Programa Jovens Baianos PROJETO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Manual de Orientação Metodológica para a Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário etapa01.pmd 1 17/10/2007, 14:14 etapa01.pmd 2 17/10/2007, 14:14 Programa Jovens Baianos PROJETO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Manual de Orientação Metodológica para a Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário S A LVA D O R - 2 0 0 7 etapa01.pmd 3 17/10/2007, 14:14 etapa01.pmd 4 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 2007 BY FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES ISBN 978-85-88322-28-8 ELABORAÇÃO DO MANUAL FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES Ailton Anunciação Teixeira Alexsandro Andrade dos Santos Daniel Miranda Daniel Santos Neto Deise Silva Nery Denívia dos Santos Gonçalves Doranei Alves de Jesus Eliana Nascimento Jackson Caetano Jandaíra Bonfim Jucarlos Alves Santos Larissa Lima Liane Monteiro Marco Antônio Martins Mariana Marília Silva Paloma Ferreira Teles Patrícia Armede Pedro Junqueira Priscila de Jesus Silva Rosana Uildes de Santana Ferreira Rosilene dos Santos Souza Viviane Quênia Brito de Jesus Wilton Santos Silva etapa01.pmd 5 17/10/2007, 14:14 5 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO CONSULTORIA ORIN - Educação e Desenvolvimento Integral Edição de Texto, Estrutura e Alinhamento Conceitual: Graça Paixão Revisão Conceitual: Francione Pires Revisão Ortográfica e de Redação: Cristina Cardoso Revisão Bibliográfica: Isabela Britto COLABORAÇÃO NA REVISÃO FINAL Ana Tedesco, Cristina Campello, Jací Maria Santos Moncorvo, Luiz Marques, Marusia Rebouças de Brito e Sander Scofield DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO Guto Chaves ILUSTRAÇÃO Bruno Aziz 6 VALIDAÇÃO Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza Comitê Gestor do Programa Jovens Baianos IMPRESSÃO Gráfica Falcão FICHA CATALOGRÁFICA Josenice Bispo de Castro CRBS/581 É permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. etapa01.pmd 6 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA JAQUES WAGNER Governador do Estado da Bahia SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À POBREZA VALMIR CARLOS DA ASSUNÇÃO Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza AROLDO ANDRADE Chefe de Gabinete ANA LÚCIA TORQUATO DE LIMA Superintendente de Inclusão e Assistência Alimentar MARIA ELIZABETH SANTANA BORGES Superintendente de Assistência Social ALMIRO SACRAMENTO DA CUNHA Diretor Geral ROBERTA FONSECA SAMPAIO UBIRATAN FÉLIX Assessores Especiais ERNESTO DANTAS ARAÚJO MARQUES Assessor de Comunicação CÉSAR MARQUES BORGES QUERINO Coordenador de Programas Especiais EQUIPE TÉCNICA DO PROGRAMA JOVENS BAIANOS ANDERSON DA SILVA DOS SANTOS Coordenador do Programa CÉSAR AUGUSTO SOUZA COLOMBA TEREZA SOUZA GIALLORENZO MEIRELES ZENILDA GONÇALVES PINTO DA FONSECA ANTONIO MARCOS DO NASCIMENTO PEREIRA Assessores Técnicos MARIA EDEVIRGENS SILVA SOARES Apoio Administrativo FRANCIS ANDERSON MONCORVO SANTOS Estagiário etapa01.pmd 7 17/10/2007, 14:14 7 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO ADEUM HILÁRIO SAUER Secretário da Educação ANA MARIA SILVA TEIXEIRA Superintendente de Educação Básica CRISTIANA FERREIRA DOS SANTOS Diretora de Currículos Especiais ROSA GASPAR Técnica em Educação ESCOLAS PARTICIPANTES Centro Educacional Carneiro Ribeiro Colégio Edvaldo Brandão Correia Colégio Estadual Almirante Barroso Colégio Estadual Antonio Sérgio Carneiro 8 Colégio Estadual Carlos Santana II Colégio Estadual Cidade de Curitiba Colégio Estadual Dr. Eduardo Bahiana Colégio Estadual Georgina Ramos da Silva Colégio Estadual José Augusto Tourinho Dantas Colégio Estadual Ruben Dário Colégio Kleber Pacheco Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães Colégio Monsenhor Manuel Barbosa Colégio Polivalente do Cabula Escola Alfredo Magalhães Escola Estadual Ana Bernardes Escola Estadual Luiz Pinto de Carvalho Escola Estadual Luiz Tarquínio Escola Marechal Mascarenhas de Moraes Escola Polivalente de Amaralina etapa01.pmd 8 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO COMITÊ GESTOR DO PROGRAMA JOVENS BAIANOS VALMIR CARLOS DA ASSUNÇÃO Secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza ADEUM HILÁRIO SAUER Secretário da Educação CARLOS MARTINS MARQUES DE SANTANA Secretário da Fazenda GERALDO SIMÕES DE OLIVEIRA Secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária JORGE JOSÉ SANTOS PEREIRA SOLLA Secretário da Saúde NILTON VASCONCELOS JÚNIOR Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte 9 etapa01.pmd 9 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES VERA LÚCIA OLIVEIRA DE QUEIROZ Superintendente Geral Interina ANTONIO CARLOS PEREIRA VILAS-BOAS Superintendente Administrativo-Financeiro SUSANE SOUSA FONTES Superintendente de Desenvolvimento Institucional Interina MARIO JORGE GORDILHO Superintendente de Inovações em Gestão e Desenvolvimento Sustentável MARIA ROSA ABREU HASHIMOTO Superintendente de Inovações em Desenvolvimento de Pessoas 10 etapa01.pmd 10 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO EQUIPE DE GESTÃO DO PROJETO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO MARIO JORGE GORDILHO Superintendente de Inovações em Gestão e Desenvolvimento Sustentável LUIZ MARQUES DE ANDRADE FILHO Coordenador do Núcleo de Soluções em Gestão Pública CRISTINA CAMPELLO Especialista Técnico VIVIANE QUÊNIA BRITO DE JESUS Coordenadora Geral LIANE MONTEIRO Coordenadora Executiva LYCIA TRAMUJAS VASCONCELLOS NEUMANN Coordenadora de Avaliação e Monitoramento JANDAÍRA BONFIM LARISSA BOULLOSA MARCO ANTÔNIO MARTINS PATRÍCIA ARMEDE Coordenadores de Desenvolvimento Comunitário DANIEL MIRANDA ELDER COSTA SANTOS Assistentes de Coordenação SANDER SCOFIELD Coordenador Administrativo-Financeiro CIBELE MOURA Supervisora Financeira SANDRA MACIEL Secretária Executiva etapa01.pmd 11 17/10/2007, 14:14 11 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO FACILITADORES JOVENS Adriana Santos Silva Ailton da Anunciação Teixeira Alessandro Santos Barreto Alexsandro Andrade dos Santos Aline das Mercez Gomes Ana Cláudia Santos Borba Anis dos Santos Santiago Antônio Fagner Santos Silva Carla Cristiane Gonçalves da Silva Carlos Alberto Lisboa Claudenilson da Silva Dias Daniel Santos Neto Daniela Miranda Teodoro Deise Silva Nery Denívia dos Santos Gonçalves Doranei Alves de Jesus Elton Freitas Morais Everton Terra Nova Fábio Roberto Antônio Alves de Lira Frank da Silva Ribeiro Genilson dos Santos Costa Gilmara de Lima Souza Geovan Adorno Braz Haroldo Silva Barbosa Inéria Florinda dos Santos Ítalo Rosário de Freitas Jackson Rodrigues Caetano Jairo Nascimento Santos Jamerson Ramos Silva Jamília Tavares Santos Janaína Gomes Lopes João Paulo C. Junqueira Jocelino de Oliveira Evangelista Jorge Luiz dos Reis Santos José Roque Guimarães Peixoto Josival Andrade Filho 12 etapa01.pmd 12 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Jucarlos Alves de Jesus Lázaro de Oliveira Evangelista Liliane Sales Oliveira Bottas Lucas de Carvalho Soares Lucas Santos Cidreira Luzinete de Carvalho Capinam Marcelo Rocha dos Santos Márcio Neri dos Santos Maria das Candeias Faleiro dos Reis Fonseca Mariana Marília Silva Michele do Nascimento Vieira Neci Neves da Silva Paloma Ferreira Teles Patrícia Santos Silva Patrícia Sena dos Santos Paulo da Conceição Almeida Paulo de Almeida da Silva Filho Priscila de Jesus Silva Remídio Costa Soares Rosana Uildes de Santana Ferreira Rosilene dos Santos Souza Simone dos Santos Sales Tércio Conceição da Silva Vinícius Drumond Silveira Rosa Wilton Santos Silva etapa01.pmd 13 17/10/2007, 14:14 13 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Minha Ciranda Lia de Itamaracá Cirandeira de Pernambuco Essa ciranda não é minha só Ela é de todos nós, ela é de todos nós. A melodia principal quem guia é a primeira voz, é a primeira voz. Pra se dançar ciranda, juntamos mão com mão, fazendo uma roda, cantando uma canção, cantando uma canção, cantando uma canção. 14 etapa01.pmd 14 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Saudação Olá, Facilitador do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário! O Manual de Orientações Metodológicas NA TEIA foi elaborado para você, para auxiliar a sua prática diária com os jovens das escolas onde você irá atuar. Será um instrumento para nortear seu trabalho, para facilitar a sua contribuição na formação de jovens mais competentes, solidários, proativos e mais preparados para a vida. A Fundação Luís Eduardo Magalhães e a equipe do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário saúdam os facilitadores jovens e desejam uma trajetória profissional de sucesso na busca por um mundo mais igualitário e feliz para todos. Vamos, então, começar a tecer esta teia! Imprima a sua personalidade, suas experiências, o seu jeito de fazer e inicie a aventura coletiva de tecer esta teia da cidadania! BOA SORTE! etapa01.pmd 15 17/10/2007, 14:14 15 etapa01.pmd 16 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO SUMÁRIO SOBRE O PROGRAMA JOVENS BAIANOS E O PROJETO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO .............. 21 O MANUAL ....................................................................................................... 29 AS BASES TEÓRICO-SOCIOEDUCATIVAS ........................................................... 33 A AÇÃO SOCIOEDUCATIVA DO FACILITADOR ................................................... 39 O PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ...................................... 45 A GRADE CURRICULAR ...................................................................................... 49 A METODOLOGIA ............................................................................................. 57 ETAPA I ........................................................................................ 63 Mobilização ............................................................................................................................ 67 ETAPA II ..................................................................................... 109 Integração ............................................................................................................................ 113 Desenvolvimento Pessoal e Social (DPS) .................................................................................. 199 Plano de Vida e Carreira ........................................................................................................ 349 Desenvolvimento Comunitário ................................................................................................ 397 Plano de Ação Piloto .............................................................................................................. 481 ETAPA III .................................................................................... 511 Execução do Plano de Ação ................................................................................................... 515 Avaliação Final ...................................................................................................................... 525 Culminância do Projeto .......................................................................................................... 537 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 540 etapa01.pmd 17 17/10/2007, 14:14 17 etapa01.pmd 18 17/10/2007, 14:14 etapa01.pmd 19 17/10/2007, 14:14 etapa01.pmd 20 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre o Programa Jovens Baianos e o Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Planejamento do Estado (SEPLAN), juntamente com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), começou, cinco anos atrás, o processo de construção de uma política social para jovens baianos, no sentido de prevenir a violência e combater a pobreza e a exclusão social. Neste sentido, a SEPLAN, a FLEM e a UNESCO, em parceria com algumas organizações não governamentais e alguns jovens, realizaram um diagnóstico das iniciativas governamentais que estavam sendo realizadas naquele momento pelas diversas Secretarias Estaduais. Surgiu daí a necessidade de se elaborar uma Agenda Social para Jovens de Salvador, sendo este documento considerado o primeiro passo para a construção de um conjunto de propostas sobre políticas públicas voltadas para a juventude baiana. No segundo momento, a FLEM, agora em parceria com a Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (SECOMP), UNESCO, a Rede de Protagonismo Juvenil e cerca de cento e sessenta organizações privadas, governamentais e não governamentais, elaboraram uma série de propostas como subsídios à formulação de políticas públicas específicas para a juventude, resultando na Agenda Social para Jovens do Estado da Bahia. A Agenda foi entregue a várias instituições de governo, das esferas municipal, estadual e federal. No âmbito estadual, foi assumido, em ato público, o compromisso de colocar em prática as ações programadas na Agenda. A Agenda Social para Jovens do Estado da Bahia foi destacada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no seu Relatório sobre Análises de Políticas e Programas Sociais do Brasil, publicado em março de 2004, como uma prática inovadora de formulação de política pública, considerando seu caráter participativo. O Programa Jovens Baianos, criado em 3 de junho de 2005, através da Lei nº 9.511, enquadra-se nas recomendações da Agenda Social, na medida em que suas ações abrangem a maioria dos objetivos propostos neste documento: OBJETIVO 1:: Participar, junto com o setor privado e organizações não governamentais, de ações voltadas para a integração social e a formação da cidadania do jovem, capacitando-o para ser protagonista de sua própria história. etapa01.pmd 21 17/10/2007, 14:14 21 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO OBJETIVO 2: Capacitar os profissionais envolvidos com a juventude. OBJETIVO 3: Criar condições objetivas para que o sistema educacional responda às necessidades de inserção social e econômica dos jovens, transformando a escola em espaço de convivência saudável dos jovens e da comunidade. O referido Programa constitui-se na primeira experiência do Governo do Estado para a implantação de uma política social proposta na Agenda Social, contribuindo, desta forma, para a inclusão social de jovens que vivem graus elevados de vulnerabilidade ao crime e ao tráfico de drogas, desemprego, falta de acesso a crédito, problemas esses causados por inúmeros fatores socioeconômicos, políticos e culturais. O público-alvo do Programa são jovens na faixa etária de 16 a 24 anos oriundos de famílias carentes com renda per capita de até meio salário mínimo e que estejam freqüentando regularmente o ensino público formal. 