológicos sofrem com um problema comum em seu cotidiano: a insistência da população em querer alimentar os animais jogando para eles alimentos inadequados como amendoim e chicletes. Uma maneira de modificar essa atitude do público é levá-los para conhecer a cozinha (MERGULHÃO e VASAKI, 2002). Conhecendo a cozinha, os alunos perceberão a importância da dieta dos animais e porque não podem alimentá-los com pipocas, doces entre 22 outros, pois isso acarreta cáries, obesidades, diarréias e outros problemas para a saúde dos animais (DIAS, 1998). Para Mergulhão e Vasaki (2002), é importante deixar entrar pequenos grupos de alunos por vez e mostrar a eles a tabela de alimentação assim perceberão que as diferentes espécies de animais necessitam de diferentes dietas. A participação dos visitantes nessa atividade ajuda a formar uma nova consciência e o zoológico acaba ganhando colaboradores, que direta ou indiretamente, ajudarão a repreender pessoas que continuam alimentando indevidamente os animais. 2.4.1 A separação de lixo no zoológico As tentativas para a coleta de lixo têm se tornado muito ruins, por apresentar um custo muito elevado para sua implantação (DIAS, 1998). O zoológico, por ser um ambiente público e atender grande parte da população da cidade, também sofre com a geração de lixo, ainda mais porque é um ambiente de lazer. Há também a questão dos alunos visitantes que levam seu lanche, gerando assim, diversos resíduos. O sistema de separação de lixo visa ensinar ao cidadão o seu papel de gerador e consumidor de lixo, um problema que deve ser enfatizado desde cedo, envolvendo principalmente as escolas de ensino fundamental (MANO, PACHECO e BONELLI, 2005). Os alunos visitantes aprendem sobre a importância de separar o lixo, tanto em um ambiente público como é o exemplo do zoológico como em suas casas, explicando a eles que depois de seu lanche devem depositar os resíduos 23 rejeitos (guardanapo, papel toalha, papel higiênico e restos de comida), no galão cinza e os resíduos recicláveis (papel, plástico, metal e vidro), nos galões verdes, fazendo com que percebam que no decorrer da trilha existem galões de lixo. “Pois não jogar lixo no chão são condições essenciais para a manutenção da mata” (MERGULHÃO E VASAKI, 2002). 2.4.2 Despertando a curiosidade em conhecer a natureza Ensinar aos alunos sobre o tráfico de animais e como a maioria deles foram aparecer no zoológico os ajuda a entender o valor que aquele ambiente tem. Conhecer a natureza faz com que o cidadão aprenda seus valores e limites. Pedindo para que reparem nas folhas, nas raízes, flores, frutos, temperatura e quantidade de luz, os alunos perceberão que percebendo que dentro de um ambiente fechado de mata o ar é diferente, mais puro e leve devido a quantidade de árvores e vegetação (MERGULHÃO e VASAKI, 2002). Um outro ponto importante é surpreendê-los com informações que possibilitarão eles a conhecer o tempo de vida de cada animal como, por exemplo, o papagaio que vive até 130 anos, a tartaruga até 300 e a formiga 10 anos (DIAS, 1998). “Quanto mais observações fizerem, mais descobertas, mais dúvidas e mais interesse pela natureza as pessoas terão” (MERGULHÃO e VASAKI, 2002). Um zoológico tem como principal objetivo educativo, fazer com que o visitante volte para sua casa pensando sobre a importância da conservação dos ecossistemas naturais (MERGULHÃO e VASAKI, 2002). Uma experiência inesquecível para as crianças visitantes é o contato direto com a natureza. Levando-as para conhecer e explorar a mata, poderá 24 despertar nelas o interesse sobre os problemas relacionados ao meio ambiente, como o corte ilegal de árvores, queimadas, poluição dos rios, tráfico e maltrato dos animais. A curiosidade das crianças faz com que elas investiguem o mundo (MERGULHÃO e TRIVELATO, 2005). A maneira mais evidente de uma criança obter conhecimento sobre determinada coisa é explorá-la e tocá-la. A curiosidade de uma criança pode levá-la a margem de um rio, lá ela irá brincar diferenciar materiais e seres encontrados, com esse contato podem vir a aprender muito sobre a água, muito mais do que se tivesse aprendido na teoria (MERGULHÃO e TRIVELATO, 2005). 