Gilberto José Nahum FENAJ- Registro Profissional 9141/ L28/69V Rua João Rodrigues de Oliveira, 65, Itaipu, Niterói, RJ - CEP 24 340-070. Residencial (21) 2609.3011 - Celular (21) 96572971 [email protected] ÁREA DE ATUAÇÃO: •Jornalismo/ Assessoria de Imprensa /Comunicação e Marketing/ Ações do 3º Setor RESUMO DAS QUALIFICAÇÕES Profissional com 43 anos de atuação em Jornais, secretarias, ministérios • governamentais, e empresas de grande porte, ocupando posições gerenciais, com sólida experiência nas áreas de Assessoria de Imprensa, Edição de jornais e revistas, Marketing, Comunicação, Publicidade e ações comunitárias. • Vasta experiência como diretor de redação, editor-executivo, editor de house-organs e redator de jornais, colunista, televisão, revistas, rádio, e autor de documentários. • Possui amplo conhecimento no desenvolvimento e implantação de programas de aproximação com órgãos de comunicação, ações específicas de marketing, publicidade, realização de eventos de grande e pequeno porte, feiras, congressos, simpósios, entrevistas coletivas e encontros com a imprensa, projetos de patrocínio. • No desenvolvimento de programas e ações para o 3º Setor, implantou inúmeros projetos para empresas privadas, estatais e áreas governamentais nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Piauí, Ceará e Maranhão. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E ATIVIDADES RECENTES •Jornal A Tribuna RJ – redator responsável e editor da Coluna Cais do Porto Período: De 2012 até atual. •Empresa: Estaleiros Mauá e Eisa Cargo: Gerente de Imprensa e Comunicação Período: De 2002 até maio de 2013. Atividades Desenvolvidas: 1. 2. 3. 4. 5. 8. 9. Responsável pelo atendimento à imprensa e Mídia em Geral. Editor Responsável do Mauá Notícias com tiragem de seis mil exemplares, Responsável pela comunicação com público interno e externo. Redator dos discursos do presidente do Grupo, German Efromovich, nas solenidades oficiais da empresa, desde 2002. Redator dos discursos dos diretores do Grupo Synergy em solenidades oficiais. Coordenador do Grupo de Gestão de Crises no que se refere aos meios de comunicação dos Estaleiros Mauá e Eisa. Integrante do Grupo de Gestão de Crises do Synergy e suas empresas. Autor do Programa de Comunicação interna e externa das empresas do Grupo Synergy. 1 •Empresa: Grupo Synergy (Marítima Petróleo e Engenharia, Petrosynergy, Oceanair, além das outras empresas). Cargo: Gerente de Imprensa e Comunicação Período: De 2000 até atual. Atividades Desenvolvidas: Gerenciamento da Comunicação das empresas tanto para publico interno como externo, assessoria de imprensa, campanhas de publicidade, participação em feiras e simpósios. • Museu da República Cargo: Chefe da Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing na gestão do Prof. Ricardo Vieiralves de Castro, atual reitor da UERJ. Período: De 2002 a 2004 Atividades Desenvolvidas: Assessoria de Imprensa dos eventos: Getúlio Vargas 50 anos Depois, em comemoração ao cinqüentenário de sua morte. Damas – sobre as Mulheres Pioneiras no Brasil. Projeto Capoeira Viva do Ministério da Cultura – Assessor de Imprensa e organizador e editor do Livreto Capoeira Viva. •Empresa: Fundação Eletros de Seguridade Social ( Eletrobrás, ONS, CEPEL ) Cargo: Assessor de Imprensa e editor do Jornal Eletros Período: De 2003 e 2004. Atividades Desenvolvidas: Editou 25 mil exemplares do Jornal Eletros, encontros com a imprensa, preparação de executivos para receber jornalistas. • Sec.de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – gestão de Ricardo Vieiralves de Castro, no Governo Benedita da Silva Cargo: Chefe da Assessoria de Imprensa e Comunicação Período: 2001 a 2004 Atividades Desenvolvidas: Edição de jornal e clipping eletrônico, Assessoria de Comunicação e Imprensa. •Empresa: IBGE Cargo: Assessor de Comunicação e Imprensa do Censo 2000 Período: 1999 a 2000 Atividades Desenvolvidas: Assessoria de Imprensa na gestão Sergio Besserman •Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro Cargo: Superintendente de Informação Rural Período: 1998 a 2000 – gestão Alberto Figueiredo e Luis Edmundo Campello Atividades Desenvolvidas: 1. 