se esperar, uma vez que outros autores 4,5,11,13,14 já havia demonstrado que a posição maxilar de pacientes Classe II é freqüentemente boa. Esta observação leva um questionamento da validade do uso de forças extrabucais para restringir o crescimento maxilar em pacientes com maloclusões de Classe II, uma vez que se a maxila não está projetada, não se justifica a sua retração. Talvez, antes de se implementar esta terapia, os clínicos devessem atentar mais à esta questão. A única variável que apresentou diferenças significantes foi o comprimento efetivo da face média (CO-A), maior no grupo Classe II. Como esta medida não retrata o tamanho real da maxila (Espinha nasal posterior até Espinha nasal anterior) e utiliza pontos de referência na mandíbula (côndilo), não é possível concluir que a maxila é mais longa nos pacientes Classe II, pois uma retrusão mandibular em relação base do crânio teria a mesma leitura. A posição sagital mandibular (SNB, SN.Pog, Pog-N Perp) demonstrou diferenças significantes entre as duas Classes (I X II), indicando uma maior retração no grupo Classe II, concordando com outros autores3, 6, 9, 11, 12, 13, 18, 25, 28, que também observa tal comportamento. Estes resultados, portanto, de certa forma justificariam a utilização da Ortopedia Funcional dos Maxilares num grande número de casos de Classe II, uma vez que supostamente a correção da discrepância maxilo-mandibular se dá com um aumento do grau de projeção mandibular. Em função destes resultados, seria de se esperar que as variáveis cefalométricas relativas ao tamanho da mandíbula (CoGn, Co-Go, Go-Gn) também apresentassem um comportamento semelhante, com medidas menores para as dimensões mandibulares no Grupo Classe II 5,7,9,11,25. Entretanto, isto não ocorreu, não se verificando qualquer diferença no comprimento total (Co-Gn), altura do ramo (C0-Go) e comprimento do corpo (Go-Gn) mandibulares, o que concorda os resultados de outros pesquisadores 1,3,8,31. O que se observou foi que as dimensões mandibulares foram semelhantes nos dois grupos, com diferenças não significantes e de no máximo 1 mm. Estes resultados, portanto, indicam que num grande número dos pacientes Classe II, a mandíbula não é menor que em indivíduos com oclusão de Classe I, não se justificando a utilização de terapias que visem estimular seu crescimento. Como se explica, entretanto, a aparente discrepância entre a informação que a mandíbula nos pacientes Classe II é mais retruída se ela não é menor? O impacto da maior altura facial anteroinferior (Afai, medida de ENA-Me) nos pacientes Classe II, conseqüente a um maior crescimento vertical neste grupo (SN.GoGn; BaN.PtmGn, SN.GN, SNPO) explica esta aparente discrepância9,11,18,28. Uma vez que a Afai é significantemente maior em pacientes Classe II (diferença de 3,8 mm) se as mandíbulas são semelhantes em dimensão em relação aos Classe I, certamente suas posições sagitais serão obviamente mais retrognáticas. Infere-se por estes resultados, que a chave do tratamento de pacientes com maloclusões de Classe II, de maneira geral, deva envolver algum controle do crescimento vertical da maxila e da mandíbula, ou pelos menos, mecânicas que não produzam incrementos exagerados, como a extrusão dos segmentos posteriores, como as observadas em casos tratados com tração extrabucal cervical. Finalmente, o ângulo goníaco (Co.Go.Me) não demonstrou nenhuma diferença entre os dois grupos, não se podendo implicar esta avaliação como responsável pelo retrognatismo mandibular, concordando com GILMORE12. A relação maxilo-mandibular mostrou-se mais desfavorável no grupo com maloclusão de Classe II, em função, como já foi visto, da maxila ser bem posicionada e a mandíbula 4,5,13 retrognática . O ângulo ANB, talvez a avaliação cefalométrica mais conhecida para se determinar o grau de harmonia sagital entre a maxila e a mandíbula, confirmou outras informações na REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 literatura, sendo de 2,9 graus no grupo Classe I e 5,6 para o Classe II. Esta discrepância também se encontra espelhada na avaliação WITS e no ângulo de convexidade facial (NAPog), que indicaram, respectivamente, uma maior desarmonia maxilo-mandibular na Classe II e uma maior convexidade facial. As medidas angulares que se relacionam ao padrão de crescimento (SN.GoGn, BaN.PtmGn, FMA, SN.PP, SNGn, SN.PO) indicaram uma maior tendência a um crescimento vertical no grupo Classe II. Mesmo quando os valores não foram estatisticamente significantes (FMA e SN.PP) a tendência central foi de caracterizar um maior crescimento no sentido horário neste grupo. A conseqüência deste padrão de crescimento resultou em uma face mais longa no grupo Classe II, na sua dimensão total (N-Me) e