25 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Caracterização da área de estudo 3.1.1 Zoológico Bosque Guarani O Zoológico Bosque Guarani de Foz do Iguaçu está localizado no centro da cidade e foi inaugurado no dia 09 de junho de 1996, ocupando uma área de 4,5 hectares. Tem aproximadamente 400 animais e 21 recintos. O Bosque Guarani ainda é um zoológico muito pequeno recebendo do IBAMA a categoria “A”, que é a menor classificação dos zoológicos, por não possuir transporte permanente, biotério, setor de quarentena para os animais e participar de programas de reprodução. 26 Existem cerca de 60 árvores e arbustos exóticas e nativas entre elas ipê-roxo, pata de vaca, acerola e ingá. Também existem animais de vida livre, como lagarto teiú e gambás, que moram nas suas matas ou aparecem para se refugiar em determinadas épocas do ano. Essa afirmação foi confirmada devido a um levantamento inicial realizado pela médica veterinária Luciana Chiyo que em 4 meses de observação, identificou 32 espécies de aves, de várias famílias diferentes. Algumas destas aves são encontradas durante todo o ano e outras são migratórias, aparecendo só em determinadas épocas. O zoológico tem como objetivos: • A educação ambiental: que desenvolve trabalhos de sensibilização para os visitantes, principalmente as escolas municipais da região; • Conservação de espécies: por apresentar em sua classificação a categoria A (que representa o menor porte) não tem capacidade para abrigar mais animais, portanto visa apenas à conservação e não a reprodução de espécies em cativeiro; • Pesquisa científica: Os animais que vivem em cativeiro são estudados para melhor entender seus hábitos. Os setores Veterinário e de Biologia fazem o recebimento e triagem de animais provenientes de doações (de particulares ou outras instituições), apreensões (IBAMA, Policia Florestal) ( ANEXO 1, imagem da arara apreendida e recuperado no zoológico Bosque Guarani), capturas (na natureza), permutas (com outras instituições) e elaboram palestras sobre atividades desenvolvidas no Zoológico. A figura 1 mostra o zoológico Bosque Guarani. 27 Fonte: Secretaria do Meio Ambiente, 2005. Figura 1: Mapa do Zoológico Bosque Guarani 1-Entrada 4-Sanitários 7 a 26 recintos 2-Área administrativa 5- Início da trilha 01 27 a 30 Lagos 3-Área de exposições 6- Início da trilha 02 31 e 32 Bebedouros No Zoológico Bosque Guarani, a Educação Ambiental realizada é voltada principalmente para escolas municipais de 2ª a 4ª séries de Foz do Iguaçu e região. Os atendimentos são realizados ás terças e quintas-feiras, e são desenvolvidas atividades como palestras, trilhas, oficinas e dinâmicas, de forma não formal. Nas palestras realizadas no Bosque Guarani, além de se relatar sobre a diferença de cada espécie de animal, também é explicada a importância de se preservar o ambiente natural, e como os animais foram aparecer no zoológico. 28 Nas trilhas, a educadora ambiental acompanha as escolas orientando sobre a vida de cada animal ali presente e sua importância, no decorrer da trilha existem galões de lixo (Figura 2), cinza (rejeitos) e verde (reciclados). Figura 2: Lixeiras do Zoológico Bosque Guarani As oficinas são feitas com papéis reciclados, rolos de papel higiênico e sementes encontradas no próprio zoológico, para mostrar para as crianças que o produto que elas não utilizam mais, serve de sustento para outra pessoa. Incentivando-as sobre a importância da preservação ambiental. Logo após a visita os alunos visitantes escrevem nas folhas de papel sua atitude para ajudar a preservar e proteger o meio ambiente, depois que os alunos escrevem, eles penduram as folhas nos galhos da árvore (Figura 3). 29 Figura 3: Atividade dinâmica Acontecem atividades com objetivo de sensibilizar os alunos sobre a importância do ambiente que estão visitando. Cada mês, as atividades realizadas fazem referência às datas ecológicas comemoradas no mês, em função das escolas também trabalharem com essas datas. Como exemplo, o mês de agosto de 2008 abordou o tema do folclore com teatros de fantoches, trilha e lembrancinhas para os alunos. Em setembro se comemorou o dia da árvore, onde os alunos plantaram árvores no próprio zoológico (Anexo 2: Programação das atividades do mês de agosto a outubro). A figura 4 mostra uma dinâmica de campo realizada com alunos visitantes, essa dinâmica é feita na mata do zoológico e incentiva os alunos a plantarem árvores. 