Programa Jovens Baianos
PROJETO DE FORMAÇÃO DE
AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
Manual de Orientação Metodológica para a Formação de
Agentes de Desenvolvimento Comunitário
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Programa Jovens Baianos
PROJETO DE FORMAÇÃO DE
AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
Manual de Orientação Metodológica para a Formação de
Agentes de Desenvolvimento Comunitário
S A LVA D O R - 2 0 0 7
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
2007 BY FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
ISBN 978-85-88322-28-8
ELABORAÇÃO DO MANUAL
FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
Ailton Anunciação Teixeira
Alexsandro Andrade dos Santos
Daniel Miranda
Daniel Santos Neto
Deise Silva Nery
Denívia dos Santos Gonçalves
Doranei Alves de Jesus
Eliana Nascimento
Jackson Caetano
Jandaíra Bonfim
Jucarlos Alves Santos
Larissa Lima
Liane Monteiro
Marco Antônio Martins
Mariana Marília Silva
Paloma Ferreira Teles
Patrícia Armede
Pedro Junqueira
Priscila de Jesus Silva
Rosana Uildes de Santana Ferreira
Rosilene dos Santos Souza
Viviane Quênia Brito de Jesus
Wilton Santos Silva
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
CONSULTORIA
ORIN - Educação e Desenvolvimento Integral
Edição de Texto, Estrutura e Alinhamento Conceitual: Graça Paixão
Revisão Conceitual: Francione Pires
Revisão Ortográfica e de Redação: Cristina Cardoso
Revisão Bibliográfica: Isabela Britto
COLABORAÇÃO NA REVISÃO FINAL
Ana Tedesco, Cristina Campello, Jací Maria Santos Moncorvo,
Luiz Marques, Marusia Rebouças de Brito e Sander Scofield
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
Guto Chaves
ILUSTRAÇÃO
Bruno Aziz
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VALIDAÇÃO
Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza
Comitê Gestor do Programa Jovens Baianos
IMPRESSÃO
Gráfica Falcão
FICHA CATALOGRÁFICA
Josenice Bispo de Castro
CRBS/581
É permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
JAQUES WAGNER
Governador do Estado da Bahia
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À POBREZA
VALMIR CARLOS DA ASSUNÇÃO
Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza
AROLDO ANDRADE
Chefe de Gabinete
ANA LÚCIA TORQUATO DE LIMA
Superintendente de Inclusão e Assistência Alimentar
MARIA ELIZABETH SANTANA BORGES
Superintendente de Assistência Social
ALMIRO SACRAMENTO DA CUNHA
Diretor Geral
ROBERTA FONSECA SAMPAIO
UBIRATAN FÉLIX
Assessores Especiais
ERNESTO DANTAS ARAÚJO MARQUES
Assessor de Comunicação
CÉSAR MARQUES BORGES QUERINO
Coordenador de Programas Especiais
EQUIPE TÉCNICA DO PROGRAMA JOVENS BAIANOS
ANDERSON DA SILVA DOS SANTOS
Coordenador do Programa
CÉSAR AUGUSTO SOUZA
COLOMBA TEREZA SOUZA GIALLORENZO MEIRELES
ZENILDA GONÇALVES PINTO DA FONSECA
ANTONIO MARCOS DO NASCIMENTO PEREIRA
Assessores Técnicos
MARIA EDEVIRGENS SILVA SOARES
Apoio Administrativo
FRANCIS ANDERSON MONCORVO SANTOS
Estagiário
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
ADEUM HILÁRIO SAUER
Secretário da Educação
ANA MARIA SILVA TEIXEIRA
Superintendente de Educação Básica
CRISTIANA FERREIRA DOS SANTOS
Diretora de Currículos Especiais
ROSA GASPAR
Técnica em Educação
ESCOLAS PARTICIPANTES
Centro Educacional Carneiro Ribeiro
Colégio Edvaldo Brandão Correia
Colégio Estadual Almirante Barroso
Colégio Estadual Antonio Sérgio Carneiro
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Colégio Estadual Carlos Santana II
Colégio Estadual Cidade de Curitiba
Colégio Estadual Dr. Eduardo Bahiana
Colégio Estadual Georgina Ramos da Silva
Colégio Estadual José Augusto Tourinho Dantas
Colégio Estadual Ruben Dário
Colégio Kleber Pacheco
Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães
Colégio Monsenhor Manuel Barbosa
Colégio Polivalente do Cabula
Escola Alfredo Magalhães
Escola Estadual Ana Bernardes
Escola Estadual Luiz Pinto de Carvalho
Escola Estadual Luiz Tarquínio
Escola Marechal Mascarenhas de Moraes
Escola Polivalente de Amaralina
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
COMITÊ GESTOR DO PROGRAMA JOVENS BAIANOS
VALMIR CARLOS DA ASSUNÇÃO
Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza
ADEUM HILÁRIO SAUER
Secretário da Educação
CARLOS MARTINS MARQUES DE SANTANA
Secretário da Fazenda
GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA
Secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária
JORGE JOSÉ SANTOS PEREIRA SOLLA
Secretário da Saúde
NILTON VASCONCELOS JÚNIOR
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
VERA LÚCIA OLIVEIRA DE QUEIROZ
Superintendente Geral Interina
ANTONIO CARLOS PEREIRA VILAS-BOAS
Superintendente Administrativo-Financeiro
SUSANE SOUSA FONTES
Superintendente de Desenvolvimento Institucional Interina
MARIO JORGE GORDILHO
Superintendente de Inovações em Gestão e Desenvolvimento Sustentável
MARIA ROSA ABREU HASHIMOTO
Superintendente de Inovações em Desenvolvimento de Pessoas
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
EQUIPE DE GESTÃO DO PROJETO DE FORMAÇÃO
DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
MARIO JORGE GORDILHO
Superintendente de Inovações em Gestão e Desenvolvimento Sustentável
LUIZ MARQUES DE ANDRADE FILHO
Coordenador do Núcleo de Soluções em Gestão Pública
CRISTINA CAMPELLO
Especialista Técnico
VIVIANE QUÊNIA BRITO DE JESUS
Coordenadora Geral
LIANE MONTEIRO
Coordenadora Executiva
LYCIA TRAMUJAS VASCONCELLOS NEUMANN
Coordenadora de Avaliação e Monitoramento
JANDAÍRA BONFIM
LARISSA BOULLOSA
MARCO ANTÔNIO MARTINS
PATRÍCIA ARMEDE
Coordenadores de Desenvolvimento Comunitário
DANIEL MIRANDA
ELDER COSTA SANTOS
Assistentes de Coordenação
SANDER SCOFIELD
Coordenador Administrativo-Financeiro
CIBELE MOURA
Supervisora Financeira
SANDRA MACIEL
Secretária Executiva
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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FACILITADORES JOVENS
Adriana Santos Silva
Ailton da Anunciação Teixeira
Alessandro Santos Barreto
Alexsandro Andrade dos Santos
Aline das Mercez Gomes
Ana Cláudia Santos Borba
Anis dos Santos Santiago
Antônio Fagner Santos Silva
Carla Cristiane Gonçalves da Silva
Carlos Alberto Lisboa
Claudenilson da Silva Dias
Daniel Santos Neto
Daniela Miranda Teodoro
Deise Silva Nery
Denívia dos Santos Gonçalves
Doranei Alves de Jesus
Elton Freitas Morais
Everton Terra Nova
Fábio Roberto Antônio Alves de Lira
Frank da Silva Ribeiro
Genilson dos Santos Costa
Gilmara de Lima Souza
Geovan Adorno Braz
Haroldo Silva Barbosa
Inéria Florinda dos Santos
Ítalo Rosário de Freitas
Jackson Rodrigues Caetano
Jairo Nascimento Santos
Jamerson Ramos Silva
Jamília Tavares Santos
Janaína Gomes Lopes
João Paulo C. Junqueira
Jocelino de Oliveira Evangelista
Jorge Luiz dos Reis Santos
José Roque Guimarães Peixoto
Josival Andrade Filho
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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Jucarlos Alves de Jesus
Lázaro de Oliveira Evangelista
Liliane Sales Oliveira Bottas
Lucas de Carvalho Soares
Lucas Santos Cidreira
Luzinete de Carvalho Capinam
Marcelo Rocha dos Santos
Márcio Neri dos Santos
Maria das Candeias Faleiro dos Reis Fonseca
Mariana Marília Silva
Michele do Nascimento Vieira
Neci Neves da Silva
Paloma Ferreira Teles
Patrícia Santos Silva
Patrícia Sena dos Santos
Paulo da Conceição Almeida
Paulo de Almeida da Silva Filho
Priscila de Jesus Silva
Remídio Costa Soares
Rosana Uildes de Santana Ferreira
Rosilene dos Santos Souza
Simone dos Santos Sales
Tércio Conceição da Silva
Vinícius Drumond Silveira Rosa
Wilton Santos Silva
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Minha Ciranda
Lia de Itamaracá
Cirandeira de Pernambuco
Essa ciranda não é minha só
Ela é de todos nós,
ela é de todos nós.
A melodia principal
quem guia é a primeira voz,
é a primeira voz.
Pra se dançar ciranda,
juntamos mão com mão,
fazendo uma roda, cantando uma canção,
cantando uma canção, cantando uma canção.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
Saudação
Olá, Facilitador do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento
Comunitário!
O Manual de Orientações Metodológicas NA TEIA foi elaborado para
você, para auxiliar a sua prática diária com os jovens das escolas onde
você irá atuar. Será um instrumento para nortear seu trabalho, para
facilitar a sua contribuição na formação de jovens mais competentes,
solidários, proativos e mais preparados para a vida.
A Fundação Luís Eduardo Magalhães e a equipe do Projeto de Formação
de Agentes de Desenvolvimento Comunitário saúdam os facilitadores
jovens e desejam uma trajetória profissional de sucesso na busca por
um mundo mais igualitário e feliz para todos.
Vamos, então, começar a tecer esta teia! Imprima a sua personalidade,
suas experiências, o seu jeito de fazer e inicie a aventura coletiva de
tecer esta teia da cidadania!
BOA SORTE!
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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SUMÁRIO
SOBRE O PROGRAMA JOVENS BAIANOS E O PROJETO
DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO .............. 21
O MANUAL ....................................................................................................... 29
AS BASES TEÓRICO-SOCIOEDUCATIVAS ........................................................... 33
A AÇÃO SOCIOEDUCATIVA DO FACILITADOR ................................................... 39
O PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ...................................... 45
A GRADE CURRICULAR ...................................................................................... 49
A METODOLOGIA ............................................................................................. 57
ETAPA I ........................................................................................ 63
Mobilização ............................................................................................................................ 67
ETAPA II ..................................................................................... 109
Integração ............................................................................................................................ 113
Desenvolvimento Pessoal e Social (DPS) .................................................................................. 199
Plano de Vida e Carreira ........................................................................................................ 349
Desenvolvimento Comunitário ................................................................................................ 397
Plano de Ação Piloto .............................................................................................................. 481
ETAPA III .................................................................................... 511
Execução do Plano de Ação ................................................................................................... 515
Avaliação Final ...................................................................................................................... 525
Culminância do Projeto .......................................................................................................... 537
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 540
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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Sobre o Programa Jovens Baianos
e o Projeto de Formação de Agentes
de Desenvolvimento Comunitário
O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Planejamento do Estado (SEPLAN),
juntamente com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), começou, cinco anos atrás, o processo de
construção de uma política social para jovens baianos, no sentido de prevenir a violência e
combater a pobreza e a exclusão social.
Neste sentido, a SEPLAN, a FLEM e a UNESCO, em parceria com algumas organizações não
governamentais e alguns jovens, realizaram um diagnóstico das iniciativas governamentais que
estavam sendo realizadas naquele momento pelas diversas Secretarias Estaduais. Surgiu daí a
necessidade de se elaborar uma Agenda Social para Jovens de Salvador, sendo este documento
considerado o primeiro passo para a construção de um conjunto de propostas sobre políticas
públicas voltadas para a juventude baiana.
No segundo momento, a FLEM, agora em parceria com a Secretaria de Combate à Pobreza e às
Desigualdades Sociais (SECOMP), UNESCO, a Rede de Protagonismo Juvenil e cerca de cento e
sessenta organizações privadas, governamentais e não governamentais, elaboraram uma série de
propostas como subsídios à formulação de políticas públicas específicas para a juventude,
resultando na Agenda Social para Jovens do Estado da Bahia. A Agenda foi entregue a várias
instituições de governo, das esferas municipal, estadual e federal. No âmbito estadual, foi assumido,
em ato público, o compromisso de colocar em prática as ações programadas na Agenda.
A Agenda Social para Jovens do Estado da Bahia foi destacada pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT), no seu Relatório sobre Análises de Políticas e Programas Sociais do Brasil, publicado
em março de 2004, como uma prática inovadora de formulação de política pública, considerando
seu caráter participativo.
O Programa Jovens Baianos, criado em 3 de junho de 2005, através da Lei nº 9.511, enquadra-se
nas recomendações da Agenda Social, na medida em que suas ações abrangem a maioria dos
objetivos propostos neste documento:
OBJETIVO 1:: Participar, junto com o setor privado e organizações não governamentais, de ações
voltadas para a integração social e a formação da cidadania do jovem, capacitando-o para ser
protagonista de sua própria história.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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OBJETIVO 2: Capacitar os profissionais envolvidos com a juventude.
OBJETIVO 3: Criar condições objetivas para que o sistema educacional responda às necessidades
de inserção social e econômica dos jovens, transformando a escola em espaço de convivência
saudável dos jovens e da comunidade.
