Deputadas do Parlamento Jovem defendem participação Gabriela Quirino e Andressa Serrão estudam no Colégio Marajoara, que utiliza a Metodologia OPEE para todas as séries. Gabriela Quirino e Andressa Serrão estão no 3º ano do Ensino Médio e já são prova de que juventude não só rima mas combina muito com atitude. Elas elaboraram projetos de lei e foram escolhidas como deputadas do PJB (Parlamento Jovem Brasileiro), únicas representantes da cidade de São Paulo em Brasília. O foco de ambas foi uma das áreas mais importantes em nível nacional: a saúde pública. Gabriela propôs incentivos fiscais para o uso de 30% dos leitos de hospitais particulares para o SUS (Sistema Único de Saúde) e Andressa, a realização de mutirões bimestrais de cirurgia contra a catarata, visando a diminuição de filas. Gabriela e Andressa estudam no Colégio Marajoara, que utiliza a Metodologia OPEE na grade curricular para todas as séries. A coordenadora pedagógica da escola, Sheila Guenka, salienta que a metodologia contribui com a formação de estudantes mais participativos. “Sem dúvida o trabalho com a Metodologia OPEE tem participação nesse feito”. Batemos um papo online com as jovens deputadas e, nas suas respostas, fica claro que elas estão muito sintonizadas com a construção de um país cada vez melhor e embasado nos ideais democráticos. Abaixo, o que elas disseram. - Como começou este trabalho? Gabriela - O trabalho teve início quando o programa Parlamento Jovem Brasileiro foi descoberto pela coordenadora pedagógica do Colégio Marajoara Sheila Guenka e foi apresentado para a professora de Sociologia e Filosofia, Marina Miorim, que o achou incrível e decidiu apostar neste trabalho. Criamos, então, um projeto de lei que passou por várias fases até que ficasse dentro das exigências do regimento do PJB. A Andressa e eu recebemos total apoio do colégio durante todo o período, inclusive fomos homenageadas pela diretora Marisa Ravasi durante o desfile de 7 de setembro. Andressa - O trabalho do PJB começou com a divulgação do projeto por nossa professora de Sociologia e Filosofia, Marina Miorim. Ela nos perguntou quem estava interessado neste projeto e somente três pessoas da minha classe se interessaram. Então, a professora nos propôs que a classe formasse grupos de apoio aos interessados em desenvolver os projetos de lei. Então, reservamos algumas aulas destas disciplinas citadas para o desenvolvimento dos nossos projetos. O meu projeto de lei foi na área da saúde, que consistia na realização de mutirões bimestrais de cirurgias de catarata a serem realizados em toda a rede do SUS (Sistema Único de Saúde), em âmbito nacional. Então depois de quase dois meses de elaboração do projeto, enviamos à coordenação do programa em junho e ficamos sabendo do resultado em agosto. Quando soube que fui aprovada e teria a oportunidade de ir a Brasília para cumprir uma rotina parlamentar, fiquei muito entusiasmada e feliz, pois aí tive a confirmação de que meu esforço finalmente estava sendo recompensado, e de uma maneira tão bem reconhecida! - Qual o sentido de democracia para vocês e como vocês veem a importância da participação dos jovens? Gabriela - Vejo a democracia como um sistema de governo onde a justiça é posta em patamar de igualdade entre todos os cidadãos, onde todas as classes sociais tenham acesso à informação, à saúde, à educação e ao saneamento básico, para que possam desenvolver bem suas potencialidades e aperfeiçoarem sua criticidade. A participação juvenil na sociedade contemporânea é de extrema importância. Os jovens devem ser protagonistas de transformações que aperfeiçoem a política, para que esta seja mais efetiva diminuindo as disparidades da justiça, propondo ideias novas, fazendo a diferença em âmbito local ou nacional, sendo ético e sensato, criando caminhos para a difusão da clareza política, viabilizando o acesso efetivo de todos às políticas públicas e possibilitando a mudança que levará o progresso e a ordem avante! Seja por meio do protagonismo juvenil estudantil (como o Grêmio Estudantil Luiz Antonio Ravasi, o qual presido), de ONGs, de comunidades afins ou de associações (como a Associação Nacional dos Jovens Protagonistas, a qual eu pertenço e presido a Comissão de Educação). Andressa - Para mim, democracia significa a oportunidade que todos os cidadãos têm, de certa maneira, de mudar a realidade de seu país e ajudar a tomar decisões importantes que beneficiem a todos da sociedade. Assim, fazemos com que uma unidade ou forma de conexão seja criada entre todos, com a finalidade de proporcionar sempre o bem comum. Vejo a participação dos jovens na política como algo muito importante, pois nós, jovens, somos o futuro e a promessa de mudança em nosso país. Quanto mais cedo os jovens terem uma consciência política mais importante é, porque terão em mente o quanto antes que política não é um jogo simples, e que se jogado de maneira errada acarretará sérias consequências para muitas pessoas. - O Brasil é um país do presente? O que é o Brasil para vocês? Gabriela - O Brasil é um país do presente, pois agrega e proporciona a boa convivência entre as diversidades. São várias etnias, culturas e pensamentos que se fundem e consolidam o retrato de uma nação acolhedora, com economia em expansão e que segue com grandes conquistas, em especial, a do respeito em âmbito mundial. É uma nação que está emergindo e que precisa se sustentar em seus cidadãos para manter-se forte e consolidada. O Brasil possui dimensões continentais e tem chances grandiosas de ser uma futura potência mundial, basta valorizar o seu povo, incorporar a tecnologia e melhorar a educação destes. Com uma boa base política, que trabalha e analisa os anseios reais de um mundo globalizado, é possível que alcancemos o topo, e os jovens são peças fundamentais para que isso ocorra, pois são ousados, não têm medo de arriscar e, com garra, trazem para a prática a possível utopia de um mundo onde o bem prevaleça. Andressa - Se o Brasil é um país do presente? Creio que sim, pois ele reflete toda nossa realidade, em todas as direções e que é também um país do futuro. Os brasileiros estão conquistando cada vez mais lugares no mundo, demonstrando sua importância em várias categorias, como no esporte, política, educação, tecnologia entre outras áreas. Fonte: Marcos Brogna, jornalista OPEE 30/10/2012