16ª
MOSTRA
INTERNACIONAL
DE TEATRO
de Santo André
1 a 28 de Junho
V. N. Santo André
Santiago do Cacém
Sines
Porto Covo
Odemira
S. Teotónio
Grândola
Alandroal
2015
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
jornal da mostra
2
16ª MITSA,
um grande festival
feito com pequenos apoios
AJAGATO
Associação Juvenil Amigos do GATO
Centro de Actividades Pedagógicas
Alda Guerreiro
7500-160 Vila Nova de Santo André
Telf. 269759096
Fax . 269759098
[email protected]
www.gatosa.com
director Mário Primo
design gráfico Pedro Dias
edição e revisão de textos Ana Nunes
Marina Leonardo
Mário Primo
foto de capa © José Mónica
impressão 100Luz
patrocinadores gerais
(…) A exiguidade das verbas atribuídas ao
teatro é normalmente justificada, dentro da
retórica habitual, com o argumento de que
diante da crise os sacrifícios tocam a todos
e o teatro não pode ficar de fora. Já se sabe
que, na verdade, os sacrifícios não tocam a
todos, e não podiam, de maneira nenhuma,
tocar da mesma forma. (…) Na realidade, o
Estado está a dever muito mais dinheiro ao
teatro do que o teatro ao Estado: se não fosse
a actividade das companhias independentes subvencionadas, que executam a maior
parte do serviço público no que diz respeito à
criação teatral, não haveria verdadeiramente
teatro no nosso país. (…)
Joaquim Benite - in “O teatro e a defesa
da cidadania” Julho de 2012
patrocinadores de espetáculos
colaboração e apoios
capag | unicer | assisvet
horta de mesquita | sitank
aicep global parques | stand os putos
moveis fernandes
extensões de acolhimento
santiago do cacém
sines | porto covo | odemira
s. teotónio | grândola
alandroal
A Mostra acumula sucessos artísticos
e aumentos de adesão de público na
mesma medida em que enfrenta os défices
crónicos por mais apertada que seja a
planificação e a gestão de recursos. A saga
da manutenção deste projecto, que recebe
anualmente os mais rasgados elogios do
público e das próprias companhias participantes, continua e exige cada vez mais
disponibilidade e engenho à pequena estrutura organizativa. Mas, no entanto, de
1 a 28 de Junho aí está uma vez mais a 16ª
Mostra Internacional de Teatro “rasgando
o quebranto da vila” em Santo André e
Santiago do Cacém, reunindo 14 espectáculos diferentes de outras tantas companhias profissionais cujas apresentações se
estendem a Sines, Porto Covo, Grândola,
Odemira, S. Teotónio e Alandroal no
âmbito do estabelecimento de parcerias de
acolhimento.
A Mostra é um projecto cultural de
grande significado para a região e um
exemplo de capacidade de resistência
dos seus promotores e da dinâmica da
associação AJAGATO que, sem o apoio
mecenático que o evento justifica, o realizam com o recurso a uma vasta rede de
patrocinadores locais e algumas entidades
com as quais estabelece protocolos anuais
de colaboração: C. M. santiago do Cacém;
Junta de Freguesia de Santo André; Repsol, Polímeros; Águas de Santo André;
Galp, Refinaria de Sines.
Um agradecimento público aos parceiros de acolhimento, os municípios de
Sines, Grândola, Odemira e Alandroal.
Importa realçar que estas parcerias beneficiam da nossa capacidade de organização e sobretudo da estratégia artística global da programação mas, por outro lado, o
trabalho em rede facilita a contratação das
companhias e diminui os custos financeiros, o que corresponde a uma das linhas
de acção que temos vindo a privilegiar nos
últimos anos.
Um agradecimento público a todos os
patrocinadores e apoiantes que, com a sua
solidariedade, nos permitem continuar a
enfrentar este desafio para o qual necessitaríamos de um apoio mecenático que nos
ajudasse a evoluir a estrutura organizativa e
a garantir uma maior projecção da Mostra.
As entidades com quem estabelecemos
protocolos anuais merecem uma atenção
muito especial, pelo crédito e segurança
que nos dão para o planeamento atempado das actividades: Câmara Municipal
de Santiago do Cacém; Junta de Freguesia de Santo André; Repsol, Polímeros;
Águas de Santo André; Galp, Refinaria
de Sines. Para todas as outras empresas
e instituições referidas nos materiais de
divulgação, o nosso sincero agradecimento porque o seu apoio ajuda a materializar
o evento e dá-lhe uma expressão verdadeiramente participada do tecido empresarial
desta região.
A Mostra Internacional de Teatro
de Santo André afirma-se, ano após ano,
como um festival de grande qualidade artística que cumpre a função prioritária de
um evento desta natureza – “desenvolver
um fluxo significativo de público genuinamente interessado pelo fenómeno teatral
e simultaneamente contribuir para o
alargamento desta dinâmica de promoção
e formação teatrais a uma área geográfica
cada vez maior”. O programa deste ano,
a despeito das reiteradas dificuldades de
financiamento, mantém o elevado nível
de exigência qualitativa e junta algumas
das melhores e mais prestigiadas companhias portuguesas de teatro e com elas os
actores e encenadores de referência no panorama teatral português. A componente
internacional está assegurada por uma
companhia italiana, o TEATRO PICARO,
que deixou uma extraordinária impressão
em 2014 e por isso regressa, bem como por
uma companhia espanhola, LUCAS LO-
CUS, com uma linguagem muito particular de teatro/circo. Estas duas companhias
integram o programa com cinco representações e um workshop.
Este ano abrimos a programação para
o público em geral com a apresentação dos
“Bonecos de Santo Aleixo”, uma proposta
de teatro popular cuja origem remonta ao
séc XVIII. Os bonecos, hoje propriedade
do CENDREV, são agora manipulados
por actores profissionais que garantem
a continuidade desta expressão artística
alentejana e a levam a inúmeros festivais
em todo o mundo.
Por outro lado, voltamos a ter no
programa um espectáculo profissional do
GATO SA, com a mais recente produção,
VAI VEM, um espectáculo de teatro físico
recentemente estreado na BARRACA,
em Lisboa, fruto de um arrojado projecto
luso-colombiano iniciado em Setembro de
2014. Julgo que a Mostra faz mais sentido
desta maneira e tentaremos, por isso, dar
continuidade a esta vertente de criação
autónoma para integrar no festival.
Mas a programação deste ano inclui
outras peças recentemente criadas e que
receberemos como uma das suas primeiras apresentações. É o caso de “Balada
do Velho Marinheiro” do TEATRO DO
MAR, estreado em Sines a 17 de Abril; de
“António e Maria” do TEATRO MERIDIONAL, estreado a 7 de Maio no CCB;
de “Hotel Flamingo” da PROPOSITÁRIO
AZUL, estreado a 7 de Maio no Cinearte
em Lisboa; de “Nham Nham” da Academia INATEL, com estreia prevista para
12 de Junho no Teatro da Trindade; de “A
Razão” do TAS, com estreia também marcada para junho em Setúbal. Pela primeira vez programamos 50% de espectáculos
acabados de montar, o que só é possível
com uma grande confiança e cumplicidade com as companhias e os criadores,
forjada ao longo de 15 anos de festival.
De destacar que teremos pela primeira
vez no nosso palco, para além dos actores
internacionais, a grande Maria Rueff com
o Teatro Meridional; mas também o regresso sempre desejado da actriz Maria do
Céu Guerra, à frente de um grande elenco,
com uma versão do Tartufo reescrita por
Hélder Costa.
Mario Primo
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
VAI VEM
Projecto
luso/colombiano
O GATO SA nasceu há 26 anos numa
escola diferente e numa cidade nova
pensada com arrojo e “vistas largas”. Mas
ainda antes da sua constituição já um
núcleo de alunos e professores por aqui
andava a fazer experiências na escola,
sempre com tendência para “saltar a
vedação” e invadir outros espaços. O
grupo desenvolveu desde o início um forte
desejo de afirmação artística que o levou a
desenhar novos caminhos e a definir metodologias que lhe deram uma identidade
muito definida onde sobressaía o desejo
de colocar sempre níveis muito elevados
de ambição e de exigência qualitativa em
todos os seus trabalhos. Ao longo da sua
existência o grupo habituou-se a questionar o senso comum e a “transgredir” os
sentidos mais vulgares e disseminados,
tanto no panorama do teatro na escola
como no trabalho dos amadores. O gato
nasceu curioso, apaixonado e com uma
ânsia enorme de experimentar, descobrir,
crescer e aprender neste universo infinito
do teatro a que o saudoso Joaquim Benite
nos entreabriu as portas de acesso, numa
formação realizada em 1988 – 4 dias intensos e reveladores.
O percurso criativo do grupo fez-se sempre de forma experimental, com
novas abordagens, novos pontos de vista,
procurando fugir ao já visto e ao já feito e
procurando referências junto dos grandes
profissionais e dos pensadores tanto
nacionais como estrangeiros.
Foi deste modo que o contacto com o
trabalho da CASA DEL SILENCIO nos
deu a todos um desejo natural de trilhar
também estes caminhos do teatro físico.
As duas formações com o Juan Carlos
Agudelo, em 2012 e 2014, aguçaram ainda
mais o apetite. Depois foi só reunir um
elenco disponível, fazer contas às despesas e lançar ao encenador o desafio de
regressar a Portugal num período dilatado
de tempo para nos iniciar na linguagem
3
técnica de Étienne Decroux e orientar na
criação de um espectáculo novo.
O espectáculo fez-se à gato! – com
entusiasmo e generosidade, aceitando o
risco associado a um projecto de raíz e
sem a rede que um texto de suporte lhe
daria; um trabalho assente numa base de
confiança e disciplina para gerir as expectativas de partida e a gestão das variáveis
não controláveis que um processo novo
para todos acaba sempre por envolver.
O “VAI VEM” resultou do trabalho
balanceado em que o grupo embarcou.
