16ª MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO de Santo André 1 a 28 de Junho V. N. Santo André Santiago do Cacém Sines Porto Covo Odemira S. Teotónio Grândola Alandroal 2015 16ª mostra internacional de teatro de santo andré jornal da mostra 2 16ª MITSA, um grande festival feito com pequenos apoios AJAGATO Associação Juvenil Amigos do GATO Centro de Actividades Pedagógicas Alda Guerreiro 7500-160 Vila Nova de Santo André Telf. 269759096 Fax . 269759098 [email protected] www.gatosa.com director Mário Primo design gráfico Pedro Dias edição e revisão de textos Ana Nunes Marina Leonardo Mário Primo foto de capa © José Mónica impressão 100Luz patrocinadores gerais (…) A exiguidade das verbas atribuídas ao teatro é normalmente justificada, dentro da retórica habitual, com o argumento de que diante da crise os sacrifícios tocam a todos e o teatro não pode ficar de fora. Já se sabe que, na verdade, os sacrifícios não tocam a todos, e não podiam, de maneira nenhuma, tocar da mesma forma. (…) Na realidade, o Estado está a dever muito mais dinheiro ao teatro do que o teatro ao Estado: se não fosse a actividade das companhias independentes subvencionadas, que executam a maior parte do serviço público no que diz respeito à criação teatral, não haveria verdadeiramente teatro no nosso país. (…) Joaquim Benite - in “O teatro e a defesa da cidadania” Julho de 2012 patrocinadores de espetáculos colaboração e apoios capag | unicer | assisvet horta de mesquita | sitank aicep global parques | stand os putos moveis fernandes extensões de acolhimento santiago do cacém sines | porto covo | odemira s. teotónio | grândola alandroal A Mostra acumula sucessos artísticos e aumentos de adesão de público na mesma medida em que enfrenta os défices crónicos por mais apertada que seja a planificação e a gestão de recursos. A saga da manutenção deste projecto, que recebe anualmente os mais rasgados elogios do público e das próprias companhias participantes, continua e exige cada vez mais disponibilidade e engenho à pequena estrutura organizativa. Mas, no entanto, de 1 a 28 de Junho aí está uma vez mais a 16ª Mostra Internacional de Teatro “rasgando o quebranto da vila” em Santo André e Santiago do Cacém, reunindo 14 espectáculos diferentes de outras tantas companhias profissionais cujas apresentações se estendem a Sines, Porto Covo, Grândola, Odemira, S. Teotónio e Alandroal no âmbito do estabelecimento de parcerias de acolhimento. A Mostra é um projecto cultural de grande significado para a região e um exemplo de capacidade de resistência dos seus promotores e da dinâmica da associação AJAGATO que, sem o apoio mecenático que o evento justifica, o realizam com o recurso a uma vasta rede de patrocinadores locais e algumas entidades com as quais estabelece protocolos anuais de colaboração: C. M. santiago do Cacém; Junta de Freguesia de Santo André; Repsol, Polímeros; Águas de Santo André; Galp, Refinaria de Sines. Um agradecimento público aos parceiros de acolhimento, os municípios de Sines, Grândola, Odemira e Alandroal. Importa realçar que estas parcerias beneficiam da nossa capacidade de organização e sobretudo da estratégia artística global da programação mas, por outro lado, o trabalho em rede facilita a contratação das companhias e diminui os custos financeiros, o que corresponde a uma das linhas de acção que temos vindo a privilegiar nos últimos anos. Um agradecimento público a todos os patrocinadores e apoiantes que, com a sua solidariedade, nos permitem continuar a enfrentar este desafio para o qual necessitaríamos de um apoio mecenático que nos ajudasse a evoluir a estrutura organizativa e a garantir uma maior projecção da Mostra. As entidades com quem estabelecemos protocolos anuais merecem uma atenção muito especial, pelo crédito e segurança que nos dão para o planeamento atempado das actividades: Câmara Municipal de Santiago do Cacém; Junta de Freguesia de Santo André; Repsol, Polímeros; Águas de Santo André; Galp, Refinaria de Sines. Para todas as outras empresas e instituições referidas nos materiais de divulgação, o nosso sincero agradecimento porque o seu apoio ajuda a materializar o evento e dá-lhe uma expressão verdadeiramente participada do tecido empresarial desta região. A Mostra Internacional de Teatro de Santo André afirma-se, ano após ano, como um festival de grande qualidade artística que cumpre a função prioritária de um evento desta natureza – “desenvolver um fluxo significativo de público genuinamente interessado pelo fenómeno teatral e simultaneamente contribuir para o alargamento desta dinâmica de promoção e formação teatrais a uma área geográfica cada vez maior”. O programa deste ano, a despeito das reiteradas dificuldades de financiamento, mantém o elevado nível de exigência qualitativa e junta algumas das melhores e mais prestigiadas companhias portuguesas de teatro e com elas os actores e encenadores de referência no panorama teatral português. A componente internacional está assegurada por uma companhia italiana, o TEATRO PICARO, que deixou uma extraordinária impressão em 2014 e por isso regressa, bem como por uma companhia espanhola, LUCAS LO- CUS, com uma linguagem muito particular de teatro/circo. Estas duas companhias integram o programa com cinco representações e um workshop. Este ano abrimos a programação para o público em geral com a apresentação dos “Bonecos de Santo Aleixo”, uma proposta de teatro popular cuja origem remonta ao séc XVIII. Os bonecos, hoje propriedade do CENDREV, são agora manipulados por actores profissionais que garantem a continuidade desta expressão artística alentejana e a levam a inúmeros festivais em todo o mundo. Por outro lado, voltamos a ter no programa um espectáculo profissional do GATO SA, com a mais recente produção, VAI VEM, um espectáculo de teatro físico recentemente estreado na BARRACA, em Lisboa, fruto de um arrojado projecto luso-colombiano iniciado em Setembro de 2014. Julgo que a Mostra faz mais sentido desta maneira e tentaremos, por isso, dar continuidade a esta vertente de criação autónoma para integrar no festival. Mas a programação deste ano inclui outras peças recentemente criadas e que receberemos como uma das suas primeiras apresentações. É o caso de “Balada do Velho Marinheiro” do TEATRO DO MAR, estreado em Sines a 17 de Abril; de “António e Maria” do TEATRO MERIDIONAL, estreado a 7 de Maio no CCB; de “Hotel Flamingo” da PROPOSITÁRIO AZUL, estreado a 7 de Maio no Cinearte em Lisboa; de “Nham Nham” da Academia INATEL, com estreia prevista para 12 de Junho no Teatro da Trindade; de “A Razão” do TAS, com estreia também marcada para junho em Setúbal. Pela primeira vez programamos 50% de espectáculos acabados de montar, o que só é possível com uma grande confiança e cumplicidade com as companhias e os criadores, forjada ao longo de 15 anos de festival. De destacar que teremos pela primeira vez no nosso palco, para além dos actores internacionais, a grande Maria Rueff com o Teatro Meridional; mas também o regresso sempre desejado da actriz Maria do Céu Guerra, à frente de um grande elenco, com uma versão do Tartufo reescrita por Hélder Costa. Mario Primo 16ª mostra internacional de teatro de santo andré VAI VEM Projecto luso/colombiano O GATO SA nasceu há 26 anos numa escola diferente e numa cidade nova pensada com arrojo e “vistas largas”. Mas ainda antes da sua constituição já um núcleo de alunos e professores por aqui andava a fazer experiências na escola, sempre com tendência para “saltar a vedação” e invadir outros espaços. O grupo desenvolveu desde o início um forte desejo de afirmação artística que o levou a desenhar novos caminhos e a definir metodologias que lhe deram uma identidade muito definida onde sobressaía o desejo de colocar sempre níveis muito elevados de ambição e de exigência qualitativa em todos os seus trabalhos. Ao longo da sua existência o grupo habituou-se a questionar o senso comum e a “transgredir” os sentidos mais vulgares e disseminados, tanto no panorama do teatro na escola como no trabalho dos amadores. O gato nasceu curioso, apaixonado e com uma ânsia enorme de experimentar, descobrir, crescer e aprender neste universo infinito do teatro a que o saudoso Joaquim Benite nos entreabriu as portas de acesso, numa formação realizada em 1988 – 4 dias intensos e reveladores. O percurso criativo do grupo fez-se sempre de forma experimental, com novas abordagens, novos pontos de vista, procurando fugir ao já visto e ao já feito e procurando referências junto dos grandes profissionais e dos pensadores tanto nacionais como estrangeiros. Foi deste modo que o contacto com o trabalho da CASA DEL SILENCIO nos deu a todos um desejo natural de trilhar também estes caminhos do teatro físico. As duas formações com o Juan Carlos Agudelo, em 2012 e 2014, aguçaram ainda mais o apetite. Depois foi só reunir um elenco disponível, fazer contas às despesas e lançar ao encenador o desafio de regressar a Portugal num período dilatado de tempo para nos iniciar na linguagem 3 técnica de Étienne Decroux e orientar na criação de um espectáculo novo. O espectáculo fez-se à gato! – com entusiasmo e generosidade, aceitando o risco associado a um projecto de raíz e sem a rede que um texto de suporte lhe daria; um trabalho assente numa base de confiança e disciplina para gerir as expectativas de partida e a gestão das variáveis não controláveis que um