no terço inferior da face (ENA-Me). Esta última avaliação (ENA-Me), como visto anteriormente, tem uma profunda implicação no relacionamento maxilomandibular e no grau de prognatismo mandibular 18,33 . Quanto maior a dimensão da altura facial ântero-inferior, mais a mandíbula se encontrará girada no sentido horário e com maior tendência ao retrognatismo. A diferença das alturas faciais posteriores (S-Go), análoga à anterior N-Me, não foi estatisticamente significante entre os grupos. Praticamente não houve diferenças significantes quando se comparou o componente dentoalveolar superior dos dois grupos. Classe I e Classe II. Uma esperada compensação dentoalveolar no sentido sagital, com a inclinação dos incisivos superiores para lingual não foi constatada, como também observou ROTHSTEIN 31. As únicas diferenças encontradas foram as posições verticais dos incisivos e molares e relação ao plano palatino, denotando uma maior extrusão no grupo com maloclusão de Classe II. Como já visto, em função do padrão de crescimento craniofacial mais vertical dos pacientes com distoclusão este aumento na dimensão vertical dentoalveolar não chega a surpreender. SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 57 No arco inferior uma compensação dentária ao nível dos incisivos tornou-se mais evidente, com todas as variáveis indicando maiores valores para a Classe, _ com significância estatística para 1-NB. Esta posição mais protruída dos incisivos inferiores concorda com McNAMARA18, que verificou ser esta uma das características dentofaciais mais comuns nos pacientes Classe II. É interessante notar que o grau de_ extrusão dos incisivos inferiores ( 1 - GoMe) apresentou-se maior no grupo com distoclusão, de maneira semelhante ao que ocorreu com os incisivos superiores. Em função destes valores, pode-se especular que a sobremordida também seja maior em pacientes Classe II. CARACTERÍSTICAS FINAIS DOS GRUPOS CLASSE I E CLASSE II (IDADE DE 150 MESES) O mesmo padrão inicial se manteve, com diferenças significantes somente nas grandezas S-Ba e Ba-N, indicando uma manutenção no comportamento do padrão de crescimento durante o período de 2 anos de observação. O componente maxilar, na fase final de observação, manteve o mesmo padrão da fase inicial, não evidenciando qualquer diferença significante entre o grupo de normo e o de distoclusão. O mesmo ocorreu no componente mandibular, com a manutenção de uma posição mais retruída da mandíbula no grupo Classe II. Isto se torna evidente quando se observa um aumento na significância da diferença entre os grupos (de P < 0,01 para 0,001) nas avaliações SNB e SNPog. O mal relacionamento maxilomandibular não apresentou melhoras no grupo com disticlusão durante o período estudado, uma vez que as diferenças se mantiveram praticamente inalteradas. Conclui-se que não houve alterações que modificassem o quadro já estabelecido na idade inicial (126 meses). O componente vertical indicou pequenas alterações entre as duas fases, com a manutenção das diferenças já evidenciadas aos 126 meses (idade inicial). O padrão de crescimento se mostrou ainda mais vertical no grupo Classe II, evidenciando que não se observou qualquer alteração nos vetores de crescimento. Não se constatou qualquer alteração no padrão de diferenças significantes já verificadas na idade inicial de observação. Estas observações concordam com outros estudos longitudinais4,5,6 que acompanharam o crescimento de pacientes com distoclusão. COMPARAÇÕES ENTRE AS ALTERAÇÕES VERIFICADAS (FASE 2 - FASE 1 ) DOS GRUPOS CLASSE I E CLASSE II, NUM PERÍODO DE 24 MESES (126 A 150 MESES) Não se evidenciou nenhuma discrepância no comportamento das diferenças de qualquer das variáveis avaliadas (Tabela 3), indicando que durante o período avaliado (24 meses) os dois grupos (normo e distoclusão) cresceram de maneira muito similar, o que explica não se observar diferenças entre as tabelas 1 e 2. A base do crânio se alongou na mesma proporção e da mesma forma, sua equivalente de crescimento, a maxila, de forma que, ao final do período de observação (150 meses) não se constatassem diferenças em relação ao padrão observado aos 126 meses. No componente mandibular, embora houvesse uma pequena tendência a um maior crescimento no grupo Classe I, ela não foi suficiente para que os incrementos fossem significantes, portanto, entre os 10,6 e os 12,6 aos não existe diferença entre os incrementos observados em normo ou distoclusões. Portanto, as diferenças observadas aos 150 meses (Tabela 6) são atribuídas a uma condição já existente aos 126 meses, não alterada pelo crescimento em nenhum dos grupos avaliados. Esta informação, de que a mandíbula não apresenta diferenças em seu crescimento, em normo