Foto: Sinpait Em destaque, nesta edição, a entrevista concedida ao Elo pela colega AFT/GRTE/SP/Leste Beatriz Cardoso Montanhona (pág.3) e a publicação do trabalho de sua autoria – premiado em segundo lugar - no concurso promovido pelo SINAIT, por ocasião do 28º ENAFIT, sob o título “Os impactos das novas formas de organização do Trabalho e a Auditoria Fiscal do Trabalho: Ampliando os contornos da dignidade sob uma perspectiva Psicodinâmica do Trabalho (págs. 4 e 5) CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA Beatriz Montanhana Cardoso Fotos: Pedro/Paulo Eventos Homenageados Ismênia Novaes Célia Regina Bellia Monteiro Cícero Oliveira Gomes O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Editorial O ELO UNINDO PELA INFORMAÇÃO Informativo do SINPAIT Publicação Mensal – Distribuição Gratuita DIRETOR RESPONSÁVEL Jesus José Bales Assistente Luci Helena Lipel Reportagens Jornalista Responsável Dalísio Domingues dos Santos - MTB. 7.765 DIRETORIA EXECUTIVA PRESIDENTE Jesus José Bales Vice de Política de Classe Luci Helena Lipel - José Vieira Rocha Junior 1º Vice de Administração Solange Aparecida de Andrade - Hilda Engler Raggio Bergamasco 2º Vice de Administração Erasmo Torres Ramos - Maria Luiza F. de Almeida Vilar Feitosa 3º Vice de Administração Vera Galvão Moraes - Maria Nilza Bueno da Silveira 1º Vice de Planejamento Mário Kaminski - Nilsa Maria Leis Di Ciero 2º Vice de Planejamento Armando Barizan - Yllen Fábio Blanes de Araújo 3º Vice de Planejamento Renato Miranda de Moraes Carvalho - Antonio Fojo da Costa Vice de Normatização Regina Candellero Castilho Nami Haddad Sandra Morais de Brito Costa Vice de Comunicação Dalísio Domingues dos Santos - Ivete Cassiani Furegatti Vice de Cultura Marco Antonio Melchior - José Maria Coutinho Vice Parlamentares Edir José Vernaschi Vice Relações Públicas Suzana Lacerda Abreu de S. Lage Maria Aparecida Almeida Dias de Souza Vice Inspeção Ruy Antonio de Arruda Pereira - Rubens Chiapeta Alvares Vice Medicina Geraldo da Silva Pereira - Ettore Paulo Pinotti Vice Segurança José Antonio Mesquita de Oliveira - Newton Carlos Peris Vice Aposentados Adriano Salles Toledo de Carvalho Maria Marly do Nascimento Jungers Vice Sindicais Cyro Fessel Fazzio - Erlon Martinho Pontes Vice Sociais Darcy Rizzo Hungueria - Jane Claudete da Cunha Duarte Vice Interior Eduardo Caldas Rebouças - Décio Francisco Gonçalves da Rocha Vice Internacional Nelson Alves Gomes - Luiz Carlos do Prado CONSELHO FISCAL TITULARES Bruno Clemente Domingos, Emilia de Castro Paiva, Felix Suriano Domingues Neto, Rubens de Souza Brittes, Wilson Antonio Bernardi SUPLENTES Ana Maria Fornos Rodriguez, Antonio Picinini, Enio Celso Salgado, Rivaldo Ribeiro da Costa, Tadashi Abe SINPAIT Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho Fundado em 19/05/1953 R. Avanhandava, 133 – 4º andar – cjs. 41/42 Centro – São Paulo/SP – CEP: 01306-001 Tels: (11) 3214-0750 / 3255-9516 / 3257-5267 Fax: (11) 3258-5868 www.sinpait.com.br / e-mail: [email protected] Reprodução: As matérias publicadas só poderão ser reproduzidas com autorização expressa do SINPAIT, sujeitando, os infratores, às penalidades legais. Responsabilidades: As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião do SINPAIT. Editoração, Criação e Impressão: Graphcollor Gráfica e Editora Ltda (11) 3159-1485 / 3159-0993 [email protected] Tiragem: 3.600 ISSN 1983-263X 2 MTE perde espaço em saúde e segurança Está ocorrendo uma verdadeira invasão externa na área da fiscalização do trabalho, em saúde e segurança. Teme-se que, em breve, convênios sejam firmados, alienando de vez a atuação da auditoria fiscal do MTE que, legalmente, é quem detém a prerrogativa de agir, com exclusividade, em tudo que diga respeito à inspeção, em saúde e segurança, nos locais de trabalho, visando promover a proteção física dos trabalhadores e prevenir acidentes e doenças ocupacionais. Em 25 de janeiro último, feriado municipal em São Paulo, por ser o dia da cidade, ocorreu um grave acidente do trabalho em hangar de uma empresa aérea, no aeroporto de Congonhas, matando dois trabalhadores e ferindo gravemente um terceiro. Segundo noticiário dos jornais, uma equipe de peritos do CREA-Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura/SP, esteve no local, apurando o ocorrido, e iniciando “uma rigorosa fiscalização” nas instalações. No dia 30 de janeiro último o jornal O Estado de S. Paulo publicou a seguinte notícia, no caderno de Economia: “A Vigilância Sanitária do Estado de S. Paulo autuou 102 usinas de açúcar e álcool, por não oferecerem condições adequadas de trabalho, segundo levantamento feito para diagnosticar e propor soluções, para minimizar, ou controlar, riscos à saúde do trabalhador. A Secretaria de Justiça do governo do estado de S. Paulo, por meio de seu núcleo de combate ao trabalho escravo, tem enviado seus funcionários para fiscalizar as condições de trabalho nas empresas e convida emissoras de televisão para documentar suas ações. Agentes de uma Delegacia de Polícia do governo paulista, ao que consta especializada em acidentes do trabalho, diligenciam nas empresas, fazendo autentica fiscalização do trabalho, inclusive expedindo notificações e fixando prazos de atendimento. Praticamente todas essas ações paralelas, de fiscalização do trabalho, são direcionadas ao mercado formal de mão de obra. No entanto, o imenso e sombrio mundo do trabalho informal, que continua absorvendo metade da mão de obra ativa brasileira, continua intocável, na sua dura realidade. Pois é justamente na informalidade que ocorrem os problemas mais graves de saúde e segurança. Há 40 anos, quando o MTE prati- camente não fazia intervenção fiscal em saúde e segurança, ela era entregue aos governos estaduais, por meio de convênios operacionais, os quais contratavam, de modo precário, engenheiros e médicos (estes ainda não eram especializados do Trabalho), para essa tarefa. Era uma fiscalização empírica, muito pouco eficiente, e de resultados quase nulos. A partir de 1974, a administração do Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, iniciou uma verdadeira revolução na área da fiscalização e prevenção em saúde e segurança do Trabalho. Fez o primeiro concurso público para admitir os então Inspetores do Trabalho, especializados em saúde e segurança (todos médicos e engenheiros), denunciou o convênio com os Estados, criou a Fundacentro, criou o PAT, surgiram Faculdades de Medicina voltadas parta a área do trabalho e, principalmente, foi assinada a célebre portaria 3214/78, adotando as normas regulamentadoras em saúde e segurança. Assim, o ministro Arnaldo Prieto criou, no Brasil, não só a fiscalização, mas a cultura da prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Ao longo desses trinta e dois anos de fiscalização especializada, a área de medicina e segurança do Trabalho, do MTE, foi gerando uma formidável produção técnico-científica, aperfeiçoando as normas regulamentadoras, somando cada vez mais experiência de campo, idealizando EPIs, proteções de máquinas, formando e treinando mão de obra especializada, e, mesmo com quadro cada vez mais restrito de auditores fiscais, é inegável que a inspeção do MTE, em saúde e segurança, é o que há de melhor, nessa área, em nosso país, e sua atuação recebe, de modo freqüente, reconhecimento até mesmo internacional, inclusive da OIT, além de ter conseguido conter a maré montante dos acidentes de trabalho no Brasil. Assim, o que ocorre, no momento, ao que tudo indica é muito mais uma ação de mídia, de marketing, praticada por órgãos públicos que não tem, como finalidade, fiscalizar os locais de trabalho. Mas essa realidade atinge de modo direto a auditoria fiscal do trabalho, tumultua as ações externas e não contribui, ao contrário do que se diz, para uma melhoria da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, porque são ações pontuais e desconectadas de um planejamento técnico. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Fotos: Sinpait Inspeção precisa acompanhar novas formas de organização do trabalho A do SINPAIT Beatriz Montanhana durante a entrevista na sede colega AFT Beatriz Cardoso Montanhana, da Gerência Regional do Trabalho-III – SP/Leste (capital), foi a segunda colocada no concurso promovido pelo SINAIT, no 28º ENAFIT, em Fortaleza, em novembro passado, sobre o tema “Auditoria Fiscal do Trabalho: compromisso com o trabalho digno.” O trabalho vencedor de Beatriz tem por título “Os impactos das novas formas de organização do trabalho e a Auditoria Fiscal do Trabalho: ampliando os contornos da dignidade sob uma perspectiva psicodinâmica do trabalho.” A convite da redação do ELO a colega Beatriz esteve na sede do SINPAIT, na manhã do dia 13 de janeiro último, para falar sobre essa sua importante pesquisa, quando conversou com os colegas AFTs Jesus Bales, Luci Helena Lipel e Dalísio dos Santos. Observando, estudando e analisando a evolução das relações de trabalho, no Brasil, em tempos recentes, Beatriz conclui que nosso país vive uma transformação profunda no universo da produção e mão de obra e essa mudança não tem sido boa para a classe trabalhadora. Como o fenômeno atinge diretamente a Inspeção do Trabalho, ela considera necessário, e urgente, que a Auditoria Fiscal do Trabalho passe a acompanhar de perto, essa evolução e, na medida do possível, atuar como agente ativo nesse processo, buscando exercer participação objetiva na defesa dos que trabalham e que são, sempre, o elo mais fraco na cadeia da produção. “Nossa legislação trabalha com dados objetivos, mas, hoje em dia, são os aspectos subjetivos que, na verdade, atingem diretamente a saúde do trabalhador e toda a amplidão das relações de trabalho. No modelo taylorista/fordista era mais fácil identificar a pessoa física do trabalhador, a sua condição de trabalho. Hoje há, por assim dizer, uma despersonalização, tanto do empregado, como do empregador. Cito, por exemplo, a atividade de telemarketing. Nela cada um trabalha na sua célula, desconectado do todo e, com isso, há a perda de sua identidade. Sentimentos nobres, e necessários, como a solidariedade, a amizade, cada vez mais são esquecidos, perdendo força. O próprio sistema de representação mostra-se perigosamente enfraquecido. Mantém uma estrutura criada e enraizada há décadas, mas que, atualmente, está em choque com a nova realidade e já quase nada representa. Nossa sociedade está atomizada e, portanto, o mundo do trabalho se fragmentou, esvaindo-se os sentimentos coletivos. Para nós, AFTs, esse é um grande problema, porque o aparato legal ainda não confere mecanismos e instrumentos capazes de permitir, ao auditor, lidar com essa situação. Devemos promover a interdisciplinaridade, que é a função das mais diversas áreas do saber, com vista a auxiliar na melhoria das condições para o trabalhador. Essa é a proposta que externamos no artigo que enviamos ao concurso promovido pelo ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br SINAIT, no 28º ENAFIT, em Fortaleza. No texto procuramos mostrar alguns elementos da teoria de Christophe Dejours, da psicopatologia do trabalho, que poderiam ser um instrumento facilitador da nossa atividade, como identificar, de modo claro, por exemplo, o assédio moral. É bom lembrar que já está em debate, na Câmara Federal, um projeto de lei que transforma o assédio moral em acidente de trabalho. Pertencemos a uma instituição de grande importância social, com uma dinâmica de operação, que, necessariamente, acompanha as mudanças quase diárias no mundo do trabalho. Por isso temos de andar lado a lado com ela e sua atualidade,” afirmou Beatriz Cardoso Montanhana. Uma paulistana estudiosa A colega Beatriz Cardoso Montanhana, que ainda é bem jovem, nasceu em São Paulo, no bairro do Jaguaré, e atualmente reside na Lapa, o antigo e tradicional bairro da zona oeste paulistana. “Sempre estudei em escola pública. Fiz o segundo grau na conhecida Escola Estadual Pereira Barreto, na Lapa, da qual tenho boas lembranças. Depois ingressei na Faculdade de Direito da USP, a também muito conhecida Faculdade do Largo São Francisco. Ainda nas Arcadas fiz o mestrado e agora estou concluindo o doutorado. Reconheço que boa parte, de toda minha vida, foi sempre o estudo. Mas eu gosto. Tudo na vida é sempre luta, esforço, busca de objetivos. Foi assim que aprendi desde pequena. A tenacidade, o idealismo, a crença em nossos valores pessoais, são os sentimentos que nos conduzem para o amanhã. Lembro os versos vigorosos de uma das antigas trovas da faculdade de Direito: “Quando se sente bater/ no peito heróica pancada/ deixase a folha dobrada/ enquanto se vai morrer.” São versos de tempos românticos, hoje um tanto esquecidos pelo pragmatismo, mas que, para mim, ainda falam muito ao coração.” Beatriz foi funcionária do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em 2003 foi aprovada no concurso para Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho, sendo nomeada em 2005, para trabalhar em Rondônia. Em 2007, no concurso de remoção, transferiu-se para São Paulo, estando atuando, hoje, como analista, na Gerência Regional do Trabalho da zona leste paulistana. “Estou muito feliz com meu trabalho, com meus amigos e amigas AFTs e todo o pessoal com o qual convivo, na gerência Leste. Nosso gerente, o colega Hiroshi, é pessoa que conduz muito bem a repartição, possibilitando um ambiente excelente, de muita amizade e compreensão.” (D.S.) Nesta edição, O ELO publica artigo da colega Beatriz, que condensa o trabalho apresentado por ela no ENAFIT de Fortaleza, no ano passado. 