Prefeitura Municipal de Água Clara R Estado de Mato Grosso do Sul A PLANO MUNICIPAL DE IM IN SANEAMENTO BÁSICO VE RS à O PR EL DE ÁGUA CLARA/MS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS TOMO I/V ÁGUA CLARA/MS 2015 O VE RS à R A IM IN PR EL R A PLANO MUNICIPAL DE IM IN SANEAMENTO BÁSICO VE RS à O PR EL DE ÁGUA CLARA/MS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS TOMO I/V ÁGUA CLARA/MS 2015 iv PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO FINAL – SETEMBRO/2015 VE RS à O PR EL IM IN A R ©2015 Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de dados e de informações contidas nesta publicação, desde que não sejam usados para fins comerciais e que a fonte seja citada. As imagens não podem ser reproduzidas sem expressa autorização escrita dos detentores dos respectivos direitos autorais. Prefeitura Municipal de Água Clara/MS Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) Água Clara, MS, 2015 270 p. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS v PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA CLARA/MS Prefeito Municipal: Silas José da Silva Endereço: Rod. BR 262, km 135 - Centro. CEP: 79680-000 Telefone: (67) 3239-1061 VE RS à O PR EL IM IN A R Endereço eletrônico: http://www.pmaguaclara.me.gov.br O VE RS à R A IM IN PR EL vii IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONTRATADA DEMÉTER ENGENHARIA LTDA. CNPJ n°: 10.695.543/0001-24 Registro no CREA/MS: 7.564/D Cadastro do IBAMA n.° 4397123 Endereço: Rua Cláudia, no 239, Bairro Giocondo Orsi Campo Grande/MS CEP: 79.022-070 Telefone/Fax: (67)3351-9100 SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO IM IN Fernanda Olivo Engenheira Sanitarista e Ambiental, Bacharel em Direito e Especialista em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental CREA-MS: 12.185/D A R E-mail: [email protected] Ambiental VE RS à EQUIPE TÉCNICA e O Neif Salim Neto Engenheiro Sanitarista Agroecossistemas CREA-MS: 9.803/D PR EL Lucas Meneghetti Carromeu Engenheiro Sanitarista e Ambiental e Especialista em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental CREA-MS: 11.426/D e Mestre em APOIO TÉCNICO Camila Graeff Pilloto Bacharel em Direito Daniel Henrique dos Santos Manzi Acadêmico de Engenharia Ambiental Jorge Justi Júnior Engenheiro Ambiental Marcos Vinicius Travain Nascimento Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental Mário Cesar Junqueira Engenheiro Ambiental Priscilla Azambuja Justi Arquiteta e Urbanista Matheus Barros Furlan Acadêmico de Engenharia Ambiental Plínio Serrou Flávio Acadêmico de Engenharia Sanitária Ambiental Rafael Ribeiro Giacon Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental O VE RS à R A IM IN PR EL ix APRESENTAÇÃO A Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que institui a Política Nacional de Saneamento Básico, considera o saneamento básico como o conjunto de infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólios, drenagem urbana e manejo das águas pluviais. Este dispositivo legal dispõe ainda que o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é um instrumento de planejamento do saneamento, que deve ser elaborado pelos titulares até 31 de dezembro de 2015 como determina o Decreto Federal nº 8.211, de21 de março de 2014. Partindo dessa premissa, e atendendo-se o preconizado nas legislações vigentes, bem R como buscando proporcionar melhor qualidade de vida à população e garantir um A ambiente equilibrado para atuais e futuras gerações, a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, elaborou o presente Plano Municipal de Saneamento Básico, que é composto por IM IN cinco tomos: Tomo I: PMSB – Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais; Tomo II: PMSB – Sistema de Abastecimento de Água (SAA); Tomo III: PMSB – Sistema de Esgotamento Sanitário (SES); Tomo IV: PMSB – Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos; Tomo V: PMSB – Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais (SDU). PR EL Complementarmente, para facilitar o conhecimento do planejado e o acompanhamento da implementação das ações, fora elaborada uma Síntese Executiva prioridades. O abordando objetivos, metas, programas, projetos, ações, responsabilizações, prazos e VE RS à Assim, o presente documento contempla o Tomo I, o qual apresenta a descrição da situação diagnosticada dos aspectos gerenciais, legais e institucionais do município, a prospecção para o futuro envolvendo projeções populacionais e de demanda pelos serviços para o horizonte temporal de 20 anos e, com base nisso, expõe a consolidação do planejamento estratégico, envolvendo a proposição de Programas, Projetos e Ações para cumprir os objetivos e as metas pré-estabelecidas, bem como as diretrizes gerais a serem seguidas na execução de todo o proposto e os custos das ações primárias recomendadas. A elaboração deste pautou-se nos princípios, diretrizes e instrumentos definidos em legislações aplicáveis no âmbito federal, estadual e local relacionada direta ou indiretamente com os serviços de saneamento básico. Ainda considerou a estrutura institucional do poder executivo do município de Água Clara/MS no que diz respeito à organização para a gestão dos serviços (planejamento, prestação, fiscalização e regulação dos serviços, além do controle social). Desta forma, englobando todo o exposto, elaborou-se um instrumento de planejamento apto a sanar as dificuldades e problemas gerenciais existentes no município de Água Clara/MS referentes aos aspectos institucionais, gerenciais e legais, bem como otimizálo de forma a propiciar o equilíbrio ambiental, econômico e financeiro, refletindo assim x PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 diretamente na conformidade legal do sistema de gestão e na melhoria da qualidade de vida da população. De posse do Plano Municipal de Saneamento Básico o município estará apto a receber recursos da União e por ela controlados, destinados à serviços de saneamento básico tendo em vista que o referido instrumento de planejamento é exigido para pleito de verbas VE RS à O PR EL IM IN A R federais a partir do exercício financeiro de 2015. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS xi SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 27 2 CARÁTER PARTICIPATIVO DO PMSB ............................................................................ 29 3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ................................................................ 33 3.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................................ 33 3.2 PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO ........................................................................................................ 34 3.3 ASPECTOS AMBIENTAIS .................................................................................................................. 39 Relevo ................................................................................................................................. 40 3.3.2 Biomas ................................................................................................................................ 41 3.3.3 Vegetação ......................................................................................................................... 43 3.3.4 Geomorfologia .................................................................................................................. 44 3.3.5 Geologia ............................................................................................................................ 46 3.3.6 Clima .................................................................................................................................. 47 3.3.7 Hidrologia ........................................................................................................................... 50 3.3.8 Hidrogeologia .................................................................................................................... 51 3.3.9 Pedologia ........................................................................................................................... 53 IM IN A R 3.3.1 4 PR EL 3.3.10 Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade ......................................... 55 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO .......................................................................... 59 4.1 DADOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDO DA DENSIDADE POPULACIONAL ................................ 59 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA .................................................................... 62 Comércio ........................................................................................................................... 63 4.2.2 Indústria .............................................................................................................................. 64 4.2.3 Agropecuária .................................................................................................................... 65 4.2.4 Produto Interno Bruto ........................................................................................................ 67 4.2.5 Rendimento nominal mensal domiciliar ........................................................................ 69 4.2.6 Índice de desenvolvimento humano – IDH ................................................................... 70 VE RS à O 4.2.1 4.3 4.4 5 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE ............................................................................... 72 4.3.1 Estabelecimento de saúde humana no município ...................................................... 72 4.3.2 Principais doenças notificadas relacionadas com a qualidade do saneamento .. 74 ESTUDO DO NÍVEL EDUCACIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO ... 76 DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS ...................................................................... 79 5.1 PRINCÍPIOS....................................................................................................................................... 79 5.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL .............................................................................................................. 81 6 5.2.1 Âmbito Estadual ................................................................................................................ 88 5.2.2 Âmbito Municipal .............................................................................................................. 89 DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL ............................................................ 95 xii PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES E DA COMPOSIÇÃO DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS.. 96 6.1.1 Secretaria Municipal de Administração (SEAD) ............................................................ 96 6.1.2 Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN) ..................................................................... 98 6.1.3 Secretaria Municipal de Educação (SEMED) ................................................................. 99 6.1.4 Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) .................................................................... 100 6.1.5 Secretaria Municipal de Esportes (SEMES) ................................................................... 100 6.1.6 Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) ....................................................... 101 6.1.7 Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAUP) ...................................................... 103 6.1.8 Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEASTH) ......... 104 6.1.9 Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS) . 106 R 6.1 ASPECTOS GERENCIAIS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ................................... 109 6.2.1 Forma de prestação de serviço .................................................................................... 109 IM IN 6.2 A 6.1.10 Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (SEMEAMTU) ............................. 107 6.2.1.1 Abastecimento de água e esgotamento sanitário ................................................. 109 6.2.1.2 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ......................................................... 111 6.2.1.3 Drenagem urbana e manejo das águas pluviais ..................................................... 112 Regulação e Fiscalização .............................................................................................. 113 6.2.3 Órgão colegiado destinado ao controle social dos serviços ................................... 115 6.2.4 Mecanismos existentes para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia dos PR EL 6.2.2 serviços prestados........................................................................................................... 115 PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL ............................ 117 O 7 PROJEÇÃO POPULACIONAL ..................................................................................................... 117 7.2 PROJEÇÃO DA ÁREA URBANIZADA.......................................................................................... 122 8 8.1 8.2 VE RS à 7.1 PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS ................................................................................................ 131 REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA E CAPACITAÇÃO TÉCNICA....................................... 131 8.1.1 Departamento de Saneamento .................................................................................... 133 8.1.2 Ouvidoria .......................................................................................................................... 134 8.1.3 Órgão colegiado ............................................................................................................ 136 8.1.4 Fundo Municipal de Saneamento ................................................................................. 137 FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS CORRELATOS AO SANEAMENTO BÁSICO ...... 138 8.2.1 Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário .......................... 139 8.2.2 Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos ................................... 143 8.2.3 Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais (SDU) ........................ 151 8.3 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO .................................................................................................. 151 8.4 CONTROLE SOCIAL ...................................................................................................................... 154 8.5 SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÃO SOBRE O SANEAMENTO - SMIS ............................ 155 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS xiii 8.6 ASPECTOS LEGAIS, NORMATIVOS E DE PLANEJAMENTO ...................................................... 158 8.7 PROJETOS BÁSICOS E EXECUTIVOS ........................................................................................... 160 8.8 DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO DAS INFRAESTRUTURAS DOS SISTEMAS COMPONENTES DO SANEAMENTO BÁSICO ........................................................................... 162 8.9 SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................ 172 9 OBJETIVOS, METAS E PRAZOS PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS ........................................................................................................................ 175 10 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS ................................................................................................ 179 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E R 10.1 FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL ................................................................... 182 PROGRAMA 2 – ANÁLISE, ADEQUAÇÃO, COMPLEMENTAÇÃO E CONVERGÊNCIA DO A 10.2 IM IN ARCABOUÇO LEGAL MUNICIPAL.............................................................................................. 192 10.3 PROGRAMA 3 – FONTES DE NEGÓCIOS, EMPREGO E RENDA ............................................. 197 10.4 PROGRAMA 4 – SANEAMENTO BÁSICO COM EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO. 201 11.1 PR EL 11 MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS.................................................................... 205 INDICADORES DE GESTÃO PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS ......................................................................................................................................................... 207 11.1.1 Indicadores do Programa 1 – Qualificação, Educação Ambiental, Estruturação e Fortalecimento Institucional e Gerencial..................................................................... 209 O 11.1.2 Indicadores do Programa 2 – Análise, Adequação, Complementação e VE RS à Convergência do Arcabouço Legal Municipal .......................................................... 212 11.1.3 Indicadores do Programa 3 – Fontes de Negócios, Emprego e Renda................... 214 11.1.4 Indicadores do Programa 4 – Saneamento Básico com Equilíbrio Econômicofinanceiro ......................................................................................................................... 216 11.2 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃOS DOS USUÁRIOS ...................................... 218 11.2.1 Delimitação da quantidade de questionários ............................................................ 218 11.2.2 Indicadores de satisfação do usuário .......................................................................... 219 11.3 OUVIDORIA.................................................................................................................................... 220 11.4 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO ....................................................................................... 221 11.5 GERAÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS ................................................................................ 223 12 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PMSB ......................................................................... 225 13 FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS ........................................................................ 227 13.1 RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS .................................................................................................... 229 13.1.1 Instrumentos de elaboração e organização do Orçamento Público ..................... 229 13.1.2 Programas do Plano Plurianual Federal (2012 – 2015) ............................................... 230 xiv PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 13.1.3 Programas do Plano Plurianual Estadual (2012 – 2015) .............................................. 232 13.1.4 Programas do Plano Plurianual Municipal (2014 – 2017) ........................................... 233 13.1.5 Obtenção de Recursos Federais (não onerosos) ....................................................... 235 13.1.5.1 13.2 Programa de Aceleração do Crescimento - PAC .............................................. 235 RECURSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS ......................................................................................... 236 13.2.1 Operação de crédito interno ........................................................................................ 236 13.2.2 Operação de crédito externo ....................................................................................... 237 13.2.3 Parcerias ........................................................................................................................... 240 13.2.3.2 Locação de Ativos .................................................................................................. 242 R Parcerias Público-Privadas (PPP) ........................................................................... 240 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DOS RECURSOS FINANCEIROS ............................................... 242 A 13.3 13.2.3.1 13.3.1 Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento .......................................... 242 IM IN 13.3.2 Sistema Nacional de Informações das Cidades - SNIC............................................. 243 13.3.3 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI ....... 243 13.3.4 Sistema de Gestão de Convênio e Contratos de Repasse - SINCOV ...................... 244 13.3.5 Portal da Transparência – Controladoria Geral da União .......................................... 244 PR EL 13.3.6 Sistema Integrado de Monitoramento de Convênio - SISMOC ................................ 244 14 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO....................................................................... 247 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 253 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 255 VE RS à O 17 APÊNDICE ................................................................................................................... 261 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS O VE RS à R A IM IN PR EL xvi PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES Associação Brasileira de Normas Técnicas AGEPAN Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul AIS Serviços de Informações Aeronáuticas (Aeronautical Information Service) ALL América Latina Logística ANA Agência Nacional de Águas APP Área de Preservação Permanente ART Anotação de Responsabilidade Técnica BID Banco Interamericano de Desenvolvimento BIRD Banco Interamericano para a Reconstrução e Desenvolvimento BM Banco Mundial BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BR Brasil CA Comunicado de Atividade CAF Corporação Andina de Fomento/ Banco de Desenvolvimento da América Latina CECA Conselho Estadual de Controle Ambiental CEP Código de Endereçamento Postal CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CF Constituição Federal CGU Controladoria Geral da União CIDECOL Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde COFIEX Comissão de Financiamento Externo CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CPRM Companhia de Recursos Minerais DATASUS Tecnologia de Informação a Serviço do Sistema Único de Saúde DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes EAP Estudo Ambiental Preliminar A IM IN PR EL O VE RS à EEE R ABNT Estação Elevatória de Esgoto EIA - RIMA Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ESS Estudo de Sondagem do Solo ETA ETE Estação de Tratamento de Água Estação de Tratamento de Esgoto EVH Estudo de Viabilidade Hídrica FCC False Color Composite (Composição-Falsa-Cor) FPE Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal FPM Fundo de Participação dos Municípios FUB Fundação Universidade de Brasília FUNASA Fundação Nacional de Saúde GP Gabinete do Prefeito IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS xvii Índice de Desenvolvimento Humano IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal IMASUL Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada JBIC Japan Bank for International Cooperation KFW Kreditanstalt Für Wiederaufbau LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias LI Licença de Instalação LIO Licença de Instalação e Operação LO Licença de Operação LOA Lei Orçamentária Anual LP Licença Prévia LRF Lei de Responsabilidade Fiscal LTA Leishmaniose Tegumentar Americana MMA Ministério do Meio Ambiente MS Mato Grosso do Sul NBR Norma Brasileira NTE Normas Técnicas Específicas OGE Orçamento Geral do Estado OGU Orçamento Geral da União PAC Programa de Aceleração do Crescimento PACO Plano Ambiental de Construção PAM Plano de Auto Monitoramento PBA Plano Básico Ambiental PCA Plano de Controle Ambiental PCH Pequena Central Hidrelétrica VE RS à O PR EL IM IN A R IDH PDAU Plano Diretor de Arborização Urbana PDDU Plano Diretor de Drenagem Urbana PE Projeto Executivo PEAMSS Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento PGR Plano de Gerenciamento de Resíduos PIB Produto Interno Bruto PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMS Plano de Mobilização Social PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos PNSB Política Nacional de Saneamento Básico PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPA Plano Plurianual PPO Plano de Procedimentos Operacionais PPP Parcerias Público-Privadas PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PRADE-APP Projeto de Recuperação de Área Degradada e Área de Preservação Permanente PROJUR Procuradoria Jurídica Municipal xviii PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Programa de Parceria Público-Privada do Estado de Mato Grosso do Sul PTA Proposta Técnica Ambiental RAS Relatório Ambiental Simplificado RCC Resíduos da Construção Civil e Demolições RLP Resíduos de Limpeza Pública RPPN Reserva Particular de Patrimônio Natural RSDC Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais e de Prestadores de Serviços RSS Resíduos de Serviços de Saúde RSU Resíduos Sólidos Urbanos RTC Relatório Técnico de Conclusão SAA Sistema de Abastecimento de Água SAB Sistema Aquífero Bauru SANESUL Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul SDU Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais SEAD Secretaria Municipal de Administração SEASTH Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação SECULT Secretaria Municipal de Cultura SEFIN Secretaria Municipal de Finanças SEINFRA Secretaria Municipal de Infraestrutura SEMAC Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia SEMADE Secretaria de Estado de Meio Ambienta e Desenvolvimento Econômico SEMDECOS Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável SEMEAMTU Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo SEMED Secretaria Municipal de Educação SEMES Secretaria Municipal de Esportes SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SEPLAN Secretaria de Planejamento e de Ciência e Tecnologia SES Sistema de Esgotamento Sanitário VE RS à O PR EL IM IN A R PROPPP-MS SESAUP Secretaria Municipal de Saúde Pública SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal SICONV Sistema de Convênio SIGESAN Sistema Gerencial de Projetos de Saneamento SIGOB Sistema Integrado de Gerenciamento de Obra SINCOV Sistema de Gestão de Convênio e Contratos de Repasse SISCON Sistema de Gestão de Convênios SISMOC Sistema Integrado de Monitoramento de Convênio SMIS Sistema Municipal de Informação sobre o Saneamento SNIC Sistema Nacional de Informações das Cidades SNIS Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento SNSA Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental SPE Sociedade de Propósito Específico SUS Sistema Único de Saúde TSE Tribunal Superior Eleitoral UC Unidade de Conservação UPL Usina de Triagem e/ou Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos VML Valor Mensal de Locação PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS xix LISTA DE FIGURAS VE RS à O PR EL IM IN A R Figura 1 – Setorização da área urbana de Água Clara/MS para a aplicação dos questionários de percepção social. ............................................................................. 30 Figura 2 - Aplicação de questionário à população água-clarense pela equipe técnica da empresa Deméter Engenharia. ..................................................................................... 31 Figura 3 – Participantes do Evento de Mobilização Social I, referente à apresentação do PMGIRS. ............................................................................................................................... 32 Figura 4 - Localização do município de Água Clara/MS em relação ao Estado de Mato Grosso do Sul e ao Brasil. ................................................................................................. 33 Figura 5 – Tipos de relevo presentes no município de Água Clara/MS. ................................... 41 Figura 6 - Biomas de ocorrência no Estado de Mato Grosso do Sul, destacando o município de Água Clara/MS. .......................................................................................................... 42 Figura 7- Tipos de vegetações encontradas no município de Água Clara/MS. .................... 44 Figura 8 – Representação das unidades geomorfológicas presentes no município de Água Clara/MS. ............................................................................................................................ 45 Figura 9 - Unidades geológicas presentes no município de Água Clara/MS. ........................ 46 Figura 10 - Classificação climática de Köppen-Geiger para o Estado de Mato Grosso do Sul, destacando o município de Água Clara/MS. ..................................................... 48 Figura 11 - Temperatura média do Estado de Mato Grosso do Sul, destacando o município de Água Clara/MS. .......................................................................................................... 49 Figura 12 - Sub-bacias hidrográficas e principais cursos hídricos do município de Água Clara/MS. ............................................................................................................................ 50 Figura 13- Áreas de afloramento dos sistemas aquíferos no município de Água Clara/MS. .............................................................................................................................................. 52 Figura 14 – Representação dos solos com ocorrência em Água Clara/MS. .......................... 54 Figura 15– Áreas prioritárias para a biodiversidade com ocorrência no município de Água Clara/MS ............................................................................................................................. 56 Figura 16 - Densidade demográfica nos setores censitários da área urbana de Água Clara/MS. ............................................................................................................................ 62 Figura 17 - Rendimento mensal domiciliar dos domicílios particulares permanentes do ano de 2010 no município de Água Clara/MS. .................................................................. 69 Figura 18 - Método de cálculo do IDHM. ....................................................................................... 70 Figura 19 - Principais estabelecimentos públicos de saúde do município de Água Clara/MS. .............................................................................................................................................. 73 Figura 20 - Principais estabelecimentos de saúde do município de Água Clara/MS. .......... 74 Figura 21 - Ordem Cronológica das legislações em âmbito federal relacionadas à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. .................................................................... 87 Figura 22 - Organograma institucional da administração pública do município de Água Clara/MS. ............................................................................................................................ 96 Figura 23 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Administração (SEAD). ..................................................................................................... 98 Figura 24 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN). ................................................................................................................................. 99 Figura 25 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). ............................................................................................................................ 100 Figura 26 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT). ........................................................................................................................... 100 Figura 27 - Organograma da composição interna da SEMES. ................................................ 101 Figura 28 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA). .......................................................................................................................... 103 Figura 29 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAUP). ............................................................................................................ 104 Figura 30 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEASTH). ..................................................................... 105 xx PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 VE RS à O PR EL IM IN A R Figura 31 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS). ....................................... 107 Figura 32 - Municípios nos quais a SANESUL presta o serviço de abastecimento de água com destaque em Água Clara/MS. .................................................................................... 110 Figura 33 – Setorização e corpo técnico da SANESUL do município de Água Clara/MS. . 111 Figura 34 - Temas utilizados para a apresentação das prospectivas técnicas para os aspectos institucionais e gerenciais............................................................................ 131 Figura 35 - Esquematização da reestruturação administrativa proposta para o município de Água Clara/MS. .............................................................................................................. 133 Figura 36 – Fluxograma da operacionalização do mecanismo de avaliação através de ouvidoria........................................................................................................................... 136 Figura 37 – Competência e tipos de prestação de serviços públicos admitidos pela Constituição Federal. ..................................................................................................... 139 Figura 38 – Atual forma de gestão do Sistema de Abastecimento de Água. ..................... 140 Figura 39 – Possíveis vantagens e desvantagens de continuar com forma de gestão associada para o sistema de abastecimento de água e para o sistema de esgotamento sanitário. ................................................................................................. 140 Figura 40 – Possíveis vantagens e desvantagens da troca pela forma de gestão direta descentralizada do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário por meio de uma Autarquia Municipal. .................................................................... 141 Figura 41 - Forma de Gestão do Serviço de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário recomendada. ............................................................................................... 143 Figura 42 – Exemplo de lista de verificação empregada na análise da elegibilidade do projeto à contratação em regime de PPP. .............................................................. 148 Figura 43 – Processo simplificado típico para implementação de uma Parceria PúblicoPrivada (PPP). .................................................................................................................. 149 Figura 44 – Forma de Gestão do Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais recomendada. ................................................................................................................ 151 Figura 45 – Formas de execução das atividades administrativas de regulação. ............... 152 Figura 46 – Ilustração esquemática da forma de regulação e fiscalização proposta para os serviços de saneamento básico no município de Água Clara/MS. .................... 154 Figura 47 - Mecanismos de controle social propostos para o PMSB de Água Clara/MS. .. 155 Figura 48 – Esquematização simplificada do funcionamento de um sistema de informações. ............................................................................................................................................ 156 Figura 49 – Integração entre os itens do planejamento estratégico do PMSB de Água Clara/MS. .......................................................................................................................... 177 Figura 50 - Fluxograma do processo de operacionalização dos mecanismos de avaliação e monitoramento de implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) de Água Clara/MS. .................................................................. 207 Figura 51 – Boas práticas no processo de escolha de indicadores. ....................................... 208 Figura 52 – Fluxograma sugerido para operacionalização do mecanismo de avaliação através de Ouvidoria. .................................................................................................... 221 Figura 53 – Fluxograma da operacionalização e aplicação do Relatório de Acompanhamento de implementação do PMSB de Água Clara/MS e da qualidade dos serviços correlatos ao saneamento básico. ................................. 222 Figura 54 – Ciclo da gestão do planejamento estratégico do Plano Municipal de Saneamento Básico de Água Clara/MS. .................................................................. 225 Figura 55 – Fluxograma das fontes de financiamento de recursos financeiros para o saneamento básico. ...................................................................................................... 228 Figura 56 – Esquematização do Plano Plurianual Nacional 2012 – 2015................................ 231 Figura 57 – Exemplo de lista de verificação empregada na análise da elegibilidade do projeto à contratação em regime de PPP. .............................................................. 241 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS xxi LISTA DE GRÁFICOS VE RS à O PR EL IM IN A R Gráfico 1- Comparação em porcentagem do número de espécies do bioma Cerrado com o Brasil. ................................................................................................................................. 43 Gráfico 2 - Evolução da população total, urbana e rural do município de Água Clara/MS entre os anos de 1991 e 2013. ........................................................................................ 60 Gráfico 3- Evolução da população no município de Água Clara/MS entre os anos censitários. .......................................................................................................................... 60 Gráfico 4 - Distribuição da população por faixa etária e sexo do município de Água Clara/MS. ............................................................................................................................ 61 Gráfico 5 – Porcentagem da população rural e urbana de Água Clara/MS. ....................... 61 Gráfico 6 - Evolução da densidade demográfica de Água Clara/MS. .................................. 61 Gráfico 7 - Evolução dos estabelecimentos comerciais no município de Água Clara/MS entre os anos de 2006 e 2012. ........................................................................................ 63 Gráfico 8 - Estabelecimentos comerciais por setor de atividade em Água Clara/MS. ....... 64 Gráfico 9 - Número de Estabelecimentos Industriais em Água Clara/MS nos anos de 2007 a 2013. ..................................................................................................................................... 65 Gráfico 10 - Tipologia dos estabelecimentos industriais de Água Clara/MS. ......................... 65 Gráfico 11 - Produto Interno Bruto do município de Água Clara/MS em relação à média do Estado no período de 2007 a 2011. ............................................................................... 68 Gráfico 12 - Composição do PIB do município de Água Clara/MS por setor. ....................... 68 Gráfico 13 - Evolução do índice de Desenvolvimento Humano Municipal do município de Água Clara/MS entre 1991 e 2010................................................................................. 71 Gráfico 14 - Evolução do índice de Desenvolvimento Humano Médio do município de Água Clara/MS e do Estado de Mato Grosso do Sul no período entre 1991 e 2010. .... 71 Gráfico 15 - Número de leitos de saúde públicos e privados existentes no município de Água Clara/MS ............................................................................................................................. 73 Gráfico 16 - Casos notificados e confirmados de Dengue em Água Clara/MS durante o período de Janeiro a Agosto de 2014.......................................................................... 75 Gráfico 17 - Índice de alfabetização por faixa etária do município de Água Clara/MS. ... 76 Gráfico 18 - Caracterização da população que frequentava estabelecimentos de ensino em 2010 no município de Água Clara/MS. ................................................................. 77 Gráfico 19 – Evolução da população total municipal de Água Clara/MS de 1991 e 2014, a partir de dados oficias do IBGE. .................................................................................. 118 Gráfico 20 - Representação gráfica das projeções populacionais obtidas para o município de Água Clara/MS. ........................................................................................................ 120 Gráfico 21 - Projeção da população urbana e rural do município de Água Clara/MS. ... 121 Gráfico 22 – Área urbanizada (ha) para Água Clara/MS para os anos de 1991, 2000, 2010 e 2014. ................................................................................................................................... 123 Gráfico 23 – Densidade demográfica em habitantes por hectares nos anos de 1991, 2000, 2010 e 2014. ...................................................................................................................... 124 Gráfico 24 – Estimativa das áreas urbanizadas da cidade de Água Clara/MS no horizonte temporal do PMSB (2015-2034) considerando o Cenário Tendencial. ................ 126 Gráfico 25 – Metodologia utilizada para determinação do percentual das classes sociais de acordo com a renda familiar................................................................................. 128 O VE RS à R A IM IN PR EL xxiii LISTA DE QUADROS VE RS à O PR EL IM IN A R Quadro 1 - Aeródromos localizados nos município de Água Clara/MS. ................................. 35 Quadro 2 - Classificação quanto à pedologia (solos). ............................................................... 53 Quadro 3 - Estrutura organizacional do município de Água Clara/MS. .................................. 95 Quadro 4 - Formas de prestação de serviços relacionados com a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município de Água Clara/MS. ............................................ 112 Quadro 5 – Descrição das Projeções populacionais utilizadas para o município de Água Clara/MS ........................................................................................................................... 118 Quadro 6 – Dados sobre as imagens utilizadas no estudo de projeção da área urbanizada. ............................................................................................................................................ 123 Quadro 7 – Áreas ocupadas por cada lote de acordo com a renda mensal .................... 129 Quadro 8 - Possibilidades para a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município de Água Clara/MS. ................................................... 143 Quadro 9 – Vantagens e desvantagens dos modelos de gestão aplicáveis para o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. .................................................. 145 Quadro 10 - Recomendação quanto às formas de prestação dos serviços correlatos à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. ......................................................... 150 Quadro 11 – Sugestão de conteúdo mínimo do Sistema de Informações. .......................... 157 Quadro 12 - Definições de Projeto Básico e de Projeto Executivo. ........................................ 161 Quadro 13 - Procedimentos para o Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do sistema de abastecimento de água. ........................................ 163 Quadro 14 - Procedimentos para o Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do sistema de esgotamento sanitário. ............................................ 163 Quadro 15 - Procedimentos para o Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. ............................................................................................................................................ 164 Quadro 16 – Procedimentos para o licenciamento ambiental das infraestruturas componentes de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. ...................... 165 Quadro 17 – Objetivos e Metas definidos para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais do PMSB de Água Clara/MS......................................................................................... 176 Quadro 18 – Responsabilidades adotadas para a implementação dos Programas, Projetos e Ações propostos neste instrumento de gestão para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais de Água Clara/MS..................................................................... 179 Quadro 19 – Siglas definidas para os órgãos da administração direta de Água Clara/MS. ............................................................................................................................................ 180 Quadro 20 – Modelo (quadro síntese) utilizado para apresentar os Programas de Governo definidos neste instrumento de gestão. ..................................................................... 181 Quadro 21 - Mecanismos de monitoramento e avaliação do Tomo I (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) de Água Clara/MS. .................................................................. 206 Quadro 22 – Indicadores de Gestão para o Programa 1 – Qualificação, Estruturação e Fortalecimento Institucional e Gerencial ................................................................... 211 Quadro 23 – Indicadores de Gestão para o Programa 2 – Análise, Adequação, Complementação e convergência do Arcabouço Legal ................................... 213 Quadro 24 – Indicadores de Gestão para o Programa 3 – Fontes de Negócios, Emprego e Renda ................................................................................................................................ 215 Quadro 25 – Indicadores de Gestão para o Programa 4 – Saneamento Básico com Equilíbrio Econômico-financeiro ................................................................................................... 217 Quadro 26 – Indicadores de avaliação da satisfação dos usuários. ..................................... 220 Quadro 27 - Principais informações para a elaboração e divulgação do Relatório de Acompanhamento de implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) e da qualidade do sistema e serviços correlatos ao saneamento básico. ............................................................................. 223 Quadro 28 – Recursos disponíveis no Orçamento da União no PPA 2012 – 2015. ............... 231 Quadro 29 – Recursos fornecidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. ............................................................................................................................................ 238 xxiv PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 30 – Recursos fornecidos pelo Banco Internacional pela Reconstrução e Desenvolvimento – BID. ................................................................................................. 238 Quadro 31 – Recursos fornecidos pela Corporação Andina de Fomento – CAF. .............. 239 Quadro 32 – Recursos fornecidos pelo FONPLATA. .................................................................... 239 Quadro 33 – Recursos fornecidos pelo Japan Bank for Internacional Cooperation – JBIC. ............................................................................................................................................ 240 Quadro 34 – Recursos fornecidos pelo Kreditanstalt Für Wiederaufbau – KfW. ................... 240 Quadro 35 – Tipos de concessão para as Parcerias Público-Privadas (PPP). ....................... 242 LISTA DE MAPAS VE RS à O PR EL IM IN A R Mapa 1 - Principais vias de acesso ao município de Água Clara/MS. .................................... 37 Mapa 2 – Análise do crescimento da área urbanizada do município de Água Clara/MS. ............................................................................................................................................ 125 Mapa 3 – Estimativa do crescimento da área urbanizada de Água Clara/MS para o Cenário Tendencial........................................................................................................................ 127 Mapa 4 – Estimativa do crescimento da área urbanizada de Água Clara/MS considerando o Cenário Desejável....................................................................................................... 130 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS xxv LISTA DE TABELAS VE RS à O PR EL IM IN A R Tabela 1 - Número de questionários aplicados por setores da área urbana, objetivando traçar a percepção da sociedade água-clarense acerca dos sistemas de saneamento básico. ........................................................................................................ 31 Tabela 2- Condutividade hidráulica (K) em função do tipo de solo ........................................ 55 Tabela 3 - Perfil da Pecuária do município de Água Clara/MS no ano de 2012. .................. 66 Tabela 4 - Perfil agrícola do município de Água Clara/MS no ano de 2012. ......................... 66 Tabela 5 – Perfil da Silvicultura do município de Água Clara/MS no ano de 2012. ............... 67 Tabela 6 - Estabelecimentos de saúde existentes em Água Clara/MS no ano de 2014...... 73 Tabela 7 - Síntese de cálculo do método de tendência de crescimento demográfico ... 119 Tabela 8 - Projeção populacional total calculada para o município de Água Clara/MS.120 Tabela 9 - Estimativa da projeção da população urbana, rural e total de Água Clara/MS. ............................................................................................................................................ 122 Tabela 10 – Relação entre o tamanho da população total estimada com o número de amostras a ser utilizada pela metodologia sugerida. ............................................. 219 Tabela 11 – Fontes de financiamento do PPA Estadual 2012 – 2015. ..................................... 232 Tabela 12 – Valores atribuídos aos Programas do Plano Plurianual Estadual 2012 – 2015. 232 Tabela 13 – Valores atribuídos para as funções e subfunções do PPA Estadual 2012 – 2015. ............................................................................................................................................ 233 Tabela 14 – Receita Orçamentária do município relacionada com o saneamento básico prevista no PPA 2014 – 2017. ......................................................................................... 234 Tabela 15 – Prazos considerados para o cronograma físico-financeiro que consolida os principais investimentos para a implementação do PMSB de Água Clara/MS.247 Tabela 16 - Cronograma Físico-Financeiro das ações primárias propostas para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais para o município de Água Clara/MS. .......... 249 Tabela 17 – Tabela dos parâmetros utilizados para o cálculo dos valores das ações mensuradas para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais....................... 269 O VE RS à R A IM IN PR EL 27 1 INTRODUÇÃO Para a elaboração de um Plano Municipal de Saneamento, é importante o conhecimento prévio de alguns conceitos e da abrangência que o mesmo deve alcançar. Assim cita-se a Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que institui a Política Nacional de Saneamento Básico e, considera o saneamento básico como o conjunto de infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Este dispositivo legal dispõe ainda que é dever do titular dos serviços elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico. R Partindo dessa premissa, buscando atender ao preconizado na legislação vigente, A bem como proporcionar melhor qualidade de vida à população e garantir um ambiente equilibrado para atuais e futuras gerações, foi elaborado o Plano Municipal de Saneamento IM IN Básico, objetivando no presente Tomo orientar quanto aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. A elaboração deste pautou-se pelos princípios, diretrizes e instrumentos definidos em legislação aplicável no âmbito federal, estadual e local relacionada direta ou indiretamente PR EL com o saneamento básico e considerou a estrutura institucional do poder executivo do município de Água Clara/MS, no que diz respeito à organização para a gestão dos serviços correlatos ao saneamento básico (planejamento, prestação, fiscalização e regulação dos serviços, além do controle social). Neste âmbito, inicialmente, o presente volume evidencia o caráter participativo do O PMSB de Água Clara/MS. Sequencialmente é retratada a caracterização geral, física, ambiental e social do município, pautando-se na literatura existente e em fontes de acesso à VE RS à informação social, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em seguida é apresentado o Diagnóstico Legal e Institucional, caracterizando as legislações aplicáveis e as áreas de atuação, bem como a composição das secretarias municipais e órgãos vinculados à Prefeitura Municipal que, de maneira direta ou indireta, relacionam-se com algum dos quatro eixos do saneamento básico (Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais). Imediatamente após, é exposto o Prognóstico dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais que apresenta a projeção populacional e da área urbanizada que servirão de base para o estabelecimento das estimativas de demanda para os serviços correlatos ao saneamento básico (Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais), ao longo do horizonte temporal deste instrumento de gestão (2015-2034). Posteriormente, são retratadas as Prospectivas e Diretrizes Técnicas para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais que estabelecem um conjunto de instruções e indicações que deverão ser seguidas, a termo, para a estruturação de um cenário planejado, propiciando o atendimento das demandas e a aplicação do planejamento estratégico, além 28 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – TOMO I VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 de sanar as deficiências apontadas no Diagnóstico Situacional de todas as vertentes do saneamento, relacionadas com os aspectos gerenciais e institucionais. Consecutivamente, são apresentados os Objetivos Específicos e Metas para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais, visando o fortalecimento institucional, administrativo, operacional e de modernização tecnológica com inclusão socioeconômica. Destaca-se que sua construção foi alinhada com o estabelecido em normativas federais, estaduais e municipais, principalmente com a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007). Por fim, são expostos os Programas de Governo específicos para a melhoria dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais do município, nos quais são estabelecidos Ações R e Projetos pré-definidos para o alcance dos Objetivos Específicos e das Metas supracitadas, A compatibilizados com o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a equidade social do município. Destaca-se que a definição das ações e projetos componentes dos IM IN Programas de Governo considerou, principalmente, as exigências e preconizações legais e a viabilidade temporal para sua execução, as técnicas de engenharia consolidadas, bem como os custos envolvidos em sua implementação, as aspirações sociais e o montante de recursos a serem destinados para sua execução. PR EL Conclui-se o Tomo I - Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais do PMSB de Água Clara/MS, expondo-se os custos das ações primárias a serem desenvolvidas, bem como elencando as principais fontes de recursos existentes para viabilizar a concretização do VE RS à O planejado. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 29 2 CARÁTER PARTICIPATIVO DO PMSB O caráter participativo do instrumento de gestão em elaboração é um importante indicador para o bom andamento das atividades de planejamento e tomada de decisões. Considerando isto, foi prevista a estruturação de um Plano de Mobilização Social (PMS) para organizar os procedimentos, estratégias, mecanismos e metodologias que serão aplicados durante a elaboração do PMSB visando garantir a participação social. Na fase de diagnóstico, a principal contribuição da população consistiu no relato de problemas pontuais e da percepção sobre os diversos aspectos relacionados aos quatro eixos do saneamento, tanto na esfera estrutural quanto institucional e operacional. Estes relatos R orientarão o planejamento de ações e a tomada de decisões durante as etapas consecutivas A do PMSB, análogo às orientações do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Água Clara/MS, principalmente no que concerne às prioridades. IM IN Neste sentido, objetivando o envolvimento da comunidade de Água Clara/MS na elaboração do PMSB, foi realizado durante os dias 18 e 19 de agosto de 2014, a aplicação de questionários para traçar a percepção da sociedade sobre os aspectos do saneamento básico do município. Destaca-se que durante a aplicação dos questionários teve-se a PR EL chance de informar a sociedade local sobre o conteúdo e a importância do PMSB. A equipe técnica elaborou um modelo de questionário padronizado (Apêndice A), sendo que a seleção dos cidadãos foi realizada por meio de amostragem. Logo, o tamanho da amostra foi calculado de acordo com a tabela de H. Arkin e R. Colton (Tables for Statisticians) que relaciona o tamanho da população com o número de amostra a ser O utilizada, considerando a margem de erro desejada. Assim, considerando a população residente na sede urbana de Água Clara/MS, VE RS à segundo dados de 2010 dos setores censitários do IBGE (população de referência de 14.424 habitantes) e utilizando uma margem de erro de 12,0%, definiu-se o número de 67 questionários para serem aplicados na área urbana do município. Cabe mencionar que a aplicação dos questionários considerou a distribuição da população residente na sede urbana, conforme apresenta a Figura 1 e a Tabela 1. 30 CAP. 2 – CARÁTER PARTICIPATIVO DO PMSB VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 1 – Setorização da área urbana de Água Clara/MS para a aplicação dos questionários de percepção social. Fonte: Elaborado pelos autores. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 31 IM IN A R Tabela 1 - Número de questionários aplicados por setores da área urbana, objetivando traçar a percepção da sociedade água-clarense acerca dos sistemas de saneamento básico. Estimativa da população Setores Setor de Número de residente por censitários Bairros Abrangidos % Mobilização questionários setor (IBGE) (hab.) Jd. Bom Jesus Jd. Primavera 1 1.751 18,52 9 Jd. Primavera II Jd. São Pedro Jd. Alvorada 2 Jd. Novo Horizonte 2.731 28,88 23 Jd. das Palmeiras Setor Urbano Jd. Nova Água Clara/MS Jd. São Judas Tadeu 3 3.669 38,80 27 Jd. São Judas Tadeu II Jd. Aeroporto Jd. Santos Dumont Jd. Paulista 4 1.305 13,80 8 Centro Velho 9.456 100 67 Total Fonte: Elaborado pelos autores. PR EL Nota: Os dados estimados da população residente por setor foram obtidos junto ao IBGE (2014a). Sendo assim, a equipe técnica da empresa contratada para a elaboração do presente instrumento de planejamento, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Água Clara/MS aplicou os questionários para os alunos e professores dos cursos de qualificação profissional oferecidos no município, ponderando a O metodologia supracitada (localidade/residência de cada entrevistado) Os técnicos responsáveis pela aplicação dos questionários foram orientados a realizar VE RS à uma apresentação sintética e individualizada dos conceitos e dos objetivos do PMSB, bem como sobre a importância da elaboração deste instrumento de gestão, explicando a área de abrangência, e instruídos a não induzir as respostas dos entrevistados, assim obtendo a real percepção da comunidade (Figura 2). Figura 2 - Aplicação de questionário à população água-clarense pela equipe técnica da empresa Deméter Engenharia. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 18/08/2014. Os resultados da percepção da população urbana são apresentados por setor do saneamento básico separados em seus respectivos Tomos. Para uma melhor representação dos mesmos foram criados gráficos e figuras da população geral, e também segregadas por setores censitário (conforme apresenta a Figura 1 e a Tabela 1) indicando os problemas 32 CAP. 2 – CARÁTER PARTICIPATIVO DO PMSB VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 existentes e as qualificações atribuídas pelos moradores com relação às infraestruturas e serviços do sistema de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, do manejo de águas pluviais e da limpeza urbana e manejos dos resíduos sólidos. Ainda, a população água-clarense teve a oportunidade de participar do Evento de Mobilização Social I realizado no dia 03 de dezembro de 2014, o qual destacou-se a vertente “Resíduos Sólidos” (observando o conteúdo mínimo do art. 19 da PNRS) em relação às demais, devido à necessidade do cumprimento das prazos estabelecidos pelo Decreto Estadual nº 14.023/2014 referente à existência de Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, permitindo que o município atendesse os critérios de rateio do ICMS Ecológico. Diante do exposto, este evento teve por objetivo principal validar os estudos e R produtos consolidados do Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PMGIRS) A captando a percepção, anseios e contribuições da sociedade e dos gestores públicos para a consolidação desse Plano. Assim, registrou-se a presença de 44 pessoas no Evento de PR EL IM IN Apresentação do PMGIRS de Água Clara/MS (Figura 3). O Figura 3 – Participantes do Evento de Mobilização Social I, referente à apresentação do PMGIRS. VE RS à Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 03/12/2014. A interpretação técnica dos problemas e anseios relatados pela população de Água Clara/MS orientará a elaboração de um instrumento de gestão coerente com a realidade local. Como visto, a participação da sociedade é fundamental para um planejamento sustentável do município, mas não suficiente. As técnicas de inserção da comunidade melhoram sem dúvida, o conhecimento dos problemas urbanos e promovem o envolvimento da sociedade no diagnóstico e no desenvolvimento do PMSB, mas requerem uma filtragem crítica que deve ser realizada por profissionais com formação técnico-científica. Sem a contribuição destes profissionais, a participação da comunidade pode se diluir em contradições, sem obter nenhum resultado. Por isso, a valorização do envolvimento da sociedade não diminui a responsabilidade dos técnicos, pelo contrário, torna a sua tarefa ainda mais complexa. Da mesma maneira, o conhecimento por parte da comunidade água-clarense das ações, objetivos e metas traçados no PMSB, transformará a população em verdadeiros agentes fiscalizadores, capazes de cobrar a efetivação das ações e contribuir para melhoria do saneamento no município. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 33 3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO Neste capítulo são apresentadas as características gerais do município de Água Clara/MS, abordando a localização do perímetro municipal em relação ao Estado do Mato Grosso do Sul e ao Brasil, e as principais vias de acesso ao município. Sequencialmente, são expostos os principais aspectos ambientais: relevo, bioma, vegetação, geomorfologia, geologia, clima, hidrologia, hidrogeologia, pedologia, áreas prioritárias para a biodiversidade e zoneamento territorial. 3.1 LOCALIZAÇÃO R O município de Água Clara/MS possui estimativamente uma área territorial de A 7.810,95 km² (dado calculado após a emancipação do município Paraíso das Águas/MS), e IM IN está localizado na mesorregião Leste de Estado de Mato Grosso do Sul e microrregião de Três Lagoas, distante aproximadamente 198 quilômetros da capital sul-mato-grossense, Campo Grande. Faz limite com os municípios de Três Lagoas/MS, Inocência/MS, Chapadão do Sul/MS, Paraíso das Águas/MS, Ribas do Rio Pardo/MS, Camapuã/MS e Brasilândia/MS. Visando ilustrar a localização do município em epígrafe com relação ao Brasil e ao Estado foi confeccionada VE RS à O PR EL a Figura 4. Figura 4 - Localização do município de Água Clara/MS em relação ao Estado de Mato Grosso do Sul e ao Brasil. Fonte: Elaborado pelos autores. 34 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Neste contexto, destaca-se que recentemente (posteriormente ao censo de 2010) foi emancipado o município sul-mato-grossensse de Paraíso das Águas/MS a partir do desmembramento de áreas de alguns municípios, incluindo Água Clara/MS. Desta forma, estima-se que a área territorial do município de Água Clara/MS corresponda a 2,18% do território do Estado (após a emancipação do município de Paraíso das Águas/MS). Embora os dados do censo de 2010 do IBGE citem a existência de 2 distritos no município de Água Clara/MS, a partir de informações atualizadas da Prefeitura Municipal, considerou-se, durante a elaboração do presente diagnóstico, a existência de somente 1 distrito, conhecido como São Domingos. Porém ainda não estão disponíveis dados relacionados à área e à população deste, sendo que uma vez disponíveis, estes dados devem PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO IM IN 3.2 A R ser incluídos nas revisões do presente Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). A principal forma de acesso ao município e à sua sede é através da malha rodoviária, destacando-se a rodovia federal BR 262 que liga Água Clara/MS a capital sul-mato-grossense e ao município de Três Lagoas (fronteira com o Estado de São Paulo). Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), atualizadas em PR EL 05/06/2014, a rodovia BR 262, no trecho que liga Campo Grande/MS à Água Clara/MS, apresenta pista, acostamento, sinalização horizontal e vertical em condições regulares, além de tráfego intenso de carretas. Ressalta-se também a existência de Rodovias Estaduais, com destaque à MS-456 e à MS-324. O Ainda, cumpre observar a existência da linha férrea que atravessa o município de Água Clara/MS sendo um importante componente para o desenvolvimento histórico da VE RS à região. Atualmente esta linha é administrada pela empresa América Latina Logística – ALL desde sua privatização em 1996. Segundo dados da ALL (2014), a estrada ferroviária de Água Clara/MS compõe a Malha Oeste, ligando Corumbá/MS a Ponta Porã/MS, convergindo em Campo Grande/MS e chegando até Bauru/SP, passando por Água Clara/MS (trecho de aproximadamente 1.621 km, correspondendo à 5% da malha ferroviária brasileira). No que concerne ao acesso aéreo, segundo informações do Serviço de Informação Aeronáutica – AIS (2014), existem no município de Água Clara/MS dez aeródromos de pista privada para aeronaves de pequeno porte. As principais informações referentes aos aeródromos do município são apresentadas no Quadro 1. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 35 Quadro 1 - Aeródromos localizados nos município de Água Clara/MS. Dimensão da Aeródromo Nome pista (m) SSAG Fazenda Agropecuária Lobo Ltda. 900x20 SJWW Fazenda Cachoeira Preta 1.200x20 SDAU Fazenda Itaú 900x20 SJOK Fazenda Modelo 800x40 SWZR Fazenda Ponto de Apoio 900x40 SSYV Fazenda Progresso 1.000x25 SSZG Fazenda São João 1.000x20 SJSJ Fazenda São José do Cangalha 1.000x60 SJUQ Fazenda Vista Alegre 880X20 SJRW Pequena Central Hidrelétrica -PCH Buriti 1.600x23 Resistência da Pista (kg/Mpa) 5.000/0,50) 5.700/0,50 5.600/0,50 5.000/0,50 5.000/0,50 5.000/0,50 5.000/0,50 5.600/0,50 - R Fonte: A partir de AIS (2014). A Buscando ilustrar a localização, as principais vias de acesso e as principais distâncias do município de Água Clara/MS em relação aos municípios limítrofes e de maior relevância VE RS à O PR EL IM IN no Estado de Mato Grosso do Sul, elaborou-se o Mapa 1. O VE RS à R A IM IN PR EL C o Ri CAMAPUà S-4 3 2 Bolívia 8 D om ox im M CHAPADÃO DO SUL R io RIO NEGRO 2 CASSILÂNDIA MAPA DA LOCALIZAÇÃO DA LINHA FÉRREA ( MALHA OESTE ) MT S-1 1 SÃO GABRIEL DO OESTE PARAÍSO DAS ÁGUAS M 3 MS -14 MS -42 2 MS-435 -16 BR MS-430 Corumbá/MS s 1 Campo Grande/MS a aua n u id Aq MS-245 BANDEIRANTES Ri MS-316 Ponta Porã/MS 4 MS-245 S-3 4 0 R 1 0 o ta s SELVÍRIA ÁGUA CLARA Ve rd do e MS-452 7 A Ri Lo Município de Água Clara Cursos hídricos (Fonte ANA) SMunicípio de M Campo Grande Ferrovias Rodovia estadual 0 Ribas do Rio Pardo 9 M ITAPORà DOURADOS 4 S13 BR -1 5 SP 5 -6 SP 8/ 29 Responsável Técnico SP-126/ 4 563 Rio P M ná a ra 94 e a ANGÉLICA REFERÊNCIAS GEOGRÁFICAS: Escala gráfica: 0 6.500 ANAURILÂNDIA 13.000 BATAGUASSU 26.000 39.000 m 70 4 /2 -65 P S Projeção Universal Transversa Mercator Datum Horizontal: SIRGAS 2000 SP27 0 Meridiano Central: -57.00 W.Gr" Fuso: 22 Sul 63 NOVA ANDRADINA Fernanda Olivo Engenheira Sanitarista e Ambiental 67 SP-2 CREA: 12.185/D - MS SP5 M 5 34 5 14 S- 1 S46 MS-1 ITAPORà M 6 -15 MS Análise e Aprovação Rio do P S14 MARACAJU 8 BR-267 M a a S-3 3 SP -2 x RIO BRILHANTE i he in m oV M S-4 6 ei 0 Ri du í TÍTULO: 238 km ri ca S-4 7 nv I 7 0 -34 MS 6 o nh a n Rio A pe 230 km í Chapadão do Sul TEMA: 4 VIAS DE ACESSO AO MUNICÍPIO DE PRINCIPAIS ÁGUA CLARA/MS M zia 46 S- BR -26 Localização a Camapuã 563 . Lu M NOVA ALVORADA DO SUL uA 191 km PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO - ÁGUA CLARA/MS SANTA RITA DO PARDO .S MS-455 5 oo Brasilândia 40/ M 7 S-3 139 km Paraíso das Águas i o Fei 185 km MS-040 Demais Estados brasileiros 135 km Inocência Demais municípios sul-matoBRASILÂNDIA grosenses Perímetro urbano de Campo Grande/MS Rodovia federal 97 km Três Lagoas SP-1 Có rr 00 gu MS-04 45 R 3 BR-16 SIDROLÂNDIA SP -3 Água Clara às localidades de: Sedes municipais 5 2 ra 8 nt S-2 5 9 -5 SP Distância da Sede Municipal de b. -16 MS M VE RS à ho CAMPO GRANDE S-3 9 zin du an 8 0 BR-262 O nh -25 MS MS -32 453 MS- M 5 S-3 BR262 8 Par io R Ri o 6 -45 MS TRÊS LAGOAS RIBAS DO RIO PARDO R io MS -44 4 BR158 7 PR EL BR-262 as B MS-340 S35 S44 MS-112 5 2 .d Rib 35 S- IM IN -35 MS M M 4 JARAGUARI M TERENOS APARECIDA DO TABOADO A MS-445 -32 MS MS -24 4 7 -37 MS riú cu 0 5 S-3 Su M 0 -24 MS MS-316 Ri o MS-08 0 -01 MS MS-124 ROCHEDO PR 8 44 M Ri Bauru/SP -33 MS -2 MS M SP Paraguai BR060 MS -24 o MS -44 CORGUINHO Água Clara/MS Três Lagoas/MS INOCÊNCIA 1 MS-340 5 S-3 MS -31 0 PARANAÍBA MG in g o M GO 5 O VE RS à R A IM IN PR EL 39 3.3 ASPECTOS AMBIENTAIS Neste subcapítulo são apresentadas as características físicas e ambientais do município de Água Clara/MS, bem como a importância do conhecimento acerca de tais aspectos para a estruturação de ações no campo do saneamento básico. O planejamento do Sistema de Abastecimento de Água de um município deve levar em conta os mais diversos aspectos ambientais. Primeiramente, deve ser analisada a hidrogeologia em conjunto com a hidrografia, com vistas a verificar qual a fonte de abastecimento de água mais viável a ser adotada, tanto em instalações iniciais quanto em futuras ampliações. R Definida a origem do recurso natural, é preciso se preocupar em como captá-lo, A questão essa que pode ser determinada pela hidrogeologia local (com ocorrência de poços jorrantes) e/ou geomorfologia (características de relevo que determinam a necessidade do IM IN uso de bombas). Além disso, dependendo da origem e das características da qualidade da água, é definida a metodologia do tratamento; possibilidade de tratamento simplificado ou necessidade de tratamento convencional e/ou avançado. Posteriormente, na etapa de distribuição de água, a caracterização da geomorfologia, do relevo e da topografia é necessária para a definição da rede de PR EL distribuição, bem como o dimensionamento do uso de bombas e estações elevatórias. Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, o relevo e a ocupação do solo determinam a viabilidade do escoamento do efluente sanitário por gravidade e/ou a necessidade de bombeamento (estações elevatórias de esgoto). As características O hidrogeológicas e pedológicas oferecem subsídios para verificar a vulnerabilidade dos recursos subterrâneos diante da utilização das fossas sépticas e sumidouros para a disposição VE RS à dos efluentes, bem como determinam a viabilidade de valas de infiltração para disposição final do esgoto tratado na ausência de corpo hídrico receptor nas proximidades. Já a definição de locais para tratamento e disposição final de resíduos sólidos depende da disponibilidade de áreas com condições topográficas, pedológicas, hidrológicas, geológicas e hidrogeológicas favoráveis de forma a evitar riscos de contaminação do lençol freático, do solo, dos cursos d’água pelo escoamento superficial e/ou o carreamento de resíduos por força das águas pluviais. No que tange à drenagem urbana e ao manejo de águas pluviais, é importante verificar as condições topográficas, geológicas e geomorfológicas que refletem na estabilidade de encostas e taludes, bem como evidenciam áreas vulneráveis a inundações, alagamento e/ou enxurrada. Além disso, o estudo analítico da hidrografia local, associado ao relevo e à tipologia do solo, oferece resposta acerca da capacidade, qualidade e direção predominantemente da drenagem, ou seja, do fluxo das águas pluviais. As informações climáticas, principalmente a temperatura e a precipitação, são de grande importância na área do saneamento básico. Como exemplo, destaca-se a influência do clima na escolha da tecnologia de tratamento de esgotos, no dimensionamento de seus 40 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 componentes, a relação da precipitação com o dimensionamento e suporte dos dispositivos de drenagem. Diante da importância da caracterização física e ambiental para o saneamento básico municipal, suscintamente relatada neste tópico, são apresentados dados levantados de diversas fontes bibliográficas para o relevo, biomas, vegetação, geomorfologia, geologia, clima, hidrologia, hidrogeologia, pedologia e áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. 3.3.1 Relevo R Segundo dados levantados junto à Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - A CPRM, o município de Água Clara/MS está implantado um único tipo de relevo, conforme apresenta a Figura 5. IM IN Considerando as informações expostas na Figura 5, observa-se que o município de Água Clara/MS possui região com relevo de Domínio de Colinas Amplas e Suaves em 100% de sua área, apresentando declividade de 3º a 10º que, segundo CPRM (2010), é constituído por um sistema de drenagem principal com deposição de planícies aluviais relativamente amplas com predomínio de processos de pedogênese (formação de solos espessos e bem PR EL drenados), em geral, com baixa a moderada susceptibilidade à erosão. Entretanto, a ocupação urbana pode interferir diretamente no sistema de drenagem desta formação, uma vez que acarreta na impermeabilização de uma área vasta e, assim, caso não haja um efetivo sistema de manejo e drenagem das águas pluviais, ocasiona uma sobrecarga nos O canais de drenagem naturais, na diminuição da taxa de infiltração e consequente aumento do escoamento superficial, podendo ocasionar enxurradas e processos erosivos. VE RS à Cumpre observar que a declividade do relevo é um dos fatores utilizados para a determinação dos locais favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de resíduos sólidos (aterros sanitários). Neste sentido a Norma Brasileira (NBR) nº 13.896/1997 da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT) recomenda que para a implementação de aterros sanitários, a declividade do terreno seja superior a 1% e inferior a 30%. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS VE RS à O PR EL IM IN A R 41 Figura 5 – Tipos de relevo presentes no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do CPRM. 3.3.2 Biomas O município de Água Clara/MS está inserido em área de Bioma Cerrado que, segundo o Ministério do Meio Ambiente – MMA (2015), é considerado o segundo bioma mais extenso do Brasil (cerca de 22% do território nacional) atrás apenas da Amazônia (Figura 6). É reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 5% da biodiversidade do planeta. O Cerrado é considerado a mais diversificada savana tropical do mundo. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA (2014), estima-se que cerca de 320 mil espécies em tal bioma, correspondendo a 30% da biodiversidade brasileira. Para evidenciar essa biodiversidade foi construído o Gráfico 1. 42 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 6 - Biomas de ocorrência no Estado de Mato Grosso do Sul, destacando o município de Água Clara/MS. Fonte: IBGE. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 43 Comparação da quantidade de espécies do bioma Cerrado 100,00% 40,00% 100,00% 29,01% 100,00% 38,46% 100,00% 40,46% 50,00% 100,00% 60,00% 100,00% 70,00% 44,44% 80,00% 52,31% 90,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Mamíferos Cerrado Brasil Répteis Anfíbios R Aves A Peixes Gráfico 1- Comparação em porcentagem do número de espécies do bioma Cerrado com o Brasil. 3.3.3 IM IN Fonte: A partir de EMBRAPA, 2014. Vegetação O município de Água Clara/MS está localizado, predominantemente, no domínio a Figura 7. PR EL Savana (Cerrado), já bastante modificado pelas atividades antrópicas, conforme apresenta A formação Savana Arbórea Aberta, que ocupa 57,76% da área do município, segundo Mato Grosso do Sul (2012a), possui como característica principal, um contínuo estrato graminóide que reveste o solo e que seca durante o período desfavorável. A esse O estrato, sobrepõe-se outro, que apresenta árvores mais ou menos baixas, com grandes folhas. VE RS à O tronco é tortuoso, esgalhado e de casca corticosa. A formação Savana Arbórea Densa (0,56 % da área do município) constitui-se de uma formação campestre com estrato denso de árvores baixas, xeromórficas, de esgalhamento profuso, providas de grandes folhas cariáceas, perenes e casca corticosa. Há um andar arbóreo superior mais ou menos uniforme, com cerca de 8 a 10 m de altura. No estrato intermediário por vezes, há grande quantidade de arvoretas e arbustos. A vegetação antrópica ocupa grande parcela do território, caracterizada por atividades agropecuárias e pastagens (24,66 %) e por reflorestamento (11,76%). 44 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 7- Tipos de vegetações encontradas no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir dos dados do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul – IMASUL. Segundo a NBR 13.896/1997, que apresenta critérios para implantação de aterros sanitários de resíduos solos, o estudo macroscópico da vegetação é importante, uma vez que ela pode atuar favoravelmente na escolha de uma área quanto aos aspectos de redução do fenômeno de erosão, da formação de poeira e transporte de odores. 3.3.4 Geomorfologia O município de Água Clara/MS situa-se em quatro unidades geomorfológicas, sendo elas: Acumulação Fluvial, Divisores dos Rios Verde e Pardo, Rampa arenosa dos Planaltos Interiores e Superfície Rampeada de Nova Andradina (Figura 8). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS VE RS à O PR EL IM IN A R 45 Figura 8 – Representação das unidades geomorfológicas presentes no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do CPRM. Dentre as unidades geomorfológicas supracitadas, destacam-se a Rampa arenosa dos Planaltos Interiores que abrange 67,16% do território municipal e influi, juntamente com a unidade Acumulação Fluvial, na área urbana de Água Clara/MS. Cabe mencionar que esta última é caracterizado por áreas planas resultante de acumulação fluvial, sujeita à inundações periódicas, correspondentes às planícies e terraços de várzeas. Neste sentido, estas áreas de acumulação fluvial devem ser consideradas nas ações de planejamento do sistema de saneamento básico, sendo necessário evitar a estruturação de dispositivos específicos (Estações de Tratamento de Esgoto - ETE, Locais de Entrega Voluntária, Ecopontos, Aterros Sanitários) em áreas vulneráveis a tais eventos favorecidos pela geomorfologia. 46 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 3.3.5 Geologia Na área do município de Água Clara/MS existem três unidades geológicas, sendo as formações de Santo Anastácio, Serra Geral e Caiuá. A sede do município está localizada na unidade geológica do Caiuá que corresponde a 33,52% da área do município, sendo que a unidade geológica de Santo Anastácio abrange a maior extensão do território municipal, VE RS à O PR EL IM IN A R compreendendo 62,67%, restando 3,81% de Serra Geral (Figura 9). Figura 9 - Unidades geológicas presentes no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do CPRM. Sendo assim, Oliveira & Fernandes (2009) citam que a formação Caiuá apresenta características de uniformidade litológica, a qual é possível observar também tanto no oeste paulista como no norte paranaense (divisa). Esta formação possui uma espessura não superior a 150 metros, além disso, é possível observar arenitos bastante porosos, os quais são facilmente desagregáveis, na maior parte das vezes seus grãos encontram-se envolvidos por uma película de limonita. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 47 Segundo a Secretaria de Planejamento e de Ciência e Tecnologia – SEPLAN (1990), a formação Santo Anastácio destaca-se um arenitos cinza-pardo, vermelho-arroxeado ou creme, encontrando-se sempre envolto por uma película limonitizada. A granulação é predominantemente fina e esporadicamente média a grosseira, mostrando a presença de um cimento síltico e carbonático, que gradativamente vai aumentando; detecta-se sempre tênues intercalações síltico-argilosas, tornando-se mais espessas para cima. 3.3.6 Clima Os dados climáticos relacionados ao município de Água Clara/MS, principalmente de R temperatura e precipitação, são muito importantes para a gestão dos resíduos sólidos. Como A exemplo, pode-se destacar a influência do clima no dimensionamento do sistema de tratamento do chorume de aterros sanitários, escolha da tecnologia de tratamento de IM IN esgotos e no dimensionamento de seus componentes, bem como no dimensionamento das estruturas de drenagem e análise da capacidade hídrica dos mananciais de captação nas diversas épocas do ano, tendo como finalidade prever possíveis situações de escassez. Dessa maneira, este subcapítulo visa demonstrar sucintamente o panorama climático do referido município. PR EL A classificação climática de Köppen-Geiger é baseada no pressuposto de que a vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma expressão do clima prevalecente a ela. Na determinação dos tipos climáticos, esta classificação considera a sazonalidade e os valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da precipitação. O Sendo assim, a classificação climática do município de Água Clara/MS está inserida em duas classificações: Clima Tropical com Estação Seca de Inverno (Aw), com características de VE RS à clima quente com chuvas de verão com temperatura média entre 19°C e 28°C, pluviosidade média inferior a 200 mm/ano; e no Clima Temperado Úmido com Verão Quente (Cfa), o qual as temperaturas são superiores a 22ºC no verão e com mais de 30 mm de chuva no mês mais seco, conforme demonstra a Figura 10. 48 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 10 - Classificação climática de Köppen-Geiger para o Estado de Mato Grosso do Sul, destacando o município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados de PEEL et al. (2007). Jordão & Pessôa (2009) citam que a temperatura é o fator mais atuante no processo de depuração dos sistemas de tratamento de efluentes, uma vez que apresenta um relacionamento com outros fatores, como radiação solar, a velocidade da fotossíntese e a velocidade do metabolismo dos organismos. Assim, temperaturas mais elevadas propiciam condições mais favoráveis e uma melhor eficiência do processo de depuração, por outro lado, temperaturas mais baixas podem comprometer a eficiência do sistema. Nesse âmbito, dados do IBAMA mostram que a temperatura média no município é 23ºC com precipitação média anual variando de 1.500 a 1.600 mm, conforme apresenta a Figura 11. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS VE RS à O PR EL IM IN A R 49 Figura 11 - Temperatura média do Estado de Mato Grosso do Sul, destacando o município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do IBAMA. Analisando essas informações expostas, observa-se que caso haja a implantação de um aterro sanitário no município, tecnicamente é possível a utilização do sistema de lagoas de estabilização para o tratamento do chorume gerado, por ser economicamente viável e apresentar boa funcionalidade com as condições climáticas presentes em Água Clara/MS, essas características devem ser consideradas na elaboração dos projetos de tais unidades de disposição final de resíduos. 50 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 3.3.7 Hidrologia Os principais rios e córregos do município de Água Clara/MS pertencem às sub-bacias hidrográficas do Rio Verde e do Rio Sucuriú, componentes da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, conforme apresenta a Figura 12. O Rio Verde faz a divisa do município de Água Clara/MS com Ribas do Rio Pardo/MS, Camapuã/MS e Brasilândia/MS e, segundo informações de Mato Grosso do Sul (2010) suas maiores vazões ocorrem entre os meses de janeiro e março, chegando a 414 m³/s próximo à sua foz e os menores valores ocorrem próximo às nascentes, chegando a 28 m³/s, entre os meses de agosto e setembro. Já o Rio Sucuriú faz divisa com os municípios de Chapadão do R Sul/MS e Inocência/MS, sendo que suas vazões máximas também ocorrem entre janeiro e VE RS à O PR EL IM IN A março (atingindo 718 m³/s próximo à sua foz). Figura 12 - Sub-bacias hidrográficas e principais cursos hídricos do município de Água Clara/MS. Fonte: A partir do Plano Estadual de Recursos Hídricos (Mato Grosso do Sul, 2010). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 51 É de suma importância a análise da hidrografia do município contemplado por este PMSB, pois essas características físicas influenciam diretamente nas medidas adotadas, como por exemplo, na locação de um aterro sanitário, empreendimento que deve distar no mínimo 200 metros de qualquer coleção hídrica ou corpo d’água. Observa-se que o distanciamento mínimo recomendado (200 metros de coleções hídricas superficiais) em conjunto com a preservação da mata ciliar, contribui para a prevenção de impactos ambientais relacionados ao carreamento de resíduos e/ou contaminantes para os cursos hídricos pela ação dos ventos e/ou águas pluviais, principalmente quando há a ocorrência de eventos climáticos pouco comuns. Ademais, os cursos d’água de importância para o saneamento básico de Água R Clara/MS são, principalmente, os próximos ao perímetro urbano do município, por serem A potenciais mananciais superficiais para o sistema de abastecimento de água e também por serem corpos receptores de diversas fontes de poluição difusa, como por exemplo as águas IM IN de enxurradas das áreas impermeabilizadas do município, e pontual, como por exemplo pontos de lançamento de efluentes sanitários domésticos e industriais e de águas pluviais coletadas pelo sistema de drenagem do município. Cumpre ressaltar que em Água Clara/MS não há sistema de esgotamento sanitário implantado, portanto, importante se faz indicar os 3.3.8 Hidrogeologia PR EL potenciais corpos receptores de lançamento de efluentes tratados por uma futura ETE. No Estado de Mato Grosso do Sul existem oito unidades hidrogeológicas, de acordo O com o Plano Estadual de Recursos Hídricos (Mato Grosso do Sul, 2010), que são identificadas por dois grandes grupos de rochas; as sedimentares e as ígneas-metamórficas. VE RS à O Sistema Aquífero Bauru (SAB) cobre cerca de 95,96% da área total do município e é onde está inserida a sede municipal. O SAB tem como parte da sua constituição a presença de rochas sedimentares da Bacia do Paraná, dos grupos Cauiá e Bauru e também pelas Coberturas Detrito-Lateríticas, o que constitui um aquífero livre. A região de afloramento é onde ocorre um dos mecanismos de recarga do aquífero que acontece, principalmente, por meio de infiltração direta das águas de chuva. Neste sentido, verifica-se que Água Clara/MS está localizada em região de recarga deste manancial (Figura 13). O Sistema Serra Geral (4,04% da área do município) é formado por rochas bastante impermeáveis originadas por derrames basálticos da Formação Serra Geral e intrusões diabásicas, dessa forma, a produção de águas subterrâneas ocorre somente ao longo de falhas e fraturas das rochas e intercalação com rochas mais permeáveis (CETESB, 2014). É de suma importância a classificação geomorfológica da área de estudo, que quando feita de maneira aprofundada, viabiliza a identificação dos prováveis locais em que ocorre maior escoamento e maior infiltração, considerando a declividade do terreno. Neste sentido, um fator relevante é a disposição de resíduos sólidos e efluentes líquidos no solo que podem conferir potenciais fontes de contaminação das águas através da infiltração, principalmente, em áreas de recarga do aquífero (afloramento). Racke et al. 52 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 (1997) cita que as águas precipitadas podem entrar em contato com o solo onde são dispostos resíduos sólidos e efluentes, dissolvendo substâncias potencialmente poluidoras e as conduzindo pelo perfil do solo por meio do movimento de infiltração baseado na percolação através dos poros do solo até atingir a zona saturada do mesmo, afetando a qualidade das VE RS à O PR EL IM IN A R reservas sub-superficiais de água. Figura 13- Áreas de afloramento dos sistemas aquíferos no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir do Plano Estadual de Recursos Hídricos (Mato Grosso do Sul, 2010). Assim, quando se trata da qualidade das águas subterrâneas é necessário o seu monitoramento, para identificação de fontes de poluição em potencial e a aplicação de medidas adequadas, principalmente, no caso das práticas agrícolas, de manejo de resíduos sólidos (área de disposição adequada) e de esgotamento sanitário (tratamento adequado). Neste âmbito, considerando que o manancial subterrâneo é a principal fonte de abastecimento hídrico do município, ressalta-se a necessidade de cuidados especiais nessas áreas e a importância do planejamento estratégico do saneamento básico do município. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 53 Destaca-se ainda que, a água utilizada no sistema de abastecimento público de água do município de Água Clara/MS é exclusivamente extraída do Sistema Aquífero Bauru, caracterizando um manancial subterrâneo, conforme será detalhado no Tomo II – Sistema de Abastecimento de Água. 3.3.9 Pedologia Lacerda Filho et al. (2006) cita que agrupando a geomorfologia em cinco compartimentos com características geológicas e de uso semelhantes, encontra-se a dominância das classes de solo em função da constituição do material de origem e do relevo R em cada compartimento. Neste sentido, o Quadro 2 a seguir apresenta a definição das A principais classes de solos encontradas no município de Água Clara/MS, segundo classificação da EMBRAPA (2013) e a Figura 14 apresenta a representação dos solos com IM IN ocorrência no município. VE RS à O PR EL Quadro 2 - Classificação quanto à pedologia (solos). Classificação Conceito Solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro de 200cm da superfície do solo ou dentro de 300cm, se o horizonte A apresenta mais que 150cm Latossolos de espessura. O horizonte B textural (Bt) encontra-se imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o hístico, sem apresentar, contudo, os requisitos estabelecidos para serem enquadrados nas classes dos Luvissolos, Planossolos, Plintossolos ou Gleissolos. Solos constituídos por material mineral ou por material orgânico pouco espesso, que não apresentam alterações expressivas em relação ao material originário devido à baixa intensidade de atuação dos processos pedogenéticos, seja em razão de Neossolos características inerentes ao próprio material de origem, como maior resistência ao intemperismo ou composição químico-mineralógica, ou por influência dos demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo), que podem impedir ou limitar a evolução dos solos. Solos com 350g/kg ou mais de argila, inclusive no horizonte A, constituídos por material mineral que apresentam horizonte B nítico abaixo do horizonte A, com argila de Nitossolos atividade baixa ou caráter alítico na maior parte do horizonte B, dentro de 150 cm da superfície do solo. Solos constituídos por material mineral com horizonte A ou E seguidos de horizonte B Planossolo plânico, não coincidente com horizonte plíntico ou glei. Fonte: A partir de EMBRAPA (2013). Destaca-se que a pedologia tem papel fundamental na determinação do local de disposição final adequada para os resíduos sólidos urbanos. A NBR nº 13.896/1997 da ABNT recomenda que aterros sanitários sejam executados em áreas onde haja no subsolo predominância de material com coeficiente de permeabilidade inferior a 5x10-5 cm/s. Cita-se ainda, que para determinação precisa das áreas pedologicamente favoráveis para disposição final de resíduos sólidos, deve ser feita a análise da textura do solo. De antemão observa-se serem desfavoráveis solos puramente arenosos, desta forma, áreas que apresentem tais tipologias devem ser evitadas, recomendando-se que sejam descartadas das alternativas locacionais analisadas no licenciamento de futuros aterros sanitários. 54 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 14 – Representação dos solos com ocorrência em Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados da EMBRAPA. De acordo com Ferguson e Debo (1990), os valores da condutividade hidráulica em função do tipo de solos estão descritos na Tabela 2. Verificando os valores abaixo, percebese que os solos Franco argiloso siltoso, Argila arenosa, Argila siltosa e Argila são os mais favoráveis para instalação de um aterro sanitário. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 55 Tabela 2- Condutividade hidráulica (K) em função do tipo de solo Tipo de Solo K (mm/h) K (m/dia) K (cm/s) 210,06 4,96 5,84 x 10-3 Areia franca 61,21 1,45 ‘1,70 x 10-3 Franco arenoso 25,91 0,61 7,20 x 10-4 Franco 13,21 0,31 3,67 x 10-4 Franco siltoso 6,86 0,16 1,91 x 10-4 Franco argilo arenoso 4,32 0,1 1,20 x 10-4 Franco argiloso 2,29 0,05 6,36 x 10-5 Franco argiloso siltoso 1,52 0,04 4,22 x 10-5 Argila arenosa 1,27 0,03 3,53 x 10-5 Argila siltosa 1,02 0,02 2,83 x 10-5 Argila 0,51 0,01 1,42 x 10-5 R Areia A Fonte: Adaptado de Ferguson e Debo (1990). IM IN Diante do exposto, observa-se que para determinação precisa das áreas pedologicamente favoráveis para disposição final de resíduos sólidos deve ser feita a análise da textura do solo. De antemão observa-se serem desfavoráveis os solos puramente arenosos, desta forma, áreas que apresentem tais tipologias devem ser evitadas, recomendando-se que sejam descartadas das alternativas locacionais analisadas no licenciamento de aterros PR EL sanitários. 3.3.10 Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade No Estado do Mato Grosso do Sul foram definidas 106 áreas prioritárias para O conservação, uso sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade brasileira, sendo a distribuição de acordo com os biomas definidos pelo Ministério do Meio Ambiente, ou seja, VE RS à foram definidas 31 áreas no Pantanal, 41 no Cerrado e 34 na Mata Atlântica. Segundo a Portaria do Ministério do Meio Ambiente nº 126, de 27 de maio de 2004, estas áreas prioritárias para a biodiversidade para efeito de formulação e implantação de políticas públicas, programas, projetos e atividades sob a responsabilidade do Governo Federal são voltadas à: Conservação in situ da biodiversidade; Utilização sustentável de componentes da biodiversidade; Repartição de benefícios derivados do acesso a recursos genéticos e ao conhecimento tradicional associado; Pesquisa e inventários sobre a biodiversidade; Recuperação de áreas degradadas e de espécies sobre explotadas ou ameaças de extinção, e; Valorização econômica da biodiversidade. Neste sentido, no Estado de Mato Grosso do Sul, o Cerrado é o que apresenta maior número de áreas prioritárias, principalmente, pela extensão que ocupa no Estado e não no sentido de conferir maior importância para a biodiversidade deste bioma frente aos demais. 56 CAP. 3 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 No município de Água Clara/MS há a ocorrência das áreas prioritárias Ce054-Rio Verde (MS), Ce064-Médio Rio Verde – Ribeirão Salgado e Ce072–Alto Sucuriú, conforme VE RS à O PR EL IM IN A R visualizado na Figura 15. Figura 15– Áreas prioritárias para a biodiversidade com ocorrência no município de Água Clara/MS Fonte: A partir de dados do MMA. A área prioritária Ce054-Rio Verde tem como recomendação do MMA (2014), as ações de implementação de Reserva Legal e recuperação de Área de Preservação Permanente (APP), conectividade entre os remanescentes, realização de estudo hidrográfico do impacto das plantações de eucalipto nos corpos d’água, verificação de comunidades indígenas a recuperação de Área Degradada e Estudos Socioantropológicos. As ameaças levantadas foram: carvoaria, agropecuária, plantações de eucalipto gerando impacto nos cursos d’água, presença de suinocultura e avicultura industrial e risco de contaminação do gado devido ao uso de cama de frango. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 57 Para a área prioritária Ce064-Médio Rio Verde-Ribeirão Salgado, o MMA (2014) recomenda ações de criação de Unidade de Conservação (UC), recuperação de Área Degradada, fomento à atividades econômicas sustentáveis e inventário ambiental. As ameaças levantadas foram a possível redução do lençol freático devido à presença de grandes extensões de cultura de eucalipto ameaçando as espécies vegetais e animais existentes. A área prioritária Ce072-Alto Sucuriú tem como recomendação do MMA (2014), as ações de fiscalização, recuperação de Área Degradada, proteção e recuperação de áreas de mata ciliar, incentivo à criação de Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) e implementação de reservas legais. As ameaças levantadas foram a grande quantidade de R fazendas, plantações de soja, hidrelétricas, plantações de eucalipto, assentamentos e A processos acentuados de erosão. Essas ações elencadas, além de propiciar a conservação da biodiversidade, trazem IM IN benefícios ambientais, tanto para o Rio Verde quanto para o Rio Alto Sucuriú e seus afluentes, uma vez que, a proteção e conservação da mata ciliar auxiliam na redução de sedimentos carreados para o corpo d’água que poderiam contribuir para o comprometimento da qualidade da água, assoreamento e processos erosivos das margens. PR EL Em atendimento às recomendações do MMA (2014), é importante mencionar que a criação de RPPN, seus respectivos usos correto do solo, a implementação de leis ambientais associadas e das demais ações expostas, devem ser consideradas nas atualizações futuras deste instrumento de gestão em construção, devendo compatibilizá-lo com os outros VE RS à O mecanismos de planejamento na época das revisões. O VE RS à R A IM IN PR EL 59 4 DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO Para a realização de qualquer ação de planejamento urbano, é necessário o conhecimento prévio das características demográficas e socioeconômicas dos habitantes locais na esfera abrangida pelo projeto. O diagnóstico social e econômico preocupa-se em demonstrar o comportamento de variáveis que expressam as condições em que vivem os habitantes do município, tais como: população, faixa etária, renda, emprego, saúde, habitação, nível de alfabetização, educação, entre outros. Tais indicadores são importantes instrumentos para orientar a elaboração de políticas públicas, planos e programas voltados DADOS DEMOGRÁFICOS E ESTUDO DA DENSIDADE POPULACIONAL A 4.1 R ao desenvolvimento local. IM IN Segundo dado censitário do ano de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2014a), a população de Água Clara/MS era de 14.424 habitantes, sendo 4.826 residentes da área rural (33,46% da população total) e 9.598 residentes na área urbana (66,54%). Segundo estimativa populacional desta mesma instituição, Água Clara/MS possuí em quatro anos. PR EL atualmente 14.210 habitantes (ano de 2014), ou seja, estima-se um decrescimento de 1,48% Verificando a evolução da população de Água Clara/MS (Gráfico 2) entre os anos de 1991 e 2014, através de censos, contagens e estimativas populacionais apontadas pelo IBGE, nota-se que durante esse período ocorreu um acréscimo de 7.671 habitantes no município. Os dados oficiais do censo e contagem do IBGE, contemplam anos espaçados: 1991, 2000 e O 2010 (censo); 1996 e 2007 (contagem). VE RS à A importância de análise da estimativa do crescimento populacional está relacionada com o planejamento do município, no que diz respeito ao aumento da demanda pelos serviços referentes ao saneamento básico, como: o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos, as estruturas de drenagem e manejo de águas pluviais. Como exemplo, cita-se que o crescimento populacional reflete na geração de maior quantidade de resíduos sólidos e, consequentemente, no aumento da demanda de serviços de gerenciamento. Sendo datados de 2010 os dados censitários do IBGE mais atualizados, informa-se que os mesmos serão utilizados como referenciais nas interpretações relativas à demografia, apresentadas no decorrer deste diagnóstico social. 60 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 1991¹ 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000¹ 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007² 2008 2009 2010¹ 2011 2012 2013 2014 6.539 6.814 7.047 7.278 7.503 8.219 8.721 9.144 9.567 - 2.000 4.000 6.000 IM IN A R 11.015 11.574 11.957 12.394 13.311 13.819 14.323 13.183 13.623 13.879 14.424 14.686 14.939 13.938 14.210 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 População total de Água Clara/MS PR EL Gráfico 2 - Evolução da população total, urbana e rural do município de Água Clara/MS entre os anos de 1991 e 2013. Fonte: IBGE (2014a). Nota: ¹ Censo Demográfico, ² Contagem Populacional. Analisando o Gráfico 3, apresentado a seguir, fica evidente o aumento da população total no município, sendo que ocorreu um incremento de 68,45 % do ano de 1991 a 2000 e de O 30,95% de 2000 a 2010. Considerando o período compreendido entre 1991 a 2010 o aumento VE RS à populacional foi ainda mais significativo atingindo 120,58%, ou seja, 14.424 habitantes. Evolução da População Total (hab.) 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 - Evolução da População Total (hab.) 1991 2000 2010 6.539 11.015 14.424 Gráfico 3- Evolução da população no município de Água Clara/MS entre os anos censitários. Fonte: A partir de IBGE (2014a). A partir do levantamento dos dados do censo de 2010 do IBGE, construiu-se o Gráfico 4, no qual se evidenciou um maior número de mulheres na população do município, compreendendo um percentual de 53,91% para o sexo feminino e de 46,09% do sexo PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 61 masculino. Analisando o mesmo gráfico, observa-se que na faixa etária de 15 a 19 anos há o maior número de mulheres (932 habitantes) e na faixa de 25 a 29 anos compreende o maior número de homens (768 habitantes). > 80 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5a9 0a4 Mulheres 1.000 800 600 400 200 0 IM IN A R Homens 200 400 600 800 1.000 1.200 Gráfico 4 - Distribuição da população por faixa etária e sexo do município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de IBGE (2014a). incremento supracitado refletiu populacional 20.000 PR EL O efetivamente na população urbana do município que em 1991 era de 2.265 habitantes (34,64% da população total) e aumentou para 9.598 habitantes O (66,54% da população total) no ano de 2010. O número de habitantes da área rural também 15.000 10.000 5.000 - 6.685 8.986 9.598 4.274 4.330 4.197 4.826 1991¹ 2000¹ 2007² 2010¹ 2.265 Rural VE RS à sofreu um leve aumento, onde no ano de 1991 Urbana era 4.274 e em 2010 de 4.826 (Gráfico 5). Neste Gráfico 5 – Porcentagem da população rural e urbana de Água Clara/MS. sentido, nota-se que a população do município Fonte: A partir de IBGE (2014). Nota: ¹ Censo Demográfico, ² Contagem Populacional. cresceu substancialmente no período e concentrou-se na área urbana. 7,50 6,00 5,82 6,86 7,24 incremento da densidade demográfica no município, que no ano de 1991 era de 0,59 4,50 hab./km² e, no censo demográfico mais recente 3,00 1,50 Analisando o Gráfico 6 fica evidente o 1,00 1,31 1,27 2000 2010 2013 0,00 Densidade demográfica (hab./km²) Média de Mato Grosso do Sul Gráfico 6 Evolução da demográfica de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do IBGE. (ano de 2010), atingiu 1,31 hab./km² havendo um acréscimo de 120,67% no número de habitantes por quilômetro quadrado. No ano 2000, o censo demográfico do IBGE apontou uma densidade de 1,0 hab./km² no município de densidade Água Clara/MS. 62 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Neste sentido, buscando demonstrar a densidade populacional na área urbana do município, considerando os dados do censo de 2010 do IBGE, elaborou-se a Figura 16, contendo as informações do número de habitantes por hectares nos setores censitários, ou seja, a densidade demográfica nas unidades de espaço definidas para contabilização do censo de 2010 do IBGE. Assim, analisando esta figura, conclui-se que a maior concentração VE RS à O PR EL IM IN A R de habitantes por espaço físico, estava localizada nas regiões centrais de Água Clara/MS. Figura 16 - Densidade demográfica nos setores censitários da área urbana de Água Clara/MS. Fonte: IBGE (2014). 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA A caracterização da situação econômica do município de Água Clara/MS se faz necessária para avaliar, primeiramente, o comércio e a indústria como possíveis usuários do sistema público de abastecimento de água, esgotamento sanitário e também, como PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 63 geradores de resíduos sólidos. O Produto Interno Bruto (PIB) e a distribuição de renda do município são importantes indicadores do padrão de vida da população, que por sua vez, pode estar relacionado com a tipologia e quantidade de resíduos gerados, condições para realização da ligação à rede coletora de esgoto (quando existente), bem como de hábitos de vida que interferem no quantitativo de água utilizado e, consequentemente, de esgoto gerado. Sabe-se que, as tecnologias de saneamento ambiental adotadas devem ser apropriadas às condições socioculturais, econômicas, administrativas e do meio físico-natural, tanto das áreas urbanas e suas periferias como das pequenas localidades rurais. Em outras palavras, a adequação da tecnologia utilizada na prestação dos serviços de saneamento Comércio IM IN 4.2.1 A R deve considerar, entre outras variáveis, a capacidade de pagamento da população. O crescimento do número de estabelecimentos comerciais em Água Clara/MS, entre os anos de 2000 e 2012, foi de aproximadamente 95,21%, atingindo o número de 285 unidades (considerando os estabelecimentos atacadistas e varejistas) ao final deste período, segundo dados levantados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência PR EL e Tecnologia – SEMAC (2014). Conforme apresentado no Gráfico 7 houve uma pequena oscilação na quantidade de estabelecimentos comerciais entre os anos de 2002 a 2008, e um crescimento significativo após 2008, ou seja, em período posterior à crise econômica. 300 O 250 230 272 184 200 146 153 VE RS à 150 146 100 50 285 114 32 38 151 135 128 25 16 213 150 134 17 16 13 0 2000 2002 2004 Atacadista 2006 Varejista 2008 2010 2012 Total Gráfico 7 - Evolução dos estabelecimentos comerciais no município de Água Clara/MS entre os anos de 2006 e 2012. Fonte: A partir dos dados da SEMAC (2014). Durante a etapa de planejamento do Plano Municipal de Saneamento Básico, é importante conhecer, além da quantidade, os setores de atividades do comércio no município. Assim, pode-se fazer a classificação destes como grandes ou pequenos usuários dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário e, também, como grandes e pequenos geradores de resíduos sólidos. Neste sentido, compilaram-se dados levantados junto à SEMAC para o ano de 2012, a partir dos quais elaborou-se o Gráfico 8. 64 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Referente ao ramo varejista, no município de Água Clara/MS, destacam-se os setores de Produtos Alimentícios (33,82%), e o setor de Vestuários, Objetos e Artigos para uso Doméstico (19,85%). Estabelecimentos Varejista Materiais de Construção 12,50% Material Elétrico (Comunicação e Informática) 4,41% Livraria e Papelaria 2,57% Produtos Agropecuários 1,84% Produtos Químicos e Farmacêuticos 5,51% Veículos, peças e acessórios 10,29% R Combustíveis e Lubrificantes 3,31% IM IN A Artigos e Esporte e Lazer 1,10% Mobiliário, Aparelhos, Objetos e Artigos para Uso Diversos 4,78% Produtos Alimentícios 33,82% PR EL Vestuário, Objetos e Artigos para uso doméstico 19,85% Gráfico 8 - Estabelecimentos comerciais por setor de atividade em Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados da SEMAC (2014). Dentre os estabelecimentos comerciais predominantes, destaca-se o ramo alimentício O com 92 estabelecimentos, compostos principalmente por restaurantes, pizzarias e bares. Este setor possui relevante contribuição para a geração de resíduos sólidos no município, VE RS à caracterizando por resíduos orgânicos, papel, embalagens de papelão, plástico em geral, metal e óleo residual de fritura. O setor alimentício demanda também quantidades de água potável significativas, principalmente para o preparo dos alimentos. No ramo de veículos, peças e acessórios, setor em que pode ocorrer a geração de resíduos de óleos lubrificantes e suas embalagens, destaca-se a necessidade de haver um cadastramento das empresas geradoras e fomento às ações para a logística reversa. 4.2.2 Indústria O setor industrial do município, conforme demonstra o Gráfico 9, apresentou um crescimento de 32,39% entre os anos de 2007 e 2013, tendo um incremento de 23 indústrias neste período, atingindo o número de 94 unidades em 2013, segundo dados da SEMAC (2014). O maior número de estabelecimentos industriais contabilizados foi no ano de 2011 (98 unidades), após este ano houve um pequeno declínio, voltando a crescer posteriormente. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 65 120 100 80 Estabelecimentos Industriais 60 40 20 Número de Estabelecimentos Industriais 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 71 74 86 96 98 86 94 R 0 Gráfico 9 - Número de Estabelecimentos Industriais em Água Clara/MS nos anos de 2007 a 2013. setor industrial estabelecimentos tem voltados seus para Indústria de Produtos de Madeira, representando 62,79% do total, e outros da silvicultura, como a Estabelecimentos Industriais Outros 10,47% PR EL derivados IM IN O A Fonte: A partir de dados da SEMAC (2014). Indústria de Celulose, Papel e Produtos Celulose, Papel e Produtos de Papel 8,14% Construção 6,98% de Papel (8,14%). A divisão desses setores pode ser observada no Gráfico VE RS à O 10 exposto a seguir. Produtos de Madeira 62,79% 4.2.3 Metalúrgica 4,65% Produtos Alimentícios 3,49% Produção Florestal 3,49% Gráfico 10 - Tipologia dos estabelecimentos industriais de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados da SEMAC (2014). Agropecuária Segundo dados do Perfil da Pecuária Municipal do ano de 2012 (IBGE, 2012a), a pecuária é uma das atividades econômicas de destaque de Água Clara/MS, visto que sua produção de bovino chegou a 668.244 cabeças, alcançando 3,1% do total de cabeças de bovinos de todo o Estado. Destaca-se também a criação de galinhas (124.397 cabeças) e a produção de leite (5.880 litros) em termos microrregionais. A Tabela 3 sintetiza as principais informações referentes ao Perfil da Pecuária do município. 66 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Tabela 3 - Perfil da Pecuária do município de Água Clara/MS no ano de 2012. Quantidade (cabeças) Especificação Participação (%) Estadual Mesorregional Microrregional Efetivo dos rebanhos em 2012 677.033 3,1 10,1 19,7 Bovino 668.244 3,1 10,1 19,7 58 0,4 1,1 10,6 Equino 7.511 2,2 7,8 18,6 Asinino 70 1,8 6,3 20,0 Muar 1.150 2,5 9,8 20,0 Médio porte 13.950 0,8 4,2 7,6 Suíno 3.460 0,3 1,8 2,8 490 1,3 6,6 Ovino 10.000 2,0 7,9 18,0 Pequeno porte 282.197 1,1 15,7 71,5 Galos, frangas, frangos e pintos 157.800 0,7 11,7 71,2 Galinhas 124.397 4,1 28,2 71,8 Codornas - - - - Coelhos - - - - A Caprino IM IN Bubalino R Grande porte 16,3 Leite produzido (1 000 litros) Ovos de galinha (1 000 dúzias) Ovos de codorna (1 000 dúzias) Mel de abelha (t) Lã (t) 5.880 1,1 3,9 17,9 1.739 4,2 43,9 88,1 - - - - 4 0,4 1,1 2,2 - - - - 0,8 9,0 17,1 O Casulos do bicho-da-seda (t) PR EL Produção animal - Produtos 1 Fonte: A partir de IBGE (2012a) VE RS à Nota: Mesorregional - Leste de Mato Grosso do Sul; Microrregional - Três Lagoas. No setor agrícola, segundo dados da Produção Agrícola Municipal do ano de 2012, disponibilizado pelo IBGE (2012b), a produção de girassol em grãos do município atingiu 171 toneladas, cerca de 3,21% da produção de todo o estado de Mato Grosso do Sul. Os mesmos dados apontam que a produção de sorgo do município, no ano de 2012, correspondeu a cerca de 87,07% (1.659 t) de toda a produção da Microrregião de Três Lagoas. A Tabela 4 apresenta as informações referentes à Produção Agrícola do município de Água Clara/MS. Tabela 4 - Perfil agrícola do município de Água Clara/MS no ano de 2012. Participação (%) Quantidade Especificação / Categorias (t) Estadual Mesorregional Microrregional Soja (em grão) 60.420 1,32 10,75 83,56 Milho (em grão) 3.249 0,05 0,60 34,97 Sorgo (em grão) 1.656 1,75 3,67 87,07 Mandioca 450 0,07 0,78 14,17 Girassol (em grão) 171 3,21 3,99 100,00 Fonte: A partir de dados do IBGE (2014b). Nota: Mesorregional - Leste de Mato Grosso do Sul; Microrregional - Três Lagoas. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 67 Outra atividade que tem crescido nos últimos anos é a silvicultura, principalmente o cultivo de eucalipto. O interesse por esse tipo de cultura ocorre devido à instalação de fortes indústrias de celulose na Microrregião de Três Lagoas, fator que tem estimulado os produtores da região a migrarem para silvicultura. A Tabela 5 apresenta dados de quantidade produzida de folhas de eucalipto, madeira em tora e lenha. Destaca-se a produção de lenha que, em 2012, atingiu a marca 35.000 m³, representando 53,03% da produção Microrregional. Tabela 5 – Perfil da Silvicultura do município de Água Clara/MS no ano de 2012. Quantidade Lenha (m³) Madeira em tora (m³) Estadual Mesorregional Microrregional 708 17,81 18,27 18,27 35.000 14,28 35,46 53,03 200 0,76 6,25 16,67 Fonte: A partir de dados do IBGE (2012c). IM IN Nota: Mesorregional - Leste de Mato Grosso do Sul; Microrregional - Três Lagoas. R Eucalipto - folhas (t) Participação (%) A Especificação / Categorias Cabe ressaltar que a silvicultura gera diferentes tipos de resíduos para o município, como a serragem, galhos, tocos e árvores inutilizadas, sendo importante se dar uma destinação final ambientalmente adequada para esses resíduos. Existe também a geração PR EL de embalagens vazias de agrotóxicos, que devem ter sua destinação adequada através da implementação de logística reversa. O cultivo de eucalipto pode também afetar o abastecimento de água, pois sua plantação tem influência quantitativa e qualitativa nos mananciais superficiais e subterrâneos, sendo preciso entender os efeitos do seu plantio, O principalmente em áreas de recarga de aquíferos, para que se possa fazer um VE RS à gerenciamento hídrico adequado. 4.2.4 Produto Interno Bruto O Produto Interno Bruto (PIB) é um importante indicador para se mensurar a atividade econômica de uma determinada região, para isto, considera-se a soma monetária de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região, durante certo período. Neste sentido, pode-se assumir que o valor do PIB pode indicar a capacidade da população de adquirir bens e produtos, ou seja, torna-se um indicador do padrão de vida da população, embora o mesmo não considere as desigualdades econômicas, sociais, índice de desemprego, entre outros indicadores. Neste sentido, pode-se relacionar o valor do PIB com o consumo de água, geração de esgotos e de resíduos sólidos, ou seja, geralmente o alto valor do PIB resulta no maior consumo de água, geração de resíduos sólidos e esgotos, podendo inclusive influir na drenagem urbana por fomentar aumento das taxas de impermeabilização do solo. Segundo dados do IBGE (2014a), no período de 2007 a 2011, o município de Água Clara/MS apresentou valores crescentes no PIB. O valor do PIB em 2011 era de 68 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 aproximadamente R$ 364,81 milhões (Gráfico 11). Nesse mesmo ano o município se manteve na 23ª colocação do Estado de Mato Grosso do Sul em Produto Interno Bruto gerado. No que concerne ao PIB per capita, ou seja, a divisão de riqueza pelo número de habitantes, Água Clara/MS apresentou valores inferiores em relação à média do Estado. Em 2011 o PIB per capita foi de R$ 26.965,91. 700.000 500.000 400.000 300.000 22º 22º 22º 200.000 A 100.000 - 23º 22º R PIB (x R$ 1.000,00) 600.000 2008 2009 2010 2011 360.531 424.907 466.258 557.874 631.311 Água Clara/MS 226 755 212 311 273 161 329 309 364 813 IM IN 2007 Média Estadual Gráfico 11 - Produto Interno Bruto do município de Água Clara/MS em relação à média do Estado no período de 2007 a 2011. Fonte: A partir de dados do IBGE (2014a). PR EL Nota: Os números ordinais referem-se à posição de Água Clara/MS no ranking estadual Quanto à composição do PIB (Gráfico 12), verificou-se no ano de 2010 que a maior parcela de contribuição é do Setor de Agropecuária, que correspondeu a 30,14% do PIB total, seguido do Setor de Serviços com 29,83% e da Indústria com 27,08%. Destaca-se que a composição do PIB durante o período de 2005 até 2010 sofreu alterações, como o aumento VE RS à O da representatividade do Setor de Indústrias e a diminuição do Setor de Agropecuária. COMPOSIÇÃO DO PIB (%) Água Clara/MS 12,59% 12,62% 14,00% 14,01% 13,48% 12,95% 36,98% 40,20% 34,98% 32,90% 30,04% 29,83% 8,63% 9,31% 14,89% 15,18% 23,94% 27,08% 41,79% 37,87% 36,13% 37,91% 32,54% 30,14% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 PIB Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, a preços correntes PIB Serviços, inclusive Administração, Saúde e Educação públicas e seguridade social PIB Indústria PIB Agropecuária Gráfico 12 - Composição do PIB do município de Água Clara/MS por setor. Fonte: A partir de dados do IBGE (2014a). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 69 4.2.5 Rendimento nominal mensal domiciliar Buscando apresentar a distribuição de renda da população urbana do município de Água Clara/MS, considerando os dados do censo de 2010 do IBGE, elaborou-se a Figura 17, contendo as informações do rendimento nominal mensal por domicílio particular permanente nos setores censitários, ou seja, a renda média mensal por domicílio nas unidades de espaço VE RS à O PR EL IM IN A R definidos para contabilização do censo do IBGE em 2010. Figura 17 - Rendimento mensal domiciliar dos domicílios particulares permanentes do ano de 2010 no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do IBGE (2014a). Nota: O salário mínimo utilizado para esta análise foi o referente ao ano de 2010, ou seja, R$ 510,00 (quinhentos e dez reais). Destaca-se a importância dessa análise para se verificar os locais em que se concentram as maiores e menores rendas domiciliares do município, influenciando na qualidade de vida da população e, consequentemente nas práticas de consumo que se 70 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 relacionam com a geração de resíduos sólidos, consumo de água e geração de efluentes líquidos. Assim, estes dados serão importantes para as próximas etapas de planejamento do presente PMSB, principalmente no que se refere a definição das prioridades das ações específicas para a operacionalização dos serviços. 4.2.6 Índice de desenvolvimento humano – IDH O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o conjunto de indicadores socioeconômicos de renda, longevidade e em Desenvolvimento população, um Índice Humano de Municipal (IDHM). Para o cálculo do referido índice são levados expectativa em de consideração vida ao R resultando da A educacional nascer a que determina o valor do IDHM-Longevidade, a escolaridade da população adulta e o PR EL fluxo escolar da população que a partir de IM IN nível uma média geométrica define o IDHMEducação e a renda per capita local que define o valor do IDHM-Renda. A média dos IDH’s Longevidade, O geométrica Educação e Renda definem o IDHM do VE RS à município (Figura 18). Partindo desta premissa, Figura 18 - Método de cálculo do IDHM. o Fonte: A partir de Programa das Nações Unidas para o município de Água Clara/MS possuía em Desenvolvimento – PNUD (2013). 2010 um IDHM de 0,670, a partir de Atlas Brasil (2013). O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699), ocupando a 50ª posição em relação aos 78 municípios de Mato Grosso do Sul (não foi contabilizado Paraíso das Águas/MS). Ainda de acordo com o Atlas Brasil (2013), entre 2000 e 2010, o indicador que mais cresceu em termos absolutos foi a Educação (com crescimento de 0,223), seguida por Renda e por Longevidade. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos numéricos foi também a Educação (com crescimento de 0,188), seguida por Renda e por Longevidade (Gráfico 13). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 71 0,578 2000 0,709 0,669 2010 0,107 0,771 0,705 0,295 0,823 Renda 0,518 Longevidade Educação R 1991 A Gráfico 13 - Evolução do índice de Desenvolvimento Humano Municipal do município de Água Clara/MS entre 1991 e 2010. IM IN Fonte: A partir de dados do Atlas do Desenvolvimento Humano – Atlas Brasil, 2013. Analisando os valores do IDHM de Água Clara/MS, apresentados no Gráfico 14, verifica-se que entre os anos de 1991 e 2000 houve uma taxa de crescimento de 89,80%, ou seja, o IDHM passou de 0,353 para 0,670. Além disso, verifica-se que um aumento menos PR EL acentuado entre os anos de 2000 e 2010, com taxa de crescimento de aproximadamente 25,47%. Ainda analisando o Gráfico 14, observa-se que Água Clara/MS apresenta valores abaixo da média do Estado porém quando comparados os crescimentos de ambos entre 1991 e 2010, o município supracitado apresentou crescimento superior ao de Mato Grosso do O Sul, ou seja, enquanto Água Clara/MS cresceu 89,80%; Mato Grosso do Sul apresentou taxa VE RS à de 49,39% 1 0,9 0,729 0,8 0,613 0,7 IDHM 0,6 0,670 0,488 0,5 0,534 0,4 0,3 0,353 0,2 0,1 0 1991 2000 Água Clara 2010 Mato Grosso do Sul Gráfico 14 - Evolução do índice de Desenvolvimento Humano Médio do município de Água Clara/MS e do Estado de Mato Grosso do Sul no período entre 1991 e 2010. Fonte: A partir de dados do Atlas do Desenvolvimento Humano – Atlas Brasil, 2013. 