ou distoclusões é interessante, pois atribui-se à esta última, uma deficiência de seu crescimento normal como causa de retrognatismos, o que parece, já estar determinado em estágios bem mais precoces que o início da segunda década de vida4,5,25. O mesmo se observou nas avaliações referentes ao padrão de cresci- REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 mento craniofacial. Os dois grupos cresceram nesta fase de maneira muito semelhante, tanto nas variáveis angulares quanto nas lineares. Especificamente, o comportamento da Altura facial antero-inferior (ENA-Me) foi interessante, em função de sua importância na relação maxilo-mandibular. O grupo de normoclusão cresceu 1,9 mm e o de distoclusão 1,8 mm nestes 24 meses, resultados praticamente idênticos, indicando que, pelo menos durante o início da adolescência, os pacientes com distoclusão não estão em risco de apresentar incrementos inesperados desta dimensão. Com relação aos componentes dentoalveolares superior e inferior também não se constataram diferenças, acompanhando o já verificado nos outros grupos de variáveis. CONCLUSÕES As conclusões abaixo relacionadas se referem ao estágio de maturidade préadolescente e início da adolescência (126 a 150 meses). De maneira geral, o grupo com Classe II apresentou, em relação ao Grupo Classe I: - Diferenças no padrão craniofacial que transcenderam o componente dentoalveolar atingindo os componentes cranianos. - A maxila posicionada sagitalmente de maneira semelhante. - A mandíbula mais retrognática, embora dimensionalmente equilibrada. - Este retrognatismo foi causado pela maior altura facial antero-inferior (ENAMe). - O vetor de crescimento craniofacial mais vertical. - Os incisivos e molares superiores mais extruídos. - Os incisivos inferiores mais protruídos e extruídos. - O padrão de discrepância verificadas aos 126 meses permaneceram semelhantes aos 150 meses, não havendo diferença nos incrementos verificados nos 24 meses do experimento. - Um crescimento com taxas de incremento muito similares em todos seus aspectos. SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 01 - ALTEMUS, L. Horizontal and vertical dentofacial relationships in normal and Class II div. 1 malocclusion in girls 11-15 years. Angle Orthod, v. 25, p. 120-37, 1995. 02 - ANDERSON, D.; POPOVICH, F. Correlation among craniofacial angles and dimension in Class I and Class II maloclusion. Angle Orthod, v. 59, p. 37-42, 1983. 03 - BALDRIDGE, J. P. A study of the relation of the maxillary first permanent molars to the face in Class I and malocclusion. Angle Orthod, v. 11, p. 100-109, 1941. 04 - BUSCHANG, P. H. et al. A polynomial approacch to craniofacial growth : description and comparison of adolescent males with norma occlusion. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 90, n. 5, p. 437-42, Nov. 1986. 05 - BUSCHANG, P. H. et al. Mathematical models of longitudinal mandibular growth for children with norma and untreated Class II, division 1 malocclusion. Eur J Orthod, v. 10 p. 227-34, 1988. 06 - CARTER, N. E. Dentofacial changes in untreated Class II division 1 subjects. Br J Orthod v. 14, n. 4, p. 225-34, Nov. 1987. 07 - CRAIG, C. E. The skeletal patterns characterisric of Class I and Class II, division I malocclusions in norma lateralis. Angle Orthod, v. 21, p. 4456, 1952. 08 - DIBBETS, J. M. H. Morphological associations between the Angle classes. Eur J Orthod, v. 18, p. 111-18, 1996. 09 - DRELICH, R. C. Cephalometric study of untrested Class II, div. 1 malocclusion. Angle Orthod, v. 18, p. 70-75, 1948. 10 - FOX, D.; GUIRE, K. Documentation for Midas. Michigan : Statistical Research Laboratory . The University of Michigan, 1976. 11 - FUSHIMA, F. et al. Significance of the cant of the posterior occlusal plane in Class II, Div. 1 malocclusion. Eur J Orthod, v. 18, p. 27-40, 1996. 12 - GILMORE, W. A. Morphology of the adult mandible in Class II, div. 1 maloclusion and in excellent occlusion. Angle Orthod, v. 20, p. 137-46, 1950. 13 - HARRIS, J. et al. Discrimination between normal and Class II individual using Steiner’s analysis. Angle Orthod, v. 42, p. 212-19, 1972. 14 - HITCHCOCK, H. D. A cephalometric description of Class II, div. 1 maloclusion. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 63, p. 414423, 1973. 15 - LINN, E. L. Social meanings of dental appearance. J Health Hum Behav, v. 7, p. 289-95, 1996. 16 - MACGREGOR, F. C. Some phychosocial problems associated with facial deformities. Am Sociol Rev, v. 16, p. 629-38, 1951. 17 - MASSLER, M.; FRANKEL, J. M. Prevalence of malocclusion in children aged 14 to 18 years. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 37, n.10, p. 751-68, Oct. 1951. 