O referido Programa constitui-se na primeira experiência do Governo do Estado para a implantação
de uma política social proposta na Agenda Social, contribuindo, desta forma, para a inclusão social
de jovens que vivem graus elevados de vulnerabilidade ao crime e ao tráfico de drogas,
desemprego, falta de acesso a crédito, problemas esses causados por inúmeros fatores
socioeconômicos, políticos e culturais.
O público-alvo do Programa são jovens na faixa etária de 16 a 24 anos oriundos de famílias
carentes com renda per capita de até meio salário mínimo e que estejam freqüentando regularmente
o ensino público formal.
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O Programa começou a ser implantado no ano de 2006, com a participação e coordenação
conjunta da SECOMP, da Secretaria da Educação (SEC) e da FLEM. Sua implantação foi resultado
do empenho do então Governador da Bahia Dr. Paulo Ganem Souto, do Secretário de Combate à
Pobreza e às Desigualdades Sociais Pe. Clodoveo Piazza S.J. e da Secretária da Educação Sra.
Anaci Bispo Paim. Na SECOMP, gestora do Programa, o mesmo estava vinculado ao Gabinete do
Secretário, sob a direção do Sr. José Carlos Alves Gallindo e a sua coordenação atribuída à Sra.
Ana Maria Tedesco Vasconcelos.
Na FLEM, o Programa Jovens Baianos contou com o entusiasmo do então Superintendente Geral,
Dr. Geraldo Machado, que criou a ambiência institucional necessária para a formulação do Projeto
de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário. A gestão do Projeto ficou sob a
responsabilidade da Superintendência de Inovações em Gestão e Desenvolvimento Sustentável
(SUDES), representada por Dr. Mário Jorge Gordilho, e obteve, desde o seu início, o apoio irrestrito
e o engajamento das demais Superintendências e Assessorias da FLEM.
É importante ressaltar a participação, no processo de implementação do Programa, do Comitê
Gestor, inicialmente assim constituído:
• SECOMP - Pe. Clodoveo Piazza S. J. / José Carlos Alves Gallindo
• SEC - Anaci Bispo Paim / Valdirene Oliveira Souza C. da Silva
• Secretaria do Trabalho e Assistência Social (SETRAS) - Paulina Sacramento Martins
• Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI) - Abdon Jordão Filho
• Secretaria da Saúde (SESAB) - Hélio Freitas
• Secretaria da Fazenda (SEFAZ) - José Luiz Santos Souza
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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No ano de 2007, logo no início do Governo Jaques Wagner, verificou-se o efetivo
comprometimento da nova administração com a implementação de políticas públicas voltadas para
a juventude, integrando e expandindo os programas estaduais em andamento e promovendo novas
iniciativas. O Secretário Valmir Carlos da Assunção, à frente da Secretaria de Desenvolvimento
Social e Combate à Pobreza (SEDES), conjuntamente com o Secretário da Educação, Dr. Adeum
Hilário Sauer, asseguraram a continuidade do Programa Jovens Baianos, assumindo a
responsabilidade pelo seu aprimoramento, incorporando os aprendizados resultantes da sua
execução e outras inovações necessárias ao pleno alcance das metas estabelecidas.
O Programa ficou vinculado à Superintendência de Inclusão e Assistência Alimentar, representada
pela Sra. Ana Lúcia Torquato de Lima, sob a Coordenação de Programas Especiais, liderada pelo Sr.
César Marques Borges Querino, sendo a coordenação técnica atribuída ao Sr. Anderson da Silva
dos Santos. Por sua vez, o Comitê Gestor passou a ter a seguinte composição:
• SEDES - Valmir Carlos da Assunção
• SEC - Adeum Hilário Sauer
• Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) - Nilton Vasconcelos Júnior
• SEFAZ - Carlos Martins Marques de Santana
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• SEAGRI - Geraldo Simões de Oliveira
• SESAB - Jorge José Santos Pereira Solla
Este documento focaliza uma das ações do Programa em execução na zona urbana, o Projeto de
Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário, desenvolvido junto a jovens de vinte
escolas públicas, localizadas na cidade de Salvador, coordenado e executado pela FLEM. O
objetivo geral do Projeto é possibilitar aos jovens a oportunidade de desenvolver habilidades e
competências capazes de modificar os ambientes familiar, escolar e comunitário.
Este Projeto define um processo de formação de jovens protagonistas, socialmente responsáveis e
agentes do desenvolvimento da sua comunidade, potencializando nos jovens características gregárias,
atitudes proativas, propositivas e afirmativas. Estimula a capacidade de inovação e intervenção do
jovem, disseminando práticas de empreendedorismo e concebendo-o como agente potencial de
transformação da sua realidade. A concepção do Projeto, também, possibilita e incentiva a
permanência do jovem no sistema educacional, promovendo a construção de uma nova relação com
o espaço escolar, contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal, social e profissional.
Esta iniciativa busca promover oportunidades que possibilitem exercitar e estimular a
capacidade criativa, transformadora e protagonista do jovem através do conhecimento e
aprendizado de conceitos e práticas fundamentais para o seu papel de Agente de
Desenvolvimento Comunitário (ADC).
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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São objetivos específicos do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário:
• garantir estrutura física adequada e equipe técnica instrumentalizada para execução do Projeto;
• implementar metodologia inovadora de formação de ADCs, com a participação de jovens na
concepção, elaboração, gestão e avaliação do Projeto;
• estimular o empoderamento dos jovens, fortalecendo sua identidade individual e coletiva e
desenvolvendo competências fundamentais para sua efetiva atuação na comunidade;
• fortalecer a rede de apoio ao desenvolvimento dos jovens, formada por escola, família e
comunidade;
• monitorar e avaliar, continuamente, o Projeto, facilitando a consolidação e divulgação de
informações.
São impactos esperados pelo Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário:
• mudança de atitude dos jovens em relação a si mesmos e às suas relações sociais;
• atuação empreendedora dos jovens na sua vida e na sua comunidade;
• contribução para a melhoria da condição de vida da comunidade;
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• inclusão social dos jovens;
• fortalecimento de parcerias locais para transformação da comunidade;
• maior integração das escolas com as comunidades do seu entorno;
• desenvolvimento das comunidades envolvidas no Projeto;
• políticas públicas para a juventude, desenvolvidas e implementadas de forma participativa.
A equipe executora do Projeto de Formação de ADCs é composta por uma Coordenação Geral,
uma Coordenação Executiva, quatro Coordenadores de Desenvolvimento Comunitário, dois
Assistentes de Coordenação e por cinqüenta e quatro Facilitadores jovens, capacitados quanto aos
diversos temas que envolvem a formação de jovens na perspectiva de desenvolvimento pessoal,
social e profissional. Esses facilitadores jovens atuam como multiplicadores de conhecimentos junto
aos dois mil alunos selecionados, das vinte escolas públicas integrantes do Projeto.
O potencial para futura expansão do Projeto se alicerça no seu caráter inovador e na criação de
mecanismos avançados de gestão, que permitem o acompanhamento contínuo das suas etapas:
ETAPA I – MOBILIZAÇÃO;
ETAPA II – TEÓRICO-VIVENCIAL;
ETAPA III – INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA.
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São também destaques do caráter inovador e pioneiro do Projeto de Formação de ADCs:
• a participação de facilitadores jovens conduzindo a formação dos ADCs – servindo de referência
para os ADCs e de exemplo de sucesso para a escola pública, por serem egressos desta;
• a atuação no espaço físico da escola – promovendo a ressignificação da percepção do ADC
sobre a sua escola;
• a concepção da avaliação como instrumento de gestão – o que implica no monitoramento
constante das ações do Projeto e na análise do alcance dos resultados previstos;
• a concepção de um sistema gerencial de informações – permitindo que, em tempo real, as
informações sobre o Projeto sejam atualizadas, registradas em um único banco de dados e
disponibilizadas para todos os participantes diretos, reduzindo a margem de erro na
consolidação das informações (confiabilidade);
• a integração da escola com o seu entorno comunitário, ressignificando a sua função social no
ambiente no qual está inserida;
• a atuação do jovem como protagonista de iniciativas socioculturais na sua escola e entorno
comunitário, percebendo-se como agente histórico de transformação.
O Projeto de Formação de ADCs nasce com a perspectiva de concretizar ações de políticas
públicas para a juventude do Estado da Bahia, sendo ele um projeto piloto realizado na Região
Metropolitana de Salvador. Pretende-se que esse Projeto seja uma estratégia a ser adotada nas
ações governamentais para jovens no Estado da Bahia e, quiçá, impactar na criação do cargo
público de Agente de Desenvolvimento Comunitário, contribuindo de forma efetiva para geração
de trabalho e renda.
FIQUE POR DENTRO!
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NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
Sobre o Manual
NA TEIA - Manual de Orientações Metodológicas é um instrumento pedagógico elaborado pela
Fundação Luís Eduardo Magalhães, que tem como objetivo auxiliar a prática socioeducativa dos
facilitadores do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário junto aos
jovens ADCs.
A elaboração deste Manual é resultado de uma construção coletiva, contando com a participação
de diversos atores – coordenadores de desenvolvimento comunitário e facilitadores do Projeto, bem
como profissionais que compõem o grupo gestor do Programa. Contamos ainda com a
colaboração de diversos profissionais que atuam na Bahia, na área da juventude, para a revisão
conceitual do trabalho. Temos clareza, entretanto, de que os maiores responsáveis pelas
contribuições para a elaboração deste Manual foram os inúmeros jovens que passaram pelas vidas
de todos nós em diversos projetos sociais realizados ao longo de anos.
O título NA TEIA partiu da concepção da equipe sobre este trabalho na perspectiva da construção
coletiva, do ato de tecer em conjunto, de reconstrução contínua, da idéia de rede, de estar dentro, de
pertencer, de estar integrado, de partes que se unem formando um todo, fazendo uma alusão aos
diversos parceiros presentes nesta caminhada e aos seus respectivos saberes. No que tange à formação
pessoal e social do jovem, o "trabalho da tecelagem" também sugere a analogia com a prática de tecer
a sua própria história, fio por fio, linha por linha, refletir e desatar nós, reconhecer-se na "dinâmica do
tecido produzido", analisar os caminhos que os seres humanos percorrem na construção de seu
cotidiano, da sua comunidade, da sociedade e de seu país, buscando apresentar as ferramentas para o
processo de tecer novas formas de relações para a construção de um mundo novo.
NA TEIA oferece diversos instrumentos para facilitar "o processo de tecelagem". O conteúdo deste
trabalho contempla a relação dos temas transversais importantes para a formação de jovens, com uma
breve introdução teórica, sugestões de atividades para desenvolvimento de tais temas – historicamente
testadas e aprovadas pelo público jovem de Salvador, de outros municípios e estados – e metodologia de
trabalho com grupos. É o resultado de pesquisas em outros trabalhos escritos para a formação de
jovens, do acervo pessoal e profissional e da criatividade da equipe e dos colaboradores nessa
construção para tornar prazerosa e eficaz a prática dos facilitadores junto aos jovens.
Embora, para efeito didático, consideremos as diferenças e a dinâmica de cada grupo, os temas e,
conseqüentemente, as atividades sugeridas estão dispostos de acordo com uma seqüência
progressiva que nos parece lógica na condução de trabalhos com grupos. Não se trata de um guia
a ser reproduzido, mas de um instrumento norteador, um material didático para orientar o
planejamento e a execução da prática socioeducativa, a qual, como uma teia, precisa ser
gradativamente construída.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
O Manual também não tem a pretensão de ser, por si só, um instrumento de capacitação dos
facilitadores. Estes tiveram a oportunidade de se preparar previamente através de diversas oficinas
embasadas nos temas aqui sugeridos. Desse modo, a breve descrição teórica de cada tema tem o
objetivo apenas de aquecer o facilitador para o desenvolvimento do trabalho, inspirá-lo para a
discussão junto aos jovens e instigá-lo para o aprofundamento teórico através das referências
bibliográficas indicadas.
Visando facilitar a leitura, ao elaborar o texto utilizamos os termos "o jovem", "o facilitador" para nos
referirmos a jovens e facilitadores tanto do sexo feminino quanto do sexo masculino. Entretanto,
comungamos da importância, na contemporaneidade, de suscitar o debate sobre as questões de
gênero como o fazemos no decorrer deste Manual.
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Sobre as Bases
Teórico-socioeducativas
A prática pedagógica proposta aqui se baseia no homem e em suas relações. A forma como o ser
humano vê o mundo e se relaciona com ele interfere diretamente na construção e reconstrução da
realidade em que vive. "Através de sua permanente ação transformadora da realidade objetiva, os
homens, simultaneamente, criam a história e se fazem seres histórico-sociais" (FREIRE, 1987).
Os homens, em suas relações consigo e com o meio ambiente, são os produtores da grande teia.
A formação e a transformação da sociedade são resultantes de um processo dinâmico e dialético;
do mesmo modo, a prática pedagógica fundamentada no princípio libertador para a vida deve
fazer emergir as diferenças e os conflitos, identificando-os e criando espaços para que estes possam
ser reconhecidos e trabalhados.
O homem se constitui através de suas relações sociais, e é a partir daí que estabelece seus códigos,
teorias e conceitos. As relações sociais, por sua vez, são resultantes da cultura na qual ele cresce,
ora reproduz, ora se volta contra ela; porém, todas as nuanças se dão em torno desse contexto
sociocultural. É através dessa interação dialética que se define a constituição humana. Trata-se de
uma abordagem sociointeracionista, na qual o homem "é visto como alguém que transforma e é
transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura" (REGO, 1995, p. 93).
