ATIVIDADES GEEKIE
Ensino Médio
2º ano
Tema - Revolução Francesa e Iluminismo
1. Analise o trecho do pensador Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).
“(...) Quereis, portanto, dar consistência ao Estado? Aproximai os graus extremos, tanto quanto
possível; não suporteis nem opulentos nem indigentes. Essas duas condições, naturalmente
inseparáveis, são igualmente funestas ao bem comum (...)”
CHEVALIER, J.J. As grandes obras políticas: de Maquiavel a nossos dias. RJ: Agir, 1980. p.166.
Confrontando-se a concepção de Estado construída no século XVIII de acordo com as
informações do texto, conclui-se que Rousseau
a. apoiava o projeto político social defendido pela burguesia ascendente.
b. criticava a desigualdade social inerente às sociedades humanas.
c. destacava a necessidade do intervencionismo nas relações sociais.
d. repudiava as tendências igualitárias defendidas pelas Luzes.
e. valorizava o Estado como instrumento de conformação social.
2. “(...) Sob o governo constitucional é suficiente proteger os indivíduos dos abusos do poder
público; sob o regime revolucionário o próprio poder público está obrigado a defender-se contra
todas as facções que o ataquem. O governo revolucionário deve aos bons cidadãos toda a
proteção nacional; aos inimigos do povo não lhes deve senão a morte.”
ROBESPIERRE, Maximilien. Sobre os princípios do governo revolucionário. Discursos e relatórios na Convenção.
Rio de Janeiro: Editora UERJ/Contraponto, 1999, p. 129-140.
“(...) Quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo
objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem
como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiões para sua futura segurança. Tal
tem sido o sofrimento paciente destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar
os sistemas anteriores de governo. (...)”
Declaração de Independência dos Estados Unidos
Contraponha as ideias defendidas nos dois trechos.
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3. "Todo homem, contanto que não transgrida as leis da justiça, permanece plenamente livre
para seguir a estrada apontada por seu interesse e para levar onde lhe aprouver, sua indústria
e seu capital, juntamente com aqueles, de qualquer outra classe de homens."
Adam SMITH

DETERMINE a principal idéia defendida por Adam Smith.
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4. Analise o trecho de um discurso de Robespierre ao longo da Revolução Francesa.
“(...) Sob o governo constitucional é suficiente proteger os indivíduos dos abusos do poder
público; sob o regime revolucionário o próprio poder público está obrigado a defender-se contra
todas as facções que o ataquem. O governo revolucionário deve aos bons cidadãos toda a
proteção nacional; aos inimigos do povo não lhes deve senão a morte.”
ROBESPIERRE, Maximilien. Sobre os princípios do governo revolucionário. Discursos e relatórios na
Convenção. Rio de Janeiro: Editora UERJ/Contraponto, 1999 p. 129-140.
Considerando as ideias de Robespierre sobre as diversas circunstâncias que envolvem o ato de
governar e o contexto revolucionário francês, conclui-se, a partir do trecho, que ele tem a
finalidade de
a. defender a oposição parlamentar e nobiliárquica às políticas desenvolvidas pelos girondinos
na fase da Convenção.
b. explicar o apoio do exército como instrumento de garantia de um governo de exceção na fase
do Terror.
c. garantir um governo democrático e igualitário a partir do estabelecido na Segunda
Constituição francesa.
d. justificar o uso da força como instrumento político em defesa dos ideais da maioria contra a
pressão da burguesia.
e. responsabilizar as camadas inferiores pelos atos de violência cometidos ao longo da
Revolução Francesa.
Tema- Revolução Industrial
5. “A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada
em documentos escritos.”
HOBSBAWN, E. J. Da revolução industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1983,
p.9
Que transformações trazidas pela Revolução industrial justificam a afirmação do autor?
a. A acelerada urbanização; a tendência à automação como forma de eliminação do trabalho
assalariado e o fortalecimento de guildas e sindicatos.
b. A crescente importância do comércio e da burguesia mercantil; a progressiva especialização
do trabalho e a fusão do capital bancário ao industrial.
c. A nova organização social, na qual são identificados dois grupos: proprietários de capital e
proletariado; a constante disputa por mercados e o estabelecimento do sistema capitalista.
d. A permanente pesquisa de novas invenções; a busca por tecnologias poupadoras de mão de
obra e a organização coletiva do trabalho.
e. O aumento das taxas de acumulação e de lucros; o constante estabelecimento de relações
pessoais entre empresários e trabalhadores e a luta do operariado por melhores condições de
trabalho.
6. “(...) Porém, do ponto de vista da industrialização, havia consequências benéficas, pois uma
economia industrial necessita de trabalhadores, e onde se podia obtê-los senão no antigo setor
não-industrial?”
