RECEITAS PARA AS ADMINISTRAÇÕES POSTAIS Amigus Philatelicus 1. Continuamos a análise do importante documento (nas suas virtudes e defeitos, porque uns e outros moldam as intenções, as vontades e os referenciais críticos) Guia para o Desenvolvimento da Filatelia. Porque somos coleccionadores e é essa a nossa experiência de vida, por muita boa vontade que tenhamos de nos colocarmos na postura dos outros intervenientes no processo filatélico, temos o trabalho relativamente facilitado neste artigo. No último estudámos os capítulos 4 e 5. Ora acontece que a partir do sexto o livro está essencialmente escrito para as administrações postais em termos dominantemente normativos. Por outras palavras, enquanto até ao capítulo quinto predominam as análises de situação, depois disso temos essencialmente um rol de princípios de referência ou de ensinamentos de como proceder. Enquanto na “primeira parte” se procura atender a filatelistas, clubes, comerciantes, etc., na segunda quase tudo é dirigido para as administrações postais. 2. Temos os seguintes títulos dos capítulos: Cap. 06: Política Filatélica e Códigos de Conduta Cap. 07: Planeamento Estratégico Cap. 08: O Programa Filatélico e o Planeamento das Emissões Cap. 09: Produtos Filatélicos Cap. 10: Marketing e Promoção Depois destes capítulos que hoje analisaremos restam aspectos complementares ou de síntese de tudo o afirmado. 3. Passamos de seguida a alguns comentários sobre cada um destes capítulos. Mas antes queremos agradecer as críticas e sugestões que nos chegaram sobre os artigos anteriores. Acto normal noutras regiões, quase assume aqui perplexidade: os meios intelectuais portugueses – embora alguns dos reparos tenham vindo de outras regiões deste “mundo mundialmente apropriado” – são bastante avessos à troca serena de ideias e ao exercício de democratização da cultura e das opiniões. Obviamente que nos sentimos felizes com o facto e é do nosso interesse continuarmos a estabelecer esse diálogo. Código, Planeamento e Emissões 4. Não é segredo para ninguém que entre os filatelistas há posições muito divergentes quanto ao quê, quando e como das emissões dos diversos países, assim como a conveniência, ou não, de cada administração postal ter como espaço de intervenção um país (recorde-se que há países que têm diversas “administrações postais”). Emissões que fazem o encanto de muitos cidadãos, que a partir daí passam a ter outro interesse pelo coleccionismo (artistas de cinema, modelos ou o «nosso» Snoopy) fazem com que outros coleccionadores, há muitos mais anos empenhados na filatelia, desanimem e deixem de olhar para as novas emissões. Como referiu Pimenta num trabalho publicado na página web A Filatelia em Portugal e recentemente recordado em Selos & Moedas, as Administrações Postais “debatem-se com um conjunto de paradoxos”, de que muitas vezes não conseguem descobrir a resolução. E no mundo contemporâneo há sempre uma “vector de saída”: o que for mais rentável economicamente no curto prazo (porque os relatórios e contas são anuais, porque a estabilidade dos postos nos conselhos de administração negoceiam-se no quotidiano, porque, como dizia o economista e político Keynes, a longo prazo estamos todos mortos). Logo, mais e mais séries, mais e mais selos em cada série, tiragens que supõem não distribuição pelos postos de circulação da correspondência, não utilização postal, selecção de temas que ampliem o mercado externo. 5. Neste contexto social, institucional e administrativo, uma reflexão ética é sempre um elemento positivo. É certo que um código de conduta não é mais que uma referência, uma listagem do que deveria ser, podendo a prática ser bastante diferente. Contudo é um contraponto, uma crítica, uma sugestão de procedimento. É isto que se pretende com as sugestões sobre emissões, retirada de circulação, arquivo dos materiais. É isto que consta de documentos de diversas organizações (UPU – União Postal Universal, FIP – Federação Internacional de Filatelia, IFSDA – Federação Internacional das Associações de Comerciantes de Selos Postais, AIJP – Associação Internacional de Jornalistas Filatélicos, ASCAT – Associação Internacional dos Editores de Catálogos de Selos Postais e de Publicações). É o que está escrito em alguns documentos reproduzidos na publicação (decisões do Congresso de Pequim e da Convenção de Seul da UPU e Estatutos da FIP, por exemplo). 