MAIO/ MAY 2015 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE VASSOURA A LASER VAI LIMPAR O ESPAÇO Laser Beam to clean Space Maputo é capital dos negócios lusófonos MAPUTO BECOMES UCCLA BUSINESS LEADER Pag. 11 Orçamento sobe 5,5% este ano STATE BUDGET RAISES TO 5,5% Pag. 6 www.revistabusinessconnect.com 1 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE 2 Abril 2015 | APRIL 2015 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE www.revistabusinessconnect.com 3 NESTA EDIÇÃO MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE IN THIS EDITION MOÇAMBIQUE ON MOZAMBIQUE 01 Orçamento do Estado cresce para 6315 milhões State Budget grows to 6315 million |6 Couto escreve a Zuma por causa da xenofobia Couto’s open letter to Zuma |8 Moçambique aumenta potencial energético Mozambique increases energy potential |9 Maputo torna-se capital das Cidades de Língua Portuguesa Maputo becomes capital of the Portuguese Speaking Cities | 11 EN260 asfaltada, quatro anos depois EN260 paved, four years later | 13 Colecta de impostos em 2015 estimada em 4,3 mil milhões de dólares Tax collection in 2015 estimated at 4.3 billion dollars | 14 PAÍSES VIZINHOS NEIGHBOURING NEWS | 28 Empresários brasileiros buscam oportunidades em Moçambique Brazilian businessmen seeking opportunities in Mozambique | 29 Banco de Moçambique procura cumprir metas Bank of Mozambique seeks to fulfill goals | 30 Ministro da Índia anuncia investimentos de grupos estatais Minister of India announces state groups investments in Mozambique | 33 Fábrica financiada pela China inaugurada em Moçambique Factory funded by China inaugurated in Mozambique | 34 Entidades chegam a acordo sobre preço mínimo do algodão Players agree on a minimum price for cotton | 35 Gaza: turismo em crescendo Gaza: tourism growing | 36 CIÊNCIA 02 SCIENCE AdS: Zuma apela a estrangeiros para ficarem, apesar da violência South Africa: Zuma Calls On Foreigners to Stay Despite Xenophobic Violence | 16 Lixo no Espaço vai ser limpo a laser Laser Beam Zaps Out Dangerous Space Junk in Orbit Zimbabwe: lágrimas na condenação de patrões da Airzim Zimbabwe: Tears as Airzim Bosses Convicted | 17 TECNOLOGIA Suazilândia: novo Aeroporto do Rei falha o alvo Swaziland: King’s Airport Misses Target By a Mile | 18 Descoberto segredo do Rei da Swazi Swaziland: Swazi King’s Secret Jet Purchase | 20 ECONOMIA TECHNOLOGY BUSINESS AS USUAL 03 Moçambique é destino privilegiado do investimento estrangeiro Mozambique is a preferred destination for foreign investment | 24 Quinto concurso de gás natural em Moçambique adiado para Julho Fifth natural gas exploration in Mozambique contest postponed to July | 24 Moçambique recebe USD 9 biliões do Brasil Mozambique receives US$ 9 billion from Brazil | 25 Banco Mundial dá novo empréstimo para reparação de estradas World Bank gives new loan for repairing roads | 25 Moçambique quarto maior receptor de ajuda da Noruega Mozambique’s fourth largest aid recipient from Norway | 26 Moçambicanos e portugueses avaliam negócios na Zambézia Mozambican and Portuguese evaluate business in Zambezia | 27 FICHA TÉCNICA TECNICAL SPECIFICATIONS 4 China quer tornar Moçambique num centro de gás natural China to turn Mozambique into natural gas exploration center Programadores preparam-se para o Apple Watch Developers are gearing up for developing apps for Apple Watch INSÓLITOS ODD STUFF 04 | 40 05 | 43 06 Mulher acorda após meses em coma e descobre que deu à luz Woman awakens from months-long coma, learns she gave birth | 44 Debate sobre iPhone vs Android acaba em sangue Bloody Stabbing Ensues Over iPhone Vs Android Debate | 45 A revista Busness Connect é propriedade da Sublime Media. Buseness Connect magazine is property of Sublime Media. Número da Edição: 15 Periodicidade: Mensal Triagem: 25.000 exemplares Escritórios: Sublime Media, Av. 25 de Setembro, no 2834 Edifício BPartner, 1o Andar, Maputo - Moçambique [email protected] Director: Ryan Cass - [email protected] Director Editorial Executivo: Mário Lino - [email protected] Vendas: Paulo Matiquite - [email protected] Vendas: Tunelga Manjate - [email protected] Vendas: Fidel Duce - [email protected] Design, Layout e Paginação: Osório Chembene - [email protected] Edition Number: 15 Frequency: Monthly Circulation: 25.000 copies Offices: Sublime Media, Av. 25 de Setembro, no 2834 Edifício BPartner, 1o Floor, Maputo - Mozambique [email protected] Director: Ryan Cass - [email protected] Executive Editorial Director: Mário Lino - [email protected] Sales: Paulo Matiquite - [email protected] Sales: Tunelga Manjate - [email protected] Sales: Fidel Duce - [email protected] Design, Layout and Pagination: Osório Chembene - [email protected] PUBLICIDADE: [email protected] Impressão: Pinetown Printers, Pinetown, África do Sul DISTRIBUIÇÃO: Aeroporto www.revistabusinessconect.com PUBLICIDADE: [email protected] Impressão: Pinetown Printers, Pinetown, África do Sul DISTRIBUIÇÃO: Maputo Intternational Airport www.revistabusinessconect.com Abril 2015 | APRIL 2015 EDITORIAL | EDITORIAL Passo a passo MÁRIO LINO EDITOR [email protected] One small step for mAn… Na capa desta edição da Business Connect, estivemos indecisos. Com tantos temas candentes da actualidade, não só nacional como internacional, desde o Fórum da UCCLA que decorreu em Maputo sobre as cidades e o desenvolvimento económico, ao Orçamento de Estado e aos indicadores do Banco de Moçambique para a economia, não é fácil decidir o que é mais importante. Nem mesmo para nós, jornalistas, habituados a filtrar e a sintetizar informação. Então, escolhemos o Espaço. Espaço para crescer, espaço para pensar, espaço para inovar. E esse é também o nosso espaço, aqui na Sublime Media (proprietária da Revista Business Connect - BC). Inovar, criar, ir mais além e mais rápido. É algo que é de sobremaneira vital para países em desenvolvimento, como Moçambique. Espaço e vontade. A técnica que vão usar para limpar o Espaço, uma vassoura electrónica, resulta de uma necessidade – o espaço está infestado de lixo criado pelos humanos. É preciso encontrar solução. A melhor possível. Cá em baixo, é isso que estamos a procurar fazer também – sempre - aqui na Sublime Media. Com a nossa ‘vassoura’ queremos varrer o mercado, procurar e encontrar soluções, para os problemas sobretudo ao nível da Comunicação. Fizémo-lo com as plataformas da BC, a primeira revista a ser distribuída gratuitamente nos Aeroportos em Moçambique e com a TV Aeroporto, o primeiro canal corporativo nos Aeroportos que agora está a chegar ao Centro e Norte. E havemos de fazê-lo com a produção de conteúdos, já a seguir, à qual não faltará um dos primeiros drones a filmar em 4K, em Moçambique, permitindo fotografias e vídeos aéreos estabilizados, em Ultra HD. Porque vamos estar sempre a impulsionar para a frenteAdorava contar-vos sobre todos os próximos passos. Mas vocês, que são empresários, já sabem como é: às vezes, também é preciso haver espaço… para o segredo. When choosing the cover of this issue of Business Connect, we were unsure. With so many scorching issues, not only national but international, ranging from the UCCLA Forum held in Maputo on cities and economic development, the state budget and the indicators of the Bank of Mozambique on the economy, sometimes it is not easy to decide what is most important. Even for us, journalists, used to filter and synthesize information. So, we chose Space. Not only Cosmos, but space to grow, space to think, space to innovate. And this is also the kind of space we give value to, here at Sublime Media (owner of Magazine Business Connect - BC). To innovate, to create, to reach further and get there faster. It is something that is exceedingly vital for developing countries, such as Mozambique. That space and good will. The technique that scientists will use to clean the Space (the upper one), an electronic broom, came from a need - the space is infested with garbage created by humans. Someone needed to find a solution. The best. Down here, this is also what we are trying to do, at Sublime Media. With our ‘broom’ we want to sweep the market, seek problems and find the solutions to those problems, particularly in terms of communication. And that’s what we’re doing. We did it with BC, the first magazine to be distributed freely at Airports in Mozambique and also with the Airport TV, a new-born corporate channel at Airports that is now arriving to the Center and North. And we will be doing it with content production, shortly, already using one of the first drones to shoot in 4K in Mozambique, allowing to capture both still pictures and stabilized aerial video in Ultra HD. Because we will always be pushing forward. I would love to tell you all about all the next steps. But you who are entrepreneurs, you know how it is: sometimes, silence is golden. I know what you’re thinking: “yeah, yeah, these guys have their heads up in the moon.” I must confess we might be a bit crazy. But we are grounded. And I keep remembering that old saying, in the media industry: “You don’t have to be crazy, but it will help you a lot”. www.revistabusinessconnect.com 5 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE Orçamento do Estado cresce para 6315 milhões A proposta do Orçamento do Estado do governo de Moçambique para 2015 prevê uma despesa de 6315 milhões de dólares, o que representa uma expansão de 5,5% face ao ano passado, avançou o jornal O País. Apesar do crescimento da despesa orçamental, o governo calcula que o seu peso no produto interno bruto (PIB) do país seja de 31,8%, contra 40,7% no ano passado, antecipando-se a obtenção de recursos internos na ordem de 4738 milhões, dos quais 4482 milhões de dólares de receita e 256,1 milhões de dólares da procura de créditos internos. No contexto dos recursos externos, destaca-se a redução dos apoios do grupo de doadores, que representa 9% do valor do orçamento (570,7 milhões de dólares), contra 9,8% em 2014 e o aumento do recurso a empréstimos, que sobe de 13,5% para 15,9% (1006 milhões de dólares). Embora os donativos sofram uma redução, a dependência externa aumenta de 23,3% para 25%, reflectindo o aumento dos empréstimos, estando o défice orçamental calculado em 1,8 mil milhões de dólares, ou seja, 11,1% do PIB contra 10,6% do PIB em 2014. Globalmente, o peso dos sectores económicos e sociais no Orçamento do Estado (OE) é de 63,5%, o que equivale a 3,4 mil milhões de dólares, contra 2,7 mil milhões de dólares em 2014 (52,7%), traduzindo uma expansão de 10,8 pontos percentuais. Ao sector da Educação, o Governo vai atribuir 1248 milhões de dólares, o que corresponde a 22,8% da despesa orçamental, contra 1035 milhões de dólares em 2014 (19,8% do orçamento). Na Saúde, a despesa é de 561,5 milhões de dólares (10,2% do orçamento), num aumento de 1,1 pontos percentuais face a 2014, quando os gastos atingiram 9,1% (477,6 milhões de dólares). O sector de Infra-estruturas vai contar com um orçamento de 866,1 milhões de dólares (15,8% do orçamento), 6 Abril 2015 | APRIL 2015 State Budget grows to 6315 million The proposal of the State Budget of the Mozambique government for 2015 provides for an expenditure of 6315 million USD, representing an increase of 5.5% over last year, advanced the newspaper “O País”. Despite the growth in budget spending, the government estimates that its share of gross domestic product (GDP) will be 31.8%, against 40.7% last year, in anticipation of securing internal resources in order of around 4738 million, of which 4482 million dollars of revenue and 256.1 million dollars in demand for domestic credit. In the context of external resources, there will be a reduction from the donor group support, representing 9% of the budget amount (570.7 million dollars), against 9.8% in 2014 and a borrowing increase, rising from 13.5% to 15.9% (1006 million). While the donations will be reduced, external dependence still increases from 23.3% to 25%, reflecting the increase in loans, with the budget deficit estimated at 1.8 billion dollars, or 11.1% of GDP against 10.6% of GDP in 2014. Overall, the weight of the economic and social sectors in the State Budget (OE) is 63.5%, which is equivalent to 3.4 billion dollars against 2.7 billion dollars in 2014 (52.7%), representing an increase of 10.8 percentage points. In the education sector, the Government will allocate 1248 million, which corresponds to 22.8% of budget expenditure, against 1035 million in 2014 (19.8% of the budget). In Health, the expense will be of 561.5 million dollars (10.2% of the budget), an increase of 1.1 percentage points compared to 2014, when spending reached 9.1% (477.6 million dollars) . The Infrastructure sector will have a budget of 866.1 million dollars (15.8% of the budget), representing an increase of 3.7 percentage points compared to last year (632.6 million meticais). The area of Agriculture and Rural Development will be responsible for 9.1% of budget expenditure, 497.9 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE representando um incremento de 3,7 pontos percentuais relativamente ao ano passado (632,6 milhões de meticais) Já a área de Agricultura e Desenvolvimento Rural é responsável por 9,1% da despesa orçamental, 497,9 milhões de dólares, num aumento de 2,9 pontos percentuais face ao anterior orçamento (324,6 milhões de dólares). Se observado no contexto dos diferentes patamares de intervenção do Estado, o OE reduz percentualmente as verbas atribuídas ao nível central, de 69% para 59,8%, aumentando ao provincial (de 17,8% para 23,2%), distrital (de 11,8% para 23,2%) e autárquico (1,4% para 1,6%), adiantou o periódico. million dollars, an increase of 2.9 percentage points over the previous budget (324.6 million dollars). When looking at the context of different levels of state intervention, the Budget percentage reduces the funds allocated to the central level, from 69% to 59.8%, increasing the provincial (17.8% to 23.2%), district ( from 11.8% to 23.2%) and local government (1.4% to 1.6%) ones, said the journal. www.revistabusinessconnect.com 7 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE Couto escreve a Zuma por causa da xenofobia O poeta e escritor moçambicano Mia Couto escreveu uma carta aberta emocionada ao Presidente Sul-Africano Jacob Zuma, apelando à tomada de medidas enérgicas para acabar com a onda de ataques contra trabalhadores estrangeiros na África do Sul. Couto lembra os laços de ligação entre a África do Sul e Moçambique, desde os dias da luta contra o apartheid, e a forma como o próprio Zuma viveu no exílio em Maputo na década de 1980 (quando era o representante-chefe em Moçambique do movimento de libertação, o Congresso Nacional Africano). “Não me lembro de o ver com guarda-costas”, escreveu Couto. “Na verdade, fomos nós, os moçambicanos, que actuámos como seus guarda-costas. Durante anos, demos-lhe mais do que abrigo. Demos-lhe uma casa e segurança à custa da nossa própria segurança. Você não se pode ter esquecido dessa generosidade “. “Nós não a esquecemos”, acrescentou Couto. “Talvez mais do que qualquer outro país vizinho, Moçambique pagou um preço alto pelo apoio que deu à libertação da África do Sul. A frágil economia moçambicana naufragou. O nosso território foi invadido e bombardeado. Moçambicanos morreram em defesa dos seus irmãos do outro lado da fronteira “. Nessa época não havia questões de fronteiras e nacionalidades. “Éramos todos irmãos na mesma causa”, disse Couto, “e quando o apartheid caiu, celebrámos do mesmo modo dos dois lados da fronteira”. Recorde-se que são também fortes as ligações económicas entre os dois países. Couto recorda que os moçambicanos Zuma havia trabalhado nas minas e fazendas da África do Sul “, em condições que não estavam muito aquém da escravidão. Estes trabalhadores ajudou a construir a economia sulAfricano. Não há riqueza no seu país que não carrega a contribuição daqueles que hoje estão sob ataque “. Couto achei impensável “que estes mesmos irmãos do Sul Africano nos escolheram como alvo de ódio e perseguição. Não é possível que os moçambicanos são perseguidos nas ruas da África do Sul com a mesma crueldade que a polícia do apartheid perseguidos combatentes da liberdade “. Além disso, a xenofobia assassina em exposição “também é agressão contra a própria África do Sul”, argumentou Couto. “É um ataque contra a” Nação Arco-Íris “, que os sulafricanos, uma vez orgulhosamente proclamado”. 