processo novo para todos acaba sempre por envolver. O “VAI VEM” resultou do trabalho balanceado em que o grupo embarcou. Por um lado, a necessária aprendizagem técnica e, por outro, a pesquisa e criação dos actores no âmbito da temática geral e abrangente que selecionámos como ponto de partida, ainda que apoiados em algumas obras de referência que foram sendo ultrapassadas pela própria dinâmica criativa que o trabalho gerou. VAI VEM oscila e serpenteia entre a vontade/necessidade humana de sair, o desejo de ser outro e de se reconhecer; fez-se dos conflitos e dos impulsos que nos levam a partir, quantas vezes de nós para o mundo; a obra construiu-se ainda em torno das razões que nos movem, da fragilidade dos sonhos no confronto com a fria realidade da vida. Um trabalho lento e gradual, sob a direcção do Juan Carlos na experimentação e definição de uma trama de acções que foram amadurecendo, enriquecendo e aprofundando propósitos na própria inter-relação contínua e na reflexão dramatúrgica mediada à distância pela dramaturgista Ángela Valderrama. O resultado é um espectáculo “aberto” e poético de teatro físico construído com evidentes preocupações de carácter estético e que, mais do que contar uma história, apela à participação do público na restituição de sentidos e no envolvimento com a sua própria memória emotiva e imaginação. Mas este foi também um projecto de partilha afectiva e cultural entre Portugal e a Colômbia. O Juan Carlos foi um grande embaixador da sua cultura entre nós, tanto aqui em Santo André, onde trabalhou e viveu, como em todos os lugares onde se apresentou para realizar workshops, sempre de grande impacto. A música, os poetas, os dramaturgos, os criadores do seu país, mas também da América Latina em geral, tiveram no Juan Carlos um natural e entusiástico divulgador. Através dele conhecemos melhor a realidade social, económica e política colombianas e ficámos mais despertos para as problemáticas e particularidades dessa região do mundo. O Juan, por seu lado, mostrou um interesse muito grande pela língua e pela cultura portuguesas, enriqueceu-se com a identidade cultural e histórica deste país e soube estabelecer laços de afectividade que ficarão a ligar-nos daqui em diante. O “pequeno colombiano” fez muito pela dignificação da imagem da Colômbia e da sua diversidade cultural junto das centenas de pessoas com quem se cruzou nesta sua estadia entre nós. Por isso, não foi por acaso que sempre nos referimos a este projecto como luso-colombiano, nem pecamos por exagero na designação, já que não é apenas e fundamentalmente a dimensão mediática e a quantidade de recursos financeiros disponíveis que determinam o impacto dos projectos… Mario Primo 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 4 VAI VEM, um espetáculo de teatro físico Gato SA 28 de Maio. 5ª feira 21.30h - Cine Granadeiro Grândola 30 de Maio. Sábado 21.30h - Auditório do Fórum Cultural Transfronteiriço Alandroal 6 de Junho. Sábado 18.00h e 22.00h - CAPAG V.N. Santo André 7 de Junho. Domingo 18.00h - CAPAG V.N. Santo André Convite ao encenador ficha artística e técnica encenação Juan Carlos Agudelo Plata dramaturgia Ángela Valderrama interpretação Helena Rosa, Marina Leonardo, Raul Oliveira e Tomás Porto assessoria Mário Primo desenho de luz Rui Senos sonoplastia Jorge Oliveira animações multimédia Rui Senos e Nuno Cintrão máscaras Mário Primo adereços e figurinos Colectivo fotografia José Mónica classificação M6 duração 60MIN Lo peor no fue que nos arrojaran del paraíso lo más grave es que deseemos regresar a él. Estanislao Zuleta Sinopse Um homem, um motivo, um lugar e começa a viagem. A rota? Desconhecida. Importa? Talvez não. Tantas vezes repetida a história do destino e ainda que familiar, as perguntas, os desejos e os sonhos são distintos. Quatro personagens, as suas histórias, um naufrágio e o alto mar. Encontrar o amor, escapar ao passado, fugir ao dever e encontrar um lugar onde voltar a semear, motivam a decisão de partir destes seres que, sem bilhetes de volta, soçobram num oceano imenso. Uma viagem incerta, inacabada e infinita, aparece suspensa num cenário através de mínimos relatos que nos lembram o Homem, tão familiar e enigmático, tão próprio como estranho, tão migrante como estático. Vai Vem é uma viagem visual onde o corpo e o silêncio são os protagonistas. Inspirada na migração como território visual e no teatro físico como ferramenta narrativa, a obra apresenta as personagens como sombras sem tempo que deambulam cruzando as suas histórias e, como um caleidoscópio, nos falam dos desapegos, da ilusão, dos vazios humanos, dos medos, da solidão, do amor, da vida e dos impulsos que nos levam a partir. O projecto surge na sequência da realização em Santo André de oficinas de formação em Teatro Físico e Gestual em 2012 e 2014, sob a direcção de Juan Carlos Agudelo Plata e da apresentação de duas obras teatrais da CASA DEL SILENCIO, companhia que dirige em Bogotá. Os dois espectáculos, “Woyzeck” e “Kokoro” surpreenderam pela qualidade e rigor do trabalho físico dos actores, assente nas técnicas de Étienne Decroux e na experiência de uma década de trabalho do encenador com Marcel Marceau. Como metodologia trabalhámos a partir de acções físicas e de rotinas pessoais estilizadas, suportadas pelos componentes basilares da técnica de Decroux: dinamo ritmos, marchas e figuras. O processo a aplicar nesta montagem partiu dum laboratório de criação para explorar e decifrar as diferentes possibilidades corporais, expressivas e de síntese que a linguagem física potencia, tendo em vista uma aproximação a territórios de um imaginário não realista. Juan Carlos Agudelo Plata Licenciado em Arte Dramática pela Universidade de Valle, formou-se como actor gestual na Escola Nacional de Mímica Corporal, em Paris. Diplomado em 1992 pela Escola Internacional de mimo-drama de Paris Marcel Marceau, integra esta companhia entre 1992-2002. Tem difundido na Colômbia a técnica da Mímica Corporal Dramática de Ètien- ne Decroux e do legado do Mestre Marcel Marceau, como bases formativas para o actor. Foi professor nas principais universidades e escolas de teatro da Colômbia. Em 1997 funda em Bogotá a companhia de teatro Casa del Silencio que dirige até hoje e com a qual realiza as produções “La Kermesse”, “La beleza y la fealdade”, “Los árboles”, “Disomnismos”, “Woyzeck un lamento en el silencio”, “Entre Mortales” e “Kokoro”. Dirige diversos trabalhos com outras estruturas teatrais e vence o prémio “directores com trajectória 2010” da Orquestra Filarmónica de Bogotá, com o projecto de criação “Celebración”, um gesto do desejo. Actualmente, dirige o laboratório LE GESTE, espaço de formação que funciona de forma itinerante em diferentes cidades da Colômbia e que realizou em diversas localidades durante a sua estadia em Portugal. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré Alguns Testemunhos “Espectáculo extremamente belo, de uma poesia que se pode dizer realista – as pessoas, as coisas, os elementos, as emoções, os sustos, as derrotas, as esperanças, a luta e a luz. Tudo isto se sente numa encenação primorosamente inventiva servida por actores de elevada qualidade técnica corporal e mímica e de enorme expressividade facial. Uma belíssima surpresa a não perder.” Hélder Costa Encenador e dramaturgo “Para quem às vezes anda chateado com o teatro porque não se passa nada ou que é tudo mais do mesmo, isto é, velho, uma boa notícia. Vem de Santo André, é o GATO, e trazem um espetáculo de teatro físico que é excelente. Comove-nos, maravilha-nos, e põe a nossa imaginação a mil à hora. Parabéns ao encenador, é colombiano, ao Mário Primo, e aos atores que estão a 100%. Ah, e parece que há um técnico capaz de fazer coisas mágicas.” Carlos Fragateiro Ex. Director do Teatro D. Maria II “Fui ontem assistir ao Vai Vem do GATO SA na Barraca e entrei 5 literalmente noutro tempo, espaço, dimensão... O ritmo dos atores acertado com o do público proporcionou uma experiência de sentidos, apurados com o rigor de cada gesto. Imagens, histórias e personagens desfilam com a respiração pausada e o passo certo, desenhando, também literalmente, cenários que não existem mas que se vêem tal é o brilho no olhar de cada ator. A luz e a música não acompanham, são também imagens, histórias e personagens, que crescem ao longo deste Vai Vem. Encenação que premeia o gesto franco, sincero, exato.” pressas. É um espetáculo lindíssimo, que agradeço o privilégio de ter visto e honra os palcos, não só da Barraca, mas de quem goste de coisas muito bem feitas.” Filipa Melo Actriz Rui Sérgio Direct. Teatro Trindade “O Alentejo veio a Lisboa. Mas desta vez não veio sozinho, trouxe consigo a magia da Colômbia. Num espectáculo encenado por Juan Carlos Agudelo Plata. A beleza está em tudo. A luz e a sombra que nos criam imagens fantásticas, a música deliciosa, e o trabalho dos actores que fazem com que tudo pareça fácil e natural. O amor pela arte, pela capacidade de sentir e provocar nos outros sensações, inquietações, sentimentos é a imagem do Gato SA. “Vai Vem” fala da partida, da chegada, da espera da esperança. Olhar o espectáculo, vê-lo e vivê-lo foi para mim uma viagem interior. Só posso dizer que aos meus olhos o espectáculo é muito bonito e não são muitas as vezes que temos oportunidade de ver este tipo de trabalhos.” Fomos ver o VAI VEM, a familia toda, até o bebé de 3 meses, o