ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL DO RECINTO DO TAMANDUÁ-MIRIM (Tamandua tetradactyla) NA FUNDAÇÃO JARDIM ZOOLÓGICO DE BRASÍLIA (FJZB) Najila Mila Lima Moreira, Letícia Gobbi Arantes, Vinicius Costa Ribeiro Pereira, Julia Santoucy Barros Fundação Jardim Zoológico de Brasília - FJZB Avenida das Nações, Brasília, DF. [email protected] Palavras Chave: enriquecimento ambiental, tamanduá-mirim, zoológico Introdução. Tamanduás-mirins possuem garras bastante desenvolvidas, quatro nas patas dianteiras e cinco menores no membro posterior (1) e cauda preênsil, podem locomover-se também por substratos arbóreos (2; 3). Os indivíduos de vida livre passam a maior parte do seu tempo à procura de alimentos, defendendo seu território, procurando parceiros para acasalar, evitando predadores, enfim, interagindo com o ambiente em que se encontra. Já em cativeiro, têm a disponibilidade de alimento, estão mais protegidos de predadores, muitas vezes deixam de efetuar atividades próprias da espécie, apresentando baixa estimulação cognitivomotora, podendo desenvolver comportamentos de estresse ou estereotipados. Atualmente a proposta de enriquecer o ambiente se foca em diminuir o estresse animal, bem como comportamentos não característicos da espécie (4). Suas atividades são efetuadas para manter o local mais estimulante possível, com ideias engenhosas e criativas (5). O objetivo do trabalho foi instalar um enriquecimento ambiental nos recintos dos dois tamanduás-mirins que se encontram na Fundação Jardim Zoológico de Brasília, visando elevação no seu bem-estar. Métodos. Foram contabilizadas 40 horas de observação pré e pós-enriquecimento para avaliar os comportamentos dos indivíduos durante este período. A estrutura aérea montada foi baseada comparando atividades de vida livre e costumes cativos. Com disposição de galhos, troncos, uma nova toca que remete a ideia do oco de uma árvore, comedouro no alto, passarelas fabricadas em material de mangueira de bombeiro e pequenos pedaços de tronco, todos ligados na intenção de criar um circuito no recinto. Resultados e Discussão. Após a análise dos dados, pode-se inferir que o enriquecimento teve um efeito extremamente positivo aos indivíduos, mostrando que o recinto antigo não atendia às necessidades comportamentais da espécie. Conclusões. Os tamanduás mostraram uma maior tranquilidade, segurança e bem-estar, com o recinto aéreo, perdendo assim comportamentos estereotipados e apáticos, podendo agora ser visto em atividades características da espécie. Referências: 1. NOWAK, R. M.; PARADISO J. L., (1983) Walker’s mammals of the world. Ed. 4, The Johns Hopkings Press. Baltimore and London. 2. ATTENBOROUGH, D., (1979) A vida na terra. Reader’s Digest, Ed. especial, Rio de Janeiro, s/d. p. 367. 3. IHERING, R., (1968) Dicionário dos animais do Brasil. Ed. Universidade de Brasília. SãoPaulo. 790p. 4. MILITÃO, C., (2008) Tratamento de animais em cativeiro, higiene, e nutrição animal. [S. l.:s.n]. (Ficha de Trabalho n. 5). 5. NUNES, C. R. O.; GUERRA, R. F.; BUSSAB, V. S. R., (2003) Enriquecimento ambiental, privação social e manipulação neonatal. In: Revista de Ciências Humanas, Ed. 34, pp. 365-394.