2. 4. 5. 6. 7. 8. Editor das publicações e responsável pela divulgação de informações sobre agropecuária, pesca, capacitação tecnológica e gerencial de um programa voltado aos produtores rurais e pescadores da cadeia produtiva do RJ. Coordenação do programa de revitalização de feiras e exposições rurais no Estado. Coordenou a divulgação do calendário oficial do RJ de 70 eventos anuais no setor. Coordenou a divulgação das campanhas de Defesa Agropecuária, Combate À Febre Aftosa e Brucelose no estado do RJ em parceria com o Ministério da Agricultura. Organizou o Congresso de Política Agrícola e Pesqueira do RJ em 1988. Coordenou a organização do I Fórum Nacional dos Secretários de Agricultura do RJ. Coordenou o encontro Rio de Todas as Frutas em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, parceria com a FAO, órgão da ONU. 2 9. 10. 11. Coordenou a Terceira Semana de Alimentação, parceria com a FAO, órgão ONU. Integrou a equipe, como representante do Secretário e coordenador, do projeto que implantou o programa SOBRA NÃO É LIXO em parceria com o CEASA RJ, que atendeu mais de 600 famílias de baixa renda de Irajá, Bangu e comunidades adjacentes. Gerenciou os cursos da Superintendência de Informação Rural da Secretaria. •Empresa: Grupo Meio Norte de Comunicação, do empresário Paulo Guimarães. Cargo: Superintendente de Marketing e Comercial Período: 1996 a 2000 Atividades Desenvolvidas: Atuou nas duas TVs (MEIO NORTE E MIRANTE), cinco Estações de Rádio e dois jornais, além de nove empresas em outros segmentos. Responsável pelas áreas comerciais, produtora de vídeos e comerciais e comunicação com público interno e externo. •Empresa: Imediata Distribuidora de Medicamentos e produtos Farmacêuticos, sucessora da Distribuidora Paulo Guimarães Cargo: Superintendente de Marketing e Comercial e Imprensa Período: 1996 a 2000 •Atividades Desenvolvidas: ações de mercado em Teresina PI, Recife PE, Fortaleza CE, Imperatriz MA, Floriano PI, Belém PA. •Empresa: Petrobrás Cargo: Assessor de imprensa do presidente, da empresa e chefe da assessoria de imprensa do Sistema Petrobrás ( inclusive subsidiárias ). Período: janeiro de 1980 a janeiro de 1986. Atividades Desenvolvidas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7 8.8 8.9 8.10 8.11 8.12 8.13 Criou o sistema diário de encontros com a imprensa. Criou o “Jornal da Petrobras”. Criou o “ Petrobras News” editado em inglês. Ampliou o projeto “ Memória Petrobras”. Coordenou várias campanhas publicitárias premiadas no Brasil e no exterior produzidas pela Contemporânea e VS Scala. Coordenou vários de eventos da empresa. Representante Executivo da Petrobrás na criação e implantação da Feira e Conferência Brasil Oil & Gás de 1980 a 1986 em convênio com o IBP. Foi ainda o responsável pela criação e implantação dos seguintes projetos de marketing: Lubrax/Petrobrás, na camisa do Flamengo; Projeto Pixinguinha de Música Popular; Projeto Seis e Meia no Teatro João Caetano Rio de Janeiro; Lubrax patrocina Mangueira; Projeto Horta nas Escolas; Ginástica na Praia BR; Série Xingu, na TV Manchete; Mostra de Arte Petrobras. Parceria de Marketing com o Clube do Samba e João Nogueira. Patrocínio da peça O Grande o Pequeno, com Renata Sorrah. Patrocínio da peça O Carnaval Brasileiro, com Eliana Pittman. Patrocínio do Primeiro disco de Aldir Blanc. Patrocínio do Disco Aquarela Brasileira com o cantor José Tobias, com Camerata Carioca e criação de Ermínio Bello de Carvalho. 