6. É deficiente a forma como o Guia chama a atenção para a importância dos Códigos de Conduta: “são elementos essenciais para se adquirir a confiança do mercado”. Com efeito, depois de se dizer que a filatelia, e actividades relacionadas, é multidimensional, nomeadamente social, cultural e simbólica, é muito pouco reduzir a operacionalidade da ética à dimensão económica (o sacrossanto mercado, em nome de “quem” se realizam prodígios civilizações e se cometem crimes odientos!), mas é o que temos. Veja-se essencialmente o Código de Ética Filatélico que reproduzimos no fim deste artigo. No texto ressaltam duas sugestões: 1. Afirma-se, e insiste-se, que as administrações postais devem ter uma política de emissão, retirada da circulação e arquivo (de todos os itens relacionados com o desenvolvimento e a produção de uma emissão) aberta: “a melhor forma para desenvolver a filatelia é fazer com que a política adoptada seja amplamente compreendida e desta maneira, criar confiança e previsibilidade no mercado”. 2. Sugere-se que as emissões base (chamadas, de acordo com a terminologia noutras línguas, definitivas) estejam em circulação pelo menos três anos (ideal cinco) e as comemorativas seis meses (aceitando-se um leque de três a doze meses). 7. De acordo com as políticas de emissão (e retirada) é necessário ter uma visão clara da situação actual (agora onde estamos?), saber quais os objectivos a atingir no futuro (onde queremos chegar?) e com que meios podemos contar (como fazer?). É a consideração destes diversos aspectos, num horizonte temporal de médio prazo, que se designa de planeamento estratégico. Recomenda-se que as administrações postais tenham um planeamento estratégico. Mas antes disso é necessário, ao que nem sempre se dá a devida ênfase, que aquelas assumam a responsabilidade de decidirem dos seus próprios destinos. Quando várias dezenas de administrações postais encarregaram empresas de decidirem, plena ou parcialmente, das suas emissões «filatélicas», quando novas empresas pretendem entrar nesse mercado e quando um país dá lugar a diversas «Administrações Postais», o planeamento estratégico perde muito do seu verdadeiro significado. Algumas afirmações sobre o assunto que reteram a nossa atenção: 1. O planeamento estratégico deve incidir sobre todo o tipo de bens produzidos pelas administrações postais, os quais se podem dividir em quatro grupos, a saber, por ordem decrescente de importância do volume de vendas: selos e inteiros postais; FDCs, carteiras, livros anuais; marcas e carimbos comemorativos; lembranças (calendários, canetas, etc.). 2. “As inovações que sofrem resistência são normalmente aquelas que dão a impressão [?] de se estar a querer tirar mais dinheiro dos coleccionadores” 3. As elites intelectuais e políticas e os sectores da Educação e da Formação Profissional são fundamentais para a promoção da filatelia no longo prazo. Deve haver um esforço deliberado para os sensibilizar para “as virtudes e os prazeres da Filatelia”. Diga-se a este propósito que seria interessante fazer-se, se é que já não está feito, um estudo rigoroso da experiência da Malásia que incluiu a filatelia nos currículos escolares. 4. A cooperação mais estreita entre administrações, coleccionadores, comerciantes e editores é bastante vantajosa. 5. “O advento da Internet e a circulação cada vez maior de selos postais nas homepages é outro ponto positivo para o desenvolvimento da Filatelia”. 8. O programa filatélico e o planeamento das emissões é uma das concretizações vitais do referido planeamento estratégico. O capítulo que trata deste assunto revela bom senso mas alguma falta de estudos rigorosos (ou a intenção de os não revelar). No entanto contem algumas directrizes que, se aplicadas, mudariam muito validamente o rumo dos acontecimentos actuais. Para comprovar a nossa crítica, antes de passar aos referidos aspectos positivos, veja-se, a título de exemplo, a seguinte afirmação: “Seja qual for o valor anual das emissões, contanto que seja razoável, o mais importante é que não se produzam mudanças inesperadas sobre o total anual previsto. Um certo aumento no valor total anual é aceitavel” O que significa “razoável” e “certo aumento”. Estamos a falar de acontecimentos perfeitamente mensuráveis, através do que os economistas designam por “elasticidade procura-preço”! Porque não falar com rigor? E porque se fala em aumento (deflaccionado, muito certamente) e não em diminuição? Acrescentem-se ainda dois comentários desfavoráveis: 1. Diz-se que os coleccionadores têm “o desejo subjacente de utilizar uma só página do álbum para cada emissão” e esta “lei psicológica” serve de base à reflexão sobre o número de selos a emitir em cada série. Será mesmo assim? Quais os suportes empíricos para uma tal afirmação? 