3 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Beatriz Cardoso Montanhana AFT/GRTE/Leste/SP As relações de trabalho subordinado traduzem a complexidade da sociedade. Por complexidade entende-se a ampla diferenciação presente na sociedade segmentada em sistemas parciais (econômico, social, político, jurídico etc.). Reconhecer que a sociedade é complexa demanda um exercício de reformulação na forma de pensar e conceber o mundo. Entende-se que os direitos sociais fundamentais são reflexo do cenário complexo das relações de trabalho subordinado. A sociedade do trabalho é marcada pela existência de múltiplos interesses, pelo dinamismo e pela instabilidade impulsionada pelas transformações econômicas, ou seja, representa uma realidade complexa. Se é certo que as mudanças econômicas determinam novos rumos para as relações de trabalho, a eficácia dos direitos fundamentais dos trabalhadores não pode estar condicionada à viabilidade e utilidade econômicas, mas na conscientização e na interação entre os envolvidos na relação e comprometidos com a promoção de condições dignas de vida em sociedade. A proposta do Estado Democrático de Direito é estimular o empregador a alcançar o resultado economicamente útil conjugado com o compromisso de observar os direitos sociais do trabalho. A fiscalização do trabalho no Brasil é um indispensável instrumento para a promoção do compromisso 4 com a dignidade do trabalhador. A partir da atuação da Auditoria-Fiscal do Trabalho, estabelecem-se instrumentos para equilibrar as estruturas de poder em conflito nas relações de trabalho subordinado e afirma-se a proteção da saúde e da segurança do trabalhador. O Auditor(a)-Fiscal do Trabalho, ao tomar contato direto com a realidade da dinâmica do trabalho, torna-se observador e sujeito da relação de trabalho subordinado e pode vislumbrar diretamente o cenário complexo que envolve empregado e empregador. No processo de produção industrial taylorista a máquina determina como o trabalho deverá ser realizado e ao homem cabe apenas seguir o ritmo por ela fixado, sem questionamento ou elucubrações. O trabalhador é explorado em sua força física (execução) e no condicionamento da mente aos ditames do processo produtivo cientificamente planejado (concepção). A evolução dos modelos taylorista-fordistas para os modelos “flexíveis”, como o toyotista, significou uma mudança na forma, porém não minimizou os impactos da organização do trabalho sobre a saúde do trabalhador. As chamadas “novas gerências” não significam maior autonomia ao trabalhador. Ao contrário, Ricardo Antunes destaca que as novas técnicas de gestão da força de trabalho, do trabalho em equipe, dos grupos “semi-autônomos” etc. trazem o discurso do “envolvimento participativo” dos trabalhadores na produção, mas na verdade consiste em uma “participação manipuladora e que preserva, na essência, as condições do trabalho alienado e estranhado” i. A compreensão desse quadro de transformações não é tarefa simples e constitui um grande desafio para o Auditor(a)-Fiscal do Trabalho, que deve promover o compromisso com o trabalho digno, amparado por um arcabouço legal cuja base remonta há mais de setenta anos e cujo paradigma organizacional de trabalho já sofreu profundas e substanciais alterações. Por isso, a atuação do Auditor(a)-Fiscal do Trabalho pode ultrapassar os limites da verificação do cumprimento da legislação, pois se torna imprescindível, antes de tudo, identificar os contornos e implicações da dinâmica da relação de trabalho como ela se apresenta na realidade atual. A vantagem do Auditor(a)-Fiscal do Trabalho na execução dessa análise repousa na prerrogativa de ingresso no estabelecimento e de livre trânsito no ambiente de trabalho. Ou seja, de forma direta e imediata, o Auditor(a)-Fiscal do Trabalho toma contato com os fatos e extrai os dados necessários para avaliar a conformidade da relação de trabalho com o compromisso cons- VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br Fotos: Sinpait OS IMPACTOS DAS NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E A AUDITORIA FISCAL DO TRABALHO: AMPLIANDO OS CONTORNOS DA DIGNIDADE SOB UMA PERSPECTIVA PSICODINÂMICA DO TRABALHO O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 titucional de promoção do trabalho digno. Contudo, para atingir esse fim, exige-se do Auditor(a)-Fiscal do Trabalho a adoção de uma análise multidisciplinar. Nessa esteira, a Organização Internacional do Trabalho propôs, em 2006, a adoção da “inspeção do trabalho integrada”, a qual significa, nos moldes propostos, a integração dos aspectos multidisciplinares administrativos, procedimentais e técnicos da inspeção do trabalho sob um enfoque holístico, coerente e flexível ii. Dentre esses aspectos multidisciplinares técnicos, propõe-se a análise psicodinâmica do trabalho como um dos instrumentos hábeis a auxiliar na compreensão dos impactos da organização do trabalho na saúde do trabalhador. Essa teoria, preconizada por Christophe Dejours, prima pela abordagem interdisciplinar em uma investigação prévia dos efeitos provocados pelas pressões desestabilizantes decorrentes das relações de trabalho. A contribuição do método de Dejours é ampliar a abrangência dos agentes desencadeadores de doenças do trabalho: não são os agentes químicos, biológicos e físicos os que merecem atenção, mas também a organização do trabalho. Dejours ressalta que a natureza dos laços entre a organização do trabalho e a saúde mental opõe-se “àquela que relaciona as condições de trabalho (condições físicas, químicas e biológicas) e a saúde do corpo (acidentes do trabalho e doenças profissionais)”. Para o autor, o aumento das patologias mentais, que até culminam ao ponto do suicídio, derivam da mudança substancial na organização do trabalho iii. Essa mudança é resultado da nova concepção de produção de valor: ela não decorreria mais do trabalho, e sim nos novos métodos de gestão iv. As novas formas de gestão do trabalho estão intimamente relacionadas com os avanços tecnológicos e a globalização econômica. O capital rompeu as fronteiras nacionais e é dotado de mobilidade e flexibilidade que, embora sejam exigidas dos trabalhadores, não são atributos inerentes a todo ser humano. A inexistência do “homem abstrato” já tinha sido constatada quando se propugnou pela igualdade material. Enfim, não há um “trabalhador universal”, capaz de se adaptar a toda e qualquer circunstância imposta pelo exterior. Mas a prática das relações de trabalho impinge ao trabalhador condições não previstas no ato da celebração do contrato. Estabelecese, assim, o conflito entre o trabalho prescrito (correspondente ao contratado) e o trabalho real (realizado na prática diária). No estudo de caso sobre trabalho e o sofrimento psíquico de bancários de Rio de Janeiro, Maria Palácios et alli constataram que o aumento de ritmo do trabalho (trabalho real) leva à supressão de pausas (intervalos previstos no contrato de trabalho) e a “eficiência é alcançada via estresse (aumento da produção de catecolaminas)” 5. Prosseguem os autores para explicitar como o excesso global da carga de trabalho em todos os seus aspectos – físico, psíquico e cognitivo - resulta em sofrimento, dano para a saúde do trabalhador e violam a sua dignidade. Como exemplo, cita-se o dilema por que passam os bancários face à variabilidade da clientela bancária e o tempo necessário para a realização de cada procedimento versus eficiência e alcance de metasvi. Por fim, os três autores concluíram que é necessário viabilizar a possibilidade de articulação entre áreas distintas de conhecimento para identificar situações produtoras de sofrimento no ambiente de trabalho, tal como fizeram no caso dos bancários no Rio de Janeiro vii. Para o enfrentamento diário dessas e outras realidades danosas à saúde e à vida do trabalhador, a ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br OIT entende ser imprescindível um quadro de Auditores-Fiscais do Trabalho suficientemente competentes em matérias técnico-jurídicas, mas, além disso, com habilidades pessoais para estimular o cumprimento da lei, identificar problemas, dar boas orientações e avaliar com propriedade o compromisso de uma empresa com a legislação relevante de proteção ao trabalhoviii. A Auditoria-Fiscal do Trabalho, portanto, é o principal instrumento para verificar a origem dessa ação causadora de mal-estar no trabalho, pois, ao atuar in loco, integra o processo dinâmico da relação de trabalho e pode identificar, em uma etapa pré-patológica, as possibilidades de agressão mental decorrentes da organização do trabalho. Enfim, a ampliação dos instrumentos de análise das relações de trabalho, sob uma perspectiva multidisciplinar, permite atualizar os parâmetros de proteção ao trabalho, reafirmando e mantendo, por meio da atuação da Auditoria-Fiscal do Trabalho, o compromisso com o trabalho digno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho – ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 6.ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2002. p. 52. INTERNATIONAL LABOR ORGANIZATION. Integrated labour inspection training system (ILITS). Geneva: International Labour Office, 2006. p. 10. 3 DEJOURS, Christophe & BÉGUE, Florence. Suicídio e trabalho: o que fazer? Trad. Franck Soudant. Brasília: Paralelo 15, 2010. p. 34. 2 Idem, op. cit. p. 35. PALÁCIOS, M.; DUARTE, F. & CÂMARA, V. M. Trabalho e sofrimento psíquico de caixas de agências bancárias na cidade do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 18(3): 843-851, mai-jun, 2002. p. 848 4 5 Idem, op. cit p. 848. Ibidem, op. cit. p. 850. 8 INTERNATIONAL LABOR ORGANIZATI ON. op. cit. p. 17. 6 7 5 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Todo esforço pela Inspeção do Trabalho A alegria do encontro O almoço natalino do SINPAIT reuniu cerca de 100 auditores e auditoras, vários deles vindos do interior, muitos com seus familiares, registrando-se, ainda, a presença do deputado federal Arnaldo Faria de Sá, um amigo constante e grande defensor da Inspeção do Trabalho, que neste ano reelegeu-se com expressiva votação, e o Superintendente Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, José Roberto de Melo. Fotos: Pedro/Paulo Eventos “Não somos alarmistas. Não somos pessimistas. Se temos feito alertas constantes, em defesa do fortalecimento da Inspeção do Trabalho, no Brasil, é porque está muito evidente que ela tem sido golpeada, fragilizada, numa tentativa constante de esvaziá-la, torná-la inexpressiva, até que se acabe como simples apêndice de algum outro órgão federal, ou, o que será muito pior, entregue aos Estados e Municípios, como ocorre em alguns de nossos países vizinhos, na América do Sul”, disse o colega AFT Jesus Bales, presidente do SINPAIT, no almoço de confraternização-2010, que o Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho promoveu no dia 02 de dezembro. “Não vamos mencionar nomes, mas, todos sabemos de onde partem ataques constantes contra a Inspeção do Trabalho, geralmente de fora, mas, também, de dentro da própria instituição. O quadro de auditores é cada vez menor. Os concursos não repõem 30% do contingente que sai. No Estado de São Paulo quase não há, mais, auditores e auditoras do concurso de 1975, e mesmo os do concurso de 1984 já são poucos, todos saindo para a justa aposentadoria. E quantos são os auditores que ingressaram na carreira, nos últimos 15 anos? Em nosso Estado não passam de 150. Nosso Estado já teve até 800 auditores e auditoras, na ativa. Hoje esse número caiu, certamente, pela metade. Considere-se que a demanda não parou de crescer. O movimento diário na DRT, da rua Martins Fontes, é intenso. As providências precárias, no setor de apoio, na área administrativa, com as deploráveis terceirizações, iniciadas no governo Collor, estimuladas no governo de Fernando Henrique e mantidas no governo Lula, fracassaram por completo. Um concurso público, no ano passado, realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sob pressão do Ministério Público Federal, que não queria, mais, terceirização descontrolada de serviços na administração federal, permitiu admissão de um contingente de agentes administrativos, ainda que em número insuficiente, que, na verdade, não aliviou muito a demanda, sem contar que muitos deles já se preparam para novos concursos, buscando situação melhor no Serviço Público. É um quadro real e sombrio, mas não vemos, da parte do Governo, providências, ou mesmo a esperança de um anúncio, de que essa situação, pode-se dizer desesperadora, vai ser estancada, vai mudar, e que um futuro melhor possa chegar à Inspeção do Trabalho, em nosso país. Por isso reafirmamos que o fortalecimento da Inspeção do Trabalho, no Brasil, a sua defesa intransigente, tem de ser feita por nós, Auditores Fiscais. Não adianta esperar, que caia do céu. Temos de estar mobilizados 24 horas por dia, porque a Inspeção do Trabalho, que é a nossa instituição, basicamente depende de nós, seus Auditores Fiscais. “Qualquer golpe contra ela atinge a todos nós, e, por consequência, a própria classe trabalhadora.”. 6 Deplorou-se a ausência de alguns convidados especiais, como as colegas AFTs Vera Olímpia Gonçalves e Lucíola Rodrigues Jaime. Dos quatro gerentes regionais da capital, três estavam presentes, os colegas AFTs Hiroshi Kimura (gerente zona Leste), Carlos Alberto Angelini (gerente zona Norte), Marcos dos Santos Marinho (gerente interino zona Sul, representando o colega José Luiz Lucas Barbosa), bem como o colega AFT Makoto Sato, chefe da Fiscalização-Centro e Superintendente substituto do Trabalho, no Estado de São Paulo, e a colega AFT Nilza da Costa Mendonça, chefe da Seção de Multas, da SRTE-SP. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Também foi muito festejada a presença da colega AFT aposentada Roseli Nieto Piovesan, que por vários anos foi chefe da Fiscalização do Trabalho no Estado de São Paulo. Nesse cargo Roseli ganhou o respeito e admiração de todos, sobretudo por sua dedicação e coragem na defesa da Inspeção do Trabalho e da autonomia e competências dos Auditores Fiscais. Em 2003 a DRT estava sob intensa pressão de sindicalistas, que queriam o controle do planejamento da ação fiscal, mas a colega Roseli, de modo firme, e sereno, resistiu ao assédio e contornou, com nobreza, essa situação que, na época, se apresentava de modo extremamente delicada, eis que se iniciava o primeiro governo Lula. Regional do Trabalho, em São Paulo, com seus funcionários, seus auditores. Dessa relação nasceu o respeito e amizade que sempre me uniram a todos vocês, levando-me, como deputado, a sempre acolher, com muito carinho e muita convicção, todos os pleitos dos Auditores e Auditoras Federais do Trabalho. E será assim que continuarei a fazer na próxima legislatura. A Inspeção do Trabalho brasileira é muito boa, muito eficiente, de excelência técnica comprovada, um exemplo ao mundo. Por isso ela merece de nós toda atenção e, estejam certos, estaremos sempre na linha de frente em sua defesa”. Arnaldo agradeceu as mensagens de pesar que recebeu do SINPAIT e de inúmeros AFTs, pelo falecimento, em novembro último, de seu primo, o Nelsinho, que era seu assessor e, como ele mesmo disse, “o elo entre vocês, do SINPAIT, e meu gabinete parlamentar, em Brasília”. Trabalho escravo? Futuro da Inspeção Vários colegas mostraram-se preocupados com dificuldades atuais que atingem a Auditoria Fiscal do Trabalho, com o seu paulatino esvaziamento e a falta de perspectiva futura. “Vivemos uma quase desesperança. É preciso achar nosso norte, um rumo certo a seguir. Reacender a chama do entusiasmo, da crença em tudo de bom que fazemos”, disse a colega AFT Suzana Lage. O superintendente regional, Jose Roberto Melo, fez um pronunciamento bastante claro sobre a constante redução do quadro de auditores do MTE. “Nosso país apresenta taxa de 6%, de crescimento, o que é formidável. Mas, em contrapartida, a fiscalização do trabalho encolhe seu quadro de auditores e auditoras. Isso