A conduta do ser humano em cada momento é multideterminada por suas experiências e pelos
modelos de aprendizagem com que ele vai organizando e dando sentido a essas experiências. Esses
modelos são determinantes na sua forma de se relacionar com os outros, com o mundo, com seu
modo de produzir. "É, portanto na relação dialética com o mundo que o sujeito se constitui e se
liberta (REGO, 1995, p. 94).
Entendendo o ser humano como uma totalidade - cognição e afeto estão intrinsecamente
associados -, devem-se considerar seus desejos, necessidades, emoções, motivações, interesses,
impulsos e inclinações.
O indivíduo traz consigo conhecimentos já construídos a partir das suas experiências pessoais e
cotidianas, ao que Vygotsky chama de conceitos cotidianos ou espontâneos (REGO, 1995, p. 77).
Esse conhecimento construído pelo indivíduo – e que faz parte do seu mundo impregnado de
valores, medos, conceitos, comportamentos etc. – é o ponto de partida para a elaboração de novos
saberes, para a reconstrução constante do mundo de cada indivíduo; ou seja, a construção do
conhecimento depende da mundivivência e da mundividência. Portanto, há de se considerar, no
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processo de aprendizagem e construção dos "conceitos científicos" (VYGOTSKY apud REGO, 1995,
p. 77), o conceito de ser humano social, histórico, inacabado e em constante transformação, o que
torna ainda mais complexa a compreensão sobre o processo de aprendizagem a partir das relações
se considerarmos que cada indivíduo tem o seu sistema de representação próprio que lhe permite
fazer associações e definições absolutamente individuais, ainda que construídas a partir de
referenciais externos e possivelmente coletivos. É esta noção que possibilita o respeito às diferenças
e o aprendizado em grupo.
Propor a aprendizagem a partir do sistema de representação de cada indivíduo requer lançar-se ao
desafio de identificar e acolher as diferenças e os conhecimentos diversos do grupo. Desse modo, o
conteúdo e os procedimentos didáticos precisam ser construídos com base na realidade dos
participantes do grupo para que estes possam identificar-se e ser estimulados a produzir.
Os intercâmbios, questionamentos, conflitos, dúvidas e a comunicação são imprescindíveis para a
construção do conhecimento, e este, para cada um, será diferente em intensidade, abrangência,
conteúdo e significado. Todos participam do processo de "tecer a teia", mas o aprendizado no
decorrer do processo é singular para cada indivíduo.
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A heterogeneidade do grupo favorece a construção do saber pela riqueza de experiências,
diferenças, ritmos, valores, o que estende as possibilidades de intercâmbio e de estímulo à
ampliação das visões de mundo.
A educação deve ter a tarefa de impulsionar a construção de novos conhecimentos, "incidir na zona
de desenvolvimento potencial dos educandos" (VYGOTSKY apud REGO, 1995, p. 108). Não se
trata apenas de transmitir conteúdos, mas de favorecer a associação entre os saberes trazidos pelos
educandos, os quais fazem parte do seu mundo, e aqueles que estimulam processos internos de
transformação, constituindo-se em novos conhecimentos.
A humanidade caminha gradativamente para uma revisão conceitual da realidade. A educação tem
um papel fundamental nesta etapa de renovação da compreensão da natureza humana, do mundo
e das ciências exatas, não apenas intelectualmente, mas pela transformação interior. Nesta
perspectiva é preciso desconstruir e desatar os nós individuais, fio por fio, e, concomitantemente,
tecer a nova teia social através dos novos paradigmas construídos e em constante mutação.
A educação na contemporaneidade é o ponto de partida para a construção de um mundo pautado
nos princípios de igualdade e democracia – precisa dar respostas à diversidade da realidade em que
vivemos, precisa estar apta a preparar o sujeito para o reconhecimento e o exercício da cidadania.
A educação deve estar a serviço do bem-estar do planeta e de todos os seus habitantes. Deve ter
foco na harmonia das relações no mundo, partindo do microcosmo às dimensões do macrocosmo.
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Educar é dar sentido às práticas e atos do cotidiano. É mais que desenvolver a inteligência e
habilidades. É fazer do indivíduo um ser útil à sociedade e ao mundo. É através dessa missão que a
educação irá ganhar importância e credibilidade no seio da sociedade (SAMPAIO, 2004, p. 71).
Com base nessas crenças, iniciaremos o processo de tecer esta teia, para o qual esperamos
conquistar muitos outros parceiros ⎯ uma rede de "reeditores sociais" (TORO, 1996, p. 41) que a
transforme e a supere, multiplicando-se por todo o mundo.
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Sobre a Ação
Socioeducativa do Facilitador
A educação é o caminho para o exercício pleno da cidadania. Um país que não valoriza a
educação não poderá conhecer a igualdade, a democracia e o respeito de seu povo e de
outras nações.
A escola, espaço instituído como do saber, de troca de conhecimentos, é o lugar privilegiado no
propiciar condições para a construção da cidadania. Não se trata apenas de acessar o
conhecimento, mas de possibilitar a transformação pessoal e social, a igualdade de oportunidades,
o desenvolvimento da capacidade de conviver com as diferenças e com situações de conflito, de se
responsabilizar pelo bem-estar individual e de sua comunidade, da sociedade, de seu país e do
mundo. Essa é a escola que queremos. A que disponibiliza as "ferramentas e a tecnologia da
tecelagem" e apresenta a esperança de construção de outras formas de relação.
A educação é um processo mútuo e contínuo de formação e libertação do ser humano, e o
processo de aprendizagem, uma ação partilhada, resultante do esforço individual, bem como das
condições ambientais e das relações que se estabelecem. São muitos os instrumentos, ferramentas,
materiais e atores na tarefa de tecer novos aprendizados. As relações jovem-facilitador, jovemjovem, jovem-ambiente físico são de suma importância no processo de construção do
conhecimento. O facilitador é um mediador e, sobretudo, um instigador do processo de descoberta,
de associações, estimulando o pensar, de modo que o jovem compreenda o processo de construção
do conhecimento e o utilize de forma autônoma ao longo de sua vida.
Diante da perspectiva da educação para a cidadania, o ofício de ensinar exige cada vez mais que
os facilitadores estejam atualizados com as transformações políticas, econômicas, sociais, culturais e
tecnológicas.
Diversificar a gama de conhecimentos e aprender a cultura local, a origem de hábitos ⎯ desde
aspectos ligados à arte aos ligados a comportamentos, alimentação, entre outros ⎯ proporcionam
aos jovens a oportunidade de resgatar a sua história, favorecendo a construção de sua identidade e
a elevação da auto-estima, de ampliar sua visão de mundo, de reconhecer a importância dos
acontecimentos históricos e fazer associações dos fatos atuais com os do passado.
Para dar conta das novas demandas apresentadas pela sociedade precisamos investir na construção
de um novo modelo de educação. Com base nos nossos erros e acertos do passado, temos que ter
o olhar no presente e no futuro, compreendendo para que e para quem ensinamos e como se dá o
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processo de ensino-aprendizagem que liberta e favorece a formação do ser integral, entendido por
Antônio Carlos Gomes da Costa como um "ser autônomo, solidário e competente" (COSTA, 1998).
Do facilitador esperamos a capacidade de humildade, compreendendo e respeitando os diversos
saberes, a compreensão do seu papel social, a habilidade para mobilizar os envolvidos no processo
de ensino-aprendizagem e exercitar a participação, a abertura para a construção de vínculos
afetivos que possibilitem o aprendizado e a boa convivência. Esperamos também do facilitador que,
na consciência de sua função, estabeleça limites ao grupo e cuide de seu desenvolvimento e
integração, que disponibilize o saber para que tantos outros possam reeditá-lo e possam formar
novas e diferenciadas "teias". Enfim, que seja um "facilitador" no processo de desenvolvimento
pessoal e social dos jovens.
A equipe executora do Projeto tem um papel fundamental na construção de um ambiente favorável
para a formação integral dos jovens, buscando diariamente oferecer o suporte necessário para o
seu desenvolvimento e a execução do plano de ação, tendo a disponibilidade de ouvi-los e ajudálos a enfrentar as dificuldades que surgirem no caminho. A escuta sensível é uma habilidade
importantíssima e vale lembrar que o próprio facilitador e toda a equipe de coordenação também
estarão vivenciando um processo de capacitação em serviço.
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Para promover um ambiente acolhedor, o facilitador pode atentar para alguns cuidados na relação
diária com o grupo, incentivando a participação, o debate de idéias e o respeito à diversidade.
É importante também que o êxito e os resultados alcançados sejam celebrados e que as ações
sejam divulgadas, visando motivar os participantes.
Para o desenvolvimento do trabalho em grupo, os jovens precisarão construir uma relação de
confiança e de equipe que lhes permita interagir e realizar tarefas de interesse comum e de
benefício à sociedade, exercitando um processo de construção conjunta de idéias para o alcance de
uma visão e objetivos coletivos.
Caberá à equipe executora coordenar o trabalho do grupo nesse processo de autodescoberta e de
formação de laços afetivos e efetivos de ação.
O facilitador é um mediador do processo de ensino-aprendizagem. Nesta relação, muitas são as
trocas, as fases e as demandas apresentadas no decorrer das ações socioeducativas. Muitas vezes,
ele precisa ser firme, pois o jovem sinaliza a necessidade de obter limites, porém não expressa isso
verbalmente, claramente. É importante que o facilitador fique atento e tenha sensibilidade para
perceber a atitude mais educativa a tomar diante das inúmeras situações que possam ocorrer.
A afetividade também tem um lugar especial no processo de ensino-aprendizagem. É fundamental
que o facilitador tenha desenvolvido sua capacidade de dar e receber afeto, facilitando, na vida
diária, com comportamentos e atitudes, a percepção dos adolescentes sobre a relação afetiva, de
respeito às diferenças e aos estágios de maturidade de cada indivíduo e promovendo a construção
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da relação de confiança. Conhecer a história de vida de cada um dos adolescentes do grupo ajuda
no entendimento de suas limitações, pois favorece que o facilitador compreenda o sentido e o
significado das ações do indivíduo e suas potencialidades, bem como a elaboração de alternativas
de solução para superar dificuldades apresentadas.
Quando o facilitador constrói junto ao jovem uma relação afetiva, apresentando os limites
necessários, a probabilidade de aprendizado aumenta consideravelmente, o ambiente fica favorável
para o desenvolvimento das habilidades e a reconstrução de comportamentos e a mudança de
hábitos ficam facilitadas. Ouvimos e entendemos também com o coração.
Pela sua história similar e de sucesso e resiliência, através da coerência entre seu discurso e sua
prática, o facilitador passa a ser uma referência para os jovens, um exemplo de agente de
transformação, contribuindo para a construção da
auto-imagem e da identidade desse jovem.
A tarefa de educar deve ser encarada como um
inusitado desafio a ser traduzido e conquistado
a cada dia, um processo de construção cujas
possibilidades são infinitas e imprescindíveis
para o processo de transformação de uma
sociedade excludente para uma sociedade
justa, em que a cidadania seja resultante da
história de distintos povos, estando ao
alcance de todo cidadão universal.
Enquanto ainda existir no mundo um ser
humano excluído dos direitos
humanos, os demais só se justificam
pela luta pacífica, rumo a uma
cultura de paz e à
transformação planetária.
Sejamos então atores e
"reeditores" na produção
deste tecido de novas
relações.
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Sobre o Planejamento,
Monitoramento e Avaliação
Para que as atividades tenham o sucesso esperado é importante pensar sobre o objetivo que se
deseja alcançar, as estratégias mais eficazes e divertidas, se haverá tempo suficiente para realizar
cada atividade escolhida.
O fato de encontrar planejadas determinadas atividades não significa que o facilitador terá que
realizá-las a qualquer custo. Ele pode e deve refletir e trabalhar para alcançar determinado objetivo
com o grupo, porém, este pode tomar rumos diferentes no decorrer do trabalho, de acordo com
suas especificidades, seus interesses, suas vivências e inquietações. Cada grupo tem seu ritmo e seu
tempo. O facilitador precisa respeitar essas particularidades. Assim, dizemos que planejamento e
flexibilidade se somarão na capacidade de o facilitador adaptar-se a possíveis mudanças, sem,
contudo, perder o foco nos resultados esperados. Acreditamos no seu bom senso e criatividade.
É interessante elaborar instrumentos para planejar, executar e avaliar o processo de ensinoaprendizagem. Alguns desses instrumentos podem ser construídos na fase de planejamento, e
outros, no decorrer da prática, à medida que reformulamos o plano de ação.
Os programas e projetos sociais estão cada vez mais se aperfeiçoando na prática de avaliar seus
resultados. Para garantir uma maior eficácia do projeto é muito importante monitorar o processo,
avaliando diariamente e periodicamente as ações realizadas, possibilitando rever a programação e
as estratégias escolhidas para obter melhores resultados.
A avaliação é um termômetro que irá identificar até que ponto suas ações contribuíram para o
alcance dos objetivos esperados. Para avaliar, é necessário traçar minuciosamente os indicadores de
resultados de acordo com os objetivos e metas do seu projeto.
A avaliação permite que o facilitador perceba os erros e acertos de sua prática e possa reformular
seu planejamento com vistas a atingir melhores resultados. Lembre-se, o "tecido" produzido pode ser
reconstruído a cada dia.
Conforme a metodologia adotada, a avaliação deve se dar de forma processual, acontecendo
diariamente e periodicamente durante todo o desenvolvimento do trabalho com o grupo. Sugerimos
que a avaliação seja realizada: sempre, logo após a culminância da atividade do dia;
trimestralmente, para avaliar o processo de um período; e ao final de todo o trabalho com o grupo.