3 8.15 8.16 8.17 8.18 Patrocínio do Primeiro disco do compositor Alcyr Pires Vermelho, 80 anos. Patrocínio do disco Caymmi 80 anos. Patrocínio do disco do violinista Jerzy Milevsky, sobre o compositor Flausino Vale. Patrocínio do disco do violinista Jerzy Milevsky, “ Villa Lobos para as Crianças “. •Empresa: Petroquisa Cargo: Chefe do Serviço de Comunicação Social Período: De 1979 e 1980. Atividades Desenvolvidas: 1. Montou a assessoria de imprensa e comunicação. 2. Editou o Relatório de Atividades, 3. Criou o sistema de encontros com jornalistas •Ministério das Minas e Energia. Cargo: Assessor Comunicação e de imprensa Período: 1977 a 1979 Atividades Desenvolvidas: 1. 2. Gerenciamento da Comunicação do MME e suas relações com as empresas subordinadas tais como Petrobras, Vale do Rio Doce, Eletrobrás, Nuclebrás, Furnas. Assessoria de imprensa. •Empresa: Encyclopaedia Brittanica na edição da Barsa 2. Cargo: Redator de verbetes – colaborador. •Empresa: Associação Brasileira dos Criadores de Zebu Cargo: Assessor Imprensa e Comunicação Período: 1980 a 1982 Atividades Desenvolvidas: 1. 2. 3. Participou da equipe de implantação de projeto comercial e marketing na ExpoZebu para a venda de espaços na maior feira de gado zebu do Mundo, em Uberaba, MG. Autor do roteiro e editor do documentário o Zebu Brasileiro. Editor Executivo da Revista, do Jornal e do Anuário da Expozebu. OUTROS CARGOS EXERCIDOS • • • • • • • • • • • • • • Diretor Comercial e Marketing da Última Hora ( RJ) Secretário de Redação Jornal do Commércio Repórter da Revista Manchete Repórter dos jornais Diário Popular Repórter Diário da Noite Repórter Diário de São Paulo, Repórter Folha de São Paulo Repórter Free- lancer em o Estado de São Paulo. Estagiário e depois repórter da Revista Manchete ( Suc- SP ) Estagiário e depois repórter da Revista Fatos e Fotos ( Suc. SP ) Redator e editor de Ultima Hora e A Gazeta (SP) Repórter da Sucursal do Jornal do Brasil em São Paulo Repórter e Subeditor do Caderno de Automóveis do Jornal do Brasil ( Suc. São Paulo ) Repórter e Subeditor do Caderno Automóvel & Etc. de O Globo 4 • • • • • Assessor de Imprensa do Automóvel Clube Paulista Assessor de Imprensa da Operação Branca - CETESB Assessor de Imprensa do Círculo dos Empregados da Petrobrás RJ - CIEPE Editor de Energia, Meio Ambiente, Indústria e Consumo do Jornal do Commércio Subchefe de reportagem na implantação dos Jornais de Bairro de O Globo FILMES E DOCUMENTÁRIOS • • • • • • • • • Roteiro, argumento e edição do Documentário Marítima Petróleo e Engenharia Roteiro, argumento e edição do Documentário sobre o Estaleiro Mauá Roteiro, argumento e direção do Documentário sobre a REM Roteiro e edição do documentário sobre Grupo Paulo Guimarães Roteiro para o documentário Brasil, da Petrobras Roteiro e edição documentário Micarina Meio Norte Roteiro e edição documentário SP Folia Roteiro e edição de documentário sobre a Universidade Federal do Piauí Roteiros e edição de vários filmes para o produto Poupa Ganha, em Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Piauí e São Paulo. AUTOR DOS LIVROS E LIVRETES • • • • • • • • • • A compra da Light pela Eletrobrás – MME – 1979 autor e editor Petrobrás, Ideia e Preconceito – 1984 – autor e editor. O Campo de Majnoon – Iraque – 1982 – editor Livrete A Petrobras e o Pró Álcool – 1984 – autor e editor Brasil, uma visão Global – Petrobrás – 1991 – autor e editor. Medicina Lógica e Raciocínio – autoria Prof. Carlos Alberto Leite - editor 1992 Manobras e Sinais – contribuição à Semiologia, de Prof. C. A. Leite – editor- 1992 Livrete Capoeira Viva para o projeto do MINC – 2007 – autor e organizador No Prelo - As Lendas, Mitos e Outras Histórias do Brasil – Em edição: Eles querem uma entrevista e agora ? – 2011 ( Um livro sobre Assessoria de Imprensa e Seus Segredos ). FORMAÇÃO ACADÊMICA • • • Jornalista Profissional - RPMT 9.414 Bacharel em Direito - OAB- RJ 158175 Técnico em Comunicação Social III ( Petrobrás ) GILBERTO NAHUM UM REPÓRTER