Área de pousio como hábitat fonte para manutenção de moscas predadoras e parasitoides em agroecossistemas de hortaliças Érica S. Harterreiten-Souza1,2; Hanna H. S. de Souza2; Lorenna K. B. Bravo2; Albert R. Oliveira2; Luciana F. Madeira2; Luana V. Lopes2; Antônio E.R.A. Souza2; Pedro H.B. Togni3,2; Alex A.T.C. Sousa2; Lucas M. Souza2; Carmen S. S. Pires2; José R. Pujol-Luz1; Edison R. Sujii2 1 Núcleo de Entomologia Forense e Diptera, Departamento de Zoologia, UnB. Email: [email protected]. ²Laboratório de Ecologia e Biossegurança, Embrapa Recursos 3 Genéticos e Biotecnologia. Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Viçosa, UFV. A diversificação da vegetação na área cultivada e no entorno são práticas comumente usadas em sistemas agrícolas de base ecológica para o incremento da biodivesidade e funcionalidade na paisagem. Dependendo da espécie de planta introduzida, porte arbóreo e intensidade de manejo, estes, podem afetar a dinâmica populacional de alguns grupos de moscas devido a peculiaridade de cada grupo. Com isso, o objetivo foi avaliar à influência do manejo de diferentes áreas de produção orgânica na abundância e diversidade de moscas predadoras e parasitoides. O estudo foi realizado em quatro propriedades rurais localizadas em Taguatingua, Ceilândia, Paranoá e Lamarão, no DF. Foram selecionadas quatro áreas em cada propriedade com cultivos de: (1) hortaliças (tomate e brássicas), (2) hortaliças (diversos cultivos), (3) área de pousio (leguminosas e plantas espontâneas) e (4) agrofloresta. Os adultos foram coletados ativamente sobre as plantas com potes de plástico, quinzenalmente, nos meses de março de 2012 à fevereiro de 2013, com quatro repetições por área, exceto na agrofloresta (N=2). Foram coletados 1.818 indivíduos pertencentes à 11 famílias de moscas predadoras e parasitoides. Dolichopodidae (45%) foi a família mais abundante, com destaque para o gênero Condylostylus spp., seguida por Syrphidae (34%) que, além de abundante, apresentou também um maior número de espécies (S=31), principalmente, pertencentes ao gênero Toxomerus spp. Não foram observadas diferenças significativas na abundância e diversidade (Entropia de Rènyi) dos inimigos naturais, exceto na agrofloresta, que apresentou menor abundância relativa (F3,164 =2,91, P= 0,03). Desta forma, áreas de pousio podem funcionar como hábitats fonte para estes grupos de moscas e favorecer a manutenção de adultos e larvas localmente (disponibilidade de presas e recursos florais/ extraflorais). Além disso, podem servir como “trampolins” de movimento na paisagem, potencializando à procura e controle de suas presas. Palavras-chave: dípteros, inimigos naturais, controle biológico conservativo Apoio: CNPq, Embrapa