é um contra-senso, porque a demanda pelos serviços do Ministério acompanha o nível de crescimento da economia”. Melo admitiu que o número de AFTs, no Estado de São Paulo, é tão pequeno, que nem uma enérgica racionalização no planejamento, nem a atomização de recursos, nem o esforço redobrado de cada um, pode atender o imenso fluxo de demandas. “Apelamos ao deputado Arnaldo Faria de Sá, que está aqui conosco, que leve à Câmara Federal este apelo de São Paulo, que levante no parlamento a importância da Inspeção do Trabalho em nosso país”. Num breve discurso de saudação, o deputado Arnaldo Faria de Sá falou de seu respeito, seu afeto e sua admiração pela Inspeção do Trabalho brasileira, por seus auditores e auditoras. “Todos sabem que minha atividade profissional, como advogado, antecedeu minha atividade política. E, como advogado e contador tive convivência constante com a Delegacia ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br Vários colegas AFTs comentaram reportagem, veiculada no dia anterior ao almoço – 01/12/2010 – em várias emissoras de televisão de São Paulo, como Globonews, Rede TV e Bandeirantes, sobretudo nos telejornais noturnos, a qual mostrou a “libertação” de grupo de trabalhadores, feita por funcionários da Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo. Os trabalhadores, segundo a funcionária estadual entrevistada, estariam submetidos à condição de escravos, por seu empregador, a empresa Ferroban, vez que foram contratados para fazer a manutenção da ferrovia, em trecho da Grande São Paulo. Segundo a funcionária estadual entrevistada, toda a ação libertadora foi feita pelo Núcleo de Enfrentamento do Trabalho Escravo, da Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo. Informou que a ação foi motivada por denúncia anônima. Além das péssimas condições do alojamento, afirmou que os trabalhadores eram vigiados e não tinham liberdade para sair. E, também, não eram registrados. Conforme a funcionária estadual afirmou, tudo foi resolvido, os trabalhadores libertados, seus direitos trabalhistas quitados e orientados a retornar a seus locais de origem. A porta-voz estadual mencionou, de passagem, que toda a ação da Secretaria da Justiça paulista foi feita em colaboração com vários setores oficiais, entre eles o Ministério do Trabalho, sem maiores explicações. Colegas AFTs, ao comentarem o episódio, não escondiam a surpresa com essa ação estadual. “Todo agente público tem obrigação, de ofício, em agir de imediato ao constatar um flagrante delituoso. Mas não é esse o caso. Afirmou-se que foi denúncia anônima. O trabalho degradante, imposto a qualquer trabalhador, é crime torpe, de repressão tipicamente federal, cabendo à Polícia Federal e à Auditoria Fiscal do Trabalho, do MTE, a competência legal para fazê-lo, ainda que com apoio de qualquer outro órgão público que possa, ou queira, ajudá-los”, disse um colega AFT. Por isso a surpresa ante o fato da Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo criar um serviço específico para combater, o que entende ser trabalho escravo, e, durante a ação de campo, pedir colaboração ao órgão federal. O inverso é que está correto. Cabe à repartição estadual, ao ter notícia de delito dessa natureza, comunicá-lo oficialmente ao órgão federal competente, mesmo porque, no caso, a repartição estadual não tem amparo legal, não dispondo do instrumental técnico-legal para resolver, efetivamente, a situação irregular, sobretudo quanto às punições, na esfera trabalhista, que caberiam ao empregador infrator. O trabalho degradante, que o “marketing” social cunhou como trabalho escravo, realmente ocorre em nosso país. É uma chaga moral que expõe o Brasil à humilhação internacional, o que, por si só, é mais que um motivo forte para que seja combatido e erradicado. Mas não tem a dimensão desproporcional que se quer atribuir a ele. O Brasil não é uma imensa senzala, a maior do mundo. O trabalho ultrajante, contra trabalhadores indefesos, ocorre tanto no coração de uma cidade grande, como São Paulo, como nos rincões rurais mais distantes de nosso país, sobretudo nas fazendas de pecuária, 7 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 na Amazônia, no norte brasileiro. Porém, estatisticamente, não é possível fixar sua dimensão, ainda que se saiba que atinge percentual inferior a meio por cento da mão de obra, em nosso país. E são muitas as formas como se apresenta o chamado trabalho escravo, ou degradante. Uma delas, bastante visível, é a das cooperativas de mão de obra, que arrebanham trabalhadores, geralmente desempregados há muitos meses, e os colocam na condição de falsos cooperados, a serviço de tomadores-clientes, numa forma imoral de terceirização. A esse trabalhador cooperado paga-se, tão somente, as horas trabalhadas, sendo-lhe negados todos os direitos trabalhistas. E o próprio governo do Estado de São Paulo tem se utilizado do falso trabalho cooperado. Há pouco tempo colega auditor fiscal, diligenciando em processo de denúncia do Ministério Público do Trabalho, constatou, em flagrante, trabalhadores, falsamente cooperados (empregados sem registro), contratados pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, para fazer o serviço de limpeza, conservação e asseio na escola estadual Caetano de Campos, da Rua Guimarães Rosa, Praça Roosevelt. Essa situação estende-se a muitas outras escolas estaduais. O colega AFT documentou tudo e enviou relatório, bastante circunstanciado, ao Ministério Público do Trabalho, eis que a Auditoria Fiscal do Trabalho, do MTE, é impedida de fiscalizar a administração pública direta. dessa cobrança absurda, que é o desconto previdenciário sobre os servidores aposentados. A votação, em plenário, deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2011”. O colega Jesus destacou a importância do trabalho dos colegas AFTs junto aos parlamentares das bases eleitorais onde residem. “Procurem os deputados de suas cidades e peçam que aprovem a PEC que vai derrubar a cobrança previdenciária. Infelizmente há parlamentares que nutrem verdadeiro preconceito contra o servidor público. Há alguns meses, quando fazíamos trabalho de convencimento, dentro da Câmara Federal, para nossa decepção o deputado Jose Genuíno disse que o desconto de 11% somente atinge os que ganham mais e, assim, seria justo mantê-lo”. Às vezes somos criticados pelas reuniões festivas. Pior ainda: há colegas que não são sócias do SINPAIT, nem do SINAIT, mas, mesmo assim, se julgam no direito de falar mal do sindicato, ou de pedir ajuda, como se o dinheiro dos colegas associados, que pagam, religiosamente, a mensalidade, devesse ser gasto com seus interesses pessoais. O egoísmo, a falta de solidariedade, são comportamentos feios. Não fazem bem ao egoísta, nem ajudam a humanidade ir para frente. O sindicato é de todos seus associados. Para eles trabalha a diretoria eleita. A eles a diretoria eleita deve, sempre, todas as explicações. Por isso, quem ainda não é sócio, seja do sindicato estadual, seja do nacional, pense bem sobre esse isolamento que não é bom, não leva a nada. O sindicato forte, expressa a própria categoria forte. O sindicato fraco simboliza a categoria desunida. “Pensemos nisso em 2011”, enfatizou o presidente Jesus Bales. Homenagens e sorteio Desconto previdenciário O colega AFT Manoel Alves Henrique, agradecendo pelo “direito democrático que o SINPAIT sempre nos dá, de falar e pedir providências”, perguntou ao presidente Jesus como está o encaminhamento, junto ao Governo, da questão relacionada à revogação do desconto previdenciário de 11%, que é feito sobre o vencimento mensal dos funcionários públicos aposentados. “Temos de ir ao Congresso, com todas nossas forças, pedir ajuda aos deputados e senadores. Esse confisco mensal que o Governo faz sobre nossos vencimentos é uma coisa imoral. Não há país no mundo em que um trabalhador, após se aposentar, continue obrigado a pagar a Previdência”, lastimou o veterano Manoel. Em resposta, a colega Luci Helena Lipel, Vice Presidente do SINPAIT, disse que a proposta pela extinção do desconto previdenciário sobre o funcionário público aposentado (PEC 555), realmente está no Congresso, esperando votação final, e que a mobilização dos servidores públicos, sobretudo do Estado de São Paulo, foi, e continua sendo, muito importante, na conquista desse pleito. “O colega Manoel Henrique tem toda razão em seu protesto. Ele, que é figura histórica para a categoria dos auditores e auditoras fiscais de São Paulo, pois quando foi presidente da antiga Associação dos Agentes Federais da Inspeção do Trabalho do Estado de São Paulo, manteve-se na vanguarda em defesa de nossa instituição, sempre que levanta alguma questão, é porque ela realmente é relevante. Por isso concordamos com o colega Manoel. Devemos, sim, concentrar nossos esforços na Câmara Federal, junto aos deputados, para conseguir a aprovação da PEC 555, que objetiva a derrubada 8 O SINPAIT fez a entrega de algumas homenagens conferidas em anos anteriores, mas que, por ausência dos colegas não foram recebidas na ocasião. Receberam a “HOMENAGEM ESPECIAL/2009”: Célia Regina Bellia Monteiro, de Sorocaba e Ismênia Novaes, de São Paulo. O SINPAIT, com intuito de prestar uma justa homenagem aos colegas que se aposentam, também instituiu uma placa alusiva ao evento, sendo entregues, na oportunidade, aos colegas recém aposentados Célia Regina Bellia Monteiro e Cícero Oliveira Gomes. O SINPAIT sorteou também diversos brindes, sendo contemplada com o prêmio maior a colega Jane Claudete da Cunha Duarte, da GRTE/SP/Leste. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br O ELO 9 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Acordo coletivo não derruba a CLT O professor da FEA-PUC, Helio Sylberstajn, publicou longo artigo, denominado “Reforma Trabalhista”, na edição de 18 de janeiro último, do jornal “O ESTADO DE S. PAULO”, onde saúda como providencia inovadora, uma antiga proposta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Diz, o articulista: “Finalmente, e felizmente, há um fato novo no debate sobre a reforma trabalhista: o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista está propondo que as empresas e os trabalhadores sejam autorizados a negociar a aplicação de direitos previstos em lei em seus respectivos locais de trabalho. Para que os dois lados possam negociar a aplicação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) haverá duas condições. Primeiro, a empresa deve reconhecer, previamente, a representação sindical dos trabalhadores, no seu âmbito. Segundo, o sindicato tem de comprovar que representa, realmente, os trabalhadores da empresa”. Sem levar em conta conseqüências jurídicas dessa iniciativa, prossegue na análise: “satisfeitas essas duas condições, a nova lei oferecerá garantia e segurança jurídica para que empresários e trabalhadores “reformem” normas específicas, adaptando a sua aplicação às necessidades específicas compartilhadas”. Por várias vezes o professor Zylberstajn menciona a expressão “nova lei”. Mas que lei é essa? Ele não menciona. Iniciou afirmando que era uma proposta, depois se refere a uma “nova lei”. No ordenamento brasileiro somente os poderes constituídos fazem as leis. É provável que o articulista esteja se referindo a algum projeto de lei, que ele chama de proposta, que o sindicato do ABC encaminharia à Câmara Federal, sugerindo a supremacia da livre negociação sobre o texto consolidado, ou sobre todo o legislado, ora em vigor. Se assim for, é apenas mais uma sugestão, dentre dezenas, talvez até centenas, de outras que chegam com freqüência ao Parlamento. Contudo, a “nova lei”, como mencionada pelo articulista, se aprovada pelo Congresso e promulgada pelo presidente da República, após profundo exame de sua constitucionalidade, realmente acabaria com o atual ordenamento trabalhista. Isto porque a nova ordem determinaria que a livre negociação passasse a decidir sobre tudo. Conforme o articulista, “a nova lei oferecerá segurança jurídica para que essas empresas e esses trabalhadores avancem. É uma estratégia inteligente, pois não ameaça ninguém. Introduz a reforma trabalhista por adesão, apenas para quem a quiser. Empresas e trabalhadores que não se sentirem seguros com a idéia, não precisarão adotá-la. Os que aderirem terão autonomia para negociar as condições de trabalho. Mais do que trocar o legislado pelo negociado, substituirão a legislação pela representação”. Como diz o ditado popular, “porteira que passa um boi, passa a boiada”. De pronto, a proposta fere o principio da isonomia. Cria trabalhadores de classes distintas, uns com direitos, outros não. Esse, talvez, é o cerne da questão. Por isso o articulista destaca que as partes “precisam de segurança jurídica e este é o objetivo da proposta. A nova lei oferecerá às empresas e aos trabalhadores do ABC paulista o respaldo para ajustar a legislação trabalhista às suas necessidades”. Esse desejo de sobrepor o acordado em negociação coletiva, acima do ordenamento legal, já foi tentado, há cerca de 15 anos, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo com uma grande empresa automobilística da região. Porém não se consolidou porque, justamente, o acordo passava por cima da legislação e, denunciado pelo MP, acabou inválido. Em consequência, a auditoria fiscal do Trabalho, acionada pelo MPT, foi 10 à empresa e lavrou as autuações necessárias, que as razões de defesa não conseguiram tornar insubsistentes. Talvez por isso o articulista mencionou que, “em diversas ocasiões, quando trabalhadores e empresas avançaram para além da lei, foram “censurados” pela fiscalização do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Algumas empresas foram notificadas e multadas e se viram obrigadas a recuar”. Na verdade a Auditoria Fiscal do Trabalho não censura empregadores. Ela fiscaliza. O auditor cumpre o que determina o ordenamento legal. Se a empresa e o sindicato firmam acordo “permitindo”, por exemplo, o pagamento do vale transporte em dinheiro, o auditor fiscal, em diligência, tem de autuar o empregador, porque a lei proíbe, expressamente, essa prática; se a empresa e o sindicato firmam acordo reduzindo para meia hora o intervalo de almoço, sem o processo regular, da mesma forma o empregador seria autuado porque estaria afrontando a legislação e, no caso, atentando contra a saúde do trabalhador. Essas são situações elementares. Não está em questão a soberania das partes para negociar. O presidente Fernando Henrique Cardoso, por meio de seu então ministro do Trabalho, e hoje senador, Francisco Dornelles, teve a boa vontade, e a coragem, de editar algumas leis, buscando flexibilizar a legislação trabalhista e facilitar as novas admissões de empregados – os contratos especiais. Fez isso num momento