22 O Programa começou a ser implantado no ano de 2006, com a participação e coordenação conjunta da SECOMP, da Secretaria da Educação (SEC) e da FLEM. Sua implantação foi resultado do empenho do então Governador da Bahia Dr. Paulo Ganem Souto, do Secretário de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais Pe. Clodoveo Piazza S.J. e da Secretária da Educação Sra. Anaci Bispo Paim. Na SECOMP, gestora do Programa, o mesmo estava vinculado ao Gabinete do Secretário, sob a direção do Sr. José Carlos Alves Gallindo e a sua coordenação atribuída à Sra. Ana Maria Tedesco Vasconcelos. Na FLEM, o Programa Jovens Baianos contou com o entusiasmo do então Superintendente Geral, Dr. Geraldo Machado, que criou a ambiência institucional necessária para a formulação do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário. A gestão do Projeto ficou sob a responsabilidade da Superintendência de Inovações em Gestão e Desenvolvimento Sustentável (SUDES), representada por Dr. Mário Jorge Gordilho, e obteve, desde o seu início, o apoio irrestrito e o engajamento das demais Superintendências e Assessorias da FLEM. É importante ressaltar a participação, no processo de implementação do Programa, do Comitê Gestor, inicialmente assim constituído: • SECOMP - Pe. Clodoveo Piazza S. J. / José Carlos Alves Gallindo • SEC - Anaci Bispo Paim / Valdirene Oliveira Souza C. da Silva • Secretaria do Trabalho e Assistência Social (SETRAS) - Paulina Sacramento Martins • Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI) - Abdon Jordão Filho • Secretaria da Saúde (SESAB) - Hélio Freitas • Secretaria da Fazenda (SEFAZ) - José Luiz Santos Souza etapa01.pmd 22 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO No ano de 2007, logo no início do Governo Jaques Wagner, verificou-se o efetivo comprometimento da nova administração com a implementação de políticas públicas voltadas para a juventude, integrando e expandindo os programas estaduais em andamento e promovendo novas iniciativas. O Secretário Valmir Carlos da Assunção, à frente da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (SEDES), conjuntamente com o Secretário da Educação, Dr. Adeum Hilário Sauer, asseguraram a continuidade do Programa Jovens Baianos, assumindo a responsabilidade pelo seu aprimoramento, incorporando os aprendizados resultantes da sua execução e outras inovações necessárias ao pleno alcance das metas estabelecidas. O Programa ficou vinculado à Superintendência de Inclusão e Assistência Alimentar, representada pela Sra. Ana Lúcia Torquato de Lima, sob a Coordenação de Programas Especiais, liderada pelo Sr. César Marques Borges Querino, sendo a coordenação técnica atribuída ao Sr. Anderson da Silva dos Santos. Por sua vez, o Comitê Gestor passou a ter a seguinte composição: • SEDES - Valmir Carlos da Assunção • SEC - Adeum Hilário Sauer • Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) - Nilton Vasconcelos Júnior • SEFAZ - Carlos Martins Marques de Santana 23 • SEAGRI - Geraldo Simões de Oliveira • SESAB - Jorge José Santos Pereira Solla Este documento focaliza uma das ações do Programa em execução na zona urbana, o Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário, desenvolvido junto a jovens de vinte escolas públicas, localizadas na cidade de Salvador, coordenado e executado pela FLEM. O objetivo geral do Projeto é possibilitar aos jovens a oportunidade de desenvolver habilidades e competências capazes de modificar os ambientes familiar, escolar e comunitário. Este Projeto define um processo de formação de jovens protagonistas, socialmente responsáveis e agentes do desenvolvimento da sua comunidade, potencializando nos jovens características gregárias, atitudes proativas, propositivas e afirmativas. Estimula a capacidade de inovação e intervenção do jovem, disseminando práticas de empreendedorismo e concebendo-o como agente potencial de transformação da sua realidade. A concepção do Projeto, também, possibilita e incentiva a permanência do jovem no sistema educacional, promovendo a construção de uma nova relação com o espaço escolar, contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal, social e profissional. Esta iniciativa busca promover oportunidades que possibilitem exercitar e estimular a capacidade criativa, transformadora e protagonista do jovem através do conhecimento e aprendizado de conceitos e práticas fundamentais para o seu papel de Agente de Desenvolvimento Comunitário (ADC). etapa01.pmd 23 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO São objetivos específicos do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário: • garantir estrutura física adequada e equipe técnica instrumentalizada para execução do Projeto; • implementar metodologia inovadora de formação de ADCs, com a participação de jovens na concepção, elaboração, gestão e avaliação do Projeto; • estimular o empoderamento dos jovens, fortalecendo sua identidade individual e coletiva e desenvolvendo competências fundamentais para sua efetiva atuação na comunidade; • fortalecer a rede de apoio ao desenvolvimento dos jovens, formada por escola, família e comunidade; • monitorar e avaliar, continuamente, o Projeto, facilitando a consolidação e divulgação de informações. São impactos esperados pelo Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário: • mudança de atitude dos jovens em relação a si mesmos e às suas relações sociais; • atuação empreendedora dos jovens na sua vida e na sua comunidade; • contribução para a melhoria da condição de vida da comunidade; 24 • inclusão social dos jovens; • fortalecimento de parcerias locais para transformação da comunidade; • maior integração das escolas com as comunidades do seu entorno; • desenvolvimento das comunidades envolvidas no Projeto; • políticas públicas para a juventude, desenvolvidas e implementadas de forma participativa. A equipe executora do Projeto de Formação de ADCs é composta por uma Coordenação Geral, uma Coordenação Executiva, quatro Coordenadores de Desenvolvimento Comunitário, dois Assistentes de Coordenação e por cinqüenta e quatro Facilitadores jovens, capacitados quanto aos diversos temas que envolvem a formação de jovens na perspectiva de desenvolvimento pessoal, social e profissional. Esses facilitadores jovens atuam como multiplicadores de conhecimentos junto aos dois mil alunos selecionados, das vinte escolas públicas integrantes do Projeto. O potencial para futura expansão do Projeto se alicerça no seu caráter inovador e na criação de mecanismos avançados de gestão, que permitem o acompanhamento contínuo das suas etapas: ETAPA I – MOBILIZAÇÃO; ETAPA II – TEÓRICO-VIVENCIAL; ETAPA III – INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA. etapa01.pmd 24 17/10/2007, 14:14 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO São também destaques do caráter inovador e pioneiro do Projeto de Formação de ADCs: • a participação de facilitadores jovens conduzindo a formação dos ADCs – servindo de referência para os ADCs e de exemplo de sucesso para a escola pública, por serem egressos desta; • a atuação no espaço físico da escola – promovendo a ressignificação da percepção do ADC sobre a sua escola; • a concepção da avaliação como instrumento de gestão – o que implica no monitoramento constante das ações do Projeto e na análise do alcance dos resultados previstos; • a concepção de um sistema gerencial de informações – permitindo que, em tempo real, as informações sobre o Projeto sejam atualizadas, registradas em um único banco de dados e disponibilizadas para todos os participantes diretos, reduzindo a margem de erro na consolidação das informações (confiabilidade); • a integração da escola com o seu entorno comunitário, ressignificando a sua função social no ambiente no qual está inserida; • a atuação do jovem como protagonista de iniciativas socioculturais na sua escola e entorno comunitário, percebendo-se como agente histórico de transformação. O Projeto de Formação de ADCs nasce com a perspectiva de concretizar ações de políticas públicas para a juventude do Estado da Bahia, sendo ele um projeto piloto realizado na Região Metropolitana de Salvador. Pretende-se que esse Projeto seja uma estratégia a ser adotada nas ações governamentais para jovens no Estado da Bahia e, quiçá, impactar na criação do cargo público de Agente de Desenvolvimento Comunitário, contribuindo de forma efetiva para geração de trabalho e renda. FIQUE POR DENTRO! etapa01.pmd 25 17/10/2007, 14:14 25 etapa01.pmd 26 17/10/2007, 14:14 etapa01.pmd 27 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 28 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre o Manual NA TEIA - Manual de Orientações Metodológicas é um instrumento pedagógico elaborado pela Fundação Luís Eduardo Magalhães, que tem como objetivo auxiliar a prática socioeducativa dos facilitadores do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário junto aos jovens ADCs. A elaboração deste Manual é resultado de uma construção coletiva, contando com a participação de diversos atores – coordenadores de desenvolvimento comunitário e facilitadores do Projeto, bem como profissionais que compõem o grupo gestor do Programa. Contamos ainda com a colaboração de diversos profissionais que atuam na Bahia, na área da juventude, para a revisão conceitual do trabalho. Temos clareza, entretanto, de que os maiores responsáveis pelas contribuições para a elaboração deste Manual foram os inúmeros jovens que passaram pelas vidas de todos nós em diversos projetos sociais realizados ao longo de anos. O título NA TEIA partiu da concepção da equipe sobre este trabalho na perspectiva da construção coletiva, do ato de tecer em conjunto, de reconstrução contínua, da idéia de rede, de estar dentro, de pertencer, de estar integrado, de partes que se unem formando um todo, fazendo uma alusão aos diversos parceiros presentes nesta caminhada e aos seus respectivos saberes. No que tange à formação pessoal e social do jovem, o "trabalho da tecelagem" também sugere a analogia com a prática de tecer a sua própria história, fio por fio, linha por linha, refletir e desatar nós, reconhecer-se na "dinâmica do tecido produzido", analisar os caminhos que os seres humanos percorrem na construção de seu cotidiano, da sua comunidade, da sociedade e de seu país, buscando apresentar as ferramentas para o processo de tecer novas formas de relações para a construção de um mundo novo. NA TEIA oferece diversos instrumentos para facilitar "o processo de tecelagem". O conteúdo deste trabalho contempla a relação dos temas transversais importantes para a formação de jovens, com uma breve introdução teórica, sugestões de atividades para desenvolvimento de tais temas – historicamente testadas e aprovadas pelo público jovem de Salvador, de outros municípios e estados – e metodologia de trabalho com grupos. É o resultado de pesquisas em outros trabalhos escritos para a formação de jovens, do acervo pessoal e profissional e da criatividade da equipe e dos colaboradores nessa construção para tornar prazerosa e eficaz a prática dos facilitadores junto aos jovens. Embora, para efeito didático, consideremos as diferenças e a dinâmica de cada grupo, os temas e, conseqüentemente, as atividades sugeridas estão dispostos de acordo com uma seqüência progressiva que nos parece lógica na condução de trabalhos com grupos. Não se trata de um guia a ser reproduzido, mas de um instrumento norteador, um material didático para orientar o planejamento e a execução da prática socioeducativa, a qual, como uma teia, precisa ser gradativamente construída. etapa01.pmd 29 17/10/2007, 14:15 29 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O Manual também não tem a pretensão de ser, por si só, um instrumento de capacitação dos facilitadores. Estes tiveram a oportunidade de se preparar previamente através de diversas oficinas embasadas nos temas aqui sugeridos. Desse modo, a breve descrição teórica de cada tema tem o objetivo apenas de aquecer o facilitador para o desenvolvimento do trabalho, inspirá-lo para a discussão junto aos jovens e instigá-lo para o aprofundamento teórico através das referências bibliográficas indicadas. Visando facilitar a leitura, ao elaborar o texto utilizamos os termos "o jovem", "o facilitador" para nos referirmos a jovens e facilitadores tanto do sexo feminino quanto do sexo masculino. Entretanto, comungamos da importância, na contemporaneidade, de suscitar o debate sobre as questões de gênero como o fazemos no decorrer deste Manual. 