NA ASSESSORIA DE IMPRENSA Comecei minha carreira de jornalista no ano de 1967, após ingressar na Faculdade Paulista de Direito da Universidade Católica de São Paulo. Tive participação no movimento estudantil e ainda no primeiro ano, fiz parte do grupo que redigia o jornal e a revista do Centro Acadêmico 22 de Agosto que era um dos mais ativos núcleos de oposição ao Governo Militar. Como meu curso era noturno eu pude trabalhar na “grande imprensa” e minha primeira experiência foi na 5 sucursal da Editora Bloch, em São Paulo, onde fui praticamente adotado pela equipe da redação como uma espécie de mascote. Meu primeiro chefe de Reportagem foi Jayme Negreiros, cujo nome verdadeiro era Israel Jayme Trifler, um jovem e experiente profissional que, como repórter do Jornal do Brasil, ganhou a Menção Honrosa de uma das edições do prêmio Esso de Jornalismo com a reportagem Um Susto Pode Matar Copacabana Inteira. Ele comandava uma equipe de consagrados jornalistas, pois a sucursal trabalhava para todas as revistas da Bloch. O carro chefe era a Manchete que chegava a excepcional marca de 800 mil exemplares por semana nas edições de carnaval e durante o ano mantinha uma tiragem semanal de mais de 500 mil exemplares. Pouquíssimos jornalistas no Brasil tiveram a oportunidade de, no primeiro emprego, ter a seu lado, na redação, nomes como Fúlvio Abramo, Henrique Nunes, Luis Carlos Leal, Durval Ferreira, Carlos Acuio. Na fotografia, então nem se fala. Como a Manchete reunia os melhores fotógrafos do País por ser uma revista muito ilustrada eu aprendi muito com os premiadíssimos Mituo Shiguihara, Sergio Jorge, Zigmund Haar, Lucio Abreu e José Castro. Aos 18 anos já participava da cobertura dos festivais da música popular brasileira, do Teatro Paramount e principalmente do fenômeno que foi a TV Record de São Paulo, das coberturas domingueiras da Jovem Guarda, do crescimento de Elis Regina, de Roberto e Erasmo Carlos, do surgimento do Grupo Baiano e dos, ainda meninos prodígios, Toquinho e Eduardo Gudin, alunos do violonista Paulinho Nogueira. Participei ativamente de alguns desses grupos e, principalmente, os da PUC, como o TUCA ( Teatro da Universidade Católica ) que revelou, entre outros, o compositor Chico Buarque e o ator José de Abreu. Convivi muito o grupo de Geraldo Vandré que era muito ligado aos padres dominicanos e aos padres professores da PUC. A primeira matéria de capa de Regina Duarte, que começava a ser a “namoradinha do Brasil”, foi minha. A entrevista com a “menina” deveria ser publicada na Revista Manchete, mas como a Revista Sétimo Céu, que cobria a o segmento de TV e fotonovelas estava sendo ultrapassada pelas revistas da Editora Abril, minha matéria foi deslocada. Foi um enorme sucesso de venda em bancas. A revista estourou. E na assinatura da matéria estava meu nome. Pela Revista Manchete eu cobri todos os acontecimentos que precederam o Ato Institucional Nº 5, assinado em dezembro de 1968. Com a crise política cada vez mais acirrada, a PUC foi invadida e eu, praticamente obrigado a deixar a faculdade de lado quando iniciava o 3º ano. Virei jornalista de corpo inteiro. Pela Manchete e Fatos e Fotos cobri a “Guerra” entre alunos da Faculdade Mackenzie e alunos de todas as outras faculdades paulistas aquartelados na Faculdade de Filosofia da Rua Maria Antônia. Minha ligação com as entidades dos estudantes facilitou muito a minha vida de repórter. Com isso, garanti algumas capas nas revistas da Bloch. Entrar para um grande jornal não demorou muito. Indicado pelo Jayme fui para o tradicional Diário da Noite. Precisavam de um repórter para toda obra. Eu precisava um jornal do dia-adia para aprender e avançar na profissão. Comecei como repórter da geral cobrindo a editoria da Cidades. Rapidamente fui chamado para a equipe de ponta do jornal que era muito forte 6 nos segmentos de polícia e esportes, e