30 Figura 4: Dinâmica de campo. A educação Ambiental do Bosque Guarani possui um espaço para palestras e oficinas, as quais incentivam os alunos a conhecerem o trabalho dos funcionários mostrando a eles a cozinha e como é preparado o alimento dos animais (Figura 5). 31 Figura 5: Cozinha do zoológico 3.2 Metodologia da Pesquisa O presente trabalho constitui-se um estudo de caso, sendo levantador de hipóteses, trabalhando por comparação, analisando os mesmos contextos através de aplicação de questionários. O estudo de caso tem como objetivo a compreensão do estudo investigado como um todo. Este estudo pode ser uma ferramenta auxiliar em formulação de hipóteses, podendo ser usados formulários, entrevistas e questionários como instrumentos de pesquisa, tendo como função a explicação de casos que ocorrem na sociedade, assim representados por quadros, gráficos e tabelas (FACHIN, 2006). 32 O trabalho trata-se também de uma pesquisa qualitativa, pois busca a percepção de uma determinada questão e sua interpretação, estimulando assim, os entrevistados a pensarem sobre um tema. As pesquisas qualitativas não são medidas nem contadas e em sua descrição não utilizam números. Para realizar um estudo qualitativo, é viável avaliar o critério de qualidade (FACHIN, 2006). 3.3 Procedimentos Metodológicos O trabalho é o único realizado até então no zoológico Bosque Guarani de Foz do Iguaçu, que tem como objetivo avaliar a EA oferecida para os alunos visitantes. Inicialmente, foi feito um levantamento teórico sobre Educação. Educar uma pessoa é também ensina-lá a preservar. Visando Atingir os objetivos propostos, foram utilizadas as seguintes estratégias: • Acompanhamento das atividades diárias do Zôo Bosque Guarani de Foz do Iguaçu. Duas vezes semanais durante 3 meses, através de anotações diárias em cadernos e fotos. • Aplicação de questionário para os alunos de 4ª série visitantes do Zoológico, antes e depois da visita, na própria escola para avaliar seu aprendizado após a visita, 2 semanas depois da visita foi aplicado o questionário nas escolas. 33 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Este trabalho foi desenvolvido através de questionários estruturados, aplicados aos visitantes das instituições escolhidas. A entrevista foi realizada com escolares da faixa etária de 9 a 10 anos, através de questionários antes e depois da visita no zoológico (Anexo 3 – Roteiro da entrevista). Dos 32 alunos questionados a grande maioria (72%) já conhecia o zoológico Bosque Guarani. A maioria dos questionados (81%), não possuía animais silvestres em casa, outros tinham papagaio (16%) e arara (3%). Todos os alunos já sabiam que no zoológico tinha separação de lixo, também sabiam que a alimentação da onça era carne. Além dos macacos a onça é um animal que desperta muito interesse nas crianças. 34 Antes da visita 47% dos alunos (Figura 6) acreditavam que ir ao zoológico era importante devido ao fato de conhecer a natureza, 47% diziam ter curiosidade em conhecer a vida dos animais, os outros 6% restantes queriam passear um pouco e sair da escola. Muitas pessoas buscam o zoológico como seu momento de diversão e lazer (MERGULHAO E VASAKI, 2002). Antes da visita 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Importante conhecer a natureza 47% Curiosidade de conhecer a vida dos animais 47% Passear um pouco e sair da escola 6% Importante conhecer a natureza 47% Curiosidade de conhecer a vida dos animais 47% Passear um pouco e sair da escola 6% Figura 6: O motivo pelo qual os alunos visitaram o zoológico. Depois da visita os alunos mudaram um pouco de opinião pois metade deles (50%) achavam importante conhecer a natureza, 3% ainda levava em conta o lazer como o motivo que o fez conhecer o zoológico, os 47% restantes ainda mantiveram a opinião de ter curiosidade sobre a vida dos animais (Figura 7). Os fatores que influenciam uma pessoa a participar de programas ambientais são, em primeiro lugar, a vontade de se aproximar da natureza, o segundo o conhecimento e curiosidade e o terceiro o lazer e as relações sociais como ver amigos (MERGULHAO e TRIVELATO, 2005). 35 Depois da visita 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Importante conhecer a Curiosidade de natureza 50% conhecer a vida dos animais 47% Passear um pouco e sair da escola 3% Importante conhecer a natureza 50% Curiosidade de conhecer a vida dos animais 47% Passear um pouco e sair da escola 3% Figura 7: O motivo pelo qual os alunos visitariam numa próxima vez o zoológico. De acordo com os alunos, 41% já conheciam o zoológico, 31% sabiam de sua existência através dos pais, conhecida também como conhecimento empírico, passado de pais para filhos, muito mais que pela escola (25%) e 3% pelos amigos (Figura 8). 