ANÁLISE DE EXAMES BIOQUÍMICOS DE PACIENTES COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE
HEMODIÁLISE
TOSSANI, S.; PIRES, C.R.
Resumo: Avaliou-se cálcio, fósforo e potássio relacionando suas alterações com
as suas consequências.Analisados exames de 69 pacientes emhemodiálise por
mais de 6 meses que aceitaram participar da pesquisa.Verificou-se que 59%
estavam com cálcio adequado, 26% elevado e 15% diminuído, fósforo estava
adequado em 23%, 75% elevado e 2% diminuído, potássio dentro do
recomendado era de 41% e 59% elevado. Conclui-se que valores fora das
referencias trás complicações diminuindo a expectativa de vida.
Palavras chaves:função renal, minerais na diálise, exames laboratoriais.
Abstract:Calcium, match and potassium was valued connecting his alterations
with his consequences. Analysed examinations of 69 patients in hemodialysis for
more than 6 months that accepted to participate of the inquiry. One checked that
59 % was with appropriate calcium, 26 % lifted up and 15 % reduced, match was
adapted in 23 %, 75 % lifted up and 2 % reduced, potassium inside the
recommended one was of 41 % and 59 % lifted up. There are ended which values
out of the references behind complications reducing the life expectancy.
Keywords:renal function, you mine in the dialysis, examinations laboratory.
Introdução:A
insuficiência
renal
crônica(IRC)
consiste
na
perda
lenta,
progressiva e irreversível da função renal, os rins não conseguem manter sua
homeostasia do meio interno do organismo, por um período igual ou superior a
3meses, independente da etiologia. Essa doença renal crônica é uma das
enfermidades que vem aumentando no Brasil, tornando-se necessária a
hemodiálise, sendo assim é um motivo de preocupação na saúde pública do
país.A perda da função renal desequilibra uma serie de fatores, devido a
concentração inadequada de solutos, acúmulo de substâncias tóxicas não
eliminados pela urina e deficiência na produção de hormônios específicos,
levando a síndrome urêmica.O cálcio e o fósforo são os minerais mais
abundantes no organismo, indivíduos em hemodiálisetem quantidade reduzida
desses micronutrientes, devido aos alimentos fontes serem também fontes
proteicas.O mesmo pode se acontecer com o potássio, devido aos fatores
dietéticos, o tratamento ser menos eficaz na remoção desse mineral. Dessa
maneira a monitorização desses nutrientes é fundamental para diagnosticar
qualquer risco aos pacientes submetidos à hemodiálise. O objetivo do presente
estudo foi analisar nos níveis séricos de cálcio, fósforo e potássio e relacionar os
valores alterados dos exames e suas consequências. Foram avaliados exames de
69 pacientes de ambos os sexos, submetidos a hemodiálise por mais de 6 meses
com idade igual ou superior a 20 anos, que concordaram através do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido em participar da pesquisa.
Referencial Teórico e Metodológico:As principais funções do rim é excretar o
acumulo dos produtos finais do metabolismo orgânico, controlar a concentração
dos líquidos corpóreos, manter a composição iônica do volume extracelular,
regularizar o equilíbrio acido-basico, além de sintetizar hormônios e enzimas
como eritropoietina, 1,25 diidroxivitamina D, renina-angiotensinaentre outros.
(CUPPARI, 2009).De acordo com Silva et al. (2011), a IRC é assintomática e
quando o rim não consegue realizar sua função em pelo menos 50% o paciente
inicia o processo da síndrome urêmica, ou seja apresenta sintomas sendo eles:
fraqueza mal estar, insônia, fadiga, perde de apetite, náusea, vômito, cãibra
muscular, tremores, irritabilidade emocional, devido as substâncias tóxicas não
eliminadas.Para avaliar a perda dessa função renal, existem técnicas, como o
clearence plasmático renal, que mede o fluxo sanguíneo total dos rins, medição
da taxa de filtração glomerular (TFG) pelo clearance da inulina e creatinina, entre
outros. (FOX, 2007).Segundo a Sociedade brasileira de Nefrologia (2009),
indivíduos com função renal normal a TFG é em média de 1,2 litros de sangue por
minuto, ou seja, de 120 ml/min. Já em pacientes IRC a filtração se reduz, em
casos graves, a filtração é5-10 ml/min, quando o tratamento dialítico ou o
transplante renal se fazem necessários. A evolução da IRC é acompanhada de
uma série de alterações metabólicas, dentre estas, grande importância se dá aos
distúrbios do cálcio e fósforo por suas implicações na elevada morbidade e na
mortalidade destes pacientes. (JUNIORet al. 2004). Segundo Cuppari (2009), a
recomendação de ingestão de cálcio é de aproximadamente 1.000 mg/dia para
pacientes submetidos a diálise, lembrando que na vigência do uso de quelantes
de fósforo a base de cálcio (acetato de cálcio e carbonato de cálcio) o cálcio total
consumido será muito maior, podendo levar a um balanço positivo de cálcio e
hipercalcemia. No estágio V da IRC, a redução na ingestão de fósforo é
necessária, já que os métodos dialíticos são ineficientes na sua remoção.
Considerando-se as limitações associadas com a restrição de fósforo e com
suaremoção pela diálise, os quelantes de fósforo são necessários para quase
todos os pacientes submetidos à diálise. Em teoria, esses quelantes deveriam
prevenir ou tratar a hiperfosfatemia, no entanto, observa-se que o seu efeito é
limitado devido alguns os quelantesserem à base de alumínio, podendo causar
acúmulo e potencializar risco de toxicidade.(CARVALHO; CUPPARI, 2011). No
rim, o potássio é filtrado livremente pelo glomérulo e reabsorvido. As principais
causas de hipopotassemia ou hipocalemia podem ser por redução do aporte de
potássio via dieta ou fluidos infundidos, pela movimentação do potássio para o
meio intracelular, ou por aumento da excreção, seja ela urinária, fecal, via
sudorese ou por diálise. (TITAN, 2012).
Conclusão:Pode-se concluir que os níveis de cálcio dos pacientes, a maioria
encontra-se dentro do recomendado. Entretanto os níveis de fósforo avaliados
encontrava-se uma grande porcentagem com esses níveis elevados, e constatouse uma porcentagem significativa de níveis de potássio também elevados, em
relação ao recomendado para esses pacientes.
Sendo assim o acompanhamento dos exames bioquímicos de pacientes
submetidos a hemodiálise é de suma importância para o estado clinico do
paciente, já que esses minerais podem causar varias complicações graves.
Referencias:
CARVALHO, Aluizio Barbosa de; CUPPARI, Lilian. Controle da hiperfosfatemia na
DRC. J. Bras. Nefrol. , São Paulo, 2011.
CUPPARI, Lilian. Nutrição: nas doenças crônicas não-transmissíveis. Barueri,
SP: Manole, 2009.
FOX, Stuart Ira. Fisiologia humana. 7. ed. – Barueri, SP: Manole, 2007.
JUNIOR, João Egidio Romão et al. Alterações de cálcio e fósforo séricos e
hiperparatireoidismo na insuficiência renal crônica incidente. J. Bras. Nefrol., v.26
- nº 1. São Paulo, 2004.
SILVA, Alessandra da Silva et al. Percepções e mudanças na qualidade de vida
de pacientes submetidos à hemodiálise. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v.64, n.5,
2011.
TITAN, Silvia. Princípiosbásicos da nefrologia. Porto Alegre : Artmed, 2013.
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