30 etapa01.pmd 30 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 31 etapa01.pmd 31 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 32 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre as Bases Teórico-socioeducativas A prática pedagógica proposta aqui se baseia no homem e em suas relações. A forma como o ser humano vê o mundo e se relaciona com ele interfere diretamente na construção e reconstrução da realidade em que vive. "Através de sua permanente ação transformadora da realidade objetiva, os homens, simultaneamente, criam a história e se fazem seres histórico-sociais" (FREIRE, 1987). Os homens, em suas relações consigo e com o meio ambiente, são os produtores da grande teia. A formação e a transformação da sociedade são resultantes de um processo dinâmico e dialético; do mesmo modo, a prática pedagógica fundamentada no princípio libertador para a vida deve fazer emergir as diferenças e os conflitos, identificando-os e criando espaços para que estes possam ser reconhecidos e trabalhados. O homem se constitui através de suas relações sociais, e é a partir daí que estabelece seus códigos, teorias e conceitos. As relações sociais, por sua vez, são resultantes da cultura na qual ele cresce, ora reproduz, ora se volta contra ela; porém, todas as nuanças se dão em torno desse contexto sociocultural. É através dessa interação dialética que se define a constituição humana. Trata-se de uma abordagem sociointeracionista, na qual o homem "é visto como alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura" (REGO, 1995, p. 93). A conduta do ser humano em cada momento é multideterminada por suas experiências e pelos modelos de aprendizagem com que ele vai organizando e dando sentido a essas experiências. Esses modelos são determinantes na sua forma de se relacionar com os outros, com o mundo, com seu modo de produzir. "É, portanto na relação dialética com o mundo que o sujeito se constitui e se liberta (REGO, 1995, p. 94). Entendendo o ser humano como uma totalidade - cognição e afeto estão intrinsecamente associados -, devem-se considerar seus desejos, necessidades, emoções, motivações, interesses, impulsos e inclinações. O indivíduo traz consigo conhecimentos já construídos a partir das suas experiências pessoais e cotidianas, ao que Vygotsky chama de conceitos cotidianos ou espontâneos (REGO, 1995, p. 77). Esse conhecimento construído pelo indivíduo – e que faz parte do seu mundo impregnado de valores, medos, conceitos, comportamentos etc. – é o ponto de partida para a elaboração de novos saberes, para a reconstrução constante do mundo de cada indivíduo; ou seja, a construção do conhecimento depende da mundivivência e da mundividência. Portanto, há de se considerar, no etapa01.pmd 33 17/10/2007, 14:15 33 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO processo de aprendizagem e construção dos "conceitos científicos" (VYGOTSKY apud REGO, 1995, p. 77), o conceito de ser humano social, histórico, inacabado e em constante transformação, o que torna ainda mais complexa a compreensão sobre o processo de aprendizagem a partir das relações se considerarmos que cada indivíduo tem o seu sistema de representação próprio que lhe permite fazer associações e definições absolutamente individuais, ainda que construídas a partir de referenciais externos e possivelmente coletivos. É esta noção que possibilita o respeito às diferenças e o aprendizado em grupo. Propor a aprendizagem a partir do sistema de representação de cada indivíduo requer lançar-se ao desafio de identificar e acolher as diferenças e os conhecimentos diversos do grupo. Desse modo, o conteúdo e os procedimentos didáticos precisam ser construídos com base na realidade dos participantes do grupo para que estes possam identificar-se e ser estimulados a produzir. Os intercâmbios, questionamentos, conflitos, dúvidas e a comunicação são imprescindíveis para a construção do conhecimento, e este, para cada um, será diferente em intensidade, abrangência, conteúdo e significado. Todos participam do processo de "tecer a teia", mas o aprendizado no decorrer do processo é singular para cada indivíduo. 34 A heterogeneidade do grupo favorece a construção do saber pela riqueza de experiências, diferenças, ritmos, valores, o que estende as possibilidades de intercâmbio e de estímulo à ampliação das visões de mundo. A educação deve ter a tarefa de impulsionar a construção de novos conhecimentos, "incidir na zona de desenvolvimento potencial dos educandos" (VYGOTSKY apud REGO, 1995, p. 108). Não se trata apenas de transmitir conteúdos, mas de favorecer a associação entre os saberes trazidos pelos educandos, os quais fazem parte do seu mundo, e aqueles que estimulam processos internos de transformação, constituindo-se em novos conhecimentos. A humanidade caminha gradativamente para uma revisão conceitual da realidade. A educação tem um papel fundamental nesta etapa de renovação da compreensão da natureza humana, do mundo e das ciências exatas, não apenas intelectualmente, mas pela transformação interior. Nesta perspectiva é preciso desconstruir e desatar os nós individuais, fio por fio, e, concomitantemente, tecer a nova teia social através dos novos paradigmas construídos e em constante mutação. A educação na contemporaneidade é o ponto de partida para a construção de um mundo pautado nos princípios de igualdade e democracia – precisa dar respostas à diversidade da realidade em que vivemos, precisa estar apta a preparar o sujeito para o reconhecimento e o exercício da cidadania. A educação deve estar a serviço do bem-estar do planeta e de todos os seus habitantes. Deve ter foco na harmonia das relações no mundo, partindo do microcosmo às dimensões do macrocosmo. etapa01.pmd 34 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Educar é dar sentido às práticas e atos do cotidiano. É mais que desenvolver a inteligência e habilidades. É fazer do indivíduo um ser útil à sociedade e ao mundo. É através dessa missão que a educação irá ganhar importância e credibilidade no seio da sociedade (SAMPAIO, 2004, p. 71). Com base nessas crenças, iniciaremos o processo de tecer esta teia, para o qual esperamos conquistar muitos outros parceiros ⎯ uma rede de "reeditores sociais" (TORO, 1996, p. 41) que a transforme e a supere, multiplicando-se por todo o mundo. 35 etapa01.pmd 35 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 36 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 37 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 38 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre a Ação Socioeducativa do Facilitador A educação é o caminho para o exercício pleno da cidadania. Um país que não valoriza a educação não poderá conhecer a igualdade, a democracia e o respeito de seu povo e de outras nações. A escola, espaço instituído como do saber, de troca de conhecimentos, é o lugar privilegiado no propiciar condições para a construção da cidadania. Não se trata apenas de acessar o conhecimento, mas de possibilitar a transformação pessoal e social, a igualdade de oportunidades, o desenvolvimento da capacidade de conviver com as diferenças e com situações de conflito, de se responsabilizar pelo bem-estar individual e de sua comunidade, da sociedade, de seu país e do mundo. Essa é a escola que queremos. A que disponibiliza as "ferramentas e a tecnologia da tecelagem" e apresenta a esperança de construção de outras formas de relação. A educação é um processo mútuo e contínuo de formação e libertação do ser humano, e o processo de aprendizagem, uma ação partilhada, resultante do esforço individual, bem como das condições ambientais e das relações que se estabelecem. São muitos os instrumentos, ferramentas, materiais e atores na tarefa de tecer novos aprendizados. As relações jovem-facilitador, jovemjovem, jovem-ambiente físico são de suma importância no processo de construção do conhecimento. O facilitador é um mediador e, sobretudo, um instigador do processo de descoberta, de associações, estimulando o pensar, de modo que o jovem compreenda o processo de construção do conhecimento e o utilize de forma autônoma ao longo de sua vida. Diante da perspectiva da educação para a cidadania, o ofício de ensinar exige cada vez mais que os facilitadores estejam atualizados com as transformações políticas, econômicas, sociais, culturais e tecnológicas. Diversificar a gama de conhecimentos e aprender a cultura local, a origem de hábitos ⎯ desde aspectos ligados à arte aos ligados a comportamentos, alimentação, entre outros ⎯ proporcionam aos jovens a oportunidade de resgatar a sua história, favorecendo a construção de sua identidade e a elevação da auto-estima, de ampliar sua visão de mundo, de reconhecer a importância dos acontecimentos históricos e fazer associações dos fatos atuais com os do passado. Para dar conta das novas demandas apresentadas pela sociedade precisamos investir na construção de um novo modelo de educação. Com base nos nossos erros e acertos do passado, temos que ter o olhar no presente e no futuro, compreendendo para que e para quem ensinamos e como se dá o etapa01.pmd 39 17/10/2007, 14:15 39 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO processo de ensino-aprendizagem que liberta e favorece a formação do ser integral, entendido por Antônio Carlos Gomes da Costa como um "ser autônomo, solidário e competente" (COSTA, 1998). Do facilitador esperamos a capacidade de humildade, compreendendo e respeitando os diversos saberes, a compreensão do seu papel social, a habilidade para mobilizar os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem e exercitar a participação, a abertura para a construção de vínculos afetivos que possibilitem o aprendizado e a boa convivência. Esperamos também do facilitador que, na consciência de sua função, estabeleça limites ao grupo e cuide de seu desenvolvimento e integração, que disponibilize o saber para que tantos outros possam reeditá-lo e possam formar novas e diferenciadas "teias". Enfim, que seja um "facilitador" no processo de desenvolvimento pessoal e social dos jovens. A equipe executora do Projeto tem um papel fundamental na construção de um ambiente favorável para a formação integral dos jovens, buscando diariamente oferecer o suporte necessário para o seu desenvolvimento e a execução do plano de ação, tendo a disponibilidade de ouvi-los e ajudálos a enfrentar as dificuldades que surgirem no caminho. A escuta sensível é uma habilidade importantíssima e vale lembrar que o próprio facilitador e toda a equipe de coordenação também estarão vivenciando um processo de capacitação em serviço. 40 Para promover um ambiente acolhedor, o facilitador pode atentar para alguns cuidados na relação diária com o grupo, incentivando a participação, o debate de idéias e o respeito à diversidade. É importante também que o êxito e os resultados alcançados sejam celebrados e que as ações sejam divulgadas, visando motivar os participantes. Para o desenvolvimento do trabalho em grupo, os jovens precisarão construir uma relação de confiança e de equipe que lhes permita interagir e realizar tarefas de interesse comum e de benefício à sociedade, exercitando um processo de construção conjunta de idéias para o alcance de uma visão e objetivos coletivos. Caberá à equipe executora coordenar o trabalho do grupo nesse processo de autodescoberta e de formação de laços afetivos e efetivos de ação. O facilitador é um mediador do processo de ensino-aprendizagem. Nesta relação, muitas são as trocas, as fases e as demandas apresentadas no decorrer das ações socioeducativas. Muitas vezes, ele precisa ser firme, pois o jovem sinaliza a necessidade de obter limites, porém não expressa isso verbalmente, claramente. É importante que o facilitador fique atento e tenha sensibilidade para perceber a atitude mais educativa a tomar diante das inúmeras situações que possam ocorrer. A afetividade também tem um lugar especial no processo de ensino-aprendizagem. É fundamental que o facilitador tenha desenvolvido sua capacidade de dar e receber afeto, facilitando, na vida diária, com comportamentos e atitudes, a percepção dos adolescentes sobre a relação afetiva, de respeito às diferenças e aos estágios de maturidade de cada indivíduo e promovendo a construção etapa01.pmd 40 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO da relação de confiança. Conhecer a história de vida de cada um dos adolescentes do grupo ajuda no entendimento de suas limitações, pois favorece que o facilitador compreenda o sentido e o significado das ações do indivíduo e suas potencialidades, bem como a elaboração de alternativas de solução para superar dificuldades apresentadas. Quando o facilitador constrói junto ao jovem uma relação afetiva, apresentando os limites necessários, a probabilidade de aprendizado aumenta consideravelmente, o ambiente fica favorável para o desenvolvimento das habilidades e a reconstrução de comportamentos e a mudança de hábitos ficam facilitadas. Ouvimos e entendemos também com o coração. Pela sua história similar e de sucesso e resiliência, através da coerência entre seu discurso e sua prática, o facilitador passa a ser uma referência para os jovens, um exemplo de agente de transformação, contribuindo para a construção da auto-imagem e da identidade desse jovem. A tarefa de educar deve ser encarada como um inusitado desafio a ser traduzido e conquistado a cada dia, um processo de construção cujas possibilidades são infinitas e imprescindíveis para o processo de transformação de uma sociedade excludente para uma sociedade justa, em que a cidadania seja resultante da história de distintos povos, estando ao alcance de todo cidadão universal. Enquanto ainda existir no mundo um ser humano excluído dos direitos humanos, os demais só se justificam pela luta pacífica, rumo a uma cultura de paz e à transformação planetária. Sejamos então atores e "reeditores" na produção deste tecido de novas relações. etapa01.pmd 41 41 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 42 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 43 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 44 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre o Planejamento, Monitoramento e Avaliação Para que as atividades tenham o sucesso esperado é importante pensar sobre o objetivo que se deseja alcançar, as estratégias mais eficazes e divertidas, se haverá tempo suficiente para realizar cada atividade escolhida. O fato de encontrar planejadas determinadas atividades não significa que o facilitador terá que realizá-las a qualquer custo. Ele pode e deve refletir e trabalhar para alcançar determinado objetivo com o grupo, porém, este pode tomar rumos diferentes no decorrer do trabalho, de acordo com suas especificidades, seus interesses, suas vivências e inquietações. Cada grupo tem seu ritmo e seu tempo. O facilitador precisa respeitar essas particularidades. Assim, dizemos que planejamento e flexibilidade se somarão na capacidade de o facilitador adaptar-se a possíveis mudanças, sem, contudo, perder o foco nos resultados esperados. Acreditamos no seu bom senso e criatividade. É interessante elaborar instrumentos para planejar, executar e avaliar o