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O facilitador poderá avaliar se o grupo assimilou e construiu conhecimentos; se estes estão sendo
utilizados na vida cotidiana dos participantes e se as estratégias de ação planejadas estão sendo as
mais eficazes para alcançar os objetivos propostos.
Para avaliar o trabalho realizado, o facilitador poderá utilizar os instrumentos de observação,
expressão oral dos participantes, técnicas de grupo e questionários de avaliação da atividade do dia
e de avaliação de períodos.
Seguindo a mesma linha participativa utilizada no momento da execução das atividades, a prática
pedagógica deve ser avaliada a partir da percepção dos diversos atores envolvidos: jovem,
facilitador, coordenador, familiares, direção da escola, professores etc. Cada um terá seu olhar
diferenciado sobre o trabalho desenvolvido e os resultados alcançados.
Em um processo de ação-aprendizagem, é fundamental a reflexão e a tomada de consciência sobre
aquilo que foi interiorizado e os pontos a serem desenvolvidos. É o monitoramento e a avaliação
constante que permitirão ao projeto o seu aprimoramento e a consecução dos seus objetivos. As
tarefas de planejar, agir, aprender e refletir sobre a prática são simultâneas e convergentes,
ocorrendo em todo o processo.
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Neste Manual, o facilitador irá encontrar impressos modelos de alguns instrumentos: formulário de
plano de atividades, modelos de questionários de avaliação, formulários de sondagem de entrada e
de saída dos jovens, entre outros.
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Sobre a grade curricular
ETAPA
MÓDULO
CARGA HORÁRIA
Etapa I - Mobilização
Mobilização
68h
Etapa II - Teórico-Vivencial
Integração (68h)
328h
DPS - Desenvolvimento Pessoal e Social
(148h)
Plano de Vida e Carreira (36h)
Desenvolvimento Comunitário (52h)
Plano de Ação Piloto (24h)
Etapa III - Intervenção
Execução do Plano de Ação (110h)
Comunitária
Avaliação Final (42h)
180h
Culminância do Projeto (28h)
TOTAL DE HORAS
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576h
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ETAPA I - MOBILIZAÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
• Instalar o Projeto de Formação Socioeducativa
• Alinhamento conceitual e interinstitucional.
nas Unidades Escolares (UEs).
• Propostas gerais do Programa e do Projeto e
• Alinhar os conceitos fundamentais ao
suas contribuições para a construção de políticas
desenvolvimento do Programa Jovens Baianos e
públicas para a juventude.
do Projeto de Formação Socioeducativa do ADC.
• Contextualização institucional da Fundação Luís
• Facilitar a integração e a comunicação entre os
Eduardo Magalhães.
parceiros da rede de apoio do jovem beneficiário
• Eixos teórico-metodológicos do Projeto de
do Projeto.
Formação.
• O projeto social como mediador da relação
Escola-Comunidade.
• A consolidação de equipe como ferramenta de
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sucesso do Projeto.
Iniciar o jovem no processo de conhecimento,
• Iniciação do jovem na prática do Projeto de
reconhecimento e aproximação do contexto social
Formação Socioeducativa.
das UEs e dos seus entornos comunitários.
• Sondagem de experiências prévias e
conhecimentos do grupo. Lançamento oficial do
Projeto na escola. Apresentação. Constelação de
histórias. O Novo / Levantamento de expectativas.
Canteiro de sonhos.
• A ação do ser humano no espaço social e
ambiental. Mapa gráfico da escola. Esculturas
humanas, museu vivo. Culminância.
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ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL
INTEGRAÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
• Criar um ambiente favorável para o
• Ambientação.
relacionamento entre os participantes do grupo.
• O Programa.
• Identificar e fortalecer a identidade dos jovens
• Expectativas após a apresentação do Programa.
participantes, influenciando positivamente na
• Pacto de convivência interpessoal e intrapessoal.
elevação de sua auto-estima.
• Identidade.
• Desenvolver a comunicação entre os participantes
• O Grupo.
do grupo.
• Comunicação.
• Liderança.
• Papéis.
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ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL
DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
• Estimular o desenvolvimento e cultivo de atitudes
• Auto-estima.
positivas em relação a si mesmo.
• Compreender a escola como espaço coletivo, de
prazer e de troca e construção de conhecimentos.
• A escola.
• Mobilizar os integrantes do Projeto, ampliando o
seu nível de informação e consciência crítica na
área dos direitos e deveres e estimulando-os para
que assumam uma atitude mais tolerante,
solidária e responsável diante do seu próximo e da
coletividade.
• Compreender e valorizar a preservação do meio
ambiente para a continuidade da vida no planeta.
• Cidadania.
• Cultura da Paz.
• Ética.
• Educação Fiscal.
• Relação Estado e Sociedade.
• Tributos. Gestão dos Recursos.
• Meio Ambiente.
• Preservação Patrimonial.
• Desenvolver a consciência crítica sobre sua
sexualidade, respeitando suas escolhas e as dos
outros e adotando práticas seguras à sua saúde.
• Saúde e sexualidade.
• Mitos e tabus da sexualidade.
• Questão de gênero.
• Gravidez na adolescência.
• Métodos anticonceptivos.
• DSTs.
• Uso de drogas.
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ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL
PLANO DE VIDA E CARREIRA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
• Planejar a vida profissional a partir da
• Desenvolvimento de carreira.
identificação de oportunidades, conhecimento de
potencialidades e limites e definição de metas e
estratégias para alcançá-las.
• Compreender o conceito e construir uma relação
positiva, produtiva e prazerosa com o trabalho e
identificar as habilidades necessárias para a
inserção no mercado de trabalho na
contemporaneidade.
• Trabalho.
• Currículo.
• Entrevista.
• Projeto de vida.
ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL
DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
• Compreender os fatores fundamentais para o
• Desenvolvimento comunitário.
fomento do desenvolvimento comunitário.
• Identificar e desenvolver as características do ser
empreendedor, assumindo uma atitude diferenciada
com o ambiente social.
• Desenvolvimento entre comunidade e ativos
comunitários.
• Empreendedorismo social.
• Responsabilidade social.
• Economia popular solidária.
• Políticas públicas.
ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL
PLANO DE AÇÃO PILOTO
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
• Elaborar plano de ação piloto com vistas ao
• Elaboração de projetos.
desenvolvimento comunitário.
• Definição do objeto.
• Mapeamento dos recursos locais.
• Elaboração do plano de ação.
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ETAPA III - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA
EXECUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
C. H.
• Executar o plano de ação piloto com vistas ao
• Execução do plano de ação.
110h
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
C. H.
• Avaliar os aprendizados e os resultados do
• Levantamento de perfil de saída.
42h
Programa.
• Avaliação individual e grupal.
desenvolvimento comunitário.
ETAPA III - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA
AVALIAÇÃO FINAL
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ETAPA III - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA
CULMINÂNCIA DO PROJETO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
C. H.
• Apresentar os dados alcançados pelos atores
• Apresentação da prática para os
diversos atores envolvidos.
• Culminância do Projeto.
28h
envolvidos no Projeto.
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Sobre a metodologia
A metodologia adotada para o desenvolvimento deste Manual baseia-se na participação de todos
os envolvidos no processo, na construção coletiva, nas experiências de vida, na realidade cotidiana
dos indivíduos, respeitando ritmos, valores e culturas.
A proposta de trabalho convoca os participantes a refletirem, teorizarem e exercitarem novas
práticas de comportamento através de atividades que, centradas no fazer, favoreçam a descoberta,
a associação entre teoria e realidade, entre as partes e o todo, entre o individual e o social, e a
reconhecerem-se como co-autores do processo da "tecelagem das relações e dos produtos
elaborados".
A metodologia participativa lúdica favorece o comprometimento das pessoas envolvidas, torna as
ações do projeto mais interessantes para todos, potencializa o aprendizado, na medida em que
possibilita a troca de experiências, e interfere diretamente na auto-estima de todo o grupo.
O desenvolvimento de práticas educativas por meio da participação permite maior envolvimento dos
jovens e resultados mais eficazes quanto a mudanças de atitudes, através da percepção e
experimentação de cada participante.
A prática de ensino-aprendizagem deve ser o mais prazerosa e dinâmica possível, respeitando as
crenças e valores de cada participante do grupo. O processo de vivenciar as experiências leva-nos
ao aprendizado de forma mais rápida e satisfatória. E esta experiência permanece para sempre,
pois a sentimos, a nossa essência aprendeu porque "vivenciou". As oficinas educativas trazem
resultados concretos, pois levam os participantes à reflexão, à vivência e à mudança de
comportamento. São constituídas por atividades divertidas, diversificadas e enriquecidas pelas
experiências e conhecimentos trazidos pelos jovens e por outras fontes de aprendizado. O
conhecimento do jovem será sempre ponto de partida para o conhecimento trazido e sistematizado
pelo facilitador.
A escolha das estratégias para o desenvolvimento do grupo deve estar vinculada diretamente ao
tema a ser trabalhado, ao público beneficiário, aos objetivos que se deseja alcançar, ao número de
participantes e ao tempo disponível. As técnicas de grupo, a arte, os debates, as atividades em
espaços diversificados, a construção participativa são estratégias que favorecem o desenvolvimento
do trabalho em equipe.
É importantíssimo estudar o plano de atividade antes de começar a aplicá-lo. Cada grupo é
diferente, único. O plano de atividade deve respeitar as diferenças de cada grupo.
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O modelo de plano de atividade que sugerimos neste Manual contempla alguns momentos
pensados em uma seqüência gradativa que possibilitará maior aproveitamento e aprendizado das
ações realizadas com o grupo:
1º MOMENTO ALINHAMENTO. Logo no início do encontro deve-se dizer o que será realizado e
quais os objetivos do trabalho.
2º MOMENTO AQUECIMENTO. Como o próprio nome sugere, este é o momento da
preparação, de entrar no clima, de introduzir-se no tema que será trabalhado.
3º MOMENTO APROFUNDAMENTO DO TEMA. Geralmente, aqui se utiliza uma técnica de
grupo e, em seguida, se desenvolve teoricamente o tema. Este momento pode ser composto por
diversas atividades.
4º MOMENTO FECHAMENTO. Aqui se conclui a atividade do dia. Imprime a idéia de término
dos trabalhos daquele encontro.
5º MOMENTO AVALIAÇÃO. É o momento de o grupo avaliar a atividade do dia. O facilitador
pode escolher uma, entre diversas técnicas, para promover a avaliação.
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A duração do encontro deve levar em conta o perfil do grupo. No caso dos participantes do Projeto
de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário, que são alunos de escolas públicas e
passam o dia no espaço escolar, as atividades poderão ter duração de três a quatro horas, no
máximo. É importante que o facilitador respeite a carga horária diária acordada com o grupo no
momento da criação das regras de convivência. Desse modo, deve elaborar planos de aula levando
em conta a duração de cada atividade, para não ultrapassar o horário combinado.
Os planos de atividade sugeridos neste Manual foram elaborados considerando uma carga horária
de quatro horas de trabalho. Em alguns casos, conforme o tema e a atividade prevista, será
necessário realizar mais de um encontro, conforme indicado no planejamento da atividade. Além
disso, cada grupo tem suas especificidades; logo, o plano previsto aqui para ser executado em um
encontro poderá necessitar de dois ou três encontros, de acordo com as demandas daquele grupo.
O facilitador precisa estar atento e, dentro do possível, respeitar a dinâmica grupal.
É fundamental que o tempo diário de atividade, acordado pelo grupo, seja mantido até o final do
projeto, pois facilita a comunicação e a organização do trabalho.
Os encontros serão realizados em quatro dias a cada semana, visto que o facilitador necessitará de
um dia para planejar, avaliar e discutir sua prática e o desempenho dos participantes do grupo com
a equipe de facilitadores e coordenadores.
Para possibilitar um maior aproveitamento do trabalho realizado, o facilitador deve ter o cuidado de
escolher estratégias que sejam condizentes com o tempo de formação do grupo, suas
características, seu relacionamento interpessoal e suas necessidades emergentes.
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A metodologia participativa exige que o facilitador tenha clareza sobre quais objetivos deseja
alcançar com o trabalho específico para evitar dispersão nos momentos de debate. Ele é o
responsável por garantir o foco na tarefa, sem, contudo, perder de vista o foco nas relações. Aqui,
as habilidades flexibilidade e coerência são fundamentais na prática do facilitador.
É recomendável que o facilitador tenha vivenciado a técnica de grupo antes de aplicá-la. Isso lhe
dará mais subsídios para entender a dinâmica da atividade, as possíveis reações dos participantes e
seu papel de facilitador do grupo. Serão trabalhadas na capacitação em serviço dos facilitadores as
mesmas temáticas propostas aos jovens, aliadas ao referencial socioeducativo de trabalho com a
juventude. O facilitador também contará com o acompanhamento de um coordenador de campo,
que o apoiará, respaldando a sua prática.
No Programa Jovens Baianos, o trabalho junto aos jovens será realizado ao longo de 12 meses,
totalizando 576 horas.
O Programa está distribuído em três etapas:
1. Mobilização; 2. Teórico-vivencial; 3. Intervenção Social.
ETAPA DE MOBILIZAÇÃO
Esta etapa acontece no início de desenvolvimento do Projeto e tem como objetivo levantar dados
sobre a caracterização geral da comunidade e mobilizar o público-alvo e todos os atores envolvidos
para o desenvolvimento das ações conjuntamente.