difícil, em que o desemprego atingia grandes proporções. Essas leis inovadoras, nenhuma delas eliminando direitos trabalhistas, não pegaram. E foram violentamente atacadas pelo meio sindical, na época com a CUT à frente. Os empregadores, orientados por seus advogados, perceberam a “insegurança jurídica”, certos de que, mesmo amparados pelaa lei em vigor, se levados ao tribunal, por reclamações trabalhistas, perderiam. E eram leis aprovadas! Que dizer de acordos coletivos, de força legal menor? Muitas dessas realidades, na imensa floresta das questões trabalhistas, de nosso país, foram levadas ao Fórum Nacional do Trabalho, em 2003, na aurora do primeiro governo Lula. Era, então, o próprio mundo sindical no poder. Dava-se como definitiva a revisão da CLT, o fim da Contribuição Sindical, a materialização da reforma trabalhista. Reuniu-se muito. Debateu-se muito. E, ao final, decisão nenhuma. Reforma zero! É óbvio que a reforma trabalhista não pode, mais, ser postergada em nosso país. O Brasil, em sua maior extensão, já vive uma fase adiantada de capitalismo, até mesmo no campo. O ordenamento esclerosou em muitas partes. Os remendos constantes somente servem para mostrar que o tecido está cada vez mais roto e feio. O Brasil continua com os trabalhadores formais, que são minoria, detendo seus direitos, enquanto os trabalhadores informais, em maioria, sem direito algum. A massa de excluídos sem previdência social, e a Previdência sangrando por não ter como arrecadar. Por isso não é possível propor mudanças para alguns – atendendo a elite operária dos grandes bolsões industriais - e continuar a manter de fora do sistema quase 60% dos brasileiros que trabalham sem contar com quase direito nenhum. A visão do consultor de empresas é sempre pragmática. A negociação coletiva é um bom instrumento para ajustar as relações de trabalho, mas não é a panacéia do trabalhismo brasileiro, sendo quase inútil nos momentos de depressão econômica. Idéias novas enriquecem o debate, mas nossa questão trabalhista é complexa demais para sugestões simplistas. Nessa questão ninguém descobre a pólvora. Ou, como diria o ex-sindicalista famoso: “Assim é fácil. Depois que a galinha botou o ovo do Colombo, até eu resolvo”. (D.S.) VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 AFT Vera Albuquerque nova Secretaria da SIT A to do ministro do Trabalho e Emprego, no início do ano, nomeou a colega AFT Vera Lucia Albuquerque nova secretária da Inspeção do Trabalho do MTE. Ela tomou posse no dia 25 de janeiro último. Vera Albuquerque foi nomeada AFT em 1996, após aprovada em concurso. Foi coordenadora nacional do Trabalho Portuário e Aquaviário e, até ser nomeada secretaria da SIT, era a chefe da Seção de Fiscalização da SRTE/Rio de Janeiro. Numa entrevista ao SINAIT, após ser nomeada, disse que não houve mudança no modelo de fiscalização. “Entendo que não mudamos o modelo de fiscalização e, sim, estamos usando uma nova metodologia de planejamento, uma nova estratégia de or- ganização das demandas e de definição de prioridades, para otimizar o mesmo modelo. Essa forma de trabalhar, em equipe e por projetos, já era prática de grande parte dos AFTs e com resultados muito positivos”. Ante a pergunta sobre a questão qualidade x quantidade, sempre cobrada pela categoria, respondeu: “Minha opinião é que devemos sempre procurar evoluir, aumentando a qualidade, mas procurando não diminuir a quantidade de ações fiscais – é preciso responder à sociedade de forma proporcional ao salário que recebemos”. A secretaria Vera respondeu sobre variados temas, propostos pelo Sinait, dizendo ser favorável ao auditor fiscal generalista, por ser o modelo proposto pela OIT; admitiu que o número de AFTs, no Brasil, é pequeno para o vo- lume de demandas, mas, ainda assim, atende às exigências mínimas da OIT; apóia, com entusiasmo, a criação da Escola de Inspeção do Trabalho, cuja criação tem sido defendida pelo Sinait; elogiou a forma como a SIT vem desenvolvendo o combate ao trabalho infantil em nosso país. Finalizou, destacando: “A categoria pode esperar uma enorme disposição de trabalho e a valorização de todos os AFTs, procurando ouvir e atender as demandas coletivas. Minha mensagem é de nos unirmos para que, cada vez mais fortes, como categoria e instituição, continuemos a trabalhar em conjunto para obtermos resultados positivos, atingindo o objetivo comum dos AFTs, de todas as regionais, que é termos trabalho decente para todos, no Brasil”. “PESADELOS, SONHOS E CONTOS” O novo livro de Clotilde Fim de Ana Lidia”, que é comovente e, ao mesmo tempo, uma violenta denúncia social, tendo como motivo as drogas e a destruição causada por ela, sobretudo aos adolescentes. Foto: Sinpait A colega AFT aposentada, e escritora, Clotilde Chaparro Rocha, paulistana, mas residente em Brasília há quase trinta anos, lançou, no ano passado, seu novo livro, “Pesadelos, Sonhos e Contos”, editado pela Thesauarus Editora. Logo no início, com uma“nota esclarecedora”, Clotilde faz um esclarecimento sobre esta sua nova obra: “Aqui misturei contos e pesadelos na primeira pessoa do singular para dar mais efeito, entretanto o primeiro foi meu mesmo, os outros os escutei de pessoas direta, ou indiretamente. Um deles trata do desassossego que se vive nos dias atuais. Nos contos escrevi a história de minha avó paterna, incentivada pelos seus descendentes entusiasmados por sua figura marcante. Há dois contos que falam de empregada doméstica. Um, A Má Babá, tentando entender os motivos que podem levar alguém a maltratar uma criança; outro, A Mimada, procurando retratar uma patroa insegura, se deixando abusar pela doméstica.” Este é o terceiro livro de Clotilde Chaparro Rocha. Antes ela havia escrito “Duzinda” e “O Ministério do Absurdo”. Sua obra tem conseguido boa acolhida na crítica e releva sempre o humanismo, situações inusitadas, os choques sociais típicos da sociedade brasileira nos dias de hoje. Destaque-se, por exemplo, em “Pesadelos, Sonhos e Contos”, o texto “Pesadelo da Adolescente Apavorada com o Triste Clotilde Chaparro Rocha Clotilde estava no ENAFIT de Fortaleza, em novembro último, quando presenteou vários colegas com seu novo livro, oferecendo um exemplar à biblioteca do Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais, tendo feito carinhosa dedicatória na pessoa da colega Luci Helena Lipel, vice-presidente do SINPAIT. Numa entrevista ao Jornal da Comunidade, de Brasília, em outubro passado, Clotilde, que os amigos e amigas chamam por Clô, falou de seu amor por São Paulo e Brasília, ao mesmo tempo: “Vou a São Paulo pelo menos uma vez por ano para rever parentes e amigos. Minhas raízes estão lá. Fui criada no bairro do Tatuapé, que mais parecia uma grande família, àquela época. No entanto, amo a capital federal tanto quanto minha cidade-natal.” (D.S.) ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br A Jornal da AFAITERJ redação do ELO registra com satisfação o recebimento da primeira edição do JORNAL DA AFAITERJ, de janeiro 2011. Ele é o órgão de divulgação da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho do Rio de Janeiro, que tem como presidente o colega AFT Enio César Tavares da Silva. Com bonita apresentação gráfica, contém muitas informações de interesse não só dos colegas do Rio de Janeiro, como para toda a categoria. Destaque-se a matéria sobre o 28º ENAFIT, de Fortaleza, focalizando o colega AFT Carlos Alberto de Oliveira, do Rio de Janeiro, que foi o vencedor do concurso sobre o Trabalho Digno, promovido pelo SINAIT. Ele venceu com o trabalho “Dignidade sobre Rodas”, onde relata fiscalizações feitas em três empresas de ônibus e uma de transporte de cargas, onde constatou situações humilhantes, para os trabalhadores, mas que, por meio de enérgica ação fiscal, foram solucionadas de modo definitivo. 11 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Ministério Público denuncia empresário por trabalho escravo em Embu-Guaçu Balanço mostra que 2.300 pessoas viviam em condições de escravidão em 2010 O Ministério Público paulista denunciou um empresário e mais duas pessoas, acusados de redução de trabalhadores a condição análoga a de escravos. A Justiça ainda não se manifestou sobre o recebimento ou não da denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. As vítimas trocavam dormentes e faziam a manutenção de trilhos da linha ferroviária Mairinque-Santos, no trecho do Parque Estadual da Serra do Mar. A MS Teixeira, com sede no Rio Grande do Sul, foi subcontratada pela Prumo Engenharia Ltda., que mantinha contrato direto com a concessionária da ferrovia, a ALL (América Latina Logística). A ALL disse que “repudia veementemente qualquer prática contrária aos direitos trabalhista” e confirmou a terceirização do serviço prestado no trecho da ferrovia. A pena para o crime de trabalho escravo (prevista no artigo 149 do Código Penal) é de reclusão de dois a oito anos, e multa. A divulgação da denúncia aconteceu no mesmo dia da posse na Secretária de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, da secretária Maria do Rosário, em 3 de janeiro. Ela, em seu discurso, fez um apelo ao Congresso Nacional para que aprove a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Trabalho Escravo. O projeto prevê a expropriação e a destinação para reforma agrária de todas as terras onde essa prática seja encontrada. De acordo com a promotoria paulista, o empresário teria aliciado 53 trabalhadores no interior da Bahia e em São Vicente, no litoral paulista, para trabalharem na MS Teixeira & Cia Ltda. A empresa também teria retido as carteiras de trabalho e submetido os empregados a jornadas acima das previstas na legislação além de não pagamento ou pagamento irrisório pelo trabalho executado. Segundo a denúncia oferecida pela promotora Maria Gabriela Prado Manssur, 22 trabalhadores da cidade de Santo Amaro da Purificação (BA) e 31 de São Vicente (SP) foram aliciados, com a promessa de pagamento de passagens, estadia e direitos trabalhistas para a manutenção de ferrovias na região de Embu-Guaçu. Eles eram submetidos a jornadas de trabalho exaustivas, de 14 horas diárias (das 5h às 19h), em condições precárias de higiene (não havia banheiro no local, que ficava a 14km do alojamento) e acomodados em contêineres frigoríficos. Os trabalhadores não tinham contato com outras pessoas e eram proibidos de sair do local. Quando questionaram sobre suas condições de trabalho, teriam sido intimidados com agressões físicas e verbais pelo dono da empresa. Um dos trabalhadores conseguiu fugir e contatar uma advogada, que denunciou a situação ao Ministério Público do Trabalho de Osasco. Formou-se, então, equipe composta por Auditores Fiscais do Trabalho, representantes da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo e policiais civis e federais que, em diligência, constatou as condições degradantes a que eram submetidos os trabalhadores. A mesma equipe prendeu o dono da empresa MS Teixeira & Cia Ltda. em flagrante. Além dele, foram denunciados o gerente de recursos humanos da empresa e o gerente regional de obras da empresa Prumo Engenharia, que contratou a MS Teixeira para a manutenção de ferrovias. Balanço Um balanço divulgado na ocasião (dia 03/01/11) aponta que os fiscais do Ministério do Trabalho resgataram 2.300 trabalhadores em condições análogas à escravidão em 2010. De acordo com o levantamento, 245 estabelecimentos foram inspecionados no país durante o ano passado. Em 2009, a situação dos trabalhadores foi ainda pior. Naquele ano, 3.700 trabalhadores foram resgatados pelos fiscais do Ministério do Trabalho, em operações em 350 estabelecimentos. Desde a criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, em 1995, fiscais da pasta resgataram 38,8 mil trabalhadores. O grupo foi elogiado no ano passado em relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), que também apontou a falta de punições, o número insuficiente de policiais e assassinatos de defensores dos direitos humanos no país. Na visão das Nações Unidas, esses são os maiores entraves para a erradicação do trabalho análogo ao escravo no Brasil. O governo atualizou ainda a “lista suja” do trabalho escravo, que reúne pessoas físicas e jurídicas autuadas por manter trabalhadores em condições degradantes, análogas à escravidão. Ao todo, 220 nomes integram o Cadastro de Empregadores Infratores, criado em 2004. (Fonte: artigo publicado e transcrito do site www.R7.com.br – em 04/01/11) Justiça Fiscal E m recente entrevista ao canal a cabo Globonews/SP, o colega auditor Pedro de La Rue, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal, fez várias análises, algumas bastante originais, sobre o que define como necessidade de mais justiça fiscal no Brasil. Apontando situações contraditórias, que prejudicam a maioria dos contribuintes e beneficiam uma minoria, formada pelos mais ricos, mencionou a cobrança do IPVA, um imposto estadual. Destacou que o IPVA incide sobre a propriedade de todos os veículos automotores, mas a sua cobrança se faz somente sobre carros, caminhões, veículos essencialmente terrestres. “Por que ele não incide sobre aviões, helicópteros, lanchas, iates, veículos somente acessíveis a quem é rico? Se o imposto é sobre veículo automotor, então deve ser para 12 todos e não só para uma categoria deles”. Outra crítica que fez foi sobre o imposto incidente nas heranças. Se o marido falece, deixando à esposa herança de R$ 100 mil, e outro marido falece, deixando à viúva uma herança de R$ 10 mil, as duas viúvas pagarão o imposto de forma igual. Segundo de La Rue o justo seria a herança de valor menor, ou não pagar nada, ou pagar um imposto bem inferior, correspondente ao valor a ser herdado, enquanto a de valor maior ter índice de incidência correlato à sua alta quantia. De La Rue finalizou pedindo que os contribuintes reajam e lutem pela justiça social em nosso país, onde os mais ricos e poderosos, muitas vezes até amparados em lei, chegam a pagar menos imposto, enquanto a maioria geralmente é tributada de modo pesado. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Foto: SINDIFISCO/SP Confraternização na Receita Federal a e pelos presidentes Rubens Deputado Arnaldo ladeado pelas AFTs Luci e Joseph ldo Cirelo (APAFISP) Ariova e IT) (SINPA Bales Jesus ), FISCO Nakano (SINDI A s entidades representativas dos colegas auditores da Receita Federal, no Estado de São Paulo – APAFISP/ SINDISCO-DS/SP E UNAFISCO/Associação, em conjunto, realizam sua CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA no último dia 16 de dezembro, no amplo salão, todo decorado com arranjos de rosas colombianas, do clube do CÍRCULO MILITAR. A confraternização reuniu mais de 1.000 associados que curtiram boa música, excelente cardápio e momentos de descontração. Estiveram presentes os convidados especiais Senador Eduardo Suplicy e o Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, que, usando da palavra, deixaram as suas mensagens para a categoria. Pelo SINPAIT, o Presidente Jesus José Bales e a Vice-Presidente Luci Helena Lipel, além de nossa colega AFT aposentada Josepha da Silva Neiva, convidada por uma amiga, pensionista, filiada à representação classista. O SINPAIT, por sua Diretoria, cumprimenta os colegas da Receita Federal, enquanto agradece o convite recebido de suas representações, Ariovaldo Cirelo, Rubens Shozi Nakano e Edison Staibano Gonçalves Manso. SINDEPRESTEM comemora o final de ano Recebemos a edição nº 02, de dezembro/2010, do Jornal de Serviços do Sindeprestem/Assertem, entidades representativas das empresas de terceirização de serviços, de São Paulo. Destaca-se reportagem sobre o jantar de fim de ano, das entidades, ao qual estiveram presentes o presidente do SINPAIT, colega Jesus Bales e a vice Luci Helena Lipel, além do Superintendente da SRTE/SP José Roberto Melo e a assessora Vilma Gil. O presidente do Sindeprestem, Vander Morales, na ocasião, destacou que “a atividade de terceirização cresceu, tornou-se mais sólida e consciente de seu papel junto à empregabilidade da nação brasileira. Ampliamos nossa visibilidade pública e nos tornamos a principal voz do setor de prestação de serviços terceirizáveis e de trabalho temporário, o que muito nos orgulha.” ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br Na oportunidade o Sindeprestem entregou o prêmio Personalidade Política de 2010 aos deputados federais Arnaldo Faria de Sá, José Anibal, Milton Monti e Pedro Fernandes. O sindicato patronal também homenageou o sindicato dos empregados, entregando ao presidente do Sindeepres, Genival Bezerra, o prêmio Top de Terceirização. O jornal do Sindeprestem informa, ainda, que por decisão do Tribunal Superior do Trabalho, todos os trabalhadores que exercem as funções de portaria e controladoria de acesso, nas empresas de prestação de serviços a terceiros, colocação e administração de mão de obra e trabalho temporário, são representados pelo Sindeepres, que foi defendido pelo ex-ministro do Trabalho e ex-presidente do TST, advogado Almir Pazzianotto. Antes, essas funções pertenciam ao Siemaco e ao Sindeedificio, mesmo quando terceirizados. 13 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 TAC do MPT não impede fiscalização do MTE O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) realizado com o Ministério Público do Trabalho, com prazo acordado para as contratações necessárias ao preenchimento da cota de empregados deficientes físicos, exigida por lei, não impediu que a Owens – Illinois do Brasil S.A. evitasse, na Justiça, a fiscalização e autuação, pela DRT-Sp, em sua empresa. A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso que tentava impedir a fiscalização, da superintendência paulista, enquanto durasse o prazo determinado pelo TAC. De acordo com os ministros, o termo de ajuste não interfere na atuação dos auditores do trabalho, pois apenas evitaria a interposição de “eventual ação civil pública pelo Ministério Público”. Alvo da fiscalização da DRT/SP, devido ao não atendimento da cota de deficientes físicos prevista no art. 93 da lei 8.213/91, a empresa impetrou mandado de segurança na Justiça do Trabalho, com o objetivo de invalidar os atos dos auditores. No julgamento do processo, a 80ª. Vara do Trabalho de São Paulo acatou o mandado de segurança, levando em conta que o prazo de ajuste de conduta, de dois anos, prorrogáveis para mais dois anos, ainda estava em vigor. No entanto o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª. Região (SP), que acatou o recurso da União, entendeu que, no caso, “são cominações (penalidades) independentes, ou seja, se a DRT aplicar multa à empresa por descumprimento de uma norma trabalhista, não fica o Ministério Público coibido de ingressar com a ação civil pública”. Da mesma forma, a DRT não fica impedida de multar as empresas pelo fato de o Ministério Público ter assinado um ajustamento de conduta. Por último, a empresa recorreu ao TST. A ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, relatora na Terceira Turma do TST, destacou que a fiscalização do Ministério do Trabalho é garantida pelo artigo 36, par. 05, do decr. 3.298/99 e que “não é afetada, tão pouco obstaculizada, por eventuais compromissos firmados apenas entre a entidade fiscalizada e demais instituições destinadas à tutela dos direitos dos trabalhadores”. Para a ministra, em razão da proximidade de objetivos entre as duas instituições, nada impede que empregadores firmem termos de ajuste de conduta com o Ministério Público, com a participação do Ministério do Trabalho. No entanto, de acordo com o processo, “não houve participação do MTE no termo de ajuste de conduta firmado. Logo, aludido TAC não obriga, tampouco limita, a atuação dos auditores fiscais do Trabalho.” (RR – 89500-45.2006.5.02.0080) Comentando o fato, a colega Nilza Mendonça, chefe da Seção de Multas e Recursos, da DRT-SP, disse que a decisão é de grande importância, para a Auditoria Fiscal do Trabalho, eis que tem sido rotineiro as empresas, ao serem autuadas por descumprimento da legislação, apresentarem defesa juntando termo de ajuste de conduta, com o MPT. Auditores fiscais, em diligência, têm constatado casos absurdos em que empresas, ao firmar o TAC, ganhando prazo de dois para regularizar, por exemplo, a presença de trabalhadores, tidos por cooperados, mesmo estando há menos de um mês, de se expirar o prazo, havia formalizado apenas pequena parcela de todos os cooperados que continuava mantendo a seus serviços. (D.S.) Mudanças no SFIT C om o intuito de colaborar na divulgação aos AFTs., reproduzimos algumas alterações nos Módulos do SFIT – Ordem de Serviço Administrativa – OSADM e Relatório de Atividades – RA. A partir da competência 01/2011 a OSADM e o RA terão as seguintes alterações: 1. Os cargos de chefia e de substituição de chefia estarão desmembrados. O período em dias a ser assinalado será identificado, separadamente. O registro do RA no SFIT no caso de Substituição será de responsabilidade da chefia Regional e o de registro do RA no caso de Exercício de Cargo em Comissão será de competência da SIT; 2. A coordenação do grupo móvel de fiscalização rural e a coordenação nacional de fiscalização do trabalho portuário e aquaviário serão assinaladas 14 tanto na OSADM quanto no RA em dias e não mais em turnos; 3. Algumas atividades de inspeção no RA serão objetos de texto complementar da atividade desenvolvida. São elas: 02 – Atividade especial; 03 – qualificação profissional; 16 – reunião técnica; 19 – monitoria; 25 – comissão de sindicância; 26 – tomada de contas especial - TCE; 27 – auditoria fiscal intermediária; 29 - convocação judicial; 30 – atividade fora da circunscrição da SRTE; 31 – exercício na sede do MTE; 33 – ponto abonado pelo Ministro para participação em eventos da categoria – SINAIT; 34 - folga compensatória; 36 - feriados municipais e estaduais; serão destinadas duas linhas com, aproximadamente, 150 caracteres. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Solenidade de posse do ministro Carlos Lupi C Foto: Divulgação PR/local: Palácio do Planalto onvidado a permanecer no comando do Ministério do Trabalho e Emprego pela então presidente eleita Dilma Rousseff no dia 17 passado, Carlos Lupi inicia nesta segunda um novo momento à frente da pasta que assumiu no começo de abril de 2007. Um momento cheio de novos desafios, mas ancorado na expressiva geração de empregos, no aumento da renda dos trabalhadores e na ampliação do diálogo entre sindicatos, governo e empregadores. Lupi toma posse no governo Dilma Diálogo que faz parte do seu DNA de homem público conciliador e intransigente defensor dos trabalhadores. Administrador e professor, Lupi começou na vida pública em 1983 como coordenador das Regiões Administrativas do município do Rio na gestão de Marcelo Allencar. Sete anos depois foi eleito pelo PDT deputado federal tendo feito parte da comissão que elaborou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação quando foi considerado deputado nota 10 pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Em 1992, se licenciou do mandato de deputado para assumir a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro. Em 1999, assumiu a Secretaria de Governo do Estado do Rio. De origem humilde, Carlos Lupi já foi encadernador de fascículos e jornaleiro. E foi como gerente de uma banca de jornais que o destino o levou a conhecer Leonel Brizola que, de cliente, passou a amigo e orientador. É que Brizola, recém-chegado do exílio, foi procurar jornais do Rio Grande do Sul na banca de Lupi, localizada defronte ao hotel em que o líder trabalhista hospedavase na cidade. Daí em diante os dois desenvolveram uma grande amizade que resultou, com o tempo, no preparo do então jovem militante para sucedê-lo na direção nacional do PDT. Para o ministro, sua permanência no cargo deve-se ao “reconhecimento de um trabalho”. Pela frente, ele mesmo colocou no topo de suas prioridades a busca por mais recursos para a qualificação profissional do trabalhador brasileiro. (Fonte: Site do MTE/03/01/2011) Lupi inaugura posto do MTE em Barretos (SP) Foto: Fábio Borges/site:MTE Nova gerência irá atender trabalhadores de 19 cidades do estado, oferecendo emissão de carteira de trabalho, inscrição no sistema de seguro-desemprego e homologação de rescisões contratuais Ministro Carlos Lupi participa da inauguração da nova sede da Gerência de Barretos O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, inaugurou nesta segunda-feira (24) a nova sede da gerência regional do ministério em Barretos, município do norte paulista. O Governo Federal investiu aproximadamente R$ 600 mil na compra e reforma do posto, que irá atender trabalhadores de 19 cidades da região, oferecendo serviços como emissão de carteira de trabalho, inscrição no sistema de seguro-desemprego e homologação de rescisões contratuais. Antes de descerrar a placa de inauguração, o ministro ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br fez um balanço de sua gestão à frente da pasta do Trabalho, lembrando que a reestruturação das agências tem sido uma prioridade desde que assumiu o cargo, em março de 2007. “Muitas vezes o trabalhador vem até aqui num momento difícil, para assinar a rescisão de um contrato ou para se inscrever no seguro-desemprego”, afirmou. “É fundamental que as nossas instalações possam garantir a ele um atendimento com o mínimo de conforto”, afirmou. A previsão é de que 200 pessoas sejam atendidas diariamente na gerência de Barretos. Segundo Lupi, a reforma das agências também vai garantir que os servidores públicos atuem em um ambiente que preenche todos os requisitos da legislação trabalhista. “Se nossos auditores vão até as empresas fiscalizar o cumprimento da lei, temos de dar o exemplo”, disse. A nova gerência de Barretos está localizada na Avenida Vinte e Três, nº 1.203, Centro. Irá funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Três números de telefone estão disponíveis para contato: (17) 3322-0564, 3322-7018 e 3322-2571. (Fonte: Site do MTE/25/01/11) 15 O ELO A Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Assédio Moral: Práticas abusivas Corregedoria da Polícia paulista e o Ministério Público estadual estão acusando policiais, e a direção da Petrobras, de terem feito a quebra de sigilo de dados pessoais – fichas criminais – de cerca de 400 mil pessoas, no período de janeiro de 2000 a julho de 2009. A prática seria para selecionar somente candidatos de “ficha limpa” para empregos oferecidos pela estatal, e pelas empresas privadas que são contratadas por ela para terceirização de serviços. A investigação, na corregedoria paulista, vinha sendo feita há cerca de um ano, mas somente em setembro passado foi dada a público. Calcula-se que milhares de pessoas tenham tido seus dados pessoais expostos ilegalmente, com suas fichas criminais entregues à Petrobras. De 800 a 1000 pesquisas eram feitas semanalmente por funcionários da polícia paulista. O delegado corredor, Dr. José Ferreira Boucinhas Neto, afirmou que a ação ilegal dos policiais causou “prejuízos à administração pública e a milhares de pessoas que tiveram sua vida pregressa devassada de forma irregular e ilegal, de modo a atender, unicamente, aos interesses empresariais da Petrobras.” O inquérito policial, com 7 volumes e 1465 páginas, foi encaminhado ao Ministério Público paulista, que já deu prosseguimento na esfera judicial, tanto contra a estatal, como contra os policiais acusados. Confirmando os fatos, a Petrobras, em nota oficial, foi confessa ao afirmar que, realmente, faz o levantamento dos dados sobre a ficha criminal de candidatos a emprego e considera legal esse procedimento junto à polícia. “O levantamento de informações sócio-funcionais é prática corrente no meio corporativo e faz parte da nossa política empresarial de segurança”, esclareceu a estatal. A nota enfatizou, ainda, que as pesquisas nunca foram utilizadas para impedir que ex-detentos conseguissem emprego na empresa, a qual, inclusive, mantém o programa “Uma Chance”, que já acolheu 550 egressos do sistema penitenciário. Ocorre que a chamada lei do “assédio moral”, em pleno vi- gor, sobretudo no mercado de trabalho, proíbe esse tipo de prática. Cabe à fiscalização do Ministério do Trabalho exigir das empresas o seu cumprimento. Na Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo, há um núcleo especial de atendimento a todos os trabalhadores que queiram fazer denúncias, de assédio moral, em seus locais de trabalho, inclusive garantindo o sigilo de fonte, se o denunciante quiser preservar sua identidade. Nenhuma empresa pode se utilizar da própria polícia para vasculhar a vida privada de um candidato que está à procura de um emprego. Até pouco tempo ainda era comum, por exemplo, a empresa exigir da candidata ao emprego o teste negativo de gravidez. Depois que uma grande rede comercial de roupas femininas, de São Paulo, foi flagrada nessa violência contra a mulher trabalhadora, e o caso veio a público, não mais se soube desse tipo de comportamento lamentável. No MCDONALDS Gerente de uma lanchonete Mcdonalds em Phoenix, no estado norte-americano do Arizona, expulsou do local uma mulher que amamentava seu bebê. O fato deplorável ocorreu em meados de agosto corrente. Em protesto, dezenas de mães foram à mesma lanchonete, dois dias depois, e, de modo coletivo, amamentaram seus rebentos, externando solidariedade à mãe que fora humilhada. O proprietário da lanchonete desculpou-se, alegando que tudo não passara de um equívoco do gerente. Mas a desculpa não foi aceita. “Isso foi ridículo. Se o leite viesse