HOBSBAWN, Eric. La Revolucion Industrial. Revoluciones Burguesas. Madrid: Guadarrama, p.72.
No contexto da Revolução Industrial, a pergunta feita pelo autor encontra sua resposta no
processo de
a. ampliação do trabalho doméstico.
b. aplicação do espírito criativo ao sistema de produção.
c. cercamento dos campos.
d. desenvolvimento técnico e científico.
e. esgotamento da atividade comercial.
7. Analise o cartoon inglês do século XIX, no qual diversos ricos empresários e membros da
realeza britânica ajoelham-se diante de George Hudson, o magnata das ferrovias no país.
Considerando o contexto em que circulou tal cartoon, seu objetivo básico é
a. caracterizar a mobilidade social inglesa após a Revolução Industrial, a qual permitiu que o
enriquecimento pessoal passasse a ser critério de participação política.
b. criticar a fraqueza do sistema político monárquico parlamentar, o qual submetia os poderes
reais aos interesses do empresariado industrial.
c. destacar a relevância da malha ferroviária para o país, a qual viabilizava o crescimento
industrial e diminuía seus custos, gerando elevados lucros a seus empreendedores.
d. exaltar o espírito criativo e inovador da nação inglesa, capaz de gerar invenções que
tornavam a industrialização cada vez mais ampla no país.
e. ridicularizar o sistema monárquico inglês frente a uma realidade econômica avançada,
somente compatível com o sistema de governo republicano.
8. Considere o comentário do pensador político francês Aléxis de Tocqueville acerca da
industrialização inglesa.
“Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. Deste
esgoto imundo jorra ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo
desenvolvimento e sua maior brutalidade; aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado
torna-se quase um selvagem.”
Aléxis de Tocqueville, em 1835. HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções. R J: Paz e Terra, 1989. p. 43.
Argumente contra ou a favor das opiniões do autor. Justifique.
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9. ANALISE a imagem da produção de automóveis Ford.
Reza a lenda que Henri Ford, comentando o lançamento do Ford Modelo T – o “Ford bigode” –
teria afirmado:
“A partir de agora, qualquer americano pode ter seu Ford T, da cor que desejar, desde que seja
preto.”
O comentário de Ford relaciona-se
a. à conjuntura norte-americana conhecida como “American Way of Life”, marcada pelo
crescente consumo após a 1ª Guerra Mundial
b. à política econômica Keynesiana de severo controle do desperdício de matéria-prima na
produção industrial
c. ao controle da produção industrial estabelecido pelo “New Deal”, como forma de vencer a
Grande Depressão
d. à aplicação de métodos produtivos racionais na indústria, defendidos por Frederick Taylor no
início do século XX
e. à expansão do consumo possibilitada pelas idéias de “produção enxuta” em fábricas
descentralizadas após a Guerra de Secessão
10. ANALISE os dois trechos de ingleses do início do século XIX.
“Eu tive frequentes oportunidades de ver pessoas saindo das fábricas e ocasionalmente as
atendi como pacientes. No último verão eu visitei três fábricas de algodão com o Dr. Clough, da
cidade de Preston, e com o sr. Barker, de Manchester, e nós não pudemos ficar mais do que
dez minutos na fábrica sem arfar para respirar. Como é possível para aquelas pessoas que
ficam lá por doze ou quinze horas agüentar essa situação? Se levarmos em conta a alta
temperatura e também a contaminação do ar; é alguma coisa que me surpreende: como os
trabalhadores agüentam o confinamento por tanto tempo.”
Depoimento do médico Dr. Ward, de Manchester
"A meu ver, a população é um objetivo secundário. Deve-se cultivar o solo de modo a fazê- lo
produzir o máximo possível, sem se inquietar com a população. Em caso algum o fazendeiro
deve ficar preso a métodos agrícolas superados, suceda o que suceder com a população. Uma
população que, ao invés de aumentar a riqueza do país, é para ele um fardo, é uma população
nociva.''
English historical documents
Em seu conjunto, os dois trechos
a. combatem o sistema fabril e as inovações introduzidas pela Revolução Industrial
b. destacam a necessidade de aprimorar as condições de vida do operariado inglês
c. divergem quanto as prioridades dos elementos envolvidos no sistema mecanizado de
produção
d. denunciam as constantes agressões ao meio-ambiente empreendidas pela industrialização
e. opõem-se quanto à necessidade de utilização da mão-de-obra rural na mecanização
industrial
Tema- Escravidão
11. A capa da "Revista Ilustrada" do ano de 1880 apresenta a ilustração de Ângelo Agostini,
intitulada "Emancipação: uma nuvem que não para de crescer".