passei, inicialmente, a cobrir o Palmeiras. Em seguida fui deslocado para cobrir o Santos de Pelé e Cia. Eu já fazia parte dos repórteres especiais da equipe. Depois de alguns meses, o jogador Toninho Guerreiro, parceiro de Pelé foi comprado pelo São Paulo que montava um grande time para fazer frente ao imbatível Santos. Fui deslocado para cobrir o time do Morumbi que também acabara de contratar o Gerson e Pedro Rocha, eleito aquele ano como o melhor jogador do mundo. Eu era praticamente o dono das manchetes da editoria e do Jornal. Essa convivência diária com artistas e jogadores de futebol e movimento universitário me abriu novas portas. Veio o convite da Folha de São Paulo que iniciava sua reforma editoria e industrial e sua escalada para fazer frente ao fenômeno editorial do Jornal da Tarde, uma experiência revolucionária de vespertino, comandado por Mino Carta e Murilo Felisberto. Esse Jornal pertencia ao grupo Estado de São Paulo que acreditou numa geração de jovens jornalistas mineiros e importou todos para São Paulo. Na Folha, descobri que precisava aprender muito mais. Os empresários Otávio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira, os donos da Folha de São Paulo queriam transformá-la no maior jornal do Brasil. Foram buscar para isso o Claudio Abramo como diretor de Redação que trouxe o Jayme Negreiros como editor de cidades. Em poucos meses eu fui chamado para integrar a equipe. Usando a experiência de repórter de cidade adquirida no Diário da Noite, me tornei, na Folha, num dos principais repórteres da editoria, uma vez que conhecia a cidade de ponta a ponta. Como os salários à época eram baixos, passei a ter dois empregos: na parte da manhã, também por indicação do Jayme, fui contratado pelo Jornal do Brasil. A equipe era excepcional. E o JB foi o toque de qualidade que faltava para o repórter iniciante. Ali tive como chefe Luis Antônio Maciel e colegas de redação como Milton Rocha, Alfredo Schuleimer, Acyr Castro, o grande Ary Schneidder e iniciando o Carlos Alberto Luppi. Da mesma forma que na Folha estavam chegando o Neumane Pinto, o Luis Carlos Ventura, o Edson Flosi, e na agência Folhas a Nair Suzuki e a Ivani Migliaccio. Na Folha, o subchefe de reportagem era o José Aparecido e o chefe João Batista Lemos com quem tive momentos de amor e ódio profissional. Foi um grande chefe mas a quem dei muito trabalho como jornalista jovem e arrogante, quase dono do mundo. Pois eu achava que não tinha portas fechadas. A vida me ensinou a ser menos voluntarioso e mais profissional. O Lemos serviu para me mostrar que eu ainda tinha muito para aprender. Foi apanhando que aprendi. Enquanto na Folha eu cobria Cidades, Saúde, Trânsito, Interior, e um assunto que estava nascendo junto com a Embratel, a tal de telemática. Nesse campo o craque era o Ethevaldo Alves da Silva e posteriormente, meu primo Wilson Moherdaui e a Lia Ribeiro que até hoje editam publicações desse setor. São três craques. Todos vieram do grupo O Estado de São Paulo. A telefonia, seus fios e meandros etc. ficaram de lado pois no JB eu escrevia para as editorias de economia, meio-ambiente ( assunto que iniciava sua trajetória nos jornais). Nessa época estava cada vez mais próximo do Luis Antônio Maciel que já me pautava qualquer tipo de matéria. Era pau toda obra. Tornei-me responsável pela redação das Matérias do Caderno de Automóveis editado pelo não menos premiado Waldyr Azevedo. Participei das coberturas de automobilismo que em São Paulo era muito prestigiadas e cobri a primeira corrida de Fórmula -1 realizada no Brasil, ao lado de Reginaldo Leme que também era um iniciante com o repórter de o Estado de São Paulo. Fausto Silva era, na época outro repórter que cobria o 7 Santos Futebol Clube. Depois foi para o rádio e na Jovem Pan fez seu nome e hoje é este fenômeno da comunicação e do marketing comercial. Estava