2. Em determinado momento fala-se dos produtos auxiliares para uso postal e entre eles engloba-se, ao lado dos bilhetes postais e dos aerogramas, os postais máximos (“maximum cards”na versão inglesa, “máximos postais”, na versão portuguesa). Os postais-máximos podem efectivamente circular? Vejamos então algumas afirmações produzidas no Guia, bem diferentes da realidade actual, e que assumimos como recomendações positivas: 1. As emissões a cargo de agências internacionais e o desinteresse das Administrações Postais pela política de emissões, podem trazer para esses países lucros no curto prazo, mas são catastróficos a longo prazo. 2. Os selos de alto valor facial, assim como os outros, devem sempre ter uma função postal. 3. É necessário ter cuidado com o valor facial para as emissões de ano. 4. 5. Deve haver sempre uma correspondência com o poder aquisitivo dos compradores e as necessidades de circulação postal. Os temas dos selos, os desenhos e os pormenores de concepção são importantes. É um erro muito grave considerar as emissões comemorativas apenas como objectos de colecção. Têm de estar ligadas às necessidades de circulação postal. Produtos filatélicos 9. Estas recomendações, apontando para a necessidade de haver o cuidado de nunca desligar a criação de produtos filatélicos da circulação postal, são “esquecidas” quando se analisa os produtos filatélicos e se sugerem formas de promoção. Não merecendo da nossa parte comentários as referências à preparação da produção, às relações entre as Administrações Postais e os artistas, desenhadores, gráficas e outros fornecedores, assim como a inventariação das ferramentas de marketing hoje disponíveis, anotemos alguns aspectos que fundamentam a crítica esboçada: − A importância atribuída, na referência aos selos, às “quadras”, “folhas de selos com inscrições da Gráfica na margem”, “folhas de selos com tipo de impressão na margem”, “minifolhas”, frequentemente de dez selos, “tiras dos extremos das folhas”, “blocos com provas de cor”, “folhas miniatura ou blocos de selos comemorativos”, “minicarteiras”, “selos postais com sobrecarga” e “selos traçados ou espécimes” mostra quanto se produz à margem da circulação postal. Diga-se de passagem que no âmbito dos inteiros postais e dos carimbos parece haver maior aderência entre os diversos tipos de produtos e a circulação de correspondência. − A “lista de souvenirs filatélicos” recorda o que hoje se pratica (sobrescritos de primeiro dia, postais máximos, carteiras temáticas, livros anuais, carteiras anuais, minicarteiras comemorativas, livros temáticos com selos, produtos especiais, utilizando a terminologia original). Não formulando qualquer apreciação crítica sobre a validade de tais bens está-se a insistir e a apoiar uma prática dita filatélica que pode não ser a mais adequada. Será necessário relembrar que o material de natureza filatélica deve ser obrigatoriamente de natureza postal e emitido para o transporte do correio ou de outro tipo de envios postais? « Prenons l'exemple d'un timbre. Le dessin du projet, les essais d'impression, le bon à tirer, etc., sont des documents philatéliques (ils ont contribué à l'émission du timbre) alors que la publication par la poste d'une fiche d'information (par ailleurs fort utile) n'est qu'un document postal car les renseignements qu'elle donne n'ont pas pour but de contribuer au transport du courrier: En résumé, nous pouvons dire que nos collections ne doivent contenir que du matériel qui possède cette double qualité : être postal ET philatélique. » (Robert MIGOUX, La Philatélie Thématique, 1995, Tours, Editions GIP, pág. 53) O que no Guia se diz sobre o marketing é uma inventariação das melhores formas de promover junto dos cidadãos os referidos produtos, ditos filatélicos. 10. Provavelmente argumentarão que cada um é livre de comprar o que lhe dá prazer. Se alguém compra de bom grado produtos vendidos pelos correios que não são produtos filatélicos no estrito sentido do termo podemos dizer, numa lógica de mercado, que houve uma optimização da utilidade: o comprador ficou feliz e o vendedor obteve receitas. Tudo o que podermos referir contra esta lógica, tão simples e banal, mais não é que uma interferência inadequada na liberdade individual e um obstáculo à maximização do prazer. Será assim? Não o é efectivamente, porque na lógica do “equilíbrio de mercado” há os pressupostos de uma plena racionalidade e de uma informação completa. Na maior parte dos países, nomeadamente no nosso, não há divulgação pública da filatelia de forma a permitir essa plena informação. As Administrações Postais valem-se do seu monopólio para imporem, através do “argumento da autoridade”, uma multiplicidade de peças, incluindo selos, que nada têm de filatélicos. Estamos de acordo que o Guia traga directrizes para aquelas aumentarem a sua eficácia e os seus lucros, mas