O principal argumento utilizado por aqueles que se opunham à “nuvem da emancipação” era o
de que
a. o país estava despreparado para a economia capitalista, impossibilitado, portanto, de arcar
com o trabalho assalariado e os direitos trabalhistas dele advindos.
b. a opinião pública brasileira encontrava-se manipulada por movimentos como o dos caiafazes,
reagindo irracionalmente à ordem instituída no país.
c. o direito inviolável à propriedade era desrespeitado, na medida em que era desconsiderado
qualquer ressarcimento por parte do Estado.
d. o trabalho imigrante havia se mostrado incapaz de suprir as demandas necessárias à
expansão da atividade cafeeira.
e. os sentimentos como o ódio racial e o desejo de vingança provocariam a perturbação da
tranquilidade e da ordem pública.
12. Analise os trechos referentes ao fim do trabalho escravo no Brasil.
“O que esse regime (a escravidão) representa já o sabemos. Moralmente é a destruição de
todos os princípios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva – a família, a
propriedade, e solidariedade social, a aspiração humanitária, politicamente é o servilismo, a
degradação do povo, o enfraquecimento do amor da pátria (...)”
Joaquim Nabuco, 1893
“Senhores, combatendo a ideia de emancipação direta perante o Parlamento, devo repelir uma
pecha que os mais intolerantes costumam lançar sobre aqueles que, como eu, tem levantado a
voz para protestar energicamente contra a imprudência e a precipitação com que se iniciou
essa reforma. (...) Vós, os propagandistas, os emancipadores a todo transe, não passais de
emissários da revolução, de apóstolos da anarquia. (...) Não vos lembrais de que a liberdade
concedida a essas massas brutas é um dom funesto; é o fogo sagrado entregue ao ímpeto, ao
arrojo de um novo e selvagem Prometeu.”
José de Alencar, 1871
Ao abordar a questão do fim da escravidão, os dois trechos
a. concordam que sua extinção trará graves consequências para a estrutura econômica do país.
b. desprezam a atitude dos políticos de levantarem tal questão em meio à crise política então
vivida no país.
c. discordam sobre sua necessidade e vantagens, valendo-se de argumentos morais e políticos.
d. divergem quanto ao futuro dos ex-cativos e quanto aos critérios de cidadania que lhes
caberiam.
e. ressaltam a necessidade do governo imperial de conduzir com prudência o processo
abolicionista.
13. (ENEM-2008) O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à
abolição da escravatura com as seguintes palavras:
“Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 1.º) o espírito
daqueles que criavam a opinião pela idéia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer
por meio do Parlamento, dos meetings [reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do
púlpito, dos tribunais; 2.º) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o
formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3.º) a ação
complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam
libertando em massa as suas ‘fábricas’; 4.º) a ação política dos estadistas, representando as
concessões do governo; 5.º) a ação da família imperial.”
Joaquim Nabuco. Minha formação.São Paulo: Martin Claret, 2005, -p. 144 (com adaptações)
Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta
a. de idéias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários
que libertavam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial.
b. classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de
proprietários que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de
estadistas e, posteriormente, ações republicanas
c. partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários
que mudavam seu foco de investimento e da ação da família imperial.
d. política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que
buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza.
e. religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por
proprietários que haviam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão
de estadistas republicanos na luta contra a realeza.
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14. As leis abolicionistas, a partir de 1850, podem ser consideradas como reflexos da crise geral da
escravidão no Brasil, por que:
a. A Lei Eusébio de Queirós (1850) proibiu o tráfico quando a necessidade de escravos já era
declinante, face à crise da lavoura.
b. O sucesso das experiências de parceria acelerou a emancipação dos escravos, crescendo um
mercado de mão-de-obra livre no país.
c. A Lei do Ventre Livre (1871) representou uma vitória expressiva do movimento abolicionista,
tornando irreversível o fim da escravidão.
d. As sucessivas leis emancipacionistas foram paralelas à progressiva substituição do trabalho
escravo por homens livres.
e. A Lei Áurea, iniciativa da própria Coroa, visava garantir a estabilidade e o apoio dos setores rurais
ao Império.
15. Texto 1
Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira – Brasil 1879
No dia 5 de março de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara,
afirmou que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de brasileiros, que
jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse:
“BRASILEIROS, NÃO”.
Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos:
Texto 2
Projeto Axé, Lição de cidadania – 1998 – Brasil
Na língua africana Iorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé
conseguiu fazer, em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram capazes: a um
custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a
construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidadãos. A receita do Axé é
simples: competência pedagógica, administração eficiente, respeito pelo menino, incentivo,
formação e bons salários para os educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo
italiano Cesare de Florio La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e
adolescentes. A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade
criança do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do
Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro. Todas as
atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm alimentação, uniforme e
vale-transporte.
Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania:
a. jamais foi negada aos cativos e seus descendentes.
b. foi obtida pelos ex-escravos tão logo a abolição fora decretada.
c. não era incompatível com a escravidão.
d. ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros.
e. consiste no direito de eleger deputados.
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