18 - McNAMARA Jr., J. A. Components of Class II malocclusions in children 8 to 10 years of age. Angle Orthod, v. 51, n. 3, p. 177-202, July 1981. 19 - McNAMARA Jr., J. A. A method of cephalometric evaluation. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 86, n. 6, p. 449-69, Dec. 1984. 20 - McNAMARA Jr., J. A.; HOWE, R. P.; DISCHINGER, T. G. A Comparison of the herbst and frankel appliances in the treatment of class II malocclusions. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 98, n. 2, p. 134-44, Aug. 1990. 21 - NANDA, S. K. Differential growth of the female face in the anteroposterioor direction. Angle Orthod, v. 62, n. 1, p. 23-34, Jan./Mar. 1992. 22 - MILLER, R. L.; HUNTER, W. S.; MOYERS, R. E. Computer storage and retrival system for two dimensional outlines. J Dent Res, v. 50, n. 4 p. 1176, July 1970. 23 - MILLER, R. L. et al. Graphic computerization of ceohalometrick data. J Dent Res, v. 50 n. 5, p. 1363, Sept. 1971. 24 - MOYERS, R. E et al. Differential diagnosis of Class II Malocclusions. Part I. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 78, n. 5, p. 477-94, Nov. 1985. 25 - POLLARD, L.; MAMANDRAS, A. Male postpubertal facial growth in Class II malocclusion. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 108, p. 62-68, 1995. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 26 - PROFFIT, W. R.; WHITE, R. P. Surgicalorthodontic treatment. St. Louis : Mosby Year Book, 1991. 27 - PREZANSKY, S. et al. Somatic and psychological rehabilitation of a facially deformed youn adult. J Am Dent Assoc, v. 74, p. 1474-9, 1967. 28 - RENFROE, E. W. A study of the facial pattern association with Class I, Class II, div. 1 and Div. 2 malocclusion. Angle Orthod, v. 28, p. 12-15, 1948. 29 - RIEDEL, R. A. Relations of maxillary structures to cranium in malocclusion and in normal occlusion. Angle Orthod, v. 22, n. 3, p. 142-45, Jul. 1952. 30 - RIOLO, M. L. et al. An atlas of craniofacial growth : cephalometric standards from The University School Growth Study. The Univesity of Michigan. An Arbor, Center for Human Growth and Development, 1974, p. 1-8. 31 - ROTHSTEIN, T. L. Facial morphology and growth from 10-14 years of age in children presenting Class II, div. 1 maloclusion : a comparative roentgenographic cephalometric study. Am J Orthod Dentofac Orthop, v. 60, p. 619-20, 1971. 32 - SHAW, W. C. et al. Perception of malocclusion. Br Dent J, v. 138, p. 211-16, 1975. 33 - URSI, W. J. S. Alteração das relações maxilomandibulares dos 6 aos 18 anos de idade. Ortodontia, v. 29, n.1, p. 4-12, 1986. Endereço para Correspondência Dr. Weber Ursi Av. José Mattar 144 CEP 12245-450 São José dos Campos - SP SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 59 Artigo Inédito Relatos clínicos e de técnicas, investigações científicas e revisões literárias Encaixe do Braquete examinado através do Microscópio de Força Atômica (MFA) Bracket slot friction examined through atomic force microscopy (MFA) Embora já tenha passado mais de setenta anos desde que E. H. Angle descreveu pela primeira vez o braquete edgewise, ainda não há meios de se determinar o atrito produzido por uma unidade específica dos dispositivos envolvidos. Desta maneira, a informação disponível está relacionada aos pares específicos de materiais, técnicas de união ou designs e não pode ser utilizada para diferenciar os materiais. Para tornar as coisas ainda mais difíceis, a maioria dos testes são específicos numa tentativa de reproduzir as condições existentes na boca. Uma situação semelhante pode ser encontrada nas tentativas de se determinar a propriedade de bloqueio mecânico da base de um certo braquete utilizando-se “o meio real”, i.e., dentes submersos. Estes últimos estão longe de oferecer um meio constante porque, na verdade, introduzem variáveis tais como forma, umidade e grau de condicionamento. Claude G. Matasa, DCE, Dsc, Dhc DOUTOR EM ENGENHARIA QUÍMICA PELO INSTITUTO POLITÉCNICO DE TIMISOARA, ROMÊNIA E DOUTOR EM TECNOLOGIA PELO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE VIENA, ÁUSTRIA. ATUALMENTE É PROFESSOR ADJUNTO DE BIOMATERIAIS NO DEPARTAMENTO DE ORTODONTIA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA, UNIVERSIDADE DE ILLINOIS, CHICAGO. Claude G. Matasa REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 60 Descrever um material como o aço inoxidável, a cerâmica ou o níquel titânio, injustamente significa até maiores diferenças no acabamento da superfície. Na ciência dos materiais, a regra é que quanto mais dura a superfície, menos atrito ela apresenta: diamante contra diamante (dureza de 10 na escala de Mohs) oferece um coeficiente de atrito de 0.1, o menor já conhecido. No entanto, na ortodontia, os braquetes de safira (dureza de 9 na escala de Mohs) são as superfícies