Felipe, que se portou muito bem. Gostámos muito. Belo, intenso, fluido. Helena Rosa maravilhosa. Aquele abraço. Eduardo Frazão Actor “(…) Achei-o muito poético, muito simbólico, muito surpreendente em muitos momentos, pela forma de utilizar os materiais (as vigias são sublimes!). Gostei imenso das cores e das luzes e das entradas e saídas e dos atores e atrizes e do timing certíssimo, rigoroso, mas sem Paula Bárcia Acabou agora. Muito bom. Depois de ontem à noite ter apanhado uma seca, nada melhor do que ficar de bem com o teatro, com VAI VEM. VAI VEM vai e fica … na MEMÓRIA. Obrigado. Mónica Garcez Actriz “Vai Vem is a visually rich and beautifully told story - told with no words. Costumes, lights, soundtrack and four actors weave together actions into associative scenes that inspire the spectator to find the narrative in images about people sending and receiving messages, leaving, travelling, meeting, dreaming, looking and finding. And a shipwreck. Timeless times, narrow alleys, stations, the unknown. And a stormy ocean. There is something eternally classical about it all. The costumes associate to some other time, well done. The soundtrack is rich and functions at times as a fifth actor, well done. The lights are beautiful and exact, well done. The actors in some scenes are simply amazing. Some characters are down-to-earth, some are noble with an attitude. Everyone has their moment. This is poetry on stage. The final montage is done by the audience - we are invited to read the scenes our way, associate, understand - or just enjoy the visual, the rhythms, the symphony created by the stage language. Everything is well worked and gives a sense of trust in the quality of the performance. The director has a endlessly rich vocabulary and creates magic scene after scene. It looks as if the troupe has enjoyed the process and grown together.” Idalotta Backman Actriz de teatro Físico “En nombre de los ausentes, de los habitantes del mundo, de los desterrados, desplazados, inmigrantes. En nombre de las madres de Siria, de los africanos que han poblado grandes ciudades buscando el oro que les fue robado. Vai Vem es ese grito mudo de centenares de marineros que llegaron a otras tierras y no han podido regresar de vuelta a casa, a sus raíces.” Abi Bermudez Este “Vai Vem” levou-me numa viagem dentro de mim. Fez-me rir e chorar. E trouxe-me à memória estes versos do Henrique Risques Pereira: Há sempre um comboio que parte / de algures em qualquer parte do mundo Há sempre um cais com gente / ansiosa da viagem para parte incerta Há sempre um futuro com destino / que a gente do cais não conhece Dentro deste comboio louco / vou eu em viagem dentro de mim No cais alguém fica à espera / de um comboio que já partiu Obrigado. Hugo Lopes 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 6 Espectáculos para a infância Antes de começar Companhia da Esquina 1 de Junho. 2ª feira 11.00h e 14.30h - ESPAM V.N. Santo André 2 e 3 de Junho. 3ª e 4ª feira 11.00h e 14.30h - Auditório Municipal António Chaínho Santiago do Cacém Uma mão cheia de… TAS 3 Junho. 4ª feira 10.00h e 11.30h - CAPAG V.N. Santo André ficha artística e técnica adaptação e dramaturgia Jorge Gomes Ribeiro produção Chapitô e Companhia da Esquina elenco Pedro Martinho, Daniel Seabra e Bianca Lima música Nuno Lacerda concepção cénica Jorge Gomes Ribeiro e Rita Fernandes figurinos Rita Fernandes execução de guarda-roupa Atelier Alda Cabrita design gráfico João Afonso web-design e multimédia Margarida Fernandes produção Joana Rodrigues classificação M4 duração 60MIN Sinopse Algures no teatro do mundo, há um boneco e uma boneca que se mexem como as pessoas. Algures no teatro do mundo existem os sobreviventes do Grande Circo, dois bonecos que foram salvos pelo Homem, o bonecreiro que sempre cuidou das marionetas que faziam parte do grande espectáculo. O boneco não sabe que a boneca se mexe como as pessoas e a boneca não sabe que o boneco se mexe como as pessoas. Quando descobrem que se mexem, não sabem se são bonecos ou são pessoas. As pessoas não sabem que o boneco e a boneca se mexem como elas. Mas o Homem sabe que os seus bonecos têm coração, também ele tem esta certeza de que o coração ao invés da cabeça sabe sempre tudo, ao fim e ao cabo, depois de tantos anos de espectáculos com os seus bonecos, também o homem já não sabe quando é boneco ou quando é homem. Mas não importa, antes de tudo há que perpetuar o espectáculo, há que continuar a memória do Grande Circo, há que comunicar. O homem, antes de começar, anuncia o espectáculo. Fantoches? Marionetas? Talvez. Mas... silêncio, por favor. Porque a peça antes da peça já começou. Afinal, no Teatro do Mundo o espectáculo nunca acaba. “Antes de Começar” é a linguagem do novo circo e também uma conversa entre os bonecos e o mundo das pessoas, das pequenas e também das grandes porque “as pessoas antes de serem grandes começam por ser pequeninas!”. ficha artística e técnica conceito e direcção Carlos Curto interpretação Célia David, Sónia Martins e Susana Brito figurinos e adereços Lucília Telmo imagem gráfica Ricardo Crista fotografia Mariana Dias operação técnica José Santos contrarregra João Carlos produção promoção Lisandra Branco secretariado Ângela Rosa classificação M4 duração 40MIN Sinopse “Uma Mão Cheia de…” pretende dar sequência à divulgação e promoção da leitura tornando-a mais atrativa e necessária por se apresentar de forma simples, lúdica e descontraída. O teatro permite experimentar, brincar e jogar com as letras, as palavras e as frases de modo a construir e desconstruir os textos escritos ao papel e a dar-lhes vida. Assim, numa história circular, juntámos uma Lalá, uma Lelé e uma Lili a tagarelar, um til e um macaco, um bule de chá e uma formiga, a lua e coisas que não há, florestas e adivinhas, a mãe e a prima Balbina, chap chap e pim pim pim… Uma mão cheia de imaginação que permite pensar, aprender e crescer mesmo a brincar. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré Sinopse A companhia Um marinheiro mata um albatroz que ajudou o seu barco a sair de uma intempérie. Devido à insensatez do seu ato, é vítima de uma maldição. Um a um, toda a tripulação morre, restando apenas o marinheiro que, apesar de todas as contrariedades, acaba por chegar a terra. Como pena por ter morto o pássaro, é forçado a andar pelo mundo para contar a sua história, consumido por uma angústia que o impele a relatar o seu crime e a ensinar o amor por todas as criaturas. Inspirado na obra “The Rime of the Ancient Mariner” do poeta inglês Samuel Taylor Coleridge (1772-1834) e nas ilustrações de Paul Gustave Doré (1832 — 1883). Considerada como “devaneio” romântico, por se situar num território entre a realidade e o sonho, esta obra perspectiva uma dialética “homem e natureza”, assente numa extrema visualidade e universalidade. Teatro de rua para toda a família com recurso a andas e formas animadas (marionetas de grande porte). O Teatro do Mar é uma estrutura profissional com 28 anos de existência e um considerável percurso de itinerância nacional e internacional. O seu trabalho tem caminhado no sentido de abrir caminho para uma “arte total”. Fundindo o teatro contemporâneo, essencialmente físico e visual, com as artes circenses, a dança, as artes plásticas, a música, as formas animadas e as novas tecnologias, a evolução da pesquisa da Companhia traduz-se pela busca permanente da simultaneidade do gesto coreográfico, teatral e da composição de imagens como leitura global para uma dramaturgia. espaço cénico/conceito Julieta Aurora Santos operação de luz Natasha Bulha Costa secretariado e administração Sónia Custódio desenho de cenografia e construção Luís Santos música e sonoplastia Steve Johnston (Participação Especial de Elisa Galvão - voz) produção Contra-Regra, Associação de Animação Cultural cartaz LT ART Tattoo classificação TODOS produção executiva e promoção Natasha Bulha Costa duração 50MIN+ A Balada do Velho Marinheiro Teatro do Mar 5 Junho. 6ª feira 22.00h - Parque Central V.N. Santo André 12 Junho. 6ª feira 22.00h - Largo Marquês de Pombal Porto Covo ficha artística e técnica encenação e dramaturgia Steve Johnston interpretação Carlos Campos, Luís João Mosteias, Sandra Santos e Sérgio Vieira figurinos e adereços Sandra Santos formas animadas Pedro Domingues Leal 7 execução plástica Teatro do Mar com a colaboração de Adriana Freitas, Eduardo Cardoso e Joana Mira operação de som e desenho de luz Luís Santos 16ª mostra internacional de teatro de santo andré Bonecos de Santo Aleixo CENDREV 4 Junho. 