ETAPA TEÓRICO-VIVENCIAL
Esta etapa contempla temas transversais a serem trabalhados junto aos jovens diariamente.
Entretanto, para facilitar a organização e a prática pedagógica, garantindo a reflexão e o debate
sobre todos os temas, distribuímos os conteúdos da segunda etapa em cinco módulos: 1.
Integração; 2. Desenvolvimento Pessoal e Social; 3. Plano de Vida e Carreira; 4. Desenvolvimento
Comunitário; 5. Plano de Ação Piloto. Cada uma dessas fases é constituída por diversos temas e
subtemas e por sugestões de atividades. Como já foi ressaltado, para cada tema ou subtema
apresentamos uma breve introdução, bem como a referência bibliográfica utilizada, visando instigar
o facilitador a buscar, em outros trabalhos escritos, o aprofundamento teórico sobre tais questões e
melhor preparar-se para o desenvolvimento da atividade.
ETAPA DE INTERVENÇÃO SOCIAL
A terceira etapa é composta por três fases: 1. Execução do Plano de Ação; 2. Avaliação Final do
Projeto; 3. Culminância do Projeto. Nesta etapa, os jovens irão executar na comunidade os projetos
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elaborados durante as atividades e irão avaliar as ações realizadas e os resultados alcançados no
decorrer do processo, junto com os demais atores envolvidos no Projeto. Ao final, os ADCs irão
compartilhar os resultados.
Chegou a hora de pegarmos as ferramentas, o tear e, junto aos demais atores desta história,
começarmos a tecer esta grande teia.
VAMOS LÁ!
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“AI DE NÓS EDUCADORES
SE DEIXARMOS DE SONHAR
SONHOS POSSÍVEIS.”
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Paulo Freire
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ETAPA 1
MÓDULO
Mobilização
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MOBILIZAÇÃO
TEMAS
ALINHAMENTO INTERINSTITUCIONAL E CONHECIMENTO DO PROGRAMA E DO PROJETO DE
FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO.
INICIAÇÃO DO JOVEM NA PRÁTICA DO PROJETO DE FORMAÇÃO SOCIOEDUCATIVA
• Sondagem de experiências prévias e conhecimentos do grupo
• Lançamento oficial do Projeto na escola
• Apresentação
• O Novo / Levantamento de expectativas
• Constelação de histórias
• Canteiro de sonhos
• A ação do ser humano no espaço social e ambiental
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• Trilha Jovem na escola e na comunidade
• Arte visual da escola e do seu entorno comunitário
• Esculturas humanas, museu vivo
• Culminância
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MOBILIZAÇÃO
O QUE É...
Mobilizar é provocar o desejo das
pessoas e sua adesão para uma ação
conjunta, com interesses comuns.
FALANDO SOBRE
Mobilizar a sociedade para as questões coletivas é o exercício de chamar os cidadãos para a sua
responsabilidade social.
(...) mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum,
sob uma interpretação e um sentido também compartilhados. Sendo a
mobilização uma convocação, ela é um ato de liberdade, oposto da
manipulação, um ato público de vontade, de paixão (TORO, 1994, p. 11).
A mobilização ganha força à medida em que conhecemos a realidade que estamos vivenciando e o
que já foi feito e se vem fazendo no sentido de transformar essa realidade. É importante saber que
muitas outras pessoas também se preocupam com as mesmas causas que nós, que estão atuando
em suas comunidades para a melhoria da qualidade das relações, assim como nós.
O que dá estabilidade a um processo de mobilização social é saber que o que eu faço e decido,
em meu campo de atuação quotidiana, está sendo feito e decidido por outros, em seus próprios
campos de atuação, com os mesmos propósitos e sentidos (TORO, 1996, p. 12).
Segundo Bernardo Toro (1996, p. 35:47), são necessárias três condições básicas para se organizar
um projeto de mobilização:
1. A criação de um imaginário provocante, atrativo, que sintetize e represente o
futuro desejado.
2. A definição do campo de atuação dos reeditores (entendidos como indivíduos
que têm um público próprio que acredita neles).
3. A coletivização das ações.
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Para a realização de um projeto coletivo é importante mobilizar as pessoas e instituições que farão
parte do processo. Quanto mais motivados e alinhados estiverem todos os atores envolvidos, mais
fortes serão as ações realizadas e maiores as chances de alcance dos resultados propostos.
A mobilização no Projeto Jovens Baianos é a primeira etapa de todo o trabalho ao longo dos 12
meses e se traduz na identificação e acionamento de pessoas e instituições que compõem a rede de
apoio ao jovem para criar um clima favorável à instalação do projeto. É um conjunto de atividades
que pretendem auxiliar o jovem a ampliar a sua visão sobre o espaço da escola e da comunidade
como instâncias de participação social.
A etapa se consolida em dois momentos: 1. atividades preliminares entre parceiros, para sedimentar
o trabalho com o jovem; 2. atividades de apresentação e integração dos beneficiários com o
projeto e aproximação do jovem com a escola e seus entornos comunitários.
Nesta etapa, o jovem deverá aguçar o seu olhar sobre as relações sociais e o cotidiano, nos
contextos imediatos da escola e da comunidade. Trata-se de re-conhecer o tempo e o espaço
concretamente vividos pelos jovens. Olhar com outros olhos as manifestações do cotidiano, os
moradores da comunidade e suas tradições, os espaços físicos e os funcionários da escola - ler
talentos e recursos na escola e na comunidade.
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A etapa de mobilização é também o momento de o Facilitador apropriar-se do cenário
interinstitucional onde irá atuar. Deverá saber situar o Programa no contexto das políticas públicas
para a juventude.
Tanto o Facilitador quanto o jovem beneficiário deverão ter uma visão global do processo de
formação continuada do Projeto, bem como da relação de papéis e atribuições do Facilitador e do
jovem beneficiário.
Visando mobilizar pessoas e instituições para favorecer a implementação do Projeto, serão
realizadas diversas ações, tais como:
1. Alinhamento interinstitucional e conhecimento do Programa Jovens Baianos e Projeto FLEM.
Aqui serão desenvolvidas as atividades preliminares entre parceiros. São elas:
1. Apresentação: Parceiros / Facilitadores / Coordenadores.
2. Apresentação e debate sobre a proposta do Programa e dos projetos convergentes com os
Facilitadores.
3. Consolidação da equipe de Coordenadores de Campo e Facilitadores.
4. Capacitação dos Facilitadores.
5. Encontros de sensibilização com as Unidades Escolares - UEs.
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6. Visitas às UEs para conferência e adequação do espaço físico e das instalações das UEs pelos
Facilitadores e Coordenadores de Campo.
7. Visitas às UEs para reconhecimento da estrutura e funcionamento da Unidade pelos Facilitadores
e Coordenadores de Campo.
8. Encaminhamento de pendências com a SEDES e a SEC.
9. Deslocamento e alojamento do material didático da capacitação dos jovens beneficiários para as UEs.
10. Reunião com a família por grupo de jovens.
2. Iniciação do jovem na prática do Projeto de Formação Socioeducativa
Neste momento serão desenvolvidas as atividades de apresentação e integração dos beneficiários
com o Projeto e aproximação do jovem com a escola e seus entornos comunitários.
PLANO DE ATIVIDADE 1
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 1 Sondagem de experiências prévias e conhecimentos do grupo.
OBJETIVOS Avaliar o perfil de entrada dos jovens (conhecimentos, habilidades e atitudes iniciais)
e promover um maior conhecimento das características pessoais dos participantes.
Data ____________________ Público-alvo ___________________
MATERIAL
QTD
Cópia do formulário da Avaliação do Perfil de Entrada
30 unidades
Caneta
30 unidades
Lápis
30 unidades
Borracha
30 unidade
Micro-system
01 unidade
CD música "Metamorfose Ambulante", de Raul Seixas
01 unidade
OBSERVAÇÃO
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER O OBJETIVO DA ATIVIDADE DO DIA.
2º MOMENTO: AQUECIMENTO: AUDIÇÃO DA MÚSICA "METAMORFOSE AMBULANTE", DE
RAUL SEIXAS.
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3º MOMENTO: SONDAGEM.
• Os participantes deverão responder ao formulário de avaliação individualmente.
• Após responderem ao questionário, os participantes o entregarão ao Facilitador.
DICA
O FACILITADOR DEVE ORIENTAR OS JOVENS
A RESPONDEREM AO QUESTIONÁRIO COM CALMA.
PERFIL DE ENTRADA
Olá, essas questões a seguir têm o objetivo de ajudá-lo a identificar o quanto já está preparado
para assumir o desafio de atuar como Agente de Desenvolvimento Comunitário. Lembre-se de que
não é um teste no qual você será aprovado ou reprovado. O questionário apenas servirá como um
indicador que lhe possibilitará perceber o seu potencial, suas habilidades desenvolvidas e suas
dificuldades. Deve ser um norte para que se conheça e busque melhorar cada vez mais.
Reflita em cada pergunta e assinale com um X as proposições que se parecem mais com você.
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Você está pronto para se tornar um Agente de Desenvolvimento Comunitário?
Confira o seu potencial! Seja sincero e...
BOA SORTE!!
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1. HISTÓRIA E IDENTIDADE DA COMUNIDADE.
( A ) Sei bastante sobre a história da minha comunidade e sobre as características que a fazem única.
(B)
Sei um pouco sobre como minha comunidade foi formada, mas nunca me interessei em saber mais.
( C ) Não me interesso muito pela minha comunidade, pois não me identifico com ela.
2. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ATUAÇÃO NA COMUNIDADE.
( A ) Se eu tivesse que fazer hoje um projeto, já saberia que passos seguir e como escrevê-lo.
( B ) Se eu tivesse que fazer hoje um projeto, precisaria de bastante orientação, pois tenho a idéia
mas não sei como apresentá-la.
( C ) Se eu tivesse que fazer um projeto não saberia nem por onde começar.
3. DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO.
( A ) A minha comunidade tem problemas, mas também tem muitas coisas boas e pessoas
talentosas. Tem grande chance de se desenvolver.
( B ) A minha comunidade é complicada e tem pouca gente interessada. Acho que ela tem poucas
chances de se desenvolver.
( C ) A minha comunidade é muito complicada. São tantos problemas e tanta gente que não ajuda
que acho que ela nunca vai ser diferente.
4. TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA.
(A)
Eu conheço várias formas de mobilizar a minha comunidade e não tenho dificuldades para fazer isso.
( B ) Eu sei algumas maneiras de mobilizar a minha comunidade, mas nem sempre dá certo.
( C ) Eu não consigo mobilizar a minha comunidade e nem sei como fazê-lo.
5. POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A JUVENTUDE.
( A ) Tenho um bom conhecimento sobre programas sociais e políticas públicas voltadas para a
juventude.
( B ) Conheço um pouco sobre programas sociais e políticas públicas para os jovens, mas não
saberia identificar nenhum em especial.
( C ) Não conheço nenhum programa social ou política pública voltada para a juventude.
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6. ENFRENTAMENTO DE PROBLEMAS.
( A ) Tento ver sempre o que posso aprender e o que posso ganhar com qualquer situação. “Na
minha vida não existem problemas, só soluções!”
( B ) Na minha vida fico agoniado e tento resolver o problema o mais rápido possível.
( C ) Na minha vida só tem problemas e eles me deixam muito triste. São tantos que não sei como
resolvê-los.
7. TOMADA DE DECISÃO.
( A ) Quando preciso, tomo decisões rapidamente e com segurança.
( B ) Só tomo decisão quando necessário e preciso de bastante tempo para fazê-lo.
( C ) Sempre fico indeciso na tomada de decisões. Decidir algo me deixa nervoso.
8. LIDERANÇA.
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( A ) Consigo, na maioria das vezes, envolver e entusiasmar as pessoas para algo que eu esteja
realizando e assim favoreço que todos participem.
( B ) Quando me dizem o que é para fazer, dou as ordens para que seja feito.
( C ) Eu prefiro que alguém me diga o que tem que ser feito e faço sozinho.
9. ORGANIZAÇÃO.
( A ) Costumo elaborar uma lista do que tenho para fazer e busco cumprir as metas.
( B ) Resolvo as coisas à medida que elas surgem e não gosto de me organizar para nada.
( C ) Não tenho paciência para organizar as coisas. Quando elas estão muito confusas, eu desisto.
10. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL.
( A ) Fico à vontade quando tenho que conversar com pessoas que não conheço. É sempre bom
ouvir pontos de vista diferentes.
( B ) Preciso me esforçar para interagir com pessoas que não conheço.
( C ) Sinto-me muito mal em ambientes que não conheço ninguém. Fico na minha!
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11. SER PROATIVO.
( A ) Eu sempre começo a fazer as coisas, mesmo que seja sozinho.
( B ) Só consigo começar algo quando alguém me ajuda a fazer.
( C ) Só começo a fazer algo quando sou obrigado.
12. ASSUMIR RISCOS.
( A ) Gosto de correr riscos. “Arriscar é comigo mesmo!”
( B ) Gosto sempre do novo, mas me preparo e me organizo até ter um pouco de segurança para
não correr muitos riscos.
( C ) Gosto de lidar sempre com situações que eu já conheça e que me sinta seguro.
13. DETERMINAÇÃO.
( A ) Quando começo algo, gosto de ir até o fim. Enfrento as dificuldades e nunca desisto!
( B ) Se tudo estiver indo bem, continuo, mas quando as coisas começam a ficar difíceis, penso em
desistir.
( C ) Por que me esforçar para algo que não sei se vai dar certo? Não consigo ver as vantagens de
insistir muito nas coisas.
14. AUTOCUIDADO.
( A ) Respeito meu corpo e procuro sempre me cuidar.