processo de ensinoaprendizagem. Alguns desses instrumentos podem ser construídos na fase de planejamento, e outros, no decorrer da prática, à medida que reformulamos o plano de ação. Os programas e projetos sociais estão cada vez mais se aperfeiçoando na prática de avaliar seus resultados. Para garantir uma maior eficácia do projeto é muito importante monitorar o processo, avaliando diariamente e periodicamente as ações realizadas, possibilitando rever a programação e as estratégias escolhidas para obter melhores resultados. A avaliação é um termômetro que irá identificar até que ponto suas ações contribuíram para o alcance dos objetivos esperados. Para avaliar, é necessário traçar minuciosamente os indicadores de resultados de acordo com os objetivos e metas do seu projeto. A avaliação permite que o facilitador perceba os erros e acertos de sua prática e possa reformular seu planejamento com vistas a atingir melhores resultados. Lembre-se, o "tecido" produzido pode ser reconstruído a cada dia. Conforme a metodologia adotada, a avaliação deve se dar de forma processual, acontecendo diariamente e periodicamente durante todo o desenvolvimento do trabalho com o grupo. Sugerimos que a avaliação seja realizada: sempre, logo após a culminância da atividade do dia; trimestralmente, para avaliar o processo de um período; e ao final de todo o trabalho com o grupo. etapa01.pmd 45 17/10/2007, 14:15 45 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O facilitador poderá avaliar se o grupo assimilou e construiu conhecimentos; se estes estão sendo utilizados na vida cotidiana dos participantes e se as estratégias de ação planejadas estão sendo as mais eficazes para alcançar os objetivos propostos. Para avaliar o trabalho realizado, o facilitador poderá utilizar os instrumentos de observação, expressão oral dos participantes, técnicas de grupo e questionários de avaliação da atividade do dia e de avaliação de períodos. Seguindo a mesma linha participativa utilizada no momento da execução das atividades, a prática pedagógica deve ser avaliada a partir da percepção dos diversos atores envolvidos: jovem, facilitador, coordenador, familiares, direção da escola, professores etc. Cada um terá seu olhar diferenciado sobre o trabalho desenvolvido e os resultados alcançados. Em um processo de ação-aprendizagem, é fundamental a reflexão e a tomada de consciência sobre aquilo que foi interiorizado e os pontos a serem desenvolvidos. É o monitoramento e a avaliação constante que permitirão ao projeto o seu aprimoramento e a consecução dos seus objetivos. As tarefas de planejar, agir, aprender e refletir sobre a prática são simultâneas e convergentes, ocorrendo em todo o processo. 46 etapa01.pmd Neste Manual, o facilitador irá encontrar impressos modelos de alguns instrumentos: formulário de plano de atividades, modelos de questionários de avaliação, formulários de sondagem de entrada e de saída dos jovens, entre outros. 46 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 47 etapa01.pmd 47 17/10/2007, 14:15 etapa01.pmd 48 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre a grade curricular ETAPA MÓDULO CARGA HORÁRIA Etapa I - Mobilização Mobilização 68h Etapa II - Teórico-Vivencial Integração (68h) 328h DPS - Desenvolvimento Pessoal e Social (148h) Plano de Vida e Carreira (36h) Desenvolvimento Comunitário (52h) Plano de Ação Piloto (24h) Etapa III - Intervenção Execução do Plano de Ação (110h) Comunitária Avaliação Final (42h) 180h Culminância do Projeto (28h) TOTAL DE HORAS etapa01.pmd 49 576h 17/10/2007, 14:15 49 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ETAPA I - MOBILIZAÇÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS • Instalar o Projeto de Formação Socioeducativa • Alinhamento conceitual e interinstitucional. nas Unidades Escolares (UEs). • Propostas gerais do Programa e do Projeto e • Alinhar os conceitos fundamentais ao suas contribuições para a construção de políticas desenvolvimento do Programa Jovens Baianos e públicas para a juventude. do Projeto de Formação Socioeducativa do ADC. • Contextualização institucional da Fundação Luís • Facilitar a integração e a comunicação entre os Eduardo Magalhães. parceiros da rede de apoio do jovem beneficiário • Eixos teórico-metodológicos do Projeto de do Projeto. Formação. • O projeto social como mediador da relação Escola-Comunidade. • A consolidação de equipe como ferramenta de 50 sucesso do Projeto. Iniciar o jovem no processo de conhecimento, • Iniciação do jovem na prática do Projeto de reconhecimento e aproximação do contexto social Formação Socioeducativa. das UEs e dos seus entornos comunitários. • Sondagem de experiências prévias e conhecimentos do grupo. Lançamento oficial do Projeto na escola. Apresentação. Constelação de histórias. O Novo / Levantamento de expectativas. Canteiro de sonhos. • A ação do ser humano no espaço social e ambiental. Mapa gráfico da escola. Esculturas humanas, museu vivo. Culminância. etapa01.pmd 50 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL INTEGRAÇÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS • Criar um ambiente favorável para o • Ambientação. relacionamento entre os participantes do grupo. • O Programa. • Identificar e fortalecer a identidade dos jovens • Expectativas após a apresentação do Programa. participantes, influenciando positivamente na • Pacto de convivência interpessoal e intrapessoal. elevação de sua auto-estima. • Identidade. • Desenvolver a comunicação entre os participantes • O Grupo. do grupo. • Comunicação. • Liderança. • Papéis. 51 etapa01.pmd 51 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL 52 etapa01.pmd OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS • Estimular o desenvolvimento e cultivo de atitudes • Auto-estima. positivas em relação a si mesmo. • Compreender a escola como espaço coletivo, de prazer e de troca e construção de conhecimentos. • A escola. • Mobilizar os integrantes do Projeto, ampliando o seu nível de informação e consciência crítica na área dos direitos e deveres e estimulando-os para que assumam uma atitude mais tolerante, solidária e responsável diante do seu próximo e da coletividade. • Compreender e valorizar a preservação do meio ambiente para a continuidade da vida no planeta. • Cidadania. • Cultura da Paz. • Ética. • Educação Fiscal. • Relação Estado e Sociedade. • Tributos. Gestão dos Recursos. • Meio Ambiente. • Preservação Patrimonial. • Desenvolver a consciência crítica sobre sua sexualidade, respeitando suas escolhas e as dos outros e adotando práticas seguras à sua saúde. • Saúde e sexualidade. • Mitos e tabus da sexualidade. • Questão de gênero. • Gravidez na adolescência. • Métodos anticonceptivos. • DSTs. • Uso de drogas. 52 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL PLANO DE VIDA E CARREIRA OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS • Planejar a vida profissional a partir da • Desenvolvimento de carreira. identificação de oportunidades, conhecimento de potencialidades e limites e definição de metas e estratégias para alcançá-las. • Compreender o conceito e construir uma relação positiva, produtiva e prazerosa com o trabalho e identificar as habilidades necessárias para a inserção no mercado de trabalho na contemporaneidade. • Trabalho. • Currículo. • Entrevista. • Projeto de vida. ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS • Compreender os fatores fundamentais para o • Desenvolvimento comunitário. fomento do desenvolvimento comunitário. • Identificar e desenvolver as características do ser empreendedor, assumindo uma atitude diferenciada com o ambiente social. • Desenvolvimento entre comunidade e ativos comunitários. • Empreendedorismo social. • Responsabilidade social. • Economia popular solidária. • Políticas públicas. ETAPA II - TEÓRICO-VIVENCIAL PLANO DE AÇÃO PILOTO etapa01.pmd 53 OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS • Elaborar plano de ação piloto com vistas ao • Elaboração de projetos. desenvolvimento comunitário. • Definição do objeto. • Mapeamento dos recursos locais. • Elaboração do plano de ação. 17/10/2007, 14:15 53 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ETAPA III - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA EXECUÇÃO DO PLANO DE AÇÃO OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS C. H. • Executar o plano de ação piloto com vistas ao • Execução do plano de ação. 110h OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS C. H. • Avaliar os aprendizados e os resultados do • Levantamento de perfil de saída. 42h Programa. • Avaliação individual e grupal. desenvolvimento comunitário. ETAPA III - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA AVALIAÇÃO FINAL 54 ETAPA III - INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA CULMINÂNCIA DO PROJETO OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS C. H. • Apresentar os dados alcançados pelos atores • Apresentação da prática para os diversos atores envolvidos. • Culminância do Projeto. 28h envolvidos no Projeto. etapa01.pmd 54 17/10/2007, 14:15 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 55 etapa01.pmd 55 17/10/2007, 14:16 etapa01.pmd 56 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Sobre a metodologia A metodologia adotada para o desenvolvimento deste Manual baseia-se na participação de todos os envolvidos no processo, na construção coletiva, nas experiências de vida, na realidade cotidiana dos indivíduos, respeitando ritmos, valores e culturas. A proposta de trabalho convoca os participantes a refletirem, teorizarem e exercitarem novas práticas de comportamento através de atividades que, centradas no fazer, favoreçam a descoberta, a associação entre teoria e realidade, entre as partes e o todo, entre o individual e o social, e a reconhecerem-se como co-autores do processo da "tecelagem das relações e dos produtos elaborados". A metodologia participativa lúdica favorece o comprometimento das pessoas envolvidas, torna as ações do projeto mais interessantes para todos, potencializa o aprendizado, na medida em que possibilita a troca de experiências, e interfere diretamente na auto-estima de todo o grupo. O desenvolvimento de práticas educativas por meio da participação permite maior envolvimento dos jovens e resultados mais eficazes quanto a mudanças de atitudes, através da percepção e experimentação de cada participante. A prática de ensino-aprendizagem deve ser o mais prazerosa e dinâmica possível, respeitando as crenças e valores de cada participante do grupo. O processo de vivenciar as experiências leva-nos ao aprendizado de forma mais rápida e satisfatória. E esta experiência permanece para sempre, pois a sentimos, a nossa essência aprendeu porque "vivenciou". As oficinas educativas trazem resultados concretos, pois levam os participantes à reflexão, à vivência e à mudança de comportamento. São constituídas por atividades divertidas, diversificadas e enriquecidas pelas experiências e conhecimentos trazidos pelos jovens e por outras fontes de aprendizado. O conhecimento do jovem será sempre ponto de partida para o conhecimento trazido e sistematizado pelo facilitador. A escolha das estratégias para o desenvolvimento do grupo deve estar vinculada diretamente ao tema a ser trabalhado, ao público beneficiário, aos objetivos que se deseja alcançar, ao número de participantes e ao tempo disponível. As técnicas de grupo, a arte, os debates, as atividades em espaços diversificados, a construção participativa são estratégias que favorecem o desenvolvimento do trabalho em equipe. É importantíssimo estudar o plano de atividade antes de começar a aplicá-lo. Cada grupo é diferente, único. O plano de atividade deve respeitar as diferenças de cada grupo. etapa01.pmd 57 17/10/2007, 14:16 57 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O modelo de plano de atividade que sugerimos neste Manual contempla alguns momentos pensados em uma seqüência gradativa que possibilitará maior aproveitamento e aprendizado das ações realizadas com o grupo: 1º MOMENTO ALINHAMENTO. Logo no início do encontro deve-se dizer o que será realizado e quais os objetivos do trabalho. 2º MOMENTO AQUECIMENTO. Como o próprio nome sugere, este é o momento da preparação, de entrar no clima, de introduzir-se no tema que será trabalhado. 3º MOMENTO APROFUNDAMENTO DO TEMA. Geralmente, aqui se utiliza uma técnica de grupo e, em seguida, se desenvolve teoricamente o tema. Este momento pode ser composto por diversas atividades. 4º MOMENTO FECHAMENTO. Aqui se conclui a atividade do dia. Imprime a idéia de término dos trabalhos daquele encontro. 5º MOMENTO AVALIAÇÃO. É o momento de o grupo avaliar a atividade do dia. O facilitador pode escolher uma, entre diversas técnicas, para promover a avaliação. 