8 Abril 2015 | APRIL 2015 Couto’s open letter to Zuma Mozambique’s novelist and poet Mia Couto has written an impassioned open letter to South African President Jacob Zuma, calling for vigorous measures to end the wave of attacks against foreign workers in South Africa. Couto stressed the ties binding South Africa and Mozambique from the days of the struggle against apartheid, and how Zuma himself lived in exile in Maputo in the 1980s (when he was Chief Representative in Mozambique of the liberation movement, the African National Congress). “I don’t remember ever seeing you with a bodyguard”, wrote Couto. “In fact it was we Mozambicans who acted as your bodyguards. For years we gave you more than a refuge. We offered you a house and we gave you security at the cost of our security. You cannot possibly have forgotten this generosity”. “We haven’t forgotten it”, Couto added. “Perhaps more than any other neighbouring country, Mozambique paid a high price for the support we gave to the liberation of South Africa. The fragile Mozambican economy was wrecked. Our territory was invaded and bombed. Mozambicans died in defence of their brothers on the other side of the border”. In those days the questions of borders and nationalities did not arise. “We were all brothers in the same cause”, said Couto, “and when apartheid fell, our festivities were the same, on either side of the border”. The links between the two countries extend into the economy. Couto reminded Zuma that Mozambicans had worked on the mines and farms of South Africa “under conditions that were not far short of slavery. These workers helped build the South African economy. There is no wealth in your country that does not carry the contribution of those who today are coming under attack”. Couto found it unthinkable “that these same South African brothers have chosen us as a target for hatred and persecution. It is not possible that Mozambicans are persecuted in the streets of South Africa with the same cruelty that the apartheid police persecuted freedom fighters”. Furthermore the murderous xenophobia on display “is also aggression against South Africa itself”, Couto argued. “It is an attack against the “Rainbow Nation” which South Africans once proudly proclaimed”. MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE Moçambique aumenta potencial energético A construção de cinco novas barragens hidroeléctricas em Moçambique e a expansão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa vão aumentar o potencial de produção de energia do país em cerca de 3600 megawatts, envolvendo investimentos superiores a 7000 milhões de dólares. A expansão do sector energético é um dos maiores desafios económicos, atendendo às crescentes exigências industriais que se vão manifestando um pouco por todo o país e ao aumento do consumo de energia, a um ritmo médio anual de 82 megawatts (cerca de 14%), segundo dados do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD). Segundo o Plano Quinquenal do Governo 20152019, que foi aprovado pelo Parlamento moçambicano em Abril, o Executivo vai pôr em marcha vários projectos energéticos, alguns dos quais com investidores e financiamento já garantidos. É o caso da Hidroeléctrica de Lupata, na província de Tete, com um potencial de geração de 416 megawatts, num investimento de cerca de 1072 milhões de dólares, através de um consórcio das empresas Hydroparts Holding e Cazembe Holding, ambas sediadas nas Maurícias, e ainda a estatal Electricidade de Moçambique (EDM) e a Sonipal, de Moçambique. Também na província de Tete, e ao longo do rio Zambeze, a Hidroeléctrica de Boroma irá contar com 210 megawatts, tendo como empresas promotoras a Rutland Holding, das Maurícias, a EDM e a Sonigal, que terão de investir 572,5 milhões de dólares para desenvolver o empreendimento. Se somados, os dois projectos podem vir a criar mais de 4000 postos de trabalho, segundo o Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique, através do qual foram realizados os investimentos em 2014. O plano orientador das políticas governamentais dá também prioridade ao arranque da construção da Barragem de Mphanda Nkuwa, com conclusão prevista para 2017, 61 km a sudeste da Barragem de Cahora Bassa, num projecto com potencial de geração de 1500 megawatts, e uma estimativa de custo de 4,2 mil milhões de dólares. Neste documento, o MPD sinaliza também a construção Mozambique increases energy potential The construction of five new hydroelectric dams in Mozambique and the expansion of the Cahora Bassa hydroelectric power station will increase the potential of the country’s energy production by around 3600 megawatts, involving investments above 7000 million US dollars. The expansion of the energy sector is one of the greatest economic challenges in view of the growing industrial demands that will be manifesting all over the country and the increase of energy consumption at an annual average rate of 82 megawatts (about 14%), according to the Ministry of Planning and Development (MPD). According to the Five Year Plan 2015-2019, which was approved by the Mozambican Parliament in April, the Executive will set in motion a number of energy projects, some of which with investors and funding already secured. This applies to the Hydroelectric of Lupata, in Tete province, with a potential to generate 416 megawatts, at a cost of about 1072 million, through a consortium of both companies Hydroparts Holding and Holding Kazembe, based in Mauritius, as well as the State Electricity of Mozambique (EDM) and Sonipal. Also in Tete province, and along the Zambezi River, the Boroma Hydroelectric will have 210 megawatts, sponsored by Rutland Holding enterprises, from Mauritius, EDM and Sonigal, they must invest 572.5 million dollars to develop the project. If added together, the two projects are likely to create more than 4,000 jobs, according to the Investment Promotion Center of Mozambique, through which investments were made in 2014. The guiding plan of government policy also gives priority to starting the construction of Mphanda Nkuwa, scheduled for completion in 2017, 61 km southeast of the Cahora Bassa Dam, a project with potential to generate 1500 megawatts, and a cost estimate 4.2 billion dollars. In this document, the MPD also signals the www.revistabusinessconnect.com 9 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE da Central Hidroeléctrica de Lúrio, em Nampula, com uma capacidade de geração de 180 megawatts e um custo de investimento de cerca de 480 milhões de dólares, mas, para já, o projecto não tem investidores conhecidos. Semelhante situação verifica-se com a Hidroeléctrica de Alto Malema, também em Nampula, com um potencial de geração de 60 megawatts, que figura no Programa Quinquenal do Governo. Por outro lado, o Executivo destaca o avanço da segunda fase da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), projecto também designado Cahora Bassa Norte, cuja construção vai aumentar em 1250 megawatts a capacidade de produção de energia do empreendimento, actualmente de 2075 megawatts. O custo do projecto está avaliado em cerca de 700 milhões de dólares. Na estrutura accionista da HCB, o Estado moçambicano possui uma participação de 92,5%, enquanto a portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN), que é participada em 25% pela State Grid Corporation of China (SGCC), detém a quota remanescente de 7,5%. Moçambique conta actualmente com uma capacidade de produção de cerca de 2300 megawatts, sendo a HCB o empreendimento que mais energia produz no país. Grande parte da produção da barragem (cerca de 75%) é destinada à exportação, designadamente para o Zimbabwe e para a África do Sul, país cuja instituição eléctrica nacional, a Eskom, mantém um acordo com a HCB para a compra anual de 1100 megawatts, válido até 2029. 10 Abril 2015 | APRIL 2015 construction of the Lúrio Hydroelectric Power in Nampula, with a generating capacity of 180 megawatts and an investment cost of about $ 480 million, but for now, the project has no known investors. Same situation with the Hydroelectric of Alto Malema, also in Nampula, with a potential to generate 60 megawatts, also starring in the Five-Year Plan of the Government. On the other hand, the Executive highlights the progress of the second phase of Cahora Bassa (HCB), also called Cahora Bassa project North, whose construction will increase the power generation capacity of the project with extra 1250 megawatts, from the current 2075 megawatts. The project cost is estimated at about 700 million dollars. In the shareholder structure of HCB, the Mozambican state has a 92.5% stake, while the Portuguese National Energy Networks (REN), which is participated by 25% by the State Grid Corporation of China (SGCC), holds the remaining share of 7,5%. Mozambique currently has a production capacity of about 2,300 megawatts, HCB being the enterprise that produces more energy in the country. Much of the production of the dam (about 75%) is exported, particularly to Zimbabwe and South Africa, a country whose national power institution, Eskom, has an agreement with HCB for the annual purchase of 1100 megawatts, valid until 2029. MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE Maputo torna-se capital das Cidades de Língua Portuguesa A cidade de Maputo acolheu em Abril a 31ª assembleia geral da UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), num encontro em que foram eleitos os órgãos sociais da instituição para os próximos três anos. A reunião na capital contou com um vasto conjunto de representantes de cidades e empresas dos países de língua portuguesa. No Hotel Indy Village, a UCCLA promoveu também em Maputo as jornadas empresariais sob o mote “As cidades como fator de desenvolvimento económico”, fórum que contou com o apoio do Conselho Municipal de Maputo e em que a Business Connect esteve presente. Contando com a presença de municípios de todo o país e alguns estrangeiros, como Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor-Leste, Macau, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe o fórum debateu temas centrais sobre o futuro das cidades e o importante papel que lhes cabe enquanto motores económicos para os países em que se inserem, fazendo a ponte com a gestão autárquica como potencial facilitador de negócios. “As cidades devem ser pensadas e trabalhadas de forma inclusiva para que através do sistema de incentivo constituamos instrumentos que potenciem o desenvolvimento económico. A cooperação económica e empresarial entre os nossos Estados-membros é uma realidade à qual falta a expressão que corresponda ao potencial das nossas economias e que pode ser melhorado através da partilha de experiências e de criação de plataformas de contactos e grupos de trabalho regulares. Eventos como estes são das melhores ferramentas para nos transformar numa verdadeira comunidade económica que compita pelos lugares cimeiros a nível internacional”, adiantou Salimo Abdula, presidente da Confederação Empresarial da CPLP. Rogério Manuel, presidente da CTA, acrescentou: “Este fórum tem um papel preponderante aliado à elaboração de programas consistentes sobre o transporte urbano e produção e uso de energia e a busca de soluções locais para uso de recursos hídricos e gestão de resíduos são imprescindíveis para o nosso desenvolvimento económico. Só o facto de falarmos todos português, aliado aos laços históricos que nos unem, constitui uma oportunidade única para aumentar os níveis de investimento e de comércio entre os países da UCCLA”. Maputo capital of Portuguese Speaking Cities The city of Maputo hosted in April the 31st General Assembly of UCCLA - Union of Portuguese Speaking Capital Cities (UCCLA), a meeting in which the governing bodies of the institution were elected for the next three years. Maputo was elected President.The meeting in the capital had a wide range of representatives of cities and companies from Portuguese-speaking countries. At Indy Village Hotel, Maputo, the UCCLA also promoted business days under the theme “Cities as an economic development factor”, a forum that had the support of the City of Maputo and the presence of Business Connect magazine. With the presence of municipalities across the country and some foreign, coming from as far as Portugal, Angola, Brazil, Cape Verde, East Timor, Macau, Guinea Bissau and Sao Tome and Principe, the Forum discussed the core issues on the future of cities and the important role they play as economic drivers for the countries in which they operate, bridging the gap with the municipal management as a potential business enabler. “Cities must be designed and worked in an inclusive way so that we encourage instruments that foster economic development. The economic and business cooperation between our Member States is a reality still lacking the expression to match the potential of our economies and that must be improved by sharing experiences and creating contact platforms and regular working groups”, said Salimo Abdula, president of the Business Confederation of the CPLP. “Events like these are the best tools to transform us into a real economic community that will compete for the top spots at an international level”, he added. Rogério Manuel, president of Business Confederation CTA, said: “This forum has a leading role together with the development of consistent programs on urban transport and energy production. The use and search for local solutions www.revistabusinessconnect.com 11 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE Aproveitando a oportunidade da presença mais de uma centena de empresários e representantes de vários países, o vice-ministro da Indústria e Comércio, Omar Mitá, lembrou que Moçambique subiu 15 posições no ano passado na classificação do Doing Business, no ranking do Banco Mundial. “Isso é um sinal de que as reformas estruturais que remontam a 1987 estão a resultar e estamos agora a colher os frutos dos fundamentos macroeconómicos: temos uma inflacção muito estável e um crescimento acima de 7 por cento, acima da média da África subsaariana”, afirmou, não omitindo que apesar disso, há um longo caminho a percorrer. “Os desafios continuam. É preciso fazer reflectir isso no bolso do povo, no bolso do empresário, nas pequenas e médias empresas. A nossa estratégia aposta no desenvolvimento, para diminuir o fosso entre os que têm e os que não têm”, referiu o responsável governamental. “Moçambique, com o desenvolvimento alfandegário, apresenta-se como uma oportunidade para África e especificamente para a região da África Austral, com vários países que representam um mercado apetecível em termos de consumo e do ponto de vista da diluição de custos fixos das empresas”, acrescentou, lançando um repto aos empresários estrangeiros. “Vejam, aprofundem, avaliem e decidam fortalecer com as PME’s moçambicanas, investindo em Maputo e no país, sob a marca “Made in Mozambique”, que simboliza a força de ser um destino fascinante, de bem servir e de sorriso. Seremos facilitadores dos negócios porque sabemos que a alavanca do crescimento é o sector privado”, concluiu. As jornadas empresariais foram abertas pelo presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, e pelo presidente da UCCLA, Vítor Ramalho, contando com a participação de várias empresas, como o banco BCI, o grupo Entreposto, a Visabeira e a EMEL. Por iniciativa do organismo, foi ainda inaugurada a exposição “UCCLA – Lusofonia em Desenvolvimento”, que dá a conhecer um pouco da história da organização, os projectos já realizados, as cidades e empresas associadas. 12 Abril 2015 | APRIL 2015 on the use of water resources and waste management are also essential to our economic development. Added to the fact that we all speak Portuguese, together with the historical ties that bind us together, this is a unique opportunity to increasing the level of investment and trade between the countries of UCCLA”. Taking advantage of the presence of more than one hundred businessmen and representatives of various countries, the Deputy Minister of Industry and Trade, Omar Mitá, recalled that Mozambique has risen 15 positions last year in the World Bank’s ranking of Doing Business: “This is a sign that structural reforms dating back to 1987 are working and we are now reaping the benefits of macroeconomic fundamentals. We have a very stable inflation and growth above 7 percent, hence above the average for sub-Saharan Africa” said, not omitting that despite this, there is a long way to go. “Challenges remain. We need to reflect this on people’s pockets, the pockets of the entrepreneusr, small and medium enterprises. Our focus lies on strategic development, to reduce the gap between the ones that have from the ones that don’t”, said the government official. “Mozambique, with its customs development, presents itself as an opportunity for Africa and specifically for the southern African region, with several countries that represent an attractive market in terms of consumption and also dilution of fixed business costs”, he added, casting a challenge to foreign entrepreneurs. “Look, research, evaluate and choose to strengthen ties with SMEs in Mozambique, Maputo and do invest in the country, under the brand” Made in Mozambique”, which symbolizes the strength of a fascinating destination, to serve well with a smile. We will be facilitators of business because we know that the leverage of growth lies in the private sector”, he concluded. Business journeys were opened by the President of the Municipal Council of Maputo, David Simango, and the president of UCCLA, Victor Ramalho, with the participation of several companies, such as BCI bank, Entreposto group, Visabeira and EMEL. The organisation also inaugurated the exhibition “UCCLA - Lusophony in Development”, giving an insight into the history of the organization, its projects already carried out, cities and business associates. MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE EN260 asfaltada, quatro anos depois EN260 paved, four years later O Projecto de asfaltagem da Estrada Nacional Número 260, que ligação a cidade de Chimoio e a vila fronteiriça de Espungabera, já está praticamente no fim, após cerca de quatro anos de obras, adiantou o jornal “Notícias”. A estrada era terraplanada e estava completamente degradada, causando sérios problemas de segurança e manutenção aos veículos que ali transitavam. Graças às obras de reabilitação, ampliação e asfaltagem, o trajecto Chimoio-Espungabera reduziu de cinco horas para duas, catapultando o turismo e os investimentos na zona. O vice-ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, apelidou a obra de “maravilha”, sobretudo na região de Muribane. As paisagens moldadas pela engenharia e arquitectura da própria estrada e o relevo montanhoso e planáltico, as florestas densas e os animais de pequeno e grande porte são atractivos turísticos ao longo da rodovia. Nas regiões de Muribane e Chincono, a velocidade máxima recomendada é de 100 quilómetros como forma de conter a onda de acidentes rodoviários que têm vindo a caracterizar o percurso, sobretudo à noite, apesar da sinalização vertical e horizontal ali colocada. A verdade é que qualquer desatenção pode originar uma catástrofe devido às curvas apertadas, precipícios e inclinações agudas. Entre os dirigentes que não esconderam a sua satisfação pela conclusão das obras de asfaltagem da rodovia está o administrador de Mossurize, Gilberto Canhenze. Em declarações ao “Notícias”, Gilberto Canhenze afirmou que, com a estrada, o turismo será catapultado, acontecendo o mesmo em relação à produção, produtividade e comercialização agrícola. Segundo Canhenze, nos últimos tempos, regista-se um incremento substancial do movimento de turistas oriundos de países vizinhos como Zimbabwe e África do Sul. The pavement project for National Highway Number 260, linking the city of Chimoio and the border town of