Por um lado, a necessária aprendizagem
técnica e, por outro, a pesquisa e criação
dos actores no âmbito da temática geral e
abrangente que selecionámos como ponto
de partida, ainda que apoiados em algumas obras de referência que foram sendo
ultrapassadas pela própria dinâmica criativa que o trabalho gerou. VAI VEM oscila
e serpenteia entre a vontade/necessidade
humana de sair, o desejo de ser outro e de
se reconhecer; fez-se dos conflitos e dos
impulsos que nos levam a partir, quantas
vezes de nós para o mundo; a obra construiu-se ainda em torno das razões que
nos movem, da fragilidade dos sonhos no
confronto com a fria realidade da vida. Um
trabalho lento e gradual, sob a direcção do
Juan Carlos na experimentação e definição de uma trama de acções que foram
amadurecendo, enriquecendo e aprofundando propósitos na própria inter-relação
contínua e na reflexão dramatúrgica
mediada à distância pela dramaturgista
Ángela Valderrama. O resultado é um
espectáculo “aberto” e poético de teatro
físico construído com evidentes preocupações de carácter estético e que, mais do que
contar uma história, apela à participação
do público na restituição de sentidos e no
envolvimento com a sua própria memória
emotiva e imaginação.
Mas este foi também um projecto de
partilha afectiva e cultural entre Portugal
e a Colômbia. O Juan Carlos foi um grande
embaixador da sua cultura entre nós, tanto aqui em Santo André, onde trabalhou
e viveu, como em todos os lugares onde
se apresentou para realizar workshops,
sempre de grande impacto. A música, os
poetas, os dramaturgos, os criadores do
seu país, mas também da América Latina
em geral, tiveram no Juan Carlos um
natural e entusiástico divulgador. Através
dele conhecemos melhor a realidade
social, económica e política colombianas
e ficámos mais despertos para as problemáticas e particularidades dessa região do
mundo. O Juan, por seu lado, mostrou um
interesse muito grande pela língua e pela
cultura portuguesas, enriqueceu-se com a
identidade cultural e histórica deste país
e soube estabelecer laços de afectividade
que ficarão a ligar-nos daqui em diante. O
“pequeno colombiano” fez muito pela dignificação da imagem da Colômbia e da sua
diversidade cultural junto das centenas de
pessoas com quem se cruzou nesta sua estadia entre nós. Por isso, não foi por acaso
que sempre nos referimos a este projecto
como luso-colombiano, nem pecamos
por exagero na designação, já que não é
apenas e fundamentalmente a dimensão
mediática e a quantidade de recursos
financeiros disponíveis que determinam o
impacto dos projectos…
Mario Primo
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
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VAI VEM,
um espetáculo
de teatro físico
Gato SA
28 de Maio. 5ª feira
21.30h - Cine Granadeiro Grândola
30 de Maio. Sábado
21.30h - Auditório do Fórum Cultural
Transfronteiriço Alandroal
6 de Junho. Sábado
18.00h e 22.00h - CAPAG V.N. Santo André
7 de Junho. Domingo
18.00h - CAPAG V.N. Santo André
Convite ao
encenador
ficha artística e técnica
encenação Juan Carlos Agudelo Plata
dramaturgia Ángela Valderrama
interpretação Helena Rosa, Marina Leonardo,
Raul Oliveira e Tomás Porto
assessoria Mário Primo
desenho de luz Rui Senos
sonoplastia Jorge Oliveira
animações multimédia Rui Senos e Nuno Cintrão
máscaras Mário Primo
adereços e figurinos Colectivo
fotografia José Mónica
classificação M6
duração 60MIN
Lo peor no fue que nos arrojaran del paraíso
lo más grave es que deseemos regresar a él.
Estanislao Zuleta
Sinopse
Um homem, um motivo, um lugar e começa a viagem.
A rota? Desconhecida.
Importa? Talvez não.
Tantas vezes repetida a história do destino
e ainda que familiar, as perguntas, os
desejos e os sonhos são distintos.
Quatro personagens, as suas histórias,
um naufrágio e o alto mar. Encontrar o
amor, escapar ao passado, fugir ao dever e
encontrar um lugar onde voltar a semear,
motivam a decisão de partir destes seres
que, sem bilhetes de volta, soçobram num
oceano imenso. Uma viagem incerta,
inacabada e infinita, aparece suspensa
num cenário através de mínimos relatos
que nos lembram o Homem, tão familiar
e enigmático, tão próprio como estranho,
tão migrante como estático.
Vai Vem é uma viagem visual onde o
corpo e o silêncio são os protagonistas.
Inspirada na migração como território
visual e no teatro físico como ferramenta
narrativa, a obra apresenta as personagens como sombras sem tempo que
deambulam cruzando as suas histórias
e, como um caleidoscópio, nos falam dos
desapegos, da ilusão, dos vazios humanos,
dos medos, da solidão, do amor, da vida e
dos impulsos que nos levam a partir.
O projecto surge na sequência da realização em Santo André de oficinas de
formação em Teatro Físico e Gestual em
2012 e 2014, sob a direcção de Juan Carlos
Agudelo Plata e da apresentação de duas
obras teatrais da CASA DEL SILENCIO,
companhia que dirige em Bogotá. Os
dois espectáculos, “Woyzeck” e “Kokoro”
surpreenderam pela qualidade e rigor do
trabalho físico dos actores, assente nas
técnicas de Étienne Decroux e na experiência de uma década de trabalho do
encenador com Marcel Marceau.
Como metodologia trabalhámos a partir de acções físicas e de rotinas pessoais
estilizadas, suportadas pelos componentes basilares da técnica de Decroux:
dinamo ritmos, marchas e figuras. O
processo a aplicar nesta montagem partiu
dum laboratório de criação para explorar
e decifrar as diferentes possibilidades
corporais, expressivas e de síntese que a
linguagem física potencia, tendo em vista
uma aproximação a territórios de um
imaginário não realista.
Juan Carlos
Agudelo Plata
Licenciado em Arte Dramática pela Universidade de Valle, formou-se como actor
gestual na Escola Nacional de Mímica
Corporal, em Paris. Diplomado em 1992
pela Escola Internacional de mimo-drama
de Paris Marcel Marceau, integra esta
companhia entre 1992-2002.
Tem difundido na Colômbia a técnica
da Mímica Corporal Dramática de Ètien-
ne Decroux e do legado do Mestre Marcel
Marceau, como bases formativas para o
actor. Foi professor nas principais universidades e escolas de teatro da Colômbia.
Em 1997 funda em Bogotá a companhia
de teatro Casa del Silencio que dirige até
hoje e com a qual realiza as produções “La
Kermesse”, “La beleza y la fealdade”, “Los
árboles”, “Disomnismos”, “Woyzeck un
lamento en el silencio”, “Entre Mortales”
e “Kokoro”.
Dirige diversos trabalhos com outras
estruturas teatrais e vence o prémio “directores com trajectória 2010” da Orquestra Filarmónica de Bogotá, com o projecto
de criação “Celebración”, um gesto do
desejo.
Actualmente, dirige o laboratório LE
GESTE, espaço de formação que funciona
de forma itinerante em diferentes cidades
da Colômbia e que realizou em diversas
localidades durante a sua estadia em
Portugal.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
Alguns
Testemunhos
“Espectáculo extremamente belo, de
uma poesia que se pode dizer realista
– as pessoas, as coisas, os elementos,
as emoções, os sustos, as derrotas, as
esperanças, a luta e a luz. Tudo isto se
sente numa encenação primorosamente
inventiva servida por actores de elevada
qualidade técnica corporal e mímica e
de enorme expressividade facial. Uma
belíssima surpresa a não perder.”
Hélder Costa
Encenador e dramaturgo
“Para quem às vezes anda chateado com
o teatro porque não se passa nada ou
que é tudo mais do mesmo, isto é, velho,
uma boa notícia. Vem de Santo André, é
o GATO, e trazem um espetáculo de teatro físico que é excelente. Comove-nos,
maravilha-nos, e põe a nossa imaginação a mil à hora. Parabéns ao encenador,
é colombiano, ao Mário Primo, e aos
atores que estão a 100%. Ah, e parece
que há um técnico capaz de fazer coisas
mágicas.”
Carlos Fragateiro
Ex. Director do Teatro D. Maria II
“Fui ontem assistir ao Vai Vem
do GATO SA na Barraca e entrei
5
literalmente noutro tempo, espaço,
dimensão... O ritmo dos atores acertado
com o do público proporcionou uma
experiência de sentidos, apurados com o
rigor de cada gesto. Imagens, histórias e
personagens desfilam com a respiração
pausada e o passo certo, desenhando,
também literalmente, cenários que não
existem mas que se vêem tal é o brilho
no olhar de cada ator. A luz e a música
não acompanham, são também imagens,
histórias e personagens, que crescem
ao longo deste Vai Vem. Encenação que
premeia o gesto franco, sincero, exato.”
pressas. É um espetáculo lindíssimo,
que agradeço o privilégio de ter visto
e honra os palcos, não só da Barraca,
mas de quem goste de coisas muito bem
feitas.”
Filipa Melo
Actriz
Rui Sérgio
Direct. Teatro Trindade
“O Alentejo veio a Lisboa. Mas desta vez
não veio sozinho, trouxe consigo a magia
da Colômbia. Num espectáculo encenado por Juan Carlos Agudelo Plata. A beleza está em tudo. A luz e a sombra que
nos criam imagens fantásticas, a música
deliciosa, e o trabalho dos actores que
fazem com que tudo pareça fácil e natural. O amor pela arte, pela capacidade de
sentir e provocar nos outros sensações,
inquietações, sentimentos é a imagem
do Gato SA. “Vai Vem” fala da partida,
da chegada, da espera da esperança.
Olhar o espectáculo, vê-lo e vivê-lo foi
para mim uma viagem interior. Só posso
dizer que aos meus olhos o espectáculo
é muito bonito e não são muitas as vezes
que temos oportunidade de ver este tipo
de trabalhos.”
Fomos ver o VAI VEM, a familia toda,
até o bebé de 3 meses, o Felipe, que se
portou muito bem. Gostámos muito.
Belo, intenso, fluido. Helena Rosa maravilhosa. Aquele abraço.
Eduardo Frazão
Actor
“(…) Achei-o muito poético, muito simbólico, muito surpreendente em muitos
momentos, pela forma de utilizar os
materiais (as vigias são sublimes!). Gostei imenso das cores e das luzes e das
entradas e saídas e dos atores e atrizes e
do timing certíssimo, rigoroso, mas sem
Paula Bárcia
Acabou agora. Muito bom. Depois de
ontem à noite ter apanhado uma seca,
nada melhor do que ficar de bem com o
teatro, com VAI VEM.