58 A duração do encontro deve levar em conta o perfil do grupo. No caso dos participantes do Projeto de Formação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário, que são alunos de escolas públicas e passam o dia no espaço escolar, as atividades poderão ter duração de três a quatro horas, no máximo. É importante que o facilitador respeite a carga horária diária acordada com o grupo no momento da criação das regras de convivência. Desse modo, deve elaborar planos de aula levando em conta a duração de cada atividade, para não ultrapassar o horário combinado. Os planos de atividade sugeridos neste Manual foram elaborados considerando uma carga horária de quatro horas de trabalho. Em alguns casos, conforme o tema e a atividade prevista, será necessário realizar mais de um encontro, conforme indicado no planejamento da atividade. Além disso, cada grupo tem suas especificidades; logo, o plano previsto aqui para ser executado em um encontro poderá necessitar de dois ou três encontros, de acordo com as demandas daquele grupo. O facilitador precisa estar atento e, dentro do possível, respeitar a dinâmica grupal. É fundamental que o tempo diário de atividade, acordado pelo grupo, seja mantido até o final do projeto, pois facilita a comunicação e a organização do trabalho. Os encontros serão realizados em quatro dias a cada semana, visto que o facilitador necessitará de um dia para planejar, avaliar e discutir sua prática e o desempenho dos participantes do grupo com a equipe de facilitadores e coordenadores. Para possibilitar um maior aproveitamento do trabalho realizado, o facilitador deve ter o cuidado de escolher estratégias que sejam condizentes com o tempo de formação do grupo, suas características, seu relacionamento interpessoal e suas necessidades emergentes. etapa01.pmd 58 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO A metodologia participativa exige que o facilitador tenha clareza sobre quais objetivos deseja alcançar com o trabalho específico para evitar dispersão nos momentos de debate. Ele é o responsável por garantir o foco na tarefa, sem, contudo, perder de vista o foco nas relações. Aqui, as habilidades flexibilidade e coerência são fundamentais na prática do facilitador. É recomendável que o facilitador tenha vivenciado a técnica de grupo antes de aplicá-la. Isso lhe dará mais subsídios para entender a dinâmica da atividade, as possíveis reações dos participantes e seu papel de facilitador do grupo. Serão trabalhadas na capacitação em serviço dos facilitadores as mesmas temáticas propostas aos jovens, aliadas ao referencial socioeducativo de trabalho com a juventude. O facilitador também contará com o acompanhamento de um coordenador de campo, que o apoiará, respaldando a sua prática. No Programa Jovens Baianos, o trabalho junto aos jovens será realizado ao longo de 12 meses, totalizando 576 horas. O Programa está distribuído em três etapas: 1. Mobilização; 2. Teórico-vivencial; 3. Intervenção Social. ETAPA DE MOBILIZAÇÃO Esta etapa acontece no início de desenvolvimento do Projeto e tem como objetivo levantar dados sobre a caracterização geral da comunidade e mobilizar o público-alvo e todos os atores envolvidos para o desenvolvimento das ações conjuntamente. ETAPA TEÓRICO-VIVENCIAL Esta etapa contempla temas transversais a serem trabalhados junto aos jovens diariamente. Entretanto, para facilitar a organização e a prática pedagógica, garantindo a reflexão e o debate sobre todos os temas, distribuímos os conteúdos da segunda etapa em cinco módulos: 1. Integração; 2. Desenvolvimento Pessoal e Social; 3. Plano de Vida e Carreira; 4. Desenvolvimento Comunitário; 5. Plano de Ação Piloto. Cada uma dessas fases é constituída por diversos temas e subtemas e por sugestões de atividades. Como já foi ressaltado, para cada tema ou subtema apresentamos uma breve introdução, bem como a referência bibliográfica utilizada, visando instigar o facilitador a buscar, em outros trabalhos escritos, o aprofundamento teórico sobre tais questões e melhor preparar-se para o desenvolvimento da atividade. ETAPA DE INTERVENÇÃO SOCIAL A terceira etapa é composta por três fases: 1. Execução do Plano de Ação; 2. Avaliação Final do Projeto; 3. Culminância do Projeto. Nesta etapa, os jovens irão executar na comunidade os projetos etapa01.pmd 59 17/10/2007, 14:16 59 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO elaborados durante as atividades e irão avaliar as ações realizadas e os resultados alcançados no decorrer do processo, junto com os demais atores envolvidos no Projeto. Ao final, os ADCs irão compartilhar os resultados. Chegou a hora de pegarmos as ferramentas, o tear e, junto aos demais atores desta história, começarmos a tecer esta grande teia. VAMOS LÁ! 60 etapa01.pmd 60 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO “AI DE NÓS EDUCADORES SE DEIXARMOS DE SONHAR SONHOS POSSÍVEIS.” 61 Paulo Freire etapa01.pmd 61 17/10/2007, 14:16 etapa01.pmd 62 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 63 ETAPA 1 MÓDULO Mobilização etapa01.pmd 63 17/10/2007, 14:16 etapa01.pmd 64 17/10/2007, 14:16 etapa01.pmd 65 17/10/2007, 14:16 etapa01.pmd 66 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO MOBILIZAÇÃO TEMAS ALINHAMENTO INTERINSTITUCIONAL E CONHECIMENTO DO PROGRAMA E DO PROJETO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO. INICIAÇÃO DO JOVEM NA PRÁTICA DO PROJETO DE FORMAÇÃO SOCIOEDUCATIVA • Sondagem de experiências prévias e conhecimentos do grupo • Lançamento oficial do Projeto na escola • Apresentação • O Novo / Levantamento de expectativas • Constelação de histórias • Canteiro de sonhos • A ação do ser humano no espaço social e ambiental 67 • Trilha Jovem na escola e na comunidade • Arte visual da escola e do seu entorno comunitário • Esculturas humanas, museu vivo • Culminância etapa01.pmd 67 17/10/2007, 14:16 etapa01.pmd 68 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO MOBILIZAÇÃO O QUE É... Mobilizar é provocar o desejo das pessoas e sua adesão para uma ação conjunta, com interesses comuns. FALANDO SOBRE Mobilizar a sociedade para as questões coletivas é o exercício de chamar os cidadãos para a sua responsabilidade social. (...) mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados. Sendo a mobilização uma convocação, ela é um ato de liberdade, oposto da manipulação, um ato público de vontade, de paixão (TORO, 1994, p. 11). A mobilização ganha força à medida em que conhecemos a realidade que estamos vivenciando e o que já foi feito e se vem fazendo no sentido de transformar essa realidade. É importante saber que muitas outras pessoas também se preocupam com as mesmas causas que nós, que estão atuando em suas comunidades para a melhoria da qualidade das relações, assim como nós. O que dá estabilidade a um processo de mobilização social é saber que o que eu faço e decido, em meu campo de atuação quotidiana, está sendo feito e decidido por outros, em seus próprios campos de atuação, com os mesmos propósitos e sentidos (TORO, 1996, p. 12). Segundo Bernardo Toro (1996, p. 35:47), são necessárias três condições básicas para se organizar um projeto de mobilização: 1. A criação de um imaginário provocante, atrativo, que sintetize e represente o futuro desejado. 2. A definição do campo de atuação dos reeditores (entendidos como indivíduos que têm um público próprio que acredita neles). 3. A coletivização das ações. etapa01.pmd 69 17/10/2007, 14:16 69 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Para a realização de um projeto coletivo é importante mobilizar as pessoas e instituições que farão parte do processo. Quanto mais motivados e alinhados estiverem todos os atores envolvidos, mais fortes serão as ações realizadas e maiores as chances de alcance dos resultados propostos. A mobilização no Projeto Jovens Baianos é a primeira etapa de todo o trabalho ao longo dos 12 meses e se traduz na identificação e acionamento de pessoas e instituições que compõem a rede de apoio ao jovem para criar um clima favorável à instalação do projeto. É um conjunto de atividades que pretendem auxiliar o jovem a ampliar a sua visão sobre o espaço da escola e da comunidade como instâncias de participação social. A etapa se consolida em dois momentos: 1. atividades preliminares entre parceiros, para sedimentar o trabalho com o jovem; 2. atividades de apresentação e integração dos beneficiários com o projeto e aproximação do jovem com a escola e seus entornos comunitários. Nesta etapa, o jovem deverá aguçar o seu olhar sobre as relações sociais e o cotidiano, nos contextos imediatos da escola e da comunidade. Trata-se de re-conhecer o tempo e o espaço concretamente vividos pelos jovens. Olhar com outros olhos as manifestações do cotidiano, os moradores da comunidade e suas tradições, os espaços físicos e os funcionários da escola - ler talentos e recursos na escola e na comunidade. 70 A etapa de mobilização é também o momento de o Facilitador apropriar-se do cenário interinstitucional onde irá atuar. Deverá saber situar o Programa no contexto das políticas públicas para a juventude. Tanto o Facilitador quanto o jovem beneficiário deverão ter uma visão global do processo de formação continuada do Projeto, bem como da relação de papéis e atribuições do Facilitador e do jovem beneficiário. Visando mobilizar pessoas e instituições para favorecer a implementação do Projeto, serão realizadas diversas ações, tais como: 1. Alinhamento interinstitucional e conhecimento do Programa Jovens Baianos e Projeto FLEM. Aqui serão desenvolvidas as atividades preliminares entre parceiros. São elas: 1. Apresentação: Parceiros / Facilitadores / Coordenadores. 2. Apresentação e debate sobre a proposta do Programa e dos projetos convergentes com os Facilitadores. 3. Consolidação da equipe de Coordenadores de Campo e Facilitadores. 4. Capacitação dos Facilitadores. 5. Encontros de sensibilização com as Unidades Escolares - UEs. etapa01.pmd 70 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 6. Visitas às UEs para conferência e adequação do espaço físico e das instalações das UEs pelos Facilitadores e Coordenadores de Campo. 7. Visitas às UEs para reconhecimento da estrutura e funcionamento da Unidade pelos Facilitadores e Coordenadores de Campo. 8. Encaminhamento de pendências com a SEDES e a SEC. 9. Deslocamento e alojamento do material didático da capacitação dos jovens beneficiários para as UEs. 10. Reunião com a família por grupo de jovens. 2. Iniciação do jovem na prática do Projeto de Formação Socioeducativa Neste momento serão desenvolvidas as atividades de apresentação e integração dos beneficiários com o Projeto e aproximação do jovem com a escola e seus entornos comunitários. PLANO DE ATIVIDADE 1 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 1 Sondagem de experiências prévias e conhecimentos do grupo. OBJETIVOS Avaliar o perfil de entrada dos jovens (conhecimentos, habilidades e atitudes iniciais) e promover um maior conhecimento das características pessoais dos participantes. Data ____________________ Público-alvo ___________________ MATERIAL QTD Cópia do formulário da Avaliação do Perfil de Entrada 30 unidades Caneta 30 unidades Lápis 30 unidades Borracha 30 unidade Micro-system 01 unidade CD música "Metamorfose Ambulante", de Raul Seixas 01 unidade OBSERVAÇÃO 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER O OBJETIVO DA ATIVIDADE DO DIA. 2º MOMENTO: AQUECIMENTO: AUDIÇÃO DA MÚSICA "METAMORFOSE AMBULANTE", DE RAUL SEIXAS. etapa01.pmd 71 17/10/2007, 14:16 71 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 3º MOMENTO: SONDAGEM. • Os participantes deverão responder ao formulário de avaliação individualmente. • Após responderem ao questionário, os participantes o entregarão ao Facilitador. DICA O FACILITADOR DEVE ORIENTAR OS JOVENS A RESPONDEREM AO QUESTIONÁRIO COM CALMA. PERFIL DE ENTRADA Olá, essas questões a seguir têm o objetivo de ajudá-lo a identificar o quanto já está preparado para assumir o desafio de atuar como Agente de Desenvolvimento Comunitário. Lembre-se de que não é um teste no qual você será aprovado ou reprovado. O questionário apenas servirá como um indicador que lhe possibilitará perceber o seu potencial, suas habilidades desenvolvidas e suas dificuldades. Deve ser um norte para que se conheça e busque melhorar cada vez mais. Reflita em cada pergunta e assinale com um X as proposições que se parecem mais com você. 72 Você está pronto para se tornar um Agente de Desenvolvimento Comunitário? Confira o seu potencial! Seja sincero e... BOA SORTE!! etapa01.pmd 72 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 1. HISTÓRIA E IDENTIDADE DA COMUNIDADE. ( A ) Sei bastante sobre a história da minha comunidade e sobre as características que a fazem única. (B) Sei um pouco sobre como minha comunidade foi formada, mas nunca me interessei em saber mais. ( C ) Não me interesso muito pela minha comunidade, pois não me identifico com ela. 2. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ATUAÇÃO NA COMUNIDADE. ( A ) Se eu tivesse que fazer hoje um projeto, já saberia que passos seguir e como escrevê-lo. ( B ) Se eu tivesse que fazer hoje um projeto, precisaria de bastante orientação, pois tenho a idéia mas não sei como apresentá-la. ( C ) Se eu tivesse que fazer um projeto não saberia nem por onde começar. 3. DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO. ( A ) A minha comunidade tem problemas, mas também tem muitas coisas boas e pessoas talentosas. Tem grande chance de se desenvolver. ( B ) A minha comunidade é complicada e tem pouca gente interessada. Acho que ela tem poucas chances de se desenvolver. ( C ) A minha comunidade é muito complicada. São tantos problemas e tanta gente que não ajuda que acho que ela nunca vai ser diferente. 4. TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA. (A) Eu conheço várias formas de mobilizar a minha comunidade e não tenho dificuldades para fazer isso. ( B ) Eu sei algumas maneiras de mobilizar a minha comunidade, mas nem sempre dá certo. ( C ) Eu não consigo mobilizar a minha comunidade e nem sei como fazê-lo. 5. POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A JUVENTUDE. ( A ) Tenho um bom conhecimento sobre programas sociais e políticas públicas voltadas para a juventude. ( B ) Conheço um pouco sobre programas sociais e políticas públicas para os jovens, mas não saberia identificar nenhum em especial. ( C ) Não conheço nenhum programa social ou política pública voltada para a juventude. etapa01.pmd 73 17/10/2007, 14:16 73 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 6. ENFRENTAMENTO DE PROBLEMAS. ( A ) Tento ver sempre o que posso aprender e o que posso ganhar com qualquer situação. “Na minha vida não existem problemas, só soluções!” ( B ) Na minha vida fico agoniado e tento resolver o problema o mais rápido possível. ( C ) Na minha vida só tem problemas e eles me deixam muito triste. São tantos que não sei como resolvê-los. 7. TOMADA DE DECISÃO. ( A ) Quando preciso, tomo decisões rapidamente e com segurança. ( B ) Só tomo decisão quando necessário e preciso de bastante tempo para fazê-lo. ( C ) Sempre fico indeciso na tomada de decisões. Decidir algo me deixa nervoso. 8. LIDERANÇA. 74 ( A ) Consigo, na maioria das vezes, envolver e entusiasmar as pessoas para algo que eu esteja realizando e assim favoreço que todos participem. ( B ) Quando me dizem o que é para fazer, dou as ordens para que seja feito. ( C ) Eu prefiro que alguém me diga o que tem que ser feito e faço sozinho. 