( B ) Esforço-me para estar bem comigo e com meu corpo, mas não me preocupo muito com isso.
( C ) Não tenho tempo para me cuidar.
15. ENGAJAMENTO NA COMUNIDADE.
( A ) Geralmente participo de atividades na minha comunidade, propondo novas ações,
compartilhando idéias com outras pessoas.
( B ) Quando sou convidado a participar de atividades na minha comunidade, e não tenho outra
coisa para fazer, vou com prazer.
( C ) Não sei muito bem o que está rolando na minha comunidade. Tenho outros interesses.
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16. CIDADANIA.
( A ) Procuro estar sempre informado sobre o que acontece no nosso país, fico chocado com o que
os políticos fazem com o dinheiro público e acho que o voto é um instrumento de mudança.
( B ) Sei que tem muita corrupção no nosso país, mas isso não tem nada a ver comigo, pois não
sou político.
( C ) Nem gosto de saber sobre os problemas do nosso país. Não me interesso por política.
17. RELAÇÃO COM A ESCOLA.
( A ) Vejo a escola como um local de troca e aprendizagem.
( B ) Preciso me esforçar para ficar atento às aulas. Só gosto de vir à escola para encontrar meus
amigos.
( C ) Não vejo a hora de sair da escola. Estudo por obrigação.
18. RELAÇÃO COM A FAMÍLIA.
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( A ) Minha família é a minha base. Divido com eles minhas alegrias e dificuldades.
( B ) Quando preciso, peço ajuda à minha família. Mas tem coisas que não dá para contar a eles.
( C ) Não dá para conversar muito com a minha família, eles não me entendem!
19. JOVEM COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO.
( A ) Acredito que os jovens têm um poder de transformação muito grande. Se quisermos, podemos
mudar a comunidade!
( B ) Acho que os jovens têm boas idéias, mas não possuem oportunidades para contribuir, com
mudanças, em sua comunidade.
( C ) Os jovens não têm nada a fazer por sua comunidade.
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Metamorfose Ambulante
por Raul Seixas
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada
sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada
sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já
se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã
lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
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É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver essa metamorfose
ambulante
Do que ter aquela velha
opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha
opinião formada sobre
tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei
quem sou
Hoje eu sou estrela
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou lhes dizer aquilo tudo que eu lhes disse antes
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
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PLANO DE ATIVIDADE 2
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 2 Lançamento Oficial do Projeto na Escola.
OBJETIVOS Formalizar o lançamento do Projeto na Unidade Escolar e integrar os parceiros da
rede de apoio ao jovem para o início da formação socioeducativa.
Data ____________________ Público-alvo ___________________
MATERIAL
QTD
Data-show
01 unidade
Monitor
01 unidade
Som com entrada para CD
01 unidade
Caixa amplificadora
01 unidade
CD musical
01 unidade
Cópia da história: “O Mito da Origem da Estrela-do-mar”
01 uni por jovem
Cópia da música "Alma",
de Pepeu Gomes e Arnaldo Antunes, por Zélia Duncan
01 uni por jovem
OBSERVAÇÃO
1º MOMENTO: RECEPÇÃO ARTÍSTICA.
• Na entrada do auditório estarão alunos pintados, com pernas-de-pau, fazendo malabarismo ou
desenvolvendo outras habilidades que garantam um clima de entretenimento na recepção do
público participante.
• Esses alunos distribuirão estrelas de papel para os convidados e sussurrarão em seus ouvidos:
"Deixe a sua estrela brilhar!".
2º MOMENTO: INSTALAÇÃO DA TEIA REDONDA.
• O mestre de cerimônia deverá ser, preferencialmente, um representante da instituição co-gestora
ou um parceiro da rede. Serão convidados para compor a mesa os seguintes representantes:
dirigente escolar, estudantil / grupo focal, Comitê Gestor, família e outros parceiros.
• A mesa deverá ser chamada de TEIA REDONDA, para enaltecer o sentido da rede de apoio ao
jovem. Ao fundo, deverá estar presente uma imagem de teia de aranha ou similar.
• Poderá ser utilizada música ambiente suave.
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3ª MOMENTO: NARRAÇÃO DE HISTÓRIA: "O MITO DA ORIGEM DA ESTRELA-DO-MAR".
• O mestre de cerimônia apresentará o(s) Facilitador(s) da Unidade e o(s) convocará para contar a
história.
• Em seguida, os participantes do plenário deverão pegar as estrelas que receberam na entrada do
salão e colocar uma palavra que represente o seu entendimento sobre a lição da narrativa.
• Ao final, o microfone será aberto à TEIA REDONDA e ao plenário. Os convidados deverão fazer
relações entre a história e a proposta do projeto.
4º MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE FORMAÇÃO DOS JOVENS.
• A proposta do projeto será apresentada em slides sintéticos, intercalados com dois poemas
recitados por alunos ou parceiros do projeto, em combinação prévia no planejamento.
• Em seguida, a palavra será aberta ao plenário para tirar dúvidas ou comentar o material exposto.
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5º MOMENTO: CANTO COLETIVO: "ALMA", DE PEPEU GOMES E ARNALDO ANTUNES, POR
ZÉLIA DUNCAN.
• O mestre de cerimônia convidará o público para cantar a música "Alma", cuja letra estará
exibida em data-show. Todos deverão estar de mãos dadas.
O Mito da Origem da Estrela-do-mar
In: CAVALCANTI, Ricardo C. Saúde Sexual e Reprodutiva:
Ensinando a ensinar. Art 07. p. 244
Dizem que um pequeno grão de areia apaixonou-se,
ao olhar para o céu, por uma estrela.
Imaginou então coisas de amor.
Passaram-se muitos e muitos anos.
Ela no céu, ele no mar.
Nunca se encontraram...
Mas, muito tempo depois...
sem que ninguém pudesse explicar como,
apareceu a estrela-do-mar!
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Alma
por Zélia Duncan
Alma....
Alma, deixa eu ver sua alma, a epiderme da alma, superfície,
Alma, deixa eu tocar sua alma, com a superfície da palma da minha mão, superfície
Easy, fique bem easy, fique sem nem razão, da superfície,
Livre fique sim, livre, fique bem com razão ou não, aterrize,
Alma, isso do medo se acalma,
Isso de sede se aplaca,
Todo pesar não existe,
Alma, como um reflexo na água,
Sobre a última camada
Que fica na superfície,
Crise,
Já acabou, livre,
Já passou o meu temor, do seu medo sem motivo,
Riso, de manhã, riso, de neném a água já molhou a superfície,
Alma, daqui do lado de fora nenhuma forma de trauma sobrevive,
Abra a sua válvula agora, a sua cápsula, alma, flutua na superfície,
Lisa, que me alisa, seu suor, o sal que sai do sol, da superfície,
Simples, devagar, simples, bem de leve a alma já pousou na superfície.
Alma, daqui do lado de fora nenhuma forma de trauma sobrevive,
Abra a sua válvula agora, a sua cápsula, alma, flutua na superfície,
Lisa, que me alisa, seu suor, o sal que sai do sol, da superfície,
Simples, devagar, simples, bem de leve a alma já pousou na superfície,
Alma, deixa eu ver sua alma, a epiderme da alma, superfície,
Alma, deixa eu tocar sua alma, com a superfície da palma da minha mão, superfície
Alma...
deixa eu ver...
deixa eu tocar...
superfície...
ALMA.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 3
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 3 Apresentação.
OBJETIVO
Conhecer os participantes do grupo dos jovens.
Data ____________________ Público-alvo JOVENS DO PROJETO
MATERIAL
82
QTD
Papel carmo diversas cores
30 folhas
Revistas
Diversas
Tesoura
15 unidades
Cola
02 litros
Piloto
20 unidades
Hidrocor
02 caixas
Lápis de cor
02 caixas
OBSERVAÇÃO
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: BOAS-VINDAS.
• O Facilitador dará as boas-vindas aos participantes, fará uma apresentação inicial e esclarecerá
a atividade do dia e seu objetivo.
2º MOMENTO: AQUECIMENTO: RECONHECENDO O CENÁRIO.
• O Facilitador solicitará que os jovens caminhem em silêncio pela sala.
• Eles devem olhar para cada uma das pessoas do grupo enquanto caminham, sem palavras,
estabelecer contato com o olhar.
• Devem também observar todos os detalhes da sala: objetos, cores, móveis, formas...
3º MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO NOME.
• No grupo em círculo, cada jovem fala seu nome e o grupo repete.
• Cada jovem repete seu nome, levantando o braço, até que todos falem, fazendo uma onda.
• No centro da roda, cada um cria uma melodia e canta seu nome.
• Cada pessoa escolhe uma outra pessoa do círculo, aponta e diz seu nome.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
4º MOMENTO: CONSTRUÇÃO DO CRACHÁ PESSOAL.
• Os participantes deverão confeccionar o seu crachá de apresentação pessoal com os recursos
disponíveis, pontuando, através de desenhos, palavras ou de outras formas criativas, suas
características principais, qualidades, defeitos, seu nome e o significado deste.
• Os participantes terão 20 minutos para a confecção do crachá.
• Eles devem apresentar individualmente seus crachás para o grupo, explicando as características
expostas.
• O Facilitador também apresenta seu crachá.
DICA
TANTO A FORMA QUANTO AS CORES UTILIZADAS, FORMATO E TAMANHO
DO CRACHÁ ESTARÃO SIMBOLIZANDO COMO OS JOVENS SE SENTEM NESSE
MOMENTO DE SUAS VIDAS.
5º MOMENTO: FECHAMENTO: COMENTÁRIO DO FACILITADOR.
• O Facilitador conclui a atividade, ressaltando que o grupo terá 12 meses de trabalho para se
conhecer melhor e aprender com as características uns dos outros.
6º MOMENTO: AVALIAÇÃO: CADA PARTICIPANTE AVALIARÁ A ATIVIDADE DO DIA, ORALMENTE.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 4
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 4 O Novo / Levantamento de Expectativas.
OBJETIVOS Identificar as expectativas dos participantes do grupo e perceber a importância de
novas experiências e conhecimentos para o desenvolvimento pessoal e social.
Data ____________________ Público-alvo ___________________
MATERIAL
QTD
Caixa de chocolate
Fita adesiva
84
OBSERVAÇÃO
01 caixa
01 unidade
Papel de presente
07 folhas
Caixas para embalar o chocolate
05 caixas
Durex
01 unidade
Tesoura
03 unidades
Piloto
03 caixas
Fichas de cartolina ou papel carmo
30 unidades
Papel-metro
03 folhas
Micro-system
01 unidade
CD música dançante
01 unidade
Construção da Árvore
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER AS ATIVIDADES DO DIA E SEUS OBJETIVOS
2º MOMENTO: AQUECIMENTO: COMO ESTOU?
• Grupo em círculo, cada participante escreverá em uma ficha de papel: como estou em relação
ao trabalho de hoje?
• Todos devem socializar sua resposta para o grupo.
DICA
ESTA ATIVIDADE POSSIBILITA AO FACILITADOR OBSERVAR COMO ESTÁ A
DISPOSIÇÃO DO GRUPO PARA O TRABALHO.
3º MOMENTO: TÉCNICA: CAIXA DE CHOCOLATE.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
• O Facilitador solicita que o grupo faça um círculo.
• Com a caixa de presente na mão (várias caixas de presente, uma dentro da outra; a última deve
conter vários chocolates), embalada de forma bastante atrativa, o Facilitador dirá que trouxe um
presente para o grupo.
• Orienta o grupo para que, enquanto a música tocar, os participantes devem passar o presente de
mão em mão até a música parar. Quem estiver com o presente na mão quando a música parar
será o ganhador do presente. Em tom grave, o Facilitador deve dizer: "Só tem um probleminha...
(fazer suspense): quem ganhar o presente terá que usá-lo aqui, na frente de todo mundo. E aí,
vocês concordam?".
• Na primeira rodada, parar a música e, quando o participante terminar de retirar a primeira
caixa, recomeçar a música e solicitar que comecem tudo de novo, repetindo este processo até
que o presente seja desembrulhado de várias caixas por diversos participantes.
• Ao final, conversar sobre o novo em nossas vidas. O Facilitador deve levar os participantes a
dizerem quais os sentimentos que tiveram durante a atividade, qual a expectativa sobre o
conteúdo da caixa. Discutir sobre o medo e refletir como este sentimento pode nos impossibilitar
de viver e conhecer coisas novas.
DICAS
ABRA ESPAÇO PARA QUE O GRUPO EXPRESSE SEUS SENTIMENTOS E IDÉIAS.
FAÇA COMENTÁRIOS E ASSOCIAÇÕES A PARTIR DAS FALAS DOS PARTICIPANTES.
4º MOMENTO: LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS: TÉCNICA: PLANTIO E COLHEITA.
• O Facilitador coloca na parede o desenho de uma árvore com a copa, o caule e um vaso grande.
• Distribui duas fichas de cores diferentes para cada participante.
• Orienta os participantes a escreverem na ficha de determinada cor o que eles trarão para
contribuir com o desenvolvimento do grupo, "o adubo", e na ficha de outra cor o que eles
esperam obter de resultado ao final do desenvolvimento de todo o trabalho, ou seja, "o fruto"
que eles irão colher.
• Distribui dois pedaços de fita adesiva para cada participante para que sejam colados atrás das fichas.
• Quando todos os participantes tiverem terminado, um de cada vez, de pé, diante da árvore, irá
dizer em voz alta qual é seu adubo e qual será seu fruto, colando as fichas na árvore: "o adubo"
no vaso e "o fruto" na copa.