VAI VEM vai e fica … na MEMÓRIA. Obrigado.
Mónica Garcez
Actriz
“Vai Vem is a visually rich and beautifully told story - told with no words.
Costumes, lights, soundtrack and four
actors weave together actions into associative scenes that inspire the spectator
to find the narrative in images about
people sending and receiving messages,
leaving, travelling, meeting, dreaming,
looking and finding. And a shipwreck.
Timeless times, narrow alleys, stations,
the unknown. And a stormy ocean. There is something eternally classical about
it all. The costumes associate to some
other time, well done. The soundtrack
is rich and functions at times as a fifth
actor, well done. The lights are beautiful and exact, well done. The actors in
some scenes are simply amazing. Some
characters are down-to-earth, some are
noble with an attitude. Everyone has
their moment.
This is poetry on stage. The final
montage is done by the audience - we
are invited to read the scenes our way,
associate, understand - or just enjoy
the visual, the rhythms, the symphony
created by the stage language.
Everything is well worked and gives
a sense of trust in the quality of the performance. The director has a endlessly
rich vocabulary and creates magic scene
after scene. It looks as if the troupe has
enjoyed the process and grown together.”
Idalotta Backman Actriz de teatro Físico
“En nombre de los ausentes, de los
habitantes del mundo, de los desterrados,
desplazados, inmigrantes. En nombre de
las madres de Siria, de los africanos que
han poblado grandes ciudades buscando
el oro que les fue robado. Vai Vem es ese
grito mudo de centenares de marineros
que llegaron a otras tierras y no han podido regresar de vuelta a casa, a sus raíces.”
Abi Bermudez
Este “Vai Vem” levou-me numa viagem
dentro de mim. Fez-me rir e chorar.
E trouxe-me à memória estes versos
do Henrique Risques Pereira:
Há sempre um comboio que parte /
de algures em qualquer parte do mundo
Há sempre um cais com gente / ansiosa da viagem para parte incerta
Há sempre um futuro com destino /
que a gente do cais não conhece
Dentro deste comboio louco / vou eu
em viagem dentro de mim
No cais alguém fica à espera / de um
comboio que já partiu
Obrigado.
Hugo Lopes
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
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Espectáculos para a infância
Antes de começar
Companhia
da Esquina
1 de Junho. 2ª feira
11.00h e 14.30h - ESPAM V.N. Santo André
2 e 3 de Junho. 3ª e 4ª feira
11.00h e 14.30h - Auditório Municipal António
Chaínho Santiago do Cacém
Uma mão
cheia de…
TAS
3 Junho. 4ª feira
10.00h e 11.30h - CAPAG V.N. Santo André
ficha artística e técnica
adaptação e dramaturgia Jorge Gomes Ribeiro
produção Chapitô e Companhia da Esquina
elenco Pedro Martinho, Daniel Seabra
e Bianca Lima
música Nuno Lacerda
concepção cénica Jorge Gomes Ribeiro e Rita
Fernandes
figurinos Rita Fernandes
execução de guarda-roupa Atelier Alda Cabrita
design gráfico João Afonso
web-design e multimédia Margarida Fernandes
produção Joana Rodrigues
classificação M4
duração 60MIN
Sinopse
Algures no teatro do mundo, há um
boneco e uma boneca que se mexem como
as pessoas. Algures no teatro do mundo
existem os sobreviventes do Grande Circo,
dois bonecos que foram salvos pelo Homem, o bonecreiro que sempre cuidou das
marionetas que faziam parte do grande
espectáculo.
O boneco não sabe que a boneca se
mexe como as pessoas e a boneca não sabe
que o boneco se mexe como as pessoas.
Quando descobrem que se mexem, não
sabem se são bonecos ou são pessoas.
As pessoas não sabem que o boneco
e a boneca se mexem como elas. Mas o
Homem sabe que os seus bonecos têm
coração, também ele tem esta certeza de
que o coração ao invés da cabeça sabe
sempre tudo, ao fim e ao cabo, depois de
tantos anos de espectáculos com os seus
bonecos, também o homem já não sabe
quando é boneco ou quando é homem.
Mas não importa, antes de tudo há que
perpetuar o espectáculo, há que continuar a memória do Grande Circo, há que
comunicar. O homem, antes de começar,
anuncia o espectáculo.
Fantoches? Marionetas? Talvez. Mas...
silêncio, por favor. Porque a peça antes
da peça já começou. Afinal, no Teatro do
Mundo o espectáculo nunca acaba.
“Antes de Começar” é a linguagem do
novo circo e também uma conversa entre
os bonecos e o mundo das pessoas, das pequenas e também das grandes porque “as
pessoas antes de serem grandes começam
por ser pequeninas!”.
ficha artística e técnica
conceito e direcção Carlos Curto
interpretação Célia David, Sónia Martins e Susana
Brito
figurinos e adereços Lucília Telmo
imagem gráfica Ricardo Crista
fotografia Mariana Dias
operação técnica José Santos
contrarregra João Carlos
produção promoção Lisandra Branco
secretariado Ângela Rosa
classificação M4
duração 40MIN
Sinopse
“Uma Mão Cheia de…” pretende dar
sequência à divulgação e promoção da leitura tornando-a mais atrativa e necessária
por se apresentar de forma simples, lúdica
e descontraída. O teatro permite experimentar, brincar e jogar com as letras, as
palavras e as frases de modo a construir
e desconstruir os textos escritos ao papel
e a dar-lhes vida. Assim, numa história
circular, juntámos uma Lalá, uma Lelé e
uma Lili a tagarelar, um til e um macaco,
um bule de chá e uma formiga, a lua e
coisas que não há, florestas e adivinhas,
a mãe e a prima Balbina, chap chap e pim
pim pim…
Uma mão cheia de imaginação que
permite pensar, aprender e crescer mesmo
a brincar.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
Sinopse
A companhia
Um marinheiro mata um albatroz que ajudou o seu barco a sair de uma intempérie.
Devido à insensatez do seu ato, é vítima de
uma maldição. Um a um, toda a tripulação morre, restando apenas o marinheiro
que, apesar de todas as contrariedades,
acaba por chegar a terra. Como pena por
ter morto o pássaro, é forçado a andar
pelo mundo para contar a sua história,
consumido por uma angústia que o impele
a relatar o seu crime e a ensinar o amor
por todas as criaturas.
Inspirado na obra “The Rime of the
Ancient Mariner” do poeta inglês Samuel
Taylor Coleridge (1772-1834) e nas ilustrações de Paul Gustave Doré (1832 — 1883).
Considerada como “devaneio” romântico,
por se situar num território entre a realidade e o sonho, esta obra perspectiva uma
dialética “homem e natureza”, assente
numa extrema visualidade e universalidade.
Teatro de rua para toda a família com
recurso a andas e formas animadas (marionetas de grande porte).
O Teatro do Mar é uma estrutura profissional com 28 anos de existência e um
considerável percurso de itinerância
nacional e internacional.
O seu trabalho tem caminhado no
sentido de abrir caminho para uma “arte
total”. Fundindo o teatro contemporâneo,
essencialmente físico e visual, com as
artes circenses, a dança, as artes plásticas, a música, as formas animadas e as
novas tecnologias, a evolução da pesquisa da Companhia traduz-se pela busca
permanente da simultaneidade do gesto
coreográfico, teatral e da composição de
imagens como leitura global para uma
dramaturgia.
espaço cénico/conceito Julieta Aurora Santos
operação de luz Natasha Bulha Costa
secretariado e administração Sónia Custódio
desenho de cenografia e construção Luís Santos
música e sonoplastia Steve Johnston (Participação Especial
de Elisa Galvão - voz)
produção Contra-Regra, Associação de
Animação Cultural
cartaz LT ART Tattoo
classificação TODOS
produção executiva e promoção Natasha Bulha Costa
duração 50MIN+
A Balada do Velho
Marinheiro
Teatro do Mar
5 Junho. 6ª feira
22.00h - Parque Central V.N. Santo André
12 Junho. 6ª feira
22.00h - Largo Marquês de Pombal Porto Covo
ficha artística e técnica
encenação e dramaturgia Steve Johnston
interpretação Carlos Campos, Luís João Mosteias,
Sandra Santos e Sérgio Vieira
figurinos e adereços Sandra Santos
formas animadas Pedro Domingues Leal
7
execução plástica Teatro do Mar com a colaboração de
Adriana Freitas, Eduardo Cardoso e
Joana Mira
operação de som e desenho de luz Luís Santos
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
Bonecos
de Santo Aleixo
CENDREV
4 Junho. 5ª feira
22.00h - Auditório Municipal António Chaínho Santiago do Cacém
8
A magia dos títeres é ainda mais surpreendente quando estes pequenos bonecos de
madeira saltam para o cenário do retábulo
de madeira e tecidos floridos e conseguem
encantar o público ultrapassando até mesmo
a barreira do idioma. Entre a improvisação
que resulta da interacção com o público e
a fusão entre a cultura popular e a escrita
erudita, estas marionetas conseguem, na
penumbra da sala, uma atmosfera que parece
proceder de séculos atrás.
Estes Bonecos conseguem divertir e
entreter o público do século XXI com um
reportório que abrange os autos da criação
e cenas como o “Baile das Cantarinhas” e o
divertido “Fado do Senhor Paulo d’Afonseca e
da menina Vergininha”, entre outros.
A música, interpretada ao vivo com
uma guitarra portuguesa, é outro dos seus
atractivos.
In Jornal El Adelantado de Segóvia (Espanha)
Sinopse
ficha artística e técnica
autoria Tradição popular
interpretação Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel
Bilou, José Russo e Victor Zambujo
acompanhamento musical (guitarra
portuguesa) Gil Salgueiro Nave
classificação M12
duração 70Min
Estes títeres tradicionais do Alentejo,
são títeres de varão, manipulados por cima,
à semelhança das grandes marionetas do
Sul de Itália e do Norte da Europa, mas diminutos – de vinte a quarenta centímetros.