de uma garrafa ninguém reclamaria”, disse uma das mães, enquanto enxugava o leite que escorria dos lábios de seu pequeno. Esse tipo de “assédio moral”, nos Estados Unidos, não é aceito pela população, sendo combatido com muito rigor. Tanto que, por pressão das mães, a emissora local de televisão cancelou a publicidade da lanchonete. ANVISA proíbe agrotóxico A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Governo Federal, baniu o uso do agrotóxico Metamidofós em todo o território brasileiro. Ele é utilizado nas lavouras de algodão, amendoim, batata, feijão, soja, tomate e trigo. A proibição, divulgada em 17 de janeiro último, decorreu do fato de que esse agrotóxico pode prejudicar o feto, além de sua alta toxidez atingir os sistemas neurológico e imunológico das pessoas. Da mesma forma prejudica os sistemas reprodutor e endócrino. Em 2008 a ANVISA divulgou uma lista de 14 agrotóxicos, suspeitos de fazer mal à saúde, que passaram a ser monitorados com vista à sua proibição de uso. O Metamidofós já é o quarto produto, da lista, a ser banido do Brasil. No entanto sua retirada do mercado será feita de modo programado. Mas até junho de 2012 não mais poderá ser aplicado nas lavouras. O Metamidofós já foi banido da União Européia, China, Paquistão, Indonésia, Japão, Costa do Marfim e Samoa, e está em fase final 16 de banimento dos Estados Unidos. No Brasil, a avaliação dos 14 produtos da lista oficial foi retardada, desde 2008, devido a pressões políticas, divergências no Governo e ações na Justiça. Em seu trabalho de campo, o Auditor Fiscal do Trabalho, ao fiscalizar o trabalho rural, tem todo amparo legal para exigir, do empregador, a relação dos agrotóxicos que utiliza, o pedido (“receita”) do agrônomo, ou profissional habilitado que indique o produto, a nota fiscal de compra, o local onde é guardado, os EPIs que deve fornecer ao empregado, encarregado da aplicação, e, constatada irregularidade grave, o AFT pode fazer a apreensão, interdição, ou a providência que entender necessária na proteção da saúde do trabalhador. Infelizmente a fiscalização tem constatado casos em que até crianças, sem proteção alguma, são utilizadas na aplicação de agrotóxico, nas culturas, sobretudo nos canteiros de hortaliças, como tomate. VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Joaquim em festa “sex” O Fotos: Pedro/Paulo Eventos colega AFT, engenheiro Joaquim Gomes Pereira, estreou o ano de 2011, em clima de nova idade, marcando o início da sexta década de sua vida. Aniversariante Joaquim ladeado dos colegas Jesus, Luci, Vera Olímpia e Alfredo Colegas da área de segurança e saúde Para comemorar essa sua nova fase, nada melhor do que uma festa, onde pudesse reunir-se com suas filhas, parentes, amigos e colegas. Foi o que aconteceu na noite de 14 de janeiro próximo passado, no Lo Spazio, um bonito local de eventos, no Morumbi. Acompanhamos a trajetória de Joaquim, que ao longo desses anos, tem-se destacado brilhantemente não só na sua área de especialização, participando de inúmeros projetos e trabalhos, entre eles, o da construção da NR.10 – Segurança em eletricidade, como também na defesa intransigente dos direitos do trabalhador. É um profissional polivalente, multidisciplinar. Dotado de espírito inovador e inquietante, tem participado ativamente das questões classistas e já fez parte da diretoria de nossa entidade nacional. Após ter, recentemente, passado por momentos difíceis, Joaquim manifestou sua dor e superação, num emocionante poema de sua autoria “Não desistirei”, publicado no ELO 281 e selecionado para integrar os textos da Agenda SINPAIT 2011. Joaquim – exemplo de vida – o profissional dedicado, o colega solidário, o amigo cordial, o pai amoroso de três filhas: Andrea, Gisele e Fernanda, esta casada com Guilherme Assis - receba as homenagens e cumprimentos de todos nós. Homenagem a Sylvio Ferreira esposa Wilma, o filho Sílvio, a nora Fátima e os netos Beatriz e João Lucas prestaram ao colega AFT Sylvio Ferreira uma bonita homenagem, por ocasião da passagem de seu aniversário natalício, quando comemorou oitenta anos de idade. A homenagem constou de um bem servido jantar, com a presença de dezenas de convidados entre parentes e amigos. A trajetória de Sylvio foi compartilhada com os presentes através de um vídeo com fotos de vários momentos de sua vida. Especialmente convidado, o SINPAIT se fez representar pelo Presidente Jesus José Bales e pela Vice-Presidente Luci Helena Lipel. Nesta nota, o SINPAIT, representando os demais colegas que conviveram com o Sylvio durante mais de quarenta anos, na DRT/SP, onde ocupou o cargo de Diretor da Divisão de Emprego e Salário-DES, reiteram ao aniversariante os desejos de muita saúde, enquanto agradece aos familiares o elegante convite para participação na homenagem. ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br Foto: Arquivo Pessoal A O casal Wilma e Sylvio e diretoria SINPAIT Sylvio Ferreira e família 17 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Confraternização Natalina nas Gerências Foto: GRTE/Leste/SP Na Zona Leste Foto: GRTE/Leste/SP A lmoços, jantares, festas com coquetéis e salgadinhos, marcaram a confraternização natalina de 2010 dos AFTS e funcionários da SRTE/SP, quer na sede central – Rua Martins Fontes, 109 – como nas gerências regionais, tanto da capital, como do interior e litoral santista. Essas comemorações são uma tradição em meio ao pessoal da DRT paulista, sempre no início de dezembro. A direção do SINPAIT recebeu vários convites e, na medida do possível, procurou comparecer e levar o abraço solidário a todos os colegas. A redação do ELO tem solicitado, com freqüência, que nosso pessoal envie material noticioso e fotos de seus eventos, para publicação. Hiroshi ladeado pelo Deputado Arnaldo e vice Presidente do SINPAIT Jane Claudete Em meio à festa, que se prolongou até altas horas, foram prestadas homenagens a cinco servidoras, escolhidas pela administração, pelo modo especial e dedicado com que prestam sua colaboração diária na Regional Leste. O SINPAIT esteve representado pelos diretores Jesus, Luci, Darcy, registrando-se a presença, também, da colega AFT Nilza Mendonça, chefe da Seção de Multas da SRT/SP. Na Zona Norte Por ser um festeiro muito animado e criativo, o colega AFT Hiroshi Kimura, gerente da Regional Leste/capital, sempre faz uma soberba recepção de Natal aos seus funcionários e AFTs, incluindo o pessoal terceirizado. Por isso a freqüência foi muito grande, “com gente saindo pelo ladrão”, como comentou um dos colegas. Também pudera: além do lauto jantar, com excelentes iguarias e bebidas para todos os gostos, foram sorteadas dezenas de panetones, além de um notebook e um televisor para os servidores. A colega Jane estava em seu período de “graças”, pois, já havia sido contemplada na reunião festiva do SINPAIT com o maior prêmio. E, a sorte lhe sorriu novamente e levou, desta feita, o notebook. Pode-se dizer que muito merecidamente, pois ao longo desses anos a colega Jane tem sido a encarregada da preparação desse evento tão esperado. 18 Foto: Sinpait Confraternização na GRTE/Leste/SP O colega AFT Carlos Alberto Angelini Gerente da Regional Norte/capital, também promoveu um excelente almoço de confraternização de Natal, ao qual estiveram presentes muitos colegas AFTs, o pessoal administrativo e o Superintendente Regional do Trabalho, no Estado de São Paulo, José Roberto Melo. Angelini ladeado pelos diretores do SINPAIT: Regina, Darcy, Luci e Jesus O SINPAIT esteve representado pelo presidente Jesus Bales e pela vice Luci Helena Lipel, além dos vices lotados naquela gerência, Regina Haddad e Darcy Rizzo. Registramos também a participação de colegas, vinculados àquela unidade, que já se aposentaram - AFTs Maria Amélia, acompanhada de seu filho Fábio e Erlon Pontes. A comemoração na parte externa do prédio da gerência esteve VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 ameaçada pela chuva, mas, felizmente, ao final, o clima que imperou, foi o Natalino. Numa animada roda de colegas, o gerente Angelini, que tem um jeito muito especial para narrar casos históricos, ou pitorescos, centralizou as atenções ao relatar o desbravamento dos sertões do sul de Minas, no início do século XX, onde sua família foi protagonista, pois seus antepassados não só foram pioneiros, na conquista, formando as primeiras fazendas, como, também, participaram na formação de algumas cidades, que hoje são bem conhecidas na fronteira de São Paulo e Minas. A família de Angelini ainda mantém fazenda de pecuária leiteira em São Sebastião do Paraíso. Já, o colega Jesus, nascido em pequena cidade da Alta Paulista, argumentou que sua família não teve tanta sorte. Seu pai, pequeno agricultor, com muito “suor e lágrimas”, conseguiu adquirir um pequeno sítio que, mais tarde, foi considerado “grilado” e a família ficou “a ver navios”. Felizmente, a família mudou-se para a cidade de Pompéia, também na Alta Paulista, onde conseguiram, pelo menos, colocar os filhos no chamado “grupo escolar” de antigamente. O bate-papo ainda rolou por algumas horas. Esse momento de descontração geral é a pausa anual necessária, pois ela nos revigora para enfrentar os desafios do novo ano. Na Martins Fontes Ainda no roteiro das festividades natalinas, na superintendência central, a reportagem do ELO O ELO registra a excelente recepção na Seção de Multas, pois sua chefe, a colega Nilza Mendonça é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores festeiras de nosso meio, cuidando esmeradamente de todos os detalhes para que o espírito de Natal inspire o ambiente, assim como a colega Aylza Gudin, da Seção de Relações do Trabalho, que tradicionalmente, promove essa fraterna comemoração. No almoço da Seção de Multas até o colega Luiz Fernando Fonseca, com todas as restrições médicas, devido ao tratamento de saúde que faz, não resistiu e avançou, destemidamente, para a formidável mesa de pratos deliciosos, doces e salgados, “mandando o regime para o espaço”, encerrando 2010 feliz e fartamente, pois, como disse, estava satisfazendo uma gula pelo “cuscuz de atum” que vinha guardada desde a infância. Da mesma forma o almoço de fim de ano, promovido pelo gabinete do superintendente José Roberto Melo, foi memorável. Coordenado pela colega Roseane, foi montada, no auditório do 2º andar, uma verdadeira estrutura de restaurante, com mesas e cadeiras, além de deliciosos pratos frios e quentes, salgadinhos preparados na hora, bebida gelada para todos os gostos, sendo uma recepção da melhor qualidade, que reuniu grande número de AFTs, funcionários administrativos, terceirizados, gerentes regionais, e o SINPAIT representado por vários diretores, com o presidente Jesus a frente. Também houve sorteio de prêmios e a reunião, muito alegre e animada, se prolongou por várias horas. (D.S.) Aniversário do Deputado Arnaldo Faria de Sá C Arquivo Pessoal Nilde Pontes omo tradicionalmente acontece, o Deputado Arnaldo Faria de Sá comemorou mais um aniversário natalício, no final de dezembro, cercado de familiares, amigos e correligionários. Deputado Arnaldo e colegas auditoras Darcy, Nilza, Neusa, Nilde, Luci e Suzana. ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br A comemoração se deu no local de sempre – nas dependências de seu escritório político em São Paulo – no espaço agora denominado “ESPAÇO NELSON CARLOS DE SÁ”, uma justa homenagem ao seu leal amigo, prestimoso primo e insubstituível assessor. O Nelsinho, como carinhosamente, era conhecido por todos, fazia-se sempre presente, sendo o elo em São Paulo junto ao gabinete do Deputado Arnaldo. Na festa que teve hora para começar, mas não para findar, pois a todo o momento chegavam mais pessoas para dar seu abraço ao deputado aniversariante, registramos a presença de muitos colegas da auditoria fiscal do trabalho. Uma prova do reconhecimento da categoria pelo trabalho e dedicação do nobre e atuante parlamentar. Aproveitamos a oportunidade para agradecer o empenho do Deputado Arnaldo na defesa do servidor público e renovar-lhe os votos de muita saúde, sucesso e felicidades. 19 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Papai Noel na festa da Gerência Leste N Foto: GRTE/Leste/SP a noite de sexta-feira, 10 de dezembro último, o salão vip da Churrascaria Radial Grill na Mooca, foi palco de mais um congraçamento natalino dos servidores da Gerência Regional Leste. O evento reuniu mais de uma centena de pessoas, entre auditores fiscais, servidores administrativos, estagiários, terceirizados do seguro-desemprego, segurança, limpeza e recepção, embalados ao som do músico e cantor Cássio. Participaram da comemoração, o Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, o Presidente do Sinpait – Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho, Jesus José Bales, a Vice de Política de Classe, Luci Helena Lipel, a “Vice de Assuntos Sociais”, Darcy Rizzo Hungueria, a Chefe da Seção de Multas e Recursos, Nilza da Costa Mendonça, o Assessor do Superintendente Regional, Ademar Fernandes Júnior, além de Gerentes do CAT – Centro de Apoio ao Trabalho, Marcela Porcelli e Ângelo Giuseppe Paez e outros convidados. Na sua fala, o Deputado mencionou os trabalhos em prol da categoria dos servidores da Previdência e do Trabalho e desejou a todos um bom ano novo. A festa teve a participação de atores profissionais, caracterizados como “papai e mamãe Noel”, que distribuíram panetones e brindes variados. Papai Noel na GRTE/Leste/SP 20 Concomitantemente, foram comemorados os aniversários dos servidores ocorridos no último trimestre do ano de 2010. Foram homenageadas com um buquê de flores, a AFT Maria de Lourdes Rocha Ferrari, por seu retorno ao quadro dos colaboradores da Regional Leste; a AFT Eulália Gomes Matheu, (ausente) para seu pronto restabelecimento pelo recente acometimento de saúde, recebido pela AFT Rosa Helena Sanches Costa; a AFT Luci Helena Lipel, por sua atuação a favor da Gerência Leste; a servidora Aurilândia Porfírio dos Santos Muniz, por sua recente maternidade e a Sra. Cineide Maria Simões, esposa do AFT Benedito por representar as mulheres. Flores e menção honrosa para a AFT Jane Claudete da Cunha Duarte, oradora oficial do encontro e que a exemplo de anos anteriores, liderou a organização da comemoração, coadjuvada por inúmeros servidores, em especial a dedicação de Ana Paula Endo, Rafaela, Rosangela e AFT Marcinha e família que cuidaram de todos os pormenores para o sucesso do jantar. Foram sorteados vários brindes e o ponto alto foi o de uma TV LCD de 42 polegadas, que coube ao “sortudo” Robson Leonel Santana Santos, funcionário do CAT e a AFT Jane Claudete Cunha Duarte foi contemplada com o sorteio do notebook, que foram doados pelo AFT Benedito Pedro da Silva, Chefe do Setor de Relações do