• O Facilitador conclui com comentário sobre a importância de estabelecermos metas para nossas
ações e estratégias para conseguir alcançá-las.
5º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 5
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 5 Levantamento de Expectativas.
OBJETIVOS Conhecer as expectativas dos jovens sobre o Projeto e reconhecer a importância
individual na formação do grupo.
Data ____________________ Público-alvo JOVENS DO PROJETO
86
MATERIAL
QTD
Papel A4
30 unidades
Cópias da música "O Amanhã"
30 unidades
Micro-system
01 unidade
CD música "O Amanhã"
01 unidade
CD música clássica "Cânon Et Gigue em Ré Maior"
01 unidade
OBSERVAÇÃO
1º MOMENTO: ESCLARECIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENCONTRO.
2º MOMENTO: AQUECIMENTO: MÚSICA "O AMANHÃ".
• Grupo em círculo, todos sentados no chão.
• Audição da música, acompanhada de reflexão.
• Comentário dos jovens.
• Conclusão do Facilitador, considerando as falas do grupo.
3º MOMENTO: LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS.
• O Facilitador entrega papel e caneta a todos.
• Pede que cada pessoa responda às seguintes questões (sugestões):
a ) O que eu espero deste processo?
b ) O que eu não quero que aconteça?
c ) O que eu quero que aconteça?
d ) O que eu gostaria de sair daqui praticando?
• O Facilitador divide o grupo em cinco subgrupos.
• Pede que cada grupo sintetize as expectativas dos seus membros, fazendo uma única lista.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
• Ao final, cada subgrupo deve apresentar suas conclusões.
• Cada subgrupo, ao apresentar suas conclusões, deve fazer uma "bola" com o papel onde
escreveu as expectativas individuais, envolvidas pelas expectativas do grupo, e assim
sucessivamente: a bola vai crescendo, suscitando a idéia de crescimento das expectativas.
• O Facilitador, ao final, vai amarrar a grande bola e guardá-la para um momento posterior,
oportuno para a discussão de tais expectativas.
4º MOMENTO: FECHAMENTO: DANÇA DA VIDA.
• Em círculo, os participantes ficam de costas uns para os outros, braço direito no ombro esquerdo
do colega da frente, os dois pés juntos.
• Ao som da música clássica "Cânon Et Gigue em Ré Maior", cada um dá um passo com a perna
direita, subindo o calcanhar esquerdo.
• Retorna o calcanhar esquerdo e suspende o calcanhar direito, como se fosse retornar.
• Dá outro passo com a perna esquerda, repetindo todo o processo.
• O Facilitador deve atentar para a reação do grupo.
• O Facilitador solicita silêncio e atenção.
• Após alguns minutos de repetição, a depender da evolução do grupo,
solicita que fechem os olhos.
• Após alguns minutos, todos se sentam em círculo para a discussão sobre os sentimentos
suscitados pela atividade.
• O Facilitador irá fazer a ponte entre as falas dos participantes e a idéia de grupo, estimulá-los a
alcançar os objetivos coletivos juntos, o respeito às diferenças de ritmo e mobilidade corporal,
tolerância, interdependência entre os membros do grupo.
5º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL COM UMA PALAVRA.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
O Amanhã
por Simone
A cigana leu o meu destino
Eu sonhei
Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será o amanhã
Como vai ser o meu destino
Já desfolhei o mal-me-quer
Primeiro amor de um menino
E vai chegando o amanhecer
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Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz, sempre feliz
Como será o amanhã
Responda quem puder
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 6
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 6 Constelação de Histórias.
OBJETIVOS Apresentar e identificar aspectos relevantes da história de vida dos jovens
beneficiários e do Facilitador responsável pelo grupo.
Data ____________________ Público-alvo JOVENS BENEFICIÁRIOS
MATERIAL
QTD
Cópia do poema de Drummond: "O Homem, as Viagens"
30 unidades
Cartões de cartolina, tamanho 20x20
30 unidades
Fita adesiva
01 unidade
Mural de papel-metro - 2 m
01 unidade
Tubo pequeno de cola
01 unidade
OBSERVAÇÃO
1º MOMENTO: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO "O HOMEM, AS VIAGENS",
DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.
• Leitura do texto.
• Discussão da relação do texto com a necessidade do autoconhecimento para o desenvolvimento
pessoal e social do jovem.
2º MOMENTO: QUEM SOU EU?
• Cada participante deverá montar um boneco de papel, procurando pintá-lo e recortá-lo a partir
da consigna: "quem sou eu?", identificando potenciais pessoais.
• O Facilitador dará um tempo de 15 minutos para que o jovem execute a atividade.
• Cada participante deverá apresentar o seu boneco de papel ao grupo e afixá-lo ao mural
previamente colocado em sala.
3º MOMENTO: UMA ESTRELA É MAIS ESTRELA QUANDO É CONSTELAÇÃO.
• O Facilitador deverá finalizar a atividade devolvendo para os jovens o caráter enriquecedor da
convivência em grupo e da nova história que se forma quando todos se reúnem em prol de uma
causa conjunta.
• O Facilitador deverá concluir trazendo a sua história como jovem protagonista, destacando a
diferença que a prática de projetos fez em sua vida e o enriquecimento pessoal de estar na
convivência de outros. Poderá mostrar fotos, produções e outras criações pessoais.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
O Homem, as viagens
Carlos Drummond de Andrade
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O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão.
Faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua. Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte - ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus
vê o visto - é isto?
idem
idem
idem. O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só pra te ver?
Não - vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado. Restam outros sistemas fora
do solar a colonizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a difícil dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de conviver.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 7
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 7 Canteiro de sonhos.
OBJETIVO
Refletir sobre a relevância da prática do Projeto como instrumento de intervenção social.
Data ____________________ Público-alvo ___________________
MATERIAL
QTD
Cópia do poema de Damário da Cruz: "O Mundo"
25 unidades
Revistas usadas
10 unidades
Bola de papel carmo azul
01 unidade
Cordão cru
92
OBSERVAÇÃO
01 rolo
Tubo pequeno de cola
05 unidades
Tesouras
30 unidades
Micro-system
01 unidade
CD música “Girassol”
01 unidade
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: CONVERSA SOBRE A ATIVIDADE DO DIA.
2º MOMENTO: AQUECIMENTO: INTERVENÇÃO POÉTICA DO FACILITADOR E AQUECIMENTO
CORPORAL.
• Recital do poema "O mundo".
• Audição do poema cantado.
• Puxada de roda com movimentos espontâneos do grupo.
3º MOMENTO: O MUNDO SONHADO...
• O Facilitador deverá convidar o grupo a refletir sobre a necessidade da inclusão social,
buscando de cada jovem as atitudes que cada um poderá desenvolver para fazer diferença,
como cidadão em formação.
• Serão distribuídas revistas usadas, e cada jovem escolherá e recortará uma imagem
representativa da forma de como ele se vê atuando para fazer um mundo melhor, mais
humanizado e mais justo.
• Após cortar a imagem, o jovem deverá guardá-la para o momento seguinte.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
4º MOMENTO: O VELHO SÁBIO.
• O Facilitador refletirá na necessidade de se cultivarem sonhos para impulsionar o
desenvolvimento de potenciais.
• Ao som de música instrumental, conduzirá uma visualização criativa, solicitando que os jovens se
coloquem em uma posição confortável, direcionando a desaceleração da respiração.
• Então, o jovem imaginará uma pessoa idosa de quem gosta muito e em quem confia. Pode ser
alguém de sua família, do seu bairro ou da sua escola. Imaginar-se-á com essa pessoa idosa
num lugar tranqüilo, de seu agrado, que lhe faça bem.
• Andará de mãos dadas ou abraçado com esse "Velho Sábio". Perguntará a ele: "o que eu preciso
fazer para realizar os meus sonhos?" O Facilitador deverá repetir a pergunta algumas vezes e
dizer que o jovem não racionalize a resposta, que deixe a fala do "Sábio" fluir.
• Lentamente, o Facilitador convidará o grupo a retornar ao ambiente da sala, registrando a
mensagem do "Sábio" num papel à parte.
5º MOMENTO: COMPARTILHANDO SONHOS E ATITUDES.
• O Facilitador convidará o jovem a socializar com o grupo suas produções de imagens, atitudes,
sonhos e a mensagem do "Velho Sábio" através de verbalização e, posteriormente, anexando
suas imagens e mensagens ao painel redondo de papel carmo azul.
6º MOMENTO: SONHO QUE SE SONHA JUNTO É REALIDADE.
• O Facilitador deverá refletir com o grupo que, entre os jovens, cada um tem um sonho e que é
preciso descobrir o que fazer para o sonho acontecer. Ele deverá trazer a necessidade do
conhecimento e da formação de habilidades e atitudes para que o jovem crie competências para
que tenha a possibilidade de fazer do seu sonho um exercício de desenvolver potenciais pessoais.
• Deverá expor, de forma participativa, as idéias centrais, pertinentes às categorias:
CONHECIMENTO, HABILIDADES, ATITUDES E COMPETÊNCIAS, utilizando pequenos letreiros
ou, se tiver disponibilidade, utilizando data-show.
• O Facilitador deve situar a formação socioeducativa do Projeto como instrumental de
empoderamento do seu mundo interno e do mundo social, observando a escola e a comunidade
como contextos sociais imediatos para montar uma rede de apoio à realização dos seus sonhos.
A seguir vêm as reflexões do Facilitador.
7º MOMENTO: MÚSICA: "GIRASSOL", DE CIDADE NEGRA.
• Audição e apreciação da música.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
• O Facilitador convidará os jovens para uma intervenção na área livre da escola, combinando
previamente com a Direção escolar uma área para plantio e uma parede para pintura.
• Prática de plantio na escola. Plantar a muda de girassol pensando nos sonhos.
• Fotografar a produção.
O Mundo
Damário da Cruz
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O mundo é meu
O mundo é seu
Mesmo ele grande
Pequeno eu
Um pedaço é meu
Um pedaço é seu
A gente junta
E ninguém perdeu
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
O Girassol
Cidade Negra
A favor da comunidade, que espera o bloco passar
ninguém fica na solidão
embarca com suas dores pra longe do seu lugar
a favor da comunidade, que espera o bloco passar
ninguém fica na solidão
o bloco vai te levar
ninguém fica na solidão
A verdade prova que o tempo é o senhor
dos dois destinos, dos dois destinos
já que pra ser homem tem que ter
a grandeza de um menino, de um menino
no coração de quem faz a guerra
nascerá uma flor amarela
como um girassol
como um girassol
como um girassol amarelo, amarelo
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Todo dia, toda hora, na batida da evolução
a harmonia do passista vai encantar a avenida
e todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir
e todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 8
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 8 A Ação do Ser Humano no Espaço Social e Ambiental.
OBJETIVOS Estudar a forma de exploração desigual do espaço social e ambiental e refletir
criticamente a estruturação social capitalista.
Data ____________________ Público-alvo ___________________
MATERIAL
QTD
Cópia de vídeo "A Ilha das Flores"
96
OBSERVAÇÃO
01 unidade
Papel carmo amarelo
08 folhas
Papel carmo verde
02 folhas
Tesoura
25 unidades
Cola
05 unidades
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: REFLEXÃO.
• O Facilitador refletirá sobre as conseqüências da ação exploradora irracional do ser humano
sobre o espaço social.
• Situará os objetivos da atividade.
2º MOMENTO: VÍDEO: "A ILHA DAS FLORES".
• Apreciação do vídeo.
• Anotação, no caderno de campo, da frase do filme que mais chamou a atenção.
• Divisão aleatória em subgrupos. Os subgrupos deverão relacionar e discutir o que mais chamou
sua atenção no filme.
• Discussão em subgrupo: "Como a Ilha das Flores seria trabalhada pelo jovem do Projeto se
fizesse parte do entorno comunitário escolar?"
• Socialização no grupão.
3º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL DO ENCONTRO.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 9
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 9 Trilha Jovem na Escola e na Comunidade.
OBJETIVO
Iniciar o jovem na leitura de recursos e talentos da escola e da comunidade.
Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO
MATERIAL
Cópias do roteiro da trilha
QTD
OBSERVAÇÃO
30 unidades
A Trilha Jovem consiste num primeiro exercício de observação do jovem sobre o espaço escolar e
comunitário a partir de um roteiro de observação previamente trabalhado com o Facilitador e de um
roteiro de caminhada definido com o grupo. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade para o
Facilitador aprofundar o conhecimento sobre o relacionamento e a visão do jovem sobre esses
contextos. O Facilitador deve observar se o jovem tende a focar nos problemas e obstáculos ou nos
recursos e talentos existentes na comunidade. Deve observar também que valores movem as
relações desses jovens.
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: CONVERSA SOBRE A ATIVIDADE DO DIA.
2º MOMENTO: AQUECIMENTO: O AMBIENTE EM QUE VIVEMOS.
• O Facilitador solicitará que o grupo reflita como é a escola, seus recursos, qual a cor, quais os
problemas.
• O Facilitador concluirá ressaltando a importância de conhecermos o ambiente em que vivemos
para melhorar a nossa qualidade de vida nesses locais.
• O Facilitador proporá ao grupo uma trilha na escola e na comunidade para conhecer tais
ambientes.
• Distribuição, leitura e esclarecimento do Roteiro de Observação, a ser preenchido durante a
trilha.
DICAS
O FACILITADOR DEVE ORIENTAR O JOVEM A COLETAR MATERIAIS SÓLIDOS
ENCONTRADOS NA ESCOLA E NA COMUNIDADE PARA QUE SEJAM APROVEITADOS NA
ATIVIDADE SEGUINTE DE CONSTRUÇÃO DE MAQUETE.