Os Bonecos de Santo Aleixo, propriedade do Centro Dramático de Évora,
são manipulados por “uma família”,
constituída por actores profissionais, que
garantem a permanência do espectáculo,
assegurando assim a continuidade desta
expressão artística alentejana.
Conhecidos e apreciados em todo o
Portugal, os Bonecos de Santo Aleixo
também já participaram em muitos festivais internacionais em Espanha, Bélgica,
Holanda, Inglaterra, Grécia, Moçambique,
Alemanha, Macau, China, Índia, Tailândia, Brasil, Rússia, México, Itália e França.
“Na verdade, nada se conhece comparável
a este espectáculo, pelo menos na Europa
Ocidental, onde as famosíssimas marionetas que sobrevivem na Bélgica e na Sicília
não possuem a tal ponto estas qualidades
de rigor e fantasia na expressão, nem tão
pouco esta virtude rara de salutar agressividade.
Os Bonecos de Santo Aleixo pertencem a um tipo que é antepassado de toda
a espécie, se bem que as actuais figuras de
pau não sejam senão a cópia, datando apenas de 1940, dos modelos originais de que
se conservam os caracteres arcaicos até na
movimentação executada quase exclusivamente por meio de um varão.”
Michel Giacometti
Já vão longe os tempos em que no Alentejo
o teatro dos títeres era uma das poucas
diversões das gentes destes lugares, mas
a verdade é que os “pícaros” e “atrevidos”
bonecos não perderam o brilho e continuam a encantar o público na aldeia de
Santo Aleixo que lhes deu o nome, nesses
lugares do Alentejo perdido, onde a
memória destas “figuras de pau” continua
a alimentar conversas, mas também em
qualquer canto do mundo onde a magia
do espectáculo parece até fazer esquecer a
barreira da própria língua.
José Russo (actor, bonecreiro, director do
Cendrev)
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
Tartufo
A Barraca
4 Junho. 5ª feira
21.30h - Cine Granadeiro Grândola
6 Junho. Sábado
22.00h - Auditório do Centro de Artes Sines
7 Junho. Domingo
22.00h - Auditório Municipal António Chaínho
Santiago do Cacém
ficha artística e técnica
encenação Hélder Costa
cenografia e figurinos Maria do Céu Guerra
elenco Maria do Céu Guerra; João Maria
Pinto; Adérito Lopes; Carolina
Parreira; Ruben Garcia; Samuel
Moura; Sérgio Moras; Sónia Barradas;
Teresa Mello Sampayo; Tiago Barbosa
sonoplastia Ricardo Santos
iluminação Paulo Vargues; Fernando Belo
classificação M12
duração 70MIN
9
Não há nenhum pecado se pecar em silêncio
Tartufo, IV, 5
Ou seja, podes ser falso e corrupto mas
não sejas estúpido.
Sinopse
“Tartufo”, uma das comédias mais célebres de Molière, beneficiou do apoio do
Poder. Na verdade, o Rei Luís XIV apoiou
o trabalho do autor porque estava farto de
um grupo de beatos, o “ Partido dos Devotos”, que influenciavam a Rainha-Mãe.
Aliás, sem o apoio do Rei, Molière nunca
a poderia escrever pois já estava no Índex
da Universidade de Paris. Apesar desse
apoio Molière não teve vida fácil. Começou por representar a obra com o título de
“Panulfo, ou o Impostor”, proibida após
a primeira apresentação. O Arcebispo de
Paris ameaça com a excomunhão todo
aquele que represente ou assista a tal
obra, que acusa de ser um violento ataque
à religião. Seguiu-se um acordo e uns anos
mais tarde Molière conseguiu finalmente
representar a sua peça com o título original de Tartufo. Mas, afinal, que perigos
cívicos e morais continha essa peça?
Molière utilizava a linguagem cómica,
abordando com mordacidade as relações
humanas que envolvem a religião, o poder
e a ascensão social. Os temas da obra são
Universais e intemporais.
A manipulação dos valores e sentimentos, a falência de uma ética e moral
necessárias para a solidez do tecido
social, tornam este texto de uma actualidade radical.
E como consideramos que o núcleo
principal da obra se situa indiscutivelmente
no contraste/cumplicidade entre a hipocrisia e a credulidade, é uma peça exemplarmente Universal para os tempos actuais.
O Encenador
Hélder Costa
Escritor, Dramaturgo, Encenador e Actor
Estudou Direito em Lisboa e Coimbra;
licenciou-se na Faculdade de Letras/
Institut d’Études Théatrales – Sorbonne,
Paris; foi honrado com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores
2011 e actualmente é o Director do grupo
de teatro A BARRACA .
Textos originais, dramaturgias,
traduções
Mais de 50 peças editadas e montadas por
vários grupos de cidades Portuguesas e no
estrangeiro.
Algumas peças abordam situações e
personagens da História e Cultura de Portugal e de outros países (sem historicismo,
e com a preocupação de se tirarem lições
úteis para o presente).
Outras peças incidem, de forma absurda e satírica, sobre situações da política
internacional contemporânea e comportamentos individuais e colectivos.
Além dos seus textos dirigiu Gil Vicente, Chiado, Dário Fo, Brecht, Mrozeck,
Fassbinder, Ben Hecht, Woody Allen,
Oswaldo Dragun, Lope de Vega, Ettore
Scola, Ionesco, Molière, Eça de Queiroz,
Cândido Pazó, Luís de Sttau Monteiro,
Augusto Boal, Aristofanes, entre outros.
Sobre
a Barraca
A Barraca iniciou com “A Cidade Dourada”, em 1976, um já longo percurso
que decorreu do estudo da História e da
Cultura Portuguesas, e que nos conduziu
a uma acção-testemunho do nosso tempo,
que nos insere num campo de teatro
internacional que, à falta de designação
mais correcta e precisa, se pode definir
por popular.
Teatro popular, porque sem se inscrever na corrente habitualmente designada
por teatro antropológico, estuda e aprofunda as metáforas tradicionais populares, recorre ao mágico, ao poético, e ao
rigor da simplicidade.
Teatro popular também porque se
quer comunicativo e interveniente, porque
acredita na evolução e no progresso, porque gosta de fazer rir e de se divertir.
E ainda teatro popular porque gosta
do abraço do público, e lhe quer dar afectividade e calor.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
10
A entrada do Rei
ESTE,
Estação Teatral
Hotel Flamingo
Propositário
Azul
10 Junho. 4ª feira
13 Junho. Sábado
21.30h - Sociedade R. S. Teotoniense S. Teotónio
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
12 Junho. 6ª feira
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
ficha artística e técnica
uma produção Propositário Azul – Associação
Artística
criação colectiva do encenador e
elenco
direcção Carlota Lagido
elenco/coautoria Ana Alves, João Ascenso,
Sónia Neves e Victor Gonçalves
co/autoria Joana Pais de Brito
desenho de luz Alexandre Costa
fotografia Mariana Silva
ficha artística e técnica
texto original Jacinto Cordeiro
tradução Ana Brum
dramaturgia Ana Brum e Nuno Pino Custódio
encenação Nuno Pino Custódio
espaço e figurinos Ana Brum
direção de produção Alexandre Barata
tradução (sinopse) Pérez de Allencart
fotogria Rades e Leonel Mendes
vídeo Luís Batista
fotografia e vídeo Luís Batista
direção técnica e iluminação Pedro Fino
interpretação Roberto Querido e Tiago Poiares
Sinopse
Esta peça de teatro retrata a viagem
do rei Filipe de Madrid até Lisboa. “Já
todos zombavam desta pretensa travessia,
quando se aperceberam que, desta feita,
era mesmo intenção consumada. Desde
a sua coroação, duas décadas antes, não
passara de promessa. A antiga capital, outrora centro da civilização ocidental, está
ainda atrasada para a sua receção, está a
engalanar-se como nunca, qual amante
que tudo joga para seduzir e conquistar.
Não é fácil segurar o Senhor do Mundo.
Rei de Espanha, de Portugal e dos Algarves daquém e dalém-mar em África, de
Nápoles e da Sicília. Filipe de seu nome…
Aquele que se desviou das promessas
do pai, e enfraquecera Portugal outrora
jurado como território preservado na sua
influência e autonomia. Como será agora,
no ano da graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo de 1619? Há que receber e convencer o Rei, o Rei fará a sua entrada... e é
nesta mesma entrada que se faz irromper
a história de capa e espada de fazer cortar
a respiração”.
A Companhia
A ESTE - Estação Teatral da Beira
Interior - é uma companhia sedeada no
Fundão que tem como objectivo nuclear a
produção de espectáculos através de uma
vocação artística e pedagógica que visa
promover e fomentar a criação e formação
de públicos. Desse modo, a sua actividade está fortemente vocacionada para a
centralização do trabalho do actor, numa
perspectiva de Teatro em Urgência, ou
seja de uma actividade pensada e preparada para acontecer em meios não-convencionais, com público não-convencional.
música e espaço sonoro João Cabrita
design gráfico Paula Dona
cenografia Sttiga e Ana Alves
vídeo Victor Jorge
apoio à produção Bárbara Rocha, Hélio Mateus
e André Silva
classificação M16
duração 60MIN
Sinopse
Agora, onde? Agora, quando? Agora, quem?
Sem perguntar a mim mesmo. Dizer eu. Sem
pensar. E dizer que são perguntas, hipóteses.
Ir em frente, dizer que é ir, dizer que é em
frente.
Excertos de O Inominável, de Samuel
Beckett
Hamlet, Ofélia , Nina e Stanley, personagens de Shakespeare, Tchekhov, Tennessee Williams mas também de Heiner
Muller e outros mais uma vez invocados
pela nossa perfídia encontram-se numa
narrativa pouco linear, procuram sentido para uma existência para além das
palavras que lhes deram vida neste lugar
singular a que chamamos Hotel Flamingo.
Todas elas têm, de origem, uma
dimensão humana intemporal suficientemente rica que nos permite explorar a
sua complexidade e ao mesmo tempo a
sua desconstrução. Partindo das fontes de
material disponíveis das obras (particularmente das peças de teatro e suas adaptações para cinema e televisão) será construído o jogo cénico, que se quer bastante
singular e distinto e que será o resultado
da colaboração desta equipa artística. O
objectivo é criar um objeto dramatúrgico
original mas com fortes referências da
memória do Teatro.
