21/09/2015
Vigor fala com 0,22% do capital para deixar bolsa | Valor Econômico
Vigor fala com 0,22% do capital para deixar bolsa
Por Ana Paula Ragazzi | Do Rio
A Vigor marcou para 5 de outubro assembleia que vai escolher o banco que fará o laudo de avaliação da
companhia e que balizará a oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechamento de seu capital.
Os acionistas vão escolher entre Bradesco, Credit Suisse e Santander.
Em tese, os minoritários terão algum poder para negociar o valor da oferta. A OPA vai se destinar a
apenas 0,22% do capital da Vigor. A empresa de lácteos é controlada pela FB Participações (72,35%) e
JBS (19,4%), que pertence ao mesmo grupo. Apenas 8,22% do capital da companhia não têm ligação
com o controle. Desse total, 8% estão com a dinamarquesa Arla Foods, sócia da Vigor desde 1986, e que
irá continuar, mesmo com a deslistagem.
A Vigor vale na bolsa R$ 1,432 bilhão e a fatia de 0,22%, nesse
preço, equivale a R$ 3,5 milhões. Para o fechamento de capital,
haverá leilão na bolsa e os acionistas terão que habilitar suas
ações para esse leilão. O registro só será cancelado se dois terços
do total de ações no leilão aceitarem a oferta. A Vigor deverá
procurar os acionistas informando­os sobre a operação. Há 68
pessoas físicas com o papel.
Em casos de percentual reduzido no mercado, em que a entrada de poucos investidores pode ser
decisiva para a operação, a empresa poderá pedir à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a "inversão
de quórum". Nesse procedimento, poderá ser definido que o capital será fechado se não houver a
discordância de mais de um terço das ações habilitadas para o leilão ou ainda que não haja a
discordância de mais de um terço de todo o capital em circulação. Com a inversão de quórum, se, por
exemplo, nenhum acionista for para o leilão, não será atingido o quórum de um terço de discordância e
a companhia fecha capital.
A Vigor se retira da bolsa três anos após ter voltado ao pregão, por meio de uma permuta em que foi
possível trocar papéis da JBS pelos da empresa de lácteos. Essa pequena quantidade de ações levou a
FB, ano passado, a anunciar uma OPA para saída do Novo Mercado, principal nível de governança da
bolsa. Esse segmento exige que a empresa mantenha 25% de seu capital em circulação. Para aumentar o
percentual, a empresa teria de vender ações na bolsa, mas diante das "condições adversas" do mercado,
o controlador optou, primeiro, pela retirada do nível. Mas, diante da contínua deterioração do mercado,
afirma a Vigor, decidiu lançar a oferta. Quando voltou à bolsa, em 2012, o plano era mostrar o valor do
negócio dentro do grupo JBS e utilizar o mercado para se financiar. Diante do enfraquecimento do
mercado, isso não foi possível.
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