36 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Já conhecia 41% Pais 31% Já conhecia 41% Pais 31% Escola 25% Escola 25% Amigos 3% Amigos 3% Outros Outros Figura 8: Como os questionados ficaram sabendo da existência do zoológico. 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Separa lixo 63% Planta árvores 25% Economiza energia Faz compostagem 13% Separa lixo 63% Planta árvores 25% Economiza energia 13% Faz compostagem Figura 9: O que os questionados fazem em casa para preservar o meio ambiente. Com relação à responsabilidade de cada um na preservação do meio ambiente, 63% dos alunos entrevistados separam lixo. Esse número não é de espantar já que grande parte dos alunos questionados vive em uma área da cidade em que a maior parte da população separa e vive da coleta de lixo, 25% plantam árvores e 13% economizam energia (Figura 9). A grande parte da nova geração tem 37 conhecimento em relação à reciclagem. A intensificação da EA na mídia, internet e filmes é a provável resposta disso. Antes da visita 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Mamífero 72% Réptil 25% Mamífero 72% Réptil 25% Ave 3% Ave 3% Figura 10: O tipo de espécie que pertence o macaco – prego para os alunos. Antes de conhecer as espécies de animais que existem na natureza (réptil, mamífero e ave), os alunos não sabiam diferenciar o que era cada classificação, considerando que a maioria deles deu um palpite qualquer. Fazendo uma observação na hora da aplicação dos questionários os alunos questionavam o professor, pois os mesmos não estavam preparados para essa questão (Figura 10). 72% dos alunos questionados responderam corretamente que o macaco prego é um mamífero, 25% responderam que é um réptil e 3% uma ave. 38 depois da visita 110% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% mamífero 97% réptil 3% mamífero 97% réptil 3% ave ave Figura 11: O tipo de espécie que pertence o macaco – prego para os Questionados. Um grande número de alunos não conseguiu encontrar o equilíbrio entre o saber que o passeio deve transmitir e o prazer que o passeio deve despertar (COELHO E SANTANA, 1996). Depois da visita quase todos os alunos (97%) responderam corretamente. Os outros 3%, comparada com a primeira pergunta (Figura 10), não prestaram atenção às explicações fazendo assim do zoológico não um ambiente de aprendizado e sim o seu momento de lazer (Figura 11). 39 antes da visita 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Serve como lar para os animais 50% Preservar os animais e plantas 32% Ver os animais 9% Passear 9% Serve como lar para os animais 50% Preservar os animais e plantas 32% Ver os animais 9% Passear 9% Figura 12: A importância que o zoológico tem para os questionados. De acordo com os participantes do questionário, o zoológico deve servir para a conservação e preservação de espécies e também auxiliar como um complemento educativo da EA formal, descartando a possibilidade de ser um local de exibição de animais (FURTADO E BRANCO, 2003). A metade dos entrevistados (50%), julgava o zoológico importante por ele ser um abrigo aos animais, servindo assim como um lar para eles, porém 32 % deles julgaram que a importância do zoológico era preservar os seres que vivem e dependem dele, 9% acreditava que ver os animais era um fator de importância do zoológico e os outros 9% ainda enfatiza o lazer como ser o quesito mais importante (Figura 12). Os alunos mudaram de opinião após a visita ao zoológico, tanto que o quesito lazer deixou de ser importante, um pouco menos que a metade (44%) optaram pela preservação dos animais e plantas e 40% viram o zoológico como um lar para os animais que não tem onde morar. Nenhuma das duas opções são incorretas, pois na palestra do zoológico são explicados esses dois pontos como 40 exemplo para os alunos visitantes saberem a função e a importância que esse ambiente tem (Figura 13). depois da visita 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% preservar animais e plantas 44% serve como lar para os animais que não tem onde morar 40% para ver os animais 6% para passear preservar animais e plantas 44% serve como lar para os animais que não tem onde morar 40% para ver os animais 6% para passear Figura 13: A importância que o zoológico tem para os alunos. Antes da visita, a maioria dos alunos (72%) considerava que os animais são importantes porque ajudam a preservar o meio ambiente. Para 25% os animais são importantes para brincar com eles, e 3% acreditam que os animais são importantes para morar em suas casas (Figura 14). 