terminando o Governo Médici e eu novamente fui mexer em vespeiro. Ao pesquisar material para uma simples matéria sobre os cuidados e as medidas governamentais para controlar a diarreia infantil, que era um assunto de saúde pública muito grave em São Paulo, descobri um problema muito maior: o Brasil enfrentava um surto de meningite e o assunto estava guardado a quatro chaves. Levei a matéria para a Folha de São Paulo, e o Lemos desqualificou minha matéria e disse que meu material estava inconsistente e que não interessava para a Folha. Enfim, matou a matéria que não estava consistente não. Só não agradava a interesses políticos da Folha junto ao governador Laudo Natel. Não me dei por vencido e usando minha ligação com o clube São Paulo, fui recebido pela assessoria do Governador que, por sua vez, confirmou tudo, mas me pediu para “esquecer o assunto”. Aí, deixei a folha de lado pois a matéria “ era uma merda” e perguntei ao meu chefe de reportagem no JB, o Luis Antônio Maciel, se a matéria interessava. Interessou. Como a Lia Ribeiro, do Estadão também cobria o assunto e poderia ficar mal no jornal, eu liguei a ela, dei a dica e disse se vira. Ela também publicou matéria pequena, mas publicou. O JB deu em grande estilo, a matéria foi sub-manchete do Jornal da segunda-feira, custou a demissão do Ministro da Saúde Borges Lagoa e também minha demissão da Folha de São Paulo. E o pior: um comunicado dos militares às redações dos jornais que o assunto Meningite estava censurado. Mas essa demissão teria de ser negociada. O Jayme Negreiros não concordou levou o assunto para o Cláudio Abramo e explicou o que havia acontecido. De forma indireta o próprio pessoal da assessoria do governador Laudo Natel acabou interferindo confirmando a matéria e eu fiquei na redação. Mais chamuscado do que churrasquinho de gato e noite de sexta-feira. Os partidários do governador ficaram mais felizes ainda pois o substituto do Borges Lagoa seria nada mais, nada menos, que o Secretário de Saúde Laudo Natel, o dr. Mario Machado de Lemos, um nordestino há muito radicado em São Paulo. No final da história, a matéria que quase causaria minha demissão, causou, na verdade, a nomeação de um “ministro do grupo paulista”. Desse dia em diante, o Dr. Mario Machado de Lemos nunca mais deixou de me receber com sorrisos, cafezinho e braços abertos. E eu, descobri que minha matéria fez o lobby paulista dentro do governo militar. E aí o assunto meningite mesmo proibido ganhou páginas e páginas de jornal. Continuei na Folha e no JB. Depois, fiz assessoria de imprensa para inúmeras empresas, editei pequenos periódicos, assessorei entidades de classe e passei por grandes jornais do País. Em 1976 fui convidado pelo meu querido e inesquecível amigo Hideo Onaga para a Secretaria de Redação do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, onde ele acabara de assumir como 8 diretor de redação. Seis meses depois fui convidado para a Assessoria de Comunicação e Imprensa do Ministro das Minas e Energia, Shigeaki Ueki. Deixei de ser só jornalista para entender, aprender a ler de balanço das empresas do Ministério, conhecer a indústria do petróleo, da energia, da área elétrica, mineração etc... Ao final do Governo Geisel, Ueki vai para a presidência da Petrobrás e eu sou indicado para a assessoria de comunicação de uma subsidiária da Vale do Rio Doce, a Mineração Rio do Norte dona da maior mina de Bauxita do mundo, sediada em Oriximiná, no Pará onde estava nascendo uma cidade. Eu acompanhei seu nascimento, desenvolvi programas de preservação do meio-ambiente em plena selva amazônica, me aproximei de sindicatos e desenvolvi trabalhos para as comunidades que se formavam no entorno da obra. Hoje essa cidade possui mais de 7 mil habitantes, segundo o último Censo do IBGE. Em menos de um ano fui convidado para chefiar o Serviço de Comunicação da Petrobrás