poderia fazê-lo com uma reflexão ética e filatélica mais cuidada. Código de Ética Filatélico para uso dos países membros da UPU O Código de Ética Filatélico para uso dos países membros comporta as seguintes recomendações: 1 As administrações que criam produtos filatélicos devem atentar para que a utilização dos selos postais e outros meios de franquia não gerem produtos postais que não sejam resultantes da aplicação de procedimentos postais adequados. São reconhecidos, entre outros, como produtos filatélicos que se inserem no âmbito deste código: . postais máximos; . sobrescritos de primeiro dia; . carteiras de apresentação e álbuns; . sobrescritos com selos gravados ou impressos; . carimbos para ocasiões e eventos especiais e produtos correspondentes; . selos com sobrecarga, em conformidade com as disposições do artigo 1302 do Regulamento detalhado da Convenção de Seul. 2 As administrações não devem autorizar a utilização de obliterações feitas com marca de dia, carimbos ou outras marcas oficiais, informativas ou operacionais, que não sejam resultantes da aplicação de procedimentos postais normais. 2.1 As administrações não devem permitir a utilização desses meios de obliteração, por pessoas que não sejam os seus próprios empregados. 2.2 Em certos casos excepcionais, e desde que seja efectuado um controle directo pelos seus empregados, as administrações podem Philatelic code of ethics for the use of UPU member countries The philatelic code of ethics for the use of member countries comprises the following recommendations: 1 Administrations creating philatelic products shall ensure that the use of the postage stamps and other means of denoting payment of postage does not lead to the creation of such postal products as would not result from the exercise of proper postal procedures. Philatelic products within the scope of this code include, but are not limited to: . maximum cards; . first day covers; . presentation packs or albums; . envelopes with embossed or preprinted stamps; . cachets for special occasions and events and related products; . stamps with surcharges, in conformity with article RE 1302 of the Detailed Regulations of the Seoul Convention. 2 Administrations shall not authorize such use of cancellation dies, handstamps or other official informative or operational markings as would not result from the exercise of proper postal procedures. 2.1 Administrations shall not permit the use of such cancelling or marking devices by persons other than their own employees. 2.2 In certain exceptional cases and provided that direct supervision is exercised by their employees, administrations may authorize the use of these cancelling or conceder a utilização destes meios de obliteração ou de aposição de carimbos a outras pessoas que não os seus próprios empregados. 2.3 Quando as administrações confiam a terceiros uma parte de sua actividade operacional, particularmente a obliteração, o contrato deve especificar que os instrumentos de obliteração e marcação serão utilizados exclusivamente para fins operacionais e de maneira estritamente conforme com os procedimentos postais normais da administração envolvida, a qual deve assegurar-se para que esta regra seja rigorosamente respeitada. 3 No caso de venda de produtos com fins filatélicos que comportem selos postais, as administrações devem certificar-se de que O tratamento do selo postal em si, bem como a utilização de carimbos e outros meios de obliteração estejam conforme os seus respectivos procedimentos postais. 4 Para cada emissão, as administrações devem assegurar-se da impressão de uma quantidade suficiente de selos postais para atender a procura potencial dos serviços e as necessidades filatélicas previsíveis. Quando da utilização de marcas de dia e carimbos que marquem ocasiões ou eventos especiais, as administrações devem certificar-se de que uma quantidade satisfatória de produtos filatélicos fique disponível para satisfação de pedidos. 5 Ao escolher os temas, logotipos, emblemas e outros elementos gráficos marking devices by persons other than their own employees. 2.3 Where administrations contract out part of their operational activity and in particular cancellation, the contract shall specify that the cancelling and marking devices shall be used for operational purposes only and in strict accord with the proper postal procedures of the administration concerned, which shall ensure that this rule is strictly observed. 3 In the sale of products for philatelic purposes incorporating postage stamps, administrations shall ensure that the handling of the postage stamp itself and the use of cancellation dies, handstamps, cachets and other marking devices are in conformity with their respective postal procedures. 