5ª feira 22.00h - Auditório Municipal António Chaínho Santiago do Cacém 8 A magia dos títeres é ainda mais surpreendente quando estes pequenos bonecos de madeira saltam para o cenário do retábulo de madeira e tecidos floridos e conseguem encantar o público ultrapassando até mesmo a barreira do idioma. Entre a improvisação que resulta da interacção com o público e a fusão entre a cultura popular e a escrita erudita, estas marionetas conseguem, na penumbra da sala, uma atmosfera que parece proceder de séculos atrás. Estes Bonecos conseguem divertir e entreter o público do século XXI com um reportório que abrange os autos da criação e cenas como o “Baile das Cantarinhas” e o divertido “Fado do Senhor Paulo d’Afonseca e da menina Vergininha”, entre outros. A música, interpretada ao vivo com uma guitarra portuguesa, é outro dos seus atractivos. In Jornal El Adelantado de Segóvia (Espanha) Sinopse ficha artística e técnica autoria Tradição popular interpretação Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e Victor Zambujo acompanhamento musical (guitarra portuguesa) Gil Salgueiro Nave classificação M12 duração 70Min Estes títeres tradicionais do Alentejo, são títeres de varão, manipulados por cima, à semelhança das grandes marionetas do Sul de Itália e do Norte da Europa, mas diminutos – de vinte a quarenta centímetros. Os Bonecos de Santo Aleixo, propriedade do Centro Dramático de Évora, são manipulados por “uma família”, constituída por actores profissionais, que garantem a permanência do espectáculo, assegurando assim a continuidade desta expressão artística alentejana. Conhecidos e apreciados em todo o Portugal, os Bonecos de Santo Aleixo também já participaram em muitos festivais internacionais em Espanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Grécia, Moçambique, Alemanha, Macau, China, Índia, Tailândia, Brasil, Rússia, México, Itália e França. “Na verdade, nada se conhece comparável a este espectáculo, pelo menos na Europa Ocidental, onde as famosíssimas marionetas que sobrevivem na Bélgica e na Sicília não possuem a tal ponto estas qualidades de rigor e fantasia na expressão, nem tão pouco esta virtude rara de salutar agressividade. Os Bonecos de Santo Aleixo pertencem a um tipo que é antepassado de toda a espécie, se bem que as actuais figuras de pau não sejam senão a cópia, datando apenas de 1940, dos modelos originais de que se conservam os caracteres arcaicos até na movimentação executada quase exclusivamente por meio de um varão.” Michel Giacometti Já vão longe os tempos em que no Alentejo o teatro dos títeres era uma das poucas diversões das gentes destes lugares, mas a verdade é que os “pícaros” e “atrevidos” bonecos não perderam o brilho e continuam a encantar o público na aldeia de Santo Aleixo que lhes deu o nome, nesses lugares do Alentejo perdido, onde a memória destas “figuras de pau” continua a alimentar conversas, mas também em qualquer canto do mundo onde a magia do espectáculo parece até fazer esquecer a barreira da própria língua. José Russo (actor, bonecreiro, director do Cendrev) 16ª mostra internacional de teatro de santo andré Tartufo A Barraca 4 Junho. 5ª feira 21.30h - Cine Granadeiro Grândola 6 Junho. Sábado 22.00h - Auditório do Centro de Artes Sines 7 Junho. Domingo 22.00h - Auditório Municipal António Chaínho Santiago do Cacém ficha artística e técnica encenação Hélder Costa cenografia e figurinos Maria do Céu Guerra elenco Maria do Céu Guerra; João Maria Pinto; Adérito Lopes; Carolina Parreira; Ruben Garcia; Samuel Moura; Sérgio Moras; Sónia Barradas; Teresa Mello Sampayo; Tiago Barbosa sonoplastia Ricardo Santos iluminação Paulo Vargues; Fernando Belo classificação M12 duração 70MIN 9 Não há nenhum pecado se pecar em silêncio Tartufo, IV, 5 Ou seja, podes ser falso e corrupto mas não sejas estúpido. Sinopse “Tartufo”, uma das comédias mais célebres de Molière, beneficiou do apoio do Poder. Na verdade, o Rei Luís XIV apoiou o trabalho do autor porque estava farto de um grupo de beatos, o “ Partido dos Devotos”, que influenciavam a Rainha-Mãe. Aliás, sem o apoio do Rei, Molière nunca a poderia escrever pois já estava no Índex da Universidade de Paris. Apesar desse apoio Molière não teve vida fácil. Começou por representar a obra com o título de “Panulfo, ou o Impostor”, proibida após a primeira apresentação. O Arcebispo de Paris ameaça com a excomunhão todo aquele que represente ou assista a tal obra, que acusa de ser um violento ataque à religião. Seguiu-se um acordo e uns anos mais tarde Molière conseguiu finalmente representar a sua peça com o título original de Tartufo. Mas, afinal, que perigos cívicos e morais continha essa peça? Molière utilizava a linguagem cómica, abordando com mordacidade as relações humanas que envolvem a religião, o poder e a ascensão social. Os temas da obra são Universais e intemporais. A manipulação dos valores e sentimentos, a falência de uma ética e moral necessárias para a solidez do tecido social, tornam este texto de uma actualidade radical. E como consideramos que o núcleo principal da obra se situa indiscutivelmente no contraste/cumplicidade entre a hipocrisia e a credulidade, é uma peça exemplarmente Universal para os tempos actuais. O Encenador Hélder Costa Escritor, Dramaturgo, Encenador e Actor Estudou Direito em Lisboa e Coimbra; licenciou-se na Faculdade de Letras/ Institut d’Études Théatrales – Sorbonne, Paris; foi honrado com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores 2011 e actualmente é o Director do grupo de teatro A BARRACA . Textos originais, dramaturgias, traduções Mais de 50 peças editadas e montadas por vários grupos de cidades Portuguesas e no estrangeiro. Algumas peças abordam situações e personagens da História e Cultura de Portugal e de outros países (sem historicismo, e com a preocupação de se tirarem lições úteis para o presente). Outras peças incidem, de forma absurda e satírica, sobre situações da política internacional contemporânea e comportamentos individuais e colectivos. Além dos seus textos dirigiu Gil Vicente, Chiado, Dário Fo, Brecht, Mrozeck, Fassbinder, Ben Hecht, Woody Allen, Oswaldo Dragun, Lope de Vega, Ettore Scola, Ionesco, Molière, Eça de Queiroz, Cândido Pazó, Luís de Sttau Monteiro, Augusto Boal, Aristofanes, entre outros. Sobre a Barraca A Barraca iniciou com “A Cidade Dourada”, em 1976, um já longo percurso que decorreu do estudo da História e da Cultura Portuguesas, e que nos conduziu a uma acção-testemunho do nosso tempo, que nos insere num campo de teatro internacional que, à falta de designação mais correcta e precisa, se pode definir por popular. Teatro popular, porque sem se inscrever na corrente habitualmente designada por teatro antropológico, estuda e aprofunda as metáforas tradicionais populares, recorre ao mágico, ao poético, e ao rigor da simplicidade. Teatro popular também porque se quer comunicativo e interveniente, porque acredita na evolução e no progresso, porque gosta de fazer rir e de se divertir. E ainda teatro popular porque gosta do abraço do público, e lhe quer dar afectividade e calor. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 10 A entrada do Rei ESTE, Estação Teatral Hotel Flamingo Propositário Azul 10 Junho. 4ª feira 13 Junho. Sábado 21.30h - Sociedade R. S. Teotoniense S. Teotónio 22.00h - ESPAM V.N. Santo André 12 Junho. 6ª feira 22.00h - ESPAM V.N. Santo André ficha artística e técnica uma produção Propositário Azul – Associação Artística criação colectiva do encenador e elenco direcção Carlota Lagido elenco/coautoria Ana Alves, João Ascenso, Sónia Neves e Victor Gonçalves co/autoria Joana Pais de Brito desenho de luz Alexandre Costa fotografia Mariana Silva ficha artística e técnica texto original Jacinto Cordeiro tradução Ana Brum dramaturgia Ana Brum e Nuno Pino Custódio encenação Nuno Pino Custódio espaço e figurinos Ana Brum direção de produção Alexandre Barata tradução (sinopse) Pérez de Allencart fotogria Rades e Leonel Mendes vídeo Luís Batista fotografia e vídeo Luís Batista direção técnica e iluminação Pedro Fino interpretação Roberto Querido e Tiago Poiares Sinopse Esta peça de teatro retrata a viagem do rei Filipe de Madrid até Lisboa. “Já todos zombavam desta pretensa travessia, quando se aperceberam que, desta feita, era mesmo intenção consumada. Desde a sua coroação, duas décadas antes, não passara de promessa. A antiga capital, outrora centro da civilização ocidental, está ainda atrasada para a sua receção, está a engalanar-se como nunca, qual amante que tudo joga para seduzir e conquistar. Não é fácil segurar o Senhor do Mundo. Rei de Espanha, de Portugal e dos Algarves daquém e dalém-mar em África, de Nápoles e da Sicília. Filipe de seu nome… Aquele que se desviou das promessas do pai, e enfraquecera Portugal outrora jurado como território preservado na sua influência e autonomia. Como será agora, no ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1619? Há que receber e convencer o Rei, o Rei fará a sua entrada... e é nesta mesma entrada que se faz irromper a história de capa e espada de fazer cortar a respiração”. A Companhia A ESTE - Estação Teatral da Beira Interior - é uma companhia sedeada no Fundão que tem como objectivo nuclear a produção de espectáculos através de uma vocação artística e pedagógica que visa promover e fomentar a criação e formação de públicos. Desse modo, a sua actividade está fortemente vocacionada para a centralização do trabalho do actor, numa perspectiva de Teatro em Urgência, ou seja de uma actividade pensada e preparada para acontecer em meios não-convencionais, com público não-convencional. música e espaço sonoro João Cabrita design gráfico Paula Dona cenografia Sttiga e Ana Alves vídeo Victor Jorge apoio à produção Bárbara Rocha, Hélio Mateus e André Silva classificação M16 duração 60MIN Sinopse Agora, onde? Agora, quando? Agora, quem? Sem perguntar a mim mesmo. Dizer eu. Sem pensar. E dizer que são perguntas, hipóteses. Ir em frente, dizer que é ir, dizer que é em frente. Excertos de O Inominável, de Samuel Beckett Hamlet, Ofélia , Nina e Stanley, personagens de Shakespeare, Tchekhov, Tennessee Williams mas também de Heiner Muller e outros mais uma vez invocados pela nossa perfídia encontram-se numa narrativa pouco linear, procuram sentido para uma existência para além das palavras que lhes deram vida neste lugar singular a que chamamos Hotel Flamingo. Todas elas têm, de origem, uma dimensão humana intemporal suficientemente rica que nos permite explorar a sua complexidade e ao mesmo tempo a sua desconstrução. Partindo das fontes de material disponíveis das obras (particularmente das peças de teatro e suas adaptações para cinema e televisão) será construído o jogo cénico, que se quer bastante singular e distinto e que será o resultado da colaboração desta equipa artística. O objectivo é criar um objeto dramatúrgico original mas com fortes referências da memória do Teatro. Onde tudo é quase possível. Onde tudo se torna claro ou quase tudo. Procuram-se, inventam-se sentidos para seguir em frente. Sem vir de parte alguma, sem ir a parte alguma. Excertos de O Inominável, de Samuel Beckett 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 11 A Razão TAS 20 Junho. Sábado 22.00h - ESPAM V.N. Santo André Habitación 801 Lucas Locus 17 Junho. 