contra as quais os fios de aço produzem o maior atrito. Mesmo se confeccionado do mesmo aço, os braquetes podem gerar resistências um pouco diferentes ao deslizamento de um fio. Desta maneira, como é fácil observar pelas Figuras 1 e 2, as superfícies do encaixe não são as mesmas. Algumas podem ser um pouco ásperas, como aquelas apresentadas pelos acessórios resultantes diretamente da moldagem vazada ou por injeção, enquanto outras são lisas como aquelas obtidas pela utilização de um disco de corte de diamante. Para estabelecer uma diferença entre os procedimentos de acabamento do metal, a indústria utiliza variações da Tabela I onde o espaço em preto mostra o nível médio como evidência das diferenças entre as saliências e depressões da superfície. Na ciência dos materiais, a aspereza das superfícies, o R a, é fornecida pela altura média da crista quando comparada à linha média (Figura 3). Uma aspereza grande é conhecida por aumentar o consumo de energia e gerar um espaço entre as superfícies de contato. Este fenômeno é uma fonte importante de funcionamento inadequado e desgaste precoce e os esforços para reduzir a aspereza são amplamente conhecidos. Enquanto a microfotografia pode comparar visualmente as amostras, ela não pode ver em profundidade, perdendo assim a influência das saliências e depressões sobre uma certa superfície, o que é essencial na determinação do atrito. Uma aquisição relativamente nova à família dos microscópios, os microscópios com sonda de escaneamento (MSE) oferecem medidas na extensão do micrômetro em direção perpendicular ao plano da superfície do atrito. Como uma diferença dos microscópios óticos eletrônicos de varredura (MEV) que possuem campos de visão maiores, os MSEs oferecem maior ampliação e resolução e permitem a medição real da topografia das superfícies cujas dimensões variam de espaços interatômicos até 0,1mm.1 A principal característica de todos os MSEs é que todas as medidas são tomadas com o auxílio de uma sonda muito fina que opera num campo muito estreito (para obtenção de um raio de curvatura de uns alguns nanômetros na ponta e um ângulo lateral muito inclinado). Com sua capacidade de medir a dimensão atômica, os MSEs podem realizar medidas precisas em 3D na escala de microns. A Tabela II compara as características das tecnologias atuais para obtenção das imagens e medidas da morfologia da superfície. As aplicações do MSE se estendem da biologia aos REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 semicondutores, dos meios de armazenamento de dados aos polímeros, e podem ser utilizadas em vários ambientes, mesmo in vivo. O primeiro MSE, um microscópio tubular de escaneamento lançado em 1981 com capacidade de resolução atômica, 2 necessitava que uma corrente passasse entre a ponta e a amostra, e ambos precisavam ser condutores elétricos. Os “Spin-offs” da família do MSE, tal como o microscópio de força atômica (MFA), pode ser utilizado em qualquer tipo de superfície porque atua num princípio diferente. Sua ponta fica na extremidade de um cantiléver longo que age como uma mola fraca e empurra a ponta contra a amostra durante seu movimento (Figura 4). Esta característica permite a manutenção de um espaçamento constante durante o escaneamento sem causar qualquer dano à superfície da amostra. Uma vez que a força utilizada está no campo das forças interatômicas, o procedimento possui o nome de microscopia de “força atômica”. O microscópio é capaz de medir as propriedades friccionais em campos tecnológicos ou científicos diferentes e analisar várias topografias.3-14 No entanto, até onde sabemos, ele não foi utilizado para avaliar materiais odontológicos. Na ortodontia, sua necessidade é óbvia: tanto o fio como o encaixe precisam ter uma superfície o mais lisa possível para promover o deslizamento. Enquanto isto pode ser obtido rotineiramente sobre os fios com a ajuda de troquéis de diamante, é um tanto difícil nivelar uma superfície envolvida, como a do encaixe dos braquetes evidenciada pelas diferenças entre as saliências e depressões da superfície. Na ciência dos materiais, a aspereza das superfícies metálicas, o Ra , é fornecida pela altura média da crista comparada à base, que permanece áspera na maioria dos casos. No entanto, durante o tratamento ortodôntico, o nivelamento ocorre involuntariamente a medida que as duas superfícies lisas são submetidas à abrasão por um longo período. Até onde sabemos, nenhuma tentativa foi feita alguma vez no SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 61 MARCA “A” MARCA “B” Figura 1 - Encaixe produzido por desgaste. Figura 2 - Encaixe produzido por moldagem. Braquetes para colagem direta: observe as diferenças no acabamento do encaixe. Tabela I - Média de nivelamento no acabamento da superfície Procedimento Aspereza da superfície em µm 50 25 12.5 6.3 3.2 1.6 0.8 0.4 0.2 0.1 0.05 0.025 0.012 Corte em torno mecânico Eletropolimento Desgaste fino Brunimento Polimento Modelo de Precisão Figura 3 - Gráfico que mostra a aspereza da superfície. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 62 Diodo Laser Detector de luz com Diodo segmentado “Cantiléver” e Substrato Espelho Amostragem XYZ Scanner Piezo com um tubo Figura 4 - Princípio de funcionamento de um MFA MultiModoR. Figura 5 - Novo. Figura 6 - Após o desgaste e recondicionamento. Bases do encaixe de braquetes semelhantes. 1. Microfotografado. 2. Ampliado por computador. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 63 sentido de se determinar a profundidade destas superfícies irregulares ou comparar a aspereza dos diferentes acessórios com o propósito de determinar propriedades tais como adesão, fixação, ou deslizamento. Num trabalho anterior, com o auxílio da microfotografia, documentamos as várias asperezas apresentadas por dois braquetes idênticos, um novo e outro depois de recondicionado15 (Figs 5 e 6). Materiais e Métodos Os componentes do MFA são, o sistema de escaneamento, a sonda, o sensor de movimento da sonda e o sistema eletrônico constituído por uma interface entre o acessório de escaneamento e um computador de alta capacidade. O sistema de escaneamento, com base em um tubo piezoelétrico, movimenta a amostra por meio de incrementos de subangström. A sonda é uma pirâmide de cristal simples que forma um conjunto ponta/cantiléver, e o sensor de movimento é um fotodiodo segmentado que captura a deflexão de um feixe de leiser. Nesta pesquisa, um controlador Nanoscópio III R foi conectado a um MFA MultiModoR (ambos fabricados pela Digital Instruments, Santa Barbara, CA). Todas as amostras foram analisadas num modo de contato (MFA) com medidas do atrito tomadas simultaneamente utilizando-se o microscópio de força lateral (MFL). No MFA, um cristal de nitreto de silicone de um nanômetro foi movimentado ao longo de uma área de base do encaixe enquanto este movimento era registrado. A medida que a ponta se movimentava ao longo da amostra, as forças friccionais encontradas eram medidas também no MFL. Enquanto o modo do MFA gera mapas topográficos (tri-dimensionais) onde a informação é apresentada com o auxílio de uma escala de cor onde o claro significa alto (saliência) e o escuro significa baixo (depressão), o modo do MFL identifica e mapeia diferenças relativas nas características friccionais da superfície. Embora o modo do MFL seja influenciado pela topografia da amostra, ele também reage diferentemente segundo a composição. Isto permite a identificação de espécies diferentes de materiais sobre a superfície. Tabela II - Características de técnicas comuns para realização de imagens e medidas da morfologia da superfície Microscópio Ótico Mev MSE Ambiente de manipulação da amostra ambiente líquido vácuo vácuo ambiente líquido vácuo Profundidade do campo pequeno grande médio Profundidade do foco médio pequeno pequeno Resolução x, y, z 1.0mm N/A 5nm N/A 0,1 - 1,0nm 0,01nm Extensão da ampliação 1x-2x10 3x 10x-10 6x 5x10 2x-10 8x Preparação necessária da amostra pouca secagem por nenhuma congelamento, cobertura Características necessárias da amostra amostra não deve ser superfície não deve transparente para produzir energia e deve evidenciar o comprimen- ser compatível ao vácuo to da onda amostra não deve ter variações excessivas na altura da superfície Superfície Testada Figura 7 - Desenho que mostra a localização do teste. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL Figura 8 - Microfotografia de uma base do encaixe testada. VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 64 Propriedades Braquete I, metálico, novo (Figura 9a,b) Braquete IV, metálico, usado (Figura 10a,b) Braquete II, acrílico (Figura 11a,b) Braquete III, cerâmico (Figura 12a, b) R max 365.99nm 471.44nm 76.334nm 143.76nm Ra 97.261nm 107.83nm 16.542nm 31.468nm Distância vertical (I, vermelho) Distância vertical (II, verde) 1.772µm 1.087µm 150.08nm 1.314µm 1.705µm 886.04nm 184.43nm 401.14nm Foram testados quatro braquetes edgewise. Dois foram confeccionados com aço inoxidável e eram quase idênticos exceto pelo fato de um ser novo e o outro usado e recondicionado. Os demais eram de cerâmica e de acrílico, ambos usados mas não recondicionados. Todos foram colados a discos metálicos. Para permitir que a sonda movimentasse sobre a base do encaixe, as aletas de amarração foram cuidadosamente cortadas (Figs 7 e 8) para permitir que a sonda se movimentasse sobre a base do encaixe. Antes de realizar o teste, todas as impurezas foram removidas com um