Texto para contribuição dos debates do Seminário Nacional da FUP, O setor petróleo e a
Petrobrás no Governo LULA, do SINDIPOLO / Rio Grande do Sul
O monopólio privado na petroquímica brasileira
1)
A mais de um ano atrás, com a venda da Copene para o grupo Braskem, formado
pela Odebrecht/Mariani a petroquímica nacional toma uma outra forma de acumulação de
poder em nosso país.
Em agosto de 2002, foi concretizado o negocio do pólo da Bahia, com isto, tornando esta
empresa a controladora da maioria dos negócios petroquímicos da Bahia.
O grupo Braskem, hoje considerado a maior empresa petroquímica do Brasil e uma das
maiores da América Latina, esta no Pólo do Sul (Triunfo) com duas unidades e com
29,46% da central de matérias primas do pólo (Copesul).
Já é conhecido seu objetivo de ter o controle majoritário deste pólo.
Com as unificações de fábricas pelas fusões ocorridas pela Braskem ocorreram eliminação
de postos de trabalho, redução de tributação e sobre carga de trabalho entre outras questões
em todo o Brasil.
2)
A Petrobrás através da Petroquisa no Pólo do Sul detem 15% do controle acionário
da Copesul, com dois Conselheiros em um total de sete no Conselho de Administração.
3)
Na Petroquímica Triunfo, empresa com mais de 50% controlada pela Petroquisa,
onde o Diretor Superintendente, assim como alguns diretores e membro no conselho de
administração são nomeados pela Estatal. Esta Empresa sofre retaliação em fornecimento
de matéria prima (eteno) pela Central (Copesul) que é controlada pela Braskem e pelo
grupo Ipiranga.
4)
A INNOVA, empresa do Grupo Perez Companc, comprada recentemente pela
Petrobrás torna-se 100% uma empresa estatal.
5)
A importância de mantermos os atuais percentuais de participação da Petrobrás e na
medida do possível, analisando caso a caso a ampliação destas cotas, para que não ocorra o
monopólio privado da petroquímica nacional, gerando mais desemprego com eliminação de
postos de trabalho, assim como o não desenvolvimento do setor.
6)
É de extrema importância o controle gerencial destas empresas tornando-as Estatais
Publicas a serviço da sociedade brasileira e não somente para geral capital. Temos que
redefinir o perfil de empresa petroquímica que queremos no Governo Lula, colocando
pessoas comprometidas com este perfil no controle destas.
7)
O BNDES tem que parar de financiar os grandes grupos econômicos, neste caso os
petroquímicos, onde fazem suas reestruturação e automações eliminando postos de trabalho
com dinheiro do FAT.
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