4ª feira 21.30h - Cine Teatro Camacho Costa Odemira 18 Junho. 5ª feira 21.30h - Cine Granadeiro Grândola 19 Junho. 6ª feira 22.00h - ESPAM V.N. Santo André ficha artística e técnica direcção Piero Steiner e Lucas Escobedo dramaturgia Cía. Lucas Locas vídeo e fotografia Mira Films web-design Grafe Designs desenho gráfico Nuria Gondiaz intérprete Lucas Escobedo assessoria técnica de circo Cía. La Debacle Sinopse assessoria de manipulação de objectos Eduardo Guerreiro Vicente, generosamente, convida-nos a passar pela sua casa, ou talvez tenhamos entrado sem que se tenha apercebido. Tudo está completamente desarrumado pois, entre os seus “costumes”, está o de recolher tudo aquilo que encontra nos seus passeios matinais. Uma vez dentro, vimos Vicente funcionando com as suas rotinas quotidianas mas, essa quotidianidade, não tem nada a ver com o que poderíamos esperar. De seguida começa a viver experiências alucinatórias que nos farão viajar do riso ao choro com extrema delicadeza. Descobrirá, e descobriremos, que foi um grande artista e veremos se hoje é o dia para tirar o pó daquilo que lhe deu tantos êxitos. Com uma encenação cuidadosa, Habitación 801 é um espetáculo de Circo e Teatro Visual onde, sem dúvida alguma, “as aparências iludem”. assessoria de magia Pepe Torres construção de marionetas Martí Doy cenografia Ignacio de Antonio desenho de luz Juanjo Llorens sonoplastia Sandra Vicente Perea figurinos Patipau Talavera e Raquel Ibort vozes-off Carlos Alameda e Miguel Ángel Anómalo Porque yo no soy más que una rendija por la que atisbo y veo. Ramón Gómez de la Serna ficha artística e técnica encenação Carlos Curto interpretação José Nobre, Miguel Assis, Sónia Martins, Susana Brito cenografia e figurinos Sara Rodrigues design de comunicação José Teófilo Duarte/DDLX vídeo João Bordeira fotografia José Santos música Carlos Curto desenho de luz e som José Santos produção Célia David contra regra João Carlos secretaria Ângela Rosa classificação M12 Sinopse A partir de “O Auto da Razão” de Jorge Palinhos “O homem mata a (sua) mulher. A mulher recusa-se a estar morta. O médico faz o parto à mulher morta. A amante pede ao homem para matar a mulher. A amante morre… Não, não. A mulher morre. O Juiz que decida! O homem não está louco. Não está Louco. Louco!” Este projecto baseado no conceito absurdo de “O Auto da Razão”, sátira às relações de violência, intolerância e degradação dos valores humanos em que assentam as relações mais íntimas, surge como uma necessidade de alertar para questões, vivências e dramas humanos de importância decisiva, na sociedade. Peça de teatro de Jorge Palinhos, Prémio de Teatro Miguel Rovisco, INATEL em 2003. As imagens e o olhar dos outros, a violência e os espectadores da violência, crimes à vista de todos, ignorados, consentidos tanto com a nossa indiferença como com a nossa ânsia de protagonismo. Este espectáculo será apresentado em parceria com SEIES – Sociedade para o Estudo e Intervenção em Engenharia Social. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré António e Maria Teatro Meridional 13 Junho. Sábado 22.00h - Auditório do Centro de Artes Sines 14 Junho. Domingo 22.00h - ESPAM V.N. Santo André ficha artística e técnica autor António Lobo Antunes dramaturgia e adaptação Rui Cardoso Martins encenação Miguel Seabra interpretação Maria Rueff espaço cénico e figurinos Marta Carreiras música original e espaço sonoro Rui Rebelo montagem Marco Fonseca e Rafael Freire operação técnica Rafael Freire assistente de produção (Estagiária) Alexandra Baião produção executiva Natália Alves assessoria de gestão Mónica Almeida direção artística do teatro meridional Miguel Seabra e Natália Luiza desenho de luz Miguel Seabra coprodução Fundação Centro Cultural de Belém / Teatro Meridional fotografia Nuno Figueira classificação M16 assistência de encenação Vítor Alves da Silva duração 75MIN assistência de cenografia Marco Fonseca 12 Onde uma mulher teve um amor feliz é a sua terra natal. Para ler e escutar Lobo Antunes é preciso ter a chave certa. Se calhar, a chave mais directa e mais complexa é a mulher. Melhor dizendo, a multidão de mulheres que vivem nos seus livros e crónicas. as mulheres nunca se sabe A mulher que diz Já fui bonita um dia sabia? A outra que falou aos jornais SENHORA DA MÁXIMA RESPEITABILIDADE QUE EXIGE MANTER O ANONIMATO CONFESSA À NOSSA REPORTAGEM: EU AMEI LOUCAMENTE A VÍTIMA. A terceira que abana os ombros e tem uma ideia real da ficção Não merece a pena ficares nervosa que isto é um romance. Quem diz romance, diz peça de teatro. A peça ANTÓNIO e MARIA é uma procura, uma surpresa, um monólogo múltiplo de mulheres. Vozes mutantes em corpos iluminados. Um exercício, por assim dizer, de doméstico sublime. Aproveitando uma lição simples do escritor para a vida toda: Espreitar para dentro de uma bota porque às vezes há coisas. Sobre o espectáculo O Teatro Meridional, dando continuidade a duas das suas linhas de trabalho de eleição - criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais e encenação de textos originais – e colocando uma vez mais o actor no centro da cena, é a Companhia que se orgulha de dar alma, forma e caminho a mais um projecto tão singular da identidade portuguesa. O objectivo foi partir do grande e profundo universo literário de António Lobo Antunes, com adaptação e escrita para cena de Rui Cardoso Martins, identificando um conjunto de personagens cujas vozes são quase corpóreas e cuja identida- de é pertença de uma matriz lusitana. Mulheres e Homens de diferentes extractos sociais, frágeis, fortes, pessoas ambíguas, mulheres só desenhadas no silêncio de cenas quotidianas, outras explodindo ou implodindo na poética tantas vezes dolorosa do mundo com humor e intensidade, é o sentido deste espectáculo. Uma actriz, Maria Rueff, que dispensa apresentações — e cuja versatilidade no entendimento e na capacidade de concretizar a ampla diversidade humana — será o corpo, a sensibilidade e a voz que interpelará, na cena, o mundo. Esta é a 50ª produção do Teatro Meridional. Teatro Meridional. O projecto O Teatro Meridional é uma Companhia portuguesa vocacionada para a itinerância que procura nas suas montagens um estilo marcado pelo protagonismo do trabalho de interpretação do actor, fazendo da construção de cada objecto cénico uma aposta de pesquisa e experimentação. As principais linhas de actuação artística do Teatro Meridional prendem-se com a encenação de textos originais (lançando o desafio a autores para arriscarem a escrita dramatúrgica), com a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo para a ligação ao universo da lusofonia, procurando fazer da língua portuguesa um encontro com a sua própria história), com a encenação e adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial, e com a criação de espectáculos onde a palavra não é a principal forma de comunicação cénica. Companhia fundada em 1992, realizou até à data 50 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 21 países. Os trabalhos do Teatro Meridional já foram distinguidos 27 vezes a nível nacional e 9 a nível internacional, dos quais se releva o Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, 2010. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 13 16ª mostra internacional de teatro de santo andré Fabula Buffa Teatro Picaro 20 Junho. Sábado 22.00h - Auditório do Centro de Artes Sines 21 Junho. Domingo 22.00h - ESPAM V.N. Santo André 14 “Nham Nham” Um delicioso musical Teatro da Trindade 26 Junho. 