9. ORGANIZAÇÃO. ( A ) Costumo elaborar uma lista do que tenho para fazer e busco cumprir as metas. ( B ) Resolvo as coisas à medida que elas surgem e não gosto de me organizar para nada. ( C ) Não tenho paciência para organizar as coisas. Quando elas estão muito confusas, eu desisto. 10. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL. ( A ) Fico à vontade quando tenho que conversar com pessoas que não conheço. É sempre bom ouvir pontos de vista diferentes. ( B ) Preciso me esforçar para interagir com pessoas que não conheço. ( C ) Sinto-me muito mal em ambientes que não conheço ninguém. Fico na minha! etapa01.pmd 74 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 11. SER PROATIVO. ( A ) Eu sempre começo a fazer as coisas, mesmo que seja sozinho. ( B ) Só consigo começar algo quando alguém me ajuda a fazer. ( C ) Só começo a fazer algo quando sou obrigado. 12. ASSUMIR RISCOS. ( A ) Gosto de correr riscos. “Arriscar é comigo mesmo!” ( B ) Gosto sempre do novo, mas me preparo e me organizo até ter um pouco de segurança para não correr muitos riscos. ( C ) Gosto de lidar sempre com situações que eu já conheça e que me sinta seguro. 13. DETERMINAÇÃO. ( A ) Quando começo algo, gosto de ir até o fim. Enfrento as dificuldades e nunca desisto! ( B ) Se tudo estiver indo bem, continuo, mas quando as coisas começam a ficar difíceis, penso em desistir. ( C ) Por que me esforçar para algo que não sei se vai dar certo? Não consigo ver as vantagens de insistir muito nas coisas. 14. AUTOCUIDADO. ( A ) Respeito meu corpo e procuro sempre me cuidar. ( B ) Esforço-me para estar bem comigo e com meu corpo, mas não me preocupo muito com isso. ( C ) Não tenho tempo para me cuidar. 15. ENGAJAMENTO NA COMUNIDADE. ( A ) Geralmente participo de atividades na minha comunidade, propondo novas ações, compartilhando idéias com outras pessoas. ( B ) Quando sou convidado a participar de atividades na minha comunidade, e não tenho outra coisa para fazer, vou com prazer. ( C ) Não sei muito bem o que está rolando na minha comunidade. Tenho outros interesses. etapa01.pmd 75 17/10/2007, 14:16 75 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 16. CIDADANIA. ( A ) Procuro estar sempre informado sobre o que acontece no nosso país, fico chocado com o que os políticos fazem com o dinheiro público e acho que o voto é um instrumento de mudança. ( B ) Sei que tem muita corrupção no nosso país, mas isso não tem nada a ver comigo, pois não sou político. ( C ) Nem gosto de saber sobre os problemas do nosso país. Não me interesso por política. 17. RELAÇÃO COM A ESCOLA. ( A ) Vejo a escola como um local de troca e aprendizagem. ( B ) Preciso me esforçar para ficar atento às aulas. Só gosto de vir à escola para encontrar meus amigos. ( C ) Não vejo a hora de sair da escola. Estudo por obrigação. 18. RELAÇÃO COM A FAMÍLIA. 76 ( A ) Minha família é a minha base. Divido com eles minhas alegrias e dificuldades. ( B ) Quando preciso, peço ajuda à minha família. Mas tem coisas que não dá para contar a eles. ( C ) Não dá para conversar muito com a minha família, eles não me entendem! 19. JOVEM COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO. ( A ) Acredito que os jovens têm um poder de transformação muito grande. Se quisermos, podemos mudar a comunidade! ( B ) Acho que os jovens têm boas idéias, mas não possuem oportunidades para contribuir, com mudanças, em sua comunidade. ( C ) Os jovens não têm nada a fazer por sua comunidade. etapa01.pmd 76 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Metamorfose Ambulante por Raul Seixas Prefiro ser essa metamorfose ambulante Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Sobre o que é o amor Sobre o que eu nem sei quem sou Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor Lhe tenho amor Lhe tenho horror Lhe faço amor Eu sou um ator 77 77 É chato chegar a um objetivo num instante Eu quero viver essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Sobre o que é o amor Sobre o que eu nem sei quem sou Hoje eu sou estrela etapa01.pmd 77 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO amanhã já se apagou Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor Lhe tenho amor Lhe tenho horror Lhe faço amor Eu sou um ator Eu vou lhes dizer aquilo tudo que eu lhes disse antes Prefiro ser essa metamorfose ambulante Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 78 etapa01.pmd 78 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 2 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 2 Lançamento Oficial do Projeto na Escola. OBJETIVOS Formalizar o lançamento do Projeto na Unidade Escolar e integrar os parceiros da rede de apoio ao jovem para o início da formação socioeducativa. Data ____________________ Público-alvo ___________________ MATERIAL QTD Data-show 01 unidade Monitor 01 unidade Som com entrada para CD 01 unidade Caixa amplificadora 01 unidade CD musical 01 unidade Cópia da história: “O Mito da Origem da Estrela-do-mar” 01 uni por jovem Cópia da música "Alma", de Pepeu Gomes e Arnaldo Antunes, por Zélia Duncan 01 uni por jovem OBSERVAÇÃO 1º MOMENTO: RECEPÇÃO ARTÍSTICA. • Na entrada do auditório estarão alunos pintados, com pernas-de-pau, fazendo malabarismo ou desenvolvendo outras habilidades que garantam um clima de entretenimento na recepção do público participante. • Esses alunos distribuirão estrelas de papel para os convidados e sussurrarão em seus ouvidos: "Deixe a sua estrela brilhar!". 2º MOMENTO: INSTALAÇÃO DA TEIA REDONDA. • O mestre de cerimônia deverá ser, preferencialmente, um representante da instituição co-gestora ou um parceiro da rede. Serão convidados para compor a mesa os seguintes representantes: dirigente escolar, estudantil / grupo focal, Comitê Gestor, família e outros parceiros. • A mesa deverá ser chamada de TEIA REDONDA, para enaltecer o sentido da rede de apoio ao jovem. Ao fundo, deverá estar presente uma imagem de teia de aranha ou similar. • Poderá ser utilizada música ambiente suave. etapa01.pmd 79 17/10/2007, 14:16 79 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 3ª MOMENTO: NARRAÇÃO DE HISTÓRIA: "O MITO DA ORIGEM DA ESTRELA-DO-MAR". • O mestre de cerimônia apresentará o(s) Facilitador(s) da Unidade e o(s) convocará para contar a história. • Em seguida, os participantes do plenário deverão pegar as estrelas que receberam na entrada do salão e colocar uma palavra que represente o seu entendimento sobre a lição da narrativa. • Ao final, o microfone será aberto à TEIA REDONDA e ao plenário. Os convidados deverão fazer relações entre a história e a proposta do projeto. 4º MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE FORMAÇÃO DOS JOVENS. • A proposta do projeto será apresentada em slides sintéticos, intercalados com dois poemas recitados por alunos ou parceiros do projeto, em combinação prévia no planejamento. • Em seguida, a palavra será aberta ao plenário para tirar dúvidas ou comentar o material exposto. 80 5º MOMENTO: CANTO COLETIVO: "ALMA", DE PEPEU GOMES E ARNALDO ANTUNES, POR ZÉLIA DUNCAN. • O mestre de cerimônia convidará o público para cantar a música "Alma", cuja letra estará exibida em data-show. Todos deverão estar de mãos dadas. O Mito da Origem da Estrela-do-mar In: CAVALCANTI, Ricardo C. Saúde Sexual e Reprodutiva: Ensinando a ensinar. Art 07. p. 244 Dizem que um pequeno grão de areia apaixonou-se, ao olhar para o céu, por uma estrela. Imaginou então coisas de amor. Passaram-se muitos e muitos anos. Ela no céu, ele no mar. Nunca se encontraram... Mas, muito tempo depois... sem que ninguém pudesse explicar como, apareceu a estrela-do-mar! etapa01.pmd 80 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Alma por Zélia Duncan Alma.... Alma, deixa eu ver sua alma, a epiderme da alma, superfície, Alma, deixa eu tocar sua alma, com a superfície da palma da minha mão, superfície Easy, fique bem easy, fique sem nem razão, da superfície, Livre fique sim, livre, fique bem com razão ou não, aterrize, Alma, isso do medo se acalma, Isso de sede se aplaca, Todo pesar não existe, Alma, como um reflexo na água, Sobre a última camada Que fica na superfície, Crise, Já acabou, livre, Já passou o meu temor, do seu medo sem motivo, Riso, de manhã, riso, de neném a água já molhou a superfície, Alma, daqui do lado de fora nenhuma forma de trauma sobrevive, Abra a sua válvula agora, a sua cápsula, alma, flutua na superfície, Lisa, que me alisa, seu suor, o sal que sai do sol, da superfície, Simples, devagar, simples, bem de leve a alma já pousou na superfície. Alma, daqui do lado de fora nenhuma forma de trauma sobrevive, Abra a sua válvula agora, a sua cápsula, alma, flutua na superfície, Lisa, que me alisa, seu suor, o sal que sai do sol, da superfície, Simples, devagar, simples, bem de leve a alma já pousou na superfície, Alma, deixa eu ver sua alma, a epiderme da alma, superfície, Alma, deixa eu tocar sua alma, com a superfície da palma da minha mão, superfície Alma... deixa eu ver... deixa eu tocar... superfície... ALMA. etapa01.pmd 81 17/10/2007, 14:16 81 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 3 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 3 Apresentação. OBJETIVO Conhecer os participantes do grupo dos jovens. Data ____________________ Público-alvo JOVENS DO PROJETO MATERIAL 82 QTD Papel carmo diversas cores 30 folhas Revistas Diversas Tesoura 15 unidades Cola 02 litros Piloto 20 unidades Hidrocor 02 caixas Lápis de cor 02 caixas OBSERVAÇÃO 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: BOAS-VINDAS. • O Facilitador dará as boas-vindas aos participantes, fará uma apresentação inicial e esclarecerá a atividade do dia e seu objetivo. 2º MOMENTO: AQUECIMENTO: RECONHECENDO O CENÁRIO. • O Facilitador solicitará que os jovens caminhem em silêncio pela sala. • Eles devem olhar para cada uma das pessoas do grupo enquanto caminham, sem palavras, estabelecer contato com o olhar. • Devem também observar todos os detalhes da sala: objetos, cores, móveis, formas... 3º MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO NOME. • No grupo em círculo, cada jovem fala seu nome e o grupo repete. • Cada jovem repete seu nome, levantando o braço, até que todos falem, fazendo uma onda. • No centro da roda, cada um cria uma melodia e canta seu nome. • Cada pessoa escolhe uma outra pessoa do círculo, aponta e diz seu nome. etapa01.pmd 82 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 4º MOMENTO: CONSTRUÇÃO DO CRACHÁ PESSOAL. • Os participantes deverão confeccionar o seu crachá de apresentação pessoal com os recursos disponíveis, pontuando, através de desenhos, palavras ou de outras formas criativas, suas características principais, qualidades, defeitos, seu nome e o significado deste. • Os participantes terão 20 minutos para a confecção do crachá. • Eles devem apresentar individualmente seus crachás para o grupo, explicando as características expostas. • O Facilitador também apresenta seu crachá. DICA TANTO A FORMA QUANTO AS CORES UTILIZADAS, FORMATO E TAMANHO DO CRACHÁ ESTARÃO SIMBOLIZANDO COMO OS JOVENS SE SENTEM NESSE MOMENTO DE SUAS VIDAS. 5º MOMENTO: FECHAMENTO: COMENTÁRIO DO FACILITADOR. • O Facilitador conclui a atividade, ressaltando que o grupo terá 12 meses de trabalho para se conhecer melhor e aprender com as características uns dos outros. 6º MOMENTO: AVALIAÇÃO: CADA PARTICIPANTE AVALIARÁ A ATIVIDADE DO DIA, ORALMENTE. etapa01.pmd 83 17/10/2007, 14:16 83 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 4 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 4 O Novo / Levantamento de Expectativas. OBJETIVOS Identificar as expectativas dos participantes do grupo e perceber a importância de novas experiências e conhecimentos para o desenvolvimento pessoal e social. Data ____________________ Público-alvo ___________________ MATERIAL QTD Caixa de chocolate Fita adesiva 84 OBSERVAÇÃO 01 caixa 01 unidade Papel de presente 07 folhas Caixas para embalar o chocolate 05 caixas Durex 01 unidade Tesoura 03 unidades Piloto 03 caixas Fichas de cartolina ou papel carmo 30 unidades Papel-metro 03 folhas Micro-system 01 unidade CD música dançante 01 unidade Construção da Árvore 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER AS ATIVIDADES DO DIA E SEUS OBJETIVOS 2º MOMENTO: AQUECIMENTO: COMO ESTOU? • Grupo em círculo, cada participante escreverá em uma ficha de papel: como estou em relação ao trabalho de hoje? • Todos devem socializar sua resposta para o grupo. DICA ESTA ATIVIDADE POSSIBILITA AO FACILITADOR OBSERVAR COMO ESTÁ A DISPOSIÇÃO DO GRUPO PARA O TRABALHO. 3º MOMENTO: TÉCNICA: CAIXA DE CHOCOLATE. etapa01.pmd 84 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO • O Facilitador solicita que o grupo faça um círculo. • Com a caixa de presente na mão (várias caixas de presente, uma dentro da outra; a última deve conter vários chocolates), embalada de forma bastante atrativa, o Facilitador dirá que trouxe um presente para o grupo. • Orienta o grupo para que, enquanto a música tocar, os participantes devem passar o presente de mão em mão até a música parar. Quem estiver com o presente na mão quando a música parar será o ganhador do presente. Em tom grave, o Facilitador deve dizer: "Só tem um probleminha... (fazer suspense): quem ganhar o presente terá que usá-lo aqui, na frente de todo mundo. E aí, vocês concordam?". • Na primeira rodada, parar a música e, quando o participante terminar de retirar a primeira caixa, recomeçar a música e solicitar que comecem tudo de novo, repetindo este processo até que o presente seja desembrulhado de várias caixas por diversos participantes. • Ao final, conversar sobre o novo em nossas vidas. O Facilitador deve levar os participantes a dizerem quais os sentimentos que tiveram durante a atividade, qual a expectativa sobre o conteúdo da caixa. Discutir sobre o medo e refletir como este sentimento pode nos impossibilitar de viver e conhecer coisas novas. DICAS ABRA ESPAÇO PARA QUE O GRUPO EXPRESSE SEUS SENTIMENTOS E IDÉIAS. FAÇA COMENTÁRIOS E ASSOCIAÇÕES A PARTIR DAS FALAS DOS PARTICIPANTES. 