41 80% antes da visita 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Para preservar o Para brincar 25% Para morar na minha casa 3% meio ambiente 72% Para preservar o meio ambiente 72% Para morar na minha casa 3% Criar em cativeiro Para brincar 25% Criar em cativeiro Figura 14: A importância dos animais para os alunos. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% depois da visita preservar o meio para brincar 19% morar em minha criar em cativeiro ambiente 72% casa 6% preservar o meio ambiente 72% morar em minha casa 6% para brincar 19% criar em cativeiro Figura 15: A importância dos animais para os alunos. Os 72% dos alunos questionados depois da visita ao zoológico mantiveram a resposta que os animais são importantes pelo fato de ajudarem na preservação do meio ambiente, diminuindo sua importância de brincar, comparando com a figura 14 (25% de respostas) para 19%, aumentando assim a sua vontade de 42 ter os animais em suas casas, pois para 6% os animais eram importantes por esse motivo (Figura15). 80% antes da visita 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Ajudar a ter um Fazer sombra colher frutos deixar as ruas ar mais puro 13% 13% mais bonitas 71% 3% Ajudar a ter um ar mais puro 71% Fazer sombra 13% colher frutos 13% deixar as ruas mais bonitas 3% Figura 16: A importância das árvores e plantas para os alunos. De acordo com 71% dos alunos, as árvores e plantas são importantes porque ajudam na pureza do ar, para 13% as vegetações são importantes porque ajudam a fazer sombra e para 3% são importantes para ajudar a decorar as ruas (estética) e os outros 13% restantes acreditam que a importância das árvores e plantas se dava pela alimentação e colheita de frutos ( Figura 16). Após a visita a maioria dos entrevistados (78%), responderam que as árvores e plantas eram importantes porque ajudavam a ter um ar mais puro, 13% mantiveram a alimentação e colheita de frutos como fator importante das árvores e plantas, comparando com a figura anterior (Figura 16), os alunos mudaram de resposta diminuindo de 13% para 6% a sombra das vegetações serem importante, porém 3% ainda mantiveram a mesma resposta (Figura 17). 43 depois da visita 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% ajudar a ter um ar mais puro 78% colher frutos 13% ajudar a ter um ar mais puro 78% fazer sombra 6% fazer sombra 6% deixar as ruas mais bonitas 3% colher frutos 13% deixar as ruas mais bonitas 3% Figura 17: A importância das árvores e plantas para os alunos. “A maior diferença que espécies de animais têm poderiam ser definidas em três palavras: pena, pelo e escamas”. (Frase dita pela educadora ambiental do zoológico, antes de iniciar sua palestra). A dificuldade e falta de conhecimento dos alunos sobre as diferenças que existem entre as aves, os répteis e os mamíferos, foi presenciada na sala de aula, na hora em que os alunos respondiam o questionário. Portanto, não é de se espantar que 34% deles acreditavam que a maior diferença entre a ave e o mamífero era o bico e o pelo, 28% ainda arriscaram responder que a diferença entre essas duas espécies são os dentes (mamíferos) e o bico (ave), os 25% conseguiram responder corretamente dizendo que o que difere a ave do mamífero que são os pelos e as penas e para os 13% restantes a ave possui pena diferenciando do mamífero que possui dente (Figura 18). 44 antes da visita 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Ave tem bico e Ave tem pena e Ave tem pena e Ave tem bico e mamífero tem pelo mamífero tem dente mamífero tem mamífero tem pelo 25% dente 13% 28% 34% Ave tem bico e mamífero tem pelo 34% Ave tem bico e mamífero tem dente 28% Ave tem pena e mamífero tem pelo 25% Ave tem pena e mamífero tem dente 13% Figura 18: A diferença entre aves e mamíferos para os alunos. Segundo Santos, Mourthé e Barbosa (2004), os estudantes entrevistados passam por um programa de educação ambiental sistematizado, no qual receberam informações sobre conservação do meio ambiente e a importância das unidades de conservação através de palestras e visitas orientadas que ajudaram a fazer diferença na hora das respostas. Por isso não é de se admirar um pouco mais que a metade dos alunos (65%) responderam corretamente que as aves têm pena e os mamíferos pelos comparando com a figura anterior (Figura 18), houve 31% a mais de acertos após a visita, porém 35% tiveram respostas incoerentes (dizendo que a diferença entre ave e mamífero era o bico e o dente e/ou pena e dente), (Figura 19). 