Espungabera, is practically finished, after about four years of work, according to “Notícias” newspaper. The road was made of dirt and was completely degraded, causing serious problems of safety and maintenance to vehicles transiting there. Thanks to the rehabilitation, extension and asphalting, Chimoio-Espungabera travels have been reduced from five hours to two, catapulting tourism and investment in the area. The deputy minister of Public Works, Housing and Water Resources, João Machatine, characterized the work as a “wonder”, especially in the Muribane region. The landscapes shaped by engineering and the architecture of the road itself, with the mountains and the plateaux relief, dense forests and small and large animals are tourist attractions along the highway. In the regions of Muribane and Chincono, the recommended maximum speed is 100 kilometers/hour as a way to stem the tide of road accidents that have come to characterize the route, especially at night, despite the vertical and horizontal signs placed there. The truth is that any inattention can lead to a catastrophe because of the tight corners, cliffs and sharp slopes. Among the leaders who did not hide their satisfaction with the completion of the asphalting works of the highway is the Mossurize administrator, Gilberto Canhenze. Speaking to “Notícias”, Gilberto Canhenze said that with the road, tourism will be catapulted, and the same applies to production, productivity and agricultural marketing. According to Canhenze, in recent times, there has been a substantial increase in tourist movement from neighbouring countries like Zimbabwe and South Africa. www.revistabusinessconnect.com 13 MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE Colecta de impostos em 2015 estimada em 4,3 mil milhões de dólares A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) prevê arrecadar 155,4 mil milhões de meticais (4,3 mil milhões de dólares) em receitas fiscais durante 2015, anunciou o presidente da instituição. Rosário Fernandes disse que 102,9 mil milhões de meticais, 66% da meta prevista, serão colectados através de impostos internos sendo o remanescente, 52,6 mil milhões de meticais ou 34% do total, obtidos com impostos sobre o comércio externo, de acordo com a agência noticiosa AIM. No decurso do IX Seminário Nacional sobre a Execução Fiscal e Aduaneira, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, disse que dados preliminares revelam que no exercício fiscal de 2014 foi possível arrecadar uma receita histórica de 156,2 mil milhões de meticais, o correspondente a um nível de cumprimento de 102,1% face à meta orçamental programada. O ministro adiantou que o montante colectado representa um crescimento nominal de 23,7% quando comparada com a obtida em 2013 e constitui um resultado apreciável “que traduz uma contribuição valiosa nos esforços do Governo de redução gradual da dependência externa de Moçambique.” 14 Abril 2015 | APRIL 2015 Tax collection in 2015 estimated at 4.3 billion dollars The Mozambique Tax Authority (AT) predicts to raise 155.4 billion meticais (4.3 billion dollars) in tax revenues during 2015, said the president of the institution. Rosário Fernandes said that 102,9 billion meticais, 66% of the target, will be collected through internal taxes and the remaining 52.6 billion meticais, or 34%, obtained from taxes on foreign trade, according to the news agency AIM. During the IX National Seminar on Fiscal and Customs Enforcement, the Minister of Economy and Finance, Adriano Maleiane, said preliminary data showed that in 2014 fiscal year it was possible to raise a historical revenue of 156,200 million meticais, corresponding to a compliance level of 102.1% compared to the planned fiscal target. The minister said that the amount collected represents a nominal increase of 23.7% when compared with that obtained in 2013 and is a significant result “making this a valuable contribution to the efforts of the gradual reduction of external dependence Government of Mozambique.” MOÇAMBIQUE | ON MOZAMBIQUE www.revistabusinessconnect.com 15 PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS South Africa: Zuma Calls On Foreigners to Stay Despite Xenophobic Violence AdS: Zuma apela a estrangeiros para ficarem, apesar da violência Após duas semanas de protesto xenófobo, o presidente da África do Sul apelou aos estrangeiros para permanecer no país. Ele também pediu às igrejas para rezarem pela paz e amizade. O presidente Jacob Zuma visitou o acampamento de Chatsworth, ao sul de Durban, e entregou um cheque de 50.000 rands (4.100 dólares americanos) às vítimas de violência xenófoba. “Vamos, certamente, acabar com a violência”, disse Zuma perante centenas de imigrantes africanos deslocados no acampamento. Zuma conversou com alguns imigrantes que pretendiam entrar em autocarros fornecidos pelos seus governos, inclusive do Zimbabwe e Malawi, para leválos para os países de origem. Ele disse: “Aqueles que quiserem ir para casa, quando a violência acabar estão convidados a regressar”. Represálias contra sul-africanos em países vizinhos também afectaram as empresas Sul Africanas. O gigante de energia Sasol repatriou 340 membros da equipe sul-Africana das suas operações em Moçambique, temendo pela sua segurança. A violência começou depois de o rei Zulu Goodwill Zwelithini, em Março, ter dito que os estrangeiros deveriam deixar o país. Desde então, ele disse que os seus comentários foram mal interpretados. Além do mais, comentários de alguns ministros do governo pouco contribuiram para acalmar as tensões. Antes da violência eclodir, o Ministro da Água e Saneamento Nomvula Mokonyan foi citado pelo site AfricaCheck como tendo dito em Kagiso, um município a oeste de Joanesburgo: “Quase todas as lojas pequenas ou mesmo de revendas são dirigidas por pessoas Somalis ou de origem paquistanesa ... Eu não sou xenófobo, companheiros camaradas e amigos, mas esta é uma receita para o desastre”. Da mesma forma, o ministro do Desenvolvimento e Pequenas Empresas Lindiwe Zulu disse à Business Day que “os estrangeiros precisam entender que estão aqui como uma cortesia e que a nossa prioridade é o povo deste país em primeiro lugar.” 16 Abril 2015 | APRIL 2015 After two weeks of xenophobic protest, South Africa’s president has appealed to foreigners to stay in the country. He also urged churches to pray for peace and friendship. President Jacob Zuma visited Chatsworth camp, south of Durban, and handed over a 50,000 rand ($4,100) cheque for victims of xenophobic violence. “We are certainly going to stop the violence,” Zuma told hundreds of displaced African immigrants at the camp in a speech which was broadcast on the eNCA 24-hour news channel. Zuma talked to some immigrants who planned to get on buses provided by their governments, including from Zimbabwe and Malawi, to take them to their home nations. He said: “Those who want to go home, when the violence stops you are welcome to return.” Reprisals against South Africans in neighbouring countries have also affected South African businesses. Energy giant Sasol repatriated 340 South African staff members from its Mozambican operations on Friday, over fears for their safety. The violence began after Zulu King Goodwill Zwelithini, in March, was widely reported by media to have said that foreigners should leave the country. He has since said his comments were misinterpreted. eNCA reported the king as saying during a traditional ceremony on Saturday: “Anyone who is waiting for an order from Zwelithini to attack people, no. No.” Comments from some government ministers did little to calm tensions, though. Before the violence broke out, Minister of Water and Sanitation Nomvula Mokonyan was reported by the AfricaCheck website as saying that in Kagiso, a township to the west of Johannesburg: “Almost every second outlet or even former general dealer shops are run by people of Somali or Pakistani origin ... I am not xenophobic fellow comrades and friends but this is a recipe for disaster.” Similarly, Small Business Development Minister Lindiwe Zulu told Business Day that “foreigners need to understand that they are here as a courtesy and our priority is to the people of this country first and foremost.” PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS Zimbabwe: lágrimas na condenação de patrões da Airzim Zimbabwe: WEEPS As Airzim Bosses Convicted Uma executiva da N AIR Zimbabwe, que desfalcou milhões de de dólares da companhia aérea num negócio “fraudulento” de seguros da aviação chorou quando foi dito que enfrentaria pena de prisão. Graça Pfumbidzayi, a ex-secretária da sociedade da transportadora de bandeira nacional, era o pivot de uma fraude de seguros de US $ 10 milhões que terá “favorecido” a empresa Navistar Insurance Brokers. Pfumbidzayi terá “planejado e executado” as transações fraudulentas “em conivência” com o ex-CEO da companhia, Peter Chikumba, disse o magistrado regionail Ms Fadzai Mthombeni. Chikumba e Pfumbidzayi, que chegaram ao tribunal vindos de casa, foram colocados em prisão preventiva para receber sentença. A perspectiva de ir para a cadeia parece ter levado Pfumbidzayi até ao limite, quando se sentou no banco das testemunhas – para pedir ao magistrado para ser autorizada a ir para casa para os seus filhos. Com lágrimas rolando pelo rosto, Pfumbidzayi disse ao magistrado: “Tudo o que eu fiz, e não importa o quão equivocada foi, eu fiz de boa fé. O tribunal considerou que se tratava de uma conduta criminosa e por isso eu peço desculpa pelas minhas ações”. Ela implorou por uma pena não privativa de liberdade, afirmando que estaria mesmo disposta a prestar serviços comunitários. “Meretíssimo, eu aceitarei qualquer coisa que me faça voltar para casa para os meus filhos no final do dia”, disse, enxugando as lágrimas dos olhos. Ms Mthombeni disse que Pfumbidzayi (50) e Chikumba (60) tinham quebrado todos os procedimentos da empresa para nomear a Navistar como seguradora da companhia em 2009. A companhia aérea, que anteriormente pagava à Marsh Corretora de Seguros € 125.000 por ano como taxa de corretagem, de repente, viu-se a pagar à Navistar 300.000 € por trimestre, traduzindo-se em 1,2 milhões de euros por ano - cerca de 10 vezes o que a Marsh cobrava. O aumento dos prémios não foi acompanhado por um aumento proporcional no tamanho ou na expansão da rede de rotas ou da frota da Air Zimbabwe. De facto, algumas aeronaves estavam paradas nessa altura. N AIR Zimbabwe executive who bled the airline millions of dollars in a “fraudulent” aviation insurance deal wept as she was told she faces jail. Grace Pfumbidzayi, the national flag carrier’s former company secretary, was the nexus of a US$10 million insurance swindle that “favoured” Navistar Insurance Brokers, a Harare magistrate ruled yesterday as she convicted Pfumbidzayi of criminal abuse of office in a case that is reflective of the rot that had permeated parastatals and State enterprises. Pfumbidzayi “planned and executed” the fraudulent transactions “in connivance” with the airline’s former CEO, Peter Chikumba, said regional magistrate Ms Fadzai Mthombeni. Chikumba and Pfumbidzayi, who attended court coming from home, were remanded in custody for sentencing -the clearest sign the magistrate was considering a custodial sentence. The prospect of going to jail appeared to drive Pfumbidzayi to the edge, as she took the witness stand - at the invitation of her lawyer Advocate Webster Chinamhora instructed by Andrew Muvirimi - to plead with the magistrate to be allowed to go home to her children. With tears rolling down her cheeks, Pfumbidzayi told the magistrate: “Whatever I did, and no matter how misguided it was, I did in good faith. The court found out that it amounted to a criminal conduct and for that I apologise for my actions.” She pleaded for a non-custodial sentence, stating that she was even ready to perform community service. “Your Worship, I’m comfortable with anything that makes me go back home to my children at the end of the day,” she said, wiping tears from her eyes. Ms Mthombeni said that Pfumbidzayi (50) and Chikumba (60) had broken all company procedures to appoint Navistar as the airline’s insurer in 2009. The airline, which previously paid Marsh Insurance Brokers 125000 euros per annum as brokerage fees, suddenly found itself paying Navistar 300000 euros per quarter, translating to 1,2 million euros annually -- nearly 10 times what Marsh was charging. The increase in premiums was not matched by any commensurate increase in Air Zimbabwe’s fleet size or expansion of its route network. In fact, some aircraft were actually grounded at the time. www.revistabusinessconnect.com 17 PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS Suazilândia: novo Aeroporto do Rei falha o alvo Apenas 194 passageiros por dia, em média, usaram o novo aeroporto Rei Mswati III de 250 milhões de USD, na Suazilândia, desde que se iniciaram os voos comerciais em Outubro de 2014. Se a média se estender ao resto do ano o aeroporto deverá atingir apenas 23 por cento dos 300.000 passageiros necessários para que seja financeiramente sustentável. Nos primeiros quatro meses de operação o aeroporto, anteriormente conhecido como Sikhuphe, viu 11.388 passageiros chegarem e partirem 11.952. Se os números permanecerem consistentes num ano completo, um total de 70.020 passageiros terá usado o aeroporto. Esse total está em linha com os 60 a 70.000 passageiros por ano que utilizaram o Aeroporto Matsapha, que o Rei Mswati III Aeroporto substituiu Segundo dados oficiais do Governo Swazi, o Rei Mswati III Airport precisa de pelo menos 300 mil passageiros por ano para o ponto de equilíbrio financeiro. A única companhia aérea a utilizar o aeroporto tem sido a Suazilândia Airlink controlada por parte do governo. Nenhuma outra companhia aérea disse utilizará o KMIII que foi construído numa zona inóspita a cerca de 70km das principais cidades de Mbabane e Manzini. Os números de passageiros foram liberados pela Autoridade de Turismo da Suazilândia e publicados no Sunday Observer, um jornal possuído pelo rei Mswati. Segundo o jornal, “Em média, as chegadas no Aeroporto Internacional KMIII foram em média mais de 1.000 [por mês], uma vez que começou a operar; 1.698 em Outubro, 1.693 em Novembro e em Dezembro de 1405, enquanto os passageiros de saída gravada eram 587 em Outubro, 826 em Novembro e 401 em Dezembro. “ Ele acrescentou: “De acordo com dados compilados pela Autoridade de Turismo da Suazilândia (STA), em colaboração com o Departamento de Imigração, em Janeiro [de 2015] um número sem precedentes 10.138 passageiros deixou a Suazilândia através KMIII enquanto 6.592 chegadas foram registradas. ‘ O jornal, que foi chamado de “máquina de propaganda pura para a família real” pelo Instituto de Comunicação Social da África do Sul, num relatório sobre a liberdade de imprensa no reino, não deu nenhuma explicação para o aparente aumento de nove vezes no número de passageiros num único mês entre Dezembro de 2014 e Janeiro de 2015. 18 Abril 2015 | APRIL 2015 Swaziland: King’s Airport Misses Target By a Mile Only 194 passengers a day on average have used Swaziland’s new US$250 million King Mswati III Airport since commercial flights started in October 2014, official figures have revealed. If the average continues over a full year the airport is likely to reach only 23 percent of the 300,000 passengers needed for it to be able to breakeven financially. That shortfall amounts to 230,000 passengers per year. In the first four months of its operation since October 2014, the airport, formerly known as Sikhuphe, saw 11,388 passengers arrive and 11,952 depart. If these figures remain consistent across a full year a total of 70,020 passengers would have used the airport. This total is in line with the 60,000 to 70,000 passengers per year that used the Matsapha Airport, which King Mswati III Airport replaced. According to official Swazi Government figures, King Mswati III Airport needs at least 300,000 passengers per year to breakeven financially. The airport opened in March 2014 but only received its first commercial flights the following October. The only airline to use the airport has been the part-governmentcontrolled Swaziland Airlink. No other airline has said it will use KMIII which was built in a wilderness about 70km from the main towns of Mbabane and Manzini. According to the newspaper, ‘On average, arrivals at KMIII International Airport have been averaging over 1,000 [per month] since it started operating; 1,698 in October, 1,693 in November and 1,405 in December while outbound passengers recorded were 587 in October, 826 in November and 401 in December.’ It added, ‘According to data compiled by the Swaziland Tourism Authority (STA) in collaboration with the Department of Immigration, in January [2015] an unprecedented 10,138 passengers left Swaziland through KMIII while 6,592 arrivals were recorded.’ The newspaper, which was called a ‘pure propaganda machine for the royal family’ by the Media Institute of Southern Africa in a report on media freedom in the kingdom, gave no explanation for the apparent nine-fold increase in passenger numbers in a single month between December 2014 and January 2015. PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS www.revistabusinessconnect.com 19 PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS Descoberto segredo do Rei da Swazi Em Maio de 2010, nas profundezas da pior crise financeira da Suazilândia na sua história, o Rei Mswati III comprou secretamente um jacto particular por US $ 11,45 milhões, foi agora revelado ao público. Ele comprometeuse ainda a pagar mais US $ 6 milhões em cinco meses para modificações de luxo. Enquanto isso acontecia, o Governo Swazi, que ele escolheu a dedo, ia cortando orçamentos dos departamentos e serviços públicos em E1.5 bilhões (US $ 150 milhões) numa tentativa de afastar o reino da bancarrota. Sete em cada dez swazis continuam a viver na extrema pobreza, com rendimentos inferiores a 2 USD por dia. Em Dezembro de 2010, incapaz ou sem vontade de pagar a dívida, o Rei vendeu o avião à Millers Capital, uma empresa de investimento baseada em Singapura, por US $ 7,5 milhões - menos 3.95 milhões de dólares do que tinha pago cinco meses antes. Em Abril de 2012, comprou o avião de volta à Millers por US $ 9,5 milhões – US $ 2 milhões a mais do que tinha vendido. Nessa altura, disse ao povo Swazi que o avião lhe tinha sido doado por parceiros de desenvolvimento. A história financeira emaranhada do jacto MacDonnell Douglas DC-9 do Rei (também conhecido como MD87) foi revelada nos documentos do Tribunal de Recurso, Ontario, no Canadá, onde o jacto é alvo de uma disputa comercial sobre uma suposta conta não paga de US 3.5 milhões de dólares por actualizações feitas no avião. Enquanto o rei fazia este acordo secreto para garantir o futuro do seu jacto privado de luxo, a economia Swazi estava em queda livre. A má gestão da economia Swazi foi tão grave que, em Agosto de 2010, tanto o Fundo Monetário Internacional como o Banco Mundial se recusaram a apoiar a tentativa da Suazilândia de levantar US $ 500 milhões de empréstimo do Banco Africano de Desenvolvimento. As actualizações, provou-se, foram para aumentar o luxo do jacto e não tinham nada a ver com a garantia da segurança do Rei. Os documentos do tribunal afirmam que o jacto não tinha nada “único e imprescindível para HMK [Sua Majestade o Rei] ou para conduzir o Estado / empresa soberana”. Os papéis adiantam que a aeronave não tinha “nenhum 20 Abril 2015 | APRIL 2015 Swaziland: Swazi King’s Secret Jet Purchase In May 2010, in the depths of Swaziland’s worst financial crisis in its history, King Mswati III secretly bought himself a private jet for US$11.45 million, it can be revealed publicly for the first time. He then committed himself to paying another US$6 million over five months for luxury modifications. While this was happening the Swazi Government, which he handpicked, was slashing department budgets and public services by E1.5 billion (US$150 million) in an attempt to keep the kingdom out of bankruptcy. Seven in ten Swazis continue to live in abject poverty with incomes of less than US$2 per day. In December 2010, unable or unwilling to pay his debts, the King sold the plane to Millers Capital, a Singaporebased investment company, for US$7.5 million - US$3.95 million less than he paid for it five months earlier. In April 2012, he bought the plane back from Millers for US$9.5 million - US$2 million more than he had sold it. He then claimed to the Swazi people that the plane had been donated to him by development partners. The tangled financial history of the King’s MacDonnell Douglas DC-9 jet (also known as MD87) was revealed in papers at the Court of Appeal, Ontario, Canada, where the jet is being held in a business dispute over an alleged unpaid bill of US$3.5 million for upgrades made to the plane. While the King was making this secret deal to secure the future of his private luxury jet, the Swazi economy was in free-fall. The mismanagement of the Swazi economy was so grave that in August 2010 both the International Monetary Fund and the World Bank refused to support Swaziland’s attempt to raise a US$500 million loan from the African Development Bank. The upgrades were all to increase the luxuriousness of the jet and had nothing to do with ensuring the King’s security. The court papers stated the jet had nothing in it PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS sistema de detecção de mísseis, nem radar militar, nenhum aço resistente a munição, nenhuma conexão de reabastecimento em voo, nem quaisquer avionics avançados e defesas ou contra-medidas eletrónicas para interferir com um radar inimigo. “Em termos práticos, a aeronave é um avião comum adaptado com comodidades de luxo.” O primeiro-ministro do rei Barnabas Dlamini, disse na rádio controlada pelo governo que o jacto fora oferecido ao Rei como presente de aniversário”, dos parceiros de desenvolvimento e amigos do rei, a serem utilizados por Sua Majestade para viagens ao exterior”. O Porta-voz do Governo Percy Simelane disse na altura: “O doador pediu para permanecer anónimo e mantemos esse acordo. Nós não devemos a ninguém um pedido de desculpas por ter tido a sorte de ter alguém que comprasse um jacto para o Rei”. O caso não teria acontecido na Suazilândia, porque o Rei Mswati III, que governa como último monarca absolutista da África sub-saariana, está acima da lei. Tanto a Constituição da Suazilândia como uma directiva do Chefe de Justiça Michael Ramodibedi, que foi nomeado pelo rei, dão imunidade ao monarca face a acções judiciais em relação a todas as coisas feitas ou omitidas, ou a serem feitas por ele e isso se aplica também a quaisquer alegações feitas indiretamente contra o rei. ‘making it unique or necessary for HMK [His Majesty the King] to conduct any state / sovereign business’. The papers added the aircraft had ‘no missile detection system, no military radar, no ammunition resistant steel, no in-flight refuelling connection, nor does it have any advanced avionics and defences or electronic counter measures to interfere with enemy radar. ‘Practically speaking, the aircraft is an “ordinary” airplane retrofitted with luxury amenities.’ The King’s Prime Minister Barnabas Dlamini, said on government-controlled radio that the King had been given the jet as a birthday gift, ‘from development partners and friends of the King, to be used by their majesties for travels abroad’. Government spokesperson Percy Simelane said at the time, ‘The donor has asked to remain anonymous and we stand by that agreement. We don’t owe anybody an apology for having been lucky to have someone purchase a jet for the King.’ The case would not have been allowed to take place in Swaziland, because King Mswati III, who rules as subSaharan Africa’s last absolute monarch, is above the law. Both the Swaziland Constitution and a directive from Chief Justice Michael Ramodibedi, who was appointed by the King, give the monarch immunity from any lawsuit in respect of all things done or omitted to be done by him and this applies also to any claims made indirectly against the King. www.revistabusinessconnect.com 21 PAÍSESECONOMIA VIZINHOS | |NEIGHBOURING BUSINESS AS USUAL NEWS Tanzânia: Produção de Diamantes sobe em Mwadui Tanzania: Production At Mwadui Diamonds Mine Rises A produção de diamantes na mina de Williamson em Mwadui, Região de Shinyanga subiu no trimestre passado em Março deste ano, melhorando os trimestres de produção do investidor, disse a empresa de mineração Petra Diamonds. Na sua actualização bolsista para o período de 1º de Janeiro a 31 de Março de 2015, a empresa disse que a produção de diamantes na mina de Mwadui aumentou 27 por cento para 57 542 quilates (ct). No geral, a mineradora Petra aumentou a produção, impulsionado reservas de tesouraria e reduzindo a dívida nos três meses até 31 de Março, apesar de uma queda de 31 por cento das receitas, o que os analistas descreveram como levemente decepcionante. Embora a empresa sedeada em Jersey tenha visto os preços like-forlike do trimestre subirem ligeiramente, em geral, os seus próprios preços médios caíram abaixo de 2015 devido ao mix de produtos que ela foi capaz de oferecer, principalmente por causa da dependência de áreas diluídas de mineração em baixa qualidade nas reservas maduras de Cullinan e Finsch. A empresa listada na Bolsa de Londres reiterou o início de pagamento de dividendos, com um dividendo único de dois pence por acção a ser pago para o exercício encerrado em 30 de Junho. Mas avisou que iria continuar a ser perseguida pela variabilidade de grau e menor mix de produtos de qualidade a partir das duas minas, cuja produção deverá situar-se abaixo dos resultados anuais, até à transição para áreas contendo minério não diluído. 22 Abril 2015 | APRIL 2015 Diamond production at Williamson mine in Mwadui, Shinyanga Region has shot up in the quarter ending March this year, improving production quarters of the investor, Petra Diamonds mining firm. In its trading update for the period from 1 January to 31 March 2015, the company said diamond production at Mwadui mine increased 27 per cent to 57 542 carat (ct). Overall, Diamond mining company Petra increased production, boosted cash holdings and cut debt in the three months to March 31, in spite of a 31 per cent revenue fall, which analysts described as mildly disappointing. While the Jerseyheadquartered company found this quarter’s like-forlike prices slightly higher in general, its own average prices fell below its own 2015 pricing guidance on the lower-quality mix of products it was able to offer, mainly because of dependence on mining diluted areas at its mature Cullinan and Finsch underground diamond mines. The London-listed company, yesterday reiterated its commencement of dividend payments, with a maiden dividend of 2 pence a share to be paid for this financial year ending June 30. But warned that it would continue to be dogged by grade variability and lower quality product mix from its mature Cullinan and Finsch mines, which was expected to result in below-range full-year results while it transitioned into areas containing undiluted ore. PAÍSES VIZINHOS | NEIGHBOURING NEWS www.revistabusinessconnect.com 23 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Moçambique é destino privilegiado do investimento estrangeiro O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário disse na abertura da Conferência Nacional sobre Estágios Pré-Profissionais que, devido aos recursos naturais, o país tornou-se num destino “privilegiado do investimento directo estrangeiro.” No entanto, segundo o PM, sem uma força de trabalho devidamente qualificada, será difícil que os cidadãos tirem maior partido destas oportunidades de emprego geradas por este investimento. Para Carlos Agostinho do Rosário, os estágios préprofissionais constituem o elo de ligação entre a formação académica que se obtém nas diferentes instituições de ensino e o mercado do trabalho. O Primeiro-ministro lembrou também que no início deste ciclo de governação, o Presidente Filipe Nyusi, elegeu como Objectivo Central a melhoria das condições de vida do Povo Moçambicano, aumentando o emprego, a produtividade e a competitividade, criando riqueza e gerando um desenvolvimento equilibrado e inclusivo, num ambiente de paz. Mozambique: preferred destination for foreign investment The Prime Minister, Carlos Agostinho do Rosario said today at the opening of the National Conference on Pre-Professional Internships that due to its natural resources, the country has become a “favoured destination for foreign direct investment.” However, according to the PM, without a properly skilled workforce, it will be hard for people to take greater advantage of the employment opportunities generated by this investment. For Carlos Agostinho do Rosario, preapprenticeships represent the link between academic training obtained in different educational institutions and the labour market. The Prime Minister also recalled that earlier in this governance cycle, the President Filipe #Nyusi, selected as his Central Objective the improvement in the living conditions of the Mozambican people, increasing employment, productivity and competitiveness, creating wealth and generating balanced and inclusive development, in a peaceful environment. Quinto concurso de exploração de gás natural em Moçambique adiado para Julho O governo de Moçambique adiou para o final de Julho o prazo para as licitações do quinto concurso para a concessão de áreas de pesquisa e produção de gás natural, sem adiantar motivos para este terceiro adiamento. Em causa está um total de 15 blocos que incluem 76,8 quilómetros quadrados nas bacias do Rovuma (norte do país), Zambeze (centro) e Angoche (norte), e à volta da zona da concessão de Pande/Temane (sul), bem como em Palmeira (sul). O comunicado que foi divulgado na página do Instituto Nacional do Petróleo (http://www.inp.gov.mz/) não apresenta motivos para mais este adiamento, o terceiro desde que o concurso foi inicialmente lançado em Londres, em Outubro de 2014. Depois de ter sido adiado para Janeiro, o prazo foi novamente prorrogado até final deste mês. Em Dezembro passado, o Instituto divulgou um comunicado em que justificava o adiamento com “diversos pedidos para extensão do prazo do seu encerramento, bem como a necessidade de maximizar o número de companhias concorrentes”. 24 Abril 2015 | APRIL 2015 Fifth natural gas exploration in Mozambique contest postponed to July The government of Mozambique postponed to the end of July the deadline for the bids of the fifth competition for granting research areas and natural gas production, without any further reasons for this third postponement. At stake is a total of 15 blocks including 76.8 square kilometers in the Rovuma basin (north), Zambezi (center) and Angoche (north), and around the area of the granting of Pande / Temane (south) and in Palmeira (south). The statement which was released on the website of the National Petroleum Institute (http://www.inp.gov.mz/) has no reason to delay this further, the third since the competition was first launched in London in October 2014. After being delayed until January, the deadline was extended again until later this month. Last December, the Institute issued a statement justifying the postponement to “several requests for extension of the period of closure, and the need to maximize the number of competing companies.” ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Moçambique recebe USD 9 biliões do Brasil Empresários brasileiros manifestaram interesse em estabelecer parcerias nas áreas de infraestruturas de produção de energia eléctrica e transporte urbano. Na primeira reunião do Grupo de Trabalho Bilateral Moçambique-Brasil, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, revelou que o seu país direcciona cerca de nove biliões de dólares norte-americanos de investimentos e financiamentos para Moçambique. Mozambique receives US$ 9 billion from Brazil Brazilian businessmen have expressed interest in establishing partnerships in the areas of infrastructure for electricity production and urban transport. At the first meeting of the Mozambique-Brazil Bilateral Working Group, the Minister of Foreign Affairs of Brazil, Mauro Vieira, revealed that his country will channel around nine billion US dollars of investment and funding for Mozambique. Banco Mundial concede novo empréstimo a Moçambique para reparação de estradas O Banco Mundial aprovou um financiamento adicional de 73,6 milhões de dólares para apoiar a execução da segunda fase do Programa de Manutenção e Gestão de Estradas e Pontes do governo de Moçambique, informou a instituição em comunicado enviado ao site Macauhub. Este terceiro crédito de financiamento adicional ao Programa de Gestão e Manutenção de Estradas e Pontes preenche um défice de financiamento para obras de reparação de estradas danificadas no sul da província de Gaza após sucessivas cheias na bacia do rio Limpopo em 2013. “Os danos causados à rede de estradas por inundações recorrentes isola muitas comunidades rurais, impedindo-lhes o acesso a serviços básicos, mercados e transportes”, disse Mark Lundell, director do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Maurícias, Seicheles e Comores. A maior parte das estradas da província de Gaza está localizada na zona baixa da bacia do rio Limpopo e são propensas a inundações, tendo mais de 70% da rede rodoviária da província, cerca de 2200 quilómetros, sofrido dano resultantes das cheias de 2013. O governo de Moçambique estimou que a reparação da rede rodoviária custaria aproximadamente 183 milhões de dólares, tendo o Banco Mundial, em Dezembro de 2013, providenciado um financiamento adicional de 70,15 milhões de dólares. World Bank gives new loan for repairing roads The World Bank has approved an adittional loan of 73.6 million US dollars to support the execution of the 2nd fase of Mozambique’s Road and Bridge Maintenance and Management Program, according to the institution, cited by Macauhub. This third additional financing to the program fulfils a budget deficit for repairing damaged roads on the South of Gaza province, after repeated floodings on the basin of Limpopo River, in 2013. “The damage caused to the road network from repeated flooding isolates many rural communities, preventing them access to basic services, markets and transport,” said Mark Lundell, director of the World Bank to Mozambique, Madagascar, Mauritius, Seychelles and Comoros. Most Gaza province’s roads are located in the lower area of the Limpopo River basin and are prone to flooding, and over 70% of the road network of the province, about 2200 kilometers, suffered damage resulting from the 2013 floods. The government of Mozambique has estimated that the repair of the road network would cost about 183 million dollars, and in December 2013 the World Bank provided additional funding of 70.15 million dollars. www.revistabusinessconnect.com 25 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Moçambique quarto maior receptor de ajuda da Noruega Moçambique foi em 2014 o quarto maior receptor de ajuda ao desenvolvimento prestada pela Noruega num grupo de 20 países africanos, com um montante estimado em 375,9 milhões de coroas norueguesas (46,3 milhões de dólares), noticiou o jornal moçambicano Correio da Manhã. O jornal, que cita o relatório anual da Embaixada da Noruega em Moçambique, acrescenta que a lista dos 20 países africanos é liderada pelo vizinho Malawi, com 531,9 mil milhões de coroas norueguesas, seguido da Tanzânia e Somália. Moçambique recebeu, entre 2009 e 2014, cerca de 2,5 mil milhões de coroas norueguesas (308 milhões de dólares) daquele país nórdico para a viabilização de vários projectos socioeconómicos, com destaque para a Educação, Energia, Saúde e apoio ao Orçamento do Estado. Numa análise do desempenho de Moçambique, o relatório da Embaixada da Noruega refere que, apesar do forte crescimento económico do país pelo menos nos últimos dez anos (média de 7% ao ano), o mesmo “tem feito muito pouco para reduzir a pobreza.” O relatório menciona, no entanto, melhorias em Moçambique na qualidade de gestão das finanças públicas, particularmente, receitas, ajuda externa, operações de pagamento, desembolso de salários, contratos e auditoria externa, além das registadas na transparência da gestão financeira pública. A Noruega é um dos principais intervenientes no projecto de desenvolvimento de uma linha de transmissão de energia eléctrica entre Moçambique e o Malaui, financiado pelo Banco Mundial, cuja execução se encontra, no entanto, parada devido a desavenças entre os dois países. 