jato de ar, e as amostras foram lavadas com éter etílico para evitar possível contaminação com lubrificantes e depois foram secas. Resultados Análise do contato (MFA). O máximo (Rmax) e a média (Ra) de aspereza, bem como as duas diferenças maiores na profundidade (distâncias verticais, marcadas em vermelho e verde) das superfícies testadas são apresentadas em duas e três dimensões (Figs 9-12). Os gráficos mostrados em a e b estão no modo do MFA, enquanto que em c são mostradas microfotografias que comparam o MFA (I) com o MFL (II). Além do mais, é apresentada a estatística da aspereza para os dados constituídos entre os cursores codificados por cor, bem como um diagrama de espectro. O último, uma distribuição da freqüência espectral espacial dos dados transversais apresentados, descreve a periodicidade (ou ausência) da superfície exa- minada. Um resumo dos valores relacionados à aspereza é mostrado na Tabela III. As saliências mais altas e as depressões mais baixas foram apresentadas pelo braquete metálico novo (acima de 1,7 µm, distância vertical, vermelho), Figura 9 a,b. Sua aspereza (Ra 97.261 nm) estava consistente com a superfície da amostragem. O mesmo tipo de braquete, mas após o desgaste durante o tratamento normal, Figura 10 a, b, apresenta uma aspereza na mesma variação (R a 107,83mm), mas com um diferença entre as saliências e depressões de apenas 1,087µm. Para o braquete de acrílico (Figura 11a,b) que apresentava a menor diferença entre a saliência e a depressão (inferior a 0,2µm) e o encaixe mais liso (R = 16.542nm), precia sou ser utilizada outra escala (veja Figura 11b). O braquete cerâmico, Figura 12a,b, possuía uma média intermediária de aspereza de 31.468nm com uma diferença entre as saliências e depressões de 1,3µm. Análise do atrito (MFL). Para os braquetes metálicos, o atrito é apenas o resultado dos aspectos topográficos das amostras como podem ser observadas quando estas imagens são comparadas com às suas imagens no MFA (Figura 9c e 10c). Além disso, o braquete metálico utilizado apresenta sulcos produzidos pelo atrito com o fio. O braquete acrílico apresenta o atrito mais baixo. Além do mais, detectamos pequenos pontos (Figura 11c) que foram movimentados ao longo do encaixe pela ponta da sonda, como observado REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 por suas posições que variam de escaneador para escaneador. Estas partículas macias provavelmente são filamentos de polímero. A imagem do braquete cerâmico (Figura 12c) apresenta áreas com propriedades friccionais diferentes. Logo, o escuro (baixa fricção) e o claro (alta fricção) não correspondem aos aspectos topográficos mostrados nas Figuras 12a, b, fato que demonstra a coexistência de materiais diferentes. Discussão O objetivo deste estudo foi apresentar um método que poderia abrir novas perspectivas, em oposição aos estudos anteriores que procuraram estabelecer uma classificação ou relação entre os acessórios quanto ao atrito. 16-21 Na verdade, todos os testes que conhecemos procuram determinar o atrito desenvolvido quando um fio desliza por um braquete, simulando a utilização real sem se concentrar nas propriedades de apenas um dos componentes de abrasão. Além disso, todos utilizaram exclusivamente acessórios novos. Este estudo utiliza apenas um dos componentes do sistema e utiliza uma acessório usado, i.e., o que melhor representa a situação clínica real. Na verdade, um acessório novo não se comporta mais como novo após um período variável que pode ser razoavelmente curto. Como é de se esperar, o braquete metálico novo apresenta uma diferença significantemente mais alta entre as saliências e depressões que aqueles SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 65 usados e recondicionados, um fato já documentado através da microfotografia (Figs. 5 e 6). Os braquetes acrílicos novos são conhecidos por apresentar uma resistência maior ao deslizamento que os fabricados de metal, e como resultado, são preferidos os de metal.22 No entanto, a amostra testada de braquete acrílico usado apresentou um atrito significantemente inferior que qualquer um dos outros braquetes testados. Outra surpresa é a descoberta de que os braquetes cerâmicos usados apresentam uma aspereza reduzida quando comparados aos metálicos. Com exceção de Kusy e Whitley 3 que não encontraram diferenças significantes entre os coeficientes de atrito dos braquetes de aço inoxidável e cerâmicos, vários outros estudos demonstram que o atrito mais alto foi apre- sentado pelo braquete cerâmico4-6 e o mais baixo pelo braquete de aço inoxidável.7,8 A explicação é oferecida pelo MFL, que verificou a existência de dois materiais na base do encaixe ao invés de um. A utilização de um microscópio