Onde tudo é quase possível.
Onde tudo se torna claro ou quase
tudo.
Procuram-se, inventam-se sentidos
para seguir em frente.
Sem vir de parte alguma, sem ir a parte
alguma.
Excertos de O Inominável, de Samuel
Beckett
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
11
A Razão
TAS
20 Junho. Sábado
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
Habitación 801
Lucas Locus
17 Junho. 4ª feira
21.30h - Cine Teatro Camacho Costa Odemira
18 Junho. 5ª feira
21.30h - Cine Granadeiro Grândola
19 Junho. 6ª feira
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
ficha artística e técnica
direcção Piero Steiner e Lucas Escobedo
dramaturgia Cía. Lucas Locas
vídeo e fotografia Mira Films
web-design Grafe Designs
desenho gráfico Nuria Gondiaz intérprete Lucas Escobedo
assessoria técnica de circo Cía. La Debacle
Sinopse
assessoria de manipulação de
objectos Eduardo Guerreiro
Vicente, generosamente, convida-nos a
passar pela sua casa, ou talvez tenhamos
entrado sem que se tenha apercebido.
Tudo está completamente desarrumado
pois, entre os seus “costumes”, está o de
recolher tudo aquilo que encontra nos
seus passeios matinais.
Uma vez dentro, vimos Vicente funcionando com as suas rotinas quotidianas
mas, essa quotidianidade, não tem nada
a ver com o que poderíamos esperar. De
seguida começa a viver experiências alucinatórias que nos farão viajar do riso ao
choro com extrema delicadeza. Descobrirá, e descobriremos, que foi um grande
artista e veremos se hoje é o dia para tirar
o pó daquilo que lhe deu tantos êxitos. Com uma encenação cuidadosa,
Habitación 801 é um espetáculo de Circo
e Teatro Visual onde, sem dúvida alguma,
“as aparências iludem”.
assessoria de magia Pepe Torres
construção de marionetas Martí Doy
cenografia Ignacio de Antonio
desenho de luz Juanjo Llorens
sonoplastia Sandra Vicente Perea
figurinos Patipau Talavera e Raquel Ibort
vozes-off Carlos Alameda e Miguel Ángel
Anómalo
Porque yo no soy más que una rendija por la
que atisbo y veo.
Ramón Gómez de la Serna
ficha artística e técnica
encenação Carlos Curto
interpretação José Nobre, Miguel Assis,
Sónia Martins, Susana Brito
cenografia e figurinos Sara Rodrigues
design de comunicação José Teófilo Duarte/DDLX
vídeo João Bordeira
fotografia José Santos
música Carlos Curto
desenho de luz e som José Santos
produção Célia David
contra regra João Carlos
secretaria Ângela Rosa
classificação M12
Sinopse
A partir de “O Auto da Razão”
de Jorge Palinhos
“O homem mata a (sua) mulher. A mulher
recusa-se a estar morta. O médico faz o
parto à mulher morta. A amante pede ao
homem para matar a mulher. A amante
morre… Não, não. A mulher morre. O Juiz
que decida! O homem não está louco. Não
está Louco. Louco!”
Este projecto baseado no conceito
absurdo de “O Auto da Razão”, sátira
às relações de violência, intolerância e
degradação dos valores humanos em que
assentam as relações mais íntimas, surge
como uma necessidade de alertar para
questões, vivências e dramas humanos de
importância decisiva, na sociedade. Peça
de teatro de Jorge Palinhos, Prémio de
Teatro Miguel Rovisco, INATEL em 2003.
As imagens e o olhar dos outros, a violência e os espectadores da violência, crimes
à vista de todos, ignorados, consentidos
tanto com a nossa indiferença como com a
nossa ânsia de protagonismo.
Este espectáculo será apresentado
em parceria com SEIES – Sociedade para
o Estudo e Intervenção em Engenharia
Social.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
António e Maria
Teatro
Meridional
13 Junho. Sábado
22.00h - Auditório do Centro de Artes Sines
14 Junho. Domingo
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
ficha artística e técnica
autor António Lobo Antunes
dramaturgia e adaptação Rui Cardoso Martins
encenação Miguel Seabra
interpretação Maria Rueff
espaço cénico e figurinos Marta Carreiras
música original e espaço sonoro Rui Rebelo
montagem Marco Fonseca e Rafael Freire
operação técnica Rafael Freire
assistente de produção (Estagiária) Alexandra Baião
produção executiva Natália Alves
assessoria de gestão Mónica Almeida
direção artística do teatro
meridional Miguel Seabra e Natália Luiza
desenho de luz Miguel Seabra
coprodução Fundação Centro Cultural de Belém /
Teatro Meridional
fotografia Nuno Figueira
classificação M16
assistência de encenação Vítor Alves da Silva
duração 75MIN
assistência de cenografia Marco Fonseca
12
Onde uma mulher teve um amor feliz é a sua
terra natal.
Para ler e escutar Lobo Antunes é preciso
ter a chave certa. Se calhar, a chave mais
directa e mais complexa é a mulher. Melhor dizendo, a multidão de mulheres que
vivem nos seus livros e crónicas.
as mulheres nunca se sabe
A mulher que diz Já fui bonita um dia
sabia?
A outra que falou aos jornais SENHORA DA MÁXIMA RESPEITABILIDADE
QUE EXIGE MANTER O ANONIMATO
CONFESSA À NOSSA REPORTAGEM: EU
AMEI LOUCAMENTE A VÍTIMA.
A terceira que abana os ombros e tem
uma ideia real da ficção Não merece a pena
ficares nervosa que isto é um romance.
Quem diz romance, diz peça de teatro.
A peça ANTÓNIO e MARIA é uma
procura, uma surpresa, um monólogo
múltiplo de mulheres. Vozes mutantes em
corpos iluminados. Um exercício, por assim dizer, de doméstico sublime. Aproveitando uma lição simples do escritor para
a vida toda: Espreitar para dentro de uma
bota porque às vezes há coisas. Sobre o
espectáculo
O Teatro Meridional, dando continuidade a
duas das suas linhas de trabalho de eleição
- criação de novas dramaturgias baseadas
em adaptações de textos não teatrais e
encenação de textos originais – e colocando
uma vez mais o actor no centro da cena, é
a Companhia que se orgulha de dar alma,
forma e caminho a mais um projecto tão
singular da identidade portuguesa.
O objectivo foi partir do grande e profundo universo literário de António Lobo
Antunes, com adaptação e escrita para
cena de Rui Cardoso Martins, identificando um conjunto de personagens cujas
vozes são quase corpóreas e cuja identida-
de é pertença de uma matriz lusitana.
Mulheres e Homens de diferentes
extractos sociais, frágeis, fortes, pessoas
ambíguas, mulheres só desenhadas no
silêncio de cenas quotidianas, outras explodindo ou implodindo na poética tantas
vezes dolorosa do mundo com humor e
intensidade, é o sentido deste espectáculo.
Uma actriz, Maria Rueff, que dispensa
apresentações — e cuja versatilidade no
entendimento e na capacidade de concretizar a ampla diversidade humana — será
o corpo, a sensibilidade e a voz que interpelará, na cena, o mundo.
Esta é a 50ª produção do Teatro Meridional.
Teatro
Meridional.
O projecto
O Teatro Meridional é uma Companhia
portuguesa vocacionada para a itinerância que procura nas suas montagens um
estilo marcado pelo protagonismo do trabalho de interpretação do actor, fazendo
da construção de cada objecto cénico uma
aposta de pesquisa e experimentação.
As principais linhas de actuação artística do Teatro Meridional prendem-se com
a encenação de textos originais (lançando o desafio a autores para arriscarem a
escrita dramatúrgica), com a criação de
novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo
para a ligação ao universo da lusofonia,
procurando fazer da língua portuguesa um
encontro com a sua própria história), com
a encenação e adaptação de textos maiores
da dramaturgia mundial, e com a criação
de espectáculos onde a palavra não é a
principal forma de comunicação cénica.
Companhia fundada em 1992, realizou
até à data 50 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 21 países. Os
trabalhos do Teatro Meridional já foram
distinguidos 27 vezes a nível nacional e 9
a nível internacional, dos quais se releva
o Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, 2010.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
13
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
Fabula Buffa
Teatro Picaro
20 Junho. Sábado
22.00h - Auditório do Centro de Artes Sines
21 Junho. Domingo
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
14
“Nham Nham”
Um delicioso
musical
Teatro da
Trindade
26 Junho. 6ª feira
22.00h - Auditório Municipal António Chaínho
Santiago do Cacém
ficha artística e técnica
criação Ciro Cesarano e Fabio Gorgolini
interpretação Fabio Gorgolini e Paolo Crocco
direcção artística Carlo Boso
produção e agenciamento Background.spp
classificação M12
duração 60MIN
Sinopse
“Fabula Buffa” é uma fábula teatral
inspirada no Mistério Bufo de Dario Fo
e na tradição do teatro popular italiano.
A companhia TEATRO PICARO conta
o nascimento do Bufão e o milagre do
sorriso perante os problemas da vida e da
sociedade, através das aventuras de dois
mendigos da época pré-romana.
A parábola destes dois mendigos de
uma outra época leva-nos a refletir sobre a
nossa sociedade e sobre os paradoxos que
ela esconde através de uma mensagem
passada com emoção e com uma boa dose
de humor.
Fabula Buffa é filha da Commedia
dell’Arte. Neste espetáculo reencontramos
as técnicas tradicionais do teatro italiano,
da mímica, da pantomima, música, grammelot, acrobacia, etc.