26 Abril 2015 | APRIL 2015 Mozambique’s fourth largest aid recipient from Norway Mozambique was the fourth largest recipient in 2014 of development aid provided by Norway in a group of 20 African countries, with an estimated amount of 375.9 million NOK (46.3 million dollars), reported the Mozambican newspaper Correio da Manhã. The newspaper, quoting the Embassy’s annual report of Norway in Mozambique, adds that the list of 20 African countries is led by neighbouring Malawi, with 531.9 million NOK, followed by Tanzania and Somalia. Between 2009 and 2014, Mozambique received about 2.5 billion Norwegian kroner (308 million dollars) from the Nordic country for the viability of several socio-economic projects, especially Education, Energy, Health and support for the state budget. Analysing the performance of Mozambique, the Norwegian Embassy report states that, despite the constant strong economic growth of the country (average of 7% per year) for the past ten years, the country “has done little to reduce poverty”. The report mentions, however, improvements in Mozambique on public financial management, particularly revenues, foreign aid, payment transactions, wage disbursement, procurement and external audit, in addition to registered transparency of public financial management. Norway is a major player in the draft development of a line of power transmission between Mozambique and Malawi, financed by the World Bank. The implementation of it, however, stopped due to disagreements between the two countries. ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Moçambicanos e portugueses avaliam negócios na Zambézia O Governo provincial da Zambézia afirma ter identificado vastas áreas com potencial agrogeológico para o desenvolvimento de projectos de agronegócios, convidando empresários moçambicanos e portugueses a apostarem na implantação de empresas de agro-processamento. Trata-se de áreas localizadas nos distritos de Gurué, Ile e Nicoadala, com condições de terras agricultáveis e cursos hídricos que podem ser bem explorados para a irrigação. O governador da Zambézia, Abdul Razak, que revelou a informação na abertura da I Bolsa de Negócios de dois dias que decorreu em Quelimane, envolvendo empresários da Zambézia e os da região de Santarém, em Portugal, disse também que as regiões já identificadas estão localizadas ao longo da estrada nacional e regional, o que facilita o escoamento da produção para as áreas de processamento e comercialização. Segundo Abdul Razak, um outro elemento-chave é a disponibilidade da mão-de-obra capacitada e habilitada para trabalhar nos diferentes projectos. “O agro-processamento é crucial para a agricultura, por isso apostamos neste sector, que tem vindo a contribuir com mais de 60 por cento da produção global da província, e se fosse bem explorada os dados seriam melhores do que hoje são”, disse Abdul Razak. A província da Zambézia tem cerca oito milhões de hectares de terra arável, mas apenas estão a ser explorados 1700 mil hectares, o que corresponde a vinte e cinco por cento do total da área. A este propósito, o governador da Zambézia apelou aos empresários da região centro e de Santarém para que a I Bolsa de Negócios “produza resultados que possam insuflar o desenvolvimento socioeconómico da província da Zambézia”, comprometendo-se a prestar todo o apoio e facilidade aos proponentes dos projectos, adiantou o site Macauhub. Mozambican and Portuguese evaluate business in Zambezia The provincial government of Zambezia claims to have identified large areas with agro-geological potential for the development of agribusiness projects, inviting Mozambican and Portuguese businessmen to bet in the implementation of agro-processing enterprises. These are areas located in the districts of Gurué, Ile and Nicoadala with conditions of arable land and water resources that can be better exploited for irrigation. The governor of Zambezia, Abdul Razak, who revealed the information on the opening of two days I Business Exchange held in Quelimane, Zambezia involving business and the Santarém region of Portugal, also said that the regions already identified are located along the national and regional road, which facilitates the flow of the production to the areas of processing and marketing. According to Abdul Razak, another key element is the availability of skilled labor, work and being able to work on different projects. “The agro-processing is crucial for agriculture, so we have been betting in this sector, which has contributed to over 60 percent of global production in the province, and if it had been well explored the figures would now be better than what they are,” said Abdul Razak. Zambezia province has about eight million hectares of arable land, but only being exploited 1.7 million hectares, which corresponds to twenty-five percent of the total area. In this regard, the governor of Zambezia called on businessmen in the central region and Santarém for the I Business Hub “to produce results that can inflate the socio-economic development of the province of Zambezia”, pledging to provide full support and helping the proponents of projects. www.revistabusinessconnect.com 27 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL China pretende tornar Moçambique num centro de exploração de gás natural A China pretende tornar Moçambique num centro de exploração de gás natural, afirmou o investigador português Gustavo Plácido dos Santos, que defende a ideia de que o país tem muito a ganhar com o envolvimento chinês na exploração daquele hidrocarboneto. Detentor de uma das maiores reservas de gás natural recentemente identificadas no mundo, Moçambique começa a receber os primeiros investimentos numa altura em que a conjuntura difícil no mercado das matériasprimas motiva adiamentos de alguns projectos, a que se soma alguma instabilidade política no país. Numa análise do Instituto Português de Relações Internacionais, Gustavo Plácido dos Santos defende que Moçambique é uma aposta central da China, o que faz com que a estabilidade do país seja uma preocupação. “Se, por um lado, a exploração de gás natural em Moçambique terá muito a ganhar com o envolvimento da China, por outro, é do interesse de Pequim garantir novos mercados de abastecimento, entre os quais Moçambique surge como um dos mais apetecíveis”, afirma o investigador. “A dinâmica entre a mudança estratégica de Pequim em relação a África, bem como a necessidade de defender os seus interesses e investimentos, poderá ser um factor essencial na garantia de estabilidade”, adianta. A Sinopec tem 20% numa concessão na bacia do Rovuma e a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) tem vindo a ser apontada como interessada na compra de uma parcela na mesma concessão, operada pela italiana ENI. A ENI tinha originalmente uma participação total de 70%, mas vendeu 20% à Sinopec, como forma de mobilizar meios de investimento e elevar o interesse da China pela produção do gás natural. Dados do governo de Moçambique indicam que até à data foram encontrados mais de 75 biliões de pés cúbicos na Área 4 e mais de 95 biliões de pés cúbicos de gás natural na Área 1. A Ásia está a concorrer directamente com o Qatar e a Rússia na produção de gás liquefeito. O investigador Loro-Horta afirmou num artigo recente que a China está a afirmar-se rapidamente “como o mais importante actor diplomático e económico em Moçambique”, investindo milhões “sem fazer perguntas.” 28 Abril 2015 | APRIL 2015 China aims to turn Mozambique into natural gas exploration center China aims to turn Mozambique into a natural gas exploration center, said Portuguese researcher Gustavo Plácido dos Santos, who defends the idea that the country has much to gain from the Chinese involvement in the exploitation of that hydrocarbon. With one of the largest natural gas reserves recently identified in the world, Mozambique begins to receive the first investments at a time when the difficult economic situation in the raw materials market motivates postponements of some projects, adding to some political instability in the country.In an analysis from the Portuguese Institute of International Relations, Gustavo Plácido dos Santos argues that Mozambique is a central commitment to China, which makes the country’s stability a concern. “On the one hand, the natural gas exploration in Mozambique will have much to gain from the involvement of China, on the other, it is Beijing’s interest to ensure new supply markets, including Mozambique emerged as one of the most desirable” says the researcher. “The dynamic between the strategic shift from Beijing to Africa, and the need to defend their interests and investments, may be a key factor in ensuring stability”, he said. Sinopec has 20% of a concession in the Rovuma basin and the China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) has been identified as interested in buying a plot in the same concession, operated by Italy’s ENI.ENI originally had a total of 70% stake, but sold 20% to Sinopec, in order to mobilize investment resources and raise the interest of China for the production of natural gas. Mozambique’s government estimated that to date over 75 trillion cubic feet have been found in Area 4 and more than 95 trillion cubic feet of natural gas in Area 1. Asia is now competing with Qatar and Russia towards producing liquefied gas. China is asserting itself quickly “as the most important diplomatic and economic player in Mozambique,” investing millions “no questions asked.” ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Empresários brasileiros buscam oportunidades em Moçambique Empresários brasileiros têm estado em Moçambique em busca de oportunidades de investimentos nas áreas de minas, energia, saúde e agricultura e participaram em Maputo da semana Brasil-Moçambique. Ao todo são 40 empresas das áreas acima citadas que participam do evento que tem como objectivo, descobrir as reais potencialidades e as oportunidades de investimento no país. A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considerou o evento um momento privilegiado para a afirmação de parcerias entre o empresariado nacional e brasileiro. Recentemente uma comitiva de diplomatas brasileiros liderada pelo Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fez escala em Moçambique, tendo celebrado vários acordos de cooperação entre os dois países. Brazilian businessmen seeking opportunities in Mozambique Brazilian entrepreneurs are seeking for investment opportunities in the areas of mining, energy, health and agriculture and have participated in Maputo’s Brazil-Mozambique week. Altogether there were 40 companies of the above areas participating in the event which aims to discover the real potential and investment opportunities in the country. The Confederation of Business Associations of Mozambique (CTA) considers the event a privileged moment to claim partnerships between the national business and Brazilian. Recently a delegation of Brazilian diplomats led by Minister of Foreign Affairs, Mauro Vieira, came to Mozambique, and signed several cooperation agreements between the two countries. www.revistabusinessconnect.com 29 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Banco de Moçambique procura cumprir metas Bank of Mozambique seeks to fulfill goals O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique (CPMO) considera adequado prosseguir uma política monetária e cambial prudente e decidiu intervir nos mercados interbancários de modo a assegurar o cumprimento da meta da Base Monetária para Abril de 2015, fixada em 55.520 milhões de meticais. Reunido na sua IV sessão ordinária do presente ano, o órgão do Banco Central também decidiu manter a taxa de juro da Facilidade Permanente da Cedência de Liquidez em 7,5%; a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos em 1,50%; e o Coeficiente de Reservas Obrigatórias em 8,0%. O CPMO garante que tomou nota dos riscos prevalecentes nas conjunturas económica e financeira internacional, caracterizadas pelo abrandamento da actividade económica global, acompanhado pelo contínuo fortalecimento do dólar dos EUA e pela queda persistente dos preços das principais mercadorias no mercado internacional, com impactos assinaláveis para as economias com as características de Moçambique. Num encontro realizado em Abril, o Banco apreciou o documento da política monetária que reporta as informações económica e financeira relativas aos meses de Fevereiro e Março de 2015, bem como os desenvolvimentos mais recentes referentes a Abril, para alguns indicadores. Nas conjunturas económica e financeira internacional destaca-se a divulgação de dados sobre o PIB anual das economias mais desenvolvidas e emergentes, observando-se uma aceleração na economia dos EUA em 20 pontos base (pb), para 2,4%, e no Reino Unido em 120 pb, para 2,9%, enquanto a actividade económica no Japão contraíu 0,03%. No mês de Fevereiro registou-se uma desaceleração generalizada da inflação neste grupo de economias, tendo a Zona Euro e pelo terceiro mês consecutivo registado uma deflação de 0,3%, contra uma variação nula nos EUA e no Reino Unido. Nas economias de mercado emergentes as conjunturas continuaram a ser caracterizadas pelo abrandamento do ritmo da actividade económica decorrente da redução da procura global. Com efeito, informação recentemente publicada aponta para a desaceleração das taxas de crescimento económico em 2014 na Rússia, Coreia do Sul e Índia, tendo-se mantido 30 Abril 2015 | APRIL 2015 The Monetary Policy Committee of the Bank of Mozambique (MPC) considers appropriate to continue prudent monetary and exchange rate policy and decided to intervene in the interbank markets in order to ensure compliance with the Monetary Base target for April 2015, set at 55,520 million meticais. Meeting in the IV ordinary session of this year, the Central Bank’s Committee also decided to keep the interest rate of the Standing Liquidity Facility Lending at 7.5%; the interest rate on the standing deposit facility at 1.50%; and the required reserves coefficient by 8.0%. The MPC ensures that it noted the risks prevailing in the international economic and financial situation, characterized by the slowdown in global economic activity, accompanied by the continued strengthening of the US dollar and the persistent fall in prices of the main commodities in the international market, with significant impacts on economies with the characteristics of Mozambique. At a meeting held in April, the Bank assessed the monetary policy document that reports the economic and financial information for the months of February and March 2015, as well as the latest developments for April, for some indicators. In the international economic and financial situations stands out the report on data on the annual GDP of the most developed and emerging economies, witnessing acceleration in the US economy by 20 base points (bp) to 2.4%, and the United Kingdom in 120 base points to 2.9%, while economic activity in Japan contracted 0.03%. In February a general slowdown in inflation was recorded in this group of economies and the Euro area recorded a deflation of 0.3% for the third consecutive month, compared with zero growth in the US and UK. In emerging market economies circumstances continued to be characterized by a slowdown in the pace of economic activity resulting from reduced global demand. Indeed, information published recently points to the slowdown in economic growth rates in 2014 in Russia, South Korea and India, and remained in China around 7.3%, while in Brazil the pace of annual ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL na China em torno de 7,3%, enquanto no Brasil o ritmo de contracção anual, que caracterizou os últimos três trimestres, mostra sinais de inversão. Nas economias da SADC, dados disponíveis referentes ao IV trimestre de 2014 indicam um desempenho misto da actividade económica com algumas economias a registarem um abrandamento do PIB, como são os casos de Botswana, Moçambique e África do Sul, contrastando com as Maurícias e Malawi cujo ritmo de crescimento esteve acima de igual período do ano transacto. Segundo o Banco de Moçambique no mercado internacional os preços médios das principais mercadorias com peso significativo na balança de pagamentos de Moçambique e no comportamento da inflação continuaram na generalidade a observar em Março uma tendência para queda, com destaque para os preços do açúcar (-11,5%), do trigo (-2,7%), do alumínio (-2,1%) e do brent (-1,8%). Em termos anuais salienta-se a queda dos preços do brent (-47,0%), do trigo (-28,7%), do algodão (-28,5%), do açúcar (-28,2%), do milho (-21,6%) e do carvão metalúrgico (17,6%). No último dia de Março o preço do barril de brent fixou-se em USD 55,11, tendo incrementado para USD 56.57 no fecho do dia 9 de Abril. Ainda de acordo com a mesma fonte, o PIB de Moçambique cresceu 7,0% no IV trimestre de 2014, menos 60pb em relação ao verificado no trimestre anterior, fazendo com que o crescimento real da economia moçambicana em 2014 fosse de 7,4%, mais um ponto percentual em relação a 2013. Os sectores primário, com um crescimento anual de 8,8%, e o terciário, com um crescimento anual de 8,1%, foram os que se destacaram no IV trimestre. A evolução do sector primário foi favorecida pelo aumento da produção agrícola em 7,0% e da indústria extractiva em 14,9%, esta última influenciada pelo incremento do volume de produção de gás e areias pesadas, tendo o comportamento do sector terciário reflectido o aumento da actividade dos serviços financeiros em 30,8%, destacando-se como o ramo com a maior contribuição no crescimento anual de 2,4 pontos percentuais. Importa igualmente