Química, (Petroquisa) e, em seguida, assumi a Assessoria de Imprensa e Comunicação da Petrobrás, onde minha vida profissional se consolidou num novo segmento. Fiquei no sistema Petrobrás até 1986 onde implantei e participei de inúmeros projetos na área de jornalismo, marketing e publicidade que estão detalhados em meu currículo. Quando sai da Petrobrás em 1986, voltei para a imprensa diária, novamente no Jornal do Commercio. Em seguida, fui diretor comercial e marketing de a Ultima Hora. Depois fui para Goiânia reformular o Diário da Manhã e, posteriormente, fui para o Piauí, onde assumi a Superintendência do Grupo Meio Norte que possuía várias empresas onde os carros-chefes eram a TV Meio Norte (SBT) e o Jornal Meio Norte, além das rádios AM e FM. No período que estive em Teresina, o Jornal passou a ser o primeiro colocado em vendas ( registrado no IVC ). A TV, nos horários locais, superava a audiência da TV Globo e as rádios AM e FM detinham, separadamente, 93% da audiência. Em novembro de 1997, deixei o grupo do Piauí depois de uma período de quase dois anos em São Paulo em outras empresas do Grupo. Voltei para o Rio de Janeiro, trabalhei em várias assessorias de imprensa e, em 2002 fui contratado pela Marítima de Petróleo e Engenharia que pertence ao Grupo Empresarial Synergy o mesmo dos Estaleiros Mauá e Eisa onde até o mês passado respondia pela Assessoria de Comunicação e Imprensa. Paralelamente, pois meu contrato com a Marítima permitia, fui chefe da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Ciência e Tecnologia do RJ, na gestão do atual reitor da UERJ, prof. Ricardo Vieiralves. Fui responsável pela Assessoria de Imprensa e Comunicação do Museu da República, também na gestão do prof. Ricardo. Fui o editor do jornal e responsável pela comunicação da Fundação Eletros de Seguridade Social, da Eletrobrás. Em junho de 2005 passei para a Assessoria de Imprensa do Estaleiro Mauá onde também fui o jornalista responsável e editor do Mauá Notícias. 9 Mais recentemente, editei o livreto do Projeto Capoeira Viva publicado pelo Ministério da Cultura, com coordenação técnica do Museu da República e patrocínio da Petrobrás e que tem como objetivo a implementação de políticas públicas para a valorização e promoção da capoeira como bem constituinte do patrimônio cultural brasileiro. No Grupo Synergy, dono do Mauá, fui durante 10 anos, o responsável pelo desenvolvimento da imagem corporativa, criando interfaces de relacionamento com o público interno da empresa bem como com veículos de comunicação, formadores de opinião, entidades de classe e, por extensão com toda a sociedade. A Assessoria atende também ao Eisa, a Petrosynergy e Avianca e às outras 16 empresas que também pertencem ao Grupo do empresário German Efromovich. A gerência sob minha responsabilidade executou projetos de planejamento estratégico da comunicação corporativa que auxiliaram as empresas atendidas na busca de um desempenho qualitativo, tais como: Editor executivo do Mauá Notícias – jornal com 6 mil exemplares Manutenção do Website da empresa, utilizando todo o potencial da Web Realização de coletivas de imprensa Encontros com editores para sugestão de pautas Coordenação de visitas de executivos e autoridades Elaboração de textos e press releases Participação em Feiras e Eventos Criação de Anúncios e Apresentações e Documentários das empresas e/ou do Grupo. Interação com assessorias de imprensa e marketing de clientes e fornecedores. Interação com entidades de classe tais como Associações de funcionários e Sindicatos. Atualmente sou o editor no Jornal A Tribuna RJ da Coluna Cais do, Porto especializada em assuntos da indústria naval, petróleo e gás, meio-ambiente, cidade , indústria da pesca, lazer. Estou à disposição para qualquer esclarecimento. Niterói, 20 de junho de 2013 Gilberto José Nahum – Jornalista Profissional 9.414 RPMT 10