Apesar de apoiado em temas e situações de outros tempos, este espetáculo
fala de nós, do nosso mundo e do nosso
tempo. Depois de 300 representações
realizadas e 3 continentes diferentes, “Fabula Buffa” será apresentada no Festival
de Santo André com o objectivo de fazer
sorrir, emocionar e refletir.
ficha artística e técnica
Encenação Claudio Hochman
Coreografia Bruno Cochat
Direção Musical Carlos Garcia
Fotografia José Frade
Com Formandos do Curso de Teatro
Musical – Formação de Atores da
Academia INATEL
CLASSIFICAÇÃO M6
DURAÇÃO 75MIN
Sinopse
A Fundação INATEL iniciou a 1 de Março
de 2014, como projeto, a Academia INATEL. Este projeto de âmbito formativo
foi criado com o intuito de desenvolver
formação externa de âmbito profissional
ou com valia acrescida nas áreas de intervenção da INATEL, designadamente na
Cultura (Artesanato e Artes e Espetáculo),
Turismo (Turismo e Lazer e Hotelaria e
Restauração), Desporto e Informática na
Ótica do Utilizador. Um dos primeiros
Cursos da Academia foi o Curso de Teatro
Musical – Formação de Atores. Esta
primeira edição iniciou com 16 formandos
2 deles bolseiros Fundação INATEL /
GDA. Este Curso de 4440h de formação
e duração de 9 meses, tem como objetivo
dotar os formandos de técnicas básicas
do teatro musical, dança, canto e teatro,
contando com um elenco de formadores
como Claudio Hochman, Bruno Cochat,
Rui Baeta, Armando Possante, Catarina
Santos, Filipa Francisco, Silvia Real, Margarida Encarnação e Paulo Carrilho.
NHAM NHAM Um Delicioso Musical
é o exercício final desta 1ª edição deste
Curso, mas é também um espetáculo que é
uma construção conjunta entre formadores e formandos.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
Areia
Circolando
28 Junho. Domingo
22.00h - ESPAM V.N. Santo André
15
ficha artística e técnica
criação colectiva
produção Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia
Santos
direcção artística André Braga e Cláudia Figueiredo
coordenação técnica e luz Francisco Tavares Teles
Interpretação André Braga, Paulo Mota
(movimento) e Peixe (música)
som André Pires
direcção e concepção plástica André Braga
dramaturgia Cláudia Figueiredo
composição musical Tó Trips
vídeo João Vladimiro
realização plástica Nuno Guedes, Nuno Brandão,
Sandra Neves
desenho de luz Cristóvão Cunha
desenho de som Harald Kuhlmann
Um dia partiu em demanda do seu deserto.
Jorge Luis Borges
Todos trazemos um deserto em nós onde nos
podemos achar ou perder.
No deserto nunca paramos. Lá somos fragilidade em movimento, consciência de sermos
um grão apenas, à beira de se volver em pó.
Adalberto Dias de Carvalho
Sinopse
Não é certamente por acaso que num tempo em que todos nos inquietamos com um
Portugal a ruir, há uma matéria que nos
inspira reflexões sobre o fim e o recomeço.
Fim de uma era, fim de um ciclo e a travessia exigente pelos nossos desertos.
‘Recomeço. Não tenho outro ofício.’
Areia na cabeça e o esvaziar da memória. Tudo é de novo possível.
A vontade de novas linguagens, novos
caminhos.
‘Como se a travessia do deserto tivesse
que destruir tudo, queimar tudo na sua
memória, fazer dele outro homem.’
Mar de areia. Mar de tempo.Silêncio. Suspensão. Vácuo.A paisagem mais
antiga do mundo. Origem. Fim. Mistério.
Criação.O silêncio é extremo. ‘Estarei
morto?’
“Primeiro ruirá o tempo e depois a
Terra.
Estou a cair. Estou caindo por todo o
espaço infinito, numa queda sem direção.
Noite. Firmamento. Estrelas.
E uma frase pequena que se repete:
‘Por que bates tão forte coração?’
Paisagens ardentes. Paisagens queimadas.
Febre.
A febre queima-o e fá-lo beber da
loucura e da morte.
Nada. Silêncio. Água.
Coração quente. Coração do sul.
Infinitos de céu e areia.
Vertigem. Silêncio. Nada.”
palco e montagem Nuno Brandão
agradecimentos especiais Madalena Victorino, Ainhoa Vidal e
Yumi Fujitani
co-produção Circolando, Teatro Nacional São João
e Centro Cultural de Belém
circolando é uma estrutura
subsidiada pela direcção geral das
artes
outros apoios IEFP / Cace Cultural do Porto
classificação M12
duração 60MIN
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
16
Animações
IMPORTÂNCIA
DAS ANIMAÇÕES
As animações musicais e
outras performances que
antecedem os espectáculos
constituem, desde há vários
anos, um complemento muito
interessante do programa e são
uma das actividades complementares que gostaríamos de
ver reforçada na Mostra.
O programa de animações
que agora se apresenta resultou, porém, de uma situação
de recurso a que nos vimos
obrigados em última instância,
depois de ter falhado uma parceria de colaboração já acordada, com que contávamos e para
cuja falha não estávamos preparados. No entanto, é gratificante referir que nesta situação,
depois do apelo com carácter
de urgência aos agrupamentos
musicais da região e a alguns
amigos mais ligados ao meio,
foram muitas e generosas as
respostas que recebemos e
nos permitiram estruturar um
programa alternativo que, sem
embargo, garantirá a qualidade que o público espera desta
componente do festival.
Por isso, para além de aqui
deixarmos o público e justo
agradecimento pela disponibilidade solidária e pelo interesse
genuíno que sentimos em todos
eles é com grande satisfação
que destacamos estes projectos
que irão desfilar ao longo dos
dias da Mostra, realçando que
se tratam de participações graciosas, dado que as reiteradas
limitações financeiras não nos
permitem compensar, como
seria justo, estas importantes
colaborações.
4 Junho. 5ª feira
7 Junho. Domingo
Santiago do Cacém
Santiago do Cacém
Ensemble Methórios
Maria Mirra
- Miguel quê? Ah sim… com ípsilon? pois
claro… Miguel Pyrrait.
- O texto foi escrito no “Linux” , vejam lá se
conseguem abrir. Quanto à imagem não sei
bem, olha coloquem uma passarola do Bartolomeu de Gusmão.
As boas propostas falam por si e propagam-se de boca em boca… o quarteto do Miguel
Pyrrait foi-me sugerido sem reservas como
uma excelente solução para uma das noites.
O contacto telefónico com o Miguel não podia
ter uma resposta mais franca, apesar da
conjuntura difícil que estes quatro músicos e
professores estão a viver com meia dúzia de
vencimentos em atraso…
É com muita satisfação que podemos integrar
este projecto de música original na voz da
guitarra, do contrabaixo, da viola de arco e
do saxofone que, estamos certos, muito virá
enriquecer este programa de animações.
O Carlos Silva, que também colaborará com
o Paulo Encarnação, propôs-se acompanhar
a Maria Mirra numa outra proposta. Foi assim, com simplicidade e sem pretensiosismos
que se fez o programa.
O que aconteceria se, de longínquas viagens, a linha lógica e racional do espírito
se cruzasse com o pensamento mágico,
embriagando-se com o novo mundo então
revelado?
O que aconteceria se, de longínquas viagens, a curva de sons de rigoroso contraponto se cruzasse com selváticos rituais
onde reencontravam o pulsar da terra e
do mar?
Talvez o mistério da saudade se revelasse,
não como destino, mas como geometria
da completude dos lugares dispersos das
almas.
Maria Mirra é de Alcacér do Sal e começou a tocar Saxofone Alto aos 10 anos de
idade, na Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, incentivada por um
músico da mesma. Poucos anos depois
interessa-se por um novo instrumento,
a Guitarra e desde então não parou de
tocar. Aos 18 anos tocou e cantou pela
primeira vez num Bar em Alcácer do
Sal, do qual Mário Lubrano Vicente era o
responsável, quando fazia parte da banda
Two Moon, da qual também Catarina
Potier e Mario Picaró fizeram parte.
Segue-se um projeto com alguns músicos
da SFPMG sendo eles José Vaquinhas,
Hugo Morais, Vanessa Romão e Mário
Picaró, projecto este que foi a palco na
Semana da Juventude de Alcácer do Sal.
Fez ainda alguns concertos na sua terra.
Aos 24 anos revela-se uma nova paixão, o
Fado, e começa a cantar com Carlos Silva e
João Núncio. Nos dias que correm fez uma
junção do Fado com a Música Brasileira
que apresenta em vários locais…
Género – Fado Bossa Nova
Formado em Sines, o Ensemble Methórios
(do grego antigo, aquele que está sobre a
Fronteira) habita aquela zona obscura,
entre o lugar e a viagem, onde se cruzam a
música popular e a música erudita; a tradição portuguesa e as músicas do mundo;
as guitarradas e a música de câmara.
Miguel Pyrrait – Guitarra Portuguesa
Bruno Silva – Viola de Arco
Rita Ramos – Violoncelo
Bruna Domingues – Contrabaixo
12 Junho. 6ª feira
ESPAM. V. N. Santo André
Alexandre Pintassilgo
O Alexandre Pintassilgo, contactado ao final
do dia porque foi quando conseguimos o seu
número de telemóvel, aceitou participar sem
quaisquer reservas, só necessitava ver a agenda de compromissos da banda de Santiago do
Cacém da qual é o atual regente.
embarcados numa viagem musical entre a
busca das raízes sonoras da música tradicional portuguesa e a fusão com os ritmos
da world music, impulsionado pela multi-instrumentalidade do bando. As letras,
de uma actualidade intemporal, abordam
o amor e temas da sociedade contemporânea. Da música de intervenção colhe
influências de compositores nacionais e
estrangeiros, de José Mário Branco a Raul
Seixas, combinando ritmos enérgicos e
um ambiente íntimo e descontraído para
interagir com o público e apelar à boa
disposição.
Alexandre Pintassilgo – voz, ukulélé,
trompete
Cristina Cardoso – acordeão, coros
Fernando Salema – contrabaixo
Pedro Sequeira – bateria
13 Junho. Sábado
ESPAM. V. N. Santo André
Portugal Continuum
por João Luz
Sempre que é possível apresentamos uma
performance teatral ou de dança nesta
componente, ainda que as características do
local e a falta de condições técnicas para o
enquadramento destes espectáculos impeça a
apresentação de algumas das propostas.
O João Luz vem da ESTC, à imagem de
tantas outras colaborações que temos recebido
em anos anteriores, numa relação com as estruturas de ensino superior que gostaríamos
de ver aprofundada e enquadrada institucionalmente no futuro.
A minha personagem já sabe de antemão
tudo aquilo por que vai passar.