anotar a recuperação do sector de Turismo com um crescimento de 4,1%, após um declínio de 3,0% no trimestre anterior. Os indicadores dianteiros dos dois primeiros meses de 2015 indicam que o PIB continua a crescer, a avaliar pela confiança empresarial expressa pelo indicador de clima económico que apresentou uma ligeira melhoria relativamente a Dezembro de 2014, reflectindo fundamentalmente a recuperação do emprego actual e das perspectivas de emprego, assim como o incremento das perspectivas de preços, na maior parte dos sectores de actividade, que suplantaram a tendência decrescente das perspectivas da procura, em alguns sectores, decorrentes dos receios de abrandamento da actividade económica nos primeiros meses do ano. No sector monetário, dados provisórios referentes a Março de 2015 indicam que o saldo médio da base monetária, variável operacional da política monetária, registou uma redução mensal de 1252 milhões de meticais, para 54.299 milhões, afastando-se ligeiramente da meta estabelecida para o período em 740 milhões. contraction, which characterized the last three quarters, shows reversal signals. In the SADC economies, available data for the fourth quarter of 2014 indicate a mixed economic performance with some economies suffering a slowdown of GDP, as in the case of Botswana, Mozambique and South Africa, in contrast to Mauritius and Malawi whose growth rate was above the same period last year. According to the Bank of Mozambique the international market average prices of main commodities with significant weight in the balance of payments of Mozambique both as the behaviour of inflation generally continued to observe a tendency to fall in March, especially sugar prices (-11.5%), wheat (-2.7%), aluminium (-2.1%) and Brent (-1.8%). In annual terms stands out the drop in Brent prices (-47.0%), wheat (-28.7%), cotton (-28.5%), sugar (-28.2%), corn (-21.6%) and coking coal (17.6%). On the last day of March the price of Brent barrel stood at USD 55.11, having increased to $ 56.57 on the day of closing on April 9. Also according to the same source, Mozambique’s GDP grew 7.0% in the fourth quarter of 2014, less 60PB compared to the previous quarter, meaning the real growth of the Mozambican economy in 2014 was 7.4% one plus percentage point compared to 2013. The primary sectors, with an annual growth of 8.8%, and the tertiary sector, with an annual growth of 8.1%, were the ones that stood out in the fourth quarter. Developments in the primary sector were favoured by increased agricultural production by 7.0% and the extractive industry by 14.9%, the latter influenced by the increase in gas production volume and heavy minerals, and the tertiary sector behaviour reflected the increased activity of financial services by 30.8%, standing out as the branch with the largest contribution to annual growth of 2.4 percentage points. It is also important to note the recovery of the tourism sector with a growth of 4.1% after a 3.0% decline in the previous quarter. The leading indicators of the first two months of 2015 indicate that GDP continues to grow, judging by business confidence by the economic climate indicator that showed a slight improvement compared to December 2014, mainly reflecting the recovery of the current employment and prospects of employment as well as the increase in price prospects, in most business sectors, which supplanted the downward trend of the outlook for demand in some sectors, resulting from the relaxation of fears of economic activity in the first months of the year. In the monetary sector, provisional data for March 2015 indicate that the average balance of the monetary base, operating variable of monetary policy, a monthly reduction of 1252 million Mt to 54 299 million, slightly away from the 740 million target, set for the period. www.revistabusinessconnect.com 31 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL 32 Abril 2015 | APRIL 2015 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Ministro da Índia anuncia investimentos de grupos estatais em Moçambique Minister of India announces state groups investments Grupos estatais indianos vão investir 6 mil milhões de dólares ao longo dos próximos 4 anos em Moçambique na liquidificação de gás natural para posterior exportação para países como a Índia, anunciou em Nova Deli o ministro indiano do Petróleo e Gás Natural, citado pelo site Macauhub. O ministro Dharmendra Pradhan, que falava num encontro de trabalho organizado pela Agência Internacional de Energia, em colaboração com entidades locais, referia-se aos grupos Oil and Natural Gas Corporation (ONGC), Oil India Ltd (OIL) e Bharat Petroleum Corp. O primeiro grupo, através da ONGC Videsh, a empresa para os negócios no estrangeiro e os outros dois detêm uma participação de 30% na Área 1 da bacia do Rovuma, norte de Moçambique, onde se estima existam depósitos com 75 biliões de pés cúbicos de gás natural. “Já investimos mais de 6 mil milhões de dólares e vamos aplicar um montante igual até 2019 para desenvolver a Área 1”, disse Pradhan, citado pela imprensa indiana. O ministro indiano do Petróleo e Gás Natural deixou Moçambique há dias depois de uma visita que serviu para discutir o fortalecimento da cooperação energética entre os dois países. “Tive uma visita com muito sucesso a Moçambique…e estamos a ter total cooperação do governo de Moçambique no que se refere ao desenvolvimento inicial e monetização do projecto na bacia do Rovuma”, disse ainda o ministro. O ministro anunciou ainda que os primeiros embarques de gás natural liquefeito da Área 1 para a Índia deverão ocorrer em 2018/2019. Indian state groups will invest 6 billion dollars over the next four years in Mozambique in natural gas liquefaction for later export to countries like India, announced in New Delhi the Indian Minister of Petroleum and Natural Gas. The minister Dharmendra Pradhan, who was speaking at a working meeting organized by the International Energy Agency, in collaboration with local entities, referred to the groups Oil and Natural Gas Corporation (ONGC), Oil India Ltd (OIL) and Bharat Petroleum Corp. The first group, through ONGC Videsh, the company for business abroad and the other two hold a 30% stake in Area 1 of the Rovuma basin in northern Mozambique, where there are estimated deposits of 75 trillion cubic feet natural gas. “We have invested more than 6 billion dollars and we will apply an equal amount by 2019 to develop the Area 1,” Pradhan said, quoted by Indian media. The Indian Minister of Petroleum and Natural Gas left Mozambique for days after a visit that served to discuss the strengthening of energy cooperation between the two countries. “I had a visit to Mozambique with great success ... and we have full cooperation of the government of Mozambique in relation to the initial development and monetization of the project in the Rovuma basin,” the minister said. The minister also announced that the first liquefied natural gas shipments from Area 1 to India are expected in 2018/2019. www.revistabusinessconnect.com 33 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Fábrica financiada pela China inaugurada em Moçambique A fábrica do Complexo Agro-Industrial do Chokué, na província de Gaza, Moçambique, foi inaugurada pelo Presidente Filipe Jacinto Nyusi em Abril, informou em comunicado o Instituto de Gestão de Participações do Estado (Igepe). O Complexo Agro-Industrial do Chokué é um projecto orçado em 60 milhões de dólares, financiado com um empréstimo concedido pelo Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China. Segundo o site Macauhub, o objectivo central do projecto é a resolução dos problemas cíclicos de produção agrícola que se perde ao longo das sucessivas campanhas tanto em Chokué como nos arredores (vale do Limpopo) que afectam o esforço desenvolvido pelos agricultores. A fábrica a ser inaugurada, além de processar arroz, castanha de caju e tomate, terá capacidade para armazenar mais de 30 mil toneladas de produtos agrícolas. 34 Abril 2015 | APRIL 2015 Factory funded by China inaugurated in Mozambique The factory of the Agro-Industrial Complex of Chokué, in Gaza province, Mozambique, was inaugurated by President Filipe Jacinto Nyusi in April, said in a statement the Office of State Shareholdings Management (Igepe). The Agro-Industrial Complex Chokué is a $ 60 million project, financed with a loan from the ExportImport Bank (Ex-Im) of China. According to the Macauhub site, the central aim of the project is the resolution of the cyclical problems of agricultural production that is lost during the successive campaigns both in Chokué as around (Limpopo Valley) affecting the efforts of the farmers. The plant to be inaugurated, in addition to processing rice, cashew nuts and tomatoes, will have the capacity to store more than 30 thousand tons of agricultural products. Players agree on a minimum ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Entidades chegam a acordo sobre preço mínimo do algodão Foi alcançado consenso sobre o preço do algodão a vigorar este ano no país. Assim, o “ouro branco” de primeira custará 10,25 meticais o quilo, enquanto o de segunda será comercializado a nove meticais a mesma quantidade. Os valores foram alcançados na cidade de Montepuez, como resultado de uma negociação tripartida envolvendo os produtores, fomentadores e o Governo, este último representado pelo Instituto do Algodão de Moçambique (IAM). Estes valores de compra do algodão produzido este ano representam um decréscimo dos praticados no ano passado, altura em que o algodão de primeira foi comercializado a 11,25 meticais. Para Norberto Mahalambe, director do Instituto do Algodão de Moçambique (IAM), esta descida deveu-se à queda do preço no mercado internacional. José Domingos, presidente do Fórum Nacional dos Produtores de Algodão (FONPA), salientou que os praticantes daquela cultura têm consciência de que o algodão tem muita dependência do mercado internacional, realidade de que não podem fugir. “Houve um trabalho sério na negociação mas como o preço no mercado internacional caiu saímos a perder. No entanto, este preço de 10,25 meticais é o mínimo fixado e isso não quer dizer que o fomentador querendo não possa aumentá-lo. Temos esta dura realidade a que, infelizmente, estamos acostumados” - reconheceu. Questionado se a situação da queda do preço não desmotivaria os produtores, que podem abandonar a prática desta cultura para apostar noutras, como o gergelim, Domingos defendeu que o gergelim não depende do preço do mercado internacional e por esta razão “não é uma cultura que se pode confiar, porque não tem saída para fora. Nós vamos continuar a produzir algodão porque sabemos da sua importância”. Refira-se que na presente campanha agrícola foram lavrados em todo o país cerca de 140 mil hectares envolvendo 190 mil produtores e espera-se produzir cerca de 98 mil toneladas de algodão, sendo as províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa, Sofala, Manica e Tete as que mais produzem o chamado “ouro branco”. new agreement on price for cotton Consensus was reached on the price of cotton into effect this year in the country. Thus, the first category “white gold” will cost 10.25 meticais per kilo, while the second category one will be sold to nine meticais the same amount. The values have been discussed in the city of Montepuez as a result of a tripartite arrangement involving producers, developers and the Government, the latter represented by the Cotton Institute of Mozambique (IAM). These cotton purchase values produced this year represent a decrease to what was charged last year, when cotton was trading at 11.25 meticais. For Norberto Mahalambe, director of the Mozambique Cotton Institute (IAM), this decline was due to the price fall in the international market. José Domingos, president of the National Forum of Cotton Producers (FONPA), stressed that the practitioners of that culture are aware that cotton has much dependence on the international market, a reality they cannot escape. “There was a serious work in the negotiation but as the price on the international market fell we came to lose. However, this price of 10.25 metical is the minimum set and it does not mean that the developer wanting cannot increase it. We have this harsh reality that, unfortunately, we are accustomed “- he recognized. Asked wether the situation of the price fall would sadden the producers, who might abandon this culture to bet in others, such as sesame seeds, Domingos argued that sesame does not depend on the international market price and therefore “is not a culture that can be trusted because it has no way out. We will continue to produce cotton because we know of its importance. “ In the current agricultural campaign about 140 hectares across the country were ploughed, involving 190 000 producers and they’re expected to produce about 98 thousand tons of cotton, from the provinces of Nampula, Cabo Delgado, Niassa, Sofala, Manica and Tete, the ones that produce the so-called “white gold”. www.revistabusinessconnect.com 35 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL Gaza: turismo em crescendo Gaza: tourism growing “A tendência de crescimento da actividade turística na província de Gaza e o incremento de investimentos no sector resulta das políticas adoptadas pelo Governo nesta área, facto consubstanciado no ambiente de negócios cada vez mais favorável, através de incentivos fiscais, e da simplificação de procedimentos”. Quem o diz é a Vice-Ministra da Cultura e Turismo, Ana Comoana. A consideração foi feita na vila do Caniçado, distrito de Guijá, na cerimónia de inauguração de mais um Hotel Kapulana no país. A unidade hoteleira vem associar-se a outros estabelecimentos similares já em funcionamento em Nwadjahane, Chilembene, Moamba, Alto Molócuè e Mueda, em Gaza, Maputo, Zambézia e Cabo Delgado, Funhalouro, na província de Inhambane, e Gorongosa, na região central de Sofala, enquanto decorrem obras em Sussundenga, em Manica, e em Memba, em Nampula. Segundo Comoana, a cerimónia foi o culminar de uma das atribuições do Ministério da Cultura e Turismo, de coordenar com os governos provinciais e distritais a implementação de empreendimentos daquela natureza em locais que carecem de estabelecimentos de acomodação à escala nacional, unidades definidas para comportarem em média entre seis e 16 quartos. A medida insere-se na materialização do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo, que visa fazer face aos constrangimentos da falta de condições de alojamento condigno e a custos razoáveis nos distritos. Foi em 1997 que o Governo decidiu lançar programas de apoio financeiro ao empresariado nacional para contribuir para o aumento da oferta de hospedagem, o que culminou, em 2007, com a concepção do denominado “Projecto Kapulana e Resorts”. Para Comoana, “o mundo globalizado em que vivemos está a ser a cada dia caracterizado por uma clientela cada vez mais exigente e conhecedora de serviços de qualidade, razão pela qual não basta apenas construir hotéis bonitos, sendo sim imprescindível assegurar a hospitalidade e o bom atendimento”. 36 Abril 2015 | APRIL 2015 “The growing trend of tourism in the province of Gaza and the increase of investments in the sector follows the policies adopted by the Government in this area, whether embodied in the increasingly favorable business environment, through tax incentives, and the simplification of procedures”. So says the Deputy Minister of Culture and Tourism, Ana Comoana. The consideration was made in the village of Caniçado, Guijá district, at the opening ceremony of another Kapulana Hotel in the country. The establishment adds to other similar establishments already operating in Nwadjahane, Chilembene, Moamba, High Molócuè and Mueda, in Gaza, Maputo, Zambezia and Cabo Delgado, respectively. According to the minister, there are also already completed and equipped similar hotels in Funhalouro, in Inhambane province, and Gorongosa, in central Sofala, while arising works in Sussendenga in Manica, and Memba, in Nampula. According to Comoana, the ceremony was the culmination of one of the tasks of the Ministry of Culture and Tourism: to coordinate with provincial and district governments to implement projects of this nature in places that lack accommodation establishments nationwide, now bearing units that comprise between six and 16 rooms. The measure is part of the realization of the Strategic Plan for Tourism Development, which is to address the constraints of the lack of decent housing conditions and at a reasonable cost in the districts. It was in 1997 that the government decided to launch financial support programs to national entrepreneurs to contribute to the increase in hosting offer, which culminated in 2007 with the design of the so-called “Project Kapulana and Resorts”. According to Comoana, “the best advertising we can do is to ensure customer satisfaction, watching the standardization of services, attention to detail in order to make a difference to the success of any hotel project”. ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL ZimpetoMarracuene: Obras do gasoduto na recta final A instalação da conduta de gás doméstico da zona do Zimpeto à vila de Marracuene está praticamente concluída, estando-se neste momento na fase de acertos finais, devendo os testes serem feitos em finais do mês. Fonte da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) disse que a actual fase é o culminar dos trabalhos de colocação do gasoduto para a sede distrital de Marracuene iniciados a 18 de Dezembro do ano passado, prevendo a canalização daquele combustível. António Matola, director de Gestão de Operações na ENH, precisou que as acções agora em curso consistem na montagem de válvulas, umas para os ramais de ligação aos futuros consumidores e outras de segurança, a serem usadas para o bloqueio de circulação de gás em situações de emergência. O gasoduto que parte do Zimpeto para Marracuene tem uma extensão de 15 quilómetros. Na primeira etapa do projecto, que teve início em Setembro último, foi montada uma rede primária de 62 quilómetros de extensão, com um anel que cobre diversos bairros da capital, num trabalho orçado em 38.2 milhões de dólares desembolsados pela companhia coreana Kogas, parceira da ENH na iniciativa de distribuição do gás no Grande Maputo. As obras da segunda fase estão avaliadas em quatro milhões de dólares norte-americanos, igualmente desembolsados pela Kogas. De salientar que a distribuição e comercialização de gás natural para uso doméstico na cidade de Maputo e distrito de Marracuene foram concessionadas à ENH em Novembro de 2009, através de um contrato assinado com o Governo. Para a implementação do projecto, lançado em Março de 2013, a ENH firmou uma parceria com a Kogas, resultando na constituição da sociedade ENH-Kogas. Marracuene: pipeline works on final stretch The installation of domestic gas duct in Zimpeto’s area at Marracuene village is almost complete and is at this moment at the stage of final arrangements. Source of the National Hydrocarbons Company (ENH) said that the current phase is the culmination of the pipeline installation work for the district headquarters of Marracuene started on 18 December last year, providing for the channeling of that fuel. Antonio Matola, Director of Management Operations in ENL, stated that the measures now in progress in the structuring of valves, one for connecting routes to future consumers and other security, to be used for gas circulation in blocking situations of emergency. The pipeline that parts from Zimpeto to Marracuene has a length of 15 kilometers. In the first stage of the project, which began last September, a primary network of 62 kilometers in length was mounted with a ring that covers several districts of the capital, a budgeted work of 38.2 million dollars disbursed by the Korean company Kogas, partner of ENL in the gas distribution initiative in the Greater Maputo. Work on the second phase is estimated at four million US dollars, also paid by Kogas. Note that the distribution and marketing of natural gas for domestic use in the city of Maputo and Marracuene district was concessioned to ENL in November 2009, through a contract with the Government. To implement the project, launched in March 2013, ENL has partnered with Kogas, resulting in the formation of ENH-Kogas society. www.revistabusinessconnect.com 37 ECONOMIA | BUSINESS AS USUAL CTA e USAID sugerem debate sobre custo de mão-de-obra no país A Confederação das Associações Económicas (CTA) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID) sugerem que haja um debate sobre o custo da mão-de-obra no país, num documento intitulado “Competitividade de Moçambique e o Boom dos Recursos Naturais”. A discussão pretende apurar até que ponto utilizar mão-de- obra barata pode desenvolver a economia de Moçambique, tomando por base dois argumentos: “os baixos custos de mão-de-obra podem ser atractivos para a indústria de trabalho intensivo”, e “o trabalho de baixo custo normalmente significa que há grandes populações de desempregados ou subempregados a receberem salários baixos. O estudo toma como baixo um salário mínimo de 70 dólares (cerca de 2000 Mt), portanto, abaixo do nível actual. Itália confirma apoio a Moçambique O subsecretario de Estado no Ministério do Trabalho e Políticas Sociais da Itália, Hon. Luigi Bobba, inicia hoje até a próxima sexta-feira uma visita de trabalho ao nosso país com intuito de confirmar as relações bilaterais existentes entre os dois países. Em Moçambique, aquele dirigente vai manter encontros com as autoridades e membros do Governo, representantes da sociedade civil e operadores italianos em Moçambique, para além de visitar a Escola Profissional Estrela do Mar, situada na província de Inhambane. O ministro italiano vai ainda reafirmar o compromisso da Itália em apoiar o nosso país no processo de desenvolvimento económico, incluindo as áreas de cooperação bilateral, com destaque para a educação e formação profissional, apoiando os esforços do país na criação de emprego e promovendo um crescimento económico inclusivo. 38 Abril 2015 | APRIL 2015 CTA and USAID suggest debate cost of manual labor The Confederation of Business Associations (CTA) and the United States Agency for Development (USAID) suggest that there should be a debate on the cost of hand labour in the country, in a document entitled “Competitiveness of Mozambique and the Boom of Natural Resources “. The discussion aims to analyze to what extent using cheap labour can develop the economy of Mozambique, based on two arguments: “the low hand labour costs may be attractive to the labor-intensive industry,” and “the low-cost labour usually means that there are large populations of unemployed or underemployed in lowpaid jobs. The study takes as low a minimum wage of $ 70 (about 2000 Mt), therefore, below the current level. Italy confirms support to Mozambique The Undersecretary in the Ministry of Labour and Social Policies in Italy, Hon. Luigi Bobba, has recently visited Mozambique, with the aim of confirming the existing bilateral relations between the two countries. In Mozambique, the leader has met with the authorities and government officials, civil society representatives and Italian operators in Mozambique, besides visiting the Professional School Star of the Sea, located in Inhambane province. The Italian minister has also reaffirmed the commitment of Italy to support our country in the economic development process, including the areas of bilateral cooperation, with emphasis on education and training, supporting the country’s efforts in creating jobs and promoting growth inclusive economic. OPINIÃO | OPINION As Regras de Sucesso! ÉLIO MARTINS MUDENDER SEKELEKA – Consultório Psicológico E Serviços Cel: 829535550 / 844246868 - [email protected] ‘Não é sonhar, é fazer… não deixe o medo ser um obstáculo… espere pelo inesperado e esteja sempre pronto… trabalhe duro e divirta-se a sério…’ (Mark Cuban) Todos nós almejamos SUCESSO. Seja como for a nossa concepção de sucesso, a verdade é que todas as pessoas almejam alcancá-la. Seja no aspecto económico, social, artístico, político, cultural, etc. Mas porque é que mesmo que todas as pessoas ambicionem o sucesso, nem todas elas conseguem alcançar esta ambiciosa meta? O que difere uma pessoa de sucesso das outras? Será pela sua beleza? Pelo seu porte físico? Pela sua raça? Nem tanto. O que difere as pessoas de sucesso das outras, são as suas atitudes. Isso mesmo: ATITUDES. Você já pensou sobre o que costuma fazer para granjear o sucesso que tanto almeja na sua vida? Quase todos ambicionamos ter um bom emprego. Conduzir um bom carro. Viver numa boa casa. Termos uma família maravilhosa. Curtirmos a vida com prazer… Pois, é justo que assim sonhemos, porque afinal, sonhar é bom. Mas o que fazemos para tornar esses sonhos uma realidade? Lembre-se: Não basta apenas pensar. É preciso fazer! As pessoas de sucesso, independentemente da época ou lugar em que vivem ou viveram; da sua raça; nível académico; credo político ou religioso e outros atributos possíveis, parecem apresentar algumas características em comum: a sua Inteligência Emocional. A sua capacidade de tomar a dianteira das coisas, sem medo de errar. Se erram, aprendem logo do erro, e muito rapidamente erguem-se e continuam com a batalha. São pessoas focadas nos seus objectivos, por isso, conseguem assumir uma posição de liderança e atrair inúmeras forças a seu favor. Lembram-se da história do S. Jobs, o fundador da Aple? Lebram-se do Bil Gates, o dono da Microsoft? Conhecem a história do Picasso que começou a pintar em retalhos de papel? Já ouviram falar de Mark Cuban, o multimilionário, que começou a sua carreira de empresário, vendendo leite em pó, de porta a porta? Esses casos de sucesso sempre são acompanhados por um espírito de muita luta… muita aprendizagem e um grande foco nos objectivos. Por isso, mais do que ambicionar o sucesso, como diz o autor do livro, A Magia de Pensar em Grande, David Schwartz, vamos partir para a acção. Não vale apena procastinar. Vamos logo meter a mão na massa. Para frente é o caminho! The rules to Success! ‘Don’t just dream, do ... do not let fear become an obstacle ... expect the unexpected and always be ready ... work hard and play hard’ (Mark Cuban) We all long for SUCCESS. Whichever our vision of success, the truth is that all people long to reach it. Whether in the economic aspect, social, artistic, political, cultural, etc. But why is it that all people ambitious for success, not all of them can achieve this ambitious goal? What distinguishes a successful person to another? Will it be for its beauty? By their physical size? For their race? Not so much. What distinguishes successful people from the other, are their attitudes. That’s right: ATTITUDES. Have you thought about what you usually do to gain the success you crave in your life? We all aspire to have good jobs. Drive a nice cars and have a good home. Have a wonderful family and get the best out of life... Well, it’s just to let us dream, because after all, dreaming is good. But what we do to make these dreams a reality? Remember: You cannot just think. You need to do! Successful people, regardless of time or place in which they live or have lived; of race; academic achievement; political beliefs or religion and other possible attributes, seem to have some characteristics in common: their Emotional Intelligence. Your ability to take the lead of things, without fear of error. If errors happen you will soon learn the error, and very quickly rise up and continue the battle. People are focused on their objectives, therefore, can take a leadership position and attract numerous forces in their favour. Invest in a bold and creative approach. Do you remember the story of S. Jobs, the founder of Apple? Remember Bill Gates, owner of Microsoft? You know the story of Picasso that began painting scraps of paper? Have you heard of Mark Cuban, the billionaire, who began his career as businessman, selling milk powder, door to door? These success stories are always accompanied by a spirit of much struggle ... a lot of learning and a major focus in the objectives. Therefore, rather than aim for success, as the author of the book, The Magic of Thinking Big, David Schwartz, let’s move on to the action. Its not worth being a procrastinator. go get your hands dirty. www.revistabusinessconnect.com 39 CIÊNCIA Lixo no Espaço vai ser limpo a laser Powerful Laser Beam Zaps Out Dangerous Space Junk in Orbit Há já algum tempo que as agências espaciais têm tentado perceber como eliminar detritos espaciais, tais como antigos satélites, foguetes e aeronaves flutuando no espaço. Actualmente, há uma estimativa de 500 mil peças de lixo espacial a orbitar a Terra, a uma velocidade de 28163.52 kms por hora. Lixo que pode causar danos a outros satélites e até mesmo à Estação Espacial Internacional (ISS). A equipe japonesa de cientistas do Instituto de Pesquisa Riken descobriu agora uma solução para eliminar os destroços. Os investigadores estão agora a propor a usar uma técnica que irá envolver explodir cerca de 3.000 toneladas de detritos usando um laser de fibra óptica montado na ISS. Os cientistas afirmam que isso implicaria um processo de duas etapas. Para controlar os detritos espaciais, os pesquisadores poderão usar o telescópio extremo de infravermelhos do Observatório Espacial da Agência Espacial Europeia, originalmente concebido para detectar os raios cósmicos de alta energia que atingem o planeta. A etapa seguinte envolverá o uso de um sistema de laser que poderá gerar uma ablação ou vaporização plasma que forçará o objecto a diminuir a sua velocidade orbital levando a uma re-entrada na atmosfera da Terra. A equipa planeia agora fazer uma experiência de teste no laboratório espacial de órbita com uma pequena versão de 20 centímetros do telescópio EUSO a par com um laser de 100 fibras. De acordo com o principal autor do estudo, Toshikazu Ebisuzaki, se o plano der certo, a equipa vai instalar uma versão de grande escala montado na ISS que irá incorporar um telescópio três metros e um laser com 10.000 fibras. Além do ISS, o projecto poderá também ser realizado com uma missão de voo, dado que o laser poderá ser colocado em órbita polar, a uma altitude de 800 km, onde a maior concentração de detritos espaciais está localizada. O estudo foi publicado na revista Acta Astronautica. 40 Abril 2015 | APRIL 2015 Space agencies have been trying to figure out how to eliminate space debris such as defunct, old satellites, rockets and spacecraft floating around space. To date, there are an estimated 500,000 pieces of space junk orbiting Earth travelling at speeds of 17,500 miles per hour as this dangerous speeding debris can apparently cause serious damage to other satellites and even to the International Space Station. A Japanese team of scientists from Riken research institute has now come up with a solution. Researchers are now proposing to use a technique that will involve blasting some 3,000 tons of debris using a fiber optic laser that is mounted on the ISS. However, researchers claim that this would involve a two step process. In order to track these space debris, researchers will use the existing European Space Agency’s Extreme Universe Space Observatory’s infrared telescope that is originally designed to detect high energy cosmic rays that hit the planet.The next step involves using a fiber optic laser system that will shoot and knock out objects away from the trajectory and orbit of existing satellites and the ISS until these space junk are burned in the Earth’s atmosphere. The intense laser beam will focus itself on the debris and will generate a high velocity plasma ablation or vaporization that will force the object to lessen its orbital velocity leading to a re-entry to the Earth’s atmosphere. The team is now planning to deploy a relatively small proof of concept experiment on the orbiting space lab with a small 20 centimeter version of the EUSO telescope along with a laser consisting of 100 fibers. According to lead author of the study, Toshikazu Ebisuzaki, if the plan goes well, the team will now install a full scale version mounted on the ISS that will incorporate a three meter telescope and a laser with 10,000 fibers.Apart from the ISS, this plan could also become a free flyer mission where it can be placed into polar orbit with an altitude of 800 kilometers where the greatest concentration of space debris is located. MARKETING Superbrands Moçambique com 24 marcas este ano São 24 marcas, melhor, 24 super-marcas que farão parte este ano de um dos maiores eventos ligados ao branding e à publicidade em Moçambique: o Superbrands Moçambique. A organização homenageia anualmente um conjunto de marcas com base na opinião do público em geral e de um conselho que é constituído por empresários e profissionais a actuar em Moçambique nas áreas de marketing, comunicação e jornalismo. O evento junta 24 marcas participantes até ao momento, a maioria delas familiares do grande público. Para ser uma Super-Marca, uma Superbrand - diz Patrícia Aquarelli – há normalmente um longo caminho a percorrer, que passa pela criação de valor junto dos públicos-alvo e sobretudo, de uma relação estreita, emocional com os clientes actuais e futuros. É por isso que a coordenadora do Superbrands Moçambique opta por falar de amor às marcas, uma ligação forte entre um produto e o seu consumidor. “Nós gostamos de dizer que são marcas que amamos, e por isso optámos por oferecer uma identidade nova às empresas que aderiram. O conceito-base foi muito bem acolhido e agora vai ser replicado no Brasil”, adiantou à Business Connect. Miguel Proença, também ele coordenador do Superbrands Moçambique, diz que o “Marcas que Amamos / Brands we Love” – tem uma estética própria nesta que será a 3ª edição e que foi transposta para toda a comunicação que está a ser veiculada na imprensa escrita, rádio, outdoors e TV. Por outro lado, refere, houve também uma nova abordagem na selecção das marcas através de um estudo de mercado interno feita para as marcas pela empresa Multidados bem como a realização de uma série de Conferências coordenadas pela Superbrands de modo a trazer conhecimento e divulgá-lo entre os profissionais de Comunicação e Publicidade do mercado moçambicano. A primeira palestra, intitulada Brand 4.0, foi apresentada por Pedro Veloso da Interbrand Portugal e Central África. A Superbrands - que começou por ser um programa de rádio na BBC Radio London em 1994 é uma organização internacional e independente, que se dedica à promoção da politica do branding e ao reconhecimento das marcas de excelência em 89 paises desde 1995. Em apenas 15 anos, o evento conseguiu tornar-se numa iniciativa de sucesso a nível mundial. Superbrands Mozambique with 24 brands this year 24 brands, no…sorry, super-brands will be part of one of this year’s biggest events related to branding and advertising in Mozambique: Mozambique Superbrands. The organization annually honours a set of brands based on public opinion and an independent board that is made up of entrepreneurs and professionals operating in Mozambique in the areas of marketing, communications and journalism. The event joins 24 participating brands to date, most of them well-know to the general public. To become a Superbrand - says Patricia Aquarelli - there is usually a long way to go, creating value for audiences and above all, establishing an intense, emotional relationship with current and future customers. That is why the coordinator of Superbrands Mozambique prefers to speak about love towards brands, a strong link between a product and its consumer. “We like to say that these are brands we love, and so we opted to offer a new identity to companies that participated. The basic concept was very well accepted and will now be replicated in Brazil”, Patrícia stated to Business Connect magazine. Miguel Proença, also coordinator of Superbrands Mozambique, says “Brands we Love” – will have its own aesthetics applied to this 3rd edition which has been translated into all communication that is being conveyed in the press, radio, billboards and TV. On the other hand, Mr. Proença says, there was