Trabalho. Ressalte-se que a Jane estava em seu período de”graças”, pois foi igualmente contemplada no sorteio promovido pelo SINPAIT, por ocasião do almoço natalino. Os presentes foram unânimes em afirmar que foi talvez a melhor festa natalina dos últimos anos. (H.K.) VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Aniversariantes de janeiro na Gerência Leste N Foto: GRTE/Leste/SP o belo final de tarde da última sexta-feira de janeiro (dia 28), na sede da Gerência Regional Leste, houve a confraternização para comemoração dos aniversariantes do mês de janeiro, com o já tradicional e famoso churrasco. Foram comemorados os aniversários de Rosemary De Maio, do CAT, Sérgio de Lima, Dirceu Ferreira da Silva, Luiz Carlos Caldeira, Marcela Porcelli, Patrícia Mesquita, Ezequiel Castilhos, José Antonio Rodrigues, Hiroshi Kimura e José Roberto de Melo. Além do Superintendente Regional, prestigiaram o evento, o Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, a Presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, Eunice Cabral, o Diretor do Sinthoresp, Ezequiel Castilhos, o Governador Ramiro Alves da Rocha Cruz e a Presidente Internacional, ambos do Elos Clube. A comemoração contou ainda com a presença de sindicalistas, vários amigos e inúmeros Auditores Fiscais do Trabalho. Embalados ao som de um animado “karaokê’, comandado pelo colega AFT Antonio Teruya. de vida do seu gerente, fazendo a saudação aos presentes, citando entre outros o poema “VIDA”, de Mário Quintana, terminando com uma oração que emocionou a todos. Além deste, manifestaram-se o Deputado Faria de Sá, a Presidente do Sindicato das Costureiras e vereadora Eunice Cabral, sindicalistas, aniversariantes de janeiro e coube ao Presidente do SINPAIT, Jesus José Bales, precedido pela colega Luci Helena Lipel, efetuar o encerramento, lembrando que a data era significativa, pois era o Dia Nacional do Auditor Fiscal do Trabalho. Auditoras da GRTE/Leste: Eulália e Sandra Mara O SINPAIT parabeniza a administração da Regional Leste pela iniciativa, organização, esmero e por agregar tantos servidores e amigos, na busca da união e paz entre todos, constituindo-se num exemplo de administração democrática. i, Administrativo Jeferson, ladeado pelo gerente Hirosh diretor Castilho, Superintendente Melo e Deputado Arnaldo emocionou a todos com a saudação inicial Antes do tradicional “parabéns a você”, o ponto alto da festa foi a manifestação de Jeferson de Castro de Almeida, Agente Administrativo do último concurso, a pedido do Gerente Regional Hiroshi Kimura, falou em nome deste, fazendo um breve retropecto ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br ar e Marcus Auditores da GRTE/Leste: Osm 21 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Aniversariantes, mais uma comemoração A Fotos: Sinpait comemoração aconteceu durante a reunião festiva realizada pelo SINPAIT, em sua sede, no final da tarde do último dia 02 de fevereiro, para homenagear os aniversariantes de novembro/dezembro2010 e janeiro/2011. Foi um encontro muito agradável, ao qual estiveram presentes cerca de 30 pessoas entre auditores e auditoras, familiares e convidados. Convidados As fortes chuvas de verão, que tem caído quase que diariamente, em São Paulo, sobretudo à tarde, alagando ruas e avenidas, prejudicando muito o trânsito, talvez tenham afetado uma presença maior de colegas. Mesmo assim, todos ficaram na reunião até o fim, retirando-se por volta das vinte horas. Ressalte-se que nessa quarta-feira, 02 de fevereiro, ocorreu um forte temporal, sobre São Paulo e ABC, inundando vários bairros. Os colegas que vinham de Campinas, com a colega Ivete Furegatti, foram obrigados a parar num posto da rodovia Bandeirantes, aguardando o forte temporal amainar. tão devastando cidades inteiras, como Nova Friburgo, no Estado do Rio. O povo, sobretudo os mais humildes, sofre muito com essa situação, perdendo vidas queridas, perdendo os pertences, perdendo a própria casa. O SINPAIT, dentro de nossas limitações, fez sua participação na ajuda aos atingidos pelas enchentes e deslizamentos de morros. Por outro lado queremos falar de nossa esperança quanto a novos rumos na Secretaria da Inspeção do Trabalho. A nova secretária, colega AFT Vera Lucia Albuquerque, é muito bem preparada, com boa capacidade de trabalho, tem muito idealismo e, assim, tem tudo para desenvolver um trabalho auspicioso, à frente da SIT. O momento sugere algumas mudanças e correções de rota, a fim de que a Auditoria Fiscal do Trabalho brasileira, que já possui excelente padrão técnico, consiga projeção ainda maior e, desse modo, seja fortalecida ainda mais, como instituição pública. A colega Vera Albuquerque reúne todas as condições para ser uma secretaria vitoriosa e, ao encerrar seu período de chefia, deixe um excelente legado à inspeção do trabalho brasileira”, disse o colega Jesus Bales, presidente do Sinpait. Em defesa da Inspeção O colega AFT Jose Mauro do Carmo, que foi subdelegado do Trabalho em Guarulhos, Santo André e São Bernardo, e agora, aposentado, reside em Campinas, disse que a categoria precisa estar mais atenta, na defesa da Inspeção do Trabalho e, ao mesmo tempo, redobrar sua disposição de trabalho, para não dar chance aos “urubus que rondam nossas competências”. A Inspeção do Trabalho, sempre exposta a ataques porque, no mais das vezes, pisa nos calos de poderosos, tem sua melhor defesa se tiver, sempre, a sociedade a seu lado. Se a opinião pública estiver a nosso favor, nada, ninguém, passará por cima de nós”. A reunião Convidados “Estamos sofrendo muito com esse mau humor de São Pedro. Mas ele tem sua razão, porque muita coisa errada anda acontecendo aqui embaixo. Os governantes nada fazem para prevenir essas catástrofes que es- 22 Em meio às conversas animadas, salgadinhos, refrigerantes e sucos, vinhos e até uísque, para os mais fortes, a colega Luci Helena Lipel, vice-presidente do SINPAIT, foi chamando os aniversariantes para a entrega dos presentes. Depois foi cantado o “Parabéns a Você”, e servido delicioso bolo. A colega Suzana Lage sugeriu que o SINPAIT buscasse formar um coral, pois ali estavam colegas com VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 excelente voz. O superintendente regional, José Roberto Melo, gostou da idéia e disse que a própria Superintendência poderia pensar na criação de seu coral. O colega Yllen lembrou que há vários anos algumas colegas AFTs, convidadas pelo colega AFT Bento Bettiolli, hoje assessor jurídico da SRTE/SP (AGU), cantaram num bonito coral da igreja de Santa Cecília, no bairro do mesmo nome. O colega AFT Silvio Boscariol informou que, pela manhã, entregara no protocolo seu pedido de aposentadoria. “É uma sensação um pouco diferente entrar com o pedido de aposentadoria. De um lado a gente fica feliz, porque vai descansar. De outro sente uma grande melancolia, porque vai deixar o convívio dos colegas, nunca mais frequentará aquela sala antiga, onde tudo sempre foi tão familiar. É uma página marcante, de nossa vida, que se vira para sempre”. Sílvio trabalhou muito tempo como auditor na subdelegacia de Santos. Depois retornou à capital, passando a chefiar o núcleo de combate ao assédio moral. Tendo a Aniversariantes de Novembro música, a literatura e a poesia como fontes de inspiração, e lazer, certamente aproveitará a aposentadoria para escrever os livros que sempre idealizou. Presenças Estiveram presentes os aniversariantes: Novembro Adriano Salles Toledo de Carvalho, Dalísio Domingues dos Santos, Joelma Cristina de Carvalho (funcionária), Juarez Correia Barros Júnior, Sylvio Ferreira acompanhado de sua esposa Wilma; Dezembro - Ismênia Novaes, José Mauro do Carmo, Neusa Sene da Silva, Solange Aparecida de Andrade e Takeko Akamine; Janeiro - Claudete Moreira Barbosa acompanhada do filho Hélio, João Saochuk, Joaquim Gomes Pereira, José Roberto de Melo (Superintendente Regional do Trabalho), Maria José de Leão e Rodolpho Alfredo Leber. Estiveram presentes vários diretores e convidados. O SINPAIT agradece a presença de todos. Dezembro Aniversariantes de Aniversariantes de Janeiro ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br 23 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 Sete anos após chacina Fiscalização flagra trabalho escravo em Unaí C omando fiscal da Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais flagrou 131 trabalhadores rurais em situação análoga à escravidão, em plantações de feijão, em duas fazendas nos municípios de Unaí e Buriti, no noroeste mineiro. Setenta e oito trabalhadores foram libertados na fazenda Gado Bravo, em Buriti, e cinqüenta e três na São Miguel, em Unaí. Juntamente com Irecê, na Bahia, esses três municípios são considerados os maiores produtores de feijão do mundo. Os auditores fiscais do Trabalho ficaram chocados porque, em meio aos trabalhadores, havia 17 mulheres e 8 adolescentes, entre 13 e 17 anos. Nenhum deles tinha a carteira de trabalho anotada. Essa ação fiscal ocorreu em outubro do ano passado, mas só foi divulgada em 13 de janeiro último. Infelizmente não foram divulgados os nomes dos colegas AFTs que fizeram essa importante ação. Os auditores fiscais lavraram 68 autos de infração, sendo identificadas jornadas estafantes, sem concessão de intervalo para alimentação, sem repouso semanal; pagamentos salariais eram feitos por produção, sem fornecimento de recibo; constatou-se que os trabalhadores eram obrigados a fazer aplicação de agro-tóxico sem qualquer proteção, atingindo até o trabalho infanto-juvenil. Parte dos trabalhadores era levada à plantação em transporte irregular e parte dormia no local de trabalho, em barracas, utilizando colchões de palha, sobre a terra. Não tinham banheiro, nem água potável. José de Oliveira Silva era que aliciava os trabalhadores e mantinha, na fazenda, uma tosca cantina, dirigida por seus irmãos, onde os trabalhadores eram forçados a comprar e, assim, se endividar. Fazendas Galo Bravo e São Miguel A fazenda Galo Bravo fica no município de Buriti e está em nome da Agropecuária Galo Bravo, propriedade dos irmãos Marino e Camila Stefani Colpo. A São Miguel está registrada só em nome de Marino Colpo, que é secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Formosa, em Goiás. Segundo o jornalista Marcelo Portela, que registrou a ação fiscal em detalhada matéria, na edição de 13/01/2011, do jornal O Estado de São Paulo, o secretário Marino Colbo disse ter conhecimento dessa violência contra os trabalhadores, em suas propriedades, “mas as fazendas estão arrendadas e o arrendatário está resolvendo a questão”. Adiantou que o arrendatário se chama Néri. Indagado se Néri (Néri Carlos Colbo) não é seu pai, simplesmente respondeu que não tinha nada a declarar. A publicação da reportagem repercutiu na cidade de Formosa, onde esses fatos chocantes eram ignorados pela população local. Sete anos da chacina Está completando sete anos a bárbara chacina de três colegas auditores fiscais do Trabalho, e mais um motorista do MTE, que os conduzia, ocorrida numa estrada rural, no município mineiro de Unaí. Foi na manhã do dia 28 de janeiro de 2004 que os colegas AFTs Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva, a bordo de uma pick-up do MTE, dirigida pelo motorista oficial Ailton Pereira de Oliveira, foram tocaiados, numa estrada 24 rural, em Unaí, por vários matadores de aluguel, e fuzilados dentro da viatura, que também ficou crivada de balas. Os colegas estavam em missão oficial, fiscalizando o trabalho rural, nessa região, considerada não só a maior produtora de feijão, do país, mas, também, marcada por desrespeito à legislação trabalhista e maus tratos aos trabalhadores rurais. Na ocasião, alguns fazendeiros resistiram à ação fiscal, deixando claro que não permitiriam a presença dos auditores fiscais em suas propriedades. Os pistoleiros profissionais foram presos e disseram, na polícia, que agiram a mando dos irmãos Norberto e Robério Mânica, então os maiores produtores de feijão de Unaí. Robério era o prefeito da cidade. Na ocasião foram presos, mas, depois, soltos e o prefeito foi reeleito, saindo da cela, da delegacia, para ser empossado na prefeitura. Até hoje, ao que se sabe, não houve julgamento dos mandantes da chacina. Essa ação fiscal, em Buriti e Unaí, tem um alto valor moral porque resgata a memória dos colegas chacinados. E mostra que nada mudou, na exploração do trabalhador rural, nessa região, do noroeste mineiro, tudo continuando igual ao que os colegas mortos estavam constatando, em 2004. Em 2008 a Assembléia Legislativa de Minas homenageou, em sessão solene, um dos irmãos Mânica, que fora prefeito de Unaí. Esquecer, jamais! A chacina brutal de Unaí continua sangrando, como ferimento vivo, não só no corpo da auditoria fiscal do Trabalho, como no corpo dos familiares dos colegas mortos, como no corpo de todos os brasileiros dignos. Por isso ela não pode ser esquecida. A matança de Unaí é uma afronta aos brasileiros, um atentado brutal ao estado democrático de Direito de nosso país. E para que não caia no esquecimento, auditores e auditoras fiscais do Trabalho de todo o Brasil devem pedir à presidente da República, por meio da direção do SINAIT, que um marco histórico seja erguido, num dos principais pontos do país, para que, no futuro, as novas gerações saibam o que, de fato, ocorreu. Assim, por exemplo, o prédio sede do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, poderia passar a se chamar Edifício Auditores Fiscais Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e motorista Ailton Pereira de Oliveira. E que no local mais visível, na entrada do prédio, fosse entronizada uma grande placa de bronze, com um texto em letras garrafais, informando a motivação dessa homenagem, ou seja, descrevendo o episódio vergonhoso e sangrento de Unaí. E que para o ato público inaugural fosse convidado todo o corpo diplomático estrangeiro, creditado em Brasília, mais o representante da OIT, em nosso país, para que todos soubessem que o povo brasileiro repudia toda e qualquer forma de violência contra a pessoa humana. As pessoas de bem, de nosso país, que são maioria plena do povo brasileiro, aguardam uma resposta institucional ao crime bárbaro de Unaí. Elas têm certeza que um dia a impunidade chegará ao fim. Então, nesse dia, os poderosos, truculentos e arrogantes, de hoje, queiram, ou não, terão de enfrentar o Tribunal da Verdade, dos honestos e justos, onde dinheiro nenhum, poder nenhum, terá força para comprar sentenças e arquivar processos. (D.S.) VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Nomeações em Brasília VERA LÚCIA RIBEIRO DE ALBUQUERQUE – Secretária de Inspeção do Trabalho, do MTE – Portaria PR/CC/MTE nº 128, de 07.01.11 (DOU. 10.01.11); GILDA CRUZ SILVA E SANCHEZ – Assessora na VicePresidência