45 depois da visita 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% a ave tem pena e o mamifero tem pelo 65% a ave tem bico e o maifero tem pelo 22% a ave tem bico e o mamifero tem dente 13% a ave tem pena e o mamifero tem dente a ave tem pena e o mamifero tem pelo 65% a ave tem bico e o maifero tem pelo 22% a ave tem bico e o mamifero tem dente 13% a ave tem pena e o mamifero tem dente Figura 19: A diferença entre aves e mamíferos para os alunos. Se aproximando do recinto dos macacos as crianças fazem a festa, adoram brincar com eles pulando para que imitem seus gestos, por ser um animal que chama sua atenção. Antes da visita ao zoológico os alunos questionados não sabiam o significado da palavra extinção, tanto que, 41% responderam que os macacos-prego estavam em extinção, 31% sabiam que a arara azul era um animal ameaçado de extinção, mas 19% e 9%, responderam que era o quati e o jabuti que estavam ameaçados de desaparecer na natureza (Figura 20). 46 antes da visita 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Macaco prego Arara azul 31% 41% Macaco prego 41% Quati 19% Arara azul 31% Quati 19% Jabuti 9% Jabuti 9% Figura 20: O animal que vive no zoológico e está ameaçado de extinção para os alunos. depois da visita 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% arara azul 78% macaco prego 13% arara azul 78% macaco prego 13% jabuti 3% jabuti 3% quati 3% quati 3% Figura 21: O animal que vive no zoológico e está ameaçado de extinção para os alunos. Os zoológicos através da variedade de animais contribuem para a conservação da natureza ou a manutenção de bancos genéticos, principalmente na preservação e conservação dos animais que estão em extinção (MERGULHAO E VASAKI, 2002). 47 De acordo com Furtado e Branco (2003), os animais nativos mais lembrados pelos visitantes são os que têm apelo na mídia como é o caso do micoleão-dourado e a arara-azul. Depois de realizarem a visita a maioria dos alunos (78%), responderam corretamente (apesar de o zoológico apresentar outros animais ameaçados de extinção, como é o caso da onça pintada e do jacaré de papoamarelo), que a arara azul era um animal ameaçado de extinção de uma forma bastante abusiva (VERNER, 2006), comparando com a figura anterior (Figura 20), no qual a porcentagem de macaco-prego apresentou maior número de respostas, tendo apenas 6% das respostas dividas entre o quati e o jabuti (figura 21). 48 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pelo contexto apresentado, por mais que a maioria dos alunos questionados (72%) conheça o Zoológico Bosque Guarani, ainda assim, após a visita apresentaram algumas respostas incoerentes. Como é o caso da figura 11, onde 3% dos alunos entrevistados responderam que os macacos-prego são répteis. Apesar de a grande maioria prestar atenção e aprender, a outra parte não tem esse ritmo. Conforme a figura 8 os pais tem maior papel educativo do que as escolas, pois 31% dos alunos questionados já conheciam o zoológico através dos pais. O que se percebeu ao longo do trabalho é que se pode contribuir com idéias e propostas na EA do Bosque Guarani, como a realização de uma prévisita para os professores antes dos seus alunos realizarem o passeio recebendo do 49 zoológico folders e folhetos explicativos. Assim, os professores poderão levar o material para sala de aula e conversar com seus alunos enfatizando a importância do ambiente que irão visitar, podendo assim, programar sua visita. A outra proposta é realizar um concurso de desenho ou poesia para os alunos visitantes, com o tema “do que mais gostou no zoológico”, e/ou “o que mais aprendeu”, isso ira incentivá-los a buscarem mais conhecimento sobre o que foi passado no zoológico, dessa forma, a EA do Bosque Guarani, vai alem de seus portões. 