DEVERÁ AINDA ORIENTAR O GRUPO PARA CAMINHAR NA ESCOLA E NA COMUNIDADE,
PONDERANDO QUE ESTA É UMA ATIVIDADE EDUCATIVA E QUE AS REGRAS DE
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
CONVIVÊNCIA DEVERÃO SER RESPEITADAS. OS JOVENS DEVERÃO UTILIZAR UM
CADERNO PARA ANOTAR SUAS OBSERVAÇÕES. O FACILITADOR DEVE INCENTIVAR O
GRUPO A PARTICIPAR, SEJA ATUANDO OU OBSERVANDO.
NÃO DEVE DEIXAR QUE A FALA SE CONCENTRE EM APENAS UMA PESSOA. A
ROTATIVIDADE DE PAPÉIS DEVE SER ESTIMULADA DURANTE AS CAMINHADAS PELO
CIRCUITO TRAÇADO.
ESTA ATIVIDADE DEMANDARÁ PELO MENOS QUATRO ENCONTROS.
ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO
NA ESCOLA
ASPECTO FÍSICO
• Espaço físico escolar
98
•
Equipamentos escolares (quadra esportiva, rádio, laboratório de multimídia, audiovisuais)
•
Sistemas de segurança
•
Qualidade ambiental (salubridade e estética)
ASPECTO PEDAGÓGICO E SOCIAL
• Tradição em projetos e programas de protagonismo juvenil
•
Formas de interação com a comunidade
•
Outros
CLIMA ORGANIZACIONAL
• Relações interpessoais
•
Valores observados
•
Expressão e comunicação
•
Identificação e disponibilidade ao programa pelas UEs
•
Escola desejada
NO ENTORNO COMUNITÁRIO
• Tradições
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•
Curiosidades
•
Expressões orais utilizadas na comunidade
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
•
Ações empreendedoras na comunidade
•
Potenciais criativos
•
História do bairro
•
Situação intergeracional
•
Infra-estrutura básica
•
Moradia
•
Organização social e política da comunidade
•
Bairros que compõem o entorno escolar que constitui área de residência do jovem
PLANO DE ATIVIDADE 10
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 10
Arte Visual da Escola e do seu Entorno Comunitário.
OBJETIVOS
Sintetizar os aspectos observados na Unidade Escolar e no seu entorno
comunitário durante a Trilha Jovem.
Observar o entendimento do jovem sobre a comunidade a partir do conceito de
Talentos e Recursos.
Iniciar o jovem na leitura de recursos e talentos da comunidade.
Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO
MATERIAL
Papelão grosso para reutilização
Cola branca
Resíduos sólidos
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99
QTD
6 metros
OBSERVAÇÃO
Solicitar, pelo menos quatro dias antes da
atividade, que os jovens procurem o
material a ser reutilizado em locais de
acesso fácil, como lojas de
eletrodomésticos e supermercados.
6 tubos pequenos
Solicitar aos jovens que, nos dias da
Trilha Jovem na escola e na comunidade,
atentem para os resíduos sólidos
predominantes nesses espaços e os
recuperem e guardem para a atividade
proposta.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
Tesoura sem ponta
30 unidades
Cordão
04 rolos
Linha colorida
10 rolos
Cores variadas
10 unidades
Cuidado com a utilização do objeto
diversos
Solicitar previamente ao grupo
Agulha para linha de costura
Retalhos de tecido e/ou cami colorido
1º MOMENTO: ALINHANDO A PROPOSTA.
• O Facilitador comunicará ao grupo os objetivos da atividade, enfatizando a necessidade de
construção coletiva para compartilhar com os parceiros da escola, da comunidade e familiares.
• É interessante lembrar, também, que a atividade finalizará a Etapa 1, levando os grupos da
escola a conhecerem os resultados das atividades desenvolvidas na instalação do Projeto.
2º MOMENTO: TRABALHANDO EM SUBGRUPOS.
• Os jovens conhecerão as possibilidades de representação visual: mapa, maquete ou estandarte e
optarão por uma delas, trabalhando em equipes de cinco a sete participantes;
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• O Facilitador solicitará que na construção do grupo seja contemplado o máximo de aspectos
contidos no roteiro de observação desenvolvido e sistematizado na Trilha Jovem, atentando para
talentos e recursos locais - conceito trabalhado anteriormente.
• Os trabalhos deverão ser expostos com placas de identificação, com nomes reais e simbólicos
que representem a aprendizagem que o grupo desenvolveu.
3º MOMENTO: SOCIALIZANDO AS REPRESENTAÇÕES VISUAIS.
• Após construção em subgrupo, os jovens elegerão um ou mais relatores para apresentar a sua
produção no espaço grupal e na culminância no dia seguinte.
DICA
A CONFECÇÃO DA REPRESENTAÇÃO VISUAL E APRESENTAÇÃO DA MESMA PODERÁ
DEMANDAR TRÊS DIAS DE ATIVIDADE.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
PLANO DE ATIVIDADE 11
TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 11
Esculturas Humanas, Museu Vivo.
OBJETIVO
Iniciar a construção do conceito de liderança de transformação.
Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO
MATERIAL
QTD
Papel-metro
01 caixa
Piloto
01 caixa
Materiais sólidos encontrados na
escola e na comunidade
diversos
Cola
OBSERVAÇÃO
03 tubos pequenos
Giz de cera
05 caixas
Slides "A lição dos gansos"
01 unidade
Data-show
01 unidade
Computador
01 unidade
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Adereços e maquiagem
1º MOMENTO: CONSTRUINDO UM CONCEITO.
• O Facilitador deverá introduzir o tema liderança, buscando identificar, no grupo, que colegas
cada jovem indicaria para liderar situações diversas. Ex.:
- Quem do grupo vocês indicariam para liderar um grupo de estudo?
- Quem do grupo vocês indicariam para liderar um torneio de futebol?
- Quem do grupo vocês indicariam para liderar uma festa?
• Ao final das indicações para liderar os diferentes eventos, o Facilitador deverá perguntar aos
jovens:
- O que podemos afirmar sobre o conceito de liderança, a partir das sugestões diferenciadas no
grupo? Anotar os conceitos do grupo em quadro branco ou flip-chart.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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2º MOMENTO: "A LIÇÃO DOS GANSOS".
• O Facilitador deverá introduzir a necessidade de todos investirem nos seus potenciais de
liderança para que se desenvolvam como sujeitos individuais e sociais. Convidará o grupo para
assistir e apreciar os slides de "A lição dos gansos".
• O Facilitador deverá abrir para a reflexão em subgrupos de cinco a sete jovens, buscando saber
qual a "lição dos gansos" que mais chamou a atenção de cada jovem e se esta se relaciona com
pessoas observadas na escola e na comunidade.
3º MOMENTO: MONTANDO AS ESCULTURAS.
• Nos mesmos subgrupos de reflexão, os jovens deverão montar esculturas humanas das
lideranças observadas na escola e na comunidade para apresentar na atividade de culminância.
Procurar adereços e maquiagem para compor as esculturas. Identificá-las como se estivessem
num museu, colocando o nome e a "lição do ganso" associada.
PLANO DE ATIVIDADE 12
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TEMA
MOBILIZAÇÃO
ATIVIDADE 12
Culminância da Etapa 1: Cirandando na Escola.
OBJETIVO
Compartilhar as produções do jovem beneficiário na Etapa de Mobilização com
os parceiros escolares, familiares e outros representantes do entorno comunitário.
Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO
MATERIAL
QTD
Esculturas humanas
Produções visuais sobre a escola
e o entorno comunitário
OBSERVAÇÃO
01 por equipe
01 por subgrupo
Mesa ou suporte para expor
as produções visuais identificadas
01 unidade
Som com caixa amplificadora
01 unidade
Microfones
02 unidades
Compatibilizar estrutura para acomodar
as produções de acordo com as
construções do grupo
Cópias do poema de
Damário da Cruz: “O Mundo”
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
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A atividade de culminância deverá ser trabalhada ao longo da Etapa 1 com os devidos cuidados
sobre utilização do espaço físico, convite à família e comunidade e escolha de representantes para
depoimentos, como assinalado abaixo. Os trabalhos deverão estar organizados por subgrupos de
jovens, num clima de cooperação, simulando processos de liderança, mobilização, expressão e
comunicação dos jovens, fundamentais ao processo de empreendedorismo social. O Facilitador
deverá sugerir ao jovem que ornamente a escola ou o local reservado para a culminância da Etapa
1, preferencialmente onde foi grafitado e plantado o girassol.
1º MOMENTO: ALINHAMENTO - BOAS-VINDAS.
• O Facilitador dará as boas-vindas a todos e indicará a proposta da atividade.
• Recitará o poema de Damário da Cruz.
• Solicitará que um representante da escola, outro da família e outro da comunidade digam o que
estão trazendo de contribuição para o encontro de culminância: um sentimento ou um valor
humano.
2º MOMENTO: EXPOSIÇÃO.
• Os convidados serão orientados a circular pelas exposições das esculturas humanas
apresentadas pelos jovens responsáveis.
• Em seguida, as esculturas se desmontam e os jovens apresentam as produções visuais,
identificando com nome simbólico os talentos e recursos observados.
• Também estará exposta a constelação de estrelas do grupo.
3º MOMENTO: ENCERRAMENTO.
• O Facilitador convidará os participantes para compor um grande círculo.
• Emitirá considerações e agradecimentos aos presentes pela participação na culminância.
• Convidará um jovem para falar em nome do grupo sobre a aprendizagem desenvolvida na Etapa 1.
• Convidará a todos para dançar a Ciranda de Lia de Itamaracá, procurando incluir o maior
número de pessoas e ocupar a maior área possível da escola.
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
O Mundo
Damário da Cruz
O mundo é meu
O mundo é seu
Mesmo ele grande
Pequeno eu
Um pedaço é meu
Um pedaço é seu
A gente junta
E ninguém perdeu
Minha Ciranda
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Lia de Itamaracá - Cirandeira de Pernambuco
Essa ciranda não é minha só
Ela é de todos nós,
ela é de todos nós.
A melodia principal
quem guia é a primeira voz,
é a primeira voz.
Pra se dançar ciranda,
juntamos mão com mão,
fazendo uma roda, cantando uma canção,
cantando uma canção, cantando uma canção.
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ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
OBJETIVO
período.
Avaliar o processo de ensino-aprendizagem e o Projeto Jovens Baianos durante o
Data ____________________ Público-alvo ___________________
MATERIAL
QTD
Cópias do questionário
30 unidades
Flip-chart
01 unidade
Folhas de flip-chart
30 unidades
Papel A4
30 unidades
Caneta
30 unidades
Pilotos
10 unidades
OBSERVAÇÃO
1º MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER A ATIVIDADE DO DIA E SEU OBJETIVO.
2º MOMENTO: QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO.
• O Facilitador distribui o questionário individual para os participantes do grupo.
• Aguarda uma hora para que os participantes respondam às questões.
• Os participantes entregam ao Facilitador os questionários preenchidos.
3º MOMENTO: AVALIAÇÃO GRUPAL DA "TEIA".
• O Facilitador divide a turma em subgrupos.
• Os jovens fazem a avaliação do processo de ensino-aprendizagem e do Projeto Jovens Baianos
durante o período, respondendo às questões:
a ) O que você mais gosta no Projeto Jovens Baianos? Como está a produção desta "teia"?
b ) Do que você não gosta e o que mudaria?
c ) Sugestões para melhorar.
d ) Você está na "teia"?
• O Facilitador escreve os resultados em flip-chart.
• Socializa para o grupo.
• O Facilitador promove a discussão, após as apresentações de todos os grupos.
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NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
4º MOMENTO: FECHAMENTO: CONCLUSÃO DO FACILITADOR.
DICA
O FACILITADOR DEVE RESSALTAR QUE O RESULTADO DO PROJETO DEPENDE
TAMBÉM DA PARTICIPAÇÃO E DO EMPENHO DE TODOS OS PARTICIPANTES DO
GRUPO, CONTRIBUINDO NA ATIVIDADE DIÁRIA E NO MOMENTO DA AVALIAÇÃO,
NA BUSCA DE UMA MELHOR FORMA DE REALIZAR O PROJETO.
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO PERIÓDICA
NOME
TURMA
FACILITADOR
COORDENADOR DE ÁREA
1. Como você avalia a qualidade das atividades realizadas no Projeto?
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Ruim
Regular
Bom
Ótimo
Não sabe responder
2. Se as atividades socioeducativas do Projeto fossem começar hoje, o que você mudaria, o que
faria diferente?
3. Como você avalia:
a ) A qualidade dos recursos materiais utilizados durante as atividades:
Ruim
Regular
Bom
Ótimo
b ) A qualidade dos Facilitadores envolvidos nas atividades:
Ruim
Regular
Bom
Ótimo
c ) O seu aproveitamento após a participação das atividades?
Ruim
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Regular
106
Bom
Ótimo
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PROGRAMA JOVENS BAIANOS
NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
4. Você considera que as atividades de que participou contribuíram para melhorar a sua vida?
Sim
Não
De que forma / em que aspecto?
5. Você ficou satisfeito com a sua participação na(s) atividade(s)?
Sim
Não
Por quê?
6. Você está aplicando na sua vida pessoal e profissional os conhecimentos adquiridos?
Sim
Não
De que maneira?
7. Como você avalia a participação dos demais atores envolvidos no Projeto?
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Programa Jovens Baianos - Fundação Luís Eduardo Magalhães