72 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 4.3 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE A importância da caracterização do sistema de saúde do município de Água Clara/MS está relacionada, principalmente, com a geração de resíduos sólidos por prestadores de assistência médica, farmacêutica, odontológica, laboratorial e instituições de ensino e pesquisa médica, relacionados tanto à população humana quanto à veterinária, os quais possuindo potencial de risco em função da presença de materiais biológicos capazes de causar infecção, objetos perfurantes-cortantes potencial ou efetivamente contaminados, produtos químicos perigosos, e mesmo rejeitos radioativos, requerem cuidados específicos de acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta, tratamento e disposição final. R Cumpre observar que estes resíduos são conhecidos como resíduos de serviços de saúde A (RSS). Além disso, destaca-se que a falta de saneamento básico é fator determinante e condicionante da saúde da população. Como exemplo, elencou-se os principais efeitos das IM IN ações de saneamento na saúde pública, citadas por Brasil (2002): Água de boa qualidade para o consumo humano e seu fornecimento contínuo asseguram a redução e controle de: diarreias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, PR EL esquistossomose e malária. Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado dos resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela, dengue, chikungunya, toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, cólera e febre tifóide. Esgotamento sanitário adequado é fator que contribui para a eliminação de vetores O da: malária, diarreias, verminoses, esquistossomose, cisticercose e teníase. Melhorias sanitárias domiciliares estão diretamente relacionadas com a redução de: VE RS à doença de Chagas, esquistossomose, diarreias, verminoses, escabioses, tracoma e conjuntivites. Assim, este subcapítulo busca, primeiramente, detalhar e caracterizar os estabelecimentos de saúde humana presentes no município de Água Clara/MS, não sendo considerados os estabelecimentos de saúde veterinária, devido à falta de um sistema de cadastramento destes. Ao final, é apresentada uma relação de casos notificados de dengue nos últimos anos, fornecidos pela Prefeitura Municipal do município, através da Secretaria Municipal de Saúde Pública – SESAUP (2014) e de leishmaniose, a partir de consulta bibliográfica (DATASUS). 4.3.1 Estabelecimento de saúde humana no município Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES (2014), existem 21 estabelecimentos de saúde cadastrados, destacando 8 Consultórios Isolados, 4 Centro de Saúde/Unidade Básica e 1 Hospital Geral, no município de Água Clara/MS (Tabela 6). Dentre PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 73 os 21 estabelecimentos de saúde existentes, 8 estabelecimentos são da esfera administrativa pública, enquanto 13 são privados. Tabela 6 - Estabelecimentos de saúde existentes em Água Clara/MS no ano de 2014. UNIDADE Centro de Saúde/Unidade Básica Policlínica Hospital Geral Consultório Isolado Clínica/Centro de Especialidade Unidade de Apoio Diagnose e Terapia Secretaria de Saúde Total A R Fonte: A partir de dados do CNES (2014). QUANTIDADE 4 2 1 8 1 4 1 21 Dentre os estabelecimentos de saúde localizados na área urbana de Água Clara/MS, IM IN destacam-se devido à capacidade de atendimento e a grande movimentação, o Hospital VE RS à O PR EL Municipal Nossa Senhora Aparecida e o Posto de Saúde Elton Alvez de Oliveira (Figura 19). Figura 19 - Principais estabelecimentos públicos de saúde do município de Água Clara/MS. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 18/08/2014. Segundo dados do CNES (2014), os Número de Leitos Cirurgia Geral 9,09% estabelecimentos de saúde do município de Pediatria Clínica 45,45% Água Clara/MS possuem ao total 11, sendo todos eles atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Analisando o Gráfico 15, observa- Clínica Geral 27,27% se que a maioria de leitos são da Pediatria Clínica (45,45%), seguido pelo leito de Clínica Geral (27,27%). A localização estabelecimentos de dos saúde principais da esfera Obstétrica Cirúrgica 18,18% administrativa municipal, localizados na área Gráfico 15 - Número de leitos de saúde públicos e privados existentes no município de Água urbana de Água Clara/MS e cadastrados no Clara/MS CNES é apresentada na Figura 20. Fonte: A partir de dados do CNES, 2014. 74 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 20 - Principais estabelecimentos de saúde do município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do CNES (2014). 4.3.2 Principais doenças notificadas relacionadas com a qualidade do saneamento A dengue é umas das doenças que mais houve casos no Estado de Mato Grosso do Sul, sendo um fator importante para o estudo de saneamento da região, pois está relacionada com a promoção da Educação de Saúde e Ambiental da população. A doença pode ser propagada pelo vetor transmissor Aedes aegypti, um mosquito de clima tropical, que se procria em lugares com reservas de água (limpa ou suja) como baldes, pneus, plantas e quaisquer recipientes que possam acumular água (FUNASA, 2007). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 75 A partir de informações adquiridas junto à Secretaria Municipal de Saúde Pública – SESAUP (2014), foi formulado o Gráfico 16 que apresenta os casos de dengue notificados e confirmados do município até a 32º semana (agosto) do ano de 2014, período em que os dados foram solicitados, para a elaboração do presente Diagnóstico Situacional. Analisando este gráfico, observa-se que de janeiro a agosto foram notificados 82 casos (picos em janeiro e agosto), porém somente 2 desses casos foram confirmados. Casos de Dengue (2014) R 25 9 7 5 4 1 Janeiro Fevereiro 1 Março Abril Notificados Confirmados 7 IM IN 8 A 15 Maio Junho Julho Agosto PR EL Gráfico 16 - Casos notificados e confirmados de Dengue em Água Clara/MS durante o período de Janeiro a Agosto de 2014. Fonte: A partir de dados da SESAUP (2014). A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, transmitida por um vetor O conhecido como “palha”, afetando outros animais que não o homem, o qual pode ser VE RS à envolvido secundariamente. A LTA começa em zonas rurais já praticamente desmatadas e em regiões periurbianas, locais que acumulam água dependendo de sua atividade como fronteiras agrícolas, extrativismo e desmatamentos, podendo possuir casos oriundos dos focos do mosquito, consideradas condições ambientais favoráveis para a transmissão da doença (FUNASA, 2002). Para o controle do vetor transmissor da doenças é necessário o controle da geração, acondicionamento e destino adequado dos resíduos orgânicos pela população, que favorecem a proliferação de reservatórios silvestres importantes da LTA. Os resíduos, portanto, devem ter destino adequado para evitar a atração dos mesmos (FUNASA, 2002). Em Água Clara/MS, de acordo com o DATASUS (2014), foram registrados no período de 2008 a 2013 somente 5 casos de internações por leishmaniose no município, sendo 2012 o ano com maior número de casos (2). 76 CAP. 4 – DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 4.4 ESTUDO DO NÍVEL EDUCACIONAL E CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO A importância da caracterização do sistema de educação e do nível educacional do município de Água Clara/MS está relacionada com a sensibilização da população, ou seja, quanto maior o nível educacional da população mais fácil será o trabalho de sensibilização e educação ambiental. Destaca-se que um bom sistema educacional propicia a formação de pessoas mais aptas a avaliar criticamente a qualidade dos serviços de saneamento básico. Dessa maneira, a realização de eventos de mobilização social traz resultados efetivos e concretos, bem como tem maior facilidade de formar fiscais de ações e programas governamentais. R Diante do exposto, este subcapítulo buscou levantar informações a respeito do nível A de educação, a taxa de alfabetismo, o índice de população atingida e o número de estabelecimento de ensino do município de Água Clara/MS. Seguindo esta premissa, os aqui apresentados auxiliarão na etapa de planejamento IM IN resultados estratégico, principalmente, relacionado com a definição de Programas, Projetos e Ações relacionados com a educação ambiental do município. Segundo dados do IBGE (2014), no ano de 2010 a população água-clarense possuía taxa de alfabetização considerada alta, atingindo o valor de 91,80% da população com 10 PR EL anos ou mais (10.815 pessoas de um total de 11.781), isto é, apenas 966 habitantes dentro desta faixa etária não sabiam ler ou escrever (8,20%). Além disso, verifica-se que houve uma melhoria na qualidade de ensino do município, uma vez que a população mais jovem apresenta um grau de alfabetização maior quando comparada com a população mais O velha do município (Gráfico 17). 2.500 98,18% 120,00% 100,00% 84,34% 80,00% 1.500 1.591 2.284 60,00% 351 40,00% 964 1.376 1.403 1.285 1.400 1.000 500 56,89% 0 0 161 VE RS à 97,31% 2.000 - 20,00% 0,00% 0 0 0 0 0 População Alfabetizada (Hab.) 0 0 Índice de Alfabetização (%) Gráfico 17 - Índice de alfabetização por faixa etária do município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do IBGE(2014). Ainda de acordo com a mesma referência bibliográfica, o número de pessoas que frequentava algum estabelecimento de ensino em 2010 era de 3.956 habitantes, ou seja, 27,43% da população total, enquanto que 8.402 não frequentava, mas já frequentou algum PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 77 estabelecimento (58,25%). Destaca-se que 14,32% da população total do município supracitado nunca frequentou nenhum tipo de estabelecimento de ensino. Observa-se no ano de 2010, que a maioria dos munícipes de Água Clara/MS frequentavam estabelecimentos de educação do sistema público (94,08%). Ainda, conforme observado no Gráfico 18, das 3.956 pessoas que frequentavam estabelecimentos de educação, 67,26% estavam cursando ensino fundamental ou médio, ou seja, 2.661 pessoas. Cumpre observar que o ensino médio e o fundamental são os níveis mais recomendados para implantação de futuros programas de educação e sensibilização ambiental no ensino formal. 2500 2.295 2.286 A R 2000 1000 500 0 5 10 0 9 5 23 0 Ensino Privado Creche Ensino Fundamental Especialização de nível superior 114 264 334 361 100 243 20 Ensino Público PR EL 182 IM IN 1500 119 274 334 366 282 243 43 Total Pré-escola Classe de alfabetização Ensino Médio Superior de Graduação *Educação de Jovens e Adultos O Gráfico 18 - Caracterização da população que frequentava estabelecimentos de ensino em 2010 no município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de dados do IBGE (2014). VE RS à Nota: * Ensino Fundamental e Ensino Médio para jovens e adultos. Assim, o nível educacional identificado em Água Clara/MS, certamente refletirá na maior eficiência das ações propostas pelo PMSB do município em construção, no que depender da educação e participação da sociedade. O VE RS à R A IM IN PR EL 79 5 DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS A elaboração do PMSB de Água Clara/MS, desde seus objetivos, diretrizes até os instrumentos metodológicos para a estruturação do planejamento estratégico, envolvendo a proposição de Programas, Projetos e Ações, deve pautar-se pelos princípios e instrumentos definidos em legislação aplicável, direta ou indiretamente, relacionada saneamento básico. Neste sentido, este capítulo objetiva apresentar suscintamente os aspectos legais, relacionados com o saneamento básico, inicialmente, apresentando os princípios fundamentais que orientarão a formulação deste estudo e, em seguida, uma síntese da PRINCÍPIOS A 5.1 R legislação aplicável existente no âmbito Federal, Estadual e Municipal. IM IN O estabelecimento de princípios que orientem a formulação de instrumentos de planejamento, como o presente PMSB deve observar peculiaridades locais e os princípios da Constituição Federal, da Política Nacional de Saneamento Básico, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, do Estatuto das Cidades, entre outras políticas correlatas. Assim, os itens seguintes apresentam sinteticamente, os princípios fundamentais que orientarão a PR EL formulação do presente PMSB. Princípios Constitucionais (Constituição Federal) Direito à saúde, mediante políticas de redução do risco de doença e outros agravos O e de acesso universal e igualitário aos serviços (arts. 6º e 196), bem como a competência do Sistema Único de Saúde para participar da formulação da política e VE RS à execução das ações de saneamento básico (art. 200, inciso IV); Direito ao ambiente equilibrado, de uso comum e essencial à qualidade de vida (art. 225); Direito à educação ambiental em todos os níveis de ensino, visando à preservação do meio ambiente (art. 225). Princípios da Política de Saúde (Lei nº 8.080/1990) Direito universal à saúde com equidade e atendimento integral. Promoção da saúde pública. Salubridade ambiental como um direito social e coletivo (art. 2º); Saneamento Básico como fator determinante e condicionante da saúde (art. 3º); Articulação das políticas e programas da Saúde com o saneamento e o meio ambiente (art. 13, inciso II). Princípios da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997) Água como um bem de domínio público (art. 1º, inciso I), como um recurso natural limitado, dotado de valor econômico (art. 1º inciso II), devendo ser assegurada à atual 80 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 e às futuras gerações (art. 2º, inciso I). Promover a conservação da água como valor socioambiental relevante; Direito ao uso prioritário dos recursos hídricos para o consumo humano e a dessedentação de animais em situações de escassez (art. 1º, inciso III); Gestão dos recursos hídricos de forma a garantir o uso múltiplo das águas (art. 1º, inciso IV) e articulação dos planos de recursos hídricos com o planejamento dos setores usuários (art. 3º, inciso IV); Adequação à gestão de recursos hídricos e à diversidade ambiental, demográfica, econômica, social, cultural e regional (art. 3º, inciso II). R Princípios da Política Urbana (Lei nº 10.257/2001) Direito à cidades sustentáveis, ao saneamento ambiental, [...] para as atuais e futuras Direito da sociedade à participação na gestão municipal [...] na formulação, IM IN A gerações (art. 2º, inciso I); execução e avaliação dos planos de desenvolvimento urbano (art. 2º, inciso II); Garantia das funções sociais da cidade; do controle do uso do solo; e do direito à expansão urbana compatível com a sustentabilidade ambiental, social e econômica PR EL e a justa distribuição dos benefícios e ônus da urbanização (art. 2º); Princípios da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/2009) Precaução, prevenção, participação cidadã, desenvolvimento sustentável e o das responsabilidades comuns e, quanto às medidas a serem adotadas na sua execução, o O será considerado o seguinte (art. 3º): todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, VE RS à para a redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático (inciso I); o serão tomadas medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança climática com origem antrópica no território nacional, sobre as quais haja razoável consenso por parte dos meios científicos e técnicos ocupados no estudo dos fenômenos envolvidos (inciso II); o as medidas tomadas devem levar em consideração os diferentes contextos socioeconômicos de sua aplicação, distribuir os ônus e encargos decorrentes entre os setores econômicos e as populações e comunidades interessadas de modo equitativo e equilibrado e sopesar as responsabilidades individuais quanto à origem das fontes emissoras e dos efeitos ocasionados sobre o clima (inciso III); o desenvolvimento sustentável é a condição para enfrentar as alterações climáticas e conciliar o atendimento às necessidades comuns e particulares das populações e comunidades que vivem no território nacional (inciso IV); PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 81 o as ações de âmbito nacional para o enfrentamento das alterações climáticas, atuais, presentes e futuras, devem considerar e integrar as ações promovidas no âmbito estadual e municipal por entidades públicas e privadas(inciso V). Princípios da Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) Universalização do acesso (art. 2º, inciso I) com integralidade das ações (art. 2º, inciso II), segurança, qualidade e regularidade (art. 2º, inciso XI) na prestação dos serviços; Promoção da saúde pública (art. 2º, incisos III e IV), segurança da vida e do patrimônio (art. 2º, inciso IV), proteção do meio ambiente (art. 2º, inciso III); Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano, proteção ambiental e Adoção de tecnologias apropriadas às peculiaridades locais e regionais (art. 2º, inciso A R interesse social (art. 2º, inciso VI); V), uso de soluções graduais e progressivas (art. 2º, inciso VIII) e integração com a IM IN gestão eficiente de recursos hídricos (art. 2º, inciso XII); Gestão com transparência baseada em sistemas de informações, processos decisórios institucionalizados (art. 2º, inciso IX) e controle social (art. 2º, inciso X); Promoção da eficiência e sustentabilidade econômica (art. 2º, inciso VII), PR EL considerando a capacidade de pagamento dos usuários (art. 2º, inciso VIII). Princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) Visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambientais, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública (art. 6º, inciso III) buscando o desenvolvimento sustentável (art. 6º, inciso IV); Cooperação entre as diferentes esferas do Poder Público, o setor empresarial e demais O VE RS à segmentos da sociedade (art. 6º, inciso VI), tendo a sociedade o direito à informação e ao controle social (art. 6º, inciso X); Prevenção e precaução (art. 6º, inciso I), poluidor-pagador e protetor-recebedor (art. 6º, inciso II) e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (art. 6º, inciso VII). 5.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Na Constituição Federal, legislação suprema, que ocupa o topo da hierarquia do sistema jurídico brasileiro, existem diversas considerações aplicáveis à questão da limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, sendo as principais: Compete a União instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos, definir critério de outorga de direitos de seu uso (art. 21, inciso XIX) e diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive saneamento básico (art. 21, inciso XX); Define ser competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios promover programas de saneamento básico (art. 23, inciso IX); 82 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Autoriza os Estados, mediante lei complementar, instituir regiões para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (art. 21, § 3º); Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local que têm caráter essencial (art. 30, inciso V); Dispõe que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas por lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes (art. 182) e obriga as cidades com mais de 20.000 habitantes a elaborarem o Plano Diretor (art. 182, § 1º); Define ser competência do Sistema Único de Saúde (SUS) participar da formulação da R A política e da execução das ações de saneamento básico (art. 200, inciso IV); fiscalizar e inspecionar bebidas e água para consumo humano (art. 200, inciso VI); Dispõe que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de IM IN uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225); Preconiza que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por PR EL meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos (art. 241). O Mencionadas as previsões constitucionais, nos tópicos seguintes serão abordadas VE RS à sinteticamente as principais legislações federais infraconstitucionais relacionadas ao saneamento básico. O PMSB de Água Clara/MS deve considerar e contemplar, dentre outras, as preconizações contidas no escopo das legislações sinteticamente tratadas a seguir: Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997) Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos (art. 2º, inciso I); O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, visando assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas (art. 9º, inciso I) e diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes (art. 9º, inciso II); Controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água por meio do regime de outorga de direitos de uso de recurso hídrico (art. 11); Declara sujeito à outorga dos direitos dos usos de recursos hídricos pelo Poder Público, dentre outros, a derivação ou captação de parcela de água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público (art. 12, inciso I), a extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 83 produtivo (art. 12, inciso II), o lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não (art. 12, inciso III); A prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais (art. 2º, inciso III); Resolução CONAMA nº 357/2005 – Dispõe sobre a classificação de corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. As águas doces, salobras e salinas do Território Nacional são classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus usos preponderantes, em treze classes de qualidade (art. 3º); Os padrões de qualidade das águas determinados nesta Resolução estabelecem R A limites individuais para cada substância em cada classe (art. 7º); O conjunto de parâmetros de qualidade de água selecionado para subsidiar a IM IN proposta de enquadramento deverá ser monitorado periodicamente pelo Poder Público (art. 7º). Política Nacional de Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007) Os titulares dos serviços públicos de saneamento básico poderão delegar a PR EL organização, a regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos termos do art. 241 da Constituição Federal e da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005 (art. 8º); A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza O precária (art. 10º), observadas as exceções contidas no § 1º; São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de VE RS à serviços públicos de saneamento básico (art.11): o a existência de plano de saneamento básico (inciso I); o a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômicofinanceira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de saneamento básico (inciso II); o a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização (inciso IIII). Nos serviços públicos de saneamento básico em que mais de um prestador execute atividade interdependente com outra, a relação entre elas deverá ser regulada por contrato e haverá entidade única encarregada das funções de regulação e de fiscalização (art. 12); Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômicofinanceira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços (art. 29): 84 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 o de abastecimento de água e esgotamento sanitário: preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente (inciso I); o de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades (inciso II); o de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades (inciso III). O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá incluir a A e municipais, assegurada a representação (art. 47): R participação de órgãos colegiados de caráter consultivo, estaduais, do Distrito Federal dos titulares dos serviços; o de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico IM IN o (inciso I); dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico(inciso II); o dos usuários de serviços de saneamento básico(inciso III); o de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do PR EL o consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico (inciso IV). Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/2009) A Política Nacional sobre Mudança do Clima obriga que os Estados e Municípios O apliquem seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos nas políticas locais e façam uso de processos e tecnologias que reduzam o uso de recursos naturais e as emissões VE RS à por unidade de produção e propiciem maior economia de energia. As metas definidas para a redução dos gases de efeito estufa têm que ser consideradas nos processos de gestão dos resíduos sólidos, principalmente os resíduos orgânicos (úmidos), por serem geradores de gás metano, e na ampliação do índice de reciclagem dos diversos materiais. Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (art. 9º); A elaboração de Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, nos termos previstos por esta Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade (art. 18); PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 85 Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Municípios que (art. 18, § 1º): o optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos referidos no §1° do art. 16 (inciso I); o implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda (inciso II). O Poder Público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de R Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em A seu regulamento (art. 25); É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser IM IN implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos nesta Seção (art. 30); As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou PR EL a reciclagem (art. 32); No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (art. 36): adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e O o recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de VE RS à resíduos sólidos (inciso I); o estabelecer sistema de coleta seletiva (inciso II); o articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos (inciso III); o realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso na forma do § 7º do art. 33, mediante a devida remuneração pelo setor empresarial (inciso IV); o implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido (inciso V); o dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos (inciso VI); Para o cumprimento do disposto nos incisos I a IV do art. 36, o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos priorizará a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores 86 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, bem como sua contratação (art. 36, § 1º); A contratação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores formadas por pessoas física de baixa renda prevista no § 1º é dispensável de licitação, nos termos do inciso XXVII do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (art. 36, § 2º); Os consórcios públicos constituídos, nos termos da Lei nº 11.107, de 2005, com o objetivo de viabilizar a descentralização e a prestação de serviços públicos que envolvam resíduos sólidos, têm prioridade na obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo Federal (art. 45). R Portaria nº 2.914/2011 – Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da Preconiza que a água potável deve estar em conformidade com padrão IM IN A qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade microbiológico especificado em anexo e demais disposições (art. 27); Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água para consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrâneo, devem coletar amostras semestrais da água PR EL bruta, no ponto de captação, para análise de acordo com os parâmetros exigidos nas legislações específicas, com a finalidade de avaliação de risco à saúde humana (art. 41); A amostragem deve obedecer a representatividade dos pontos de coleta no sistema de distribuição, combinando critérios de abrangência espacial e pontos estratégicos O (art. 41, § 1º, inciso II). VE RS à Resolução CONAMA nº 430/2011 – Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis (art. 3º); Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características de qualidade em desacordo com as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final, do seu enquadramento. Além das legislações supramencionadas, destacam-se a Lei Federal nº 8.666 de 21 de Junho de 1993 que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, a Lei Complementar nº 101 de 04 de Maio de 2000 que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, o Estatuto das Cidades que estabelece diretrizes gerais da política urbana (Lei Federal nº 10.257 de 10 de Julho de 2001), a Lei Federal n° 11.079 de 30 de Dezembro de 2004 que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada (PPP) no âmbito da administração pública e a Lei Federal nº PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 87 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências. No intuito de apresentar um aparato geral das principais legislações relacionadas à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos em nível federal em ordem cronológica foi A R elaborada a Figura 21. Figura 21 - Ordem Cronológica das legislações em âmbito federal relacionadas à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. IM IN Fonte: Elaborado pelos autores. Ressalta-se também as diversas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) aplicáveis nos serviços de saneamento básico, dentre as quais podem ser citadas: Resolução n° 23, de 12 de dezembro de 1996: Dispõe sobre as definições e o PR EL tratamento a ser dado aos resíduos perigosos. Resolução n° 237, de 19 de novembro 1997: Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Resolução CONAMA n° 275, de 25 de abril de 2001: Estabelece o código de cores para O os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva; Resolução n° 283, de 12 de junho de 2001: Dispõe sobre o tratamento e a disposição VE RS à final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Resolução CONAMA n° 307, de 05 de julho de 2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004 – Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos; Resolução CONAMA n° 358, de 29 de abril de 2005: Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde; Resolução n° 377, de 09 de outubro de 2006: Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de sistemas de esgotamento sanitário. Resolução n° 396, de 07 de abril de 2008: Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas. Resolução CONAMA nº 431, de 24 de maio de 2011 – Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo nova classificação para o gesso; 88 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Resolução CONAMA nº 448, de 18 de janeiro de 2012 – Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente. 5.2.1 Âmbito Estadual No âmbito estadual, destacam-se a Lei nº 2.406/2002 que institui a Política Estadual dos Recursos Hídricos e cria o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos e a Deliberação CECA nº 36/2012 que dispõe sobre a classificação dos corpos de água superficiais e estabelece diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como, R estabelece as diretrizes, condições e padrões de lançamento de efluentes no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. A Neste sentido, o PMSB de Água Clara/MS deve considerar e contemplar, dentre outras, IM IN as seguintes condições contidas no escopo das legislações citadas a seguir. Política Estadual dos Recursos Hídricos (Lei nº 2.406/2002) Assegurar, em todo o território do Estado, a necessária disponibilidade de água, para os atuais usuários e gerações futuras, em padrões de qualidade e quantidade PR EL adequados aos respectivos usos (art. 2º, inciso I); Promover a compatibilização entre os múltiplos e competitivos usos dos recursos hídricos, com vistas ao desenvolvimento sustentável (art. 2º, inciso II); Promover a prevenção e defesa contra os eventos hidrológicos críticos, de origem natural ou decorrente do uso inadequado dos recursos naturais, que ofereçam riscos O à saúde e à segurança pública ou prejuízos econômicos ou sociais (art. 2º, inciso III); Incentivar a preservação, conservação e melhoria quantitativa e qualitativa dos VE RS à recursos hídricos (art. 2º, inciso IV). Deliberação CECA nº 36/2012 O enquadramento de que trata esta Deliberação tem por objetivo assegurar aos corpos de água a qualidade compatível com os usos a que forem destinados, reduzir os encargos financeiros de combate à poluição, bem como proteger a saúde, o bemestar humano e o equilíbrio ecológico aquático (art. 3º); Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água superficiais, após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Deliberação e em outras normas aplicáveis (art. 19). Podem-se destacar ainda no âmbito estadual, as seguintes legislações pertinentes e/ou aplicáveis ao sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: Lei n° 90, de 02 de junho de 1980: Dispõe sobre as alterações do meio ambiente, estabelece normas de proteção ambiental. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 89 Lei n° 1.293, de 21 de setembro de 1992: Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado de Mato Grosso do Sul. Lei n° 1.807, de 17 de dezembro de 1997: Torna obrigatória a incineração do lixo hospitalar e dá outras providências. Lei n° 2.080, de 13 de janeiro de 2000: Estabelecem princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado de Mato Grosso do Sul visando o controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais. Lei n° 2.222, de 11 de abril de 2001: Estabelece normas para a destinação final de garrafas e outras embalagens plásticas, e dá outras providências. Lei n° 2.257, de 09 de julho de 2001: Dispõe sobre as diretrizes do licenciamento R A ambiental estadual, estabelece os prazos para a emissão de Licenças e Autorizações Ambientais. Lei n° 2.263, 16 de julho de 2001: Dispõe sobre a prestação, regulação, fiscalização e IM IN controle dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos, no Estado de Mato Grosso do Sul; Cria o Conselho Estadual de Saneamento, e dá outras providências. Resolução SEMAC nº 08, de 31 de maio de 2011: Estabelece normas e procedimentos PR EL para o licenciamento ambiental Estadual, e dá outras previdências. Lei n°4.303, de 20 de dezembro de 2012: Institui o Programa de Parceria Público-Privada do Estado de Mato Grosso do Sul (PROPPP-MS), e dá outras providências. Lei n° 2.661, de 6 de agosto de 2003: Dispõe sobre a Política de Reciclagem de Materiais. Resolução SEMAC n°10, de 6 de maio de 2014: Disciplina o procedimento de O licenciamento integrado de atividades e empreendimentos que compõem o sistema VE RS à municipal de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos urbanos e dá outras providências. Decreto nº 14.023 de 31 de Julho de 2014 que estabelece critérios para o rateio do percentual referente ao ICMS Ecológico. Em ser art. 1º define que 3/10 (três décimos) serão destinados ao rateio entre os Municípios que possuam plano de gestão, sistema de coleta seletiva e disposição final de resíduos sólidos, devendo esta última estar licenciada com Licença de Operação. 5.2.2 Âmbito Municipal As principais legislações aplicáveis no âmbito municipal foram levantadas junto à Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, que disponibilizou um conjunto de instrumentos legais. Os tópicos seguintes sintetizam as principais legislações do município que demandam consulta detalhada para a elaboração do PMSB do município. 90 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Lei Orgânica Municipal Compete ao município organizar e prestar diretamente, sob regime de concessão ou permissão, mediante licitação, os serviços públicos de interesse local (art.8º, inciso V); Compete ao município proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas dispondo normas e regulamentos (art.8º, inciso XVI); Compete ao município a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida e ao meio ambiente (art. 103º, inciso V). Código de Posturas (Lei Municipal n° 473/2003) lixo domiciliar será executado diretamente pela indiretamente, mediante a concessão (art.5°); Prefeitura Municipal ou, O lixo domiciliar e comercial deverá ser acondicionado em sacos plásticos fechados IM IN R O serviço de limpeza das ruas, praças e logradouros públicos e o serviço de coleta de A ou em latões de metal ou plástico duro com tampa (art. 6°); O município manterá campanha e procederá, na forma estabelecida em regulamento, coleta seletiva de lixo domiciliar e comercial (art. 6°, Parágrafo Único); Os resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos hospitalares deverão ser PR EL adequadamente acondicionados obrigatoriamente, em embalagens ou recipientes que atendam as especificações técnicas e padronização da ABNT (art. 7°); Os recipientes de resíduos sólidos hospitalares não poderão ser depositados no passeio público e deverão ser apresentados à coleta pública em local determinado, previamente aprovado pela Prefeitura Municipal (art. 7°, §1°); É proibido varrer lixo, detritos sólidos e resíduos graxosos de qualquer natureza do O interior dos prédios residenciais, comerciais, industriais e de veículos para sarjetas, VE RS à bocas de lobo e ralos dos logradouros públicos (art. 9°); Para preservar de maneira geral a higiene pública, fica proibido obstruir as vias públicas com lixo, materiais de construção, materiais velhos ou detritos de qualquer natureza (art. 11, inciso III); É proibido depositar ou descarregar qualquer espécie de lixo, inclusive detritos de qualquer natureza, em terrenos localizados na área urbana e de expansão urbana do Município, mesmo que os referidos terrenos não estejam devidamente fechados (art. 24); Fica expressamente vedada a utilização da rede de esgoto para escoamento das águas pluviais. Fica igualmente vedada a utilização das galerias de águas pluviais para ligações e despejos da rede de esgoto doméstico ou não, conforme o artigo 9º (art. 25, §1º); No interesse do controle da poluição do ar e da água, a Prefeitura exigirá parecer técnico do Órgão Estadual de Meio Ambiente, sempre que lhe for solicitada licença de funcionamento para estabelecimentos industriais ou quaisquer outros que se configurem em eventuais poluidores do meio ambiente (art. 129); PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 91 É de responsabilidade do órgão competente a adoção de normas técnicas e higiênicas destinadas a preservar a potabilidade da água de consumo público, bem como o tratamento e escoamento de efluentes de esgoto (art.135). Código Sanitário (Lei nº 940/2014) O Código de Vigilância Sanitária de Água Clara/MS tem como um de seus objetivos promover a melhoria da qualidade do meio ambiente, garantindo condições de saúde, segurança e bem-estar público (art. 1º, inciso I); Define como Vigilância Sanitária o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir risco à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio R ambiente, da produção e circulação de bens e de prestação de serviços, abrangendo controle da disposição dos resíduos sólidos e/ou poluentes, bem como São sujeitos ao controle sanitário os estabelecimentos de interesse da saúde, de IM IN A monitoramento da degradação ambiental resultante deste processo (art. 4º, inciso III); comercialização, abastecimento e armazenamento de produtos alimentícios, atividades ambulantes, congêneres, relacionados no Anexo I (art. 11); Compete à Vigilância Sanitária e Epidemiológica, a execução e coordenação de medidas, visando o controle e a prevenção de doenças transmissíveis em conjunto PR EL com outros órgãos afins (art. 157); É dever do Município, da coletividade e dos indivíduos, promover medidas de saneamento, respeitando a legislação ambiental vigente, no uso de suas propriedades no manejo dos meios de produção, no exercício de suas atividades em parceria com Secretarias Municipais de Obras e de Meio Ambiente e dos órgãos O Estaduais e Federais (art. 174); Todo e qualquer sistema de abastecimento de água, seja público ou privado, está VE RS à sujeito à fiscalização da Autoridade Sanitária competente, em todos os aspectos que possam afetar a saúde pública (art. 176); A Fluoretação da água distribuída através de sistemas de abastecimento deve obedecer ao padrão estabelecido pelas Normas Técnicas Específicas (NTE) (art.180); Nos locais providos de serviços públicos de abastecimento de água só poderão ser cavados poços depois da autorização do Serviço Autônomo de Água e Esgoto1 (art. 183); Compete ao Sistema de Abastecimento Público de Água e Esgoto, a manutenção da rede de abastecimento de água do Município (art. 186). É obrigatório o cadastramento das empresas de coleta de esgotos e limpeza de fossas, nos órgãos Municipais e ou Estaduais competentes para monitoramento da disposição final de rejeitos (art.190); É proibida a reciclagem de resíduos sólidos infectantes, oriundos de estabelecimentos prestadores de serviço de saúde (art. 195); É proibido depositar resíduos sólidos a céu aberto, em lixões, áreas vazias ou vazadouros (art. 197); Até a realização do presente Diagnóstico Técnico Participativo o prestador de serviço de abastecimento de água no município era a Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul S.A. (SANESUL). 1 92 CAP. 5 – DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 É proibida a introdução direta ou indireta de águas pluviais nos ramais domiciliares, comerciais, industriais ou na rede coletora de água. (art. 203); Não é permitida a condução das águas resultantes de drenagens para os ramais domiciliares ou para a rede coletora de esgotos sanitários, devendo, no caso, ser conduzidas através das sarjetas, para rede pública pluvial (art. 206). Política Municipal de Meio Ambiente (Lei Municipal n° 943/2014) São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente do Município de Água Clara/MS (art. 4): estabelecer normas, critérios, índices e padrões de qualidade ambiental, bem como relativas ao manejo dos recursos ambientais, adequando-os R o permanentemente em face do crescimento da cidade, de sua densidade o IM IN tecnológicas disponíveis (art. 4º, inciso IV); A demográfica e das demandas sociais e econômicas e, em face de inovações impor ao poluidor e/ou predador, a obrigação de reparar os danos causados e, ao usuário dos recursos naturais, o pagamento de contribuição pela sua utilização econômica, na forma da lei (art. 4º, inciso IX); o exigir o tratamento e a disposição final de resíduos sólidos, lançamentos de PR EL efluentes e emissões gasosas de qualquer natureza de forma adequada à proteção do meio ambiente (art. 4º, inciso XI); O Zoneamento Ecológico Econômico deverá considerar a preservação das áreas de mananciais para abastecimento público (art. 11, inciso VI); Com a finalidade de realizar o controle e a fiscalização da emissão de poluição O ambiental, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, manterá Cadastro Técnico de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos VE RS à Ambientais (art. 23); Os empreendedores que operam obras ou atividades efetiva ou potencialmente capazes de causar significativos impactos ambientais são obrigados a proceder o automonitoramento dos padrões e índices de suas emissões gasosas, de lançamento de efluentes, disposição final de resíduos sólidos, cujos resultados devem ser encaminhados ao Órgão Ambiental Municipal (art. 28); Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo fiscalizar, controlar e aprovar a implantação e operação dos empreendimentos e atividades que apresentem riscos efetivos às águas (art. 46); Dentre os usos possíveis das águas fica priorizado o de abastecimento humano e animal, devendo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, promover estudos para compatibilizar os demais usos destes recursos, considerando a disponibilidade e qualidade dos corpos hídricos para os usos pretendidos, observando a legislação federal e estadual sobre a matéria (art. 47); Fica o Executivo Municipal autorizado a participar de consórcios intermunicipais ou de Comitês de Bacias Hidrográficas para a gestão ambiental ou proteção de bacias hidrográficas de interesse para o saneamento de água e esgoto do município e/ou para navegação, intervindo se necessário, junto às comunidades ribeirinhas para a PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 93 satisfação de suas necessidades e eventual reassentamento e reorganização de suas atividades produtivas (art. 54); Os esgotos sanitários deverão ser coletados, tratados e receber destinação adequada, de forma a se evitar contaminação de qualquer natureza, sendo proibido o seu lançamento “in natura” em qualquer local, inclusive em corpos hídricos à céu aberto ou na rede de águas pluviais (art. 55); Em não havendo rede pública coletora de esgoto, é obrigação do proprietário do imóvel a execução de adequadas instalações domiciliares de armazenamento, coleta e esgotamento dos efluentes, cabendo ao usuário de imóvel, a necessária conservação do sistema (art. 57); Quando não existir rede coletora de esgotos, as medidas ambientais adequadas R ficam sujeitas à aprovação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo sem A prejuízo das de outros órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção (art. 57, Parágrafo Único); O Poder Público Municipal, para concessão dos serviços públicos de água e esgoto IM IN deverá exigir Planos de Investimentos e de Saneamento Básicos, nos moldes da Lei Federal nº 11.445/2007 (art. 59); Quanto aos resíduos sólidos ficam proibidos (art. 82): o lançamento em cursos d’água, áreas de várzea, poços e mananciais e suas o PR EL áreas de drenagem (art. 82, inciso II); lançamento em sistemas de rede de drenagem, de esgotos, bueiros e assemelhados (art. 82, inciso IV); Cabe à Secretaria de Meio Ambiente e Turismo o controle a qualquer sistema público ou privado de geração, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e destinação VE RS à O de resíduos sólidos (art. 83). O VE RS à R A IM IN PR EL 95 6 DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL Este capítulo apresenta a organização, estrutura e capacidade institucional existente no município de Água Clara/MS para a gestão dos serviços de saneamento básico, principalmente no que diz respeito ao planejamento, prestação, fiscalização e regulação desses serviços, bem como do controle social, verificando as carências neste segmento, de modo que se possa promover melhoria institucional, caso necessário, propiciando o cumprimento pleno dos Programas, Projetos e Ações a serem propostas no Plano de Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Água Clara/MS. Ressalta-se também, a importância do conhecimento das competências dos órgãos administrativos municipais, principalmente, R para a definição das responsabilidades no planejamento deste instrumento. A A Lei Municipal nº 876, de 15 de abril de 2013, que dispõe sobre a reorganização da Administração Pública do Poder Executivo do Município de Água Clara/MS, e dá outras IM IN providências, cita que o Poder Executivo Municipal se organiza por unidade administrativa e de assessoria. Sendo assim, o Quadro 3 apresenta as esferas administrativas e suas respectivas estruturas organizacionais e a Figura 22 apresenta o organograma institucional simplificado PR EL do município de Água Clara/MS. VE RS à O Quadro 3 - Estrutura organizacional do município de Água Clara/MS. Órgão Estrutura Organizacional Prefeito Municipal De Direção Superior Vice-Prefeito Gabinete do Prefeito (GP) De Assessoramento Procuradoria Jurídica Municipal (PROJUR) Controladoria Interna Secretaria Municipal de Administração (SEAD) Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN) Secretaria Municipal de Educação (SEMED) Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) Secretaria Municipal de Esportes (SEMES) Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAUP) De Administração Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEASTH) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS) Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (SEMEAMTU) Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. 96 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 22 - Organograma institucional da administração pública do município de Água Clara/MS. Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. Diante do exposto, os próximos subcapítulos sistematizados apresentam, inicialmente, PR EL a identificação e caracterização das atividades e da composição das secretarias municipais, principalmente daquelas que se relacionam diretamente ou indiretamente com o sistema de saneamento básico. Sequencialmente, são abordados os aspectos gerenciais dos serviços de saneamento básico, destacando as formas de prestação dos serviços, informações acerca da regulação e fiscalização, bem como a abordagem simplificada dos mecanismos de O avaliação e controle existentes. IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES E DA COMPOSIÇÃO DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS VE RS à 6.1 Os próximos itens apresentam sinteticamente a identificação e a caracterização das atividades e composições das secretarias municipais de Água Clara/MS, a partir da Lei Municipal nº 876, de 15 de abril de 2013, que dispõe sobre a reorganização da Administração Pública do Poder Executivo do Município de Água Clara/MS, e dá outras providências. Cabe mencionar que esta caracterização se faz importante para a definição das responsabilidades do Poder Público Municipal na implementação de cada projeto e/ou ação propostos para o sistema de saneamento básico. 6.1.1 Secretaria Municipal de Administração (SEAD) Os tópicos seguintes apresentam as competências da SEAD, de acordo com o art. 34 da Lei Municipal nº 876/2013: Coordenar a utilização dos meios e recursos, de interesse de toda a Administração; Coordenar a custódia, manutenção, guarda e extinção dos documentos oficiais que, submetidos à técnica de reprodução, não mais interessam à Administração Municipal; PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 97 Coordenar as atividades de recepção, triagem e distribuição de documentos oficiais; Coordenar a tramitação dos documentos oficiais entre os diversos Órgãos da Administração; Coordenar e centralizar os sistemas de controle de informação de interesse público, das unidades e Órgãos da Administração Municipal a respeito de andamento de processos, papéis e outros documentos; Sugerir diretrizes em administração de pessoal, mormente quanto às políticas de admissão de pessoal, salarial, promoções e de benefícios; Coordenar e controlar a aplicação da legislação de pessoal na Administração Pública; Administrar os estoques de materiais, proporcionando sua distribuição adequada aos Órgãos da Administração Municipal; R Administrar e treinar o pessoal de trabalho; Coordenar as relações internas entre as diversas unidades da Administração IM IN Municipal; A Reproduzir e autenticar papéis e documentos; Executar serviços relativos à admissão, promoção e acesso de servidores; Opinar sobre a criação, modificação, extinção e denominação de cargos em funções do quadro de pessoal; Coordenar a realização de concurso público para provimento de cargos; Coordenar as comissões de avaliação de desempenho dos servidores públicos; Proceder a informatização dos serviços da Administração Municipal; Proceder a manutenção da frota de veículos e do equipamento de uso geral da administração; PR EL Proceder a conservação interna e externa do paço municipal, móveis e instalações; Proceder a padronização, aquisição, guarda, distribuição e controle de todo material O VE RS à utilizado pela Prefeitura. A Figura 23 apresenta as principais unidades administrativas que compõem a SEAD, destacando-se os órgãos de Assessoramento Superior e Assistência Intermediária, e suas respectivas subdivisões. 98 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 23 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Administração (SEAD). Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN) PR EL 6.1.2 A Lei Municipal nº 876/2013, em seu art. 37 estabelece as competências da Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN), conforme aponta os tópicos seguintes: Elaborar boletins diários para controle financeiro e movimentação bancária da O Administração Municipal, exigidos pelo Tribunal de Contas do Estado; Participar da elaboração dos relatórios de Gestão Fiscal; Elaborar, em conjunto, com a Secretaria de Planejamento o orçamento programa; VE RS à Contabilizar a receita e despesas dos aspectos orçamentários, patrimonial e financeiro; Estabelecer a política econômico-financeira do Município e as diretrizes da política orçamentária; Estudar e aplicar a legislação tributária; Executar a arrecadação de tributos e outras rendas no Município, e o seu controle; Orientar os contribuintes para a correta observância da Legislação Tributária; Coordenar, em conjunto, com a Secretaria de Planejamento, a elaboração do orçamento do Município; Exercer os controles da receita e de numerários no âmbito da administração, apreciando ou propondo pedidos de créditos adicionais; Proteger, defender, fiscalizar e controlar os capitais e interesses da Administração Municipal nas entidades em que a Fazenda seja acionista ou participante; Elaborar a contabilidade pública e fornecer os elementos necessários à prestação de contas do exercício financeiro. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 99 A Figura 24 apresenta as principais unidades administrativas que compõem a SEFIN, destacando-se os órgãos de Assessoramento Superior e Assistência Intermediária e suas IM IN A R respectivas subdivisões. Figura 24 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN). Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. Secretaria Municipal de Educação (SEMED) PR EL 6.1.3 Os tópicos seguintes apresentam as competências da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), de acordo com o art. 40 da Lei Municipal nº 876/2013: Promover o desenvolvimento do processo educacional da criança, incentivando a integração da unidade escolar com a comunidade; Promover o intercâmbio de informação e de assistência bilateral, com instituições O públicas e privadas; Promover a assistência ao escolar, inclusive aos deficientes físicos, sensoriais e mentais; Utilização dos meios recursos necessários ao bom desempenho do serviço de nutrição, VE RS à com programas de merenda escolar; Executar os serviços de biblioteca municipal, de circulação, guarda e controle do acervo documentário, promovendo sua divulgação no âmbito da Administração Municipal ao público em geral e à preservação do acervo histórico do Município; Promover orientação técnico-pedagógica ao pessoal docente e especialista, necessário à eficiência da educação; Executar a coleta, tabular e analisar os dados relativos à educação para planejamento do Município e informações aos Órgãos federais e estaduais; Selecionar, coordenar e supervisionar as equipes representativas do Município em competições de caráter estadual e nacional; Dispor sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, nos termos do art. 9° da Lei n° 9.424/96. Coordenar a elaboração e o desenvolvimento do Plano Municipal de Educação. 100 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 A Figura 25 apresenta as principais unidades administrativas que compõem a SEMED, destacando-se os órgãos de Assessoramento Superior e Assistência Intermediária e suas IM IN A R respectivas subdivisões. Figura 25 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. 6.1.4 Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) PR EL A Lei Municipal nº 876/2013, em seu art. 43 estabelece as competências da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT), conforme aponta os tópicos seguintes: Promover, incentivar e difundir as atividades artístico-culturais, despertando na comunidade o gosto pela arte e pela cultura Promover comemorações VE RS à O em geral; cívicas e exposições culturas; Desenvolver programas e campanhas específicas da área cultural; Outras atribuições que competem à área. Figura 26 - Organograma da composição A Figura 26 apresenta as principais unidades interna da Secretaria Municipal de Cultura administrativas destacando-se que os compõem órgãos de a (SECULT). SECULT, Fonte: A partir de informações da Lei Municipal Assessoramento nº 876/2013. Superior e a Divisão de Ação Cultural. 6.1.5 Secretaria Municipal de Esportes (SEMES) Os tópicos seguintes apresentam as competências da Secretaria Municipal de Esportes (SEMES), de acordo com o art. 46 da Lei Municipal nº 876/2013: Promover e incentivar o desenvolvimento dos desportos, da recreação e da educação física no Município; PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 101 Estender às oportunidades e os meios para a iniciação à prática do desporto, da recreação e da educação física, à juventude em particular e a toda população em geral; Incentivar e amparar o esporte amador e promover práticas esportivas e esportivoeducacional nas praças de esportes; Promover espetáculos esportivos e organizar, com a colaboração de entidades esportivas, competições e torneios; Colaborar com as entidades públicas da esfera federal, estadual e municipal e entidades particulares que se dediquem à prática esportiva sem finalidades lucrativas; Desenvolver programas e campanhas específicas da área esportiva; Desenvolver o intercâmbio com empresas visando o incremento das R particulares Incentivar e amparar as A atividades esportivas; associações IM IN esportivas do Município em Campeonatos e torneios dirigidos pelas diversas federações; Elaborar calendário anual de esportivos. eventos destacando-se os órgãos PR EL A Figura 27 apresenta as principais unidades Figura 27 - Organograma da composição administrativas que compõem a SEMES, interna da SEMES. de Fonte: A partir de informações da Lei Municipal Assessoramento nº 876/2013. Superior e a Divisão de Desporto e Lazer. Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) O 6.1.6 VE RS à Os tópicos seguintes apresentam as competências da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA), de acordo com o art. 49 da Lei Municipal nº 876/2013: Administração, execução e fiscalização de obras viárias e de edificações públicas e de obras e serviços de saneamento básico; Fiscalização, controle de uso e ocupação do solo, projetos de obras de iniciativa particular e de projetos de obras das concessionárias de serviços públicos; Administração dos serviços urbanos municipais; Fiscalização de posturas municipais; Manutenção dos equipamentos municipais e de produção de bens, serviços e instalações para a Administração Municipal; Coordenar e controlar a execução de projetos de trânsito, implantando os novos e aprimorando os já existentes; Coordenar e controlar a execução de projetos e atividades de controle e utilização das máquinas, veículos de cargas e equipamentos municipais; Deliberar sobre a aprovação de projetos das concessionárias de serviços públicos e coordenar a fiscalização das atividades que interfiram com o sistema viário municipal; 102 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Expedir habite-se, certidões, alvarás, autorizações e quaisquer outros documentos pertinentes à regularização de projetos no âmbito da Secretaria; Propor a realização do controle tecnológico de obras viárias; Apresentar relatórios periódicos apontando a situação e andamento das obras públicas; Coordenar e controlar a execução dos projetos de urbanização do Município e manutenção dos próprios municipais; Efetuar a fiscalização urbana e rural em relação às posturas municipais e à preservação da limpeza da cidade e de qualquer bem público; Coordenar os serviços de cemitério do Município; Estudar, organizar, promover e orientar o trânsito do Município; Opinar sobre atividades de comércio ambulante, feirante ou eventual, que importem A em estabelecimento, em vias e logradouros públicos; R Regulamentar e executar as ações necessárias à coleta, transporte e disposição final IM IN dos resíduos de origem domiciliar bem como à limpeza urbana; Planejar e gerenciar os serviços de coleta, tratamento e disposição dos resíduos sólidos de competência da Administração Municipal; Propor e implantar programas de coleta seletiva, minimização e reciclagem de resíduos sólidos; Coordenar e orientar projetos de urbanização em núcleos de situação de risco e do PR EL programa de habitação popular; Elaborar plano de saneamento, efetuando gestões para regularização de áreas; Implantação de projetos habitacionais populares promovendo de acordo com os critérios preestabelecidos, o assentamento em lotes urbanizados de famílias O previamente cadastradas. VE RS à A SEINFRA é composta pelos órgãos de Assessoramento Superior (com destaque à Superintendência de Obras e Urbanismo e ao Departamento de Planejamento e Projetos) e de Assistência Intermediária (Figura 28). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS A R 103 IM IN Figura 28 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA). Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. 6.1.7 Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAUP) PR EL A Lei Municipal nº 876/2013, em seu art. 52 estabelece as competências da Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAUP), conforme aponta os tópicos seguintes: Administração e prestação de serviços de saúde à população em geral; O desenvolvimento de métodos que visem o enriquecimento e a boa alimentação hospitalar; Prestar assistência médica e hospitalar de urgência; Prestar assistência médica ambulatorial e assistência odontológica; Prestar assistência à maternidade e infância; Promover campanhas de vacinação e esclarecimento ao público; Manter sob controle as doenças infectocontagiosas e exercer as atividades atinentes VE RS à O à vigilância sanitária; Opinar em matérias que versem sobre convênios com entidades da área de saúde; Administrar os conselhos e comissões da área da saúde; Atender às disposições do Ministério da Saúde no que diz respeito à inclusão do Município na Gestão Plena do Sistema Único de Saúde; Propor e implantar programas de saúde em consonância com as políticas de saúde pública. A SESAUP é composta pelos órgãos de Assessoramento Superior (com destaque à Divisão em Vigilância em Saúde) e de Assistência Intermediária, destacando-se o Setor de Vigilância Sanitária e Controle de Endemias, que possui relação direta com o sistema de saneamento básico (Figura 29). 104 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL A R VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. 6.1.8 IM IN Figura 29 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAUP). Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEASTH) PR EL Os tópicos seguintes apresentam as competências da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEASTH), de acordo com o art. 55 da Lei Municipal nº 876/2013: Administração e prestação de serviços de promoção social à população em geral; Prestar serviços de assistência e integração social; Desenvolver as atividades comunitárias do Município; Desenvolver programas de assistência social à população em situação de risco; Desenvolver atividades de apoio às ações sociais do Município; VE RS à O Promover o bem estar social através de programas direcionados à família, criança, ao adolescente, ao deficiente, ao idoso e a mulher; Planejar, coordenar e executar ações relacionadas ao trabalhador, facilitando sua recolocação no mercado de trabalho; Elaborar programas de geração de emprego e renda junto aos Órgãos Especializados; Fornecer a participação da população nos programas de qualificação e aprimoramento de mão de obra. A Figura 30 apresenta as principais unidades administrativas que compõem a SEASTH, destacando-se os órgãos de Assessoramento Superior e Assistência Intermediária e suas respectivas subdivisões. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS VE RS à O PR EL IM IN A R 105 Figura 30 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SEASTH). Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. 106 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 6.1.9 Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS) A Lei Municipal nº 876/2013, em seu art. 58 estabelece as competências da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS), conforme apontam os tópicos seguintes: Incentivar a instalação de atividades de interesse que possam atrair investidores para o Município; Elaborar o calendário anual de eventos; Identificar o potencial e os equipamentos existentes e incrementar o seu desenvolvimento; Valorizar os pontos principais do Município com planejamento urbano, paisagismo e R comunicação visual; Coordenar e disciplinar o fornecimento de licença para os ambulantes; Coordenar os meios necessários a fim de obter maior entrosamento entre IM IN A comerciantes com o propósito de fortalecer o comércio local; Coordenar a fiscalização de ambulantes; Desenvolver ações e estratégias de desenvolvimento econômico e social que possam investimentos; PR EL projetar o município no cenário Estadual e Nacional com o intuito de atrair Desenvolver e fomentar ações que possam incrementar a indústria e o comércio local; Execução de serviços, controle e demais atividades necessárias ao cumprimento de suas atribuições; Representar o município junto aos sistemas estaduais de meio ambiente; Planejar, organizar e coordenar as atividades de promoção e defesa do meio O ambiente, no âmbito do Município; Articular-se com Órgãos e entidades da União, Estado e dos outros Municípios, com VE RS à vistas à elaboração e implantação de planos e ações comuns relativos à proteção ambiental; Implantar a avaliação de impactos ambientais no âmbito do município; Controlar e fiscalizar as unidades de conservação e outras áreas de interesse ecológico; Implantar ações necessárias à proteção da fauna silvestre e flora nativa; Promover a educação ambiental em todas as suas formas; Executar outras ações necessárias à proteção e recuperação do meio ambiente; Estabelecer as diretrizes ambientais a serem consideradas nos planos, programas e projetos das demais áreas da Administração Municipal; Participar dos sistemas de defesa civil nos três níveis de governo; Disciplinar e fomentar atividades de ecoturismo e de divulgação das paisagens naturais notáveis; Operar e controlar o uso do aterro sanitário do Município; Propor a criação de unidades de conservação ambiental; PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 107 Implantar e administrar o viveiro municipal assegurando a produção de espécimes vegetais a serem utilizadas nas obras e serviços de áreas públicas do Município e na recuperação de áreas degradadas; Implantar a política de áreas verdes e arborização do Município; A SEMDECOS é composta pelo órgão de Assessoramento Superior que é subdividido em Assessoria de Assuntos Agropecuários, Departamento de Planejamento Estratégico, Divisão de Empreendimento Industrial, Comercial e Serviços, Divisão de Empreendimento IM IN A R Agropecuário e Divisão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Figura 31). PR EL Figura 31 - Organograma da composição interna da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS). Fonte: A partir de informações da Lei Municipal nº 876/2013. 6.1.10 Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (SEMEAMTU) O Os tópicos seguintes apresentam as competências da Secretaria Municipal de Meio VE RS à Ambiente e Turismo (SEMEAMTU), de acordo com o art. 55 da Lei Municipal nº 876/2013: Propor, executar, fiscalizar, direta ou indiretamente, a política ambiental do Município de Água Clara/MS, em consonância com os órgãos federais e estaduais constituídos; Coordenar ações e executar planos, programas, projetos e atividades de proteção ambiental; Estabelecer, de acordo com a legislação federal e estadual, as normas de proteção ambiental no tocante às atividades que interfiram ou possam interferir na qualidade do meio ambiente; Assessorar os órgãos da administração municipal na elaboração e na revisão do planejamento local quanto aos aspectos ambientais, ao controle da poluição, à expansão urbana e à proposta para criação de novas unidades de conservação e de outras áreas protegidas; Estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental relativos à poluição atmosférica, hídrica, sonora e visual e à contaminação do solo; Incentivar a realização de estudos e planos de ação de interesse ambiental, através de ações comuns, convênios ou consórcios entre órgãos dos diversos níveis de Governo, participando de sua execução; Fixar limitações administrativas relativas ao meio ambiente; 108 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Regulamentar e controlar, conjuntamente com órgãos federais e estaduais, a utilização de produtos químicos em atividades agrossilvopastoris, industriais e de prestação de serviços; Participar da elaboração de planos de ocupação de área de drenagem de bacias ou sub-bacias hidrográficas, do zoneamento e de outras atividades de uso e ocupação do solo, de iniciativa de outros organismos; Participar da programação de medidas adequadas à preservação do patrimônio arquitetônico, urbanístico, paisagístico, histórico, cultural e arqueológico; Exercer a vigilância ambiental e sanitária bem como o poder de fiscalização; Promover, em conjunto com os demais órgãos competentes, o controle da utilização, da armazenagem e do transporte de produtos perigosos ou tóxicos; Fiscalizar conjuntamente com os órgãos federais e estaduais, o cumprimento das R A normas de monitoramento, condições de lançamento e padrões de emissão para resíduos e efluentes de qualquer natureza; Normatizar, em consonância com os órgãos federais e estaduais, o uso e o manejo de IM IN recursos naturais; Promover medidas adequadas à implementação, preservação e manutenção de arborização urbana, de árvores isoladas e de maciços vegetais significativos; Administrar as unidades de conservação e outras áreas protegidas do município, PR EL visando à proteção de mananciais, ecossistemas naturais, recursos genéticos e outros bens de interesse ecológico, estabelecendo normas a serem nelas observadas; Promover a conscientização pública para a proteção do meio ambiente, criando os instrumentos necessários para a educação ambiental como processo permanente; Estimular a participação comunitária no planejamento, execução e vigilância das ambiental; Incentivar o desenvolvimento e a criação, absorção e difusão de tecnologias VE RS à O atividades que visem à proteção, à recuperação ou à melhoria da qualidade compatíveis com a melhoria da qualidade ambiental; Implantar cadastro e sistemas de informações ambientais do Município; Garantir aos cidadãos o livre acesso às informações e aos dados sobre as questões ambientais do Município. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 109 6.2 ASPECTOS GERENCIAIS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO Este subcapítulo busca identificar os aspectos gerenciais dos serviços de saneamento básico do município de Água Clara/MS, principalmente no que diz respeito à prestação, fiscalização e regulação desses serviços, bem como acerca da forma de cobrança e da existência de órgão colegiado. Destaca-se a importância dessa identificação para facilitar a tomada de decisões na etapa de planejamento estratégico, através da proposição de Programas, Projetos e Ações, bem como para a delimitação de responsabilidade, objetivando maior eficiência gerencial dos serviços de saneamento básico no município. Forma de prestação de serviço R 6.2.1 A Os serviços de saneamento básico são considerados como serviços de interesse local IM IN cuja prestação, conforme preconizado pela Constituição Federal, cabe aos municípios. Portanto, a titularidade da prestação é do município, podendo estes serviços serem administrados de diferentes formas, conforme opção de tal ente competente. Neste sentido, os próximos subitens apresentam as formas de prestação dos serviços identificados no município de Água Clara/MS, relacionados, respectivamente, com a limpeza urbana e PR EL manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo de água pluviais, abastecimento de água e esgotamento sanitário. 6.2.1.1 Abastecimento de água e esgotamento sanitário O A prestação do serviço público de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Água Clara/MS é realizada através de gestão compartilhada entre a VE RS à Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S.A. (SANESUL) e o município de Água Clara/MS. O convênio foi firmado em 16 de julho de 2002, outorgando à SANESUL o direito de implantar, ampliar, administrar e explorar, os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município de Água Clara/MS, pelo prazo de 20 anos, a contar da data de assinatura do convênio, admitindo-se renovar a critério das partes. A SANESUL é uma sociedade de economia mista com administração pública vinculada à Secretaria de Estado de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul e por ela supervisionada, com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, com capital subscrito pelo Estado. Segundo dados da SANESUL (2014), a empresa atua em 68 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul além de 55 distritos, sendo assim, é a principal operadora dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Estado de Mato Grosso do Sul, segundo dados do ano de 2012. Em consonância com as informações fornecidos pela SANESUL, a empresa é setorizada em 10 gerências responsáveis por determinadas regiões, sendo o município de Água Clara/MS, pertencente à Gerência Regional Bolsão (Três Lagoas). 110 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Objetivando ilustrar a setorização da empresa SANESUL e indicar a gerência que coordena o VE RS à O PR EL IM IN A R município de Água Clara/MS foi confeccionada a Figura 32 e a Figura 33. Figura 32 - Municípios nos quais a SANESUL presta o serviço de abastecimento de água com destaque em Água Clara/MS. Fonte: A partir de SANESUL (2014). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS PR EL IM IN A R 111 Figura 33 – Setorização e corpo técnico da SANESUL do município de Água Clara/MS. O Fonte: Elaborado pelos autores. VE RS à Cumpre observar que embora o direito de prestação dos serviços de esgotamento sanitário seja da SANESUL, devido à inexistência das infraestruturas destinadas à este serviço não ocorre sua operação. 6.2.1.2 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são considerados como serviços de interesse local cuja prestação, conforme preconizado pela Constituição Federal, cabe aos municípios. Portanto, a titularidade da prestação é do município, podendo estes serviços serem administrados de diferentes formas, conforme opção de tal ente competente. Neste sentido, o Quadro 4 apresenta as formas de prestação dos serviços identificadas no município de Água Clara/MS relacionados com a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos para as diversas categorias de resíduos sólidos urbanos (RSU): resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de prestadores de serviços (RSDC), resíduos de limpeza pública (RLP), resíduos da construção civil (RCC) e resíduos de serviços de saúde (RSS). 112 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 4 - Formas de prestação de serviços relacionados com a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município de Água Clara/MS. Forma de RSU Serviços prestação do Observações Serviços Coleta Direta pelo titular Convencional - Triagem - Compostagem - Reciclagem - Inexistente no município Disposição Final Direta pelo titular Em vazadouro a céu aberto2 Varrição(1) Direta pelo titular RLP Direta pelo titular Roçagem(1) Direta pelo titular Poda(1) Indireta delegação via Direta pelo titular Coleta(2) Indireta delegação Indireta delegação VE RS à Coleta(2) via Direta pelo titular RCC RSS via Direta pelo titular O Disposição Final R Executada pela SEINFRA através do Setor de Limpeza Pública Executada pela SEINFRA através do Setor de Limpeza Pública Executada pela SEINFRA através do Setor de Limpeza Pública Segundo informações da Prefeitura Municipal, este serviço é executada aproximadamente 2 vezes ao ano através de contrato de prestação de serviço com empresa terceirizada Executada pela SEINFRA através do Setor de Limpeza Pública Em 22 de julho de 2014 foi celebrado o contrato nº 072/2014 entre a Prefeitura Municipal e a empresa Jair Nogueira Pereira A e Inexistente no município como serviço público, existindo apenas iniciativas privadas. Inexistente no município, existindo apenas iniciativas privadas. IM IN Capina Raspagem(1) Inexistente no município PR EL RSDC Coleta Seletiva Em vazadouro a céu aberto Em 22 de julho de 2014 foi celebrado o contrato nº 072/2014 entre a Prefeitura Municipal e a empresa Jair Nogueira Pereira Executada pela SEINFRA através do Setor de Limpeza Pública Triagem - Inexistente no município Disposição Final Direta pelo titular Em vazadouro a céu aberto Coleta, tratamento e disposição final Indireta delegação Em 8 de outubro de 2013 foi celebrado o contrato nº 142/2013 entre a Prefeitura Municipal e a empresa Atitude Ambientai (Spielmann & Spielmann Ltda.-EPP) via Fonte: Elaborado pelos autores. (1) Executada em áreas e logradouros públicos; (2) Executada através de sistema misto, ou seja, diretamente pelo titular e indiretamente via delegação. 6.2.1.3 Drenagem urbana e manejo das águas pluviais A forma de prestação dos serviços públicos de drenagem urbana e manejo das águas pluviais é direta pelo titular, ou seja, o monitoramento do sistema, prevendo a necessidade Menciona-se que, conforme informações atualizadas da Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, atualmente (2015) o município está dispondo seus resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de prestador de serviços em Aterro Privado (CTR – Buriti) localizado no município de Três Lagoas/MS. 2 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 113 de expansão e intervenções através da contratação de empresas terceirizadas, é realizado pela Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, através da Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA). 6.2.2 Regulação e Fiscalização A Política Nacional de Saneamento Básico – PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007) estabelece que o titular dos serviços de saneamento básico deverá prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços, definindo o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação. Neste sentido, este item busca apresentar os aspectos de regulação e fiscalização para os serviços de saneamento básico do município de Água Clara/MS. R Atualmente, para os serviços de saneamento básico prestados diretamente pelo titular A ou indiretamente via delegação, ainda não foi definido ente regulador, com função de IM IN regulação de acordo com os princípios de independência decisória, incluindo autonomia administrativa e financeira, bem como de tecnicidade. Segundo Melo (2013), logo embora na PNSB haja apenas uma determinação sugestiva de existência de entidade reguladora para os serviços de saneamento básico no caso de prestação direta pelo município, por força dos princípios da universalização do acesso, da PR EL realização adequada dos serviços, inclusive com segurança, qualidade regularidade e atualidade tecnológica, e da eficiência da sustentabilidade econômica (art. 2º, incisos I, III, VII, VIII e XI), devem os titulares buscar a efetivação da função de regulação de acordo com os princípios de independência decisória, incluindo autonomia administrativa e tecnicidade (art. 21). O Diante do exposto, destaca-se a importância da Prefeitura Municipal de Água VE RS à Clara/MS definir o ente responsável pela regulação desses serviços, bem como os procedimentos de atuação, principalmente, quando a prestação for concedida, ou seja, existindo relação contratual entre o titular e o prestador dos serviços, além de obrigações contratuais para atender aos usuários. Assim, o art. 22 da Lei Federal nº 11.445/2007 define como objetivos da regulação: Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários; Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas; Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência; Definir tarifas e outros preços públicos que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, quanto a modicidade tarifária e de outros preços públicos, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade. Com relação à fiscalização dos serviços correlatos ao saneamento básico, os tópicos seguintes apresentam informações retiradas dos escopos de instrumentos legais existentes no 114 CAP. 6 – DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E GERENCIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 município, principalmente atribuindo aos órgãos da administração direta a competência de fiscalizar e regulamentar algumas ações relativas ao sistema de saneamento básico: Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo fiscalizar, controlar e aprovar a implantação e operação dos empreendimentos e atividades que apresentem riscos efetivos às águas (art. 46; Lei Municipal nº 943/2014); Cabe à Secretaria de Meio Ambiente e Turismo o controle a qualquer sistema público ou privado de geração, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e destinação de resíduos sólidos (art. 83; Lei Municipal nº 943/2014); Compete à SEINFRA efetuar a fiscalização urbana e rural em relação às posturas municipais e à preservação da limpeza da cidade e de qualquer bem público (art. 46; R Lei Municipal nº 876/2013); Compete à SEINFRA regulamentar e executar as ações necessárias à coleta, IM IN urbana (art. 46; Lei Municipal nº 876/2013); A transporte e disposição final dos resíduos de origem domiciliar bem como à limpeza Compete à SEMEAMTU propor, executar, fiscalizar, direta ou indiretamente, a política ambiental do Município de Água Clara/MS, em consonância com os órgãos federais e estaduais constituídos (art. 55; Lei Municipal nº 876/2013); Compete à SEMEAMTU estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental PR EL relativos à poluição atmosférica, hídrica, sonora e visual e à contaminação do solo (art. 55; Lei Municipal nº 876/2013); Compete à SEMEAMTU exercer a vigilância ambiental e sanitária, bem como o poder de fiscalização (art. 55; Lei Municipal nº 876/2013); Compete a SEMEAMTU fiscalizar conjuntamente com os órgãos federais e estaduais, o O cumprimento das normas de monitoramento, condições de lançamento e padrões de emissão para resíduos e efluentes de qualquer natureza (art. 55; Lei Municipal nº VE RS à 876/2013); Compete à SEMEAMTU fiscalizar, controlar e aprovar a implantação e operação dos empreendimentos e atividades que apresentem riscos efetivos ou potenciais às águas superficiais e subterrâneas, resguardadas as competências originárias do Governo Estadual (art. 46; Lei Municipal nº 943/2014); A fiscalização ambiental será exercida por servidores do próprio município ou através de agentes credenciados ou conveniados, cabendo à SEMEAMTU divulgar a relação desses servidores (art. 34; Lei Municipal nº 943/2014). Dentre as competências desse órgão de fiscalização ambiental, destaca-se: o Fiscalizar estabelecimentos que exercem exploração econômica dos recursos hídricos; o Vistoriar instalações hidráulicas e sanitárias de imóveis; Quando não existir rede coletora de esgotos, as medidas ambientais adequadas ficam sujeitas à aprovação da SEMEAMTU sem prejuízo das de outros órgãos, que fiscalizará sua execução e manutenção (parágrafo único; Lei Municipal nº 943/2014); É dever do Município, da coletividade e dos indivíduos, promover medidas de saneamento, respeitando a legislação ambiental vigente, no uso de suas propriedades, no manejo dos meios de produção, no exercício de suas atividades em PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 115 parceria com as Secretarias Municipais de Obras e de Meio Ambiente 3 e dos órgãos Estaduais e Federais (art. 174; Lei Municipal nº 940/2014). Assim, percebe-se a necessidade de centralizar as competências de fiscalização para um órgão externo (que poderá ser o ente regulador) e interno (que poderá ser um órgão da administração direta). Deste modo, o monitoramento da qualidade e eficiência dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos prestados, bem como das responsabilidades dos geradores seriam mais eficazes. Órgão colegiado destinado ao controle social dos serviços R 6.2.3 O Decreto Federal nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a PNSB, A estabelece como um dos mecanismos para o controle social dos serviços de saneamento IM IN básico, os órgãos colegiados municipais garantindo à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas ao saneamento básico. Contudo, até o presente momento, o município de Água Clara/MS não apresenta tal mecanismo para gestão dos serviços correlatos ao saneamento básico. Portanto, há uma PR EL demanda legal e urgente de se instituir esse órgão colegiado, uma vez que o Decreto Federal nº 8.211/2014 determina que a partir do exercício financeiro de 2015, será vedado o acesso aos recursos federais destinados ao saneamento básico aos titulares destes serviços públicos que não instituírem o controle social por órgão colegiado por meio de legislação específica. O Mecanismos existentes para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia dos serviços prestados VE RS à 6.2.4 Não foi diagnosticado no município de Água Clara/MS a existência de mecanismos ou instrumentos municipais para a avaliação sistemática da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços prestados correlatos ao saneamento básico. Porém, cumpre observar que anualmente a administração municipal disponibiliza um conjunto de informações (dados e indicadores fornecidos pela SANESUL) junto ao Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS). O SNIS publica anualmente o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto e o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos de todos os municípios brasileiros em seu sítio virtual na internet, ou através de um aplicativo, onde toda a base de dados pode ser consultada. No município, a partir da Lei Municipal nº 876/2013, não existe Secretaria Municipal de Obras e de Meio Ambiente e sim, Secre taria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (SEMEAMTU). 3 O VE RS à R A IM IN PR EL 117 7 PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL O Prognóstico Demográfico e de Ocupação Territorial contempla a formulação de projeções e cenários que possibilitam o conhecimento das demandas futuras por estruturas e serviços de saneamento no município de Água Clara/MS. A construção de cenários objetiva transformar as incertezas do ambiente em condições racionais para a tomada de decisões, servindo de referencial para elaboração do planejamento estratégico. Partindo do exposto, optou-se por projetar o crescimento populacional utilizando metodologias consagradas e, posteriormente as demandas do saneamento com base em fatores críticos pré-definidos de forma a estruturar dois cenários distintos e hipotéticos: o R Tendencial e o Desejável. A O Cenário Tendencial baseia-se no pressuposto de que a situação atual não sofreria grandes interferências, assim o comportamento das demandas pelo serviço de saneamento IM IN básico seguirá a tendência levantada no Diagnóstico Situacional. Enquanto que no Cenário Desejável foram considerados os anseios da sociedade em busca da salubridade ambiental e da saúde pública, ou seja, neste cenário são previstas as melhorias possíveis nos serviços de saneamento básico visando a universalização e otimização dos mesmos. PR EL Neste Tomo em específico, em termos de cenarização, o Prognóstico tratou da projeção populacional detalhada e da expansão urbana. Os Tomos II, III, IV, e V trataram acerca das cenarizações para o sistemas específicos do saneamento. 7.1 PROJEÇÃO POPULACIONAL O Para a realização de qualquer ação de planejamento urbano, é necessário o VE RS à conhecimento prévio das características populacionais e socioeconômicas locais, bem como das necessidades dos habitantes na esfera abrangida pelo projeto. O planejamento é uma ação que envolve certo horizonte de tempo futuro, portanto, existe a necessidade de projetar a estimativa de alguns dados, principalmente quantitativos para que o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Água Clara/MS seja efetivamente aplicável e eficaz durante no mínimo o período pré-estabelecido, isto é, de 2015 a 2034. Seguindo essa premissa, a primeira etapa para a elaboração do PMSB de Água Clara/MS consistiu no levantamento de dados secundários referentes à população do município, quantificando e qualificando-a, conforme apresentado no Diagnóstico Socioeconômico componente do Diagnóstico Situacional. A qualificação envolveu, basicamente, informações acerca da distribuição espacial da população, do nível educacional e econômico, dos costumes e das características de consumo local que possam interferir na sistematização dos eixos do saneamento no município. No que se refere à quantificação populacional, foram consultadas as informações contidas nos censos demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 118 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 (IBGE) nos anos de 1991, 2000 e 2010, as obtidas nas contagens populacionais dos anos de 1996 e 2007, além de estimativas populacionais, também efetuadas pela instituição citada. Buscando expor os dados utilizados neste prognóstico populacional, elaborou-se o Gráfico 19 no qual é apresentada a população do município de Água Clara de 1991 até 2014 obtida a partir de censos, contagens e estimativas populacionais do IBGE, ou seja, a partir de 11.015 11.574 11.957 12.394 13.311 13.819 14.323 13.183 13.623 13.879 14.424 14.686 14.939 13.938 14.210 - 2.000 4.000 PR EL IM IN 6.539 6.814 7.047 7.278 7.503 8.219 8.721 9.144 9.567 A 1991¹ 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000¹ 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007² 2008 2009 2010¹ 2011 2012 2013 2014 R dados oficiais disponíveis. 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 O População total de Água Clara/MS Gráfico 19 – Evolução da população total municipal de Água Clara/MS de 1991 e 2014, a partir de dados oficias do IBGE. VE RS à Fonte: A partir de IBGE (2014). Nota: 1 Dados dos censos demográficos; 2 Dados das contagens populacionais. A projeção populacional para um horizonte temporal de 20 anos foi elaborada utilizando uma adaptação da metodologia apresentada por von Sperling (2005) e o método de tendência de crescimento demográfico, apresentado por IBGE (2008). Neste sentido, foram realizadas cinco projeções populacionais com procedimentos de cálculos distintos. As metodologias citadas por von Sperling (2005) para a projeção aritmética, projeção geométrica, taxa decrescente de crescimento, crescimento logístico e regressão linear são apresentadas no Quadro 5. Quadro 5 – Descrição das Projeções populacionais utilizadas para o município de Água Clara/MS Método Descrição Forma da curva Crescimento populacional segundo uma taxa constante. Projeção Método utilizado para estimativas de menor prazo. O ajuste da aritmética curva pode ser também feito por análise da regressão. Projeção geométrica Crescimento populacional função da população existente a cada instante. Utilizado para estimativas de menor prazo. O ajuste da curva pode ser também feito por análise da regressão. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 119 Regressão multiplicativa Descrição Ajuste da progressão populacional por regressão linear (transformação logarítmica da equação) ou regressão não linear. Taxa decrescente de crescimento Premissa de que, à medida em que a cidade cresce, a taxa de crescimento torna-se menor. A população tende assintoticamente a um valor de saturação. Os parâmetros podem ser também estimados por regressão não linear. Crescimento logístico O crescimento populacional segue uma relação matemática, que estabelece uma curva em forma de S. A população tende assintoticamente a um valor de saturação. Os parâmetros podem ser também estimados por regressão não linear. Condições necessárias: P0<P1<P2 e Po.P2<P1². O ponto de inflexão na curva ocorre no tempo [to-ln(c)/K1] e com Pt=Ps/2. Fonte: A partir de von Sperling (2005). A *Po, P1, P2 = populações nos anos t0, t1, t2 (hab); k1 = coeficiente para análise de regressão. Pt = população estimada no ano t (hab); Ps = população de saturação (hab); Forma da curva R Método IM IN Segundo IBGE (2008), o método de tendência de crescimento demográfico tem como princípio fundamental a subdivisão de uma área maior, cuja estimativa já se conhece, em áreas menores, de tal forma que seja assegurada ao final das estimativas das áreas menores, a reprodução da estimativa, previamente conhecida, da área maior através da soma das apresentada na Tabela 7. PR EL estimativas das áreas menores. A síntese deste método, contendo a hipótese e fórmulas, é Tabela 7 - Síntese de cálculo do método de tendência de crescimento demográfico Hipótese Fórmula Cálculo dos coeficientes 𝑃𝑖 (𝑡) = 𝑎𝑖 𝑃(𝑡) + 𝑏𝑖 O 𝒏 𝑷(𝒕) = ∑ 𝑷𝒊 (𝒕) VE RS à 𝒊=𝟏 t0-= data do primeiro censo demográfico (adotado contagem de 2000); t1= data do segundo censo demográfico (adotado censo de 2010); t = ano para qual a população será estimada; P = População estimada conhecida de uma área maior (Estado de Mato Grosso do Sul); Pi = População que se deseja estimar de uma área menor (Água Clara/MS). 𝑃𝑖 (𝑡𝑜 ) = 𝑎𝑖 𝑃(𝑡𝑜 ) + 𝑏𝑖 𝑃𝑖 (𝑡1 ) = 𝑎𝑖 𝑃(𝑡1 ) + 𝑏𝑖 Fonte: IBGE (2008). Diante da aplicação das metodologias de cálculo da projeção populacional total apresentadas, foram obtidos cinco resultados: projeção aritmética, projeção geométrica, taxa decrescente de crescimento, crescimento logístico e tendência de crescimento demográfico (Tabela 8 e Gráfico 20). 120 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Logística 6.539 10.586 14.165 14.424 14.665 14.890 15.097 15.289 15.465 15.627 15.776 15.912 16.036 16.150 16.253 16.347 16.433 16.511 16.581 16.645 16.703 16.755 16.803 16.846 16.884 16.919 16.951 Fonte: Elaborado pelos autores. O PR EL IM IN A R Tabela 8 - Projeção populacional total calculada para o município de Água Clara/MS. População Estimada Ano Tend. Cresc. Aritmética Geométrica Decrescente Demográfico 1991 6.539 6.539 6.539 8.756 2000 10.274 9.512 11.555 11.414 2010 14.424 14.424 14.424 14.424 2011 14.839 15.037 14.615 14.708 2012 15.254 15.677 14.793 14.991 2013 15.669 16.343 14.959 15.267 2014 16.084 17.038 15.114 15.538 2015 16.499 17.762 15.258 15.802 2016 16.914 18.518 15.392 16.062 2017 17.329 19.305 15.517 16.319 2018 17.744 20.126 15.634 16.569 2019 18.159 20.981 15.743 16.813 2020 18.574 21.873 15.844 17.050 2021 18.989 22.803 15.939 17.277 2022 19.404 23.773 16.027 17.494 2023 19.819 24.784 16.109 17.705 2024 20.234 25.837 16.186 17.908 2025 20.649 26.936 16.257 18.103 2026 21.064 28.081 16.324 18.289 2027 21.479 29.275 16.386 18.465 2028 21.894 30.519 16.444 18.634 2029 22.309 31.817 16.497 18.794 2030 22.724 33.170 16.548 18.947 2031 23.139 34.580 16.595 19.301 2032 23.554 36.050 16.638 19.490 2033 23.969 37.583 16.679 19.675 2034 24.384 39.181 16.717 19.855 VE RS à Nota: Para as projeções foram utilizadas populações dos censos de 1991, 2000 e 2010, aplicadas nos métodos de von Sperling (2005) e IBGE (2008). Gráfico 20 - Representação gráfica das projeções populacionais obtidas para o município de Água Clara/MS. Fonte: Elaborado pelos autores. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 121 Analisando o Gráfico 20, observa-se que as projeções de crescimento aritmética e geométrica forneceram um número futuro de habitantes elevado em relação às demais metodologias e utilizá-lo para o planejamento urbano oneraria demasiadamente a execução das ações referentes às vertentes dos eixos do saneamento, enquanto que as projeções logística e decrescente geraram resultados conservadores, prevendo um reduzido incremento populacional em relação às demais metodologias. Assim, a adoção de uma destas projeções poderia subestimar as demandas municipais pelos serviços e infraestruturas. Já o resultado obtido pela taxa de tendência de crescimento demográfico (IBGE), se mostra com melhor representatividade quanto ao crescimento da população água-clarense, de forma que sua linha de crescimento ficou alocada no centro das demais. R Dessa maneira, considerando que o presente Plano deverá estabelecer diretrizes para A o uso racional e integrado dos recursos naturais visando à sustentabilidade e segurança, mediante equacionamento adequado entre a oferta e a demanda pelos serviços de IM IN saneamento básico ao longo dos próximos 20 anos, trabalhou-se com uma estimativa de 19.855 habitantes residentes no município de Água Clara/MS para o ano de 2034. Além disso, houve a necessidade de quantificar e projetar a população urbana do município, uma vez que é a parcela da população em que se concentra a maior demanda PR EL pelos serviços referentes ao manejo de resíduos sólidos e limpeza pública. Para isso, optou-se por utilizar a metodologia da tendência de crescimento demográfico referenciado pelo IBGE (2008), mesmo método utilizado para estimar a população total do município. Destaca-se que a partir dos dados projetados da população total e da urbana, pode-se obter a projeção da população rural (Gráfico 21 e Tabela 9). 14.239 14.085 13.927 13.765 13.463 13.332 13.195 13.051 12.901 12.742 12.575 12.402 12.221 12.036 O 11.842 11.639 11.431 11.217 10.998 12.000 10.776 VE RS à 16.000 14.000 Projeção populacional urbana e rural 4.000 2.000 0 População urbana População rural Gráfico 21 - Projeção da população urbana e rural do município de Água Clara/MS. Fonte: Elaborado pelos autores. 5.616 5.590 5.563 5.536 5.484 5.462 5.439 5.414 5.388 5.361 5.333 5.303 5.273 5.241 5.208 5.174 5.138 5.102 6.000 5.064 8.000 5.026 HAB. 10.000 122 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 PR EL Fonte: Elaborado pelos autores. IM IN A R Tabela 9 - Estimativa da projeção da população urbana, rural e total de Água Clara/MS. Projeção da População de Água Clara/MS Ano Urbana Rural Total 2015 10.776 5.026 15.802 2016 10.998 5.064 16.062 2017 11.217 5.102 16.319 2018 11.431 5.138 16.569 2019 11.639 5.174 16.813 2020 11.842 5.208 17.050 2021 12.036 5.241 17.277 2022 12.221 5.273 17.494 2023 12.402 5.303 17.705 2024 12.575 5.333 17.908 2025 12.742 5.361 18.103 2026 12.901 5.388 18.289 2027 13.051 5.414 18.465 2028 13.195 5.439 18.634 2029 13.332 5.462 18.794 2030 13.463 5.484 18.947 2031 13.765 5.536 19.301 2032 13.927 5.563 19.490 2033 14.085 5.590 19.675 2034 14.239 5.616 19.855 Analisando o Gráfico 21 e a Tabela 9, estima-se que para o ano de 2034 (horizonte temporal do PMSB) a população urbana atinja o número de 14.239 habitantes, ou seja, entre 2015 e 2034 (20 anos) haverá um incremento populacional na área urbana de O aproximadamente 32,14%, uma vez que para o ano de 2015 estima-se que existirão 10.776 residentes urbanos. Para o cenário populacional estimado, a população rural apresenta um VE RS à crescimento, havendo um aumento de 590 habitantes no período, atingindo o total de 5.616 residentes no ano de 2034. 7.2 PROJEÇÃO DA ÁREA URBANIZADA Inicialmente, foi realizada uma análise temporal do crescimento da área urbanizada de Água Clara/MS, considerando o período correspondente aos anos dos Censos Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isto é, 1991, 2000 e 2010 acrescidos do ano de 2014. Esta análise têm como objetivo quantificar previsões sobre quantidade e direção do crescimento do município em questão. As imagens para verificação do crescimento da área urbanizada nas faixas de tempo previamente definidas foram obtidas junto ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) (ver Quadro 6). Em seguida, as imagens passaram pelo processo de correção geométrica através do software gratuito QuantumGis® então, a delimitação da área urbanizada foi feita a partir da classificação e interpretação visual da imagem em Composição-Falsa-Cor, pelo critério de similaridade, como formas, cores, textura e tamanhos. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 123 Quadro 6 – Dados sobre as imagens utilizadas no estudo de projeção da área urbanizada. Resolução Ano Satélite Sensor Órbita Ponto Data Espacial (m) 1991 Landsat 5 TM 224 74 30 03/05/1991 2000 Landsat 5 TM 224 74 30 25/04/2000 2010 Landsat 5 TM 224 74 30 21/04/2010 2014 Landsat 8 OLI_TIRS 224 74 30 06/08/2014 Fonte: Elaborado pelos autores. De acordo com Paranhos et al. 400 infravermelho próximo, G – infravermelho médio e B – visível 350 azul resultando uma imagem com cores 300 diferente das reais, e por isso denominada Composição-Falsa-Cor (FCC – False Color IM IN tornem visualizáveis e interpretáveis faixas do espectro eletromagnéticos que não são visíveis ao olho humano, adicionando assim que facilitarão a 200 150 100 PR EL informações hectares Composite). Este artifício permite que se 250 individualização de diferentes alvos na superfície. 50 2000 2010 0 Depois de demarcada, foi calculada 1991 a área urbanizada em hectares (ha) nos anos e realizou-se O diferentes 347,106 – Área Urbanizada (ha) de R R bandas 227,2 diferente, de A maneira combinação 197,213 a 126,97 (2008) um 2014 Anos Gráfico 22 – Área urbanizada (ha) para Água VE RS à comparativo entre as imagens quanto às Clara/MS para os anos de 1991, 2000, 2010 e 2014. áreas totais e os percentuais de crescimento. Fonte: Elaborado pelos autores. Assim, obteve-se para o período compreendido entre 1991 e 2014 uma expansão da área urbanizada em 173,38% (220,136 hectares), ou seja, em 1991 havia 126,97 hectares atingidos pela malha urbana, e no ano de 2014, 347,106 hectares. Inerente à isto, considerando os 23 anos da série histórica, pode-se concluir que houve um crescimento médio de 9,57 hectares por ano, o que corresponde a aproximadamente 14 campos de futebol4 (Gráfico 22). Analisando o Mapa 2, pode se concluir que a cidade de Água Clara/MS se desenvolveu nas limitações do Rio Verde e o Córrego Bonsucesso. 4 Adotou-se as medidas de 100 metros de comprimento por 70 metros de largura. 124 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Ademais, foi elaborada uma correlação entre as áreas urbanizadas e a população urbana de Água Clara/MS, visando verificar a densidade demográfica cuja média obtida foi de 34,01 habitantes por hectare, vide Gráfico 23. Ainda considerou-se a existência de certa quantidade de vazios urbanos, ou seja, áreas desocupadas que correspondem a 6,87% da área urbanizada do município de R Água Clara/MS totalizando 23,84 hectares Gráfico 23 – Densidade demográfica em habitantes por hectares nos anos de 1991, 2000, 2010 e 2014. em área (2014). A Fonte: Elaborado pelos autores. Destaca-se que para a determinação da quantidade aproximada de vazios urbanos VE RS à O PR EL área urbanizada a partir de imagens de satélite. IM IN de Água Clara/MS foi realizado um levantamento da área total de lotes vazios localizados na PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS VE RS à O PR EL IM IN A R 125 Mapa 2 – Análise do crescimento da área urbanizada do município de Água Clara/MS. Fonte: Elaborado pelos autores. 126 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 A análise da expansão territorial urbana para os anos de 1991, 2000, 2010 e 2014 possibilitou a construção de uma série histórica propiciando a previsão para o horizonte temporal deste PMSB (2015-2034), para os dois cenários hipotéticos: Tendencial e Desejável. Inicialmente, considerando os dados apresentados, foi realizada a projeção da área de expansão urbana de Água Clara/MS, considerando-se para o Cenário Tendencial uma expansão territorial desordenada sem considerar a ocupação dos vazios urbanos existentes. Assim, estima-se que para o Cenário Tendencial o município não apresente crescimento até o ano de 2019, visto que houve recentemente uma grande expansão de loteamentos na área urbana, sendo que para o ano de 2034 atinja 418,663 hectares, um crescimento de 20,62% conforme apresenta o Gráfico 24. Área de Contribuição (ha) R 450,000 50,000 418,663 414,135 409,489 404,726 395,846 391,995 387,966 383,732 379,322 374,647 364,650 359,328 353,889 348,185 O 0,000 PR EL 100,000 347,106 347,106 150,000 347,106 200,000 347,106 250,000 369,737 300,000 347,106 Área em Hectares 350,000 IM IN A 400,000 Anos Futuros VE RS à Gráfico 24 – Estimativa das áreas urbanizadas da cidade de Água Clara/MS no horizonte temporal do PMSB (2015-2034) considerando o Cenário Tendencial. Fonte: Elaborado pelos autores. Portanto, estabeleceu-se que para o Cenário Tendencial o crescimento da área urbanizada acontecerá, em sua maior parte, para o sentido leste e nordeste da área urbanizada, acompanhando o crescimento identificado na análise temporal apresentado no Mapa 2. Assim, buscando ilustrar este crescimento estimado, foi confeccionado o Mapa 3. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS VE RS à O PR EL IM IN A R 127 Mapa 3 – Estimativa do crescimento da área urbanizada de Água Clara/MS para o Cenário Tendencial. Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: (Área de Crescimento Tendencial (2015 a 2034). 128 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Considerando o Cenário Desejável, pressupõe-se que a expansão da malha urbana será planejada (ordenada) e que haverá um adensamento populacional com o preenchimento dos vazios urbanos, levando em consideração o padrão de renda dos mesmos: Renda Alta, Renda Média e Renda Baixa. Partindo desta premissa, a delimitação do percentual populacional em cada uma das classes sociais foi delimitada utilizando os dados da renda familiar mensal do ano de 2010 disponibilizados pelo IBGE, onde são identificadas cinco classes sociais: Classe A – rendimento mensal familiar maior que 20 salários mínimos; Classe B – rendimento mensal familiar entre 10 e 20 salário mínimos; Classe C – rendimento mensal familiar entre 5 e 10 salários mínimos; Classe D – rendimento mensal familiar entre 2 e 5 salários mínimos; Classe E – rendimento mensal familiar de até 2 salários mínimos. A R IM IN De modo a delimitar os setores de acordo com a renda (baixa, média e alta), conforme as definições do IBGE, considerou a classe “A” como padrão alto, “B” e “C” como padrão médio e “D” e “E” como padrão baixo, ou seja, a configuração social partindo do rendimento mensal familiar de Água Clara/MS será definida da seguinte forma: Classe Alta – rendimento mensal familiar maior que 20 salários mínimos; Classe Média – rendimento mensal familiar entre 5 e 20 salários mínimos; Classe Baixa – rendimento mensal familiar de até 5 salários mínimos. PR EL Assim, a partir dos dados de 2010 do IBGE e na metodologia supracitada, será adotado O que a população de Classe Baixa representa 95,74%, Classe Média representa 3,97% e Classe VE RS à Alta representar 0,29%, das famílias urbanas, conforme apresentado no Gráfico 25. Classificação por renda familiar- IBGE (Censo 2010) 0,29% 0,84% Classificação por renda familiar (Metodologia Adotada) 0,29% 3,13% 3,97% 14,40% Classe A Classe B Classe Baixa Classe C Classe Média Classe D Classe Alta Classe E 81,33% 95,74% Gráfico 25 – Metodologia utilizada para determinação do percentual das classes sociais de acordo com a renda familiar. Fonte: A partir dos dados do IBGE (2014). A partir dos dados de crescimento populacional de Água Clara/MS, estima-se que entre os anos de 2015 e 2034 (ano final do horizonte do projeto) haverá um crescimento PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 129 populacional de 3.689 habitantes na sede urbana, sendo assim, considerando a média de 3,21 habitantes por domicílio5, a sede urbana de Água Clara/MS necessitará de aproximadamente 1.149 novos lotes para atendimento dessa demanda populacional. Logo, considerando a estimativa de lotes até o ano de 2034 (1.149 lotes) e o percentual de famílias a ocupar os mesmos de acordo com a renda, obteve-se os seguintes valores: Nº de lotes que serão ocupados por famílias de baixa renda: 1.100 lotes Nº de lotes que serão ocupados por famílias de renda média: 46 lotes Nº de lotes que serão ocupados por famílias de renda alta: 3 lotes Para o cálculo de determinação da área ocupada por cada lote, identificou-se as R áreas ocupadas por cada tipo de lote de acordo com a renda familiar, e adotou-se (Quadro A 7): IM IN Quadro 7 – Áreas ocupadas por cada lote de acordo com a renda mensal Classificação Especificação das áreas Classe Baixa Lotes de interesse social (classe baixa) Classe Média Lotes de classe média Classe Alta Lotes de classe alta PR EL Fonte: Elaborado pelos autores. Área (m²) 230 330 400 A partir do número de lotes necessários para atendimento do crescimento populacional e a área ocupada por cada lote existente, foi possível determinar que serão necessários 25,300 hectares de áreas de interesse social para famílias de renda baixa, 1,518 hectares de áreas para famílias de renda média e 0,120 hectares de áreas para famílias de O renda alta. As delimitações das áreas utilizadas para expansão da área urbana para o Cenário VE RS à Desejável, localizadas no Mapa 4, mostram que os vazios urbanos existentes na sede urbana de Água Clara/MS serão suficientes para atendimento de aproximadamente 88,50% da expansão urbana, havendo apenas o incremento de novos loteamentos em aproximadamente 3,0975 hectares, valor este bem inferior quando comparado à área de expansão do Cenário Tendencial (71,557 hectares). Diante do que fora exposto neste capítulo, ficou evidente a necessidade de instrumentos que promovam a minimização dos vazios urbanos existentes e a distribuição ordenada da cidade de Água Clara/MS, sendo assim, recomendou-se a elaboração do Plano Diretor que prevê tal adensamento urbano. A área urbanizada tem impactos diretos em todos os eixos do saneamento básico, seja pela necessidade de maiores investimentos para garantir a universalização dos serviços no caso de áreas urbanas com crescimento desordenado, pelos custos de operação que serão mais elevados e por estruturas subutilizadas, resultando em um desequilíbrio entre os custos de implantação/operação e os benefícios/vantagens oferecidos. 5 Valor obtivo através do Censo Populacional de 2010 - IBGE, 2014. 130 CAP. 7 – PROGNÓSTICO DEMOGRÁFICO E DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Destaca-se ainda, de forma a garantir a proteção dos mananciais hídricos próximo a área urbanizada e limitar a expansão urbana, foi analisado as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) presentes próximo à sede urbana conforme o novo Código Florestal, considerando as áreas como não consolidadas, enfatizando-se que para uma melhor projeção dessas áreas do município de Água Clara/MS, deverá ser realizado um estudo mais VE RS à O PR EL IM IN A R aprofundado sobre as possíveis APPs. Mapa 4 – Estimativa do crescimento da área urbanizada de Água Clara/MS considerando o Cenário Desejável. Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: Área de Crescimento Desejável (2015 a 2034). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 131 8 PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS Neste capítulo são apresentadas as Prospectivas e Diretrizes Técnicas referentes aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais correlatos ao saneamento básico, sendo recomendadas ações para o município de Água Clara/MS de forma a reestruturar a organização, estrutura e capacidade institucional para a gestão dos serviços correlatos ao saneamento. Objetivando facilitar a compreensão dos gestores e leitores do presente instrumento de gestão, os próximos subcapítulos sistematizados apresentam as Prospectivas Técnicas para R apresentar diretrizes a respeito do planejamento, prestação, regulação, fiscalização e do dos aspectos legais, sensibilização e educação ambiental, A controle social desses serviços de forma a garantir uma melhoria no sistema institucional, além IM IN Destacam-se também, as recomendações para elaboração dos projetos básicos de engenharia que, caso seguidas, possibilitarão ao município a concretização da implantação e a eficiência das estruturas projetadas e, com isto, serão atendidas as necessidades e os anseios da comunidade água-clarense. Portanto este subcapítulo está segregado em oito PR EL itens, conforme demonstrado na Figura 34. •Reestruturação administrativa e capacitação técnica; •Formas de Prestação de Serviços Correlatos ao Saneamento Básico; •Regulação e Fiscalização; •Controle Social; O VE RS à Prospectivas técnicas •Sistema de Informações; •Aspectos Legais, Normativos e de Planejamento; •Projetos Básicos e Executivos; •Diretrizes para o Licenciamento das Infraestruturas dos Sistemas Componentes do Saneamento Básico. Figura 34 - Temas utilizados para a apresentação das prospectivas técnicas para os aspectos institucionais e gerenciais. Fonte: Elaborado pelos autores. 8.1 REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA E CAPACITAÇÃO TÉCNICA A implementação e operacionalização do presente PMSB demandará uma estrutura gerencial apta, quantitativamente e qualitativamente. Deste modo, recomenda-se que o Poder Público Municipal passe por algumas reestruturações administrativas objetivando, principalmente, a criação de órgãos para maior eficiência no que diz respeito ao planejamento, prestação, fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico do município. Além disso, deve-se prever a capacitação e o treinamento contínuo dos servidores municipais para a operacionalização e implantação das Metas, Programas, Projetos e Ações deste PMSB. 132 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Neste contexto, os tópicos seguintes apresentam as recomendações, objetivando a reestruturação administrativa do município e capacitação técnica dos atores envolvidos na gestão do saneamento básico de Água Clara/MS: Criação de um órgão denominado “Departamento de Saneamento” vinculado à Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) com corpo técnico formado por profissionais tecnicamente habilitados para a gestão dos serviços que envolvam o sistema de saneamento básico no município; Estabelecimento de um órgão de Ouvidoria ou reestruturação de serviço semelhante já existente para receber sugestões, críticas, denúncias, queixas, avaliações e ideias saneamento básico, preferencialmente vinculada à SEINFRA; R de qualquer cidadão água-clarense sobre as questões relativas ao sistema de Criação ou reestruturação6 de órgão consultivo, vinculado à SEINFRA para o controle A social dos serviços de saneamento básico, além da avaliação, análise e fiscalização Definição dos entes competentes para regulação e fiscalização dos serviços correlatos ao saneamento básico; IM IN das ações de implementação do PMSB de Água Clara/MS; Criação do Fundo Municipal de Saneamento com a finalidade de propiciar à gestão municipal a melhor qualidade na prestação dos serviços de saneamento básico PR EL considerando as possibilidades financeiras previstas. Destaca-se a necessidade de correta administração deste Fundo para que certas vertentes do saneamento básico não sejam desfavorecidas frente às demais; Criação de um Sistema Municipal de Informações sobre o Saneamento para aplicação dos mecanismos de monitoramento e avaliação do PMSB, bem como para O a formação de um banco de dados georreferenciados do sistema (de forma a integrar as vertentes do saneamento básico); Capacitação e treinamentos para servidores municipais através de reuniões ou VE RS à oficinas organizadas pela SEINFRA, juntamente com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEMDECOS) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMEAMTU), para amplo conhecimento das ações propostas do PMSB de Água Clara/MS, bem como das novas responsabilidades de cada secretaria e órgãos municipais para a efetiva implementação deste Plano cita-se aqui a importância de se estabelecer um Comitê Intersecretarial formado para a implementação do PMSB; A proposta de reestruturação administrativa, bem como a capacitação dos servidores municipais é fundamental para o sucesso dos Programas, Projetos e Ações propostos neste instrumento de gestão é ilustrada na Figura 35. Destaca-se que tal função pode ser atribuída à órgão consultivo já existente com rol de competências correlatas, ou mediante alteração em legislação (ver item subitem 8.1.3 do presente Plano) 6 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS IM IN A R 133 Figura 35 - Esquematização da reestruturação administrativa proposta para o município de Água Clara/MS. Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: Embora haja o vínculo institucional do Órgão Colegiado com a SEINFRA, deve ser prevista a independência decisória deste órgão. PR EL Os subitens seguintes apresentam as principais indicações e detalhamentos do Departamento de Saneamento, da Ouvidoria, do Órgão Colegiado e do Fundo Municipal de Saneamento. Departamento de Saneamento O 8.1.1 Com a finalidade de fortalecer os aspectos gerenciais existentes para a VE RS à implementação do presente PMSB, propõe-se a criação de um novo órgão executivo (sugere-se o nome “Departamento de Saneamento”) vinculado à SEINFRA, com a função de planejar, gerir, orientar e monitorar os serviços correlatos ao saneamento básico, fiscalizar e avaliar a implementação do PMSB, bem como executar algumas ações previstas em tal instrumento de planejamento no município de Água Clara/MS. Esta unidade administrativa deverá, também, ser a principal fonte de informações para estruturação de base de dados para a correta alimentação dos mecanismos específicos de controle, prevendo a geração anual de relatório de acompanhamento e garantindo o amplo acesso das informações à população água-clarense. O Departamento de Saneamento deverá ser constituído por no mínimo três funcionários, conforme recomendações a seguir: 01 profissional de nível superior com formação em Engenharia Civil, Sanitária e/ou Ambiental com atribuição de supervisionar, coordenar e planejar os serviços de saneamento; 01 Técnico em Saneamento ou Meio Ambiente com atribuição de fiscalizar, acompanhar e dar suporte ao Engenheiro; 01 profissional de nível médio alocado para serviços administrativos. 134 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Cabe observar que é possível a realocação de competências de funcionários dentro da SEINFRA para a estruturação do Departamento de Saneamento, entretanto, deve ser devidamente planejada esta mudança para que o acúmulo de funções não prejudique a eficiência de outros serviços. 8.1.2 Ouvidoria Dentre os mecanismos de reestruturação administrativa para a implementação do PMSB do município de Água Clara/MS, é de grande importância aqueles que preveem a participação social. Neste sentido, cita-se a “Ouvidoria” que pode ser definida como órgão R para recebimento de reclamações, avaliações e denúncias, ou seja, são canais permanentes A de comunicação direta com a população. Assim, recomenda-se a criação ou a utilização de órgão ou serviço semelhante já existente, para receber sugestões, críticas, denúncias, IM IN queixas, avaliação e ideias de qualquer cidadão água-clarense sobre questões relativas ao sistema de saneamento básico. Recomenda-se que este órgão seja vinculado ao Departamento de Saneamento (órgão executivo) e que possua as atribuições de atender, registrar, sistematizar os processos referentes ao saneamento básico, posteriormente encaminhando-os ao setor responsável e PR EL competente por tratar o assunto. A Ouvidoria deve ainda, acompanhar as providências tomadas, fornecendo o devido retorno ao interessado no processo. Após a implantação e estando atendendo com eficiência suas atribuições, a Ouvidoria poderá ser reestruturada para atender todas as reclamações, avaliações e denúncias, com a função de Ouvidoria O Central do Poder Público Municipal. Para isto, a Ouvidoria deverá ser constituída por, no mínimo, três funcionários VE RS à conectados à rede mundial de computadores (internet): 01 Ouvidor com nível superior e capacitação em Ouvidoria Pública, com conhecimentos mínimos em software de criação e edição de planilhas e internet; 01 Técnico em Gestão da Informação para o gerenciamento e sistematização dos processos recebidos pela Ouvidoria; 01 Atendente (Callcenter) para atendimento direto à população, buscando sanar dúvidas e receber os processos de forma rápida e eficiente. Como forma de redução de custo tanto de implantação como de operação, sugerese que a Ouvidoria tenha como auxílio o uso de redes sociais e aplicativos. Sendo assim, recomenda-se o uso da rede social Colab.re, disponível em formato de aplicativo móvel (nas versões IOS ou Android) e pela website (www.colab.re), que é uma ferramenta digital que permite aos cidadãos acompanhar, avaliar, cobrar e propor soluções aos serviços da Prefeitura, tais como: iluminação pública, saneamento básico, calçadas, trânsito e outros. A Prefeitura Municipal de Água Clara/MS poderá adotar a plataforma digital por meio de um contrato de cooperação sem custo para o município. Além desse aplicativo a PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 135 Prefeitura pode somar outros canais no ambiente digital, tais como: Facebook, Twitter, Instagram, entre outros. Para a população água-clarense utilizar a rede social Colab.re, o usuário poderá acessar a página da rede social (www.colab.re) utilizando uma conta do Facebook ou pelo aplicativo móvel. O usuário encontrará três abas principais do sistema que permitem ao cidadão fiscalizar, propor e avaliar, que se baseia em: Fiscalize – Ferramenta que permite ao cidadão interagir com a cidade, apontando problemas rotineiros, como iluminação pública, calçadas, trânsito, defesa do consumidor, entre outros. com os demais participantes da rede e os municípios. R Proponha – Espaço pelo qual os usuários colocam suas ideias/projetos em debate A Avalie – Espaço para avaliação de serviços, instituições e entidades ligadas ao IM IN poder público. Ao clicar em uma delas serão oferecidas várias categorias, por exemplo das opções “fiscalize” são limpeza e conservação, água e esgoto, meio ambiente, entre outros. As opções de "proponha" são plantar uma árvore/arborização, lixeira, entre outros. Uma espécie de linha PR EL do tempo estará visível na página inicial com postagens de usuários da cidade e espaço para publicação de fotos das situações relatadas. É possível apoiar, comentar e compartilhar, inclusive interagindo com outras redes sociais, como Facebook e Twitter. Também está disponível para o cidadão um gerador de relatórios que mostra, a partir de gráficos, as ações realizadas em cada categoria ou mesmo em bairros específicos em determinado espaço de O tempo. O ouvidor deverá estar conectado ao painel de monitoramento do Colab.re para VE RS à acompanhar em tempo real as demandas da população e respondê-las de forma personalizada. No Monitor Colab.re, a Prefeitura terá acesso a uma lista de reclamações e sugestões dos usuários, acompanhadas de foto, endereço físico e link na rede social para cada problema relatado, além de visualizar comentários e curtidas de outros seguidores, bem como o número de protocolo gerado a partir de cada solicitação. As demandas serão encaminhadas ao Departamento de Saneamento para tomar as devidas providências e responder à Ouvidoria, para que esta informe os cidadãos à respeito da solução para cada caso. A ouvidoria, periodicamente, deverá juntar todos os processos encerrados, devidamente sistematizados, e divulga-los nos meios de comunicação do Poder Público Municipal, sugere-se o sítio virtual da Prefeitura Municipal (Figura 36). 