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A partir da equação que rege as curvas , extrapolou- se a dureza da fase sigma em
cada temperatura, sendo assim, na tabela 5.1. observa-se a dureza extrapolada de fase
sigma em cada temperatura analisada, considerando um aço com 100%σ.
Tabela 5.1. Dureza extrapolada da fase sigma considerando um aço
apresentando 100%σ, para cada equação regente da curva do gráfico evolução da
dureza em função da porcentagem de fase sigma nas temperaturas estudadas
Ao observar a dureza extrapolada em cada condição, observa-se primeiramente que
apenas na
temperatura de 800ºC
extrapolou-se valores para dureza próximos ao
encontrado na literatura (de 750 a 940 HV). Uma grande diferença é notada entre os
valores extrapolados de dureza nas diferentes temperaturas; além disso, em uma
mesma temperatura, extrapolou-se valores bem diferentes.
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A fase sigma, seja qual for sua temperatura deve apresentar extrema dureza. Uma vez
que se considera teor de 100% de fase sigma, espera-se encontrar mesma dureza em
qualquer temperatura, sendo assim a curva
de
evolução da dureza em função da
fração volumétrica da fase sigma não deveria variar com a temperatura. A fase sigma
atinge uma certa dureza em todas as temperaturas, variando sua porcentagem em cada
temperatura. No entanto, a Figura 5.11.
mostra
a
variação entre as curvas de
evolução da dureza em função da porcentagem de fase sigma em diferentes
temperaturas, o que sugere outros fatores (como diferentes microestruturas geradas
pela morfologia e/ ou fases presentes) influenciando na dureza das amostras.
Figura 5.11. Evolução de dureza em função da porcentagem de fase sigma no aço SAF 2205
a temperaturas de 700ºC, 750ºC, 800ºC, 850ºC e 900ºC. Curvas de tipo polinomial
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Vale ressaltar que para extrapolação da dureza de fase sigma, considerou- se um aço
apresentando 100%σ, sendo assim, ignorou-se a existência de outras fases. O aço
pode apresentar ferrita, austenita e sigma, por exemplo, ou austenita e sigma, e de
qualquer forma a dureza medida corresponde a combinação das fases. E, portanto, não
é possível extrapolar a dureza para um aço com 100%σ, sendo que as amostras
medidas não apresentavam apenas fase sigma. Além disso, há
a possibilidade de
diferenças estruturais na formação de fase sigma em diferentes temperaturas, o que
não pode ser determinado pela extrapolação de dureza.
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6. CONCLUSÃO
Grandes variações de dureza estão relacionadas com a formação de sigma. No
presente trabalho traçou-se curvas de evolução da dureza em função da porcentagem
de fase sigma, a fim de se extrapolar a dureza considerando aço com 100% de fase
sigma. Porém para tanto, ignorou-se a existência de outras fases como a austenita e a
ferrita; e por esta razão houve variações de dureza na mesma temperatura e em
temperaturas diferentes. Portanto, o método da extrapolação não é viável para
medição de dureza da fase sigma neste aço, necessitando-se assim de microdurômetro
capaz de realizar ensaios com cargas menores (por exemplo, 1 gf).
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