da República – Portaria PR/CC nº 26, de 04.01.11 (DOU. 06.01.11); JOSÉ GERALDO MACHADO JÚNIOR – Diretor do Departamento de Emprego e Salário da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, do MTE – Portaria PR/CC/ MTE nº 131, de 07.01.11 (DOU. 10.01.11); Aposentadorias Nossos cumprimentos pelos serviços prestados à classe e à Inspeção do Trabalho aos contemplados com as aposentadorias: MARIA DE LURDES MOREIRA MARTINS PEREIRA – Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/Guarulhos/SP Portaria SRTE/SP/MTE nº 294, de 29.11.10 (DOU. 21.12.10); JOSÉ EDUARDO SANDOVAL NOGUEIRA – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/São José do Rio Preto/SP Portaria SRTE/SP/MTE nº 313, de 14.12.10 (DOU. 06.01.11); VIVIAN DE ALMEIDA JARDIM DA SILVEIRA – Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/Bauru/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 2, de 07.01.11 (DOU. 28.01.11); ARLON VIANA LIMA – Chefe da Assessoria Técnica da Vice-Presidência da República – Portaria PR/CC nº 269, de 17.01.11 (DOU. 18.01.11); ORLANDO MANETTI FILHO – Auditor Fiscal do Trabalho, Lotado na GRTE/Campinas/SP - Portaria SRTE/SP/MTE nº 10, de 20.01.11 (DOU. 07.02.11). MARCELO AGUIAR DOS SANTOS SÁ – Chefe da Assessoria Parlamentar, do MTE – Portaria PR/CC/MTE nº 329, de 11.01.11 (DOU. 24.01.11); Celsus Requejo MARIA DA GLÓRIA DOS SANTOS BITTENCOURT – Chefe da Divisão de Articulação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente, do Departamento de Fiscalização do Trabalho, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE – Portaria GM/MTE nº 147, de 26.01.11 (DOU. 27.01.11); RINALDO MARINHO COSTA LIMA – Diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE – Portaria PR/ CC/MTE nº 535, de 07.02.11 (DOU. 08.02.11); ANGELA CRISTINA CASAL REGASSO – Substituta do Chefe de Gabinete da Secretaria-Executiva, do MTE – Portaria GM/MTE nº 235, de 09.02.11 (DOU. 10.02.11); WEVERTON ROCHA MARQUES DE SOUSA – Assessor do Ministro, do MTE – Portaria GM/MTE nº 241, de 09.02.11 (DOU. 10.02.11). Em dezembro último, quatro dias antes do Natal, faleceu em São Paulo, aos 82 anos, o colega AFT Celsus Pimenta Requejo, que exerceu toda sua vida profissional na DRT-SP. Ele foi lembrado numa bonita crônica do jornalista Estevão Bertoni, publicada no jornal Folha de S. Paulo, edição de 21/12/2010. Bertoni destaca, em seu texto: “Apaixonado por teatro e pelo time do Santos, Celsus Pimenta Requejo não hesitava em pegar a ponte aérea para ver, no Rio, uma peça, ou a equipe do coração jogar”. Celsus era natural de São Vicente, no litoral paulista. Quando terminou os estudos, teve vontade de ser professor de latim, mas acabou ingressando na faculdade de Direito da USP, onde se formou em 1951. Em 1955 prestou o concurso para Inspetor do Trabalho e, sendo aprovado, foi empossado na DRT-SP, da rua Martins Fontes, 109. Sua mulher, Vanda, também é advogada e auditora fiscal do Trabalho, aliás, se conheceram na atividade da inspeção. Celsus sempre prestigiou o SINPAIT e às vezes comparecia às reuniões festivas para rever colegas. Nosso adeus e homenagens a Celsus Requejo. Na Paz do Senhor Designações em São Paulo PATRÍCIA ALVIM – Chefe do Setor de Atendimento na Área de Trabalho, Emprego e Renda, da GRTE/Osasco/SP Portaria GM/MTE n° 2.871, de 06.12.10 (DOU. 07.12.10); LUCIANO MOYSÉS – Chefe do Setor de Inspeção do Trabalho, da GRTE/Jundiaí/SP - Portaria GM/MTE n° 2.872, de 06.12.10 (DOU. 07.12.10); LEILA DE HOLANDA MARACCI – Chefe da Agência Regional em Dracena, da GRTE/Presidente Prudente/SP Portaria GM/MTE n° 2.874, de 06.12.10 (DOU. 07.12.10); JUAN PABLO AMARO DE SOUZA MENEZES – Comissionado Técnica, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 2.897, de 07.12.10 (DOU. 08.12.10); ROSEANE DE LIMA ARAÚJO – Chefe da Seção de Apoio Administrativo, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 89, de 14.01.11 (DOU. 17.01.11). ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br GILBERTO ALVES AFT aposentado/Santos/SP + 13/12/2010 CELSUS PIMENTA REQUEJO AFT aposentado/SP + 21/12/2010 JOSÉ ALVES DA SILVA AFT aposentado/Adolfo/SP + 21/12/2010 CLAITON GONZAGA FERREIRA AFT aposentado/SP + 29/12/2010 WILSON RIVIELLO AFT aposentado/Vinhedo/SP + 02/01/2011 Adeus. Até sempre. Saudades... 25 O ELO Edição Nº 284 • Jan / Fev de 2011 CORREIO A ELO Agradecimentos Antônio Vilela Pereira - AFT aposentado/poeta/ escritor/Jataí/GO – “pela inclusão do poema “Prima Vera, Primavera” (do meu livro “Dossiê de Poeta (Antes do Inverno)”, na Agenda do SINPAIT para 2011, nos meses de Setembro e Dezembro/2011. Ser lido por colegas auditores, ativos e inativos, paulistanos, paulistas e de outros Estados, alguns deles também literatos, é um honroso incentivo para continuar escrevendo. A todos vocês, feliz caminhada neste 2011, saúde, prosperidade, paz e muito amor.” Dalva do Couto Ribeiro – AFT aposentada/Campinas/ SP - “Ao ler o ELO de novembro me emocionei com a publicação da minha entrevista. Quero agradecer ao SINPAIT a oportunidade que me deu para contar minha história. Agradeço também ao Dalísio, que é a simpatia em pessoa, pelo carinho e profissionalismo com que conduziu minha entrevista para o ELO. Aproveito para comunicar que minha foto - Lagoa do Taquaral - ganhou o 3º lugar na categoria cor do Concurso “Visite Campinas”, do MIS - Museu da Imagem e do Som de Campinas e será transformada em cartão postal da cidade. Desejo a todos os colegas e funcionários do SINPAIT um Natal iluminado. Um 2011 com paz, saúde e luz, muita luz!” Joana Meneses Mendes – Presidente AITEMA – Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado do Maranhão – pelo envio do calendário e agenda, ao mesmo tempo desejamos que o ano de 2011 seja repleto de realizações. José Antônio de Ázara – AFT/GRTE-Varginha/MG – “agradeço generosidade e consideração deste ilustre sindicato pelo envio dos belíssimos e úteis calendário 2011 e agenda, sem mencionar o constante recebimento da Revista “O Elo”, que em muito nos ajuda a estar atualizado sobre o mundo do Direito e Inspeção do Trabalho. Feliz Natal e próspero 2011 para os colegas de São Paulo.” José Orlando Pereira da Silva – AFT aposentado Taguatinga/DF - “Recebi a agenda e agradeço, em especial pela generosidade da publicação do meu poema DESENCONTRO. Elogios aos demais editados na mesma agenda, todos mágicos e líricos, sugerindo ao editor coligi-los em uma antologia!” Léa Ribeiro Santos – AFT/Curitiba/PR - “Agradeço agenda e o calendário e aproveito para desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.” Paulo Marangoni Perazzo – AFT aposentado/Santos/ SP – “Agradeço de coração a especial atenção em mandar uma representante visitar-me no Hospital Oswaldo Cruz, quando de minha cirurgia. Fiquei imensamente contente por ser lembrado. Eu ainda 26 estava na UTI e foi muito gratificante. Tive alta no dia 18/12/10 e estou me recuperando lentamente, pois foi uma cirurgia de alta complexidade.” Regina Rupp Catarino – AFT/SRTE/MS – “Mais um ano se finda e tenho a satisfação de receber a agenda e o calendário do SINPAIT, os quais me acompanham durante o ano todo! Agradeço a gentileza e desejo a vocês um excelente 2011, pleno de alegrias e sucesso na vida familiar e profissional.” Roberto Sá Borges – AFT aposentado/EUA – “Obrigado amigo e grande líder sindical de muitos anos. Ao contrário, Jesus, eu é que tenho que agradecer você, Luci e demais diretores do SINPAIT por sua atuação sempre eficiente e competente revelada durante várias décadas. E tanto é verdade que vimos conquistando várias vitórias administrativas e judiciais por força do trabalho de vocês. Às vezes, nem sempre é possível fazer mais, porque lutar contra governo é jogo duro, mas reconheço que você e seus liderados procuram fazer o melhor. Se necessitar de algo aqui dos EEUU que me permita saber.” Aniversariantes Roberto Assad – AFT aposentado/São Paulo/SP - “Meu presidente, amigo, colega, irmão Jesus - este nome tem altíssimo poder! grato por mais um ano, mais um voto de incentivo, pelo meu aniversario, no próximo dia 03 de fevereiro. O calendário traz mitos - o ontem o hoje o amanhã, mas sua verdade é a passagem inexorável do tempo! Abração com afeto e respeito de sempre - mais um colega sexi...genario aposentado!” Roberto Sá Borges – AFT aposentado/EUA há quase 13 anos – “Parabéns aos meus colegas pela passagem de mais um aniversário neste mês de dezembro de 2010. Que todos eles estejam contando a vida em dias preciosos, depois de justa aposentadoria: Aylza Gudin - minha paciente chefe a quem me subordinei por muito tempo; Nelson Alves Gomes - grande auditor-fiscal com quem dividia relatoria de muitos processos; Guaracy de Souza Sampaio - um ilustre mineiro que comigo lutou bravamente em São Bernardo do Campo pelas melhorias das condições de segurança e saúde dos trabalhadores, sendo um chefe exemplar; Vera Olímpia Gonçalves - colega e chefe de esmerada educação e rara competência; Reynalda Panella - mulher batalhadora em favor da classe, fiscal muito competente com quem dividia a inspeção em São Paulo, e Arnaldo Faria de Sá - nosso deputado federal que defende como ninguém nossos interesses na Câmara federal há muitos anos. A toda a diretoria do SINPAIT, o meu abraço fraterno e os agradecimentos pelo muito que tem feito por todos os auditores fiscais federais do trabalho do Brasil. E que 2011 seja um tremendo barato para todos. Saúde!” VISITE NOSSO SITE: www.sinpait.com.br O ELO Edição Nº 284• Jan / Fev de 2011 Sandra Irene Cubas de Almeida – AFT/GRTE/Norte/SP – “É com muita alegria que recebo os votos sinceros de ambos. Nesta caminhada, às vezes árdua de nossas vidas, talvez não tenhamos compartilhado todos os momentos pela distância geográfica, mas certamente, compartilhamo-los mentalmente. Aguardo notícias sobre o congraçamento de natalício com ambos e os demais amigos e colegas na sede do SINPAIT. Desejo um ótimo ano de 2011 e um feliz Natal.” Vera Olímpia Gonçalves – AFT/GRTE/Osasco/SP – “Agradeço as palavras tão gentis e comungo com os mesmos sentimentos de gratidão com todos os colegas com os quais participamos de momentos tão edificantes, tanto no que tange ao aspecto pessoal quanto profissional. Essa história é que vale a pena ficar em nossas lembranças!” Aposentadoria José Eduardo Sandoval Nogueira – AFT aposentado/ São José do Rio Preto/SP – “Agradeço os cumprimentos pela aposentadoria, venho me preparando há um ano exatamente para esta data, com acompanhamento médico e psicológico. Por quê? Simples, a nossa função nos leva ao ato de defesa do trabalhador e daqueles mais oprimidos pelos empregadores, creio que cumpri minha tarefa, não a minha parte, porque mesmo fora do quadro ativo, não vou deixar de lado os abusos contra aqueles cometidos, sempre denunciarei. É uma honra receber de você, Jesus, os cumprimentos, sua pessoa, sua imagem, reflete no quadro de Auditores do Ministério do Trabalho e Emprego, a figura de um SOLDADO da mais alta patente, que desde o dia em que entrei para este batalhão só vi lutar pelos direitos e melhores condições de trabalho de nossos colegas, seja no âmbito estadual como também na esfera federal ainda quando não pertencia ao quadro do SINAIT, hoje nas duas esferas és um COMANDANTE, UM BRIGADEIRO, UM ALMIRANTE, mas acima de tudo é um colega e mais ainda um AMIGO e só posso dizer Obrigado. Agradeço com o mais profundo respeito à você e não poderia esquecer Luci e também à diretoria do SINPAIT.” Homenagem José Ricardo Ferreira – Agente de Higiene e Segurança do Trabalho – GRTE/São Paulo/SP – “Com muita emoção tivemos notícia no último exemplar da revista O ELO edição 283, página 21, onde pudemos vislumbrar a homenagem prestada a meu pai Milton Ferreira, idealizador desta revista. Cabe ressaltar, porém, que a data correta de seu falecimento deu-se em 29.05.10 e não “agosto último” conforme matéria. Nossa família ficou muito envaidecida e antecipadamente agradecemos a lembrança de alguém especial para nós. Em seu legado como Agente Inspetor, ou Auditor Fiscal do Trabalho e em particular como pessoa e maravilhoso Pai ficou a imagem de um incansável ACOMPANHE NOSSO DIA-A-DIA NO SITE: www.sinpait.com.br visionário romântico que desde os primórdios da hoje GRT/SP buscou unir toda Categoria, criar um instrumento como O ELO para aproximar os pares deste Estado e de tantos outros no sentido trocarem informações, organizarem-se em Sindicatos e assim fortalecer e evidenciar o trabalho do Ministério e seus Auditores. Até em seus últimos dias questionava-me a cerca do Ministério, suas inovações, programas e ações numa preocupação que somente se justifica de alguém muito envolvido com a Classe Profissional que mesmo aposentado ou mesmo enfermo nunca abandonou sua “casa” o Ministério do Trabalho e Emprego. Orgulhava-se de tê-la servido com um saudosismo ímpar. Missão cumprida! Obrigada pai! Saudades...Te amo!” Lista tríplice Roberto Sá Borges – AFT aposentado/EUA – “Sei que existem outros nomes de repercussão nacional, mas tenho uma indicação muito justa porque sempre a vi lutando pela categoria além de ser tecnicamente perfeita. Tem todas as qualidades preconizadas neste expediente: seu nome é Luci Lipel, da Superintendência de São Paulo. No dia-a-dia de cada repartição do MTE no Estado de São Paulo, as chefias foram melhor exercidas por mulheres. Eu sempre as defendi em São Bernardo do Campo e em São Paulo. Penso ter colaborado.” Protesto Henrique Alberto Ottajano Júnior – AFT/GRTE/SUL/ SP – “Os ‘zangões’, aqueles desocupados que ficam na calçada da Rua Martins Fontes, defronte ao prédio da DRT, aliciando trabalhadores para escritórios de advocacia, nas proximidades, continuam, descaradamente, sua atividade ilícita, que sempre causa sérios prejuízos financeiros a quem se deixa levar por sua lábia. Há cerca de um mês, tendo de tratar de assunto na Seção Pessoal, na Superintendência, foi abordado cinicamente por um desses zangões, perguntando se não queria os serviços de ‘uma doutora advogada, aqui do lado’. Infelizmente, esses elementos continuam agindo livremente diante do velho prédio da Rua Martins Fontes, 109, num eterno e ostensivo desafio à administração pública.” João Víspico – AFT aposentado/São Paulo/SP - registra fato que menospreza a Inspeção do Trabalho, visto que nos ônibus de várias empresas, que circulam na capital paulista, há cartaz informando sobre quem tem direito legal à liberação da catraca. Mencionam-se todos os passageiros nessa condição, como deficientes, idosos e no rol de autoridades, está escrito, literalmente: “Agentes da Inspeção do Trabalho (Justiça do Trabalho)”. As empresas de ônibus que fixam esse cartaz, em seus coletivos, têm a obrigação de, pelo menos, saber a denominação correta da autoridade pública. 27 Confraternização Natalina Foto: Pedro/Paulo Eventos