4º MOMENTO: LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS: TÉCNICA: PLANTIO E COLHEITA. • O Facilitador coloca na parede o desenho de uma árvore com a copa, o caule e um vaso grande. • Distribui duas fichas de cores diferentes para cada participante. • Orienta os participantes a escreverem na ficha de determinada cor o que eles trarão para contribuir com o desenvolvimento do grupo, "o adubo", e na ficha de outra cor o que eles esperam obter de resultado ao final do desenvolvimento de todo o trabalho, ou seja, "o fruto" que eles irão colher. • Distribui dois pedaços de fita adesiva para cada participante para que sejam colados atrás das fichas. • Quando todos os participantes tiverem terminado, um de cada vez, de pé, diante da árvore, irá dizer em voz alta qual é seu adubo e qual será seu fruto, colando as fichas na árvore: "o adubo" no vaso e "o fruto" na copa. • O Facilitador conclui com comentário sobre a importância de estabelecermos metas para nossas ações e estratégias para conseguir alcançá-las. 5º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL. etapa01.pmd 85 17/10/2007, 14:16 85 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 5 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 5 Levantamento de Expectativas. OBJETIVOS Conhecer as expectativas dos jovens sobre o Projeto e reconhecer a importância individual na formação do grupo. Data ____________________ Público-alvo JOVENS DO PROJETO 86 MATERIAL QTD Papel A4 30 unidades Cópias da música "O Amanhã" 30 unidades Micro-system 01 unidade CD música "O Amanhã" 01 unidade CD música clássica "Cânon Et Gigue em Ré Maior" 01 unidade OBSERVAÇÃO 1º MOMENTO: ESCLARECIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENCONTRO. 2º MOMENTO: AQUECIMENTO: MÚSICA "O AMANHÃ". • Grupo em círculo, todos sentados no chão. • Audição da música, acompanhada de reflexão. • Comentário dos jovens. • Conclusão do Facilitador, considerando as falas do grupo. 3º MOMENTO: LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVAS. • O Facilitador entrega papel e caneta a todos. • Pede que cada pessoa responda às seguintes questões (sugestões): a ) O que eu espero deste processo? b ) O que eu não quero que aconteça? c ) O que eu quero que aconteça? d ) O que eu gostaria de sair daqui praticando? • O Facilitador divide o grupo em cinco subgrupos. • Pede que cada grupo sintetize as expectativas dos seus membros, fazendo uma única lista. etapa01.pmd 86 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO • Ao final, cada subgrupo deve apresentar suas conclusões. • Cada subgrupo, ao apresentar suas conclusões, deve fazer uma "bola" com o papel onde escreveu as expectativas individuais, envolvidas pelas expectativas do grupo, e assim sucessivamente: a bola vai crescendo, suscitando a idéia de crescimento das expectativas. • O Facilitador, ao final, vai amarrar a grande bola e guardá-la para um momento posterior, oportuno para a discussão de tais expectativas. 4º MOMENTO: FECHAMENTO: DANÇA DA VIDA. • Em círculo, os participantes ficam de costas uns para os outros, braço direito no ombro esquerdo do colega da frente, os dois pés juntos. • Ao som da música clássica "Cânon Et Gigue em Ré Maior", cada um dá um passo com a perna direita, subindo o calcanhar esquerdo. • Retorna o calcanhar esquerdo e suspende o calcanhar direito, como se fosse retornar. • Dá outro passo com a perna esquerda, repetindo todo o processo. • O Facilitador deve atentar para a reação do grupo. • O Facilitador solicita silêncio e atenção. • Após alguns minutos de repetição, a depender da evolução do grupo, solicita que fechem os olhos. • Após alguns minutos, todos se sentam em círculo para a discussão sobre os sentimentos suscitados pela atividade. • O Facilitador irá fazer a ponte entre as falas dos participantes e a idéia de grupo, estimulá-los a alcançar os objetivos coletivos juntos, o respeito às diferenças de ritmo e mobilidade corporal, tolerância, interdependência entre os membros do grupo. 5º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL COM UMA PALAVRA. etapa01.pmd 87 17/10/2007, 14:16 87 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O Amanhã por Simone A cigana leu o meu destino Eu sonhei Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante Eu sempre perguntei O que será o amanhã Como vai ser o meu destino Já desfolhei o mal-me-quer Primeiro amor de um menino E vai chegando o amanhecer 88 etapa01.pmd Leio a mensagem zodiacal E o realejo diz Que eu serei feliz, sempre feliz Como será o amanhã Responda quem puder O que irá me acontecer O meu destino será como Deus quiser. 88 17/10/2007, 14:16 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 6 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 6 Constelação de Histórias. OBJETIVOS Apresentar e identificar aspectos relevantes da história de vida dos jovens beneficiários e do Facilitador responsável pelo grupo. Data ____________________ Público-alvo JOVENS BENEFICIÁRIOS MATERIAL QTD Cópia do poema de Drummond: "O Homem, as Viagens" 30 unidades Cartões de cartolina, tamanho 20x20 30 unidades Fita adesiva 01 unidade Mural de papel-metro - 2 m 01 unidade Tubo pequeno de cola 01 unidade OBSERVAÇÃO 1º MOMENTO: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO "O HOMEM, AS VIAGENS", DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. • Leitura do texto. • Discussão da relação do texto com a necessidade do autoconhecimento para o desenvolvimento pessoal e social do jovem. 2º MOMENTO: QUEM SOU EU? • Cada participante deverá montar um boneco de papel, procurando pintá-lo e recortá-lo a partir da consigna: "quem sou eu?", identificando potenciais pessoais. • O Facilitador dará um tempo de 15 minutos para que o jovem execute a atividade. • Cada participante deverá apresentar o seu boneco de papel ao grupo e afixá-lo ao mural previamente colocado em sala. 3º MOMENTO: UMA ESTRELA É MAIS ESTRELA QUANDO É CONSTELAÇÃO. • O Facilitador deverá finalizar a atividade devolvendo para os jovens o caráter enriquecedor da convivência em grupo e da nova história que se forma quando todos se reúnem em prol de uma causa conjunta. • O Facilitador deverá concluir trazendo a sua história como jovem protagonista, destacando a diferença que a prática de projetos fez em sua vida e o enriquecimento pessoal de estar na convivência de outros. Poderá mostrar fotos, produções e outras criações pessoais. etapa01.pmd 89 17/10/2007, 14:17 89 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O Homem, as viagens Carlos Drummond de Andrade 90 etapa01.pmd O homem, bicho da Terra tão pequeno chateia-se na Terra lugar de muita miséria e pouca diversão. Faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua desce cauteloso na Lua pisa na Lua planta bandeirola na Lua experimenta a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua. Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua. Vamos para Marte - ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte pisa em Marte experimenta coloniza civiliza humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte? Claro - diz o engenho sofisticado e dócil. Vamos a Vênus. O homem põe o pé em Vênus vê o visto - é isto? idem idem idem. O homem funde a cuca se não for a Júpiter proclamar justiça junto com injustiça repetir a fossa repetir o inquieto repetitório. Outros planetas restam para outras colônias. O espaço todo vira Terra-a-terra. 90 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O homem chega ao Sol ou dá uma volta só pra te ver? Não - vê que ele inventa roupa insiderável de viver no Sol. Põe o pé e: mas que chato é o Sol, falso touro espanhol domado. Restam outros sistemas fora do solar a colonizar. Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?) a difícil dangerosíssima viagem de si a si mesmo: pôr o pé no chão do seu coração experimentar colonizar humanizar o homem descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene, insuspeitada alegria de conviver. etapa01.pmd 91 91 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 7 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 7 Canteiro de sonhos. OBJETIVO Refletir sobre a relevância da prática do Projeto como instrumento de intervenção social. Data ____________________ Público-alvo ___________________ MATERIAL QTD Cópia do poema de Damário da Cruz: "O Mundo" 25 unidades Revistas usadas 10 unidades Bola de papel carmo azul 01 unidade Cordão cru 92 OBSERVAÇÃO 01 rolo Tubo pequeno de cola 05 unidades Tesouras 30 unidades Micro-system 01 unidade CD música “Girassol” 01 unidade 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: CONVERSA SOBRE A ATIVIDADE DO DIA. 2º MOMENTO: AQUECIMENTO: INTERVENÇÃO POÉTICA DO FACILITADOR E AQUECIMENTO CORPORAL. • Recital do poema "O mundo". • Audição do poema cantado. • Puxada de roda com movimentos espontâneos do grupo. 3º MOMENTO: O MUNDO SONHADO... • O Facilitador deverá convidar o grupo a refletir sobre a necessidade da inclusão social, buscando de cada jovem as atitudes que cada um poderá desenvolver para fazer diferença, como cidadão em formação. • Serão distribuídas revistas usadas, e cada jovem escolherá e recortará uma imagem representativa da forma de como ele se vê atuando para fazer um mundo melhor, mais humanizado e mais justo. • Após cortar a imagem, o jovem deverá guardá-la para o momento seguinte. etapa01.pmd 92 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 4º MOMENTO: O VELHO SÁBIO. • O Facilitador refletirá na necessidade de se cultivarem sonhos para impulsionar o desenvolvimento de potenciais. • Ao som de música instrumental, conduzirá uma visualização criativa, solicitando que os jovens se coloquem em uma posição confortável, direcionando a desaceleração da respiração. • Então, o jovem imaginará uma pessoa idosa de quem gosta muito e em quem confia. Pode ser alguém de sua família, do seu bairro ou da sua escola. Imaginar-se-á com essa pessoa idosa num lugar tranqüilo, de seu agrado, que lhe faça bem. • Andará de mãos dadas ou abraçado com esse "Velho Sábio". Perguntará a ele: "o que eu preciso fazer para realizar os meus sonhos?" O Facilitador deverá repetir a pergunta algumas vezes e dizer que o jovem não racionalize a resposta, que deixe a fala do "Sábio" fluir. • Lentamente, o Facilitador convidará o grupo a retornar ao ambiente da sala, registrando a mensagem do "Sábio" num papel à parte. 5º MOMENTO: COMPARTILHANDO SONHOS E ATITUDES. • O Facilitador convidará o jovem a socializar com o grupo suas produções de imagens, atitudes, sonhos e a mensagem do "Velho Sábio" através de verbalização e, posteriormente, anexando suas imagens e mensagens ao painel redondo de papel carmo azul. 6º MOMENTO: SONHO QUE SE SONHA JUNTO É REALIDADE. • O Facilitador deverá refletir com o grupo que, entre os jovens, cada um tem um sonho e que é preciso descobrir o que fazer para o sonho acontecer. Ele deverá trazer a necessidade do conhecimento e da formação de habilidades e atitudes para que o jovem crie competências para que tenha a possibilidade de fazer do seu sonho um exercício de desenvolver potenciais pessoais. • Deverá expor, de forma participativa, as idéias centrais, pertinentes às categorias: CONHECIMENTO, HABILIDADES, ATITUDES E COMPETÊNCIAS, utilizando pequenos letreiros ou, se tiver disponibilidade, utilizando data-show. • O Facilitador deve situar a formação socioeducativa do Projeto como instrumental de empoderamento do seu mundo interno e do mundo social, observando a escola e a comunidade como contextos sociais imediatos para montar uma rede de apoio à realização dos seus sonhos. A seguir vêm as reflexões do Facilitador. 7º MOMENTO: MÚSICA: "GIRASSOL", DE CIDADE NEGRA. • Audição e apreciação da música. etapa01.pmd 93 17/10/2007, 14:17 93 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO • O Facilitador convidará os jovens para uma intervenção na área livre da escola, combinando previamente com a Direção escolar uma área para plantio e uma parede para pintura. • Prática de plantio na escola. Plantar a muda de girassol pensando nos sonhos. • Fotografar a produção. O Mundo Damário da Cruz 94 etapa01.pmd O mundo é meu O mundo é seu Mesmo ele grande Pequeno eu Um pedaço é meu Um pedaço é seu A gente junta E ninguém perdeu 94 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O Girassol Cidade Negra A favor da comunidade, que espera o bloco passar ninguém fica na solidão embarca com suas dores pra longe do seu lugar a favor da comunidade, que espera o bloco passar ninguém fica na solidão o bloco vai te levar ninguém fica na solidão A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino no coração de quem faz a guerra nascerá uma flor amarela como um girassol como um girassol como um girassol amarelo, amarelo 95 Todo dia, toda hora, na batida da evolução a harmonia do passista vai encantar a avenida e todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir e todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir. etapa01.pmd 95 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 8 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 8 A Ação do Ser Humano no Espaço Social e Ambiental. OBJETIVOS Estudar a forma de exploração desigual do espaço social e ambiental e refletir criticamente a estruturação social capitalista. Data ____________________ Público-alvo ___________________ MATERIAL QTD Cópia de vídeo "A Ilha das Flores" 96 OBSERVAÇÃO 01 unidade Papel carmo amarelo 08 folhas Papel carmo verde 02 folhas Tesoura 25 unidades Cola 05 unidades 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: REFLEXÃO. • O Facilitador refletirá sobre as conseqüências da ação exploradora irracional do ser humano sobre o espaço social. • Situará os objetivos da atividade. 2º MOMENTO: VÍDEO: "A ILHA DAS FLORES". • Apreciação do vídeo. • Anotação, no caderno de campo, da frase do filme que mais chamou a atenção. • Divisão aleatória em subgrupos. Os subgrupos deverão relacionar e discutir o que mais chamou sua atenção no filme. • Discussão em subgrupo: "Como a Ilha das Flores seria trabalhada pelo jovem do Projeto se fizesse parte do entorno comunitário escolar?" • Socialização no grupão. 3º MOMENTO: AVALIAÇÃO ORAL DO ENCONTRO. etapa01.pmd 96 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 9 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 9 Trilha Jovem na Escola e na Comunidade. OBJETIVO Iniciar o jovem na leitura de recursos e talentos da escola e da comunidade. Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO MATERIAL Cópias do roteiro da trilha QTD OBSERVAÇÃO 30 unidades A Trilha Jovem consiste num primeiro exercício de observação do jovem sobre o espaço escolar e comunitário a partir de um roteiro de observação previamente trabalhado com o Facilitador e de um roteiro de caminhada definido com o grupo. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade para o Facilitador aprofundar o conhecimento sobre o relacionamento e a visão do jovem sobre esses contextos. O Facilitador deve observar se o jovem tende a focar nos problemas e obstáculos ou nos recursos e talentos existentes na comunidade. Deve observar também que valores movem as relações desses jovens. 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: CONVERSA SOBRE A ATIVIDADE DO DIA. 2º MOMENTO: AQUECIMENTO: O AMBIENTE EM QUE VIVEMOS. • O Facilitador solicitará que o grupo reflita como é a escola, seus recursos, qual a cor, quais os problemas. • O Facilitador concluirá ressaltando a importância de conhecermos o ambiente em que vivemos para melhorar a nossa qualidade de vida nesses locais. • O Facilitador proporá ao grupo uma trilha na escola e na comunidade para conhecer tais ambientes. • Distribuição, leitura e esclarecimento do Roteiro de Observação, a ser preenchido durante a trilha. DICAS O FACILITADOR DEVE ORIENTAR O JOVEM A COLETAR MATERIAIS SÓLIDOS ENCONTRADOS NA ESCOLA E NA COMUNIDADE PARA QUE SEJAM APROVEITADOS NA ATIVIDADE SEGUINTE DE CONSTRUÇÃO DE MAQUETE. DEVERÁ AINDA ORIENTAR O GRUPO PARA CAMINHAR NA ESCOLA E NA COMUNIDADE, PONDERANDO QUE ESTA É UMA ATIVIDADE EDUCATIVA E QUE AS REGRAS DE etapa01.pmd 97 17/10/2007, 14:17 97 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO CONVIVÊNCIA DEVERÃO SER RESPEITADAS. OS JOVENS DEVERÃO UTILIZAR UM CADERNO PARA ANOTAR SUAS OBSERVAÇÕES. O FACILITADOR DEVE INCENTIVAR O GRUPO A PARTICIPAR, SEJA ATUANDO OU OBSERVANDO. NÃO DEVE DEIXAR QUE A FALA SE CONCENTRE EM APENAS UMA PESSOA. A ROTATIVIDADE DE PAPÉIS DEVE SER ESTIMULADA DURANTE AS CAMINHADAS PELO CIRCUITO TRAÇADO. ESTA ATIVIDADE DEMANDARÁ PELO MENOS QUATRO ENCONTROS. ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO NA ESCOLA ASPECTO FÍSICO • Espaço físico escolar 98 • Equipamentos escolares (quadra esportiva, rádio, laboratório de multimídia, audiovisuais) • Sistemas de segurança • Qualidade ambiental (salubridade e estética) ASPECTO PEDAGÓGICO E SOCIAL • Tradição em projetos e programas de protagonismo juvenil • Formas de interação com a comunidade • Outros CLIMA ORGANIZACIONAL • Relações interpessoais • Valores observados • Expressão e comunicação • Identificação e disponibilidade ao programa pelas UEs • Escola desejada NO ENTORNO COMUNITÁRIO • Tradições etapa01.pmd • Curiosidades • Expressões orais utilizadas na comunidade 98 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO • Ações empreendedoras na comunidade • Potenciais criativos • História do bairro • Situação intergeracional • Infra-estrutura básica • Moradia • Organização social e política da comunidade • Bairros que compõem o entorno escolar que constitui área de residência do jovem PLANO DE ATIVIDADE 10 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 10 Arte Visual da Escola e do seu Entorno Comunitário. OBJETIVOS Sintetizar os aspectos observados na Unidade Escolar e no seu entorno comunitário durante a Trilha Jovem. Observar o entendimento do jovem sobre a comunidade a partir do conceito de Talentos e Recursos. Iniciar o jovem na leitura de recursos e talentos da comunidade. Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO MATERIAL Papelão grosso para reutilização Cola branca Resíduos sólidos etapa01.pmd 99 QTD 6 metros OBSERVAÇÃO Solicitar, pelo menos quatro dias antes da atividade, que os jovens procurem o material a ser reutilizado em locais de acesso fácil, como lojas de eletrodomésticos e supermercados. 6 tubos pequenos Solicitar aos jovens que, nos dias da Trilha Jovem na escola e na comunidade, atentem para os resíduos sólidos predominantes nesses espaços e os recuperem e guardem para a atividade proposta. 17/10/2007, 14:17 99 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO Tesoura sem ponta 30 unidades Cordão 04 rolos Linha colorida 10 rolos Cores variadas 10 unidades Cuidado com a utilização do objeto diversos Solicitar previamente ao grupo Agulha para linha de costura Retalhos de tecido e/ou cami colorido 1º MOMENTO: ALINHANDO A PROPOSTA. • O Facilitador comunicará ao grupo os objetivos da atividade, enfatizando a necessidade de construção coletiva para compartilhar com os parceiros da escola, da comunidade e familiares. • É interessante lembrar, também, que a atividade finalizará a Etapa 1, levando os grupos da escola a conhecerem os resultados das atividades desenvolvidas na instalação do Projeto. 2º MOMENTO: TRABALHANDO EM SUBGRUPOS. • Os jovens conhecerão as possibilidades de representação visual: mapa, maquete ou estandarte e optarão por uma delas, trabalhando em equipes de cinco a sete participantes; 100 • O Facilitador solicitará que na construção do grupo seja contemplado o máximo de aspectos contidos no roteiro de observação desenvolvido e sistematizado na Trilha Jovem, atentando para talentos e recursos locais - conceito trabalhado anteriormente. • Os trabalhos deverão ser expostos com placas de identificação, com nomes reais e simbólicos que representem a aprendizagem que o grupo desenvolveu. 3º MOMENTO: SOCIALIZANDO AS REPRESENTAÇÕES VISUAIS. • Após construção em subgrupo, os jovens elegerão um ou mais relatores para apresentar a sua produção no espaço grupal e na culminância no dia seguinte. DICA A CONFECÇÃO DA REPRESENTAÇÃO VISUAL E APRESENTAÇÃO DA MESMA PODERÁ DEMANDAR TRÊS DIAS DE ATIVIDADE. etapa01.pmd 100 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO PLANO DE ATIVIDADE 11 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 11 Esculturas Humanas, Museu Vivo. OBJETIVO Iniciar a construção do conceito de liderança de transformação. Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO MATERIAL QTD Papel-metro 01 caixa Piloto 01 caixa Materiais sólidos encontrados na escola e na comunidade diversos Cola OBSERVAÇÃO 03 tubos pequenos Giz de cera 05 caixas Slides "A lição dos gansos" 01 unidade Data-show 01 unidade Computador 01 unidade 101 Adereços e maquiagem 1º MOMENTO: CONSTRUINDO UM CONCEITO. • O Facilitador deverá introduzir o tema liderança, buscando identificar, no grupo, que colegas cada jovem indicaria para liderar situações diversas. Ex.: - Quem do grupo vocês indicariam para liderar um grupo de estudo? - Quem do grupo vocês indicariam para liderar um torneio de futebol? - Quem do grupo vocês indicariam para liderar uma festa? • Ao final das indicações para liderar os diferentes eventos, o Facilitador deverá perguntar aos jovens: - O que podemos afirmar sobre o conceito de liderança, a partir das sugestões diferenciadas no grupo? Anotar os conceitos do grupo em quadro branco ou flip-chart. etapa01.pmd 101 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 2º MOMENTO: "A LIÇÃO DOS GANSOS". • O Facilitador deverá introduzir a necessidade de todos investirem nos seus potenciais de liderança para que se desenvolvam como sujeitos individuais e sociais. Convidará o grupo para assistir e apreciar os slides de "A lição dos gansos". • O Facilitador deverá abrir para a reflexão em subgrupos de cinco a sete jovens, buscando saber qual a "lição dos gansos" que mais chamou a atenção de cada jovem e se esta se relaciona com pessoas observadas na escola e na comunidade. 3º MOMENTO: MONTANDO AS ESCULTURAS. • Nos mesmos subgrupos de reflexão, os jovens deverão montar esculturas humanas das lideranças observadas na escola e na comunidade para apresentar na atividade de culminância. Procurar adereços e maquiagem para compor as esculturas. Identificá-las como se estivessem num museu, colocando o nome e a "lição do ganso" associada. PLANO DE ATIVIDADE 12 102 TEMA MOBILIZAÇÃO ATIVIDADE 12 Culminância da Etapa 1: Cirandando na Escola. OBJETIVO Compartilhar as produções do jovem beneficiário na Etapa de Mobilização com os parceiros escolares, familiares e outros representantes do entorno comunitário. Data ____________________ Público-alvo JOVEM BENEFICIÁRIO MATERIAL QTD Esculturas humanas Produções visuais sobre a escola e o entorno comunitário OBSERVAÇÃO 01 por equipe 01 por subgrupo Mesa ou suporte para expor as produções visuais identificadas 01 unidade Som com caixa amplificadora 01 unidade Microfones 02 unidades Compatibilizar estrutura para acomodar as produções de acordo com as construções do grupo Cópias do poema de Damário da Cruz: “O Mundo” etapa01.pmd 102 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO A atividade de culminância deverá ser trabalhada ao longo da Etapa 1 com os devidos cuidados sobre utilização do espaço físico, convite à família e comunidade e escolha de representantes para depoimentos, como assinalado abaixo. Os trabalhos deverão estar organizados por subgrupos de jovens, num clima de cooperação, simulando processos de liderança, mobilização, expressão e comunicação dos jovens, fundamentais ao processo de empreendedorismo social. O Facilitador deverá sugerir ao jovem que ornamente a escola ou o local reservado para a culminância da Etapa 1, preferencialmente onde foi grafitado e plantado o girassol. 1º MOMENTO: ALINHAMENTO - BOAS-VINDAS. • O Facilitador dará as boas-vindas a todos e indicará a proposta da atividade. • Recitará o poema de Damário da Cruz. • Solicitará que um representante da escola, outro da família e outro da comunidade digam o que estão trazendo de contribuição para o encontro de culminância: um sentimento ou um valor humano. 2º MOMENTO: EXPOSIÇÃO. • Os convidados serão orientados a circular pelas exposições das esculturas humanas apresentadas pelos jovens responsáveis. • Em seguida, as esculturas se desmontam e os jovens apresentam as produções visuais, identificando com nome simbólico os talentos e recursos observados. • Também estará exposta a constelação de estrelas do grupo. 3º MOMENTO: ENCERRAMENTO. • O Facilitador convidará os participantes para compor um grande círculo. • Emitirá considerações e agradecimentos aos presentes pela participação na culminância. • Convidará um jovem para falar em nome do grupo sobre a aprendizagem desenvolvida na Etapa 1. • Convidará a todos para dançar a Ciranda de Lia de Itamaracá, procurando incluir o maior número de pessoas e ocupar a maior área possível da escola. etapa01.pmd 103 17/10/2007, 14:17 103 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO O Mundo Damário da Cruz O mundo é meu O mundo é seu Mesmo ele grande Pequeno eu Um pedaço é meu Um pedaço é seu A gente junta E ninguém perdeu Minha Ciranda 104 Lia de Itamaracá - Cirandeira de Pernambuco Essa ciranda não é minha só Ela é de todos nós, ela é de todos nós. A melodia principal quem guia é a primeira voz, é a primeira voz. Pra se dançar ciranda, juntamos mão com mão, fazendo uma roda, cantando uma canção, cantando uma canção, cantando uma canção. etapa01.pmd 104 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO OBJETIVO período. Avaliar o processo de ensino-aprendizagem e o Projeto Jovens Baianos durante o Data ____________________ Público-alvo ___________________ MATERIAL QTD Cópias do questionário 30 unidades Flip-chart 01 unidade Folhas de flip-chart 30 unidades Papel A4 30 unidades Caneta 30 unidades Pilotos 10 unidades OBSERVAÇÃO 1º MOMENTO: ALINHAMENTO: ESCLARECER A ATIVIDADE DO DIA E SEU OBJETIVO. 2º MOMENTO: QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO. • O Facilitador distribui o questionário individual para os participantes do grupo. • Aguarda uma hora para que os participantes respondam às questões. • Os participantes entregam ao Facilitador os questionários preenchidos. 3º MOMENTO: AVALIAÇÃO GRUPAL DA "TEIA". • O Facilitador divide a turma em subgrupos. • Os jovens fazem a avaliação do processo de ensino-aprendizagem e do Projeto Jovens Baianos durante o período, respondendo às questões: a ) O que você mais gosta no Projeto Jovens Baianos? Como está a produção desta "teia"? b ) Do que você não gosta e o que mudaria? c ) Sugestões para melhorar. d ) Você está na "teia"? • O Facilitador escreve os resultados em flip-chart. • Socializa para o grupo. • O Facilitador promove a discussão, após as apresentações de todos os grupos. etapa01.pmd 105 17/10/2007, 14:17 105 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 4º MOMENTO: FECHAMENTO: CONCLUSÃO DO FACILITADOR. DICA O FACILITADOR DEVE RESSALTAR QUE O RESULTADO DO PROJETO DEPENDE TAMBÉM DA PARTICIPAÇÃO E DO EMPENHO DE TODOS OS PARTICIPANTES DO GRUPO, CONTRIBUINDO NA ATIVIDADE DIÁRIA E NO MOMENTO DA AVALIAÇÃO, NA BUSCA DE UMA MELHOR FORMA DE REALIZAR O PROJETO. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO PERIÓDICA NOME TURMA FACILITADOR COORDENADOR DE ÁREA 1. Como você avalia a qualidade das atividades realizadas no Projeto? 106 Ruim Regular Bom Ótimo Não sabe responder 2. Se as atividades socioeducativas do Projeto fossem começar hoje, o que você mudaria, o que faria diferente? 3. Como você avalia: a ) A qualidade dos recursos materiais utilizados durante as atividades: Ruim Regular Bom Ótimo b ) A qualidade dos Facilitadores envolvidos nas atividades: Ruim Regular Bom Ótimo c ) O seu aproveitamento após a participação das atividades? Ruim etapa01.pmd Regular 106 Bom Ótimo 17/10/2007, 14:17 PROGRAMA JOVENS BAIANOS NA TEIA - MANUAL PARA FACILITADORES DE GRUPOS NA FORMAÇÃO DE AGENTES DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO 4. Você considera que as atividades de que participou contribuíram para melhorar a sua vida? Sim Não De que forma / em que aspecto? 5. Você ficou satisfeito com a sua participação na(s) atividade(s)? Sim Não Por quê? 6. Você está aplicando na sua vida pessoal e profissional os conhecimentos adquiridos? Sim Não De que maneira? 7. Como você avalia a participação dos demais atores envolvidos no Projeto? etapa01.pmd 107 17/10/2007, 14:17 107 etapa01.pmd 108 17/10/2007, 14:17