50 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COELHO, N. N.; SANTANA, J. S. L. A educação Ambiental na Literatura Infantil como formadora de Consciência de mundo. In: Avaliando a Educação Ambiental no Brasil: Materias Impressos. São Paulo: Ed. gaia, 1996. p.59 – 76. DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 5. ed. São Paulo: Editora Gaia, 1998. 400p. ESCOLA PARQUE. Curso de Capacitação para monitores ambientais. Escola parque. 2007. 192p. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 210p. FOZ DO IGUAÇU. Secretaria de Meio Ambiente. Apostila do Programa eu sou do Zôo. Foz do Iguaçu: Zoológico Bosque Guarani, 2005. FURTADO, M. H. B. C.; BRANCO, J. O. A percepção dos visitantes dos zoológicos de Santa Catarina sobre a temática ambiental. In: SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, II, 2003, Itajaí. Anais... Itajaí: Simpósio Sul Brasileiro de Educação Ambiental, 2003. IBAMA. Educação ambiental e gestão participativa em UC´s. 2. ed. Rio de Janeiro: IBAMA, 2005. 57p. JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Caderno de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, São Paulo, v. 118, p. 189 – 205, mar., 2003. 51 LOUREIRO, C. F. B. Trajetórias e fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2004. 152 p. LOUREIRO, C. F. B. Educação ambiental e movimentos sociais na construção da cidadania ecológica e planetária. In: LOUREIRO, C. F.B.et. al. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2005. 69 - 97 p. MANO, E.B.; PACHECO, E.B.A.V.; BONELLI, C.M.C. Meio ambiente, poluição e reciclagem. São Paulo: Edigard Blucher, 2005. 182p. MERGULHÃO, M. C. Zoológico: uma sala de aula viva. In: PADUA, S. M.; TABANEZ, M. F. Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília, 193200, 1997. MERGULÃO, M. C.; TRIVELATO, S. L. F. A diversão e o aprendizado de mãos dadas. Revista eletrônica de Mestrado em Educação Ambiental, Rio Grande, v. 15, p. 94 – 106, jul. a dez. 2005. MERGULHÃO, M. C.; VASAKI, B. N. G. Educando para a conservação da natureza – sugestões de atividades em educação ambiental. São Paulo: EDUC, 2002. 144p. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Projeto político pedagógico aplicado a centros de educação ambiental e salas verdes. Brasília: Diretoria de Educação Ambiental, 2005. 36p. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. A educação ambiental no Brasil: informe geral. Brasília, 2000. PEDRINI, A. G. Educação ambiental: reflexões e práticas. 4. ed. Rio de Janeiro, Ed. Vozes, 1997. 294p. SANTOS, F. R. C.;MOURTHÉ, I. M. C.; BARBOSA, P. M. M. Levantamento Preliminar da concepção de jovens estudantes sobre a conservação de primatas da Mata Atlântica em duas instituições não-formais de ensino. In: Concepções sobre conservação em instituições não-formais de ensino, 2004, Belo Horizonte. Anais... 10p. TELLES, M. Q. et al. Vivências integradas com o meio ambiente. São Paulo, Ed. Sá, 2002. 144p. TRAJBER, R.; MANZOCHI, L.H. . Avaliando materiais impressos de educação ambiental: o projeto. In: TRAJBER, R.; MANZOCHI, L.H. Avaliando a educação ambiental no Brasil: materiais impressos. São Paulo: Ed. gaia, 1996. p. 15 – 35. Tratado de educação ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global. Disponível em: <http://www.rebea.org.br/arquivos/tratado.pdf >. Acessado em: 01 ago. 2008. VERNER, J. O meio ambiente. 8 ed. Campinas, Ed. Papirus, 2006. 132p. 52 ANEXOS 53 ANEXO 1 – IMAGEM DO FILHOTE DE ARARA APREENDIDA Arara canindé (Ara ararauna), apreendida na Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu pela Policia Florestal e recuperada. 54 ANEXO 2 - PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS DO MÊS DE AGOSTO A OUTUBRO DE 2008 O Zoológico Bosque Guarani e a Sala verde Cuaa Renda se uniram para organizar os atendimentos aos alunos das escolas que visitam o espaço do Zôo, existe uma parceria entre a SMMA e Furnas para o transporte dos alunos e estão sendo atendidos os alunos das quarta séries. A cada mês as atividades realizadas fazem referência às datas ecológicas comemoradas no mês, em função de as escolas também trabalharem com essas datas dentro das suas atividades. A programação dos três últimos meses: MÊS DE AGOSTO: Tema: Folclore e meio ambiente MURAL: com os personagens Frase: A sabedoria da cultura nos ensina tantas coisas! Personagens: SACI-PERERÊ - é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras. BOITATÁ - protege as matas e florestas das pessoas que provocam queimadas. O boitatá vive dentro dos rios e lagos e sai de seu "habitat" para queimar as pessoas que praticam incêndios nas matas. CURUPIRA - proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória. GRALHA AZUL – contribui para a restituição da floresta de araucária, plantando o pinhão, semente do Pinheiro do Paraná. ATIVIDADES: Teatro de fantoches sobre folclore e meio ambiente (Gralha Azul); Tião Lenhador e a Gralha Azul. Trilha pelo Zôo. Lembrancinha: Um cartão com semente de pinhão e a frase: “Ajude a proteger a Vida, não tenha animal silvestre em casa. 55 MÊS DE SETEMBRO: Tema: Da semente a Árvore: MURAL: Com árvores, e preservação do meio ambiente. Frase: Cuidar do nosso lugar é amar a Vida. Proteja as árvores! ATIVIDADES: Os alunos serão recebidos com uma conversa sobre o espaço do zoológico, farão uma atividade na parte interna do bosque, onde serão motivados a observar as plantas e animais através de uma dinâmica sensitiva, e divididos em grupos farão o plantio de mudas de arvores nativas, colaborando para a manutenção do bosque. Trilha dos animais; Lembrancinha: Árvore das curiosidades: Organizar uma arvore (galho seco) para deixar curiosidades sobre as árvores. Solicitar a cada turma de alunos que tragam informações sobre árvores para pendurar na árvore das curiosidades. Um saquinho com sementes de flores e a frase: “Cuidar do nosso lugar é amar a Vida. Plante essa idéia! Zôo Bosque Guarani, setembro de 2008.” MÊS DE OUTUBRO: Tema: Animais e dia do professor; Frase: Os animais precisam de nós! Proteja, não maltrate, denuncie, defenda. Faça a sua parte! Exposição: caça no PNI, matérias utilizados pelos caçadores, fotos, atropelamentos, etc. Palestra: Animais finantropicos, como conviver bem com eles? (com equipe do CCZ) para os funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente; Lembrancinha: enfeite de lápis com a carinha de um animal (crianças) (professora) kit ambiental, para informações e formação. 56 ATIVIDADES: Loteria dos bichos: os alunos que visitam o zôo serão divididos em pequenos grupos e cada grupo ao longo da trilha irá anotando na loteria os animais que são vistos, nome comum e nome cientifico. Ao final os grupos comparam as loterias e as duvidas serão retiradas. LOTERIA DOS BICHOS ( ) macaco prego ( ) Cerdocyon thous ( ) Lobo-guará ( ) Panthera onca ( ) Ara macao ( ) Arara-vermelha ( ) Buteo albicaudatus ( ) gavião-de-cauda-branca ( ) Tigre ( ) avestruz ( ) gralha azul ( ) Trachemys dorbignyi Acertos 57 ANEXO 3 - ROTEIRO DA ENTREVISTA (QUESTIONÁRIO) 1. Por que você vai visitar o zoológico? ( ) Porque é importante conhecer a natureza ( ) Porque tem curiosidade de conhecer a vida dos animais ( ) Para passear um pouco e sair da escola 2. Você já conhecia o zôo Bosque Guarani? ( ) sim ( ) não 3. Como você ficou sabendo que o zoológico existia? ( ) já conhecia ( ) pais ( ) amigos ( ) escola outros__________ ( ) mora perto ( ) 4. Você tem algum animal do zoológico em casa? ( ) sim ( ) não 5. Qual animal você tem ? ( ) jabuti ( ) tartaruga ( )Papagaio ( ) arara ( ) outros ____________ 6. O que você faz em casa para ajudar a preservar o meio ambiente? ( ) separa lixo ( ) planta arvores ( ) economiza energia ( ) faz compostagem 7. O macaco prego é um animal: ( ) mamífero ( ) um réptil ( ) uma ave 8. O que a onça come ? ( ) carne ( ) ração ( ) fruta ( ) verdura 9. Porque você acha que o zoológico é importante? ( ) para passear ( ) para preservar os animais e plantas ( ) para ver os animais ( ) serve como lar para os animais que não tem onde morar 10. Em sua opinião porque os animais são importantes? ( ) para preservar o meio ambiente ( ) para morar na minha casa ( ) para criar em cativeiro ( ) para brincar 11. Em sua opinião porque que as plantas e as arvores são importantes? ( ) para fazer sombra ( ) para colher frutos ( ) para ajudar a ter um ar mais puro ( ) para deixar as ruas mais bonitas 12. Qual a diferença entre as aves e os mamíferos ? ( ) a ave tem bico e o mamífero tem pelo ( ) a ave tem pena e o mamífero tem dente ( ) a ave tem pena e o mamífero tem pelo ( ) a ave tem bico e o mamífero tem dente 13. Qual animal podemos encontrar no zoológico e está em extinção? ( ) quati ( ) arara azul ( ) jabuti ( ) macaco prego 58 14. No zoológico de Foz tem separação de lixo? ( ) sim ( ) não