ótico confirmou o fato, fornecendo ao mesmo tempo uma explicação para as sombras verdes que esporadicamente são observadas nos encaixes dos braquetes cerâmicos. Como resultado da remoção das saliências nos braquetes cerâmicos e o nivelamento das depressões com os fragmentos metálicos (do fio ortodôntico), ocorre um nivelamento não-paralelo, seja nos braquetes metálicos ou acrílicos. O fenômeno é apresentado na Figura 13, onde o fio deixa marcas (partículas metálicas encrustradas na cerâmica) a medida que se movimenta pelo encaixe. Conclusões Embora o MFA não seja capaz de medir diretamente as propriedades friccionais entre o fio e o braquete, ele pode fornecer uma grande quantidade de informação sobre a natureza das superfícies envolvidas. Como foi observado na amostra de braquetes cerâmicos, puderam ser encontradas áreas variáveis de atrito. Se puderem ser desenvolvidas técnicas de fabricação para produzir braquetes cerâmicos com propriedades variáveis, as medidas do MFA podem recomendar as mais apropriadas, confirmando que o atrito produz um efeito de alisamento da s u p e r f í c i e . O M FA poderia ser utilizado para pré-determinar a aspereza da superfície e qualificar quão liso um braquete poderia ser durante o uso. Figura 9a - Escaneamento pelo MFA em 3D; base do encaixe de um braquete metálico novo. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 66 Figura 9b - Análise de seção com o MFA; base do encaixe de um braquete metálico novo. Figura 9c - I: Escaneamento pelo MFA em 2D, base do encaixe de um braquete metálico novo; II: escaneamento pelo MFL da mesma área. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 67 A explicação acima da microscopia de força atômica marca apenas o início dos estudos sobre o fenômeno encontrado pelos ortodontistas. A descoberta de que braquetes usados se comportam de maneira diferente dos novos, pelo menos quanto ao atrito, mostra que nossas idéias devem ser revisadas e o fenômeno reexaminado e estudado. No momento em que as leis do atrito forem reavaliadas, o MFA permitirá uma compreensão da estrutura atômica dos materiais de maneira que não foi possível antes. Além disso, nos últimos anos, verificou-se que o atrito, embora independente da área macroscópica de contato aparente, é na verdade proporcional à área de contato verdadeira. Esta última pode ser detectada pelo MFA que pode medir não somente o atrito mas também a adesão e a carga externa em um nível diferente, oferecendo dados que não podem ser obtidos utilizando-se meios mecânicos comuns. Estes últimos, por sua vez, foram recentemente comprovados como errados. 9 Figura 10a - Escaneamento pelo MFA em 3D, base do encaixe de um braquete metálico usado (o mesmo tipo daquele testado na Figura 9 a, b, c). REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 68 Figura 10b - Análise de seção pelo MFA; base do encaixe de um braquete metálico usado (o mesmo tipo daquele testado na Figura 9 a,b,c). Figura 10c - I: Escaneamento pelo MFA em 2D, base do encaixe de um braquete metálico usado; II: escaneamento pelo MFL da mesma área (o mesmo tipo testado na Figura 9 a, b, c). REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 69 Figura 11a - Escaneamento pelo MFA em 3D, base do encaixe de um braquete plástico usado. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 70 Figura 11b - Análise de seção pelo MFA; base do encaixe de um braquete plástico usado. Figura 11c - I: Escaneamento pelo MFA em 2D, base do encaixe de um braquete plástico usado; II: escaneamento pelo MFL da mesma área. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 71 Figura 12a - Escaneamento pelo MFA em 3D, base do encaixe de um braquete cerâmico usado. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 72 Figura 12b - Análise de seção pelo MFA; base do encaixe de um braquete cerâmico usado. Figura 12c - I: Escaneamento pelo MFA em 2D; base do encaixe de um braquete cerâmico usado; II: escaneamento pelo MFL da mesma área. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 73 Propriedades Braquete I, metálico, novo (Figura 9a,b) Braquete IV, metálico, usado (Figura 10a,b) Braquete II, acrílico (Figura 11a,b) Braquete III, cerâmico (Figura 12a, b) R max 365.99nm 471.44nm 76.334nm 143.76nm Ra 97.261nm 107.83nm 16.542nm 31.468nm Distância vertical (I, vermelho) Distância vertical (II, verde) 1.772µm 1.087µm 150.08nm 1.314µm 1.705µm 886.04nm 184.43nm 401.14nm Figura 13 - Esboço que mostra a base do encaixe de um braquete cerâmico usado. Os fragmentos metálicos encrustrados são mostrados em vermelho. O traçado superior mostra o sulco produzido por um fio na área central. REVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL VOLUME 2, Nº 5 SETEMBRO / OUTUBRO - 1997 74