also a new approach in the selection of brands through an internal market study done by Multidados, along with the organization of a series of conferences coordinated by Superbrands to bring knowledge and disseminate it among Communication and Advertising professionals from the Mozambican market. The first lecture, entitled Brand 4.0, was presented by Pedro Veloso from Interbrand Portugal and Central Africa. Superbrands - which began as a radio show on BBC Radio London in 1994 - is an international and independent organization, dedicated to promoting the branding policy and the recognition of premium brands in 89 countries since 1995. In 15 years, the event has managed to become a successful initiative worldwide. www.revistabusinessconnect.com 41 COTEC SOAPP® é uma plataforma de produtividade e de gestão inovadora que permite uma eficaz gestão operacional, comercial, administrativa, financeira e logística, através da integração nativa entre todas as suas ferramentas e módulos funcionais. SOAPP® é web-based, multilingue, multi-empresa, multi-moeda e modular, disponibilizando as ferramentas essenciais para a gestão das equipas, dos processos e dos projectos, com um enfoque na gestão dos custos e da rentabilidade das operações, assegurando a total mobilidade dos utilizadores. Permite a qualquer organização implementar boas práticas de gestão, num período de tempo extremamente curto, de acordo com as seguintes normas e referenciais: ISO 9001:2008, NP 4457:2007 e PMI® PMBoK®. A plataforma SOAPP® compreende os seguintes módulos: - SOAPP® Essentials: calendário, contactos, e-mail, notas, instant messaging, pastas partilhadas, gestão de férias, correspondência e incidentes de qualidade, portal extranet, etc. - SOAPP® CRM: gestão de processos, documentos e custeio, gestão comercial e contratual; - SOAPP® Financials: facturação, compras, bancos, reembolso de despesas, stocks e procurement; - SOAPP® Project: planeamento, orçamentação, gestão da capacidade, gestão documental e reporting SOAPP® Knowledge & Innovation: gestão do conhecimento e do processo de investigação, desenvolvimento e inovação. SOAPP® potencia a melhoria da produtividade das equipas de trabalho e disponibiliza informação de gestão consolidada em tempo-real! 42 Abril 2015 | APRIL 2015 SOAPP® is an innovative productivity and management platform that provides an effective operational, financial, sales, administrative and logistics management, through native integration between all of its tools and modules. SOAPP® is web-based, multilingual, multi-company, multi-currency and modular, providing the essential tools for managing teams, processes and projects, with a focus on cost and profitability management of the operations, ensuring seamless mobility of its users. SOAPP® enables any organization to implement best management practices in an extremely short period of time in accordance with the following standards: ISO 9001:2008, NP 4457:2007 and PMI® PMBOK®. SOAPP® platform comprises the following modules: - SOAPP® Essentials: calendar, contacts, email, notes, instant messaging, vacations management, shared folders, correspondence management, quality incidents management, extranet portal, etc. - SOAPP® CRM: process, document, cost, sales and contract management; - SOAPP® Financials: invoice, purchase, banks, expense reimbursement, stocks and procurement management; - SOAPP® Project: planning, budgeting, capacity management, document management and reporting - SOAPP® Knowledge & Innovation: knowledge management and research, development and innovation process management SOAPP® leverages teamwork productivity of and provides consolidated management information in realtime! SOAPP® is a registered trademark of New Consulting. Porto, São Paulo, Maputo and Luanda. TECNOLOGIA | TECHNOLOGY Developers gearing up for for Apple Watch Programadores preparam-se para o Apple Watch Os programadores estão a preparar-se para se preparar aplicativos para o mais recente produto da Apple, o Apple Watch. O relógio tem criado buzz e foi assim durante a sessão de pré-encomenda. O relógio Apple deverá sair a 24 de Abril. Os programadores estão a pensar fora da caixa ao procjetar a experiência do usuário dos aplicativos que são direcionados para o Apple Watch e por isso o gadget tem muitas aplicações projectadas especificamente para tornar mais fácil a utilização a partir do pulso. Com uma área limitada de interacção, os programadores precisam de se concentrar sobre o uso do núcleo das apps para uma experiência de utilizador simples e interativa. O vicepresidente da Cynpase Romasha Roy Choudhury disse: “Os programadores precisam de abraçar este tempo de atenção reduzido dos utilizadores e incorporá-lo no design de produto. Estudar cuidadosamente e compreender as decisões de design da Apple para miniaturizar as suas apps no relógio é uma óptima maneira de olhar para a inspiração”. A Yahoo já desenvolveu três novas apps para o Apple Watch, que virão com o relógio quando for lançado. Adam Cahan, vice-presidente sénior de Mobile e Vídeo da Yahoo disse: “Estamos sempre atentos à forma como os utilizadores irão envolver- se com novas experiências e vemos o computador de pulso como uma oportunidade de repensar as nossas experiências de produto. Os designers geralmente precisam de fronteiras, portanto, programámos para a simplicidade e para as expectativas dos utilizadores desse ecrã”. A Yahoo redesenhou as aplicações para dar valor aos utilizadores, de modo a tornar a experiência mais pessoal na utilização. As apps da Yahoo que serão incluídas com o relógio são o Yahoo Sports Fantasy, Yahoo tempo e Yahoo News Digest. O TripAdvisor também confirmou uma versão redesenhada da sua app, que pode ser descarregada na App Store para o Watch. Developers are gearing up to prepare apps for Apple’s latest product, Apple Watch. The watch has been creating quite the buzz during their preorder session for the past week. The Apple watch is scheduled to release on April 24th and you can only pre-order online. The Apple watch has many built-in apps that are designed specifically for the watch to make it easier for people to use the apps right from their wrist. Developers are having to think outside the box when designing the user experience of the apps that are targeted for the Apple Watch. With limited area of interaction, developers needs to focus on the core use of the apps for a simple and interactive user experience. Cynpase’s Vice President Romasha Roy Choudhury mentions “Developers need to embrace this reduced attention span of users fundamentally into their product design. Carefully studying and understanding Apple’s design decisions for miniaturizing their apps for the watch is a great way to look for inspiration.” Yahoo has developed three new apps for the Apple Watch which will be built-in with the watch when it’s released. Mr. Adam Cahan, Senior Vice President of Mobile and Video of Yahoo said: “We’re always looking at how users will engage with new form factors, and we’ve taken the wrist computer as an opportunity to rethink our product experiences. Design generally loves constraint, so we rebuilt for the simplicity and user expectations of this screen.” Yahoo has redesigned their apps to gain a value from the users to make the experience a bit personal for their use. The Yahoo apps that will be included with the watch are Yahoo Sports Fantasy, Yahoo Weather and Yahoo News Digest. TripAdviser has also confirmed a redesigned version of their app which can be downloaded from the app store for the Watch. The app focuses the core use of TripAdvisor’s service and uses the new feature on the watch called “Glance”. Users will be able to swipe up and down to view updates from TripAdvisor. www.revistabusinessconnect.com 43 INSÓLITOS | ODD STUFF Mulher do Tennessee acorda após meses em coma e descobre que deu à luz de quatro meses de coma que os médicos temiam ser permanente e descobriu que tinha dado à luz um menino, de acordo com a família. Sharista Giles, 20 anos, estava de quatro meses de gravidez, quando teve um acidente de carro perto de Nashville a 06 de Dezembro, de acordo com as informações de uma página de Facebook gerida pelos familiares. Os médicos disseram à família que ela tinha apenas uma probabilidade de 10 por cento de sair do coma. No final de Janeiro, ela deu à luz um rapaz de 500 gramas, que a família chama de bebé L. Sharista abriu os olhos pela primeira vez desde o acidente, reconheceu o pai, e viu uma foto do seu filho, que tem vindo a ganhar peso e agora pesa mais de seis quilos, segundo a página do Facebook. “Sharista tem os olhos abertos e pisca e aperta os nossos dedos quando lhe pedimos. Graças a Deus! Ela estava a ouvir a voz do pai e nós mostrámos-lhe uma foto do bebé L e ela viu-o!!!”, disseram. Beverly Giles, a tia de Sharista, disse à ABC News que a família se manteve sempre positiva, apesar do prognóstico sombrio para a sua recuperação. “Eles já tinham perdido a esperança. Mas nós nunca desistimos. Ela lutou muito e bem”, disse a família. Giles está recuperar no Centro de Cuidados e Reabilitação de Harriman, Tennessee, desde o início do ano. A mãe Giles disse aos media que a filha sofreu um traumatismo craniano no acidente de carro, que ocorreu quando um amigo adormeceu ao volante, embatendo contra uma barreira de cimento. Jiro Mendez e Elias Ecevo, dois colegas de quarto, 44 Abril 2015 | APRIL 2015 Tennessee woman awake from coma, learns she gave birth A Tennessee woman awakened this week from a four-month-long coma that doctors had feared would be permanent and learned that she had given birth to a baby boy, according to her family. Sharista Giles, 20, was four-months pregnant when she was involved in a car crash near Nashville on Dec. 6, according to information on a Facebook page managed by her relatives. Doctors told her family she had only a 10 percent chance of coming out of the coma, it said. In late January, she gave birth to a one-pound, 14-ounce baby boy who the family calls Baby L. On Wednesday, Sharista opened her eyes for the first time since the accident, acknowledged her father, and saw a photo of her son, who has been steadily gaining weight and now weighs more than six pounds, the Facebook page said. “Sharista has her eyes open n blinking n squeezing our fingers when we ask her to. Praise the Lord! She was following her daddy’s voice n we showed her a picture of Baby L n she seen him!!!” the post reads. Beverly Giles, Sharista’s aunt, told ABC News the family had remained positive even though doctors had a grim prognosis for her recovery. “They already gave up hope. We never gave up. She’s fought this hard,” she said. Giles has been recuperating at Harriman Care and Rehab Center in Harriman, Tennessee, since earlier this year, according to social media postings. The hospital did not immediately respond to a request for comment about Giles’ condition on Friday. Giles’ mother told ABC affiliate WATE her daughter suffered head trauma in the car crash, which occurred when a friend dozed off behind the wheel, slamming into a concrete barrier. INSÓLITOS | ODD STUFF Debate sobre iPhone vs Android acaba em sangue acabaram a esfaquear-se um ao outro com garrafas de cerveja partidas numa discussão sobre qual o melhor sistema: o iPhone ou o Android. Mendez foi encontrado desorientado por uma mulher num parque de estacionamento. A mulher chamou a polícia, que inicialmente teve dificuldade em questionar os dois homens, porque ambos falavam muito pouco inglês. O Departamento de Polícia de Tulsa disse que os dois estavam a beber com outro amigo que fugiu antes de a polícia chegar. Ecevo bateu primeiro em Mendez com a garrafa. Em seguida, Ecevo tentou roubar o carro de Mendez para escapar, disse o Departamento de Polícia de Tulsa à ABC News. O carro de Mendez foi encontrado perto do apartamento. “Em mais de 35 anos como um policial, este é um dos motivos mais estranhos que já vi por agressão,” Maj. Rod Hummel da polícia de Tulsa disse à ABC News. À medida que mais detalhes emergiram do incidente, constatou-se que ambos os homens tinham vários cortes no corpo. Ambos receberam ajuda médica depois de serem detidos e presos na Cadeia de Tulsa County. Ambos foram acusados de agressão com arma mortal. O terceiro homem não foi identificado. iPhone vs Android Na indústria de tecnologia, o debate continua. As últimas unidades de iPhone e Android submetidas a comparação são o Samsung Galaxy S6 eo iPhone 6. O Galaxy S6 ganhou supostamente num teste de durabilidade em relação ao iPhone 6 e, possivelmente, irá também ganhar o teste contra o iPhone 6 plus, segundo a Comunidade Android. No entanto,publicações especializadas admitem que os programadores ainda preferem o sistema iOS ao Android. Uma recente avaliação da revista Forbes também atribuiu uma ligeira liderança do iPhone 6 face ao Galaxy S6. Bloody issues Over iPhone Vs Android Debate Two friends having a drinking spree ended stabbing up each over an iPhone-versus-Android debate. Both men ended covered in blood and arrested by police. Which phone is better? iPhone or an Android? Roommates Jiro Mendez and Elias Ecevo stabbed each other with pieces of broken beer bottles when they argued over which phone is better: the iPhone and an Android. Mendez was found disoriented by a woman at the parking lot of the Evergreen Apartments, Channel 8 reported. The woman called the police who had initially had a hard time questioning the two men because both speak very little English. The Tulsa Police Department said the two were drinking with another friend who escaped the scene just in time as the police arrived. It was Ecevo who first hit Mendez with a bottle. Ecevo then tried to steal Mendez’ car to escape, the Tulsa Police Department told ABC news. Mendez’ car was found parked just within a short distance from the apartment. “In over 35 years as a cop, this is one of the oddest reasons I’ve seen for assault,” Maj. Rod Hummel of the Tulsa police told ABC News. As more details emerged of the incident, it was found that both men suffered several cuts on their bodies. Both of them received proper medical attention after being arrested and detained at the Tulsa County Jail. They were both charged with assault with a deadly weapon. The third man has not been identified as of press time. iPhone vs Android Elsewhere in the tech industry, the debate continues. The latest iPhone and Android units subjected to comparison are the Samsung Galaxy S6 and the iPhone 6. The Galaxy S6 is said to have won a durability test versus the iPhone 6 and will possibly also win the test versus the iPhone 6 plus, that is according to the Android Community. Meanwhile, BGR reported that developers still prefer iOS over Android. A review from Forbes saw the iPhone 6 still at a better edge over the Galaxy S6. www.revistabusinessconnect.com 45 INSÓLITOS | ODD STUFF Trabalhador aéreo adormece e levanta voo sem querer Um voo para Los Angeles foi forçado a fazer uma aterragem de emergência num aeroporto de Seattle após ter descolado com preso numa área de carga sob a cabine, onde tinha adormecido. O piloto do vôo 448 da Alaska Airlines começou a ouvir sons estranhos na parte inferior da aeronave, após a descolagem do Aeroporto Internacional de SeattleTacoma, sul de Seattle, disse a companhia em comunicado. O comandante referiu também ter ouvido gritos a partir do porão de carga, disse um porta-voz do aeroporto. Quando a aeronave regressou em segurança após estar no ar por 14 minutos, o agente de rampa foi encontrado no interior do compartimento de carga dianteiro, que é pressurizado e tem temperatura controlada, adianta o comunicado. Depois de sair, o empregado da Menzies Aviation disse às autoridades que se tinha deixado dormir, disse a Alaska Airlines. “O agente de rampa parecia OK, e foi transportado para o hospital por precaução”, disse a companhia no site. “Estamos a investigar o assunto”, concluíram. Homem cego morde em traficante de droga Um invisual disse perante um tribunal francês que foi ele, e não o seu cão-guia, que mordeu um traficante que lhe quis vender erva verdadeira, em vez de marijuana. “Fui eu que o mordi. O meu cão não ia fazê-lo. Os cães-guia não são de atacar”, reportou a Ouest France, sem divulgar o nome do indivíduo. O “vendedor surumático”, como o jornal apelidou o comerciante, foi condenado a quatro meses de prisão por bater no cego. Ele cumprirá a sentença em prisão domiciliária, com uma pulseira electrónica. 46 Abril 2015 | APRIL 2015 Plane worker falls asleep and takes off unknowingly A Los Angeles-bound Alaska Airlines flight made an emergency landing at a Seattle-area airport on Monday afternoon after it took off with a worker trapped in a cargo area under the cabin where he had fallen asleep, the U.S. carrier said. The pilot of Alaska Airlines flight 448 reported hearing banging from beneath the aircraft after takeoff from Seattle-Tacoma International Airport, south of Seattle, the statement said. Screaming could also be heard from the cargo hold, an airport spokesman said. When the aircraft returned safely after being in the air for 14 minutes, a ramp agent was found inside the pressurized and temperature-controlled front cargo hold, the statement said. After exiting, the Menzies Aviation employee told authorities he had fallen asleep, Alaska Airlines said in a statement. “The ramp agent appeared OK, and was transported to the hospital as a precaution,” the airline said on its website. “We are actively investigating the matter.” Blind man didn’t turn blind eye on dope dealer A blind man has told a French court that it was he, not his guide dog, who bit a dope dealer selling him real grass rather than the stuff that gets you stoned. “I bit him. My dog didn’t do it. Guide dogs are not attack dogs,” Ouest France daily, who reported the story, quoted the unnamed man as saying. The “lawn seller”, as the newspaper dubbed the dealer, was sentenced to four months in jail for hitting the blind man. He will serve his jail sentence home with an electronic bracelet. OPINIÃO | OPINION www.revistabusinessconnect.com 47 OPINIÃO | OPINION 48 Abril 2015 | APRIL 2015