Quem sou eu? Neste preciso momento sou
Prometeu. Tornou-se o meu nome no momento exato em que deixei que o fogo fosse a minha queda. Ultrapassei o limite da
vertigem, senti o meu corpo cair. O corpo
dormente perfurou qual agulha as negras
águas. No fígado finquei o olhar, crente
que a resposta às minhas ânsias estaria
no futuro. Não sabia: estava a mergulhar
mais fundo. Águas negras adensaram-se
como amarras e agora quedo aqui. Solidão
sonora.
“Grande parte dos nossos problemas devem-se ao desejo apaixonado por, e apego
a ‘coisas’ que erroneamente apreendemos
como entidades duradouras”
Dalai Lama
Texto, criação e Interpretação – João luz
Alexandre Pintassilgo é um jovem
cantautor popular do litoral alentejano,
com um espectáculo musical enérgico de
canções originais de amor e intervenção
político-social. Desde Maio de 2012, voa
na companhia do seu bando de 5 músicos,
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
17
Animações
14 Junho. Domingo
19 Junho. 6ª feira
21 Junho. Domingo
28 Junho. Domingo
ESPAM. V. N. Santo André
ESPAM. V. N. Santo André
ESPAM. V. N. Santo André
ESPAM. V. N. Santo André
Paredes Meias
Juka, Richard & Rhadesh
Paulo Encarnação
e Carlos Silva
Latitude
com Rui Vinagre e Rodrigo Vilhena
O Rui é um colaborador habitual nestes
programas. A qualidade da sua música
e a energia e paixão que coloca nas suas
actuações, tanto a solo como na companhia
de outros músicos, tem-se revelado uma das
melhores soluções para este momento e espaço
tão particulares, evidenciando o potencial
da guitarra portuguesa para se impor e tocar
profundamente a alma dos espectadores de
ocasião, distanciando o instrumento da música de fado a que está vulgarmente associado.
Foi nas salas da secção de fado da Associação Académica de Coimbra que Rui
Vinagre em 1997 iniciou o seu estudo sob
orientações dos professores Dr. Jorge
Gomes e Dr. Miguel Drago. Mais tarde a
necessidade de consolidar a sua técnica
levou a procurar o Mestre Paulo Soares na
Escola do Fado e da Guitarra de Coimbra.
A Guitarra foi o instrumento que escolheu
para o acompanhar e como guitarrista
traçou de forma natural os seus caminhos, dando preferência à aprendizagem
do repertório da família Paredes e suas
próprias composições, criando projetos
como, “Despertar “, TRILHOS – “novos
caminhos da Guitarra Portuguesa”, “Paredes Meias”, e “Rui Vinagre à Capela”,
transportando o som da sua guitarra, por
vezes desafiando os seus horizontes.
Em “Paredes Meias” apresenta-se com
Rodrigo Vilhena, numa proposta musical
de características singulares, que surgiu
na sequencia da atividade de ensino artístico, desenvolvida pela Escola de Artes
do Alentejo Litoral, a qual permitiu um
entendimento musical de características
singulares entre os dois músicos.
Rodrigo Vilhena faz assim também parte
do percurso de Rui Vinagre, o qual lhe
proporcionou o primeiro contato com a
Guitarra Portuguesa despertando-lhe
uma necessidade própria e desafiante de
a conseguir dominar e transmitindo-lhe
bases técnicas fundamentais para a sua
execução.
O momento instrumental que irá certamente despertar também sensações
nos presentes, tem como fio condutor a
execução de criações originais de ambos
os músicos e também a interpretação de
repertório conhecido da Guitarra Portuguesa.
Uma proposta mais jovem a dar um toque de
contemporaneidade a estas animações e uma
forma de divulgação destas áreas da criação
musical porventura menos conhecidas do
grande público. A participação deste projecto
revela também o espírito com que se faz a
Mostra, em que os conhecimentos em rede
permitem abrir portas a um número quase
ilimitado de novas possibilidades.
Juka, Richard e Rhadesh são três jovens
residentes de V. N. Santo André. Apaixonados por música electrónica e pela sua
produção, nesta intervenção propõem
batidas onde reconstroem antigos sons de
soul, funk e jazz.
20 Junho. Sábado
Associando talento à excelente voz, o Paulo é
um apaixonado pelo palco e é um homem da
casa, na medida em que também já integrou
como actor, diga-se de passagem que talentoso, alguns trabalhos do GATO SA. É sempre
um prazer contarmos com os seus projectos
musicais e aproveitar a oportunidade para
reatar o contacto que a vida nem sempre
deixa manter tão vivo como gostaríamos.
Paulo Encarnação nasceu em Carmona
em 1973. O fascínio pelo palco começou no
teatro, em pequenas peças escolares. Aos
16 anos estreou-se no CETA (Circo
Experimental de Teatro de Aveiro). Em
1994, forma o grupo de teatro “Abrupto”
no Parque Natural da Ria Formosa, em
Olhão e colabora na formação da companhia de teatro “Fech’o Pano”, em Vila Real
de Santo António.
Em 2014 surge o projeto “Paulo and Friends” onde tem a oportunidade de se fazer
acompanhar de vários músicos e amigos,
como os acima mencionados e ainda o
pianista Ernesto Rodrigues e o saxofonista Sandro Ferro. Nos últimos 2 anos foi
convidado a dar voz a alguns temas nas
audições da Escola de Música do Professor Carlos Silva.
O Rangel, para além de importante promotor
musical na região e músico carismático bem
conhecido entre nós, é um velho amigo e colaborador. Muitos foram os projectos musicais
que nos trouxe, sempre acompanhado de bons
músicos igualmente disponíveis que proporcionaram momentos muito agradáveis de
música apelativa e festiva, dando um sentido
ainda maior a esta componente, pela cumplicidade que transparece no palco e contagia o
público.
Este projecto une artistas com percursos
já longos na música ao vivo e com raízes
culturais simultaneamente idênticas e diversas. LATITUDE traz-nos uma música
portuguesa adocicada com pozinhos de
lusofonia.
Rangel – Guitarra e Voz
Zé Carlos – Bateria
Baró – Percussão
Carla Nunes – Acordeão
ESPAM. V. N. Santo André
Olive Gorge
- Queres vir fazer uma animação à Mostra?
- Quero sim, eu já tinha intenção de o propor.
É com muita satisfação que voltamos a
apresentar este “gato” mais velho, sonoplasta
profissional e criador de música electrónica.
Há três anos o Jorge fez música com os sons
do estrelar de um ovo e da preparação de uma
salada… vamos ver o que nos traz desta vez.
Jorge Oliveira nasceu em Lisboa em 1976,
e passou a adolescência no Alentejo onde
integra a equipa técnica do Gato SA.
Formou-se em Som na ETIC em 1999,
adquirindo competências técnicas no
domínio do áudio.
É como sonoplasta e na área da pós-produção que desenvolve a sua carreira,
tendo colaborado com várias produtoras
e em todas as fases de produção, desde a
captação à pós-produção. Iniciou a atividade profissional em 1999 tendo participado em diferentes projectos audiovisuais,
que vão desde a sonorização de filmes
para cinema, anúncios, séries, telenovelas, espectáculos, à criação de bandas
sonoras para teatro , cinema e instalações.
Desenvolve e participa regularmente em
projectos ligados à música eletrónica.
26 Junho. 6ª feira
Santiago do Cacém
Ana Messias Trio
O Salema já conhece o esquema. Gostamos de
boa música e projectos interessantes mas não
temos dotação para os cachets… no entanto,
nunca nos faltaram as colaborações solidárias a enriquecer o festival e ele é um dos “habituées”. Desta vez vem com a Ana Messias e
o Alex Barradas e nós agradecemos.
Género – Bossa/Jazz Pop/Rock
Ana Messias – Voz & Piano
Fernando Salema – Contrabaixo & Saxofone
Alex Barradas – Bateria
Haveria por certo muitos
outros amigos disponíveis para
integrar o programa deste ano.
No entanto, a urgência com
que tudo acabou por ter de se
fazer juntou estas propostas
que, estamos certos, virão
corresponder à expectativa do
exigente público do festival
que há muito se habituou a
esta componente adicional ao
programa de teatro.
O nosso muito obrigado a todos
os agrupamentos participantes
na 16ª MITSA e os desejos dos
maiores sucessos para cada
um deles, esperando que esta
colaboração também os possa
ajudar a promover os seus projectos junto do grande público.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
18
Exposições
“Vadiando
por aí…”
de Ricardo
Valadares Matta
ESPAM
Vila Nova de Santo André
“Uma Carta Coreográfica”
de Madalena Victorino
ESPAM Vila Nova de Santo André
O Corpo Como Adivinha
A Dança Como Fábula
Esta exposição é como uma carta. Uma
carta escrita para si. Esta carta quer
acordá-lo para a força expressiva e transformadora que o corpo tem. O corpo transporta consigo sentidos
escondidos atrás dos seus movimentos,
gestos, posturas e olhares.
Seja qual for o contexto, o corpo desvenda sempre partes da sua identidade,
da sua personalidade, da sua condição e
dos seus segredos. Todos estes aspectos
se completam e revelam no caminhar
pela vida.
Esse caminhar de cada um compõe
no conjunto da população uma gigante
paisagem humana em movimento, através do tempo e do espaço. O corpo fala sem precisar de usar palavras. Não mente. A comunicação não
verbal é, por isso, uma fonte poderosa de
conhecimento. Uma fonte rica, misteriosa e aberta. Ajuda-nos a ler o outro entre
as linhas das palavras ditas. O que esta carta propõe é uma visita
a um conjunto de corpos, com idades, em
situações e condições diferentes, através
da linguagem da fotografia, da pintura e
do desenho, que celebram a sua existência.
Para essa celebração criou-se um
grande mapa com nove painéis. Cada um
deles ilumina um ponto de vista sobre o
corpo. Lança-se aqui o convite à leitura
coreográfica desta carta.
A palavra coreografia vem do grego
antigo e quer dizer “a escrita do círculo”. Coreo – círcuo, roda, a forma que é
mais perfeita e mágica; grafia – grafismo,
desenho ou escrita.