6ª feira 22.00h - Auditório Municipal António Chaínho Santiago do Cacém ficha artística e técnica criação Ciro Cesarano e Fabio Gorgolini interpretação Fabio Gorgolini e Paolo Crocco direcção artística Carlo Boso produção e agenciamento Background.spp classificação M12 duração 60MIN Sinopse “Fabula Buffa” é uma fábula teatral inspirada no Mistério Bufo de Dario Fo e na tradição do teatro popular italiano. A companhia TEATRO PICARO conta o nascimento do Bufão e o milagre do sorriso perante os problemas da vida e da sociedade, através das aventuras de dois mendigos da época pré-romana. A parábola destes dois mendigos de uma outra época leva-nos a refletir sobre a nossa sociedade e sobre os paradoxos que ela esconde através de uma mensagem passada com emoção e com uma boa dose de humor. Fabula Buffa é filha da Commedia dell’Arte. Neste espetáculo reencontramos as técnicas tradicionais do teatro italiano, da mímica, da pantomima, música, grammelot, acrobacia, etc. Apesar de apoiado em temas e situações de outros tempos, este espetáculo fala de nós, do nosso mundo e do nosso tempo. Depois de 300 representações realizadas e 3 continentes diferentes, “Fabula Buffa” será apresentada no Festival de Santo André com o objectivo de fazer sorrir, emocionar e refletir. ficha artística e técnica Encenação Claudio Hochman Coreografia Bruno Cochat Direção Musical Carlos Garcia Fotografia José Frade Com Formandos do Curso de Teatro Musical – Formação de Atores da Academia INATEL CLASSIFICAÇÃO M6 DURAÇÃO 75MIN Sinopse A Fundação INATEL iniciou a 1 de Março de 2014, como projeto, a Academia INATEL. Este projeto de âmbito formativo foi criado com o intuito de desenvolver formação externa de âmbito profissional ou com valia acrescida nas áreas de intervenção da INATEL, designadamente na Cultura (Artesanato e Artes e Espetáculo), Turismo (Turismo e Lazer e Hotelaria e Restauração), Desporto e Informática na Ótica do Utilizador. Um dos primeiros Cursos da Academia foi o Curso de Teatro Musical – Formação de Atores. Esta primeira edição iniciou com 16 formandos 2 deles bolseiros Fundação INATEL / GDA. Este Curso de 4440h de formação e duração de 9 meses, tem como objetivo dotar os formandos de técnicas básicas do teatro musical, dança, canto e teatro, contando com um elenco de formadores como Claudio Hochman, Bruno Cochat, Rui Baeta, Armando Possante, Catarina Santos, Filipa Francisco, Silvia Real, Margarida Encarnação e Paulo Carrilho. NHAM NHAM Um Delicioso Musical é o exercício final desta 1ª edição deste Curso, mas é também um espetáculo que é uma construção conjunta entre formadores e formandos. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré Areia Circolando 28 Junho. Domingo 22.00h - ESPAM V.N. Santo André 15 ficha artística e técnica criação colectiva produção Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santos direcção artística André Braga e Cláudia Figueiredo coordenação técnica e luz Francisco Tavares Teles Interpretação André Braga, Paulo Mota (movimento) e Peixe (música) som André Pires direcção e concepção plástica André Braga dramaturgia Cláudia Figueiredo composição musical Tó Trips vídeo João Vladimiro realização plástica Nuno Guedes, Nuno Brandão, Sandra Neves desenho de luz Cristóvão Cunha desenho de som Harald Kuhlmann Um dia partiu em demanda do seu deserto. Jorge Luis Borges Todos trazemos um deserto em nós onde nos podemos achar ou perder. No deserto nunca paramos. Lá somos fragilidade em movimento, consciência de sermos um grão apenas, à beira de se volver em pó. Adalberto Dias de Carvalho Sinopse Não é certamente por acaso que num tempo em que todos nos inquietamos com um Portugal a ruir, há uma matéria que nos inspira reflexões sobre o fim e o recomeço. Fim de uma era, fim de um ciclo e a travessia exigente pelos nossos desertos. ‘Recomeço. Não tenho outro ofício.’ Areia na cabeça e o esvaziar da memória. Tudo é de novo possível. A vontade de novas linguagens, novos caminhos. ‘Como se a travessia do deserto tivesse que destruir tudo, queimar tudo na sua memória, fazer dele outro homem.’ Mar de areia. Mar de tempo.Silêncio. Suspensão. Vácuo.A paisagem mais antiga do mundo. Origem. Fim. Mistério. Criação.O silêncio é extremo. ‘Estarei morto?’ “Primeiro ruirá o tempo e depois a Terra. Estou a cair. Estou caindo por todo o espaço infinito, numa queda sem direção. Noite. Firmamento. Estrelas. E uma frase pequena que se repete: ‘Por que bates tão forte coração?’ Paisagens ardentes. Paisagens queimadas. Febre. A febre queima-o e fá-lo beber da loucura e da morte. Nada. Silêncio. Água. Coração quente. Coração do sul. Infinitos de céu e areia. Vertigem. Silêncio. Nada.” palco e montagem Nuno Brandão agradecimentos especiais Madalena Victorino, Ainhoa Vidal e Yumi Fujitani co-produção Circolando, Teatro Nacional São João e Centro Cultural de Belém circolando é uma estrutura subsidiada pela direcção geral das artes outros apoios IEFP / Cace Cultural do Porto classificação M12 duração 60MIN 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 16 Animações IMPORTÂNCIA DAS ANIMAÇÕES As animações musicais e outras performances que antecedem os espectáculos constituem, desde há vários anos, um complemento muito interessante do programa e são uma das actividades complementares que gostaríamos de ver reforçada na Mostra. O programa de animações que agora se apresenta resultou, porém, de uma situação de recurso a que nos vimos obrigados em última instância, depois de ter falhado uma parceria de colaboração já acordada, com que contávamos e para cuja falha não estávamos preparados. No entanto, é gratificante referir que nesta situação, depois do apelo com carácter de urgência aos agrupamentos musicais da região e a alguns amigos mais ligados ao meio, foram muitas e generosas as respostas que recebemos e nos permitiram estruturar um programa alternativo que, sem embargo, garantirá a qualidade que o público espera desta componente do festival. Por isso, para além de aqui deixarmos o público e justo agradecimento pela disponibilidade solidária e pelo interesse genuíno que sentimos em todos eles é com grande satisfação que destacamos estes projectos que irão desfilar ao longo dos dias da Mostra, realçando que se tratam de participações graciosas, dado que as reiteradas limitações financeiras não nos permitem compensar, como seria justo, estas importantes colaborações. 4 Junho. 5ª feira 7 Junho. Domingo Santiago do Cacém Santiago do Cacém Ensemble Methórios Maria Mirra - Miguel quê? Ah sim… com ípsilon? pois claro… Miguel Pyrrait. - O texto foi escrito no “Linux” , vejam lá se conseguem abrir. Quanto à imagem não sei bem, olha coloquem uma passarola do Bartolomeu de Gusmão. As boas propostas falam por si e propagam-se de boca em boca… o quarteto do Miguel Pyrrait foi-me sugerido sem reservas como uma excelente solução para uma das noites. O contacto telefónico com o Miguel não podia ter uma resposta mais franca, apesar da conjuntura difícil que estes quatro músicos e professores estão a viver com meia dúzia de vencimentos em atraso… É com muita satisfação que podemos integrar este projecto de música original na voz da guitarra, do contrabaixo, da viola de arco e do saxofone que, estamos certos, muito virá enriquecer este programa de animações. O Carlos Silva, que também colaborará com o Paulo Encarnação, propôs-se acompanhar a Maria Mirra numa outra proposta. Foi assim, com simplicidade e sem pretensiosismos que se fez o programa. O que aconteceria se, de longínquas viagens, a linha lógica e racional do espírito se cruzasse com o pensamento mágico, embriagando-se com o novo mundo então revelado? O que aconteceria se, de longínquas viagens, a curva de sons de rigoroso contraponto se cruzasse com selváticos rituais onde reencontravam o pulsar da terra e do mar? Talvez o mistério da saudade se revelasse, não como destino, mas como geometria da completude dos lugares dispersos das almas. Maria Mirra é de Alcacér do Sal e começou a tocar Saxofone Alto aos 10 anos de idade, na Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba, incentivada por um músico da mesma. Poucos anos depois interessa-se por um novo instrumento, a Guitarra e desde então não parou de tocar. Aos 18 anos tocou e cantou pela primeira vez num Bar em Alcácer do Sal, do qual Mário Lubrano Vicente era o responsável, quando fazia parte da banda Two Moon, da qual também Catarina Potier e Mario Picaró fizeram parte. Segue-se um projeto com alguns músicos da SFPMG sendo eles José Vaquinhas, Hugo Morais, Vanessa Romão e Mário Picaró, projecto este que foi a palco na Semana da Juventude de Alcácer do Sal. Fez ainda alguns concertos na sua terra. Aos 24 anos revela-se uma nova paixão, o Fado, e começa a cantar com Carlos Silva e João Núncio. Nos dias que correm fez uma junção do Fado com a Música Brasileira que apresenta em vários locais… Género – Fado Bossa Nova Formado em Sines, o Ensemble Methórios (do grego antigo, aquele que está sobre a Fronteira) habita aquela zona obscura, entre o lugar e a viagem, onde se cruzam a música popular e a música erudita; a tradição portuguesa e as músicas do mundo; as guitarradas e a música de câmara. Miguel Pyrrait – Guitarra Portuguesa Bruno Silva – Viola de Arco Rita Ramos – Violoncelo Bruna Domingues – Contrabaixo 12 Junho. 