4 For each issue of postage stamps, administrations shall ensure that these are printed in sufficient quantity to meet potential operational requirements and foreseeable philatelic needs. In employing cancellation dies, handstamps and cachets for special occasions or events, administrations shall ensure that a sufficient quantity of philatelic products is available to meet requirements. 5 In choosing themes, logos, emblems and other design elements for their issues of postage stamps, administrations shall, at all times, respect intellectual property rights. 6 Whilst administrations have no control over the use of postage stamps or articles entrusted to the postal service dos selos postais que emitem, as administrações devem observar sempre os direitos de propriedade intelectual. 6 Se as administrações não puderem exercer nenhum controle sobre o destino dos selos postais ou dos objectos confiados ao serviço postal, com objectivos postais ou filatélicos, uma vez que estes produtos tenham sido vendidos, as administrações deverão: 6.1 Negar o seu apoio ou consentimento em relação a artifícios destinados a incrementar a venda dos seus selos postais ou produtos que comportem selos postais, e que deixem supor uma escassez dos produtos em questão. 6.2 Evitar qualquer acção que possa ser considerada como uma iniciativa que aprova ou confere um status oficial a produtos de origem não oficial que comportem selos postais. 6.3 Caso as administrações envolvam intermediários na comercialização dos seus produtos filatélicos, elas deverão exigir que esses intermediários se enquadrem nos mesmos procedimentos e praticas aplicados pelas administrações. Estas ultimas não podem autorizar os intermediários em filatelia a colocar em prática novos procedimentos ou modificar aqueles convencionados na área postal, nem autoriza-los a exercer um controle sobre os procedimentos da área filatélica. 6.4 Proibir especificamente for postal or philatelic purposes once they have been sold, they shall nevertheless: 6.1 Not support or acquiesce in any artifice intended to enhance sales of their postage stamps or products incorporating postage stamps by suggesting a potential scarcity of these products. 6.2 Avoid any action which might be taken as declaring approval of or conferring official status on products of unofficial origin incorporating postage stamps. 6.3 In the event that they appoint agents to market their philatelic products, instruct such agents to observe the same procedures and practices as those of the administrations themselves. Administrations shall not permit agents to operate or alter their proper postal procedures nor to control philatelic procedures. 6.4 Specifically prohibit the sale or disposal by their agents of their postage stamps or products incorporating postage stamps below face value. In remunerating their agents, administrations shall obviate as far as possible any need for agents to sell postage stamps or philatelic products incorporating postage stamps above face value. Due allowance may be made for national or local variations in sales and other os intermediários de efectuarem a venda ou a concessão dos seus selos postais ou produtos que comportem selos, por uma tarifa inferior ao seu valor facial. No que se refere a remuneração dos seus intermediários, as administrações farão de modo, na medida do possível, que estes últimos não tenham necessidade de vender selos postais ou produtos filatélicos que comportem selos, por um preço superior ao seu valor facial. As administrações podem levar em consideração as variações nacionais ou locais em matéria de taxas sobre as vendas e outras imposições eventualmente aplicáveis. 6.5 Manter inteiramente o controle da impressão e da distribuição dos selos postais e dos produtos filatélicos diversos, seja directamente, ou através de obrigações contratuais que devem ser respeitadas na integra e subscritas pelo agente, de modo a evitar qualquer mal entendido entre as partes. 7 As administrações postais não devem produzir selos postais ou produtos filatélicos destinados a explorar clientes. taxes which may be pertinent, including at international philatelic exhibitions. 6.5 Administrations shall retain full responsibility for the printing and delivery of postage stamps and related philatelic products, either directly or by making sure that all contractual obligations are fully respected and fulfilled by the agent, in order to avoid any misunderstanding between partners. 7 Postal administrations shall not produce postage stamps or philatelic products that are intended to exploit customers.