A “coreografia” é o desenho do corpo
em movimento. Com a íris dos nossos
olhos, podemos ver e compreender a
“dança” que se encontra à flor da pele
destes corpos desenhados, pintados e
fotografados…
Estes nove painéis falam do corpo
como uma grande adivinha. Em cada
painel, haverá oportunidade para ver,
ler e mover-se, para adivinhar ou intuir
o que resulta do cruzamento entre os
corpos que vemos e o nosso próprio corpo. A seguir a estes nove painéis, haverá
outros nove que falarão do movimento
do corpo quando este se transforma em
dança.
Esta exposição divide-se, assim, entre
duas estações: saltando do sítio da terra,
do corpo como adivinha, para o lugar da
dança, a dança como fábula.
A carta move-se, se o leitor quiser.
Ela move-se com o tempo, com o tempo
das suas leituras.
O leitor pode sempre escolher entre
olhar e ler, olhar e mover-se, ler e mover-se. Pode querer fazer as três experiên-
cias. Pode fazê-lo sozinho ou em grupo.
Cada painel apresenta três planos de
leitura:
1. Grande painel de imagens;
2. Texto que oferece pistas à leitura das
imagens;
3. Cartas para ler com o corpo: na primeira estação | “segredos coreográficos
para dançar (aqui); na segunda estação
| “fábulas coreográficas para dançar
(agora).
Para ler toda a carta será preciso caminhar pelos terrenos destes corpos, os da
terra e os da d ança, que se encontram
juntos numa composição e que propõem
uma adivinha: a relação entre si. Nessa
associação, surgem o limite e a possibilidade de diálogo entre os corpos. O corpo,
no que ele tem de universal e individual,
e acção do tempo sobre o corpo, a acção
do corpo sobre o tempo, a acção da
gravidade dobre o corpo, a emoção e os
seus signos, a solidão como fronteira, o
desejo de conquistar o espaço para vencer, comunicar, crescer. lembrar, brincar,
dormir.
O corpo existe numa metamorfose
permanente, rápida e imperceptível.
Os seus segredos e as suas fábulas
fazem parte da sua construção.
Esta carta é o jogo da sua desconstrução…
Mostra fotográfica de Ricardo Valadares
Matta, Nascido na primavera de ´77, em
Alvalade, Lisboa, residente em Évora.
Esta exposição apresenta ritmos, gente
de uma terra, patrimônio cultural que se
desvanece à velocidade de uma geração.
Sabedoria ancestral perdida para sempre
ou convertida em código binário, empacotada e guardada em poderosos suportes
multimédia.
A superficialidade reina, é hora das
pessoas reconhecerem que afinal o mundo
tem asas, existe, não são só histórias
através da televisão e internet, pode se
ver, sentir, cheirar, ouvir e desfrutar o seu
sabor.
Sozinho percorro as ruas da Capital
Portuguesa, revejo-me, apaixono-me,
encontro-me na sua energia, diluo-me
nas suas memórias, na fraternidade de
um passado recente, na mudança de um
presente em crise, à sombra de um futuro
longínquo que parece que já vivi. Gentes
que apesar de diferentes são ao mesmo
tempo tão iguais.
Esta exposição pretende incentivar
outros, a sentir nas ruas de Lisboa uma
forma diferente de incorporar a sua
essência, correr atrás de novas sensações,
descobrir o verdadeiro espirito bairrista
do povo Alfacinha!
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
19
Workshops
Workshop de Teatro de Objectos e Manipulação de Bonecos
20 de Junho 10.00h - 13.00h / 15.00h - 18.30h
21 de Junho 10.00 / 13.30h
C.A.P.A.G. Vila Nova de Santo André
Inscrições na Teatroteca
Carga horária
10 horas
Informações
269759096 - [email protected]
Formador: Lucas Escobedo
O Teatro de objectos é aquele em que se
usa o objecto para um fim dramático,
pode ser um boneco, uma marioneta, uma
máscara, uma cenoura… qualquer elemento pode ganhar vida e contar-nos uma
história. Existem milhões de objectos ao
nosso redor com uma função determinada
mas podemos retirar-lhes a sua utilidade
habitual e manipulá-los criando uma
realidade distinta em palco.
Objectivos do workshop
•O
ferecer aos alunos ferramentas técnicas necessárias para a manipulação de
objectos.
•D
ar aos participantes uma noção da linguagem das marionetas e dos objectos.
• Aprender a utilizar as próprias ferramentas expressivas do actor (corpo, voz,
imaginação, coordenação e sensibilidade)
•A
profundar a criação teatral a partir do
trabalho com o objecto.
• Incentivar os artistas a desenvolverem os
seus próprios recursos pessoais através
da escuta, da convicção, do impulso,
dos pontos fixos, da desvinculação, do
distanciamento, da improvisação e da
memória em relação ao objecto e à ocupação do espaço.
Sobre o formador
Lucas Escobedo, começa a sua formação
artística com Andrés Hernández e Mar
Navarro (discípula directa de Jacques
Lecoq) e prossegue a sua aprendizagem
no Institut del Teatre de Barcelona, na
vertente de Interpretação e Teatro Visual.
Daí formou-se com diferentes maestros
(Román y Cía, Moshe Kohen, Patricia
Kraus, Jesús Jara, Vaisily Protsenko,
Christian Atanasiu, Sean GandinI, Kati
Yla- Hokkala, Maksim Komaro, Lucas
Ronga, Francisco Macià).
A sua experiência profissional levou-o
a trabalhar com diferentes companhias
como Cía. Aérea teatro, Tragalenguas
Teatro, Teatro Circo Price, Román y Cía,
La Société de la Mouffette, Circo de los
Horrores, La Trócola Circ, Cía. Cocotte,
Cía. La Debacle. Também participou em
distintos projectos audiovisuais como El
Conciertazo de TVE, Babaclub do Canal
9, Io Don Giovanni de Carlos Saura, Seven
Pets para Disney Chanel.
Com esta experiência acumulada, no
ano 2011, decide começar uma nova etapa
com a criação da sua própria companhia,
Lucas Locus. Desde então esteve presente
em distintas praças, teatros e festivais:
Fira Tàrrega, Fira Trapezi de Reus, Festititeres, Mostra Internacional de Mimo da
Suécia, Festival Títere Madroño, Nigrás
Circus Festival de Galicia, Sarnico Festival
(Itália), Majoca Festival (Itália), Festival de
Circo e Artes Cénicas de Ecuador.
16ª mostra internacional de teatro de santo andré
20
Programa
28 de Maio. 5ª Feira
6 de Junho. Sábado
17 de Junho. 4ª Feira
Cine Granadeiro. Grândola
CAPAG. V.N. Santo André
Cine Teatro Camacho Costa. Odemira
21.30h – Vai Vem | Gato SA
18.00h e 22.00h – Vai Vem | Gato SA
21.30h – Habitación 801 | Lucas Locus
30 de Maio – Sábado
Auditório do Centro de Artes. Sines
18 de Junho. 5ª Feira
Auditório do Fórum Cultural
Transfronteiriço. Alandroal
22.00h – Tartufo | A Barraca
Cine Granadeiro. Grândola
7 de Junho. Domingo
21.30h – Habitación 801 | Lucas Locus
CAPAG. V.N. Santo André
19 de Junho. 6ª Feira
18.00h – Vai Vem | Gato SA
ESPAM. V.N. Santo André
Auditório Municipal António Chaínho.
Santiago do Cacém
21.30h – juka, richard beats & rhadesh
21.30h – Vai Vem | Gato SA
1 de Junho – 2ª Feira
ESPAM. V.N. Santo André
11.00h e 14:30h – Antes de Começar |
Companhia da Esquina
21.30h – maria mirra
2 de Junho – 3ª Feira
22.00h – Tartufo | A Barraca
Auditório Municipal António Chaínho
Santiago do Cacém
10 de Junho. 4ª Feira
11.00h e 14:30h – Antes de Começar |
Companhia da Esquina
3 de Junho. 4ª Feira
Sociedade R. S. Teotoniense. S. Teotónio
21:30h – A Entrada do Rei |
ESTE – Estação Teatral
12 de Junho. 6ª Feira
11.00h e 14:30h – Antes de Começar |
Companhia da Esquina
21.30h – alexandre pintassilgo
10.00h e 11:30h – Uma mão cheia de… |
Teatro Animação de Setúbal
4 de Junho. 5ª Feira
Auditório Municipal António Chaínho.
Santiago do Cacém
21.30h – ensemble methórios
22.00h – Bonecos de Santo Aleixo |
CENDREV
Cine Granadeiro. Grândola
21.30h – Tartufo | A Barraca
5 de Junho. 6ª Feira
20 de Junho. Sábado
ESPAM. V.N. Santo André
Auditório Municipal António Chaínho.
Santiago do Cacém
CAPAG. V.N. Santo André
22.00h – Habitación 801 | Lucas Locus
ESPAM. V.N. Santo André
22.00h – A Entrada do Rei |
ESTE – Estação Teatral
Praça Marquês de Pombal. Porto Covo
22.00h – A Balada do Velho Marinheiro |
Teatro do Mar
13 de Junho. Sábado
ESPAM. V.N. Santo André
21.30h – portugal continuumperformance
22.00h – Hotel Flamingo | Propositário Azul
Auditório do Centro de Artes. Sines
22.00h – António e Maria |
Teatro Meridional
Parque Central. V.N. Santo André
14 de Junho. Domingo
22.00h – A Balada do Velho Marinheiro |
Teatro do Mar
ESPAM. V.N. Santo André
21.30h – paredes meias
22.00h – António e Maria |
Teatro Meridional
21.30h – olive gorge
22.00h – A Razão |
Teatro Animação de Setúbal
Auditório do Centro de Artes. Sines
22.00h – Fabula Buffa | Teatro Picaro
21 de Junho. Domingo
ESPAM. V.N. Santo André
21.30h – paulo encarnação e carlos silva
22.00h – Fabula Buffa | Teatro Picaro
26 de Junho. 6ª Feira
Auditório Municipal António Chaínho.
Santiago do Cacém
21.30h – ana messias trio
22:00h – Nham Nham | Academia Inatel
27 de Junho. Sábado
Auditório do Centro de Artes. Sines
22.00h – Vai Vem | Gato SA
28 de Junho. Domingo
ESPAM. V.N. Santo André
21.30h – latitude
22.00h – Areia | Circolando
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MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO de Santo André