6ª feira ESPAM. V. N. Santo André Alexandre Pintassilgo O Alexandre Pintassilgo, contactado ao final do dia porque foi quando conseguimos o seu número de telemóvel, aceitou participar sem quaisquer reservas, só necessitava ver a agenda de compromissos da banda de Santiago do Cacém da qual é o atual regente. embarcados numa viagem musical entre a busca das raízes sonoras da música tradicional portuguesa e a fusão com os ritmos da world music, impulsionado pela multi-instrumentalidade do bando. As letras, de uma actualidade intemporal, abordam o amor e temas da sociedade contemporânea. Da música de intervenção colhe influências de compositores nacionais e estrangeiros, de José Mário Branco a Raul Seixas, combinando ritmos enérgicos e um ambiente íntimo e descontraído para interagir com o público e apelar à boa disposição. Alexandre Pintassilgo – voz, ukulélé, trompete Cristina Cardoso – acordeão, coros Fernando Salema – contrabaixo Pedro Sequeira – bateria 13 Junho. Sábado ESPAM. V. N. Santo André Portugal Continuum por João Luz Sempre que é possível apresentamos uma performance teatral ou de dança nesta componente, ainda que as características do local e a falta de condições técnicas para o enquadramento destes espectáculos impeça a apresentação de algumas das propostas. O João Luz vem da ESTC, à imagem de tantas outras colaborações que temos recebido em anos anteriores, numa relação com as estruturas de ensino superior que gostaríamos de ver aprofundada e enquadrada institucionalmente no futuro. A minha personagem já sabe de antemão tudo aquilo por que vai passar. Quem sou eu? Neste preciso momento sou Prometeu. Tornou-se o meu nome no momento exato em que deixei que o fogo fosse a minha queda. Ultrapassei o limite da vertigem, senti o meu corpo cair. O corpo dormente perfurou qual agulha as negras águas. No fígado finquei o olhar, crente que a resposta às minhas ânsias estaria no futuro. Não sabia: estava a mergulhar mais fundo. Águas negras adensaram-se como amarras e agora quedo aqui. Solidão sonora. “Grande parte dos nossos problemas devem-se ao desejo apaixonado por, e apego a ‘coisas’ que erroneamente apreendemos como entidades duradouras” Dalai Lama Texto, criação e Interpretação – João luz Alexandre Pintassilgo é um jovem cantautor popular do litoral alentejano, com um espectáculo musical enérgico de canções originais de amor e intervenção político-social. Desde Maio de 2012, voa na companhia do seu bando de 5 músicos, 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 17 Animações 14 Junho. Domingo 19 Junho. 6ª feira 21 Junho. Domingo 28 Junho. Domingo ESPAM. V. N. Santo André ESPAM. V. N. Santo André ESPAM. V. N. Santo André ESPAM. V. N. Santo André Paredes Meias Juka, Richard & Rhadesh Paulo Encarnação e Carlos Silva Latitude com Rui Vinagre e Rodrigo Vilhena O Rui é um colaborador habitual nestes programas. A qualidade da sua música e a energia e paixão que coloca nas suas actuações, tanto a solo como na companhia de outros músicos, tem-se revelado uma das melhores soluções para este momento e espaço tão particulares, evidenciando o potencial da guitarra portuguesa para se impor e tocar profundamente a alma dos espectadores de ocasião, distanciando o instrumento da música de fado a que está vulgarmente associado. Foi nas salas da secção de fado da Associação Académica de Coimbra que Rui Vinagre em 1997 iniciou o seu estudo sob orientações dos professores Dr. Jorge Gomes e Dr. Miguel Drago. Mais tarde a necessidade de consolidar a sua técnica levou a procurar o Mestre Paulo Soares na Escola do Fado e da Guitarra de Coimbra. A Guitarra foi o instrumento que escolheu para o acompanhar e como guitarrista traçou de forma natural os seus caminhos, dando preferência à aprendizagem do repertório da família Paredes e suas próprias composições, criando projetos como, “Despertar “, TRILHOS – “novos caminhos da Guitarra Portuguesa”, “Paredes Meias”, e “Rui Vinagre à Capela”, transportando o som da sua guitarra, por vezes desafiando os seus horizontes. Em “Paredes Meias” apresenta-se com Rodrigo Vilhena, numa proposta musical de características singulares, que surgiu na sequencia da atividade de ensino artístico, desenvolvida pela Escola de Artes do Alentejo Litoral, a qual permitiu um entendimento musical de características singulares entre os dois músicos. Rodrigo Vilhena faz assim também parte do percurso de Rui Vinagre, o qual lhe proporcionou o primeiro contato com a Guitarra Portuguesa despertando-lhe uma necessidade própria e desafiante de a conseguir dominar e transmitindo-lhe bases técnicas fundamentais para a sua execução. O momento instrumental que irá certamente despertar também sensações nos presentes, tem como fio condutor a execução de criações originais de ambos os músicos e também a interpretação de repertório conhecido da Guitarra Portuguesa. Uma proposta mais jovem a dar um toque de contemporaneidade a estas animações e uma forma de divulgação destas áreas da criação musical porventura menos conhecidas do grande público. A participação deste projecto revela também o espírito com que se faz a Mostra, em que os conhecimentos em rede permitem abrir portas a um número quase ilimitado de novas possibilidades. Juka, Richard e Rhadesh são três jovens residentes de V. N. Santo André. Apaixonados por música electrónica e pela sua produção, nesta intervenção propõem batidas onde reconstroem antigos sons de soul, funk e jazz. 20 Junho. Sábado Associando talento à excelente voz, o Paulo é um apaixonado pelo palco e é um homem da casa, na medida em que também já integrou como actor, diga-se de passagem que talentoso, alguns trabalhos do GATO SA. É sempre um prazer contarmos com os seus projectos musicais e aproveitar a oportunidade para reatar o contacto que a vida nem sempre deixa manter tão vivo como gostaríamos. Paulo Encarnação nasceu em Carmona em 1973. O fascínio pelo palco começou no teatro, em pequenas peças escolares. Aos 16 anos estreou-se no CETA (Circo Experimental de Teatro de Aveiro). Em 1994, forma o grupo de teatro “Abrupto” no Parque Natural da Ria Formosa, em Olhão e colabora na formação da companhia de teatro “Fech’o Pano”, em Vila Real de Santo António. Em 2014 surge o projeto “Paulo and Friends” onde tem a oportunidade de se fazer acompanhar de vários músicos e amigos, como os acima mencionados e ainda o pianista Ernesto Rodrigues e o saxofonista Sandro Ferro. Nos últimos 2 anos foi convidado a dar voz a alguns temas nas audições da Escola de Música do Professor Carlos Silva. O Rangel, para além de importante promotor musical na região e músico carismático bem conhecido entre nós, é um velho amigo e colaborador. Muitos foram os projectos musicais que nos trouxe, sempre acompanhado de bons músicos igualmente disponíveis que proporcionaram momentos muito agradáveis de música apelativa e festiva, dando um sentido ainda maior a esta componente, pela cumplicidade que transparece no palco e contagia o público. Este projecto une artistas com percursos já longos na música ao vivo e com raízes culturais simultaneamente idênticas e diversas. LATITUDE traz-nos uma música portuguesa adocicada com pozinhos de lusofonia. Rangel – Guitarra e Voz Zé Carlos – Bateria Baró – Percussão Carla Nunes – Acordeão ESPAM. V. N. Santo André Olive Gorge - Queres vir fazer uma animação à Mostra? - Quero sim, eu já tinha intenção de o propor. É com muita satisfação que voltamos a apresentar este “gato” mais velho, sonoplasta profissional e criador de música electrónica. Há três anos o Jorge fez música com os sons do estrelar de um ovo e da preparação de uma salada… vamos ver o que nos traz desta vez. Jorge Oliveira nasceu em Lisboa em 1976, e passou a adolescência no Alentejo onde integra a equipa técnica do Gato SA. Formou-se em Som na ETIC em 1999, adquirindo competências técnicas no domínio do áudio. É como sonoplasta e na área da pós-produção que desenvolve a sua carreira, tendo colaborado com várias produtoras e em todas as fases de produção, desde a captação à pós-produção. Iniciou a atividade profissional em 1999 tendo participado em diferentes projectos audiovisuais, que vão desde a sonorização de filmes para cinema, anúncios, séries, telenovelas, espectáculos, à criação de bandas sonoras para teatro , cinema e instalações. Desenvolve e participa regularmente em projectos ligados à música eletrónica. 26 Junho. 6ª feira Santiago do Cacém Ana Messias Trio O Salema já conhece o esquema. Gostamos de boa música e projectos interessantes mas não temos dotação para os cachets… no entanto, nunca nos faltaram as colaborações solidárias a enriquecer o festival e ele é um dos “habituées”. Desta vez vem com a Ana Messias e o Alex Barradas e nós agradecemos. Género – Bossa/Jazz Pop/Rock Ana Messias – Voz & Piano Fernando Salema – Contrabaixo & Saxofone Alex Barradas – Bateria Haveria por certo muitos outros amigos disponíveis para integrar o programa deste ano. No entanto, a urgência com que tudo acabou por ter de se fazer juntou estas propostas que, estamos certos, virão corresponder à expectativa do exigente público do festival que há muito se habituou a esta componente adicional ao programa de teatro. O nosso muito obrigado a todos os agrupamentos participantes na 16ª MITSA e os desejos dos maiores sucessos para cada um deles, esperando que esta colaboração também os possa ajudar a promover os seus projectos junto do grande público. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 18 Exposições “Vadiando por aí…” de Ricardo Valadares Matta ESPAM Vila Nova de Santo André “Uma Carta Coreográfica” de Madalena Victorino ESPAM Vila Nova de Santo André O Corpo Como Adivinha A Dança Como Fábula Esta exposição é como uma carta. Uma carta escrita para si. Esta carta quer acordá-lo para a força expressiva e transformadora que o corpo tem. O corpo transporta consigo sentidos escondidos atrás dos seus movimentos, gestos, posturas e olhares. Seja qual for o contexto, o corpo desvenda sempre partes da sua identidade, da sua personalidade, da sua condição e dos seus segredos. Todos estes aspectos se completam e revelam no caminhar pela vida. Esse caminhar de cada um compõe no conjunto da população uma gigante paisagem humana em movimento, através do tempo e do espaço. O corpo fala sem precisar de usar palavras. Não mente. A comunicação não verbal é, por isso, uma fonte poderosa de conhecimento. Uma fonte rica, misteriosa e aberta. Ajuda-nos a ler o outro entre as linhas das palavras ditas. O que esta carta propõe é uma visita a um conjunto de corpos, com idades, em situações e condições diferentes, através da linguagem da fotografia, da pintura e do desenho, que celebram a sua existência. Para essa celebração criou-se um grande mapa com nove painéis. Cada um deles ilumina um ponto de vista sobre o corpo. Lança-se aqui o convite à leitura coreográfica desta carta. A palavra coreografia vem do grego antigo e quer dizer “a escrita do círculo”. Coreo – círcuo, roda, a forma que é mais perfeita e mágica; grafia – grafismo, desenho ou escrita. A “coreografia” é o desenho do corpo em movimento. Com a íris dos nossos olhos, podemos ver e compreender a “dança” que se encontra à flor da pele destes corpos desenhados, pintados e fotografados… Estes nove painéis falam do corpo como uma grande adivinha. Em cada painel, haverá oportunidade para ver, ler e mover-se, para adivinhar ou intuir o que resulta do cruzamento entre os corpos que vemos e o nosso próprio corpo. A seguir a estes nove painéis, haverá outros nove que falarão do movimento do corpo quando este se transforma em dança. Esta exposição divide-se, assim, entre duas estações: saltando do sítio da terra, do corpo como adivinha, para o lugar da dança, a dança como fábula. A carta move-se, se o leitor quiser. Ela move-se com o tempo, com o tempo das suas leituras. O leitor pode sempre escolher entre olhar e ler, olhar e mover-se, ler e mover-se. Pode querer fazer as três experiên- cias. Pode fazê-lo sozinho ou em grupo. Cada painel apresenta três planos de leitura: 1. Grande painel de imagens; 2. Texto que oferece pistas à leitura das imagens; 3. Cartas para ler com o corpo: na primeira estação | “segredos coreográficos para dançar (aqui); na segunda estação | “fábulas coreográficas para dançar (agora). Para ler toda a carta será preciso caminhar pelos terrenos destes corpos, os da terra e os da d ança, que se encontram juntos numa composição e que propõem uma adivinha: a relação entre si. Nessa associação, surgem o limite e a possibilidade de diálogo entre os corpos. O corpo, no que ele tem de universal e individual, e acção do tempo sobre o corpo, a acção do corpo sobre o tempo, a acção da gravidade dobre o corpo, a emoção e os seus signos, a solidão como fronteira, o desejo de conquistar o espaço para vencer, comunicar, crescer. lembrar, brincar, dormir. O corpo existe numa metamorfose permanente, rápida e imperceptível. Os seus segredos e as suas fábulas fazem parte da sua construção. Esta carta é o jogo da sua desconstrução… Mostra fotográfica de Ricardo Valadares Matta, Nascido na primavera de ´77, em Alvalade, Lisboa, residente em Évora. Esta exposição apresenta ritmos, gente de uma terra, patrimônio cultural que se desvanece à velocidade de uma geração. Sabedoria ancestral perdida para sempre ou convertida em código binário, empacotada e guardada em poderosos suportes multimédia. A superficialidade reina, é hora das pessoas reconhecerem que afinal o mundo tem asas, existe, não são só histórias através da televisão e internet, pode se ver, sentir, cheirar, ouvir e desfrutar o seu sabor. Sozinho percorro as ruas da Capital Portuguesa, revejo-me, apaixono-me, encontro-me na sua energia, diluo-me nas suas memórias, na fraternidade de um passado recente, na mudança de um presente em crise, à sombra de um futuro longínquo que parece que já vivi. Gentes que apesar de diferentes são ao mesmo tempo tão iguais. Esta exposição pretende incentivar outros, a sentir nas ruas de Lisboa uma forma diferente de incorporar a sua essência, correr atrás de novas sensações, descobrir o verdadeiro espirito bairrista do povo Alfacinha! 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 19 Workshops Workshop de Teatro de Objectos e Manipulação de Bonecos 20 de Junho 10.00h - 13.00h / 15.00h - 18.30h 21 de Junho 10.00 / 13.30h C.A.P.A.G. Vila Nova de Santo André Inscrições na Teatroteca Carga horária 10 horas Informações 269759096 - [email protected] Formador: Lucas Escobedo O Teatro de objectos é aquele em que se usa o objecto para um fim dramático, pode ser um boneco, uma marioneta, uma máscara, uma cenoura… qualquer elemento pode ganhar vida e contar-nos uma história. Existem milhões de objectos ao nosso redor com uma função determinada mas podemos retirar-lhes a sua utilidade habitual e manipulá-los criando uma realidade distinta em palco. Objectivos do workshop •O ferecer aos alunos ferramentas técnicas necessárias para a manipulação de objectos. •D ar aos participantes uma noção da linguagem das marionetas e dos objectos. • Aprender a utilizar as próprias ferramentas expressivas do actor (corpo, voz, imaginação, coordenação e sensibilidade) •A profundar a criação teatral a partir do trabalho com o objecto. • Incentivar os artistas a desenvolverem os seus próprios recursos pessoais através da escuta, da convicção, do impulso, dos pontos fixos, da desvinculação, do distanciamento, da improvisação e da memória em relação ao objecto e à ocupação do espaço. Sobre o formador Lucas Escobedo, começa a sua formação artística com Andrés Hernández e Mar Navarro (discípula directa de Jacques Lecoq) e prossegue a sua aprendizagem no Institut del Teatre de Barcelona, na vertente de Interpretação e Teatro Visual. Daí formou-se com diferentes maestros (Román y Cía, Moshe Kohen, Patricia Kraus, Jesús Jara, Vaisily Protsenko, Christian Atanasiu, Sean GandinI, Kati Yla- Hokkala, Maksim Komaro, Lucas Ronga, Francisco Macià). A sua experiência profissional levou-o a trabalhar com diferentes companhias como Cía. Aérea teatro, Tragalenguas Teatro, Teatro Circo Price, Román y Cía, La Société de la Mouffette, Circo de los Horrores, La Trócola Circ, Cía. Cocotte, Cía. La Debacle. Também participou em distintos projectos audiovisuais como El Conciertazo de TVE, Babaclub do Canal 9, Io Don Giovanni de Carlos Saura, Seven Pets para Disney Chanel. Com esta experiência acumulada, no ano 2011, decide começar uma nova etapa com a criação da sua própria companhia, Lucas Locus. Desde então esteve presente em distintas praças, teatros e festivais: Fira Tàrrega, Fira Trapezi de Reus, Festititeres, Mostra Internacional de Mimo da Suécia, Festival Títere Madroño, Nigrás Circus Festival de Galicia, Sarnico Festival (Itália), Majoca Festival (Itália), Festival de Circo e Artes Cénicas de Ecuador. 16ª mostra internacional de teatro de santo andré 20 Programa 28 de Maio. 5ª Feira 6 de Junho. Sábado 17 de Junho. 4ª Feira Cine Granadeiro. Grândola CAPAG. V.N. Santo André Cine Teatro Camacho Costa. Odemira 21.30h – Vai Vem | Gato SA 18.00h e 22.00h – Vai Vem | Gato SA 21.30h – Habitación 801 | Lucas Locus 30 de Maio – Sábado Auditório do Centro de Artes. Sines 18 de Junho. 5ª Feira Auditório do Fórum Cultural Transfronteiriço. Alandroal 22.00h – Tartufo | A Barraca Cine Granadeiro. Grândola 7 de Junho. Domingo 21.30h – Habitación 801 | Lucas Locus CAPAG. V.N. Santo André 19 de Junho. 6ª Feira 18.00h – Vai Vem | Gato SA ESPAM. V.N. Santo André Auditório Municipal António Chaínho. Santiago do Cacém 21.30h – juka, richard beats & rhadesh 21.30h – Vai Vem | Gato SA 1 de Junho – 2ª Feira ESPAM. V.N. Santo André 11.00h e 14:30h – Antes de Começar | Companhia da Esquina 21.30h – maria mirra 2 de Junho – 3ª Feira 22.00h – Tartufo | A Barraca Auditório Municipal António Chaínho Santiago do Cacém 10 de Junho. 4ª Feira 11.00h e 14:30h – Antes de Começar | Companhia da Esquina 3 de Junho. 4ª Feira Sociedade R. S. Teotoniense. S. Teotónio 21:30h – A Entrada do Rei | ESTE – Estação Teatral 12 de Junho. 6ª Feira 11.00h e 14:30h – Antes de Começar | Companhia da Esquina 21.30h – alexandre pintassilgo 10.00h e 11:30h – Uma mão cheia de… | Teatro Animação de Setúbal 4 de Junho. 5ª Feira Auditório Municipal António Chaínho. Santiago do Cacém 21.30h – ensemble methórios 22.00h – Bonecos de Santo Aleixo | CENDREV Cine Granadeiro. Grândola 21.30h – Tartufo | A Barraca 5 de Junho. 6ª Feira 20 de Junho. Sábado ESPAM. V.N. Santo André Auditório Municipal António Chaínho. Santiago do Cacém CAPAG. V.N. Santo André 22.00h – Habitación 801 | Lucas Locus ESPAM. V.N. Santo André 22.00h – A Entrada do Rei | ESTE – Estação Teatral Praça Marquês de Pombal. Porto Covo 22.00h – A Balada do Velho Marinheiro | Teatro do Mar 13 de Junho. Sábado ESPAM. V.N. Santo André 21.30h – portugal continuumperformance 22.00h – Hotel Flamingo | Propositário Azul Auditório do Centro de Artes. Sines 22.00h – António e Maria | Teatro Meridional Parque Central. V.N. Santo André 14 de Junho. Domingo 22.00h – A Balada do Velho Marinheiro | Teatro do Mar ESPAM. V.N. Santo André 21.30h – paredes meias 22.00h – António e Maria | Teatro Meridional 21.30h – olive gorge 22.00h – A Razão | Teatro Animação de Setúbal Auditório do Centro de Artes. Sines 22.00h – Fabula Buffa | Teatro Picaro 21 de Junho. Domingo ESPAM. V.N. Santo André 21.30h – paulo encarnação e carlos silva 22.00h – Fabula Buffa | Teatro Picaro 26 de Junho. 6ª Feira Auditório Municipal António Chaínho. Santiago do Cacém 21.30h – ana messias trio 22:00h – Nham Nham | Academia Inatel 27 de Junho. Sábado Auditório do Centro de Artes. Sines 22.00h – Vai Vem | Gato SA 28 de Junho. Domingo ESPAM. V.N. Santo André 21.30h – latitude 22.00h – Areia | Circolando