136 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Figura 36 – Fluxograma da operacionalização do mecanismo de avaliação através de ouvidoria. A Órgão colegiado IM IN 8.1.3 R Fonte: Elaborado pelos autores. A Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445/2007), assim como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), estabelece como um de seus instrumentos, os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de saneamento. PR EL Neste sentido, o Poder Público Municipal deve articular a formação de um órgão colegiado municipal para o controle social dos 4 eixos do saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais). Além de promover o controle social dos serviços de saneamento básico, sugere-se que O o órgão colegiado possua caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador, e possua as seguintes VE RS à competências voltadas para os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: Fiscalizar e controlar a implementação PMSB no que diz respeito ao fiel cumprimento de seus princípios e objetivos; Acompanhar e avaliar a implementação do PMSB; Deliberar sobre propostas de projetos de lei e programas de saneamento básico; Fiscalizar e controlar a adequada prestação dos serviços por administração direta, bem como a utilização dos recursos. Atuar no sentido da viabilização de recursos destinados aos programas e projetos elencados no PMSB; Garantir ampla publicidade dos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes no que refere-se à regulação e fiscalização e dos mecanismos de avaliação e monitoramento do PMSB. Nos órgãos colegiados é assegurado pelo Decreto nº 7.217/2010 a participação dos seguintes representantes: Titulares dos serviços; Órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico; PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 137 Prestadores de serviços públicos de saneamento básicos; Entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico. É assegurado também aos órgãos colegiados de controle social, o acesso a quaisquer documentos e informações produzidas por órgãos ou entidades de regulação ou de fiscalização conforme Lei de Acesso a informação (exceto documentos considerados sigilosos em razão de interesse público relevante, mediante prévia e motivada decisão), bem como a possibilidade de solicitar a elaboração de estudos com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões. R Prevendo que as funções e competências dos órgãos colegiados poderão ser A exercidas por outro órgão colegiado já existente, com as devidas adaptações da legislação, o Decreto nº 8.211/2014 determina que após 31 de dezembro de 2014, será vedado o acesso IM IN aos recursos federais destinados a saneamento básico, aos titulares desses serviços públicos que não instituírem o controle social realizado por órgão colegiado, por meio de legislação específica. Fundo Municipal de Saneamento PR EL 8.1.4 A Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, que delibera Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, define, em seu art. 71 que o fundo especial constitui o produto de receitas especificadas que por lei, se vinculam à realização de determinados O objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. VE RS à Complementarmente, os fundos públicos meramente contábeis não possuem personalidade jurídica, receita, nem patrimônio próprios e, também não ordenam nem executam recursos. Diante do exposto, é recomendada a instituição do Fundo Municipal de Saneamento com a finalidade de fomentar a reserva de aporte financeiro especificamente destinado para o custeio dos serviços de saneamento básico, considerando as possibilidades financeiras previstas e garantindo o cumprimento das obrigações assumidas, evitando o uso da verba reservada para este fim em outros objetos e, consequentemente, garantindo a eficiência e continuidade da prestação dos serviços. Assim, tal fundo específico deve ter os seguintes objetivos principais: Custear os serviços correlatos ao saneamento, incluindo limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município de Água Clara/MS; Prover receitas para o custeio das atividades do Departamento de Saneamento vinculado à SEINFRA. Assim, para que sejam alcançados os objetivos supracitados, recomenda-se que os recursos para o Fundo Municipal de Saneamento de Água Clara/MS sejam provenientes de: 138 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Receitas decorrentes da arrecadação da taxa ou tarifa específica para os serviços de saneamento; Dotações orçamentárias próprias e créditos suplementares destinados ao destinados ao saneamento; Receitas provenientes da realização de recursos financeiros; Contribuições ou doações de outras origens; Recursos de origem orçamentária da União e do Estado desenvolvimento urbano, ao saneamento e à limpeza urbana; Recursos provenientes de operações de crédito internas e externas; Originários de empréstimos concedidos por autarquias, empresas ou administração indireta do Município, Estado ou União; Juros e resultados de aplicações financeiras; Produto da execução de créditos relacionados ao saneamento inscritos na dívida A R IM IN ativa. Importante se faz recomendar que os recursos sejam sempre aplicados na estruturação da vertente para o qual foram obtidos, evitando assim o incorreto uso das verbas e consequentemente, prejuízos à determinadas vertentes do saneamento. PR EL Os registros orçamentários, financeiros e patrimoniais do Fundo Municipal de Saneamento serão de competência da contabilidade da administração pública do município, entretanto poderão ser elaborados outros registros auxiliares para orientação dos gestores no cumprimento das metas. Ressalta-se que deve-se cumprir as exigências legais vigentes, como a Lei nº 4.320/1964 e Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS CORRELATOS AO SANEAMENTO BÁSICO VE RS à 8.2 O Fiscal). Quanto às competências para organização e prestação dos serviços de interesse local, a Constituição Federal de 1988 no inciso V, do art. 30, estabelece que “compete aos municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local”, o que inclui os serviços de saneamento (inciso V, do art. 30 da CF). Deste modo, a titularidade dos serviços de saneamento básico é do município. Assim, este pode exercer a função diretamente ou delegá-lo a outro ente público ou estadual mediante a celebração de contrato de programa ou a um privado através de um contrato de concessão que pode ser por meio de Parcerias Públicos Privadas para a gestão total ou parcial de tais serviços. Ademais, há a gestão associada do serviço com outros municípios via convênio de cooperação ou consórcio público, conforme preconiza a Lei Federal nº 11.107/2007 e o Decreto Federal nº 6.017/2007 (Figura 37). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS IM IN A R 139 Figura 37 – Competência e tipos de prestação de serviços públicos admitidos pela Constituição Federal. PR EL Fonte: Adaptado do Ministério das Cidades - MCidades (2011). Desta forma, os próximos itens apresentam as análises das alternativas de gestão e prestação de serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo das águas pluviais, expondo a forma atual de prestação e as recomendações referente à regulação e fiscalização, prestação do VE RS à O serviço, organização e planejamento, bem como a forma de controle social. 8.2.1 Sistema de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário O município de Água Clara/MS firmou, em 16 de julho de 2002, um contrato de gestão compartilhada com a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (SANESUL), criada através do Decreto Estadual nº 71/1979, sob forma de sociedade de economia mista de capital aberto pela Lei Estadual nº 1.496/1994, a qual foi outorgada o direito de implantar, ampliar, administrar e explorar os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município. Referente à regulação e fiscalização dos serviços de abastecimento de água, Água Clara/MS não apresenta um Ente Regulador definido que possa estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários, garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas, bem como prevenir e reprimir o abuso 140 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 do poder econômico. Sendo assim, o município de Água Clara/MS possui uma estrutura de Abastecimento gestão de do Água, Sistema de conforme apresenta a Figura 38. O convênio de REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO PRESTAÇÃO DO SERVIÇO •INEXISTENTE •SANESUL Concessão mencionado possui o prazo de vigência de 20 (vinte) anos, contado a partir de 16 de ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO julho de 2002 (data de assinatura) até o dia •GOVERNO DO ESTADO de 16 de julho de 2022. R O referido instrumento jurídico prevê advento do termo final, só se dará em caso A que a extinção do contrato, antes do Figura 38 – Atual forma de gestão do Sistema de Abastecimento de Água. IM IN de rescisão motivada (em caso comprovado Fonte: Elaborado pelos autores. inadimplemento das obrigações previstas no contrato) e privatização da SANESUL. Ademais, em caso de rescisão, deverá ser realizada a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido abastecimento de água. PR EL realizados pela SANESUL para garantir a continuidade e a atualidade do serviço público de Deste modo, a alteração da forma de gestão do serviço de abastecimento de água implicaria em vantagens e desvantagens. Visando realizar o comparativo entre a gestão associada (forma atual) e a criação de uma Autarquia Municipal, confeccionou-se as Figura VE RS à O 39 e Figura 40. Figura 39 – Possíveis vantagens e desvantagens de continuar com forma de gestão associada para o sistema de abastecimento de água e para o sistema de esgotamento sanitário. Fonte: Elaborado pelos autores. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS IM IN A R 141 Figura 40 – Possíveis vantagens e desvantagens da troca pela forma de gestão direta descentralizada do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário por meio de uma Autarquia Municipal. Fonte: Elaborado pelos autores. PR EL Diante das vantagens e desvantagens expostas, recomenda-se que se dê a continuidade na forma de gestão associada com a prestação dos serviços pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (SANESUL). De forma a viabilizar uma melhora na qualidade dos serviços prestados, bem como a efetivação de ações essenciais à saúde pública, devem ser implantados mecanismos de PMSB. O fiscalização, regulação e controle, inclusive da concretização do planejado no presente VE RS à Deve-se ainda, buscar com base no PMSB em construção, realizar uma proposição de alteração do convênio de concessão para detalhar as ações a serem executadas pela SANESUL e assim, ter a definição consensual de que deve ser feito pela empresa e facilitando a atuação dos órgãos reguladores e fiscalizadores competentes. Quando a forma de regulação, recomenda-se que o município firme um convênio do a Agência Estadual de Regulação de Serviço Público de Mato Grosso do Sul (AGEPAN), que tem como atribuição a regulação e fiscalização dos serviços de interesse público de natureza econômica, de competência do Estado de Mato Grosso do Sul, assegurando a qualidade dos serviços prestados a preços justos e os direitos dos usuários. Entretanto, a forma de divulgação das informações e dados operacionais e o controle social devem ser revistas. Desta forma, no que concerne à divulgação de dados operacionais, o Poder Público Municipal e o ente Regulador devem cobrar da SANESUL a divulgação dos dados operacionais de forma clara, uma vez que, um dos princípios fundamentais na prestação dos serviços de competência da SANESUL é a transparência, contemplando a prestação de contas, publicidade e fornecimento de informações operacionais e comerciais. Ademais, deve ser exigida a emissão dos relatórios anuais de desempenho, a serem elaborados pela 142 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 SANESUL, de forma clara e destacada, conforme estabelecido no inciso I da Cláusula Nona do Contrato de Programa. Ainda, o controle social deve-se ser efetivo na função de garantir à sociedade informações, representações técnicas e participação nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. Inerente à isto, a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445/2007) estabelece o controle social como um dos princípios fundamentais para a prestação dos serviços de saneamento básico. Inerente à isto, o Art. 34 do Decreto Federal nº 7.217/2010 descreve os mecanismos de controle social que poderão ser adotados para instituir o controle social dos serviços de R saneamento básico e sendo estes: Debates e audiências públicas; Consultas públicas; Conferências públicas; e Participação de órgãos colegiados de caráter consultivos, sendo assegurada a IM IN A participação dos seguintes representantes: Dos titulares dos serviços; o Dos órgãos governamentais relacionados ao setor; o Dos prestadores de serviços públicos; e o Das entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor. PR EL o O As funções e competências dos órgãos colegiados supraelencados poderão ser exercidas por outro órgão colegiado já existente com as devidas adaptações da legislação. VE RS à As adaptações são necessárias, uma vez que os conselhos existentes em Água Clara/MS não possuem em suas composições os representantes supracitados, além de não expor claramente em suas competências o acompanhamento e fiscalização do Plano Municipal de Saneamento Básico e dos serviços de saneamento básico (ver item 8.1.3). O Decreto Federal nº 8.211/2014 supracitado determina que será vedado, a partir do exercício financeiro de 2015, acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem o controle social realizado por órgão colegiado definido por meio de legislação específica. Diante disso, observa-se ser de grande importância e urgência para o município de Água Clara/MS a PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 143 definição legal deste, através da criação de novo conselho ou devidas adaptações em conselhos existentes no município, a partir de CONTROLE SOCIAL PRESTAÇÃO DO SERVIÇO Órgão Colegiado(1) •SANESUL REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO legislação específica. Portanto, a forma de gestão recomendada para ser adotada pelo Poder Municipal para o Serviço de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário seguirá •AGEPAN •Governo do Estado e do Município A R basicamente a Figura 41. IM IN Figura 41 - Forma de Gestão do Serviço de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário recomendada. Fonte: Elaborado pelos autores. (1) Com atribuições e representantes específicos. Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos PR EL 8.2.2 Os serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos são considerados como serviços de interesse local cuja prestação, conforme preconizado pela Constituição Federal de 1988, cabe aos municípios. Portanto, a titularidade da prestação é do município, podendo O estes serviços serem administrados de diferentes formas conforme opção de tal ente competente. Neste sentido, o Quadro 8 ilustra as possíveis formas de gestão dos serviços de VE RS à limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Quadro 8 - Possibilidades para a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município de Água Clara/MS. Gestão Pública Execução direta pela administração pública Execução indireta pela administração pública Gestão Pública Associada Mediante consórcios públicos Mediante convênio associativo ou cooperação Gestão Público-Privada Contratação direta de prestação dos serviços Concessão Privada Parcerias Público-Privadas Fonte: Elaborado pelos autores. Analisando o Quadro 8, observa-se as três diferentes formas de gestão pública para os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos com diferentes formas de prestação. Na gestão pública, o titular dos serviços presta diretamente, através da própria administração municipal, ou indiretamente, através de autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de economia mista. Já na gestão pública associada, a execução dos serviços pode ocorrer mediante soluções consorciadas entre diferente titulares ou através de convênio associativo ou cooperação. 144 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Com relação à gestão público-privada, ressalta-se a contratação direta de prestação dos serviços, em que o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos poderá contratar cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais recicláveis, formadas por pessoas físicas de baixa renda, sendo dispensado de licitação7, nos termos do inciso XXVII do art. 24 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993. A concessão privada dos serviços ocorre quando a prestação se dá mediante empresas terceirizadas, ou seja, ocorre a descentralização do serviço público para particulares. Já as Parcerias Público-Privadas (PPP) são contratos de concessão em que o parceiro privado faz investimentos em infraestrutura para prestação de um serviço, cuja amortização e remuneração são viabilizadas pela cobrança de tarifas dos usuários e de R subsídio público (PPP Patrocinada) ou é integralmente bancada pela administração pública A (PPP Administrativa). Neste sentido, a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS pode optar por uma destas IM IN formas de gestão, ou associar duas ou mais formas de acordo com a viabilidade, uma vez que a gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ira envolver várias atividades distintas, porém correlatas. Assim, pode ser viável ao município gerir diretamente apenas parte dos serviços, terceirizar outra parcela e delegar demais atividades envolvidas, PR EL por exemplo. A definição do modelo de gestão a ser adotado envolve questões técnicas, operacionais, financeiras e políticas devendo suprir a qualidade dos serviços desejados e aliar a melhor relação custo-benefício. Portanto, objetivando apresentar as vantagens e VE RS à O desvantagens de cada modelo de gestão citado, confeccionou-se o Quadro 9. 7 É dispensável a licitação na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo Poder Público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública (inciso XXVII, art. 24, Lei Federal nº 8.666/93). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 145 Gestão PúblicoPrivada VE RS à O PR EL IM IN A R Quadro 9 – Vantagens e desvantagens dos modelos de gestão aplicáveis para o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Modelo de Gestão Vantagens Desvantagens Ingerência política no órgão municipal ou Em pequenas localidades situadas em áreas isoladas, departamento responsável pelos serviços sem conurbação, é muitas vezes o modelo mais pode acarretar prejuízos de ordem Administração Pública Direta adequado por permitir maior eficiência e menor custo funcional, prejudicando a eficiência da para a municipalidade. operação. Gestão Apesar da redução do risco, é ainda Pública Pode aumentar a eficiência em relação à possível a ingerência política por parte Administração Pública Indireta administração direta e evita em algum grau a dos administradores públicos da Autarquia, Empresa Pública ou ingerência política e suas consequências para a municipalidade, de forma que a Sociedade de Economia Mista operação. eficiência administrativa e operacional pode ficar prejudicada. Possibilidade de articulação com organizações da sociedade civil, formação de rede interinstitucional de Complexidade e rigor exigidos para a cooperação e ajuda mútua, com ganhos na relação implementação e operação de um horizontal e participativa em oposição às relações consórcio público. Consórcio Público competitivas e isoladas com menor poder diante das Possibilidade de interferência negativa de relações verticais. desentendimentos políticos. Priorização na obtenção de recurso federais, conforme Gestão preconiza Lei Federal nº 12.305/2010. Pública Associada Possibilidade de articulação com organizações da Definições imprecisas podem fazer com sociedade civil, formação de rede interinstitucional de que o município assine obrigações vagas. cooperação e ajuda mútua, com ganhos na relação Convênio associativo ou de Podem ainda gerar desequilíbrios horizontal e participativa em oposição às relações cooperação econômicos financeiros no contrato que competitivas e isoladas com menor poder diante das precisarão ser equalizados em casos de relações verticais. necessidades não previstos em contrato. Regido por Lei, maior estabilidade. Impossibilidade de financiamento privado Contrato de Prestação de Ganhos de eficiência e produtividade a custo prélimita a inovação e aumento de Serviços determinado pela Administração Pública. eficiência. Concessão Privada Concessão Comum Possibilidade de melhoria do serviço antes da disponibilidade de recurso para tal feito (iniciativa privada financia as melhorias e recebe a longo prazo). Risco total da iniciativa privada, fato este que afasta os investidores. 146 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Vantagens Canalização para os serviços públicos da habilidade gerencial e dos capitais privados. Possibilidade de articulação com organizações da sociedade civil, formação de rede interinstitucional de cooperação e ajuda mútua, com ganhos na relação horizontal e participativa em oposição às relações competitivas e isoladas com menor poder diante das relações verticais; Regido por Lei, maior estabilidade; Contratação com base em padrões e metas de desempenho, que induz a eficiência na gestão, a introdução de inovações e a redução dos custos globais do empreendimento por meio da integração entre projeto e construção; Análise de riscos rigorosa, a fim de assegurar estimativas de custos confiáveis. A necessidade de garantir um preço fixo para os contratos de construção induz a tomada de decisões com base em informações mais fidedignas; Manutenção adequada das facilidades, visto que o contrato de PPP define padrões e metas de qualidade dos serviços de manutenção, e os recursos destinados a essa atividade não são afetados por restrições orçamentárias de curto prazo; Partilha das facilidades implementadas por meio da PPP com terceiros, de modo a possibilitar a exploração de receitas acessórias e, por conseguinte, a redução do valor das contraprestações para o governo; Eficiência na partilha de responsabilidades, visto que as partes se concentram nas suas atividades-fim: o parceiro público especifica os padrões e metas de qualidade dos serviços, e o parceiro privado projeto, implanta e opera o empreendimento para atingir essas especificações Não é necessário que a gestão pública desembolse altos montantes de fora concentrada para estruturação do sistema: o parceiro privado realiza o investimento necessário que é pago de forma escalonada pelo parceiro público. Desvantagens Concessão Patrocinada, Administrativa e Urbanística Parcerias Público-Privadas (PPP) VE RS à O Gestão PúblicoPrivada PR EL IM IN A R Modelo de Gestão Fonte: Elaborado pelos autores. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS Definições imprecisas podem fazer com que o município assine obrigações vagas. Elevado tempo de maturação devido à exigência de modelagens, editais de licitação e arranjos comerciais complexos que implicam em largos prazos de implementação. Possível existência de conflitos de interesses. 147 Inerente ao exposto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu diretrizes que obrigam as Prefeituras Municipais a investirem na melhoria do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, bem como implantar ações para potencializar a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos. Porém, o município de Água Clara/MS, assim como a grande maioria dos municípios sul-mato-grossenses, não possui recursos financeiros suficientes e capacidade técnica adequada para modernizar e melhorar a eficiência do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, como determina o instrumento legal supracitado. Deste modo, a Parceria Público-Privada (PPP) é a modalidade mais favorável para a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, uma vez que para R atender as diretrizes nacionais, será necessário um aporte financeiro elevado, o qual Poder A Público Municipal não dispõe. Recomenda-se então, que sejam realizados estudos de viabilidade econômica e, diante da limitação da porcentagem de orçamento passível de ser IM IN utilizado em PPPs, deve-se dar preferência às atividades de coleta, tratamento e destinação final de Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais e de Prestadores de Serviços (RSDC), podendo a prestação para os outros serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (varrição, capina, roçada, etc.), ser por outras modalidades de PR EL gestão/administração. realizada Ainda, as PPPs possibilitam que a habilidade gerencial da inciativa privada, bem como os capitais a ela pertencentes sejam canalizados para os serviços públicos, estruturando uma forma de gestão capaz de proporcionar melhor uso do dinheiro público, pois confere maior eficiência, eficácia e efetividade aos serviços executados. O Além disso e das vantagens de tal forma de gestão expostas no Quadro 9, as PPPs representam para a sociedade uma oportunidade de desfrutar de serviços públicos mais VE RS à estruturados e coordenados, tendo em vista que um contrato de PPP bem elaborado deve exigir a comprovação do bom funcionamento do sistema. O processo de implantação da PPP deve respeitar o estabelecido na Lei Federal nº 11.079/2004 que institui as normas gerais para licitação e contratação de parceria públicoprivada no âmbito da administração pública. Cabe mencionar que este normativo legal complementou a Lei Federal nº 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos) e a Lei Federal nº 8.987/1995 (Lei de Concessões), além de se compatibilizar com a Lei Complementar Federal nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). O art. 4º da Lei Federal nº 11.079/2004 prevê três vedações para a celebração de contrato de PPP, sendo estas: Valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); Período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou Contrato que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 148 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Complementarmente, Grilo & Alves (2011) elenca oito itens que devem ser verificados para análise da elegibilidade do projeto de contrato de PPP (Figura 42) e, ainda, ressalta que PR EL IM IN A R os projetos devem estar inscritos no Plano Plurianual. Figura 42 – Exemplo de lista de verificação empregada na análise da elegibilidade do projeto à contratação em regime de PPP. O Fonte: Adaptado de Grilo e Alves (2011). VE RS à Para que se estabeleça a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos por meio de Parceria Público-Privada deve-se respeitar todo o trâmite legal exigido. Visando ilustrar de modo simplificado o processo foi confeccionada a Figura 43. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 149 Publicação do resumo do ato convocatório – Edital INÍCIO Esclarecimentos a quesitos e/ou Impugnação PREPARAR EDITAL E CONTRATO R Análise da habilitação dos licitantes (documentação) Diligências Publicação dos licitantes habilitados e inabilitados PROM OVER A CONSULTA PÚBLICA NO LOCAL DA ADMINISTRAÇÃO Fase recursal, com efeito suspensivo até a decisão do recurso Análise de Recursos PR EL ADEQUAR O EDITAL E O CONTRATO, CASO NECESSÁRIO Recebimento dos envelopes com a documentação e as propostas IM IN A EDITAL DE CHAMAMENTO PARA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Reabertura de prazo em caso de alteração APROVAR O PROJETO A PARTIR DA VALIDAÇÃO DA CONSULTA PÚBLICA REALIZAR FASE EXTERNA DA LICITAÇÃO Abertura dos envelopes de propostas técnicas e comerciais Análise e julgamento das propostas técnicas e comerciais O Declaração do licitante vencedor RS à ESTABELECIMENTO DE SPE¹ PARA IMPLANTAR E GERIR O OBJETO DE PPP VE ASSINATURA DO CONTRATO DE PPP Fase recursal, com efeito suspensivo até a decisão do recurso Adjudicação do objeto da licitação à vencedora Homologação/ aprovação dos atos praticados no procedimento licitatório TÉRMINO Convocação para assinatura do contrato Nota: ¹ Sociedade de Propósito Específico Figura 43 – Processo simplificado típico para implementação de uma Parceria Público-Privada (PPP). Fonte: Elaborado pelos autores. Análise de Recursos 150 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Deste modo, diante da situação diagnosticada no município e a partir de análises técnicas, recomenda-se para o município de Água Clara/MS a associação de diferentes formas de prestação dos serviços, conforme apresenta o Quadro 10. Quadro 10 - Recomendação quanto às formas de prestação dos serviços correlatos à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Recomendação da forma de Prestação Coleta Seletiva de resíduos secos Operação de unidades de triagem de recicláveis Instalação e manutenção de Locais de Entrega Voluntária (LEVs) Operação de unidades de compostagem R Operação de unidade de transbordo ou local de disposição final A Coleta Convencional Concessão dos serviços para empresa tecnicamente habilitada, preferencialmente via PPP Concessão dos serviços para empresa tecnicamente habilitada, preferencialmente via PPP e/ou em consórcios públicos Concessão dos serviços para empresas tecnicamente habilitada, preferencialmente via PPP Contratação de cooperativas e/ou associações de catadores de recicláveis(1) Concessão dos serviços para empresa tecnicamente habilitada, preferencialmente via PPP Concessão dos serviços para empresas tecnicamente habilitada, preferencialmente via PPP IM IN Serviços Concessão dos serviços Capina e Raspagem(2) Concessão dos serviços PR EL Varrição(2) Roçagem(2) Concessão dos serviços Poda(2) Concessão dos serviços Concessão dos serviços ou execução direta pela administração pública com consorciamento dos equipamentos de beneficiamento Coleta, tratamento e disposição final de RSS Concessão ou Contrato de prestação de serviços Fonte: Elaborado pelos autores. O Operação de áreas de triagem e transbordo simplificada de RCC VE RS à (1) O inciso I, art. 44, do Decreto nº 7.404/2010, que regulamenta a PNRS cita a possibilidade de dispensa de licitação para a contratação de cooperativas ou associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; (2) Os serviços podem ser concedidos conjuntamente para empresa tecnicamente habilitada. Ainda, este PMSB recomenda que a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS firme convênio com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEPAN) para a fiscalização externa e a regulação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com ressalvas para esta vertente do saneamento, conforme será exposto no subcapítulo 8.3. Observa-se que caso não seja viabilizada a formalização de convênio com a AGEPAN, a administração pública poderá viabilizar a implantação de uma Agência Intermunicipal de Regulação juntamente com os município limítrofes ou integrantes do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste (CIDECOL) ou implantar uma Agência Municipal de Regulação. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 151 8.2.3 Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais (SDU) A forma de gestão e prestação dos serviços de drenagem urbana e manejo das águas pluviais recomendada para o município de Água Clara/MS é a prestação direta centralizada, que se trata de uma prestação do serviço realizada diretamente pelo titular sem segregação contábil. Ainda, este PMSB recomenda que a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS firme convênio com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEPAN) para a fiscalização externa e a regulação dos serviços de drenagem para esta vertente do A ressalvas R urbana e manejo das águas pluviais, com saneamento, conforme será exposto no seja viabilizada convênio a com formalização de AGEPAN, a a administração pública poderá viabilizar a implantação de uma Agência Órgão Colegiado REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 1º AGEPAN PR EL Intermunicipal de Regulação juntamente IM IN subcapítulo 8.3. Observa-se que caso não 2º Agente Interno com os município limítrofes ou integrantes do Consórcio Intermunicipal Desenvolvimento da PRESTAÇÃO DO SERVIÇO CONTROLE SOCIAL para Costa Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO Prefeitura Municipal 3ºAgente Municipal o Leste O (CIDECOL) ou implantar uma Agência Municipal de Regulação. VE RS à Deste modo, a forma de gestão Figura 44 – Forma de Gestão do Serviço de Drenagem para o serviço de drenagem urbana e Urbana e Manejo das Águas Pluviais recomendada. manejo das águas pluviais, é Fonte: Elaborado pelos autores apresentada sistematicamente na Figura 44. 8.3 REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO A PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007) estabelece que o titular dos serviços de saneamento básico deverá prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços, definindo o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação. Neste sentido, este item busca apresentar os aspectos gerais de regulação e fiscalização para os serviços de saneamento básico de Água Clara/MS, que podem ser definidos como: Regulação: todo e qualquer ato que discipline ou organize determinado serviço público, incluindo suas características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta 152 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços públicos, para atingir os objetivos do art. 27 da Lei Federal nº 11.445/2010 (objetivos da regulação); Fiscalização: atividades de acompanhamento, monitoramento, controle ou avaliação, no sentido de garantir o cumprimento de normas e regulamentos editados pelo Poder Público e a utilização, efetiva ou potencial, do serviço público. A regulação dos serviços de saneamento básico objetiva, segundo o art. 22 da PNSB, estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários, garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas, prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema R nacional de defesa da concorrência e definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos A que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos IM IN ganhos de produtividade. Quanto à execução das atividades administrativas de regulação, inclusive organização, e de fiscalização dos serviços de saneamento básico, a PNSB estabelece que o titular do serviço poderá executá-las de duas formas, diretamente ou por delegação, VE RS à O PR EL conforme Figura 45. Figura 45 – Formas de execução das atividades administrativas de regulação. Fonte: A partir do Decreto Federal nº 7.217/2010. Ressalta-se que, caso a prestação de serviços públicos de saneamento básico seja realizada por entidade que não integre a administração do titular, obrigatoriamente deverá haver, a designação de uma entidade de regulação e fiscalização. Tal exigência está prevista no art. 11 da Lei nº 11.445/2007, como condição de validade dos contratos que tenham como objetivo a prestação de serviços públicos de saneamento básico. Ainda, o parágrafo 1º do art. 23 da Lei Federal supracitada, cita que a regulação de serviços públicos de saneamento básico poderá ser delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos limites do respectivo Estado, explicitando, no ato PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 153 de delegação da regulação, a forma de atuação e a abrangência das atividades a serem desempenhadas pelas partes envolvidas. Diante do exposto, destaca-se a importância da Prefeitura Municipal de Água Clara/MS definir o ente responsável pela regulação desses serviços, bem como os procedimentos de atuação, principalmente, quando a prestação for concedida, ou seja, existindo relação contratual entre o titular e o prestador dos serviços, além de obrigações contratuais para atender aos usuários. Portanto, este PMSB recomenda que a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS firme convênio com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEPAN) para a fiscalização externa e a regulação de todos os serviços e sistemas do R saneamento básico. A Observa-se que a AGEPAN, a partir do Decreto nº 13.495/2012 8, possui uma Câmara de Saneamento formada pelo Núcleo de Regulação Técnica Operacional e Núcleo de IM IN Fiscalização. Entretanto, as competências concretas e a efetiva atuação destes Núcleos limitam-se apenas aos eixos de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Mencionase que está em processo de elaboração, um instrumento de planejamento a nível estadual que irá propor a reestruturação organizacional desta Câmara Técnica, propondo que as PR EL competências concretas e o conhecimento técnico dos seus Núcleos estendam-se às vertentes de drenagem urbana e manejo das águas pluviais, assim como para limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Portanto, pensando em minimização de custos e eficiência do serviço de regulação, o presente PMSB propõe como a melhor opção para o município de Água Clara/MS a O formalização do convênio com a AGEPAN para todas as vertentes do saneamento. Observa-se que caso não seja viabilizada a formalização do convênio com a AGEPAN, VE RS à a administração pública poderá viabilizar a implantação de uma Agência Intermunicipal de Regulação juntamente com os município limítrofes ou integrantes do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste (CIDECOL) ou implantar uma Agência Municipal de Regulação. Destaca-se que os prestadores de serviços públicos de saneamento básico deverão fornecer ao ente regulador todos os dados e informações necessários para o desempenho de suas atividades, na forma das normas legais, regulamentares e contratuais, conforme estabelecido pelo art. 25 da Lei Federal nº 11.445/2007. Complementarmente as ações exercidas pelo Ente Regulador e Fiscalizador, o Departamento de Saneamento (ver item 8.1.1) realizará as ações de fiscalização interna do prestador de serviço visando monitorar a qualidade e eficiência dos serviços prestados. Este órgão executivo deverá reportar as deficiências da prestação, em primeira instância, diretamente ao prestador de serviço e, no caso de reincidências ou não correção, reportar a entidade reguladora. Todas as deficiências devem ser reportadas ao órgão colegiado (ver O Decreto nº 13.495, de 28 de setembro de 2012, estabelece a estrutura básica da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEPAN). 8 154 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 item 8.1.3). Deste modo, a estrutura de fiscalização e regulação proposta é apresentada na PR EL IM IN A R Figura 46. Fonte: Elaborado pelos autores. O Figura 46 – Ilustração esquemática da forma de regulação e fiscalização proposta para os serviços de saneamento básico no município de Água Clara/MS. VE RS à No que concerne à divulgação de dados operacionais, o Poder Público e os Entes Reguladores devem cobrar dos prestadores de serviço a divulgação dos dados operacionais, uma vez que um dos princípios fundamentais na prestação dos serviços é a transparência, contemplando a prestação de contas, a publicidade e o fornecimento de informações operacionais e comerciais (conforme preconiza o art. 2º, inciso II do Decreto nº 6.689/1992). Além disso, deve ser exigida a emissão dos relatórios anuais de desempenho, a serem elaborados pelos prestadores de serviço, de forma clara e destacada, servindo como uma das fontes de informações dos relatórios a serem gerados pelo ente regulador. 8.4 CONTROLE SOCIAL A PNRS (Lei Federal nº 12.305/2010), assim como a PNSB (Lei Federal nº 11.445/2012), define controle social como o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade as informações e a participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos. Neste sentido, o Poder Público deve estabelecer mecanismos para que o controle social seja efetivo durante a implementação dos Programas, Projetos e Ações previsto neste PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 155 instrumento de gestão, assim sugere-se a adoção dos mecanismos apresentados na Figura 47 com base no art. 34 do Decreto Federal nº 7.217/2010 que regulamenta a Lei Federal nº IM IN A R 11.445/2007. Figura 47 - Mecanismos de controle social propostos para o PMSB de Água Clara/MS. PR EL Fonte: Elaborado pelos autores. As audiências públicas mencionadas devem ser realizadas de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser feitas de forma regionalizada e envolver Debates dos assuntos diversos correlatos à temática. Já as Consultas Públicas devem ser promovidas de forma a possibilitar que qualquer pessoa, independentemente de interesse, ofereça críticas e respondidas. O sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas serem adequadamente VE RS à A PNSB, assim como a PNRS, estabelece como um de seus instrumentos, os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social para o sistema de saneamento, conforme detalhado no subcapítulo 8.1.3. Além disso, a criação da Ouvidoria (ou reestruturação do serviço semelhante) proposta por esta Plano é uma forma eficiente e contínua de garantir o controle social dos serviços prestados (ver item 8.1.2). Outro evento que contribui para o controle social dos serviços prestados é a Conferência das Cidades, que para potencialização dos benefícios deve ser sempre bem planejada e executada. 8.5 SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÃO SOBRE O SANEAMENTO - SMIS O Sistema Municipal de Informação sobre o Saneamento – SMIS tem como objetivo avaliar e monitorar a implementação do presente instrumento de gestão, bem como estruturar um banco de dados georreferenciados das quatro vertentes do Saneamento Básico do município de Água Clara/MS. A administração municipal deve instituir um SMIS, automatizado ou manual, capaz de coletar, armazenar e processar dados, conforme ilustra 156 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 a Figura 48. Recomenda-se que este sistema seja operacionalizado pelo Departamento de Saneamento, porém, a origem das informações deverá ser sistematizada pelos diversos órgãos relacionados diretamente ou indiretamente com a gestão de resíduos sólidos do PR EL IM IN A R município. Figura 48 – Esquematização simplificada do funcionamento de um sistema de informações. Fonte: Elaborado pelos autores. Nesse sentido, contextualizando a esquematização exposta, o Sistema de Informações deve facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência dos serviços e dos sistemas do O Saneamento Básico, ser integrado com o mapeamento de informações geográficas para o município de Água Clara/MS aplicando-se as seguintes definições: Ambiente: definido pela unidade territorial de Água Clara/MS, abrangendo, VE RS à principalmente, a área urbana do município; Matéria-prima/Dados: definido como coleta de dados primários e secundários sobre os sistemas de saneamento (Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais), o registro e a sistematização num ambiente de armazenamento (banco de dados); Armazenamento: local onde a matéria-prima/dados estará registrada e fará a sistematização dos mesmos (banco de dados); Processamento: é definido como Sistema que será utilizado para o armazenamento dos dados existentes, no caso, planilhas eletrônicas que permitem o cruzamento de informações por tempo, área do saneamento e que sejam gerados gráficos comparativos; Produto/Informações: definido como a fase em que as informações são passadas aos gestores e à comunidade; PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 157 Realimentação do Sistema: definido como a realimentação do sistema com novos dados, possibilitando que o mesmo seja atualizado frequentemente, perpetuando sua utilidade como instrumento de gestão. O Sistema Municipal de Informações sobre o Saneamento deve ser composto por indicadores de fácil obtenção, apuração e compreensão, confiáveis do ponto de vista do seu conteúdo e fontes. Este será capaz de mensurar a atual situação do sistema de Saneamento Básico e orientar o alcance dos objetivos e o cumprimentos das metas. O sistema deverá auxiliar, principalmente, no planejamento, prestação, fiscalização e controle. Neste sentido, o Quadro 11 apresenta uma sugestão de conteúdo para o SMIS do R município de Água Clara/MS. Cumpre observar que o Capítulo 11 apresenta um conjunto de A instrumentos (indicadores, marcos, relatórios) que deverão ser considerados neste Sistema. IM IN N° de população urbana e rural atendidas com abastecimento de água pelo prestador de serviço N° da amostras analisadas para aferição de coliformes totais PR EL Interrupções no abastecimento (n°/ano) Quantidade de ramais de ligações Volume de água tratada produzida e exportada N° de poços de abastecimento de água em operação O Mapeamento contendo todas as infraestruturas e componentes do sistema de abastecimento Mapeamento dos domicílios localizados em ruas com microdrenagem (sarjetas, bocas-delobo, poços de visita, galerias) VE RS à DRENAGEM URBANA ABASTECIMENTO DE ÁGUA Quadro 11 – Sugestão de conteúdo mínimo do Sistema de Informações. Sistema de Informações Mapeamento das áreas acometidas por inundações, enchentes e alagamentos Área destinadas a preservação permanente Mapeamento contendo todas as infraestruturas e componentes do sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais Plano Diretor de Drenagem ESGOTAMENTO SANITÁRIO Lançamentos indevidos de esgoto nos sistemas de drenagem urbana N° de população urbana e rural atendidas com esgotamento sanitário pelo prestador de serviço Mapeamento contendo todas as infraestruturas e componentes do sistema de esgotamento sanitário Volume diário de esgoto tratado na(s) ETE(s) Volume de esgoto coletado Volume de esgoto tratado Extensão da rede de esgoto 158 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Sistema de Informações N° de população urbana e rural atendidas com o serviço de coleta de resíduos sólidos pelo prestador de serviço N° de estabelecimentos privados no município Estabelecimentos privados com contrato com empresa licenciada de destinação de RSS N° de locais irregulares de depósito de RSU N° de passivos ambientais mapeados Quantidade diário de resíduos sólidos gerados A Destinação Ambientalmente adequado dos resíduo sólidos R RESÍDUOS SÓLIDOS Serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos prestados de forma consorciada IM IN Existência de coleta seletiva, unidade de triagem de resíduos, unidade de compostagem, locais de entrega voluntária (LEVs), Ponto de entrega voluntária (PEVs) Quantidade diária coletada de RSS, RCC e RSU Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: Este conteúdo pode ser alterado a partir de projeto específico para criação e implementação do Sistema. É importante recomendar que este sistema seja construído de forma compatível com PR EL os sistemas municipais de outras áreas (como de saúde, por exemplo), de forma a facilitar a integração de informações. Preferencialmente, tal sistema deve ser acessado online e gradativamente ir incorporando instrumentos que possibilitem a geração de informações e o monitoramento online do sistema com mapeamento qualitativo e quantitativo dos fluxos. O O SMIS será uma ferramenta imprescindível para à tomada de decisões pelo gestores VE RS à municipais, bem como para garantir o acesso da população às informações e aos dados sobre o sistema de Saneamento Básico. Deste modo, os gestores e servidores municipais deverão receber capacitação contínua para que possam realizar análises precisas dos produtos gerados pelo sistema. 8.6 ASPECTOS LEGAIS, NORMATIVOS E DE PLANEJAMENTO As legislações nacionais referentes ao saneamento básico, principalmente a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445/2007), a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010) e seus respectivos decretos regulamentadores, trouxeram um arcabouço jurídico inovador relacionado ao sistema e serviços que compreendem o saneamento, principalmente, quanto à universalização dos serviços, responsabilidade compartilhada sobre o ciclo de vida, logística reversa, inclusão social, concessão dos serviços, instrumentos de gestão, entre outros. Neste sentido, o município de Água Clara/MS necessita de adequação, complementação e convergência do arcabouço legal municipal, de modo que os princípios e objetivos da atual legislação nacional sejam incorporados. Portanto, cabe ao Poder Público PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 159 municipal desenvolver esta função, primeiramente, realizando a análise do arcabouço legal municipal, por meio de empresa terceirizada capacitada que possua experiência comprovada em serviços semelhantes (devido à complexidade desse estudo). Destaca-se a importância do envolvimento da Câmara Municipal de Vereadores como participante durante todo o processo e na avaliação do estudo. O Poder Público municipal deverá ainda, através da Assessoria Jurídica e dos membros da Câmara Municipal de Vereadores, assegurar ao município instrumentos legais que promovam o desenvolvimento sustentável, exijam a correta gestão e gerenciamento de resíduos sólidos e propiciem, principalmente, a geração de negócios, empregos e renda para o município. R Diante do exposto e para atendimento legal do planejamento definido neste IM IN seguintes instrumentos legais e de planejamento: A instrumento de gestão, o município de Água Clara/MS deverá priorizar a instituição dos Código Municipal de Resíduos Sólidos: Regulamento Municipal de Limpeza Urbana que contém medidas em matéria de higiene, limpeza, segurança e costumes públicos relacionados aos resíduos sólidos, bem como sua segregação, acondicionamento, disposição para coleta, transporte e destinação final, dando suporte legal à PR EL responsabilidade compartilhada e à logística reversa na geração dos resíduos sólidos. Deverá trazer a obrigatoriedade da elaboração e o conteúdo mínimo dos Planos de Gerenciamentos de Resíduos Sólidos a serem desenvolvidos pelos geradores sujeitos à este instrumento; Lei de Parcerias Público-Privadas: Lei responsável por instituir o Programa de Parcerias Público-Privadas do município. Tal instrumento destina-se precipuamente à incentivar O a colaboração entre a administração pública municipal direta, os fundos especiais, as VE RS à autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo município e a iniciativa privada visando à realização de atividades de interesse público mútuo (aquelas inerentes às atribuições da administração pública municipal direta ou indireta, tais como a gestão e prestação dos serviços públicos, de obras públicas ou de bens públicos, cuja efetivação existe interesse de colaboração da iniciativa privada). Lei Municipal de Saneamento Básico: Regulamento que estabelece diretrizes municipais para o saneamento básico e para a política municipal de saneamento básico passando a ser a referência de desenvolvimento do município a partir as metas de cobertura e atendimento com os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo de água pluviais. Plano Diretor de Drenagem Urbana - PDDU: é um documento normativo que estabelece mecanismo de gestão da infraestrutura urbana relacionada com o escoamento da água pluvial na área urbana. Tem o objetivo de compatibilizar a ocupação e a infraestrutura, buscando conviver harmoniosamente com os eventos críticos de chuva. 160 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Plano Diretor de Arborização Urbana - PDAU: deve ser um instrumento complementar ao Plano Diretor do município que que possui entre seus benefícios: diminuir os impactos ambientais da urbanização, moderando o clima, conservando energia no interior de casas e prédios, absorvendo o dióxido de carbono, melhorando a qualidade da água, controlando o escoamento das águas e as enchentes, reduzindo os níveis de barulho, oferecendo abrigo para animais e aves e melhorando a atratividade das cidades, entre os muitos benefícios que nos proporcionam. Além dos dispositivos legais e instrumentos de planejamento elencados e detalhados acima, o município ainda deverá prever os seguintes instrumentos e ações: Lei incentivando o reaproveitamento e a reciclagem dos Resíduos Domiciliares, R (RCC); A Comerciais e de Prestadores de Serviços (RSDC) e dos Resíduos da Construção Civil Lei instituindo taxas/tarifas e preços públicos; Criação das leis de zoneamento urbano contemplando restrições levantadas nos IM IN instrumentos de gestão; Instituição do poder de polícia para quem multará o não cumprimento das diretrizes legais; Análise das legislações municipais, de modo a identificar e corrigir possíveis PR EL incongruências com os instrumentos legais de outras esferas, bem como alinhar todas as Políticas Públicas Municipais, evitando contradições; Formalização da gestão associada para disposição final de resíduos, caso esta seja PROJETOS BÁSICOS E EXECUTIVOS VE RS à 8.7 O adotada pelo Poder Público. Os projetos de engenharia são instrumentos fundamentais para que as melhorias propostas para o saneamento básico do município de Água Clara/MS sejam executadas em conformidade com o planejamento, bem como com as necessidades e anseios da sociedade, propiciando a qualidade técnica necessária. A Lei Federal nº 8.666 /1933 traz as definições de Projeto Básico e Projeto Executivo. Diante das definições expostas no Quadro 12, insta observar que é de suma importância que para todas as recomendações de elaboração de projetos expostas neste Plano Municipal de Saneamento Básico seja seguido o ritual de confecção do Projeto Básico e Executivo nos moldes expostos. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 161 Quadro 12 - Definições de Projeto Básico e de Projeto Executivo. Projeto Básico Projeto Executivo Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: O conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; IM IN Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; R Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem; O Projeto Executivo deverá apresentar todos os elementos necessários à realização do empreendimento, detalhando todas as interfaces dos sistemas e seus componentes. Além dos desenhos que representem todos os detalhes construtivos elaborados com base no Projeto Básico aprovado, o Projeto Executivo será constituído por um relatório técnico, contendo a revisão e complementação do memorial descritivo e do memorial de cálculo apresentados naquela etapa de desenvolvimento do projeto. O Projeto Executivo conterá ainda a revisão do orçamento detalhado da execução dos serviços e obras, elaborado na etapa anterior, fundamentada no detalhamento e nos eventuais ajustes realizados no Projeto Básico.". A Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; Segundo BRASIL (1997), É o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato. PR EL Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; O Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados. VE RS à Fonte: A partir da Lei Federal nº 8.666 /1933 e de BRASIL (1997). Para que esta recomendação se concretize, é necessário que, nos casos de contratação de empresas terceirizadas para elaboração de tais projetos, a gestão pública elabore Termos de Referência completos e claros, contemplando a exigência de todos os detalhamentos necessários para execução da obra, fabricação de equipamento e/ou montagem de infraestrutura. Tal documento deve integrar o processo licitatório e ser referenciado no contrato de forma que a municipalidade tenha meios legais de exigir o fiel cumprimento do contratado, de forma a atender integralmente sua demanda e evitar problemas futuros devido a falhas e/ou inconsistências nos projetos. Convém destacar que projetos básicos e executivos elaborados de maneira deficiente podem acarretar em prejuízos técnicos, econômicos, temporais e legais, decorrentes de atrasos na entrega do empreendimento, da baixa qualidade do produto gerado, dos custos adicionais para a viabilização do empreendimento, ou até mesmo da inviabilização de todo o processo de implantação. A fim de evitar tais ocorrências, além de atender ao exposto anteriormente, os projetos de engenharia precisam evidenciar os seguintes aspectos: 162 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Compatibilidade com o Plano Municipal de Saneamento Básico; Atendimento aos requisitos e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); Os custos e prazos de execução; Viabilidade técnica da solução proposta entre as alternativas estudadas; Atendimento à legislação ambiental; Existência de riscos ou condicionantes que possam afetar a execução, o prazo de execução, os custos e funcionalidade do empreendimento; Planejamento da execução do empreendimento com vistas ao dimensionamento dos prazos de licitação, fornecimento de equipamentos, sobretudo quando se tratar de Compatibilidade do projeto com o edital de licitação; Necessidade de informações complementares. IM IN A do recurso; R especiais ou sob encomenda, execução do projeto executivo e inicio do desembolso Recomenda-se ainda que todo Projeto Executivo de estruturas, sistemas e equipamentos deve ser acompanhado de Projeto Operacional, ou seja, volume que descreva a forma de operação que foi considerada no projeto, contendo todo o PR EL detalhamento do funcionamento do item projetado, incluindo ações de manutenções preventivas periódicas. Seguindo estas recomendações, as legislações e normas técnicas aplicáveis, o município terá a concretização da implantação e a eficiência das estruturas projetadas DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO COMPONENTES DO SANEAMENTO BÁSICO DAS INFRAESTRUTURAS DOS SISTEMAS VE RS à 8.8 O asseguradas. Para o licenciamento ambiental de atividades relacionadas ao saneamento básico (sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo das águas pluviais) em municípios que não possuam sistema de licenciamento ambiental municipal implantado ou que não realizem licenciamentos relacionados a tais atividades, deverá ser observado o preconizado na Resolução SEMADE n.º 009, de 13 de maio de 2015, que dispõe sobre os procedimentos para o licenciamento ambiental estadual em Mato Grosso do Sul e demais resoluções correlatas ao licenciamento das atividades supramencionadas. Enfatiza-se que é de grande importância o devido licenciamento ambiental das atividades, pois a implementação e operação sem as devidas licenças podem acarretar multas, interdições e/ou embargos. Apresenta-se adiante o Quadro 13, no qual indica-se as Licenças Ambientais e documentação necessária para licenciamento das infraestruturas do Sistema de Abastecimento de Água. Já no Quadro 14 são indicados os procedimentos para o PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 163 Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do Sistema de Esgotamento Sanitário. No Quadro 15 são indicados os procedimentos para Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais e no Quadro 16 são apresentadas as atividades relacionadas à disposição final de resíduos sólidos passíveis de licenciamento, como também as atividades relacionadas ao tratamento, segregação, beneficiamento e armazenagem de resíduos, especificando-se o porte, as fases de licenciamento (prévio, de instalação e de operação) e os respectivos estudos e formulários a serem preenchidos para obtenção das licenças. É importante salientar que para o protocolo dos pedidos de licenças, ainda deverá ser R observada na resolução supracitada, as documentações adicionais a serem solicitadas para A cada fase, bem como os requisitos mínimos a serem abordados pelos estudos ambientais. Os formulários e os termos de referência podem ser encontrados no endereço eletrônico do IM IN Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), www.imasul.ms.gov.br. Destaca-se que em caso de dúvidas deve ser protocolado uma carta consulta ao IMASUL. PR EL Quadro 13 - Procedimentos para o Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do sistema de abastecimento de água. Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Instalação Licença Prévia (LP) Licença de Operação (LO) (LI) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Relatório Ambiental Sistema de Ambiental (PBA), Simplificado (RAS) abastecimento público incluindo o Plano de de água contemplando Estudo de Viabilidade Auto Monitoramento Relatório Técnico de captação, adução de Hídrica (EVH) (PAM), Plano de Conclusão (RTC) água bruta e estação de Gerenciamento de Formulário de tratamento de água – Resíduos (PGR) e o Atividades de ETA. Programa de Saneamento Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) Fonte: A partir da Resolução SEMADE nº 009/2015. VE RS à O Atividades Quadro 14 - Procedimentos para o Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do sistema de esgotamento sanitário. Atividades Sistema de Tratamento de Esgoto, contemplando Elevatória, Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e Emissário – observar a Resolução CONAMA nº 377/06 Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Operação Licença Prévia (LP) Licença de Instalação (LI) (LO) Relatório Ambiental Projeto Executivo (PE) Simplificado (RAS) Plano Básico Ambiental Formulário de (PBA), incluindo o Plano Atividades de de Auto Monitoramento Saneamento Relatório Técnico de (PAM), Plano de Conclusão (RTC) Estudo de Gerenciamento de Autodepuração do Resíduos (PGR) e o corpo receptor Programa de Prevenção de Riscos Outorga da ANA (para Ambientais (PPRA) os rios Federais) 164 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Operação Licença Prévia (LP) Licença de Instalação (LI) (LO) Proposta Técnica Ambiental (PTA) Projeto Executivo (PE) Projeto Básico Ambiental (PBA), Estação Elevatória de incluindo o Plano de Esgoto (EEE) – observar a Relatório Técnico de Auto Monitoramento _ Resolução CONAMA nº Conclusão (RTC) (PAM) 377/06 Formulário de Atividades de Saneamento Formulário Industrial Modelo I Fonte: A partir da Resolução SEMADE nº 009/2015. A R Atividades IM IN Quadro 15 - Procedimentos para o Licenciamento Ambiental das infraestruturas componentes do sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Instalação e Operação (LIO) Atividades Proposta Técnica Ambiental (PTA) Projeto Executivo (PE) Projeto de Recuperação de Área Degradada e Área de Preservação Permanente (PRADE-APP) Formulário de Obras de Drenagem e Artes Especiais Caracterização da bacia de drenagem e do corpo receptor Proposta Técnica Ambiental (PTA) com Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano Ambiental de Construção (PACO) e o Plano de Controle Ambiental (PCA) Formulário de Obras de Drenagem e Artes Especiais Caracterização da bacia de drenagem e do corpo receptor O Sistema de Drenagem Urbana – lançamento ou disposição final das águas coletadas/drenadas. Atividade isenta de licenciamento ambiental. PR EL Sistema de Drenagem Urbana – Drenagem superficial de águas pluviais e galerias urbanas de águas pluviais VE RS à Sistema de Macrodrenagem (Obras de retificação, canalização, revitalização e/ou recuperação de curso d’água) Nota: Após concluída a instalação da atividade, deverá ser apresentado o Relatório Técnico de Conclusão (RTC), antes do início efetivo da operação com registo fotográfico e Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART) Fonte: A partir da Resolução SEMADE nº 009/2015. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 165 Quadro 16 – Procedimentos para o licenciamento ambiental das infraestruturas componentes de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Especificação/Porte Licença Prévia (LP) IM IN A _ Estudo Ambiental Preliminar (EAP) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Plano Básico Ambiental (PBA) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Termo de compromisso para recuperação de área de disposição de resíduos sólidos pertinente a área do Lixão a ser desativado (conforme modelo fornecido pelo IMASUL) Plano Básico Ambiental incluindo o Plano de Monitoramento (PAM) Projeto Executivo (PE) (PBA) Auto Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Procedimentos Operacionais (PPO) da atividade (Manual de Operação do Aterro Sanitário) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) à O Capacidade de recebimento acima de 30 ton/dia até 80 ton/dia. R Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Plano Básico Ambiental (PBA), contemplando o Plano de Auto Monitoramento (PAM) Capacidade de recebimento até 30 ton/dia. Estudo de Impacto Ambienta/Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Termo de compromisso para recuperação de área de disposição de resíduos sólidos pertinente a área do Lixão a ser desativado (conforme modelo fornecido pelo IMASUL) RS Capacidade de recebimento acima de 80 ton/dia. VE Aterro Sanitário para Resíduos Sólidos Urbanos Domiciliares – Classe II-A (não perigosos e não inertes), havendo Unidade de Triagem e/ou Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos integrada, a mesma poderá ser licenciada no mesmo processo do aterro. (Observar Resolução CONAMA nº 404/2008). Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) PR EL Atividades Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) 166 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Especificação/Porte Licença Prévia (LP) Capacidade de recebimento até 30 ton/dia. Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos. Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) R Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) Licença de Instalação e Operação (LIO) IM IN A Atividades Nota: Após concluída a instalação da atividade, deverá ser apresentado o Relatório Técnico de Conclusão (RTC) antes do início efetivo da operação, juntamente com o Termo de compromisso para recuperação de área de disposição de resíduos sólidos relativo ao encerramento futuro da atividade. _ Estudo de Impacto Ambienta/Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Com capacidade de recebimento até 20 ton/dia VE Aterro para resíduos industriais – Classe I (perigosos) RS à Com capacidade de recebimento acima de 60 ton/dia. Estudo Ambiental Preliminar (EAP) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos PR EL Capacidade de recebimento acima de 30 ton/dia até 60 ton/dia. O Aterro para resíduos de Serviços de Saúde – Classe I (perigosos). Grupos “A”, “B” e “E”. Observar Resolução CONAMA n.º 358/ 2005. Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos _ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) 167 Especificação/Porte Licença Prévia (LP) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Com capacidade de recebimento acima de 80 ton/dia Estudo de Impacto Ambienta/Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Com capacidade de recebimento até 20 ton/dia Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos PR EL R Estudo Ambiental Preliminar (EAP) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Com capacidade de recebimento acima de 20 ton/dia até 80 ton/dia. _ Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) à O Aterro para resíduos industriais – Classe II-A e II-B (não perigosos) Estudo Ambiental Preliminar (EAP) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos VE RS Com capacidade de recebimento acima de 20 ton/dia Usina de Triagem e/ou Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos – UPL com ou sem compostagem Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) IM IN A Atividades Com capacidade de recebimento até 30 ton/dia Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Licença de Instalação e Operação (LIO) Proposta Técnica Ambiental (PTA) Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Auto Monitoramento (PAM) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Nota: Após concluída a instalação da atividade, deverá ser apresentado o Relatório Técnico de Conclusão (RTC) antes do início efetivo da operação. 168 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Com capacidade de recebimento acima de 80 ton/dia Com capacidade de recebimento até 20 ton/dia Sistema de Compostagem Simples para resíduos sólidos orgânicos – Classe II – A (Não inertes) Licença de Instalação e Operação (LIO) Proposta Técnica Ambiental (PTA) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Auto Monitoramento (PAM) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Formulário Industrial Simplificado Formulário Industrial Modelo I à Comunicado de Atividade(CA) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Ambiental (PBA), incluído o Plano de Auto Monitoramento (PAM) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Formulário Industrial Simplificado Formulário Industrial Modelo I Unidade de Processamento ou Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil VE RS Com capacidade de recebimento acima 20 ton/dia R Com capacidade acima de 30 ton/dia até 80 ton/dia IM IN A Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença Prévia (LP) Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Ambiental (PBA) Relatório Técnico de Conclusão _ incluindo o Plano de Auto (RTC) Monitoramento (PAM) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Estudo Ambiental Preliminar (EAP) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Ambiental (PBA), Relatório Técnico de Conclusão incluindo o Plano de Auto _ (RTC) Monitoramento (PAM) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Licença de Instalação e Operação (LIO) PR EL Especificação/Porte O Atividades Para Resíduos da Classe II – B (inertes) Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Auto Monitoramento (PAM) Formulário Industrial Modelo I _ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS Relatório Técnico de Conclusão (RTC) 169 Estação de Transbordo; Depósito de Recicláveis ou Sucata – Não Perigosos, sem recebimento de embalagens de fitossanitários. Nota: Após concluída a instalação da atividade, deverá ser apresentado o Relatório Técnico de Conclusão (RTC) antes do início efetivo da operação. Área útil até 10.000 m² Área útil acima de 10.000 m² _ Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) _ Área útil acima de 1.000 m² até 10.000 m² VE Armazenamento Temporário de Produtos Perigosos – Classe I, sem o recebimento de embalagens fitossanitários. RS à Área útil até 1.000 m² Proposta Técnica Ambiental (PTA) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Projeto Executivo (PE) Plano Básico Ambiental (PBA) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos (formulário IMASUL) Estudo Ambiental Preliminar (EAP) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos (formulário IMASUL) Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos (formulário IMASUL) PR EL Ecopontos Pneumáticos, inservíveis, óleo vegetal usado, baterias automotivas, lâmpadas, resíduos tecnológico, outros (especificar no cadastro) R Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença Prévia (LP) Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Formulário Industrial Simplificado Licença de Instalação e Operação (LIO) Proposta Técnica Ambiental (PTA) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos IM IN A Especificação/Porte O Atividades Área útil acima de 10.000 m² Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) Plano Básico Ambiental (PBA) Projeto Executivo (PE) Relatório Técnico de Conclusão (RTC) Plano de Auto Monitoramento (PAM) 170 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Aterro – Resíduos da Construção Civil – Classe II-B (inertes), havendo Unidade de Beneficiamento de Resíduos, integrada, a mesma poderá ser licenciada no mesmo processo. (1) Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde – Classe I (perigosos) – Grupos “A”, “B” e “E”. (Observar Resolução CONAMA nº 358/2005, CONAMA nº 316/2002, CONAMA nº 001/1986) PR EL Licenças Ambientais e Documentação Necessária Licença Prévia (LP) Licença de Instalação (LI) Licença de Operação (LO) Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Relatório Técnico de Conclusão Plano Básico Ambiental (PBA) (RTC) _ Projeto Executivo (PE) Plano de Auto Monitoramento Formulário para o Sistema de (PAM) Tratamento e Disposição Final de Resíduos Relatório Ambiental Simplificado (RAS) Estudo de Sondagem do Solo (ESS) Projeto Executivo (PE) Relatório Técnico de Conclusão Plano Básico Ambiental (PBA), _ (RTC) incluindo o Plano de Auto Monitoramento (PAM) Formulário para o Sistema de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos R Especificação/Porte IM IN A Atividades VE RS à O Fonte: A partir da Resolução SEMADE nº009/2015. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 171 Além disso o ente responsável por requerer as licenças ambientais deverá apresentar uma gama de documentos padrões exigidos pelo órgão responsável que encontram-se no Anexo I da Resolução SEMADE nº 009/2015. Destaca-se que as seguintes estruturas, de acordo com a Resolução SEMAC n° 02 de 23 de março de 2012, são isentas de licenciamento ambiental por serem consideradas de impacto ambiental irrelevante: Instalação e operação de Rede de Abastecimento de Água Tratada; Instalação e operação de Reservatórios e Centros de Reservação de Água Tratada; Instalação e operação de Estações Elevatórias de água tratada; Sistemas urbanos de drenagem superficial de águas pluviais e galerias urbanas de R águas pluviais desde que não contemplem o sistema de lançamento de efluentes ou A disposição final das águas coletadas que deverá ser obrigatoriamente licenciado; Instalação e operação de Rede Coletora de Esgoto Sanitário, desde que esteja ligada IM IN a estação elevatória ou de tratamento de Esgoto devidamente licenciada conforme indicado nas Resoluções CONAMA nº 237/97 e Resolução CONAMA nº 377/06. Outra Resolução Estadual importante quanto ao licenciamento ambiental de estruturas e atividades relacionadas ao saneamento é a Resolução SEMAC nº 010/2014, PR EL consolidada com as alterações promovidas pela SEMAC nº 016/2014, que estabelece em seu artigo 1º que será admitido aos municípios de até 30 mil habitantes, no âmbito do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL, o licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos isolados ou que possam ser complementares entre si, que compõem o O sistema municipal de gestão de resíduos sólidos urbanos, assim compreendidos: os resíduos de Classe I, Grupos A, D e E; os resíduos de Classe II-A, não perigosos e não inertes; projeto de células funcionais de aterro sanitário; Unidade de Processamento de Resíduos (UPL); Unidade de Compostagem; Ecopontos; Estação de Transbordo, armazenagem ou depósito temporário de resíduos VE RS à recicláveis, sucatas e/ou resíduos perigosos, com área construída até10.000 m²; vala séptica para disposição de resíduos de serviços de saúde; projeto de recuperação de áreas degradadas por disposição inadequada de resíduos sólidos. Tal instrumento condiciona a possibilidade mencionada aos seguintes critérios: O requerimento destinado ao licenciamento na forma de que trata este artigo deverá ser acompanhado de justificativa técnica para a adoção do licenciamento simplificado, bem como, da documentação padrão indicada na letra “F” do anexo I da Resolução SEMADE n. 09/2015- Manual de Licenciamento e documentação específica de cada uma das atividades de que trata o requerimento, em conformidade com o indicado no Anexo VII da referida Resolução SEMADE. 172 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 As publicações legalmente exigidas devem indicar a atividade “licenciamento de atividades e empreendimentos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos”. Desta forma, o processo deverá ser instruído através do Relatório Ambiental Simplificado (RAS) que deverá contemplar todas as atividades a serem licenciadas. Ainda, no art. 2º, § 2º, estabelece que para a atividade de recuperação de área degradada pela disposição de resíduos sólidos e para estruturação (em área anexa ao antigo lixão) de uma célula funcional de aterro sanitário para recebimento dos resíduos sólidos em etapa que precede as definições dos consórcios, será elaborado Plano de Encerramento, Recuperação e Utilização da área, com o seguinte conteúdo mínimo: Objetivo; Justificativa; Legislação e Normas Técnicas aplicáveis; Caracterização Ambiental (meio físico, biótico e antrópico) em áreas de influência IM IN direta e indireta; A R Análises Laboratoriais das águas subterrâneas e superficiais, com Elaboração do Estudo de Áreas Contaminadas por resíduos sólidos, de acordo com as Normas Técnicas, com a indicação e justificativa da adoção ou não do mesmo; Diagnóstico ambiental; Ações necessárias para o encerramento e a recuperação do antigo lixão; Projeto Executivo da célula funcional de aterro sanitário a ser instalado na área, bem PR EL como do Sistema de Controle Ambiental; Projeto simplificado de drenagem de águas pluviais da área do empreendimento; Detalhamento das soluções que serão adotadas para os gases emitidos; Cronograma de Implantação; Plano de Auto Monitoramento; VE RS à O Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional responsável pelos projetos/estudos. Cabe mencionar que o licenciamento de Aterros Sanitários Consorciados não poderá seguir o previsto na Resolução em epígrafe e deve seguir as etapas de LP, LI e LO. 8.9 SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL Segundo o art. 1º da Lei Federal nº 9.795/1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Já em seu art. 2º, o mesmo dispositivo legal, considera a educação ambiental como um componente essencial e permanente na educação nacional, devendo estar presente, PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 173 de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Portanto, são estabelecidos metas e métodos claros de atuação em educação ambiental que se apresentam em duas vertentes de aplicação, sendo elas: No ensino formal (unidades escolares, universidades e unidades de ensino especial, profissional e de jovens e adultos); No ensino não-formal (atividades e ações voltadas a coletividade através de meios de comunicação de massa, programas, oficinas, etc.). Complementarmente, o Governo Federal através da parceria entre os diversos órgãos pertencentes a ele que atuam nas áreas do saneamento, saúde e educação formulou um R programa de diretrizes conceituais e metodológicas para ações de educação ambiental e Mobilização Social em Saneamento – PEAMSS. A mobilização social em saneamento denominado no Programa de Educação Ambiental e IM IN Ademais, nos termos dos art. 205 e art. 225 da Constituição Federal, o Poder Público deve definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, além de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. PR EL Portanto, a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS deve promover a educação ambiental no município, buscando a mudança de comportamentos e envolvimento crítico e ativo dos indivíduos (comunidade água-clarense) com o contexto do saneamento básico. No que se refere ao Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010) traz a educação ambiental O como um dos seus instrumentos, estabelece como um de seus objetivos a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição VE RS à final ambientalmente adequada dos rejeitos. Neste sentido, cita-se o princípio dos 3 R’s, que estabelece 3 atitudes práticas básicas para o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos: Redução: é necessária a revisão de valores e de consumo a fim de se evitar produzir resíduos em excesso; Reutilização: é necessária a valoração e utilização de bens de consumo duráveis e retornáveis que permaneçam no sistema por mais tempo; Reciclagem: último recurso a ser adotado com os materiais que não mais possuem qualidade e/ou capacidade de utilização. Analisando o princípio dos 3 R’s, observa-se que a redução e reutilização de resíduos são ações que devem anteceder a reciclagem e dependem, principalmente, do indivíduo. Assim, a implementação dessas ações está ligada diretamente com educação ambiental. A reciclagem, ao contrário das ações de minimização e reutilização, não depende somente dos indivíduos envolvidos no processo, porém, mesmo assim a participação consciente da população na correta segregação dos resíduos e consequentemente na melhor qualidade dos recicláveis, é objeto de atuação da educação ambiental, 174 CAP. 8 – PROSPECTIVAS E DIRETRIZES TÉCNICAS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 demonstrando que ela desempenha um papel de destaque na implementação e eficiência das etapas dos 3 R’s. Diante do exposto nos demais tomos, são apresentas as principais diretrizes para a educação ambiental (no ensino formal e não-formal), que visa promover o controle social e a gestão integrada de resíduos sólidos, bem como potencializar a promoção da mudança de valores, relacionada ao fortalecimento da cooperação, emancipação humana, autogestão e participação social no município de Água Clara/MS. Conforme verificado no Diagnóstico Situacional do município de Água Clara/MS, não existe legislação específica visando à promoção da educação ambiental. A instituição de uma legislação específica para a promoção da educação ambiental visa potencializar os R benefícios que podem ser atingidos através da educação ambiental, com maior controle A social. Desta forma sugere-se que a sensibilização e educação ambiental apresente ações PEAMSS, sendo elas: IM IN voltadas para o saneamento básico como um todo, atendendo as premissas básicas do Participação comunitária e controle social; Possibilidade de articulação; Ênfase na escala da localidade; Respeito à culturas locais; Uso de tecnologias sociais sustentáveis. PR EL Recomenda-se a criação de um PEAMSS voltado para o saneamento básico que vise O a articulação das políticas de saneamento básico com as políticas públicas de educação, saúde, desenvolvimento urbano, desenvolvimento social e meio ambiente. Sendo assim, a VE RS à Prefeitura Municipal de Água Clara/MS deverá apoiar e estimular processos de educação ambiental voltados para sensibilização, mobilização e formação de atores sociais envolvidos, bem como, a participação a comunidade água-clarense na política pública de saneamento básico. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 175 9 OBJETIVOS, METAS E PRAZOS PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS O PMSB do município de Água Clara/MS tem por objetivo principal nortear o aperfeiçoamento dos 4 (quatro) eixos do saneamento no município (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais), com foco no desenvolvimento sustentável e na proteção do meio ambiente. Deste modo, este capítulo estabelece Objetivos Específicos e Metas para o desenvolvimento gerencial, institucional e legal. A construção dos Objetivos e Metas está R alinhada com o estabelecido em normativas federais, estaduais e municipais, principalmente, com a PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007) e a PNRS (Lei Federal nº 12.305/2010). A Assim, foram definidos seis Objetivos Específicos para os Aspectos Institucionais, IM IN Gerenciais e Legais no intuito de propiciar ao município de Água Clara/MS serviço de qualidade, o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente e da saúde pública, bem como a inclusão social e a capacitação técnica do setor. Os Objetivos são compostos por Metas, que são etapas específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com período temporal, cujos resultados objetivam a solução ou minimização dos problemas. PR EL A definição das Metas foi conservadora, ou seja, pautada em tecnologias consagradas e consolidadas no país, devido às mesmas estarem ajustadas à realidade cultural, econômica, climática e demais variáveis intrínsecas à gestão dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais do município. Além disso, buscou-se considerar a limitação orçamentária da Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, uma vez que, outros serviços O essenciais à população água-clarense, como a educação e saúde, não podem ser VE RS à prejudicados em detrimento dos custos e investimentos com os serviços e sistemas correlatos ao saneamento básico. Diante do exposto, o Quadro 17 apresenta os objetivos a serem alcançados, as metas e seus respectivos prazos a serem cumpridos durante os próximos 20 anos. 176 CAP. 9 – OBJETIVOS, METAS E PRAZOS PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 17 – Objetivos e Metas definidos para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais do PMSB de Água Clara/MS. ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS Objetivos Metas Prazos Meta 1. Implantar uma nova estrutura gerencial Promover a reestruturação municipal e intermunicipal para os serviços de 2015 a 2034 administrativa e gerencial saneamento básico. do município permitindo a Meta 2. Estruturar um Sistema de Informações que implementação do permita o monitoramento e avaliação da eficiência do 2016 a 2034 planejamento proposto e saneamento básico, integrado com o mapeamento de garantindo o controle social informações geográficas. das ações correlatas ao Meta 3. Garantir o controle social nas ações correlatas 20149 a saneamento básico. ao saneamento básico. 2034 Assegurar instrumentos legais que promovam o desenvolvimento sustentável no município. R 2015 a 2034 Meta 7. Regular e fiscalizar os serviços correlatos ao saneamento básico e a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico. 2015 a 2034 Meta 8. Elaborar e implantar instrumentos de gestão que visem a melhoria e a proteção ambiental, social e econômica no município de Água Clara/MS. 2015 a 2034 Meta 9. Sistematizar, revisar e atualizar o arcabouço legal municipal aplicável às questões ambientais. 2015 Meta 10. Elaborar propostas de minutas de projetos de leis, decretos, resoluções e portarias no âmbito municipal necessárias para convergência e complementação do arcabouço legal. 2015 a 2018 IM IN A Meta 6. Promover a Educação Ambiental correlata ao Saneamento Básico no município VE RS à Fomentar ações que contribuam para a geração de negócios, emprego e renda no município de Água Clara/MS, oferecendo incentivos para empresas propulsoras dos 3Rs. 2015 a 2034 PR EL Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários, garantindo o cumprimento das condições e metas estabelecidas. Atingir o equilíbrio econômico-financeiro considerando as necessidades de investimentos para a melhoria na qualidade dos serviços, universalização do atendimento e manutenção da equidade social no acesso aos serviços correlatos ao saneamento básico. 2016 a 2034 Meta 5. Capacitar os gestores e a equipe técnica com responsabilidades definidas no Plano Municipal de Saneamento Básico. O Formação e atualização profissional continuada e educação ambiental para a gestão dos sistemas de saneamento. Meta 4. Aperfeiçoar a capacidade operacional e gerencial do setor de saneamento básico no município. Meta 11. Implantar ações que favorecem o desenvolvimento de negócio, emprego e renda no município relacionado à gestão de resíduos sólidos. Meta 12. Elaborar estudo para identificar as formas de prestação de serviço com maior viabilidade econômica financeira e operacional para os serviços correlatos ao saneamento básico. Meta 13. Adequação das taxas, tarifas e investimentos mantendo o equilíbrio econômico-financeiro, a qualidade dos serviços e universalização do atendimento a todas as classes sociais. 2015 a 2034 2015 a 2034 2015 a 2016 Meta 14. Criar fundos municipais de saneamento básico. 2016 Meta 15. Buscar fontes de investimentos para as ações previstas neste PMSB e outras necessárias aos serviços de saneamento básico. 2015 a 2034 Fonte: Elaborado pelos autores. (1) A numeração das Metas é única para todo o PMSB, iniciando no Tomo I e finalizando no Tomo V. Apesar de o horizonte de planejamento ser 2015 a 2034, considerou-se que esta meta deveria ser cumprida a partir de 2014 devido ao prazo legal de instituição de controle social realizado por órgão colegiado conforma estabelecido no Decreto Federal nº 8.211/2014. 9 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 177 Os Objetivos não devem ser fixos durante todo o horizonte temporal do PMSB, isto é, devem ser atualizados conforme as mudanças econômicas, tecnológicas, culturais e de acordo com os anseios da comunidade água-clarense. Deste modo, sugere-se que os Objetivos e Metas sejam avaliados, retificados e atualizados periodicamente nas revisões quadrienais (a cada quatro anos) do Plano. R Além disso, as estimativas de prazos A para os objetivos e metas são vinculados às ações necessárias para o alcance dos IM IN mesmos e não deverão ser fixados de forma que a gestão pública possa antecipar ações de modo que propicie o alcance do cenário desejável mais rapidamente. o alcance das metas Fonte: Elaborado pelos autores. PR EL Para Figura 49 – Integração entre os itens do planejamento estratégico do PMSB de Água Clara/MS. estabelecidas e, consequentemente, dos objetivos do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do município de Água Clara/MS, foram definidos Programas contendo Projetos e Ações para o atendimento dos anseios da sociedade, minimização ou redução dos problemas diagnosticados e Gerenciais e Legais. O melhoria/potencialização dos pontos positivos diagnosticados nos Aspectos Institucionais, VE RS à Para melhor compreensão dos itens do Planejamento Estratégico utilizados neste Plano é apresentada a Figura 49, no qual é possível verificar a correlação entre eles. O VE RS à R A IM IN PR EL 179 10 PROGRAMAS, PROJETOS GERENCIAIS E LEGAIS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, Neste capítulo são expostos os quatro Programas de Governo definidos para a melhoria dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais de Água Clara/MS nos quais são estabelecidas Ações e Projetos pré-determinados para o alcance dos Objetivos e das Metas definidas no Capítulo 9 compatibilizados com o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a equidade social no município, conforme evidenciado na PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007). A definição dos Projetos e Ações componentes dos Programas de Governo R considerou, principalmente, as exigências e preconizações legais, as técnicas de engenharia consolidadas, a viabilidade temporal para sua execução, bem como os custos envolvidos em A sua implementação, as aspirações sociais e o montante de recursos a ser destinado para sua IM IN execução. Foram estabelecidas as responsabilidades do Poder Público Municipal, dos geradores e dos prestadores de serviço correlatos ao sistema de saneamentos básico na implementação de cada ação, fundamentadas no princípio de responsabilidade compartilhada, conforme apresenta o Quadro 18. VE RS à O PR EL Quadro 18 – Responsabilidades adotadas para a implementação dos Programas, Projetos e Ações propostos neste instrumento de gestão para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais de Água Clara/MS. Instância Responsabilidades Responsabilidade de administrar, avaliar, dirigir e orientar a Supervisão e gerenciamento execução da ação. Responsabilidade direta pela execução da ação, ou seja, por Execução colocar em prática o planejado. Responsabilidade pelo oferecimento de suporte para que a ação Participação seja executada. Trata-se de responsabilidade indireta, pela execução da ação. Responsabilidade de conhecer o planejado e o procedimento para Acompanhamento a execução da ação. Responsabilidade de examinar e avaliar se a execução da ação Regulação e fiscalização está em conformidade com os instrumentos de gestão, a normas e leis vigentes Fonte: Elaborado pelos autores. Ainda, objetivando uma melhor organização, no que se refere a definição das responsabilidades, foram definidas siglas para os órgãos da administração direta (secretarias municipais) da gestão pública de Água Clara/MS, conforme apresenta o Quadro 19. 180 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 19 – Siglas definidas para os órgãos da administração direta de Água Clara/MS. Sigla Nome SEAD Secretaria Municipal de Administração SEFIN Secretaria Municipal de Finanças SEMED Secretaria Municipal de Educação SECULT Secretaria Municipal de Cultura SEMES Secretaria Municipal de Esporte SEINFRA Secretaria Municipal de Infraestrutura SESAUP Secretaria Municipal de Saúde Pública SEASTH Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação SEMDECOS Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável SEMEAMTU Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo R Fonte: A partir da Lei Municipal nº 876/2013. De forma a facilitar a priorização dos Projetos e Ações dentro dos Programas definidos, baixa, média, alta e A efetuou-se a classificação a partir de quatro prioridades: legal. IM IN Destaca-se que esta priorização não descarta a importância de execução e implementação de todos os Projetos e Ações propostos, apenas facilita o seu escalonamento, tendo em vista a limitação do recurso financeiro do Poder Público Municipal. Para proporcionar a execução dos Programas, considerando o aporte financeiro destinado ao município, estes poderão ser divididos em subprogramas. Deste modo, espera- PR EL se o cumprimento escalonado do Programa, sem desprezar com os Projetos e Ações com prioridade classificada como baixa, uma vez que, para atendimento dos Objetivos Específicos, todas as ações deverão ser executadas sistematicamente com eficiência e eficácia. Diante do exposto, nos subcapítulos seguintes são detalhados os quatro Programas de O Governo definidos, apresentados em forma de Quadro com o objetivo de facilitar a utilização VE RS à do PMSB pelos gestores municipais e a compreensão da sociedade água-clarense (Conforme apresenta o modelo seguinte - Quadro 20). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 181 Quadro 20 – Modelo (quadro síntese) utilizado para apresentar os Programas de Governo definidos neste instrumento de gestão. O quê e como fazer? Grau de relevância Quando fazer? R Quem participa? METAS, PROJETOS E AÇÕES Meta X. Descrição das metas vinculadas ao Programa X.X IM IN A PROGRAMA X – NOME DO PROGRAMA RESPONSABILIDADES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento - Ação e/ou projeto para consecução da Meta X VE RS à O PR EL Fonte: Elaborado pelos autores. Regulação e Fiscalização - PRAZO PRIORI DADE - - 182 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 10.1 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E O desenvolvimento pleno dos Programas, Projetos e Ações só será possível através da qualificação, educação ambiental, estruturação e fortalecimento institucional e gerencial focado na promoção da saúde pública, na proteção do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável e planejamento. A inexecução deste Programa poderá acarretar na ineficiência do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e, consequentemente, no insucesso do alcance dos objetivos e metas estabelecidos. Destaca-se que a estrutura gerencial atual do município de Água Clara/MS não está apta a atender as demandas impostas pela Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB - R Lei Federal nº 11.445/2007) e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei Federal nº A 12.305/2010), bem como para implementar e operacionalizar o PMSB. Portanto, a Prefeitura IM IN Municipal deverá passar por qualificação, estruturação e fortalecimento institucional e gerencial, prevendo a criação de novo órgão executivo (sugere-se o nome: Departamento de Saneamento), vinculado à Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA), responsável por planejar, fiscalizar internamente, monitorar e revisar as ações estabelecidas no PMSB e outras questões correlatas ao tema. PR EL Dentre as obrigações/responsabilidades do novo órgão executivo (Departamento de Saneamento) está a de monitorar e avaliar a implementação do PMSB, bem como a qualidade e eficiência dos serviços correlatos com a utilização de mecanismos específicos de controle, prevendo a geração anual de Relatório de Acompanhamento e garantir o amplo acesso às informações deste pela população água-clarense. O Estes mecanismos específicos de monitoramento e avaliação da implementação do VE RS à PMSB e da qualidade dos serviços referentes ao saneamento básico objetivam fundamentar a tomada de decisões por parte dos gestores públicos e demais atores envolvidos na gestão destes serviços. Tais mecanismos envolvem aspectos socioambientais, culturais, econômicofinanceiros e operacionais. O controle social, conforme preconizado na PNSB e na PNRS, deve estar presente em todas as etapas da gestão e gerenciamento dos sistemas do saneamento básico. Portanto, o Poder Público Municipal deverá articular, também, a formação de um órgão colegiado municipal ou delegar as funções e competências a um órgão colegiado existente. Neste sentido, recomenda-se que tal órgão abranja os quatro eixos do saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais). Além de promover o controle social dos serviços correlatos ao saneamento básico, sugere-se que o órgão colegiado possua caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador, bem como detenha as seguintes competências voltadas para os serviços de saneamento básico: Fiscalizar e controlar a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico no que diz respeito ao fiel cumprimento de seus princípios e objetivos; Acompanhar e avaliar a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico; PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 183 Deliberar sobre propostas de projetos de lei e programas de saneamento básico; Fiscalizar e controlar a adequada prestação dos serviços por administração direta, bem como a utilização dos recursos; Atuar no sentido da viabilização dos programas e projetos elencados no PMSB; Garantir ampla publicidade dos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à fiscalização e dos mecanismos de avaliação e monitoramento do PMSB. Com o objetivo de estabelecer padrões e normas para adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários, recomenda-se que a Prefeitura Municipal de Água R Clara/MS firme convênio com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEPAN) para a fiscalização externa e a regulação dos serviços de A saneamento básico10. Observa-se que, caso não seja viabilizada a formalização de convênio IM IN com a AGEPAN, a administração pública poderá viabilizar a implantação de uma Agência Intermunicipal de Regulação juntamente com os município limítrofes ou integrantes do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste (CIDECOL), ou ainda, implantar uma Agência Municipal de Regulação. Recomenda-se, também, a criação de um órgão de Ouvidoria vinculado ao PR EL Departamento de Saneamento ou a reestruturação de responsabilidades semelhantes já existente para o recebimento de críticas, denúncias, queixas, avaliações, elogios e ideias de qualquer cidadão sobre questões relativas aos serviços correlatos ao saneamento básico. Destaca-se que, para eficiência e eficácia do PMSB do município de Água Clara/MS, deve considerar a capacitação técnica contínua de todos os atores envolvidos na gestão VE RS à O dos serviços de saneamento básico. a) Objetivos Adequar, fortalecer e qualificar a estrutura institucional e gerencial dos serviços correlatos ao saneamentos básico; Assegurar a educação ambiental correlata ao saneamento básico; Estabelecer ferramentas para auxiliar na tomada de decisões por parte dos atores envolvidos na gestão dos serviços de saneamento básico; Assegurar a regulação dos serviços de saneamento básico; Assegurar a regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico; Promover a integração da sociedade, do terceiro setor, do setor produtivo e da administração pública com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência e eficácia; Promover o aperfeiçoamento da gestão pública, de forma a contribuir para a melhoria e proteção ambiental, social e econômica; 10 Menciona-se que está em processo de elaboração, um instrumento de planejamento a nível estadual que irá propor a reestruturação organizacional desta Câmara Técnica, propondo que as competências concretas e o conhecimento técnico dos seus Núcleos estendam-se às vertentes de drenagem urbana e manejo das águas pluviais, assim como para limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. 184 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Propiciar ao município a avaliação da eficiência e eficácia do PMSB através de mecanismos e procedimentos específicos; Assegurar a implantação e operação plena do PMSB do município; Instruir os gestores públicos e demais atores envolvidos com a implementação do PMSB e com a gestão dos sistemas de saneamento. b) Público-alvo O público-alvo do presente Programa de Governo engloba toda comunidade água- R clarense, a administração municipal, os prestadores de serviço e o CIDECOL. A c) Referências atuais Situação Diagnosticada Inexistente IM IN Aspecto Órgão executivo específico para o setor de saneamento. Sistema de monitoramento específico para o os serviços de saneamento. Controle social dos serviços de saneamento básico. Capacitação contínua dos gestores municipais e demais atores interessados na gestão dos sistemas de saneamento. Inexistente Desorganizado e ineficiente PR EL Inexistente d) Indicadores de gestão para avaliação e monitoramento do Programa 1 Indicador VE RS à O Índice de treinamento dos funcionários e gestores da Prefeitura Municipal envolvidos diretamente na gestão do saneamento básico; Existência de órgão executivo para o saneamento básico (Departamento de Saneamento); Existência de Ouvidoria para os serviços correlatos ao saneamento básico; Existência de Órgão Colegiado designado para área de saneamento básico de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador para o controle social através de lei específica; Existência de Sistema Municipal de Informações Geográficas em operação, contendo dados e estruturas do saneamento básico; Existência de Sistema Municipal de Informações sobre o Saneamento em operação - SMIS; Existência de mecanismos que garantam a ampla publicidade à população dos resultados obtidos nos mecanismos de monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB); Unidade Frequência de Cálculo Percentual Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste Plano. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 185 e) Metas, Programas, Projetos e Ações Este tópico é apresentado em forma de quadro-síntese, contendo a descrição das Metas vinculadas ao Programa 1, seguido do conjunto de Projetos e/ou Ações necessárias para o alcance das Metas. Para cada Projeto ou Ação são definidas as responsabilidades na supervisão e gerenciamento, na execução, na participação, no acompanhamento, na regulação e fiscalização, bem como o seu grau de relevância ( baixa , média, alta e legal) e seu prazo para execução. Cabe mencionar que alguns Projetos e Ações deverão ser executados por empresa tecnicamente habilitada contratada pela municipalidade, denominados de “Terceiros” neste VE RS à O PR EL IM IN A R PMSB. 186 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Regulação e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Fiscalização Meta 1. Implantar uma nova estrutura gerencial municipal e intermunicipal para os serviços de saneamento básico - - Gabinete do Prefeito Câmara dos Vereadores SEMEAMTU SEINFRA SEAD Fomentar a articulação Intermunicipal para redução de Departamento de custos e troca de experiências. Saneamento SEINFRA Fomentar a articulação e os mecanismos de transferência Departamento de de conhecimento de tecnologia interSaneamento regional/intermunicipal. de de SEINFRA Realizar a capacitação periódica da equipe técnica gerencial. SEAD SEINFRA 2015 - 2016 SEAD Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 SEINFRA SEAD Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 SEAD SEMEAMTU Gabinete do prefeito SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 - 2016 SEMEAMTU Departamento de Órgão Colegiado Saneamento Ente Regulador 2015 a 2034 Fomentar a articulação entre as secretarias e entidades com o objetivo de cooperação mútua no fornecimento e Departamento de divulgação de dados e informações correlatas ao Saneamento saneamento básico, bem como de efetivação de todo o planejado. 2015 a 2034 Terceiros Todas as secretarias Órgão Colegiado Ente Regulador - - - - Elaborar projeto e programa computacional de Sistema Municipal de Informações para monitoramento e avaliação Departamento de periódica da eficiência dos serviços correlatos ao Saneamento saneamento básico, permitindo cálculo de indicadores atualizados. Terceiros SEMDECOS SEINFRA SEAD SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Departamento de Saneamento Terceiros SEMDECOS SEINFRA SEAD Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2017 O SEINFRA SEMEAMTU à Meta 2. Estruturar um Sistema de Informações que permita o monitoramento e avaliação da eficiência do saneamento básico, integrado com o mapeamento de informações geográficas. VE RS - Implantar Sistema de Informações conforme ação 2.1. PRIORI DADE - Ente Regulador PR EL Contratação de equipe técnica especializada para a supervisão, coordenação, acompanhamento, fiscalização (interna) e planejamento das ações programadas por meio de concurso público. - Órgão Colegiado IM IN A Implantar um órgão executivo (Departamento Saneamento) vinculado à Secretaria Municipal Infraestrutura (SEINFRA) - R - PRAZO - Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 187 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Regulação e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Fiscalização Alimentar o Sistema de Informações de monitoramento e avaliação conforme periodicidades apresentadas no Subcapítulo 8.5 SEINFRA Departamento de Saneamento Capacitar 100% dos responsáveis pela alimentação, geração e interpretação dos resultados obtidos pelo Sistema Municipal de Informações. SEINFRA Terceiros Gerar Relatórios de Acompanhamento com os resultados e interpretações obtidas pelo Sistema Municipal de Informações. SEINFRA Departamento de Saneamento SEMDECOS Elaborar banco de dados georreferenciado dos sistemas de Departamento de saneamento básico do município, permitindo o Saneamento mapeamento das informações. Terceiros SEINFRA SEMEAMTU Integrar o banco de dados ao Sistema de Informações da Departamento de ação 2.2, formando um Sistema de Informações Saneamento Geográficas. Terceiros Todas as secretarias Ente Regulador 2016 a 2034 Ente Regulador 2016 a 2017 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 SEINFRA Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2017 PR EL IM IN A Departamento de Órgão Colegiado Saneamento SEINFRA Departamento de Saneamento SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Divulgar no Sistema de Informações os dados atualizados e Consolidadas citados nas Ações 2.3 e 2.8, para consulta pública. SEINFRA Departamento de Saneamento SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 - - - - - Definir um órgão colegiado para o saneamento básico a Departamento de partir de legislação específica. Saneamento Câmara dos Vereadores Gabinete do Prefeito Todas as Secretarias Órgão Colegiado Ente Regulador 201411 Instituir sistema de controle social, promovendo o envolvimento da sociedade nas ações de Departamento de acompanhamento e fiscalização da prestação dos serviços Saneamento de saneamento. SEINFRA SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 Criação de Ouvidoria para registro das reclamações, Departamento de Saneamento sugestões, avaliações e ideias da população, referentes aos SEINFRA SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 O Alimentar e atualizar periodicamente o banco de dados e disponibilizar o Sistema de Informações Geográficas a todas as Secretarias. RS à Meta 3. Garantir o controle social nas ações correlatas ao saneamento básico. VE PRIORI DADE R Órgão Colegiado PRAZO - 11 Apesar de o horizonte de planejamento ser 2015 a 2034, considerou-se que esta meta deveria ser cumprida a partir de 2014 devido ao prazo legal de instituição de controle social realizado por órgão colegiado conforma estabelecido no Decreto Federal nº 8.211/2014. Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 188 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 SEINFRA Divulgar 100% das ações correlatas ao saneamento básico Departamento de visando a ampla publicidade das informações junto à Saneamento sociedade. Meta 4. Aperfeiçoar a capacidade operacional e gerencial do setor de saneamento básico no município - Departamento de Saneamento SEINFRA - Ente Regulador 2016 a 2034 Assessoria de Comunicação da Órgão Colegiado Prefeitura Ente Regulador 2015 a 2034 SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado IM IN A Manter o Funcionamento da Ouvidoria PRAZO R PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Regulação e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Fiscalização serviços de saneamento e encaminhamento dos processos aos setores competentes pela fiscalização e devidas providências para solução dos problemas. - - - SEINFRA SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 - Terceiros Realizar a capacitação continuada dos funcionários Departamento de envolvidos nos serviços correlatos ao saneamento básico. Saneamento Terceiros SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Realizar a capacitação e atualização periódica das Departamento de associações e cooperativas existentes e dos que forem Saneamento implantadas. SEMEAMTU SEMED SEMDECOS Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 - - - - - SEINFRA SEMEAMTU Departamento de Saneamento SEASTH Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 SEMDECOS SEMEAMTU Departamento de Saneamento SEASTH Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 Exigir que as empresas prestadoras dos serviços relacionados ao saneamento básico capacitem periodicamente suas equipes tanto gerenciais quanto operacionais. SEINFRA Departamento de Saneamento SEMEAMTU Prestador de Serviço Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 Nortear os gestores públicos sobre como realizar as revisões periódicas do PMSB. SEINFRA Departamento de Saneamento SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 PR EL Capacitar 100% dos funcionários e gestores envolvidos diretamente com o saneamento básico com enfoque na Departamento de implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico Saneamento (PMSB). RS Instruir sobre as formas de divulgação do PMSB. à O Meta 5. Capacitar os gestores e a equipe técnica com responsabilidades definidas no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). VE Orientar a implementação das ações previstas no PMSB. PRIORI DADE - Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 189 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Regulação e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Fiscalização Considerar as metas relacionadas à educação ambiental Departamento de dos Tomo II, III, IV e V, respectivamente. Saneamento SEINFRA Instituir legislação específica para a promoção da Departamento de educação ambiental para o saneamento básico, visando Câmara Municipal Saneamento potencializar os benefícios e maior controle social. SEMDECOS Elaborar Plano de Mídia para promoção da educação Departamento de ambiental no município. Saneamento SEMDECOS educação e SEINFRA SEMEAMTU SEMDECOS Ente Regulador 2016 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Órgão Colegiado SEMEAMTU SEMED SEAD SEMED SEMDECOS SEAD SEMED SEMEAMTU SEAD SEMED SEMEAMTU SEAD sensibilização Departamento de Saneamento SEMDECOS Fomentar a integração entre as vertentes do saneamento Departamento de básico na promoção da educação ambiental Saneamento SEMDECOS Promover o envolvimento de todas as secretarias municipais e também setores representativos da comunidade (igrejas, Departamento de ONGs, conselhos, entidades filantrópicas, etc.) visando Saneamento potencializar a promoção da educação ambiental. SEAD SEASTH Prefeitura Municipal Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Capacitar os funcionários das escolas, garantindo a Departamento de atuação prática desses com relação aos resíduos Saneamento produzidos nas unidades escolares. SEMED SEMEAMTU SEINFRA Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 SEMED SEMEAMTU SEINFRA SEAD Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 - - - - RS à O de SEMEAMTU SEMDECOS PR EL Contratar empresa especializada para elaboração do Departamento de Plano de Educação Ambiental aplicável ao saneamento Saneamento Fortalecer as ações ambientais existentes. Capacitar o corpo pedagógico (professores, coordenação e direção), proporcionando a formação, reflexão e Departamento de aplicação de novas propostas integradas voltadas à Saneamento realidade do município com relação aos resíduos sólidos urbanos. VE PRIORI DADE ao R correlata IM IN A Meta 6. Promover a Educação Ambiental Saneamento Básico no município PRAZO Meta 7. Regular e fiscalizar os serviços correlatos ao saneamento básico e a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico. - - Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 190 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Regulação e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Fiscalização Nota: Observa-se que caso não seja viabilizada a formalização de convênio com a AGEPAN, a administração pública poderá viabilizar a implantação de uma Agência Intermunicipal de Regulação juntamente com os município limítrofes ou integrantes do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste (CIDECOL) ou implantar uma Agência Municipal de Regulação. SEINFRA SEMEAMTU Gabinete do Prefeito SEAD Ente Regulador 2015 a 2034 Departamento de Órgão Colegiado Saneamento Ente Regulador 2015 a 2016 Agência de Regulação SEINFRA Órgão Colegiado - 2015 a 2034 Órgão Colegiado SEMEAMTU - Ente Regulador 2015 a 2034 - - - - Departamento de Saneamento Terceiros SEINFRA SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 SEINFRA SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador Conforme ação 8.1 Ente Regulador 2016 Ente Regulador Conforme ação 8.3 Fiscalizar, através de agente externo (órgão colegiado que deverá ser criado, conforme ação 3.1), os serviços correlatos ao saneamento básico, prestados pela gestão pública (direta e indiretamente) e a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico do município. SEINFRA Meta 8. Elaborar e implantar instrumentos de gestão que visem a melhoria, a educação e a proteção ambiental, social e econômica no município de Água Clara/MS. à - RS Implantar e fiscalizar as ações estabelecidas no Plano Departamento de Diretor. Saneamento Elaborar o Plano de Habitação de Interesse Social VE Órgão Colegiado O Regular e fiscalizar, através de Agência de Regulação, os Departamento de Serviços de Saneamento Saneamento Elaborar o Plano Diretor SEMEAMTU Implantar e fiscalizar as ações estabelecidas no Plano de Habitação de Interesse Social. PRIORI DADE R Departamento de Saneamento IM IN A Firmar convênio com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEPAN) para a fiscalização externa e a regulação dos serviços de saneamento básico, com ressalvas expostas no Subcapítulo 8.3 para os eixos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo das águas pluviais. SEINFRA PR EL Fiscalizar, através de agente interno (órgão executivo que deverá ser criado, conforme ação 1.1), os serviços correlatos ao saneamento básico. PRAZO SEASTH SEAD Terceiros SEAD SEASTH SEFIN SEINFRA Órgão Colegiado SEMEAMTU SEINFRA Demais Secretarias Órgão Colegiado envolvidas - Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 191 PROGRAMA 1 – QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESTRUTURAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E GERENCIAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Regulação e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Fiscalização Implantar as ações estabelecidas nos planos de manejos Departamento de das unidades de conservação inseridas na área municipal. Saneamento SEMEAMTU Departamento de Saneamento Órgão Colegiado SEINFRA Ente Regulador 2015 a 2016 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2034 Conselho de Recursos Hídricos, Comitê de Bacia, Prestador de Órgão Colegiado serviço, representante dos usuários e Departamento de Saneamento Ente Regulador 2015 a 2017 SEINFRA Terceiros PRIORI DADE VE RS à O PR EL Elaborar estudos para subsidiar o enquadramento dos Titular dos recursos cursos hídricos inseridos no município que recebam algum hídricos tipo de influência do saneamento básico. Terceiros R SEMDECOS SEMEAMTU IM IN A Elaborar Plano de Manejo para as unidades de conservação inseridas na área municipal (Área prioritária do Médio Rio Verde – Ribeirão Salgado)12. PRAZO 12 Conforme supracitado no item 3.3.10, o MMA (2014) recomenda ações de criação de Unidade de Conservação (UC) para a área prioritária Ce064 (Médio Rio Verde – Ribeirão Salgado), diante disso, caso seja viabilizada a implantação dessa UC, recomenda-se a criação do Plano de Manejo. Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 192 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 10.2 PROGRAMA 2 – ANÁLISE, ADEQUAÇÃO, COMPLEMENTAÇÃO E CONVERGÊNCIA DO ARCABOUÇO LEGAL MUNICIPAL As legislações nacionais referentes ao saneamento básico, principalmente a PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007), a PNRS (Lei Federal nº 12.305/2010) e seus respectivos decretos regulamentadores, trouxeram um arcabouço jurídico inovador quanto à universalização dos serviços, responsabilidade compartilhada sobre o ciclo de vida, logística reversa, inclusão social, concessão dos serviços, instrumentos de gestão, entre outros. Neste sentido, o município de Água Clara/MS necessita de análise, adequação, complementação e convergência do arcabouço legal municipal, de modo que os princípios, objetivos e as exigências da atual legislação nacional sejam incorporados. Além disso, para R concretização do planejamento definido neste instrumento de forma legal é necessária a Código Municipal de Resíduos Sólidos: Regulamento Municipal de Limpeza Urbana IM IN A instituição dos seguintes dispositivos legais: que disciplina questões de higiene, limpeza, segurança e costumes públicos relacionados aos resíduos sólidos, bem como as formas de segregação, acondicionamento, disposição para coleta, transporte e destinação final a serem adotadas, dando suporte legal à responsabilidade compartilhada e à logística reversa PR EL na geração dos resíduos sólidos. Deverá trazer a obrigatoriedade da elaboração e o conteúdo mínimo dos Planos de Gerenciamentos de Resíduos Sólidos a serem desenvolvidos pelos geradores sujeitos a este instrumento; Lei de Parcerias Público-Privadas: Lei responsável por instituir o Programa de Parcerias Público-Privadas do município. Tal instrumento destina-se precipuamente a incentivar O a colaboração entre a administração pública municipal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia VE RS à mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo município e a iniciativa privada visando à realização de atividades de interesse público mútuo (aquelas inerentes às atribuições da administração pública municipal direta ou indireta, tais como a gestão e prestação dos serviços públicos, de obras públicas ou de bens públicos, cuja efetivação existe interesse de colaboração da iniciativa privada). Política Municipal de Resíduos Sólidos; Política Municipal de Saneamento Básico; Lei incentivando o reaproveitamento e a reciclagem dos Resíduos Domiciliares, Comerciais e de Prestadores de Serviços (RSDC) e dos Resíduos da Construção Civil e Demolições (RCC); Lei instituindo taxas/tarifas e preços públicos tanto para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, quanto para o de drenagem urbana e manejo das águas pluviais; Lei instituindo poder de polícia para quem multará o não cumprimento das diretrizes legais; Lei instituindo o zoneamento urbano, contemplando restrições levantadas nos instrumentos de gestão. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 193 Além dos dispositivos legais supracitados, o município deverá ainda realizar as seguintes ações na esfera legislativa: Análise das legislações municipais, de modo a identificar e corrigir possíveis incongruências com os instrumentos legais de outras esferas, bem como alinhar todas as Políticas Públicas Municipais, evitando contradições. a) Objetivos Assegurar instrumentos legais que promovam o desenvolvimento sustentável para o município; Assegurar ao município a possibilidade de exigir a correta gestão e gerenciamento R dos sistemas de saneamento e a faculdade de punir o não cumprimento das diretrizes A legais. IM IN b) Público-alvo O público-alvo do presente Programa de Governo engloba toda a comunidade c) Referências atuais PR EL água-clarense, gestores municipais, Ente Regulador e Órgão Colegiado. Situação Diagnosticada VE RS à O Aspecto Regulamento municipal para limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Instrumento legal autorizando a forma de prestação por meio de Parcerias Público-Privadas. Instrumento legal instituindo a forma de cobrança pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. Instrumento legal determinando a adoção dos resíduos da construção civil nas obras públicas e dos resíduos compostados nos jardins públicos. Política Municipal de Meio Ambiente. Lei do Plano Diretor. Órgão Colegiado para os serviços saneamento básico ou de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos com atribuição específica para isso instituída em lei. Inexistente Não constatado Inexistente Inexistente Existente Inexistente Inexistente d) Indicadores de gestão para avaliação e monitoramento do Programa 2 Indicador Existência de estudo para avaliação das legislações e conjunto de decretos, resoluções e portarias que compõem a sua regulamentação. Existência de Política Municipal de Saneamento Básico instituída. Existência do Código Municipal de Resíduos Sólidos instituído. Unidade Frequência de Cálculo Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual 194 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Indicador Unidade Existência de Lei de Parcerias Público-Privadas instituída. Existência de mecanismo de cobrança específico pelo serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Existência de mecanismo de cobrança específico pelo serviço de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. Sim / Não(1) Frequência de Cálculo Anual Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste Plano. e) Metas, Programas, Projetos e Ações R Este tópico é apresentado em forma de quadro-síntese, contendo a descrição das Metas vinculadas ao Programa 2, seguido do conjunto de Projetos e/ou Ações necessárias A para o alcance das Metas. Para cada Projeto ou Ação são definidas as responsabilidades na IM IN supervisão e gerenciamento, na execução, na participação, no acompanhamento e na regulação e fiscalização, bem como o seu grau de relevância ( legal) e seu prazo para execução. baixa, média, alta e Cabe mencionar que alguns Projetos e Ações deverão ser executados por empresa VE RS à O PMSB. PR EL tecnicamente habilitada contratada pela municipalidade, denominados de “Terceiros” neste PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 195 PROGRAMA 2 – ADEQUAÇÃO, COMPLEMENTAÇÃO E CONVERGÊNCIA DO ARCABOUÇO LEGAL MUNICIPAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Meta 10. Elaborar propostas de minutas de projetos de leis, decretos, resoluções e portarias no âmbito municipal necessárias para convergência e complementação do arcabouço legal. - - SEAD SEFIN Terceiros SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Câmara dos Vereadores - - PRIORI DADE - - - Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 - - - R Elaborar estudo para avaliação das legislações municipais e conjunto de decretos, resoluções e portarias, com o propósito de identificar lacunas ainda não regulamentadas, inconsistências internas, contrariedade à Leis Federais e outras complementações necessárias. - PRAZO IM IN A Meta 9. Sistematizar, revisar e atualizar o arcabouço legal municipal aplicável às questões ambientais. Regulação e Fiscalização - SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 a 2018 Elaborar minuta de projeto de lei que institui a Política Departamento de Câmara Municipal Saneamento Municipal de Saneamento Básico, votar, sancionar e Prefeito Municipal publicar o referido instrumento legal. SEAD SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Elaborar minuta de projeto de Lei que instituí a Política Departamento de Câmara Municipal Saneamento Municipal de Resíduos Sólidos, votar, sancionar e publicar o Prefeito Municipal referido instrumento legal. SEAD SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Elaborar minuta de projeto de lei que institui a cobrança Departamento de Câmara Municipal pelos serviços de drenagem urbana e manejo das águas Saneamento pluviais, votar, sancionar e publicar o referido instrumento Prefeito Municipal SEAD legal. SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Elaborar, sancionar e publicar instrumento legal Departamento de Câmara Municipal determinando a obrigatoriedade adoção dos resíduos da Saneamento construção civil nas obras públicas e dos resíduos Prefeito Municipal SEAD compostados nos jardins públicos. SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Elaborar, votar, sancionar e publicar instrumento legal para Departamento de Câmara Municipal Saneamento incentivo ao reaproveitamento, beneficiamento e Prefeito Municipal reciclagem. SEAD SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 RS à O PR EL Elaborar propostas de minutas de projetos de leis, decretos, Departamento de Câmara Municipal resoluções e portarias no âmbito municipal, conforme Saneamento necessidades apontadas no estudo da ação 9.1, votar, Prefeito Municipal SEAD sancionar e publicar os referidos instrumentos legais. VE Elaborar minuta de projeto de lei que institui a cobrança Departamento de Câmara Municipal pelos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos Saneamento sólidos, votar, sancionar e publicar o referido instrumento Prefeito Municipal SEAD legal. Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 196 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 PROGRAMA 2 – ADEQUAÇÃO, COMPLEMENTAÇÃO E CONVERGÊNCIA DO ARCABOUÇO LEGAL MUNICIPAL RESPONSABILIDADES METAS, PROJETOS E AÇÕES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Elaborar Minuta de Projeto de Lei das Parcerias PúblicoPrivadas, votar, sancionar e publicar o instrumento legal. Departamento de Câmara Municipal Saneamento Prefeito Municipal SEAD Instituir o Plano Municipal de Saneamento Básico via instrumento legal. Departamento de Câmara Municipal Saneamento Prefeito Municipal SEAD SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU Ente Regulador 2015 Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 Órgão Colegiado R SEINFRA SEMDECOS SEMEAMTU PRAZO PRIORI DADE VE RS à O PR EL IM IN A Elaborar Minuta de Projeto de Lei Municipal para instituir o Departamento de Câmara Municipal Saneamento Órgão Colegiado para o saneamento básico, votar, Prefeito Municipal sancionar e publicar o instrumento legal. SEAD Regulação e Fiscalização Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 197 10.3 PROGRAMA 3 – FONTES DE NEGÓCIOS, EMPREGO E RENDA As atividades envolvidas na gestão, no gerenciamento, na implantação e operação dos sistemas de saneamento são indutoras de negócios, empregos e renda, principalmente no que se refere à gestão de resíduos sólidos, pois a PNRS (Lei Federal nº 12.305/2010) estabelece este cunho social e econômico. Tal normativa, específica para uma das vertentes do saneamento, estabelece o princípio da não geração, redução, reutilização, reciclagem; o tratamento e a disposição final ambientalmente adequada; bem como o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho, renda e promovedor de cidadania. A este Programa focará em ações para este eixo do saneamento. R Considerando ser um foco da PNRS que o sistema gere negócios, emprego e renda, O município de Água Clara/MS deverá atrair os estabelecimentos privados, voltados IM IN à reciclagem, beneficiamento, tratamento e disposição final de resíduos sólidos a se instalarem no município através de mecanismos para: incentivos fiscais financeiros e creditícios, cessão de terrenos públicos e instalação de “Mini-Polo de Reciclagem”. No que concerne à criação do Mini-Polo de Reciclagem, é importante que tal ação seja precedida de estudo de viabilidade econômico-financeira, que utilize os dados do PR EL estudo de demandas pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos referentes aos quantitativos de materiais recicláveis gerados por tipologia para identificação das potencialidades e das modalidades de indústrias relacionadas à reciclagem a serem atraídas para região. O Destaca-se que as cooperativas e associações de catadores e/ou pessoas de baixa renda devem ser priorizadas em todas as etapas do gerenciamento de resíduos sólidos, VE RS à propiciando a inclusão social desta parcela da sociedade que, por anos, esteve marginalizada e descriminada. a) Objetivos Fomentar ações que contribuam para a geração de negócios, emprego e renda no município de Água Clara/MS; Oferecer incentivos para empresas propulsoras dos 3Rs (Redução, Reutilização e Reciclagem) se instalarem no município. b) Público-alvo O público-alvo do presente Programa de Governo engloba toda a comunidade água-clarense, catadores. investidores, empresários, empresas e associações/cooperativas de 198 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 c) Referências atuais Aspecto Empresas de comercialização e industrialização de materiais recicláveis instaladas no município. Empresas beneficiadoras de material compostável. Empresas no ramo de resíduos de logística reversa. Incentivos fiscais, financeiros e creditícios para o manejo de resíduos sólidos. Situação Diagnosticada Não diagnosticadas Inexistentes Inexistentes Inexistentes d) Indicadores de gestão para avaliação e monitoramento do Programa 3 Frequência de Cálculo Unid. Anual IM IN Número de postos de trabalho no setor de triagem, beneficiamento, reciclagem e compostagem no município. Estabelecimento de pagamento por serviços ambientais (protetor-recebedor) nos termos definidos na legislação. Existência de mecanismos de incentivos fiscais, financeiros e creditícios na área de saneamento básico. R Unidade A Indicador Sim / Não(1) Anual Sim / Não(1) Anual PR EL (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste Plano. e) Metas, Programas, Projetos e Ações Este tópico é apresentado em forma de quadro-síntese, contendo a descrição das Metas vinculadas ao Programa 3, seguido do conjunto de Projetos e/ou Ações necessárias O para o alcance das Metas. Para cada Projeto ou Ação são definidas as responsabilidades na supervisão e gerenciamento, na execução, na participação, no acompanhamento e na VE RS à regulação e fiscalização, bem como o seu grau de relevância ( baixa , média, alta e legal) e seu prazo para execução. Cabe mencionar que alguns Projetos e Ações deverão ser executados por empresa tecnicamente habilitada contratada pela municipalidade, denominados de “Terceiros” neste PMSB. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 199 PROGRAMA 3 – FONTES DE NEGÓCIO, EMPREGO E RENDA RESPONSABILIDADES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Meta 11. Implantar ações que favorecem o desenvolvimento de negócio, emprego e renda no município relacionado à gestão de resíduos sólidos. - - Identificar oportunidades relativas à comercialização e Departamento de industrialização de materiais recicláveis. Saneamento Terceiros13 SEAD FIEMS CIDECOL Incentivar a aquisição de equipamentos de beneficiamento e reciclagem por parte das associações/cooperativas, de Departamento de forma a facilitar a venda e melhorar o valor de Saneamento comercialização. SEAD SEFIN Elaborar estudo de viabilidade econômico-financeira para Departamento de a criação de um Mini-Polo de reciclagem no município ou Saneamento região. Terceiros Criar um Mini-Polo de reciclagem em conformidade com o Departamento de estudo de viabilidade. Saneamento Buscar soluções, por meio de parcerias, para a escassez de Departamento de assistência técnica. Saneamento O Identificar demandas de crédito não atendidas no setor de Departamento de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Saneamento à Identificar potenciais parcerias com o setor privado e Departamento de instituições financeiras. Saneamento Cessão de terrenos públicos. VE RS Conceder Incentivos fiscais, financeiros e creditícios a empresas interessadas em atuar na área de beneficiamento e reciclagem de resíduos sólidos, bem como àquelas Departamento de interessadas em instalar tecnologias inovadoras no Saneamento gerenciamento de resíduos sólidos cuja viabilidade fora comprovada por estudos específicos. Gabinete do Prefeito - Regulação e Fiscalização PRAZO - 2015-2034 SEINFRA SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2015-2034 SEAD FIEMS CIDECOL Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 - 2017 FIEMS CIDECOL Órgão Colegiado Ente Regulador Depende da Ação 11.3 FIEMS CIDECOL Órgão Colegiado Ente Regulador 2016-2019 SEINFRA SEMEAMTU SEASTH Órgão Colegiado Ente Regulador 2015-2034 SEINFRA CIDECOL Órgão Colegiado Ente Regulador 2015-2034 SEAD SEFIN Gabinete do Prefeito SEINFRA SEMEAMTU Órgão Colegiado Ente Regulador 2015-2034 Câmara Municipal SEAD SEINFRA Órgão Colegiado Ente Regulador 2015-2034 IM IN A Ente Regulador SEFIN SEAD SEAD Gabinete do Prefeito SEAD SEFIN Gabinete do Prefeito SEAD SEFIN Gabinete do Prefeito PRIORI DADE - Órgão Colegiado PR EL - R METAS, PROJETOS E AÇÕES 13 Menciona-se que a atuação de terceiros nessa ação será precedida de contratação para um estudo e identificação de oportunidades e proposição de ações para viabiliza-las. Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 200 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 PROGRAMA 3 – FONTES DE NEGÓCIO, EMPREGO E RENDA RESPONSABILIDADES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento SEAD SEFIN SEMEAMTU SEMDECOS Pagamento por serviços ambientais (protetor-recebedor), Departamento de nos termos definidos por legislação específica14. Saneamento SEAD SEFIN SEMEAMTU SEMDECOS Órgão Colegiado Órgão Colegiado Regulação e Fiscalização PRAZO Ente Regulador 2016 Ente Regulador 2016-2034 PRIORI DADE VE RS à O PR EL IM IN A Fixação de critérios, metas e outros dispositivos Departamento de complementares de sustentabilidade ambiental para as Saneamento aquisições e contratações públicas. R METAS, PROJETOS E AÇÕES Para a estimativa do custo dessa ação, será necessário de estudo de viabilidade econômica. Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 14 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 201 10.4 PROGRAMA 4 – SANEAMENTO BÁSICO COM EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO Segundo determinação do art. 29 da PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007), os serviços públicos de saneamento básico (dentre os quais incluem-se os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana e manejo das águas pluviais) terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços, podendo ser taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010) estabelece que a R prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos deve A adotar mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira. IM IN Diante do cenário de estruturação ou reestruturação do saneamento básico com a implantação deste PMSB, há a demanda por um montante considerável de recursos tanto para a implementação, quanto para a operacionalização do sistema. Deste modo, a Prefeitura Municipal, enquanto titular do serviço, deve equalizar as receitas com os custos e investimentos necessários para a gestão do saneamento básico, recuperação de passivos a) Objetivos Atingir o equilíbrio PR EL ambientais e inovações tecnológicas do modelo de prestação definido. econômico-financeiro considerando as necessidades de O investimentos para a melhoria na qualidade dos serviços, universalização do atendimento e manutenção da equidade social no acesso aos serviços correlatos ao VE RS à saneamento básico; Viabilizar recursos financeiros para a implantação das ações necessárias para o eficiente funcionamento dos sistemas de saneamento básico. b) Público-alvo O público-alvo do presente Programa de Governo engloba toda a comunidade água-clarense. c) Referências atuais Aspecto Recursos financeiros próprios disponíveis para investimentos nos sistemas de saneamento Situação Diagnosticada Autossuficiente para o serviço de abastecimento de água, porém insuficientes para atender as futuras demandas e as melhorias previstas para os demais serviços (esgotamento sanitário, drenagem urbana e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos) 202 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Aspecto Forma de cobrança pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Forma de cobrança dos serviços de drenagem Forma de cobrança dos serviços de abastecimento de água. Forma de cobrança dos serviços de esgotamento sanitário Situação Diagnosticada Inexistente Inexistente Tarifa Inexistente(1) (1) Conforme elencado no subcapítulo 6.2.1.1, Cumpre observar que embora a incumbência de prestação dos serviços de esgotamento sanitário seja da SANESUL, devido a inexistência das infraestruturas destinadas a este serviço não ocorre sua operação. d) Indicadores de gestão para avaliação e monitoramento do Programa 4 Frequência de Cálculo Porcentagem IM IN Autossuficiência da Prefeitura Municipal com os serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Autossuficiência da Prefeitura Municipal com o manejo de Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Autossuficiência da Prefeitura Municipal com o manejo do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Autossuficiência da Prefeitura Municipal com o manejo do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais(SDU) Índice de capacidade na obtenção de recursos para o sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Índice de capacidade na obtenção de recursos para o Sistema de Abastecimento de Água Índice de capacidade na obtenção de recursos para o Sistema de Esgoto Sanitário Índice de capacidade na obtenção de recursos para o Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais Existência de taxa/tarifa para o serviço de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos Existência de taxa/tarifa para o serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais R Unidade A Indicador Porcentagem Anual Porcentagem Anual Porcentagem Anual PR EL O VE RS à Anual Porcentagem - Porcentagem - Porcentagem - Porcentagem - Sim / Não Anual(1) Sim / Não Anual(1) (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste Plano. e) Metas, Programas, Projetos e Ações Este tópico é apresentado em forma de quadro-síntese, contendo a descrição das Metas vinculadas ao Programa 4, seguido do conjunto de Projetos e/ou Ações necessárias para o alcance das Metas. Para cada Projeto ou Ação são definidas as responsabilidades na supervisão e gerenciamento, na execução, na participação, no acompanhamento e na regulação e fiscalização, bem como o seu grau de relevância ( baixa , média, alta e legal) e seu prazo para execução. Cabe mencionar que alguns Projetos e Ações deverão ser executados por empresa tecnicamente habilitada contratada pela municipalidade, denominados de “Terceiros” neste PMSB. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 203 Meta 12. Elaborar estudo para identificar as formas de prestação de serviço com maior viabilidade econômico-financeira e operacional para os serviços correlatos ao saneamento básico. Manter forma de prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário através da gestão compartilhada entre a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul S.A. (SANESUL) e o município de Água Clara/MS. - PRAZO PRIORI DADE - - - - SEINFRA Prefeitura Municipal SANESUL - - 2015 a 2034 Terceiros SEAD SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2016 R - Regulação e Fiscalização - PR EL Analisar a viabilidade econômica, financeira e operacional da prestação direta frente à prestação indireta dos serviços Departamento de de drenagem urbana, considerando a escassez de recursos Saneamento municipais para investimentos no sistema de drenagem urbana e manejo das água pluviais. IM IN A METAS, PROJETOS E AÇÕES PROGRAMA 4 – SANEAMENTO BÁSICO COM EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO RESPONSABILIDADES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento SEFIN SEAD Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 Analisar a viabilidade econômica, financeira e operacional da prestação direta frente à prestação indireta dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, Departamento de considerando a escassez de recursos municipais para Saneamento investimentos no sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Terceiros SEAD SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2016 SEFIN SEAD Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 - - - - - SEAD Ente Regulador SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2016 à O Adotar/implantar a forma de prestação mais viável conforme estudo de viabilidade econômica, financeira e Departamento de operacional da prestação dos serviços de drenagem Saneamento urbana e manejo das águas pluviais. RS Adotar/implantar a forma de prestação mais viável conforme estudo de viabilidade econômica, financeira e Departamento de operacional da prestação dos serviços de limpeza urbana e Saneamento manejo de resíduos sólidos. VE Meta 13. Adequação das taxas, tarifas e investimentos mantendo o equilíbrio econômico-financeiro, a qualidade dos serviços e universalização do atendimento a todas as classes sociais. - Definir e implantar método de cálculo para a criação de sistema de cobrança pelo do serviço de drenagem urbana e manejo das águas pluviais considerando os custos dos Departamento de serviços, as necessidades de investimentos, a Saneamento universalização do atendimento e a manutenção da equidade social no acesso ao serviço. - - Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. 204 CAP. 10 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 PROGRAMA 4 – SANEAMENTO BÁSICO COM EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO RESPONSABILIDADES Supervisão e Execução Participação Acompanhamento Gerenciamento Regulação e Fiscalização PRAZO 2015 a 2016 Definir e implantar o método de cálculo de taxa/tarifa definido neste Plano para o serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, considerando os custo dos Departamento de serviços, as necessidades de investimentos, a Saneamento universalização do atendimento e a manutenção da equidade social no acesso ao serviço. SEAD Ente Regulador R METAS, PROJETOS E AÇÕES Ente Regulador Revisar as tarifas aplicadas para os serviços de abastecimento de água considerando os custos dos serviços, as necessidades de investimentos, a universalização do atendimento e a manutenção da equidade social aos serviços. SANESUL Ente Regulador SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2016 - - - - - - Câmara dos Vereadores SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 Departamento de Saneamento SEAD SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2016 - - - - - - SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 SEFIN Órgão Colegiado Ente Regulador 2015 a 2034 Instituir o Fundo Municipal de Saneamento. Meta 15. Buscar fontes de investimentos para as ações previstas neste PMSB e outras necessárias aos serviços de saneamento básico. PR EL Elaborar lei que institui e regulamenta o Fundo Municipal de Departamento de Saneamento. Saneamento O Acompanhar os editais de chamamento para a obtenção de recursos e financiamento de projetos, planos, obras e Departamento de Setor de Projetos e serviços de saneamento básico junto aos órgãos e Saneamento Convênios entidades que promovem o financiamento de tais ações. à Órgão Colegiado IM IN A Meta 14. Criar fundos municipais de saneamento básico. SEFIN - - VE RS Pleitear recursos financeiros conforme os respectivos editais Departamento de Setor de Projetos e de chamamento. Saneamento Convênios PRIORI DADE Nota: CIDECOL – Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Costa Leste; SEAD – Secretaria Municipal de Administração; SEFIN – Secretaria Municipal de Finanças; SEMED – Secretaria Municipal de Educação; SECULT – Secretaria Municipal de Cultura; SEMES – Secretaria Municipal de Esporte; SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura; SEASTH – Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação; SEMDECOS – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável; SEMEAMTU – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 205 11 MECANISMOS PARA MONITORAMENTO INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS O presente Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), Tomo I – Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais de Água Clara/MS, consiste em uma ferramenta de gestão da administração pública municipal que, quando bem utilizada, aplicada e gerenciada, trará grandes ganhos para o município em termos socioambientais, culturais e econômicos. O controle da execução dessa ferramenta de gestão, através de mecanismos de avaliação e monitoramento com a máxima efetividade, é essencial para o alcance do Cenário Planejado, para as adequações necessárias em busca da satisfação do usuário e do R atendimento dos interesses da gestão pública. A avaliação está presente em todo processo de planejamento, pois quando se inicia A uma ação planejada, inicia-se também a avaliação, independentemente de sua IM IN formalização em documentos. Portanto, a avaliação pode ser definida como um processo avaliativo, capaz de contextualizar a atividade desde o seu processo de formulação e implementação e, também, capaz de oferecer elementos de aperfeiçoamento sistemático. Segundo Silva (2001), o monitoramento, embora se relacione com a avaliação, tem uma definição distinta, sendo um exame contínuo efetuado para se verificar como estão PR EL sendo executadas as atividades. Tem como principal objetivo o desenvolvimento dos trabalhos (ações e metas) conforme planejado, caracterizando-se, portanto, como uma atividade interna realizada durante a execução de um programa, assegurando a eficiência e produtividade, organizando fluxos de informações e auxiliando o processo de avaliação. Diante do exposto, a avaliação e o monitoramento sistemático da eficiência e O eficácia da implementação do planejamento exposto neste Tomo I, é de grande importância VE RS à durante todo o horizonte do Plano, garantindo a funcionalidade operacional e a concretização das ações previstas para os aspectos institucionais. O monitoramento da implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) é fundamental para que a administração pública de Água Clara/MS conheça a evolução da situação que estará enfrentando e aprecie os resultados de suas ações, de forma a ser possível a tomada de decisões que possam resultar em modificações oportunas. Neste sentido, o Quadro 21 apresenta os mecanismos de avaliação e monitoramento, bem como seus objetivos principais. 206 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 R Quadro 21 - Mecanismos de monitoramento e avaliação do Tomo I (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) de Água Clara/MS. Mecanismos de Avaliação e Monitoramento Objetivos Avaliar e monitorar a efetividade dos Programas, Indicadores de Gestão para avaliação e Projetos e Ações do Tomo I do PMSB, que se refere monitoramento dos programas aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais de Água Clara/MS. Receber reclamações, avaliações e denúncias sobre os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais Ouvidoria registrando-as de forma integrada com as demais vertentes do saneamento básico. Caracterizar a situação e a qualidade dos aspectos institucionais, relacionando-as com as condições econômicas, operacionais e de salubridade Relatório de acompanhamento ambiental, bem como verificar a efetividade das ações, o cumprimento das metas do Tomo I do PMSB e a evolução de sua implementação. A Fonte: Elaborado pelos autores. IM IN Nota: Estes mecanismos de avaliação e monitoramento deverão ser empregados para os eixos do saneamento de forma integrada. Inicialmente, são apresentados os indicadores de gestão, ou seja, mecanismos para monitoramento e avaliação da eficiência e implementação dos Programas propostos, sendo estabelecidos critérios e procedimentos para a avaliação e monitoramento sistemático das Ações e Projetos do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais), referente PR EL aos aspectos institucionais, sendo possível a mensuração da implementação do planejamento proposto. Posteriormente, é apresentado o instrumento de apoio para avaliação, que considera a participação social, através de implantação de ouvidoria, que será um órgão para o recebimento de reclamações, avaliações e denúncias, sugestões e ideias da comunidade O água-clarense, relacionada ao sistema e aos serviços de saneamento básico. VE RS à Finalmente, é descrito o instrumento formalizador dos resultados obtidos nas avaliações e nos monitoramentos realizados: o Relatório de Acompanhamento. Este deve consolidar todos os dados gerados e coletados, previamente sistematizados, de forma que facilite o entendimento dos resultados obtidos, auxiliando a análise e tomada de decisões por parte dos gestores, bem como possibilite a ampla divulgação das informações, visando o controle social. Este instrumento deve ser elaborado periodicamente e suas versões serão de grande importância para as revisões e atualizações quadrienais do Tomo I do PMSB de Água Clara/MS, referente aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. Diante do exposto, a Figura 50 apresenta um fluxograma sistemático do processo que deverá ser seguido pelos gestores para a operacionalização dos mecanismos de monitoramento e avaliação. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS PR EL IM IN A R 207 O Figura 50 - Fluxograma do processo de operacionalização dos mecanismos de avaliação e monitoramento de implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) de Água Clara/MS. VE RS à Fonte: Elaborado pelos autores. Diante do exposto, os próximos subcapítulos sistematizados apresentam detalhadamente os mecanismos de avaliação e monitoramento propostos para a etapa de implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) do município de Água Clara/MS. 11.1 INDICADORES DE GESTÃO PARA OS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS O monitoramento e avaliação da eficiência e eficácia da implementação dos programas propostos são essenciais para que a administração pública de Água Clara/MS, a partir dos resultados, possa analisar, adequar e avaliar a implementação das ações, projetos e, consequentemente, dos programas componentes do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Para tanto, foram formulados indicadores de gestão para avaliação e monitoramento dos quatro programas propostos, estes formados por índices calculados a partir de uma ou 208 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 mais variáveis e por indicadores binários (marcos) que admitem “sim” ou “não” como resposta. Inerente ao exposto, Brasil (2012) define indicadores de desempenho como valores utilizados para medir e descrever de forma simplificada um evento ou fenômeno a partir de dados primários, secundários ou até mesmo por outros indicadores. Complementarmente, Silva e Sobrinho (2006) afirmam que os indicadores constituem um instrumento fundamental para avaliação objetiva de desempenho, o qual é definido por uma medida quantitativa de um aspecto particular da prestação dos serviços, expressando o nível atingido em relação a um determinado objetivo. Para a definição dos indicadores de gestão dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e R Legais foram considerados os dez princípios expostos por Malheiros (2006) (ver Figura 51) para A que o conjunto destes se torne uma ferramenta eficiente e eficaz no acompanhamento e VE RS à O PR EL IM IN avaliação do PMSB. Figura 51 – Boas práticas no processo de escolha de indicadores. Fonte: Adaptado de Malheiros (2006). Ainda, durante a construção do conjunto de indicadores buscou-se atender as definições apresentadas por Brasil (2012): Nomear o indicador; Definir seu objetivo; Estabelecer sua periodicidade de cálculo; Indicar o responsável pela geração e divulgação; Definir sua fórmula de cálculo; Indicar seu intervalo de validade. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 209 Ainda, objetivando a padronização dos conceitos, definição e método de cálculos dos indicadores, foram adotados, sempre que possível, os indicadores elencados no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Ainda, o art. 9º, inciso VI da Lei Federal 11.445/2007, estabelece que o sistema de informações municipal, composto pelo conjunto de indicadores do PMSB, estejam articulados com SNIS. Diante do exposto, foram definidos indicadores para todos os quatro programas de governo relacionados aos Aspectos Institucionais, Legais e Gerenciais, propostos no capítulo 10 do Tomo I de Água Clara/MS (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais), que deverão ser monitorados anualmente pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA), por intermédio do Órgão Executivo do setor de saneamento (Departamento de Saneamento), R que se recomenda ser constituído. Os resultados sistematizados deverão ser divulgados, A promovendo o controle social, e analisados para eventuais tomadas de decisões. Deste modo, os subitens seguintes apresentam sistematicamente os quatros Programas IM IN de Governo voltados aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais, sendo que para cada programa é apresentado uma breve descrição e uma explanação dos indicadores propostos, apontando pontos importantes. PR EL 11.1.1 Indicadores do Programa 1 – Qualificação, Educação Ambiental, Estruturação e Fortalecimento Institucional e Gerencial O Programa 1, denominado como “Qualificação, Educação Ambiental, Estruturação e Fortalecimento Institucional e Gerencial”, foi construído como o objetivo de garantir o desenvolvimento pleno do planejamento proposto através da qualificação, estruturação e O fortalecimento institucional e gerencial focado na promoção da saúde pública, proteção do VE RS à meio ambiente, desenvolvimento sustentável. Destaca-se que a estrutura gerencial atual do município de Água Clara/MS não está apta a atender as demandas impostas nas Políticas Nacionais de Saneamento Básico e de Resíduos Sólidos, bem como, para implementar e operacionalizar o PMSB. Deste modo, a inexecução, ausência de acompanhamento e avaliação deste programa poderá acarretar na ineficiência do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e, consequentemente, no insucesso do alcance dos objetivos e metas estabelecidos. Assim, para avaliação e monitoramento dos Projetos e das Ações planejadas deste Programa, escalonadamente em um horizonte temporal de 20 anos, foram definidos nove indicadores de gestão (Quadro 22), que, através de um monitoramento periódico, auxiliará no acompanhamento, avaliação e na tomada de decisões, assim como serão fundamentais nas revisões e atualizações quadrienais definidas para o PMSB. Dentre os indicadores desse Programa de Governo, cita-se a criação de novo Órgão Executivo (Departamento de Saneamento) na qual apresenta como função monitorar, fiscalizar (internamente) e avaliar a implementação do PMSB. Ademais, o referido órgão será responsável pela geração anual do Relatório de Acompanhamento (ver subcapítulo 8.1.1) e garantir a ampla publicidade das informações à população água-clarense. 210 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Outro indicador de grande importância neste relatório é a criação do Órgão Colegiado de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador destinados ao controle social dos serviços de saneamento básico, uma vez que, o Decreto nº 8.211/2014 determina que a partir do exercício financeiro de 2015, será vedado o acesso aos recursos federais destinados ao saneamento básico, aos titulares desses serviços públicos que não instituírem o controle social VE RS à O PR EL IM IN A R realizado por Órgão Colegiado, por meio de legislação específica. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 211 Quadro 22 – Indicadores de Gestão para o Programa 1 – Qualificação, Estruturação e Fortalecimento Institucional e Gerencial Monitorar o nível de instrução dos funcionários e gestores da Prefeitura Municipal envolvidos na gestão de saneamento básico. Existência de Órgão Executivo para o saneamento básico IG -02 (Departamento de Saneamento). Existência de Órgão Colegiado designado para área de saneamento básico, de caráter IG -04 consultivo, deliberativo e fiscalizador para o controle social, através de lei específica. Existência de Sistema Municipal de Informações Geográficas IG-05 em operação, contendo dados e estruturas do saneamento básico. Existência de Sistema Municipal IG –06 de Informações sobre Saneamento em operação. Identifica a existência de Órgão Executivo para o saneamento básico (Departamento de Saneamento). Identifica a existência de Ouvidoria para os serviços correlatos ao saneamento básico. Identifica a existência de Órgão Colegiado designado para área de saneamento básico, de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador para o controle social, através de lei específica. Identifica a existência de Sistema Municipal de Informações Geográficas em operação, contendo dados e estruturas do saneamento básico. Identifica a existência de Sistema Municipal de Informações sobre Saneamento em operação. Existência de mecanismos que garantam a ampla publicidade à população dos resultados IG –07 obtidos nos mecanismos de monitoramento e avaliação do PMSB. Identifica a existência de mecanismos que garantam a ampla publicidade à população dos resultados obtidos nos mecanismos de monitoramento e avaliação do PMSB. Verificar a existência de Órgão Executivo para o saneamento básico (Departamento de Saneamento). Verificar a existência de Ouvidoria para os serviços correlatos ao saneamento básico. Verificar a existência de Órgão Colegiado designado para área de saneamento básico, de caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador para o controle social, através de lei específica. Verifica a existência de Sistema Municipal de Informações Geográficas em operação, contendo dados e estruturas do saneamento básico. Verifica a existência de Sistema Municipal de Informações sobre Saneamento em operação. Verifica a existência de mecanismos que garantam a ampla publicidade à população dos resultados obtidos nos mecanismos de monitoramento e avaliação do PMSB. Verificar a existência de planejamento para a educação ambiental voltada ao saneamento básico. Verificar a existência do Plano de Mídia voltado para a divulgação da educação ambiental no município. Unid. Freq. Ref. Resp. % Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T PR EL O à Existência de Ouvidoria para os serviços correlatos ao saneamento básico. Método de Cálculo R Objetivo É o percentual dos funcionários e gestores da Prefeitura Municipal envolvidos na gestão de saneamento básico com treinamento. IG-03 Indicador IM IN A Descrição Índice de treinamento dos funcionários e gestores da IG -01 Prefeitura municipal envolvidos diretamente na gestão do saneamento básico. RS Sigla VE Identificar a existência de Existência do Plano de planejamento para a educação IG -08 Educação Ambiental para o ambiental voltada ao saneamento básico saneamento básico. Existência de Plano de Mídia Identificar a existência do Plano para divulgação da educação de Mídia voltado para a IG -09 ambiental para todos os divulgação da educação munícipes. ambiental no município. Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: Unid.: Unidade; Freq.: Frequência de Cálculo; Ref.: Referência; Resp.: Responsável; PS: Prestador do Serviço; T: Titular do Serviço (Prefeitura Municipal). (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste plano 212 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 11.1.2 Indicadores do Programa 2 – Análise, Adequação, Complementação e Convergência do Arcabouço Legal Municipal O Programa de Governo 2, definido como “Análise, Adequação, Complementação e Convergência do Arcabouço Legal Municipal”, foi definido de forma a garantir ao município de Água Clara/MS um arcabouço legal, no qual os princípios e objetivos da atual legislação nacional sejam incorporados, assegurando instrumentos legais que promovam o desenvolvimento sustentável ao município e garantindo a correta gestão e gerenciamento dos sistemas que compõem o saneamento básico. Para auxiliar na avaliação e monitoramento das ações deste Programa foram definidos seis indicadores de gestão instituídos através de perguntas de seleção de apenas R uma alternativa (“sim” ou “não”), conforme observado no Quadro 23. Além de auxiliar na A elaboração das revisões quadrienais, os mesmos apresentarão resultados imediatos, uma vez IM IN que o preenchimento do relatório indicará se houve a execução ou não das ações planejadas. Entre os indicadores apresentados no relatório cita-se a instituição da cobrança pelo serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e pelo serviço de drenagem urbana e manejo das águas pluviais que devem estar em conformidade com a Política Nacional de PR EL Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445/2007), que determina a recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência, bem como a geração dos VE RS à O recursos necessários à realização dos investimentos previstos em metas. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 213 Quadro 23 – Indicadores de Gestão para o Programa 2 – Análise, Adequação, Complementação e convergência do Arcabouço Legal Indicador Descrição Objetivo Método de Cálculo Unid. Freq. Ref. Resp. IG-10 Existência de estudo para avaliação das legislações e conjunto de decretos, resoluções e portarias que compõem a sua regulamentação. Identifica a existência de estudo para avaliação das legislações e conjunto de decretos, resoluções e portarias que compõem a sua regulamentação. Verificar a existência de estudo para avaliação das legislações e conjunto de decretos, resoluções e portarias que compõem a sua regulamentação. Sim / Não(1) - Anual - T IG-11 Existência de Política Municipal Identifica a existência de Política Verificar a existência de Política de Saneamento Básico Municipal de Saneamento Municipal de Saneamento instituída. Básico instituída. Básico instituída. Sim / Não(1) - Anual - T IG-12 Identifica a existência do Verificar a existência do Código Existência do Código Municipal Código Municipal de Resíduos Municipal de Resíduos Sólidos de Resíduos Sólidos instituído. Sólidos instituído. instituído. Sim / Não(1) - Anual - T IG-13 Identifica a existência de Lei de Verificar a existência de Lei de Existência de Lei de Parcerias Parcerias Público-Privadas Parcerias Público-Privadas Público-Privadas instituída. instituída. instituída. Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T IM IN A PR EL IG-15 Verificar a existência de mecanismo de cobrança específico pelo serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Verificar a existência de mecanismo de cobrança específico pelo serviço de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. O IG-14 Identifica a existência de Existência de mecanismo de mecanismo de cobrança cobrança específico pelo específico pelo serviço de serviço de limpeza urbana e limpeza urbana e manejo dos manejo dos resíduos sólidos. resíduos sólidos. Identifica a existência de Existência de mecanismo de mecanismo de cobrança cobrança específico pelo específico pelo serviço de serviço de drenagem urbana e drenagem urbana e manejo das manejo das águas pluviais. águas pluviais. Fonte: Elaborado pelos autores. R Sigla VE RS à Nota: Unid.: Unidade; Freq.: Frequência de Cálculo; Ref.: Referência; Resp.: Responsável; PS: Prestador do Serviço; T: Titular do Serviço (Prefeitura Municipal). (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste Plano. 214 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 11.1.3 Indicadores do Programa 3 – Fontes de Negócios, Emprego e Renda O Programa de Governo 3, denominado como “Fonte de Negócios, Emprego e Renda”, é indutor de negócios, empregos e renda, fomentados pelos objetos e princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), principalmente, referente a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada, bem como, reconhecimento dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promovedor de cidadania. A avaliação e monitoramento das ações deste Programa será realizada a partir de R três indicadores (Quadro 24) que auxiliarão na elaboração das revisões quadrienais e no A planejamento municipal, sendo um índice que, a partir de uma série histórica apresentará informações importantes ao município e dois marcos instituídos através de perguntas de VE RS à O PR EL IM IN seleção de apenas uma alternativa (“sim” ou “não”). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 215 Quadro 24 – Indicadores de Gestão para o Programa 3 – Fontes de Negócios, Emprego e Renda Indicador Descrição Objetivo Método de Cálculo IG-16 Número de postos de trabalho no setor de triagem, beneficiamento, reciclagem e compostagem no município. É quantidade de postos de trabalho gerados pelo setor de triagem, beneficiamento e compostagem. Avaliar a geração emprego correlatos resíduos sólidos. IG-17 Estabelecimento de pagamento por serviços ambientais (protetorrecebedor) nos termos definidos na legislação. IG-18 Existência de mecanismos de incentivos fiscais, financeiros e creditícios na área de saneamento básico. Identifica o estabelecimento de pagamento por serviços ambientais (protetorrecebedor), nos termos definidos na legislação. Identifica a existência de mecanismos de incentivos fiscais, financeiros e creditícios na área de saneamento básico. Verificar o estabelecimento de pagamento por serviços ambientais (protetorrecebedor) nos termos definidos na legislação. Verificar a existência de mecanismos de incentivos fiscais, financeiros e creditícios na área de saneamento básico. Freq. Ref. Resp. Und. Anual - T Sim/Não(1) - Anual - T Sim/Não(1) - Anual - T Quantidade trabalho de postos IM IN A de aos Unid. Fonte: Elaborado pelos autores. de R Sigla VE RS à O PR EL Nota: Unid.: Unidade; Freq.: Frequência de Cálculo; Ref.: Referência; Resp.: Responsável; PS: Prestador do Serviço; T: Titular do Serviço (Prefeitura Municipal). (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste Plano. 216 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 11.1.4 Indicadores do Programa 4 – Saneamento Básico com Equilíbrio Econômico-financeiro Diante do cenário de estruturação ou reestruturação do saneamento básico com a implantação deste Plano Municipal de Saneamento Básico, há a demanda por um montante considerável de recursos tanto para a implementação, quanto para a operacionalização do sistema. Deste modo, a Prefeitura Municipal, enquanto titular do serviço, deve equalizar as receitas com os custos e investimentos necessários para a gestão do saneamento básico, recuperação de passivos ambientais e inovações tecnológicas do modelo de prestação definido. Diante do exposto, foi criado o Programa de Governo 4 denominado saneamento básico com equilíbrio econômico-financeiro. R Para auxiliar na avaliação e monitoramento deste Programa, foram definidos dez A indicadores de gestão (ver Quadro 25), sendo oito índices que, a partir de uma série histórica apresentarão informações importantes ao município e dois marcos instituídos através de VE RS à O PR EL IM IN perguntas de seleção de apenas uma alternativa (“sim” ou “não”). PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 217 Quadro 25 – Indicadores de Gestão para o Programa 4 – Saneamento Básico com Equilíbrio Econômico-financeiro Freq. Ref. Resp. % Anual - PS/T % Anual - PS/T % Anual - PS/T É a receita total arrecada com o Avaliar a sustentabilidade SDU dividido pelas despesas econômica do SDU. totais com o serviço. % Anual - PS/T É o percentual de pleitos bem sucedidos para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. Avaliar a capacidade na obtenção de recursos para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. % - T IG-24 Índice de capacidade na Avaliar a capacidade na É o percentual de pleitos bem obtenção de recursos para o obtenção de recursos para o sucedidos para o SAA. SAA. SAA. % - T IG-25 Índice de capacidade na Avaliar a capacidade na É o percentual de pleitos bem obtenção de recursos para o obtenção de recursos para o sucedidos para o SES. SES. SES. % - T IG-26 Índice de capacidade na Avaliar a capacidade na É o percentual de pleitos bem obtenção de recursos para o obtenção de recursos para o sucedidos para o SDU. SDU. SDU. % - T IG-27 IG-28 IM IN A PR EL IG-23 Autossuficiência da Prefeitura Municipal com o manejo do Sistema de Drenagem Urbana (SDU). Índice de capacidade na obtenção de recursos para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. O IG-22 Método de Cálculo Autossuficiência da Prefeitura É a receita total arrecada com o Avaliar a sustentabilidade Municipal com o manejo de SES sanitário dividido pelas econômica do SES. Sistema de Esgoto Sanitário (SES). despesas totais com o serviço. à IG-21 Objetivo Avaliar a sustentabilidade Autossuficiência da Prefeitura É a receita total arrecada com econômica dos serviços de Municipal com o manejo de os serviços de RSU dividido pelas limpeza urbana e manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). despesas totais com o serviço. RSU. Autossuficiência da Prefeitura É a receita total arrecada com o Municipal com o manejo do Avaliar a sustentabilidade SAA pelas despesas totais com o Sistema de Abastecimento de econômica do SAA. serviço. Água (SAA). Identifica a existência Existência de taxa/tarifa para o taxa/tarifa para o Sistema Sistema de Limpeza Urbana e Limpeza Urbana e Manejo Manejo de Resíduos Sólios. Resíduos Sólios. Existência de taxa/tarifa para o Identifica a existência SDU. taxa/tarifa para o SDU. Fonte: Elaborado pelos autores. de Verificar a existência de taxa/tarifa para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo Resíduos Sólios. de Verificar a existência taxa/tarifa para o SDU. RS IG-20 Descrição R Unid. IG-19 Indicador VE Siglas de de de de Sim / Não(1) -. Anual - T Sim / Não(1) - Anual - T Nota: Unid.: Unidade; Freq.: Frequência de Cálculo; Ref.: Referência; Resp.: Responsável; PS: Prestador do Serviço; T: Titular do Serviço (Prefeitura Municipal). (1) O indicador não precisará mais ser monitorado quando obtiver resposta afirmativa, devendo ser criados outros para avaliar a eficiência dos instrumentos instituídos nas revisões periódicas deste plano 218 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 11.2 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃOS DOS USUÁRIOS Segundo a Fundação Universidade de Brasília (FUB, 2012), o termo satisfação expressa o contentamento que um indivíduo tem em uma determinada situação, serviço ou em relação a outros indivíduos. É conveniente afirmar que uma pessoa está satisfeita quando sua expectativa é alcançada. Portanto, a satisfação não é um ponto fixo para toda a comunidade, ela pode ser diferente para cada indivíduo. A Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, titular dos serviços de saneamento básico, e o prestador do serviço devem conhecer a satisfação dos usuários dos serviços de saneamento básico para, assim, verificar o contentamento dos usuários com a qualidade, R regularidade, acesso, continuidade, entre outros aspectos relevantes ao saneamento básico. A Apesar dos mecanismos para monitoramento e avaliação da eficiência e efetividade da implementação dos programas propostos serem essenciais para que a administração IM IN pública de Água Clara/MS conheça a evolução da implantação das ações e projetos dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), a medição de satisfação dos usuários atendidos pelos sistemas que compõem o saneamento básico se faz necessária. De acordo com o art. 22 da Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal nº PR EL 11.445/2007), um dos objetivos da regulação é estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para satisfação dos usuários, ou seja, não basta somente atender as demandas apresentadas no planejamento municipal sem garantir mínima satisfação da comunidade. O Partindo desta premissa, foram estabelecidos sete indicadores que visam obter grau de satisfação da população água-clarense através da aplicação de questionários para os VE RS à Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. Os próximos tópicos trarão, respectivamente, a delimitação da quantidade de questionários a serem aplicados junto à comunidade água-clarense e o modelo de questionário definido para avaliar a satisfação dos usuários dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. Destaca-se que o mesmo deverá ser aplicado de dois em dois anos, de forma integrada com os demais eixos do saneamento garantindo um levantamento histórico a respeito do grau de satisfação da população. 11.2.1 Delimitação da quantidade de questionários A delimitação da quantidade de questionários deverá ser realizada pela Prefeitura Municipal com a utilização de uma metodologia de estatística descritiva, garantindo uma representatividade municipal com margem de erro inferior a 3% e grau de confiança de 95,50%. Sendo assim, recomenda-se a utilização da metodologia de amostragem (Fonseca & Martins, 2012) considerando variável nominal para população finita, com a seguinte equação: PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 219 𝑛= 𝑍2 . 𝑝 . 𝑞 . 𝑁 𝑑 2 . (𝑁 − 1) + 𝑍 2 . 𝑝 . 𝑞 Onde: N – Tamanho da população; Z = abscissa da curva normal padrão com valor adotado de 2, fixando um nível de confiança de 95,5%; p = estimativa da verdadeira proporção de um dos níveis da variável escolhida. Adotar p = 0,50; q = 1 - p. Adotar q = 0,5. Então p = q = 0,5; d = erro amostral, expresso em decimais. R Com a aplicação da equação com a população total estimada (ver item 7.1), a A Tabela 10 apresenta a quantidade de questionários mínimos a serem aplicados pela Prefeitura IM IN Municipal de Água Clara/MS em toda a abrangência do município (rural, distrito e urbana) com periodicidade de bianual. Tabela 10 – Relação entre o tamanho da população total estimada com o número de amostras a ser utilizada pela metodologia sugerida. Ano População Total Estimada 1% 2016 16.062 6.163 2018 16.569 6.236 2020 17.050 6.303 2022 17.494 2024 17.908 2026 18.289 2028 PR EL Margem de erro 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 2.163 1.039 602 390 273 202 155 123 99 2.172 1.041 602 391 273 202 155 123 99 2.180 1.043 603 391 273 202 155 123 99 6.363 2.188 1.045 603 391 273 202 155 123 99 6.417 2.194 1.046 604 391 274 202 155 123 99 6.465 2.199 1.048 604 391 274 202 155 123 99 18.634 6.508 2.204 1.049 605 392 274 202 155 123 99 2030 18.947 6.546 2.209 1.050 605 392 274 202 155 123 99 2032 19.490 6.609 2.216 1.051 606 392 274 202 155 123 99 2034 19.855 6.651 Fonte: Elaborado pelos autores. 2.221 1.052 606 392 274 202 155 123 100 VE RS à O 2% 11.2.2 Indicadores de satisfação do usuário Conforme já mencionado, foram elaborados sete indicadores de satisfação dos usuários a respeito dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. Para o cálculo do referido indicador, cada usuário deverá responder uma série de questionamentos como satisfatório ou não satisfatório. O percentual de satisfação de cada um dos quatro eixos do saneamento será determinado pela seguinte equação: Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑎𝑡𝑖𝑠𝑓𝑎çã𝑜 = Onde: 𝑄𝐴 × 100 𝑄𝐵 220 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 QA = Quantidade de questionamentos satisfatórios; QB = Quantidade de questionamentos realizados. Os indicadores de avaliação da satisfação dos usuários para o Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais são apresentados a seguir no Quadro 26. Quadro 26 – Indicadores de avaliação da satisfação dos usuários. Levantamento a respeito dos Aspectos Institucionais, Gerencias e Legais Satisfatório Não Satisfatório 1. Qualidade do serviço de Ouvidoria. 2.Respostas às solicitações feitas à Ouvidoria. 3. Facilidade do acesso às informações. 4. Divulgação e atualização do Sistema Municipal de Informações sobre o Saneamento Básico. 6. Capacitação dos profissionais e professores. IM IN 7. Investimento em ações propostas para o saneamento básico. Fonte: Elaborado pelos autores. A R 5. Campanhas educativas sobre o saneamento básico. 11.3 OUVIDORIA Dentre os mecanismos de avaliação e monitoramento da implementação dos PR EL Programas, Projetos e Ações do PMSB do município de Água Clara/MS, é de grande importância, aqueles que preveem a participação social. Neste sentido, citam-se as “Ouvidorias” que podem ser definidas como órgãos para recebimento de reclamações, avaliações e denúncias, ou seja, são canais permanentes de comunicação direta com a população. Assim, recomenda-se a criação ou a utilização de órgão ou serviço semelhante O já existente, para receber sugestões, críticas, denúncias, queixas, avaliações e ideias de qualquer cidadão água-clarense sobre questões relativas aos Aspectos Institucionais, VE RS à Gerenciais e Legais, bem como dos demais eixos do saneamento básico, conforme apresentado no item 8.1.2. Recomenda-se que este órgão seja vinculado ao Departamento de Saneamento e que possua as atribuições de atender, registrar, sistematizar os processos, encaminhando-os, posteriormente, ao setor responsável e competente por tratar o assunto. A Ouvidoria deve ainda, acompanhar as providências tomadas, fornecendo o devido retorno ao interessado no processo. Periodicamente, a Ouvidoria deverá juntar todos os processos encerrados, devidamente sistematizados, e divulgá-los nos meios de comunicação do Poder Público Municipal (ex.: sítio virtual da Prefeitura Municipal) (Figura 52). Destaca-se que os processos deverão ser considerados nos Relatório de Acompanhamento (ver subcapítulo 11.4), logo, aconselha-se que inicialmente, os processos sejam divulgados com periodicidade anual. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 221 R Figura 52 – Fluxograma sugerido para operacionalização do mecanismo de avaliação através de Ouvidoria. A Fonte: Elaborado pelos autores. IM IN 11.4 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO Entre os instrumentos previstos de avaliação e, principalmente monitoramento e controle, cita-se o Relatório de Acompanhamento. Este relatório tem como principal objetivo caracterizar a situação e a qualidade do sistema e serviços do saneamento básico, PR EL relacionando-as com as condições econômicas, operacionais e de salubridade ambiental, de forma a verificar a efetividade das ações, o cumprimento das metas deste Plano Municipal de Saneamento Básico de Água Clara/MS e a evolução de sua implementação. Neste subcapítulo são apresentadas as informações que devem conter no Relatório de Acompanhamento relacionados com os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais, O porém, este deve, preferencialmente, ser concebido integrando os quatro eixos de saneamento (ver demais Tomos). VE RS à O Relatório de Acompanhamento será elaborado em conformidade com critérios, índices, parâmetros e prazos fixados pela Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, porém sugere-se que este seja realizado anualmente, levando em consideração todos os mecanismos de avaliação e monitoramento sugeridos e, principalmente, as informações sistematizadas dos indicadores de gestão para avaliação e monitoramento dos Programas, dos índices de satisfação dos usuários e dos processos encerrados da ouvidoria (Figura 53). 222 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Nota: Este Relatório, preferencialmente, deve integrar os quatro eixos do saneamento básico. A Fonte: Elaborado pelos autores. R Figura 53 – Fluxograma da operacionalização e aplicação do Relatório de Acompanhamento de implementação do PMSB de Água Clara/MS e da qualidade dos serviços correlatos ao saneamento básico. IM IN O Relatório de Acompanhamento deverá ser elaborado pela Departamento de Saneamento, podendo ser gerado de forma automatizada, caso a Prefeitura Municipal implemente um programa computacional para tal função, ou de forma manual. Assim, o Quadro 27 apresenta as principais informações sugeridas para elaboração e PR EL divulgação do Relatório de Acompanhamento para os Aspectos institucionais, Gerenciais e Legais, abordando seu conteúdo mínimo, periodicidade de elaboração, principal meio de VE RS à O divulgação e o órgão responsável pela elaboração e divulgação dos resultados. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 223 Quadro 27 - Principais informações para a elaboração e divulgação do Relatório de Acompanhamento de implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) e da qualidade do sistema e serviços correlatos ao saneamento básico. Conteúdo mínimo do Relatório de Acompanhamento 1. Introdução: apresentar resumidamente ao leitor o tema que será desenvolvido e de que forma será apresentado ao longo do trabalho; 2. Indicadores de gestão para avaliação e monitoramento dos Programas: consolidar todos os resultados dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais já sistematizados, apresentando-os em forma de gráficos, tabelas e/ou quadros resumos, expor de forma sintetizada uma breve conclusão dos resultados com relação à eficácia da implementação das ações do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais); 3. Processos encerrados da Ouvidoria: consolidar as manifestações referentes aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais recebidas durante o período, separando-as por grupos de usuários (bairros) e demandas por categorias (sugestões, ideias, denúncias, reclamações, elogios, etc.); Conclusão: a partir dos resultados obtidos, elaborar uma síntese do assunto abordado e das conclusões a que se chegou, expondo o correto cumprimento ou não da implementação do Tomo I do PMSB (Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais) e as recomendações para as posteriores revisões e atualizações do Plano. Periodicidade sugerida de sua elaboração Anual Principal meio de divulgação PR EL Sítio virtual da Prefeitura Municipal IM IN 4. A R Em anexo, podem ser apresentadas as eventuais sugestões dos populares para a melhoria dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais; Responsável pela elaboração e divulgação Departamento de Saneamento Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: Este Relatório, preferencialmente, deve integrar os quatro eixos do saneamento básico. O 11.5 GERAÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS VE RS à O conhecimento pleno das informações que geralmente não estão disponíveis nas fontes convencionais de dados é uma das condições principais para proporcionar a participação e o controle social. Portanto, devem ser previstos mecanismos de disponibilização, repasse e facilitação do acesso e entendimento das informações para que a população água-clarense possa contribuir e fazer suas escolhas durante a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Valorizar a participação da sociedade e suas instituições representativas durante a implementação do planejamento proposto para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais, elencado no presente Tomo I do PMSB, contribui para que se construam os mecanismos de controle social dos serviços públicos de saneamento básico (Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos, Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais). Neste sentido, recomenda-se que a Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, através das assessorias de imprensa e/ou comunicação, divulgue os Relatórios de Acompanhamento, que deve incluir as informações sistematizadas dos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais, também, dos demais eixos do saneamento, com periodicidade mínima anual, em 224 CAP. 11 – MECANISMOS PARA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 meios de comunicação disponíveis. Como sugestão, cita-se o sítio virtual da Prefeitura Municipal, onde pode ser criado um canal exclusivo (página) para o setor de saneamento. Recomenda-se, também, a divulgação dos resultados já sistematizados e planilhados dos Indicadores de gestão para avaliação e monitoramento dos Programas e dos índices de satisfação do usuário. A divulgação das informações e indicadores em perspectiva histórica auxiliam a esclarecer mitos e expor a realidades sobre a prestação dos serviços de VE RS à O PR EL IM IN A R saneamento básico à população água-clarense. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 225 12 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PMSB O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Água Clara/MS foi elaborado considerando um horizonte temporal de 20 anos, isto é, realizou-se o planejamento estratégico para o município no período de 2015 até 2034, contemplando ações que devem ser realizadas ainda nos anos de elaboração (2014-2015). Ainda, a Lei Federal nº 11.445/2007 estabelece que a periodicidade da revisão do PMSB deverá observar prioritariamente o período de vigência do plano plurianual municipal, portanto, para o município de Água Clara/MS deverá ser revisado e atualizado a cada 04 anos. Observa-se que a revisão e atualização do PMSB evita que tal instrumento de gestão R se torne obsoleto, confere dinamismo ao planejamento proposto e propicia condições para A melhoria da qualidade dos Objetivos, das Metas e dos Programas, Projetos e Ações que o integram, além de ampliar a transparência das ações do Poder Público com relação à gestão IM IN de resíduos sólidos. A revisão do PMSB é uma das etapas do ciclo de gestão do planejamento estratégico, que objetiva fortalecer o processo de formulação, PR EL implementação e avaliação da gestão pública do município com os serviços de saneamento básico. Destaca-se que a revisão não se trata da elaboração de um novo planejamento, mas sim da atualização já aperfeiçoamento definida no PMSB O programação e implementação (Figura 54). da Figura 54 – Ciclo da gestão do planejamento estratégico do Plano Municipal em Saneamento Básico de Água Clara/MS. de Fonte: Elaborado pelos autores. VE RS à Este processo de revisão constitui uma prática sistêmica e contínua que visa ao aperfeiçoamento do planejamento e da capacidade institucional, não objetivando evidenciar falhas ou exaltar acertos, porém, incentivar e consolidar a cultura de avaliação deste instrumento de gestão dentro da administração do Poder Público Municipal. Portanto, a revisão e atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico de Água Clara/MS objetiva: Possibilitar a atualização do PMSB diante das mudanças ocorridas no processo de implementação, identificadas no monitoramento e avaliação do mesmo; Permitir melhoria contínua do processo de elaboração, avaliação e implementação dos Programas, Projetos e Ações; Realizar ratificações de caráter técnico constatadas; Viabilizar gradativamente o alcance do Cenário Desejável Para a eficiência destas atualizações e revisões, enfatiza-se a importância da correta aplicação dos mecanismos de avaliação e monitoramento, através da aplicação dos indicadores das ações programadas, indicadores socioambientais e indicadores de desempenho (econômico-financeiro e operacional), considerando os procedimentos 226 CAP. 12 – REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PMSB VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 descritos no Capítulo 11, bem como descrito nos demais Tomos, que contém os procedimentos para a avaliação e monitoramento da implementação do PMSB. Diante do exposto, é proposto para a 1ª revisão (no ano de 2019) a análise de todos os aspectos do saneamento básico do município, através da elaboração de um novo Diagnóstico Situacional. Destaca-se que o presente Plano prevê uma mudança brusca nos aspectos institucionais, legais, operacionais, socioambientais e culturais que se relacionam direta e indiretamente com os serviços de saneamento, sendo necessário de uma revisão completa para se diagnosticar o que foi cumprido, e o que deixou de ser cumprido expondo os motivos. Diante da situação diagnosticada nessa 1ª primeira revisão, deverão ser definidos o VE RS à O PR EL IM IN A ou seja, respectivamente nos anos de 2023, 2027 e 2031. R conteúdo e os aspectos a serem considerados nas próximas revisões em 8, 12, 16 e 20 anos, PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 227 13 FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS A Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, diante da indisponibilidade de recursos financeiros para os altos investimentos demandados para todos os Programas, Projetos e Ações correlatos ao saneamento básico propostos no presente Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) deverá recorrer à fontes de recursos existentes, de forma a viabilizar a concretização do planejado. Sendo assim, quanto à natureza dos recursos, estes possuem duas origens: Recursos Orçamentários e Recursos Extraorçamentários (conforme apresentado na Figura 55), os quais o município poderá utilizar de forma isolada ou combinado. b. Orçamento Geral do Estado – OGE; IM IN c. Orçamento Municipal. A a. Orçamento Geral da União - OGU; R 1. Recursos Orçamentários (não onerosos): 2. Recursos Extraorçamentário (onerosos): a. Operação de Crédito; b. Cooperação Técnica Internacional; c. Operação Comercial Internacional; PR EL d. Parcerias; e. Sinergias Neste sentido, este capítulo apresenta uma abordagem quanto às principais fontes de recursos financeiros disponíveis para a execução das ações propostas para o município de VE RS à O Água Clara/MS. 228 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VE RS à O PR EL IM IN A R VERSÃO PRELIMINAR – JUNHO/2015 Figura 55 – Fluxograma das fontes de financiamento de recursos financeiros para o saneamento básico. Fonte: Elaborado pelos autores. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 229 13.1 RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS Os Recursos Orçamentários são aqueles constantes no orçamento, instrumento legal, no qual são discriminadas as receitas e despesas de determinado ente ou entidade. Pode ser definido como recursos não onerosos de “Fundo Perdido”, aqueles que não exigem retorno, ou seja, não precisam ser devolvidos para a União, podendo ser exigida uma contrapartida. Sendo assim, no que diz respeito aos recursos alocados no Orçamento Geral da União – OGU, os demais entes federados têm acesso por meio de Emendas Parlamentares à Lei Orçamentária Anual ou por meio de seleção pública de projetos nas áreas setoriais. Na aplicação de recursos não onerosos da União, será dada prioridade às ações e R empreendimentos que visem o atendimento de usuários ou municípios que não tenham A capacidade de pagamento compatível com a autossustentação econômico-financeira dos serviços e ações voltadas para a promoção das condições adequadas de salubridade Público é divido em: Orçamento Geral da União – OGU Orçamento Geral do Estado – OGE Orçamento Municipal PR EL IM IN ambiental aos povos indígenas e a outras populações tradicionais. Sendo assim, o Orçamento 13.1.1 Instrumentos de elaboração e organização do Orçamento Público Este item aborda, de maneira geral, como se dá a elaboração do Orçamento Público nas esferas federal, estadual e municipal de forma a compreender como são disponibilizados O e obtidos os recursos. VE RS à O Orçamento Público consiste no instrumento de planejamento e execução das finanças públicas com metas e objetivos a serem alcançados, que reúne a previsão das receitas e a estimativa das despesas a serem realizadas em determinado exercício do Governo, coincidente com o ano civil. É composto de três leis orçamentárias: Plano Plurianual (PPA); Lei de Diretrizes Orçamentárias(LDO), e; Lei Orçamentária Anual(LOA). Estas leis, apesar de consubstanciarem documentos distintos, possuem a finalidade comum e harmônica de atender as necessidades públicas por meio de processo político. Frisa-se que o orçamento público no Brasil é de caráter autorizativo, ou seja, o Poder Público tem a discricionariedade para avaliar a conveniência e a oportunidade do que deve ou não ser executado, e portanto o fato de um determinado gasto constar no orçamento não garante que o mesmo será realizado. O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento de planejamento governamental de médio prazo, destinado a organizar e viabilizar a ação pública, em vista de cumprir os fundamentos e os objetivos da República. Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas do governo 230 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – JUNHO/2015 para um período de 4 anos e os caminhos que devem ser trilhados para viabilizar as metas previstas. Já a Lei de Diretrizes Orçamentárias(LDO) é um ato normativo de caráter anual que serve de instrumento de conexão entre o plano estratégico de médio prazo, representado pelo Plano Plurianual (PPA), e o plano operacional de curto prazo, a Lei Orçamentária Anual (LOA). Esta última define as prioridades e metas a serem atingidas por meio da execução dos programas e ações previstas no Plano, orientando a elaboração da a Lei Orçamentária Anual (LOA), sendo composta do orçamento fiscal dos poderes da União, orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e do orçamento da seguridade social. R Por fim, a Lei Orçamentária Anual (LOA), também chamada “Lei de Meios”, consiste A no instrumento normativo que estima as receitas e fixa as despesas para o ano subsequente, coligindo toda a programação de gastos do governo, exercendo a função de plano IM IN operacional de curto prazo, definindo a origem, o montante e o destino dos recursos que compõem o orçamento em si, materializando o previsto no Plano Plurianual (PPA). A atuação concreta do Poder Público pressupõe a existência dos orçamentos, sem os quais não pode haver utilização do dinheiro público para arcar com despesas, ou seja, significa que nenhuma PR EL despesa pública pode ser realizada sem estar prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA). Ressalta-se a importância de destacar as Emendas Parlamentares, que são instrumentos previstos em lei em que os parlamentares federais, estaduais e municipais dispõem para participar e influir na elaboração de seus respectivos orçamentos. Consiste em uma ferramenta importante para governadores e prefeitos obterem recursos extras para seus O estados e municípios, acrescentando novas programações orçamentárias com objetivo de VE RS à atender as demandas da sociedade. 13.1.2 Programas do Plano Plurianual Federal (2012 – 2015) O Plano Plurianual da União (2012-2015), instituído pela Lei nº 12.583, de 18 de janeiro de 2012 e denominado Plano Mais Brasil reúne vários programas, que direta e/ou indiretamente envolvem o saneamento básico, conforme apresentado na Figura 56. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS PR EL IM IN A R 231 Figura 56 – Esquematização do Plano Plurianual Nacional 2012 – 2015. Fonte: A partir de Ministério do Planejamento (2015). O A seguir, no Quadro 28, são apresentados os Programas previstos no PPA 2012 – 2015 com seus respectivos responsáveis e o valor do recursos disponível para 2015, para apresentar VE RS à as possibilidades de recursos para os Programas, Projetos e Ações previstos neste PMSB. Quadro 28 – Recursos disponíveis no Orçamento da União no PPA 2012 – 2015. Programa Programa 2013 – Agricultura Irrigada Programa 2015 – Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde Programa 2021 – Ciência, Tecnologia e Inovação Programa 2026 – Conservação e Gestão dos Recursos Hídricos Programa 2029 – Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária Programa 2038 – Democracia e Aperfeiçoamento da Gestão Pública Programa 2040 – Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Órgão Responsável Recursos Disponível 2015 (R$) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Obj. 0171) 1.417.301.000,00 Ministério da Saúde (Obj. 0714) 84.119.121.000,00 Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 13.561.662.000,00 Ministério do Meio Ambiente Ministério da Integração Nacional (Obj. 0789) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Obj. 0607) Ministério de Minas e Energia/ Ministério da Integração Nacional/ Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação/ Ministério das Cidades 305.429.000,00 7.568.458.000,00 954.730.000,00 3.321.761.000,00 232 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – JUNHO/2015 Programa Recursos Disponível 2015 (R$) Órgão Responsável Programa 2045 – Licenciamento e Qualidade ambiental Ministério do Meio Ambiente Programa 2051 – Oferta de Água Ministério da Integração Nacional 3.899.901.000,00 Programa Urbano Ministério da Cidades 2.503.843.000,00 2054 – Planejamento 40.469.000,00 Programa 2067 – Resíduos Sólidos Ministério do Meio Ambiente 82.321.000,00 Programa 2068 – Saneamento Básico Ministério das Cidades/ Ministério da Saúde 4.629.237.000,00 Programa 2069 – Segurança Alimentar Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Obj. 0614) 4.063.933.000,00 IM IN 13.1.3 Programas do Plano Plurianual Estadual (2012 – 2015) A R Fonte: A partir de Lei Federal nº 12.593/2012 – PPA 2012 – 2015. O Plano Plurianual Estadual 2012 – 2015, instituído pela Lei nº 4.145, de 19 de dezembro de 2011, contém as diretrizes e prioridades da administração pública estadual para a realização das despesas de capital e outras delas decorrentes e para os programas de PR EL duração continuada. A Tabela 11 apresentas as principais fontes de recursos do Estado, que serão distribuídos entres os programas, sendo alguns destes apresentados na Tabela 12. Tabela 11 – Fontes de financiamento do PPA Estadual 2012 – 2015. Fontes de financiamento do PPA (2012 – 2015) Tributárias Operações de Crédito VE RS à Outras receitas O Receitas Total 2012 (R$) 2013 – 2015 (R$) Total (R$) 6.010.761.400 22.360.032.408 28.370.793.808 161.618.000 289.726.000 451.344.000 4.365.554.800 13.173.216.392 17.538.771.192 10.537.934.200 35.822.974.800 46.360.909.000 Fonte: A partir de Lei Estadual nº 4.145/2011. Tabela 12 – Valores atribuídos aos Programas do Plano Plurianual Estadual 2012 – 2015. Programas 2012 (R$) 2013 – 2015 (R$) TOTAL (R$) Programa 0022 - MS Competitivo - Infraestrutura 1.069.901.600,00 2.778.637.500,00 3.848.539.100,00 Programa 0036 - MS Sustentável - Saneamento Ambiental, Urbano e Rural - PROSANEAR 519.341.000,00 510.465.000,00 1.029.806.000,00 Programa 0038 - MS Sustentável Ambiente e Recursos Hídricos 77.400.100,00 129.430.600,00 206.830.700,00 600.000,00 1.960.000,00 2.560.000,00 e 130.917.200,00 448.386.900,00 579.304.100,00 Programa 0029 - MS Cidadão - Segurança e defesa social 774.831.100,00 2.848.175.900,00 3.623.007.000,00 2.572.991.000,00 6.717.055.900,00 9.290.046.900,00 - Meio Programa 0039 - MS Cidadão - Desenvolvimento Regional e Urbano Programa 0016 MS Competitivo Adensamento de Cadeias Produtivas diversificação da base econômica Total Fonte: A partir de Lei Estadual nº 4.145/2011. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 233 A Tabela 13 apresenta os recursos distribuídos por funções e subfunção vinculados com os programas apresentados anteriormente. Tabela 13 – Valores atribuídos para as funções e subfunções do PPA Estadual 2012 – 2015. Funções e subfunções 2012 (R$) 2013 – 2015 (R$) Total (R$) 25.500.000,00 92.445.400,00 117.945.400,00 600.000,00 1.960.000,00 2.560.000,00 590.367.300,00 581.491.300,00 1.171.858.600,00 541 – Preservação e conservação ambiental 57.712.200,00 111.598.100,00 169.310.300,00 542 – Controle Ambiental 7.755.200,00 24.656.200,00 32.411.400,00 148.600,00 189.600,00 1.665.000,00 6.030.200,00 7.695.200,00 683.640.700,00 818.329.800,00 1.501.970.500,00 Função 15 - Urbanismo 451 – Infraestrutura Urbana 452 – Serviços Urbanos Função 17 – Saneamento 512 – Saneamento Básico Urbano Função 20 – Agricultura Recuperação de áreas degradas Total PR EL Fonte: A partir de Lei Estadual nº 4.145/2011. IM IN 41.000,00 A 544 – Recursos hídricos R Função 18 – Gestão Ambiental Analisando o exposto na Tabela 13, o valor disponível para as funções relacionadas ao saneamento é de R$ 1.501.970.500,00 que corresponde a 16,17% do valor total dos Programas correlatos ao saneamento. O 13.1.4 Programas do Plano Plurianual Municipal (2014 – 2017) VE RS à A Lei Municipal nº 921 de 2013, dispõe sobre o Plano Plurianual para o exercício de 2014 a 2017 com receita total no valor de R$ 247.007.381,75. A Tabela 14 apresenta as principais receitas orçamentárias municipais planejadas para Água Clara/MS relacionadas com o saneamento básico. 234 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Tabela 14 – Receita Orçamentária do município relacionada com o saneamento básico prevista no PPA 2014 – 2017. Descrição da Ação Unidade Responsável 2014 (R$) 2015 (R$) 2016 (R$) 2017 (R$) Total (R$) % do total do PPA Programa 0002 – Administração no Caminho Certo Gestão das Atividades da SEINFRA 006 – SEINFRA 2.110.000,00 2.247.150,00 2.393.214,75 2.548.773,70 9.299.138,45 3,76 Ampliação rede galerias pluviais 006 – SEINFRA 150.000,00 200.000,00 250.000,00 300.000,00 900.000,00 0,36 Pavimentação asfáltica e obras complementares 006 – SEINFRA 3.000.000,00 3.200.000,00 3.500.000,00 3.800.000,00 13.500.000,00 5,47 Aquisição de equipamentos em geral 012 – SEMEAMTU 50.000,00 55.000,00 60.000,00 65.000,00 230.000,00 0,09 Construções, ampliações, ref. Próprios municipais 012 – SEMEAMTU 55.000,00 60.000,00 65.000,00 70.000,00 250.000,00 0,10 Gestão das atividades da Secretaria Municipal de Meio Ambiente 012 - SEMEAMTU 780.000,00 830.700,00 884.695,50 942.200,70 3.437.596,20 1,39 Operacionalização da limpeza urbana 012 - SEMEAMTU 900.000,00 958.500,00 1.020.802,50 1.087.154,66 3.966.457,16 1,61 Total 7.045.000,00 7.551.350,00 8.173.712,75 8.813.129,06 31.583.191,81 12,79 VE RS à Fonte: A partir de Lei Municipal nº 921/2013. IM IN A PR EL Programa 0011 – Meio Ambiente no Caminho Certo O Programa 0009 – Água Clara para Todos R Programa PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 235 Dentre os Programas Municipais identificados, foram destacados o Programa Administração no Caminho Certo, Água Clara para Todos e Meio Ambiente no Caminho Certo. Estes Programas, que têm como fonte de recurso da Prefeitura Municipal de Água Clara/MS, possuem o valor total dos recursos disponíveis no PPA 2014 a 2017 de R$ 31.583.191,81, o que corresponde a 12,79% do valor total de receita municipal prevista. A origem destes recursos para utilização neste Programas são os Recursos Ordinários, Transferências de Convênio da União e Outras Transferências de Convênio dos Estados. 13.1.5 Obtenção de Recursos Federais (não onerosos) R As transferências de recursos nas três esferas governamentais consiste em acordos A firmados entre órgãos e entidades da Administração Pública ou entre estas instituições com entidades privadas sem fins lucrativos. Sendo utilizada, desta forma, para a execução de IM IN programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Público. Basicamente, os repasses de recursos ao município podem ser efetivados de três formas de transferências: Transferências Constitucionais: o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito PR EL Federal (FPE); o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), entre outros. Transferências Legais: o Não vinculada a um fim específico; o Vinculada a um fim específico: Transferência Automática, Transferência Fundo a Fundo, entre outros. Transferências Voluntárias: Convênio; VE RS à o O o Contrato de repasse. 13.1.5.1 Programa de Aceleração do Crescimento - PAC O Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, instituído pelo Decreto nº 6.025/2007, ampliou consideravelmente os recursos disponíveis para os investimentos públicos no setor de saneamento básico e respondendo mais prontamente às necessidades sociais. A implementação de medidas dessa natureza exige a combinação de esforço dos setores públicos e privados, a articulação e o engajamento de todos os níveis de Governo. Um dos fatores positivos é o planejamento dos investimentos que deverão ser feitos no médio prazo, associados ao apoio do Governo Federal aos municípios no enfretamento dos graves problemas urbanos, buscando garantir o crescimento econômico permanente do País. Por determinação da Lei nº 11.578/2007, a execução de ações do PAC, de interesse da União, pelos órgãos e entidades dos estados, Distritos Federal e municípios com o apoio de órgãos e entidades da União, é a viabilidade por meio de transferência obrigatória. Estes 236 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 recursos podem ser complementados, pelos entes interessados, com empréstimos ou financiamentos derivados de operação de crédito. Os programas e ações do PAC definem o caráter de prioridade de execução dessas ações, o que justifica a natureza jurídica de obrigatoriedade do repasse dos recursos, faz com que este não se submeta as regras gerais ou definições políticas e econômicas. As transferências obrigatórias para a execução das ações do PAC são condicionadas ao cumprimento de requisitos pelo município beneficiário estabelecidos na Lei Federal nº 11.578/2007 em seu art. 3º. Sendo que para o cumprimento dos requisitos exigidos deve ser formalizado mediante Termo de Compromisso, aprovado pela União, como condições prévia para a efetivação da transferência obrigatória. R De acordo com o sítio eletrônico do PAC, o município de Água Clara/MS possui duas A obras com recursos PAC, sendo uma delas relacionada com saneamento básico, na qual o executor foi a FUNASA. IM IN Já os recursos do Ministério da Cidades para empreendimentos o PAC Saneamento tanto podem ser custeados com recursos da OGU (não onerosos) quanto de financiamento de outras fontes (onerosas), são constituídos basicamente por recursos oriundos do OGU e das contrapartidas dos Estados e municípios. Caixa Econômica Federal – CAIXA é a instituição encarregada da PR EL A operacionalização dos Programas e Ações do Ministério das Cidades inseridos no PAC, conforme definido em Contrato de Prestação de Serviço firmado entre o Ministério e a CAIXA, atuando como Mandatária da União. O 13.2 RECURSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS VE RS à Os recursos extraorçamentários, vinculados à operação de crédito ou financiamentos, efetuados, por exemplo, junto à Caixa Econômico Federal (CAIXA), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Interamericano para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), intitulado Banco Mundial, e dos Fundos Governamentais são também incluídos entre os recursos onerosos, ou seja, o município precisará devolver os valores arrecadados. Embora essas ações sejam custeadas por recursos oriundos de outras fontes, que não aqueles do orçamento federal, as mesmas são previstas no PPA, identificando a respectiva natureza extraorçamentária. 13.2.1 Operação de crédito interno As operações de financiamento interno são realizadas por meio da Operação de Crédito. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), instituída pela Lei Complementar nº 101/2000, as Operações de Crédito consistem no compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 237 arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Em território nacional, a principal fonte de financiamentos para projetos públicos e privados de longo prazo reside nos bancos de desenvolvimento, atuantes como agentes financeiros, geralmente constituídos por governos responsáveis pelo aporte de capital para projetos de investimento. Ademais, a presença dos bancos de desenvolvimento, os bancos estatais também atuam como provedores de capital para projetos de longo prazo. Os principais financiadores dos Estados e munícipios são o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal que, juntos, R respondem por aproximadamente 50% do sistema bancário brasileiro. A 13.2.2 Operação de crédito externo IM IN A forma mais comum dos estados e municípios terem acesso a recursos externos é por meio de contratação de empréstimos, com aval (garantia) da União, junto a organismos e a agências de fomento (multilaterais e/ou bilaterais). Compete ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizar a preparação de projetos ou programas de setor público com apoio de natureza financeira de fontes externas, mediante prévia PR EL manifestação da Comissão de Financiamento Externo (COFIEX), órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, instituída pelo Governo Federal em 1990, e reorganizada pelo Decreto nº 3.502/2000. A seguir serão apresentadas algumas das fontes externas de crédito disponíveis para O financiar projetos/programas a serem encaminhados para a COFIEX. Os Organismos Multilaterais de Desenvolvimento e Agências Governamentais, que serão apresentadas com VE RS à mais detalhes a seguir, são instituições governadas por políticas próprias nos aspectos operacionais, administrativos e de pessoal e por políticas setoriais, que dão orientação em campos de atividades específicos. Essas instituições, também, possuem suas próprias políticas de aquisição e de divulgação de informações, bem como diferentes procedimentos de contratação e implementação de projetos, sendo estas as que possuem relação com o saneamento. Entre estas instituições, este subcapítulo irá apresentar as principais instituições que estão vinculadas ao saneamento. O Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID é uma das principais fontes de financiamento multilateral para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. Seus principais objetivos são a redução da pobreza buscando a equidade social e o crescimento sustentável do ponto de vista ambiental, conforme detalhado no Quadro 29. 238 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 29 – Recursos fornecidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID Objetivo: Apoiar projetos para reduzir a pobreza na América Latina e no Caribe. Transportes, saneamento, meio ambiente, melhoria de fortalecimento institucional e renovação de centros históricos Prioridades: bairros, Governo Federal, governos estaduais, prefeituras, empresas privadas e ONGs Tempo estimado para aprovação de empréstimo: De dois anos e meio a cinco anos, incluindo trâmites no Governo Federal Contrapartida exigida: 100% do valor contratado Prazo de pagamento: Até 25 anos Carência: De 5 anos. R Atende a: Contato: A Libor, usada para empréstimos internacionais em dólar. Em torno de 1% ao ano Taxa de referência: Sede em Brasília. Telefone (61) 3317-4200 E-mail: [email protected] IM IN Fonte: A partir de Netto (2012). O Banco Mundial (BM) é uma instituição financeira de caráter multilateral composta de cinco agências, entre elas, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) que realiza empréstimos e cooperação técnica não reembolsáveis para países PR EL membros elegíveis, suas principais características são apresentadas no Quadro 30. Quadro 30 – Recursos fornecidos pelo Banco Internacional pela Reconstrução e Desenvolvimento – BID. Banco Internacional pela Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD Fornecer suporte técnico e financiamento a projetos para redução da pobreza, maior igualdade social e crescimento econômico associado à proteção ambiental. Prioridades: Projetos de saneamento, saúde, educação, transporte, energia, habitação e comunicação VE RS à O Objetivo: Atende a: Governos federais, estaduais e municipais Tempo estimado para aprovação do empréstimo: A partir de quatro anos. Contrapartida exigida: De zero a 50% Prazo de pagamento: Até 30 anos. Prazo de carência: Taxa de juros: Contato: De 3 a 5 anos. Libor acumulada de seis meses somada a taxa variável ou fixa, geralmente de até 1,0% ao ano. Dependendo do tipo de financiamento, também é cobrada comissão inicial de cerca de 0,25% do valor do projeto. Sede em Brasília. Telefone: (61) 3329-1000. Fonte: A partir de Netto (2012). A Corporação Andina de Fomento/ Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) apoia as atividades relacionadas com o crescimento econômico e a integração regional. O leque de projetos que pode ser financiado é muito variado e engloba o setor de infraestrutura, tais como rodovias, transporte, telecomunicação, geração e transmissão de PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 239 energia, água e saneamento ambiental, conforme suas descrições apresentadas no Quadro 31. Quadro 31 – Recursos fornecidos pela Corporação Andina de Fomento – CAF. Corporação Andina de Fomento - CAF Objetivo: Promover o desenvolvimento sustentável e a integração regional. Prioridades: Infraestrutura, serviços e projetos ligados ao meio ambiente e à qualidade de vida da população. Forma de apoio: Empréstimos, garantias e avais, assessoramento financeiro e investimentos, serviços de tesouraria, participação acionárias e cooperação. Prazo de pagamento: Até 18 meses. Prazo de carência: De 3 a 4 anos. R Cerca de 2 anos. A Tempo estimado para aprovação do empréstimo: Governos estaduais, Governo Federal, empresas públicas e empresas privadas. Dólar (USD) Contato: Sede em Brasília. Telefone: (61) 2191-8600. E-mail: [email protected] Fonte: A partir de Netto (2012). PR EL Moeda: IM IN Atende a: O Objetivo do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata – FONPLATA (Quadro 32) é fornecer apoio técnico e financeiro as iniciativas de O desenvolvimento harmônico e de integração dos países membros da Bacio do Prata – Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Suas principais operações são empréstimos, VE RS à programas e linha de crédito. Quadro 32 – Recursos fornecidos pelo FONPLATA. Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata - FONPLATA Av. Irala, 573 Tel.+591 3 336 6611 - Fax: +591 3 337 1713 Telex: 4610 FONPLATA BV Contato: E-mail: [email protected] Casilla 2690 Santa Cruz de la Sierra, Bolívia www.fonplata.org Fonte: A partir de Brasil (2005). O Japan Bank for International Cooperation - JBIC (Quadro 33) é um organismo constituído de 100% de capital do governo japonês, cujos principais objetivos são o fornecimento de apoio financeiro para o investimento externo e o comércio internacional das empresas japonesas, e apoiar os países em desenvolvimento por meio de recursos em condições financeiras socioeconômica. subsidiadas para implementar a melhoria da infraestrutura 240 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 33 – Recursos fornecidos pelo Japan Bank for Internacional Cooperation – JBIC. Japan Bank for Internacional Cooperation - JBIC Contato: Escritório no Brasil: Praia de Botafogo, 228/801 – B (Setor A) - CEP: 22359-900 Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2554 - 2305 http://www.jbic.go.jp/english/index.php www.jbic.org.br Fonte: A partir de Brasil (2005). O Kreditanstalt Für Wiederaufbau – KFW (Quadro 34) concede empréstimos e contribuições financeiras a fundo perdido a programas de infraestrutura econômica e social; R setores agropecuário e industrial; projeto de conservação do meio ambiente e dos recursos A naturais; projetos de pequenas e médias empresas e financiamento de estudos e serviços. IM IN Quadro 34 – Recursos fornecidos pelo Kreditanstalt Für Wiederaufbau – KfW. Kreditanstalt Für Wiederaufbau - KfW Fonte: Brasil, 2013. 13.2.3 Parcerias PR EL Contato: Escritório no Brasil: SCN Quadra 01, Sala 1706 - Edifício Trade Center - CEP 70711-902 Brasília DF Tel.: (61) 328 0049 http://www.kfw.de/EN/ O Uma das alternativas existentes para o aporte de recursos financeiros é com o engajamento do setor privado. Considerando que os gastos governamentais correntes são VE RS à elevados, os recursos públicos são limitados e as demandas da sociedade são crescentes, frequentemente não restam recursos pra o investimento em infraestrutura em diversos setores, os altos custos demandados em obras de infraestrutura hídrica e saneamento, além da dificuldade encontrada pela administração pública em elaborar, prospectar e gerenciar projetos devido aos problemas de diversas ordens, a participação da iniciativa privada pode corroborar grandemente. A seguir, apresenta-se duas modalidades de parceria entre o governo e o setor privado: as Parcerias Público-Privadas e a Locação de Ativos. 13.2.3.1 Parcerias Público-Privadas (PPP) A Parceria Público-Privada é a modalidade mais favorável para a prestação dos serviços que necessitam de um aporte financeiro elevado, o que o Poder Público não dispõe. A PPP possibilita que a habilidade gerencial da iniciativa público privada, bem como os capitais à ela pertencente sejam canalizados para os serviços públicos, estruturando uma forma de gestão capaz de proporcionar melhor uso do dinheiro público, pois confere maior eficiência, eficácia e efetividade aos serviços executados. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 241 As PPPs representam para a sociedade uma oportunidade de desfrutar de serviços públicos mais estruturados e melhor geridos, tendo em vista que um contrato de PPP bem elaborado deve exigir a comprovação do bom funcionamento do sistema. Seu processo de implantação deve respeitar o estabelecido na Lei Federal nº 11.079/2004 que institui as normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Cabe mencionar que este normativo legal complementou a Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos) e a Lei nº 8.987/95 (Lei de Concessões), além de se compatibilizar com a Lei Complementar Federal nº 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal). O art.4º da Lei Federal nº 11.079/2004 prevê três vedações para a celebração de contrato de PPP, sendo estas: Valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); Período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; Contrato que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o A R IM IN fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Complementarmente, Grilo & Alves (2011) elenca oito itens que devem ser verificados para análise da elegibilidade do projeto de contrato de PPP (Figura 57) e, ainda, ressalta que VE RS à O PR EL os projetos devem estar inscritos no Plano Plurianual. Figura 57 – Exemplo de lista de verificação empregada na análise da elegibilidade do projeto à contratação em regime de PPP. Fonte: Adaptado de Grilo & Alves (2011). As Parcerias Público-Privadas (PPP) possuem dois tipos de modalidades de concessão, conforme apresenta o Quadro 35. 242 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 Quadro 35 – Tipos de concessão para as Parcerias Público-Privadas (PPP). Programa Fundo Clima É o Contrato de Concessão de serviços públicos em que o parceiro privado planeja, executa e opera uma atividade de caráter público, precedida, ou não, de obra pública, em que parte da remuneração do serviço entregue à população, será paga pelo parceiro público, na forma de contraprestação adicional, em espécie. O usuário pagará o restante dos custos do investimento, por intermédio de uma tarifa decorrente do uso do equipamento público. Ressaltando-se que a Administração poderá complementar o custo da tarifa, em busca de um valor mais acessível à população. PPA Patrocinada R É o Contrato de Concessão em que a Administração Pública é a usuária direta ou indireta do serviço público concedido, ainda que envolva o projeto, a execução, a instalação e a operacionalização da obra, ou serviço. O parceiro privado será remunerado unicamente pelos recursos públicos orçamentários, após a entrega do contratado. IM IN A PPA Administrativa Fonte: Elaborado pelos autores. 13.2.3.2 Locação de Ativos PR EL A Locação de Ativos consiste numa modelagem contratual em que onde ocorre a participação de empresas privadas em empreendimentos de interesse público por meio da qual a empresa contratada constrói uma determinada instalação, estação de tratamento de água/esgoto, subestação, linha de transmissão etc. e a arrenda à Administração Pública durante determinada quantidade de anos. Trata-se de um contrato atípico, nos termos do O art. 425 do Código Civil não se aplicando, portanto, ao contrato qualquer legislação especial relativa à locação de bens ou imóveis. VE RS à A contratação de uma locação de ativos é feita por licitação, sendo vencedor aquele que oferecer o menor valor mensal de locação (VML) pelo bem a ser construído. A empresa ou consórcio que vencer a licitação deve constituir uma sociedade de propósito específico (SPE), que é a entidade que celebrará o contrato com a concessionária pública. Do ponto de vista do Poder Público, a locação de ativos tem a grande vantagem de permitir a realização de projetos de infraestrutura com pagamento diferido no tempo, e não durante a execução da obra. Com isso, o endividamento é diluído, sendo transferido para a iniciativa privada o ônus de captar os recursos para a obra. É uma forma bem cômoda de transferir o endividamento para o setor privado, remunerando-o em suaves prestações. 13.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DOS RECURSOS FINANCEIROS 13.3.1 Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento O Sistema Nacional de Informação sobre o Saneamento (SNIS), vinculado à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), apoia-se em um banco de dados que contém informações de caráter operacional, gerencial, financeiro e de qualidade sobre a prestação PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 243 de serviço de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, e manejo dos resíduos sólidos urbanos. O SNIS possui uma série de usuários, nos mais diversos setores, à citar como exemplo: Governo, iniciativa privada, universidades e instituições de pesquisa, mídia, instituições de crédito e de fomento e organismos internacionais (BIRD, BID, JBIC, KFW e outros). A série histórica dos dados do SNIS possibilita a identificação de tendência em relação a custos, receitas e padrões dos serviços, a elaboração de inferências a respeito da trajetória das variáveis mais importantes para o setor, e assim, o desenho de estratégias de intervenção A 13.3.2 Sistema Nacional de Informações das Cidades - SNIC R com maior embasamento. O Sistema Nacional de Informações das Cidades – SNIC (GEOSNIC) foi desenvolvido IM IN com objetivo de atender às necessidades de planejamento e gestão do Governo Federal e, principalmente, de disponibilizar para as administrações municipais e a população em geral informações sobre as cidades brasileiras e ferramentas de apoio à gestão municipal. Voltado para permitir o controle da aplicação dos recursos públicos e apoiar o planejamento do Ministério das Cidades e das prefeituras brasileiras, o SNIC reúne, em uma PR EL única base de dados, informações de diversas fontes, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, o Tesouro Nacional, o Banco Central do Brasil, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, o Banco de Dados do Sistema O Único de Saúde - DATASUS, o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, entre outras, totalizando mais de 1200 indicadores para cada município brasileiro. VE RS à O SNIC permite a seleção, o cruzamento e a visualização espacial de diversas variáveis em um mapa, no qual também estão incorporadas fotos de satélite de alta resolução das principais regiões brasileiras. 13.3.3 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, criado em 1987, no âmbito da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, é o instrumento de que dispõe o Governo Federal para executar, acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a correta utilização dos recursos da União. O SIAFI integra os sistemas de programação financeira e de execução orçamentária, além de fornecer informações gerenciais confiáveis e precisas para todos os níveis da administração. Com isso, o SIAFI tornou-se o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. 244 CAP. 13 – FONTES DE RECURSOS FINANCEIROS VERSÃO PRELIMINAR – SETEMBRO/2015 13.3.4 Sistema de Gestão de Convênio e Contratos de Repasse - SINCOV O Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal é sistema aberto à consulta pública, que reúne e processa informações sobre as transferências de recursos do Governo Federal para órgãos públicos e privados sem fins lucrativos, implantado a partir de 2008 e sendo obrigatório desde 2009. Esse repasse acontece por meio de contratos e convênios destinados à execução de programas, projetos e ações de interesse comum. O SINCOV inova no modelo de gestão, proporciona celeridade aos procedimentos e desburocratiza as atividades fins, com foco na substituição do processo físico pelo eletrônico e no registro de todos os procedimentos, o que permite maior transparência na execução das R transferências voluntárias da União. o Proposta de Trabalho; o Plano de Trabalho; o Contrapartida; Celebração; Execução; Prestação de contas. IM IN Proposição; PR EL A Os procedimentos referentes às transferências de recurso passam por quatro fases: 13.3.5 Portal da Transparência – Controladoria Geral da União O Portal da Transparência do Governo Federal é uma iniciativa da Controladoria Geral O da União (CGU), lançada em novembro de 2004, para assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos. O objetivo é aumentar a transparência da gestão pública, permitindo VE RS à que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar. O Governo brasileiro acredita que a transparência é o melhor antídoto contra corrupção, dado que ela é mais um mecanismo indutor de que os gestores públicos ajam com responsabilidade e permite que a sociedade, com informações, colabore com o controle das ações de seus governantes, no intuito de checar se os recursos públicos estão sendo usados como deveriam. 13.3.6 Sistema Integrado de Monitoramento de Convênio - SISMOC Sistema utilizado para divulgação de informações sobre os repasses e transparência de recursos financeiros efetuados pela FUNASA. Trata de um sistema que permite acesso direto aos relatórios dos acompanhamentos dos convênios e obras. O que permite que qualquer pessoa pode acompanhar qualquer obra fruto de convênio com a FUNASA em qualquer município brasileiro com população até 50 mil habitantes. A criação do SISMOC integra o conjunto dos quatro sistemas de informações: o Sistema Integrado de Gerenciamento de Obra (SIGOB), o Sistema Gerencial de Projetos de Saneamento (SIGESAN), o Sistema de Gestão de Convênios (SISCON) e o Sistema de Convênio PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS 245 (SICONV), e vem atender à determinação da Lei de Acesso à Informação, no sentido de disponibilizar uma ferramenta de consulta para o cidadão e tornar os temas relativos aos PAC VE RS à O PR EL IM IN A R mais transparentes para a sociedade. O VE RS à R A IM IN PR EL 247 14 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO Com o objetivo de orientar os gestores municipais na tomada de decisões o presente capítulo apresenta os investimentos estimados para a concretização dos principais Projetos e Ações propostos nos 4 Programas de Governo supramencionados (ver Capítulo 10), relacionados com os investimentos na implantação, no planejamento e reestruturação do sistema de saneamento básico do município de Água Clara/MS. Neste sentido, foi estabelecido o cronograma físico-financeiro que consolida os principais investimentos que devem ser previstos para a implementação do presente PMSB, considerando custos orientativos que devem auxiliar os gestores municipais nas tomadas de R decisões referentes aos serviços de saneamento básico. A Destaca-se que os custos orientativos consideraram os investimentos no tempo, sua depreciação e amortização, segundo o crescimento prognosticado para os sistemas IM IN componentes do saneamento básico e são apresentados considerando os seguintes prazos: imediato (2015 a 2018); curto (2019 a 2023); médio (2024 a 2028) e longo (2029 a 2034), conforme sintetiza a Tabela 15. PR EL Tabela 15 – Prazos considerados para o cronograma físico-financeiro que consolida os principais investimentos para a implementação do PMSB de Água Clara/MS. Prazos Horizonte Ano de Referência Imediato Até 4 anos 2015 - 2018 Curto Médio Longo 5 a 9 anos 2019 -2023 10 a 14 anos 2024 – 2028 15 a 20 anos 2029 - 2034 O Fonte: Elaborado pelos autores. VE RS à Assim, inicialmente, são apresentadas as estimativas dos investimentos em projetos executivos, planejamentos, estudos, infraestruturas e equipamentos necessários para concretização dos principais Projetos e Ações propostos, estruturando o cronograma e a composição dos recursos necessários para a implantação dos componentes essenciais do sistema de gestão proposto. Diante do exposto, a Tabela 16 apresenta o cronograma físicofinanceiro referentes aos aspectos institucionais, gerenciais e legais. Menciona-se que na composição dos custos foram considerados alguns parâmetros para a composição dos valores apresentados, dentre eles, destaca-se os de duração (horas), quantidade, número de participantes envolvidos na realização da ação e periodicidade que ocorre cada ação, os quais são apresentados no Apêndice B (página 269). Destaca-se que devido às variações de características e preços, estima-se uma margem de erro nos valores apresentados na ordem de 20,00%. Caso a gestão municipal opte por tecnologias inovadoras, esta margem de erro tende a uma maior variação, permeando por margens inestimáveis de custos entre os diferentes processos e equipamentos. O VE RS à R A IM IN PR EL 249 Tabela 16 - Cronograma Físico-Financeiro das ações primárias propostas para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais para o município de Água Clara/MS CUSTOS ORIENTATIVOS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS PRAZOS Descrição IMEDIATO 2015 2016 CURTO 2017 2018 2019 2020 2021 2022 MÉDIO LONGO 2023 2024 a 2028 2029 a 2034 Qualificação, estruturação e fortalecimento institucional e gerencial. 1.1 Capacitação periódica da equipe técnica gerencial 1.1.1 Oficina (bianual) - R$ 6.394,33 - R$ 6.394,33 - R$ 6.394,33 - R$ 6.394,33 - R$ 19.182,99 R$ 19.182,99 1.1.2 Palestra (anual) R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 4.291,44 R$ 21.457,20 R$ 25.748,64 1.1.3 Curso (quadrienal) - R$ 17.496,06 - - - R$ 17.496,06 - R$ 34.992,12 R$ 17.496,06 R$ 4.291,44 R$ 28.181,83 R$ 4.291,44 R$ 10.685,77 R$ 4.291,44 R$ 28.181,83 R$ 4.291,44 R$ 10.685,77 R$ 4.291,44 R$ 75.632,31 R$ 62.427,69 1.2 Capacitação anual da equipe do Departamento de Saneamento Básico 1.2.1 Palestras (anual) R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 29.971,65 R$ 35.965,98 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 5.994,33 R$ 29.971,65 R$ 35.965,98 1.3 Sistema de Informação 1.3.1 Elaboração de projeto e programa computacional do Sistema de Informação para o monitoramento e avaliação periódica da eficiência dos serviços correlatos ao saneamento básico, permitindo cálculo de indicadores atualizados - R$ 120.000,00 - - - - - - - 1.3.2 Atualização quadrienal do Sistema de Informação, permitindo inserir cálculos de indicadores atualizados - - - 1.3.3 Apoio técnico para a implantação do Sistema de Informação (Anual) - R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 1.3.4 Capacitação de 100% dos encarregados pela alimentação, geração e interpretação dos resultados obtidos pelo Sistema de Informação (bianual) - R$ 6.391,92 SUB-TOTAL (ITEM 1.3) - R$ 128.591,92 1.4 Capacitação de 100% dos funcionários e gestores envolvidos diretamente com o saneamento básico com enfoque na implantação do PMSB 1.4.1 Oficina (bianual) R$ 5.248,32 SUB-TOTAL (ITEM 1.4) Ouvidoria 1.5.1 Criação da Ouvidoria 1.5.2 Manter o funcionamento da Ouvidoria 1.6 Publicidade das informações junto a sociedade 1.6.1 Inserção na rádio (anual)1 1.6.2 Portal eletrônico (anual) 1.6.3 Folder (anual) R$ 43.000,00 SUB-TOTAL (ITEM 1.6) A - R$ 60.000,00 - - - R$ 120.000,00 R$ 60.000,00 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00 R$ 11.000,00 R$ 13.200,00 R$ 19.175,76 R$ 19.175,76 R$ 150.175,76 R$ 92.375,76 R$ 6.391,92 R$ 2.200,00 R$ 8.591,92 R$ 2.200,00 R$ 6.391,92 R$ 68.591,92 R$ 6.391,92 R$ 2.200,00 R$ 8.591,92 R$ 2.200,00 - R$ 5.248,32 - R$ 5.248,32 - R$ 5.248,32 - R$ 5.248,32 R$ 10.496,64 R$ 15.744,96 R$ 5.248,32 - R$ 5.248,32 - R$ 5.248,32 - R$ 5.248,32 R$ 10.496,64 R$ 15.744,96 - - - - - - - - - - - R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 501.258,25 R$ 601.509,90 R$ 43.000,00 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 100.251,65 R$ 501.258,25 R$ 601.509,90 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 24.000,00 R$ 120.000,00 R$ 144.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00 R$ 35.000,00 R$ 42.000,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 960,00 R$ 4.800,00 R$ 5.760,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 31.960,00 R$ 159.800,00 R$ 191.760,00 VE RS à SUB-TOTAL (ITEM 1.5) - - O 1.5 R$ 5.248,32 - - IM IN SUB-TOTAL (ITEM 1.2) PR EL SUB-TOTAL (ITEM 1.1) R 1. 1.7 Promoção da educação ambiental voltada para o saneamento 1.7.1 Elaboração do Plano de Educação Ambiental (revisões quadrienais) R$ 140.000,00 R$ 140.000,00 R$ 280.000,00 R$ 140.000,00 1.7.2 Elaboração do Plano de Mídia R$ 80.000,00 R$ 80.000,00 R$ 160.000,00 R$ 80.000,00 1.7.3 Envolver todas as Secretarias Municipais e também, setores representativos da comunidades (igrejas, ONGs, conselhos, entidades filantrópicas, entre outras) visando potencializar a promoção à educação ambiental via palestras anuais R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 3.090,08 R$ 15.450,40 R$ 18.540,48 1.7.4 Capacitação do corpo pedagógico (professores, coordenação e direção), proporcionando a formação, reflexão e aplicação de novas propostas integradas voltadas à realidade do município com relação aos resíduos sólidos urbanos R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 35.800,00 R$ 179.000,00 R$ 214.800,00 1.7.5 Capacitação de funcionários das escolas, garantindo a atuação prática desses com relação aos resíduos produzidos nas unidades escolares R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 11.850,00 R$ 59.250,00 R$ 71.100,00 1 R$ 3.090,08 Menciona-se que o município deve buscar negociação junto a rádio para isenção destes custos devido ao fato da temática ser de interesse público. O VE RS à R A IM IN PR EL 251 CUSTOS ORIENTATIVOS DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS PRAZOS 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 a 2028 2029 a 2034 SUB-TOTAL (ITEM 1.7) R$ 3.090,08 R$ 270.740,08 R$ 50.740,08 R$ 50.740,08 R$ 50.740,08 R$ 270.740,08 R$ 50.740,08 R$ 50.740,08 R$ 50.740,08 R$ 693.700,40 R$ 524.440,48 - - - - R$ 256.006,20 - - - R$ 256.006,20 R$ 256.006,20 R$ 256.006,20 SUB-TOTAL (ITEM 1.8) - - - - R$ 256.006,20 - - - R$ 256.006,20 R$ 256.006,20 R$ 256.006,20 R$ 93.584,17 R$ 565.719,81 R$ 200.685,82 R$ 208.223,75 R$ 456.692,02 R$ 505.719,81 R$ 200.685,82 R$ 208.223,75 - R$ 200.000,00 - - - R$ 200.000,00 - - - R$ 129.640,60 - - R$ 129.640,60 - - - TOTAL (ITEM 1) 2. Instrumento de gestão para a melhoria e proteção ambiental, social e econômica no município. 2.1 Elaborar e revisar Plano de Manejo para as unidades de conservação inseridas na área municipal (Área prioritária do Médio Rio Verde – Ribeirão Salgado) 2.1.1 Recursos humanos e materiais (quadrienal) 2.1.2 SUB-TOTAL (ITEM 2.1) 2.2 Elaborar e revisar o Plano Diretor 2.2.1 Recursos humanos e materiais (quadrienal) 2.2.2 SUB-TOTAL (ITEM 2.2) 2.3 Elaborar e revisar o Plano de Habitação de Interesse Social 2.3.1 Recursos humanos e materiais (quadrienal) CURTO R Recursos humanos e materiais (quadrienal) 2017 R$ 456.692,02 R$ 1.877.041,21 R$ 1.780.230,97 - R$ 170.000,00 - - - R$ 340.000,00 R$ 170.000,00 - - - R$ 340.000,00 R$ 170.000,00 A 1.8.1 LONGO 2016 R$ 170.000,00 - - R$ 110.194,51 - - - R$ 220.389,02 R$ 110.194,51 - - R$ 110.194,51 - - - R$ 220.389,02 R$ 110.194,51 R$ 75.802,00 - - - R$ 75.802,00 - - R$ 75.802,00 R$ 151.604,00 - SUB-TOTAL (ITEM 2.3) - - R$ 75.802,00 - - - R$ 75.802,00 - - R$ 75.802,00 R$ 151.604,00 TOTAL (ITEM 2) - R$ 329.640,60 R$ 75.802,00 - - R$ 280.194,51 R$ 75.802,00 - - R$ 636.191,02 R$ 431.798,51 - R$ 139.750,00 - - - R$ 139.750,002 - - - R$ 279.500,002 R$ 139.750,002 SUB-TOTAL (ITEM 3.1) - R$ 139.750,00 - - - R$ 139.750,00 - - - R$ 279.500,00 R$ 139.750,00 TOTAL (ITEM 3) - R$ 139.750,00 - - - R$ 139.750,00 - - - R$ 279.500,00 R$ 139.750,00 3. Análise, adequação, complementação e convergências do arcabouço legal municipal 3.1 Sistematizar, revisar e atualizar o arcabouço legal municipal aplicável às questões ambientais 3.1.1 Recursos humanos e materiais (quadrienal) Fontes de negócio, emprego e renda 4.1 Elaborar estudo de viabilidade econômica financeira para a criação de um minipolo de reciclagem no município ou região3 4.1.1 Recursos humanos e materiais VE RS à 4. PR EL Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico MÉDIO 2015 O 1.8 IMEDIATO IM IN Descrição - - R$ 255.837,00 - - - - - - - - SUB-TOTAL (ITEM 4.1) - - R$ 255.837,00 - - - - - - - - TOTAL (ITEM 4) - - R$ 255.837,00 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5. Saneamento básico com equilíbrio econômico-financeiro 5.1 Elaborar estudo para identificar a prestação de serviço com maior viabilidade econômico-financeira e operacional para os serviços correlatos ao saneamento 5.1.1 Recursos humanos e materiais SUB-TOTAL (ITEM 5.1) TOTAL (ITEM 5) TOTAL GERAL (R$) - R$ 73.537,00 - - - - R$ 73.537,00 - - - R$ 73.537,00 - R$ 93.584,17 R$ 1.108.647,41 R$ 532.324,82 - - - - - R$ 208.223,75 R$ 456.692,02 R$ 925.664,32 R$ 276.487,82 R$ 208.223,75 2 Estes custos podem ser minimizados desde que sejam consideradas todas as prerrogativas das legislações vigentes quando da instituição de novas políticas e/ou legislações municipais. A sistematização do arcabouço legal auxiliará neste aspecto. 3 Este estudo deve ser elaborado preferencialmente para a região, prevendo o rateio de custos entre os interessados. R$ 456.692,02 R$ 2.792.732,23 R$ 2.351.779,48 O VE RS à R A IM IN PR EL 253 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS Todo o planejado no Tomo I do Plano Municipal de Saneamento Básico referente aos Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais, deverá ser implementado considerando as prospectivas expostas, seguindo as diretrizes técnicas definidas e efetivando todos os Programas, Projetos e Ações planejados, de forma a propiciar o alcance dos Objetivos e das Metas estabelecidos. As ações que demandarão estudos e projetos complementares deverão ser realizadas por equipe técnica especializada, garantindo a criação de instrumentos específicos de melhorias dos aspectos institucionais, gerenciais e legais do município. R A avaliação de todos os aspectos institucionais, gerenciais e legais deverá ser A realizada periodicamente, conforme define o Capítulo 11 que trata dos mecanismos para monitoramento e avaliação, identificando oportunidades de melhorias contínuas nos IM IN aspectos institucionais, gerenciais e legais e facilitando as revisões quadrienais. Inerente à isto, tais revisões (que devem ser prioritariamente concluídas previamente ao Plano Plurianual do município para que as previsões orçamentarias necessárias constem nele) são fundamentais para que o PMSB seja reavaliado, retificado e atualizado, considerando as mudanças PR EL econômicas, culturais e os anseios da sociedade água-clarense. Deve ser garantido o controle social da efetivação das ações propostas e validadas junto à sociedade, de forma à propiciar a participação da comunidade na identificação dos problemas e nas discussões sobre as necessidades de melhoria nos aspectos institucionais, gerenciais e legais. Desta forma, a conscientização da população em relação às condições O atuais dos aspectos institucionais, gerenciais e legais, a divulgação das ações de melhoria, seus resultados e a participação da rede de ensino se apresentam como atividades VE RS à fundamentais e contínuas a serem desenvolvidas, bem como a responsabilidade do Poder Público em implantar um sistema sustentável de gestão, referente aos aspectos institucionais, gerenciais e legais. Por fim, ressalta-se a importância deste Plano Municipal de Saneamento Básico (incluindo todos os Tomos) que, além de cumprir as exigências legais da Política Nacional de Saneamento Básico e da Política Nacional de Resíduos Sólidos, garante a continuidade e a prioridade na obtenção de recursos federais, bem como é um instrumento que objetiva de modo geral: a universalização, a integralidade e a disponibilidade; preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente; a adequação de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; a articulação com outras políticas públicas; a eficiência e sustentabilidade econômica, técnica, social e ambiental; a utilização de tecnologias apropriadas; a transparência das ações; controle social; a segurança, qualidade e regularidade; e a integração com a gestão eficiente dos recursos hídricos. O VE RS à R A IM IN PR EL 255 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIS. Serviço de Informação Aeronáutica. Informações Prévias ao Voo. Disponível em: <http://www.aisweb.aer.mil.br/arquivos/publicacoes/ROTAER/29-46A8358B-C56E-4991A9F1B91A43651067.pdf >Acesso em 27 de agosto de 2014. Alfredo Netto – Revista Infraestrutura Urbana. PINI, Edição 23. Novembro/2012. http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/23/artigo276214-2.aspx ALL. América Latina Logística. Mapa de Abrangência Ferroviária. Disponível em: <http://pt.all- A onta=45&son=27025> Acesso em 28 de agosto de 2014. R Logistica.com/all/web/conteudo_pti.asp?idioma=0&tipo=27059&submenu=1&img=27022&c IM IN ARKIN, H.; COLTON, R. Tables for Statisticians. 2.ed. Brasília: Ed.SEBRAE, 1995. ATLAS BRASIL. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Perfil do Município de Água Clara de 2013. Disponível em: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil/agua-clara_ms>. Acesso PR EL em 28 de agosto de 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. 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Possui poço para pegar água? ( ) Sim ( ) Não. c) ( ) Não sabe. b) c) Ocorre falta de água na sua casa? a) Sempre b) Às vezes c) Quase nunca d) Nunca O 5. Realiza a limpeza da caixa d’água? ( ) Sim. Qual frequência? ( ) todo mês ( ) 6 em 6 meses ( ) anual ( ) Não ( ) Não sabe. 11. As fossas das casas do seu bairro estão danificadas (afundando ou quebradas)? a) ( ) Sim b) ( ) Não c) ( ) Não sabe. R 12. No seu bairro, existe esgoto a céu aberto (em córrego ou na rua)? a) ( ) Sim b) ( ) Não c) ( ) Não sabe. 13. Como você classifica esgoto? E porquê? a) Ótima b) c) Regular d) e) Péssima f) PR EL 4. a) 10. Na sua rua passa rede de esgoto? a) ( ) Sim. Sua casa está liga a rede? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe. b) ( ) Não. Possui fossa? ( ) Sim ( ) Não A 2. Em sua casa existe a presença de animais indicados abaixo? a) ( ) Sim. Quais? ( ) Ratos, ( ) Aranhas ( ) Escorpião, ( ) Larvas do mosquito da dengue. b) ( ) Não. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESGOTO SANITÁRIO IM IN 1. Você ou alguém da sua casa já teve alguma das doenças indicadas abaixo? a) ( ) Sim. Quais? ( ) Dengue, ( ) Malária, ( ) Leishmaniose, ( ) Febre amarela, ( )Leptospirose. b) ( ) Não Bairro: VE RS à 6. Chega água suja ou com cheiro nas torneiras da sua casa? a) Sempre b) Às vezes c) Quase nunca d) Nunca e) Desconhece. o serviço de Boa Ruim Inexistente. LIMPEZA PÚBLICA E COLETA DE LIXO 14. Em sua casa entulhos no quintal? a) ( ) Muito b) ( ) Pouco c) ( ) Nenhum possui acúmulo de 15. Na sua rua possui coleta de lixo? a) ( ) Sim b) ( ) Não 8. Como você classifica a qualidade da água fornecida? a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim e) Péssima 16. Se sim, com que frequência ocorre a coleta de lixo? a) 1 vez por b) 2 vezes por semana semana c) 3 vezes por d) 4 vezes por semana semana e) Todos os dias f) Não sabe. 17. Qual a forma utilizada para deixar o lixo para coleta? a) Sacolas no chão b) Tambor c) Lixeira d) Outros. Como? 9. Como você classifica a qualidade do serviço da SANESUL? a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim e) Péssima f) Inexistente. 18. Durante a coleta do lixo, cai lixo nas ruas? a) Sim b) Não c) Não sabe. 7. No seu bairro acontece vazamento de água por quebra de canos/ tubulação? a) Sempre b) Às vezes c) Quase nunca d) Nunca R 34. Com que frequência isto ocorre? a) ( ) Sempre b) ( ) Às vezes c) ( ) Nunca. 35. Como você classifica a qualidade do serviço de drenagem? a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim e) Péssima f) Inexistente. EDUCAÇÃO AMBIENTAL 36. Existem campanhas educativas para a redução do consumo de água? a) ( ) Sim b) ( ) Não c) ( ) Não sabe. 37. Existem campanhas educativas para a separação correta do lixo reciclável? a) ( ) Sim b) ( ) Não c) ( ) Não sabe. 38. Existe alguma outra campanha de educação ambiental realizada pela Prefeitura, setores do governo ou ONGs na sua cidade? a) ( ) Sim b) ( ) Não c) ( ) Não sabe VE RS à O PR EL 24. Existem catadores de lixo pelas ruas do seu bairro? a) ( ) Sim b) ( ) Não 25. Existe acúmulo de lixo nas ruas e/ou terrenos baldios do seu bairro? a) Muito b) Pouco c) Nenhum d) Não sabe. 26. Como você classifica a qualidade do serviço de limpeza de ruas e calçadas no seu bairro? a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim e) Péssima f) Inexistente. 27. Como você classifica a qualidade do serviço de coleta de lixo? a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim e) Péssima f) Desconhece DRENAGEM URBANA 28. Sua rua possui asfalto? a) ( ) Sim b) ( ) Não 29. Sua casa possui grama ou terra no quintal? a) ( ) Sim b) ( ) Não A 21. No seu bairro, possui a coleta seletiva dos materiais recicláveis? a) ( ) Sim b) ( ) Não. c) ( ) Não sei. 22. Qual o destino das pilhas, baterias e lâmpadas da sua casa? a) Coleta de lixo b) Ponto de entrega c) Outro. Qual? 23. Qual o destino do óleo de cozinha? a) Pias e ralos b) Solo c) No lixo d) Outros. Qual? 30. Existe boca de lobo ou bueiro no seu bairro? a) ( ) Sim. Eles estão limpos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe. b) ( ) Não c) ( ) Não sabe. 31. Já sentiu cheiro forte (de esgoto) vindo de bueiros no seu bairro? a) ( ) Sim b) ( ) Não 32. Qual o estado de conservação dos bueiros do seu bairro? a) Ótima b) Boa c) Regular d) Ruim e) Péssima f) Não sabe. 33. No seu bairro ocorre: a) Enxurrada b) Alagamento c) Enchentes d) Inundações e) Nenhum IM IN 19. Na sua casa, sua família separa o lixo reciclável ? a) ( ) Sim. Qual? ( ) Papel ( ) Plástico ( ) vidro ( )Latinha b) ( ) Não 20. Caso não realize a separação, está disposto à realizar? a) ( ) Sim b) ( ) Não COMENTÁRIOS R A IM IN VE RS à O PR EL APÊNDICE B Parâmetros de cálculo utilizados para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. O VE RS à R A IM IN PR EL PARÂMETROS DE CÁLCULO DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS, GERENCIAIS E LEGAIS Para a elaboração do cronograma físico-financeiro dos Aspectos Institucionais, Gerenciais, Legais foram considerados alguns parâmetros para a composição dos valores apresentados no Capítulo 14. Dentre eles, destaca-se os de duração (horas), quantidade, número de participantes envolvidos na realização da ação e periodicidade que ocorre cada ação ao longo do período do PMSB de 2015 a 2034 (anual, bienal e quadrienal), conforme a Tabela 17. Tabela 17 – Tabela dos parâmetros utilizados para o cálculo dos valores das ações mensuradas para os Aspectos Institucionais, Gerenciais e Legais. O VE RS à Nº de participantes R Quant. Periodicidade IM IN A Duração (horas) 1 3 15 - 30 30 30 Anual Bienal Quadrienal 3 - 5 Anual 800 - - - 400 - - Quadrienal 20 - - Anual 8 - 10 Bienal 8 - 10 Bienal - 1 - Anual - - - Anual PR EL Especificações Qualificação, estruturação e fortalecimento institucional e gerencial Capacitação periódica da equipe técnica gerencial Palestras Oficinas Cursos Capacitação anual da equipe do Departamento de Saneamento Palestras Sistema de Municipal de Informação sobre o Saneamento Elaboração de projeto e programa computacional do Sistema Municipal de Informação sobre o Saneamento para o monitoramento e avaliação periódica da eficiência dos serviços correlatos ao saneamento básico Atualização do Sistema Municipal de Informação sobre o Saneamento, permitindo inserir cálculos de indicadores atualizados Implantação do Sistema Municipal de Informação sobre o Saneamento com apoio técnico Capacitação de 100% dos encarregados pela alimentação, geração e interpretação dos resultados obtidos pelo Sistema Municipal de Informação sobre o Saneamento Capacitação de 100% dos funcionários e gestores envolvidos diretamente com o saneamento básico com enfoque na implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico Ouvidoria Criação da Ouvidoria Estrutura Física Recursos humanos, conforme apresentado no Prospectivas técnicas Sistema computacional - Aplicativo Colab.re e/ou outros Manter o funcionamento da Ouvidoria Estrutura Física Recursos humanos, conforme apresentado no Prospectivas técnicas Sem custo para a Prefeitura* - 1 - Anual - 3 - Anual CAP. 17 – APÊNDICE VERSÃO PRELIMINAR – JUNHO/2015 Especificações Publicidade das informações sociedade Inserção na rádio Portal eletrônico Folder Duração (horas) Quant. Nº de participantes Periodicidade - 120 1 2400 - Anual Anual Anual Elaboração do Plano de Educação Ambiental (revisões quadrienais) - 1 - Quadrienal Elaboração do Plano de Mídia - 1 - Quadrienal Envolver todas as Secretarias Municipais e também, setores representativos da comunidades (igrejas, ONGs, conselhos, entidades filantrópicas, entre outras) visando potencializar a promoção à educação ambiental via palestras anuais 2 1 50 Anual Revisão do PMSB - 1 - junto à O VE RS à Quadrienal A IM IN - R$7,00/ m² - Quadrienal 28571,43 m² PR EL Instrumento de gestão para a melhoria e proteção ambiental, social e economia no município. Elaborar e revisar Plano de Manejo para as unidades de conservação inseridas na área municipal (Área prioritária do Médio Rio Verde – Ribeirão Salgado) Área prioritária do Médio Rio Verde – Ribeirão Salgado considerada para o Plano de Manejo Análise, adequação, complementação e convergências do arcabouço legal municipal Sistematizar, revisar e atualizar o arcabouço legal municipal aplicável às questões ambientais Fontes de negócio, emprego e renda Elaborar estudo de viabilidade econômica financeira para a criação de um mini-polo de reciclagem no município ou região e as revisões Saneamento básico com equilíbrio econômico-financeiro Elaborar estudo para identificar as prestação de serviço com maior viabilidade econômico-financeira e operacional para os serviços correlatos ao saneamento Fonte: Elaborado pelos autores. R Promoção da Educação Ambiental - 1 - Quadrienal - 1 - - - 1 - - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO– ÁGUA CLARA/MS