COMEMORAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS
Discurso da Senhora Secretária Geral da Fundação Eugénio de Almeida,
Dra. Maria do Céu Ramos, na Sessão de Reconhecimento aos Voluntários
5 de dezembro de 2013
“Não posso adiar o coração
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
(…)
Não posso adiar este abraço
(…)
não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.”
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São do poeta António Ramos Rosa estas palavras que trouxe para
partilhar convosco, caros amigos, na abertura desta sessão.
A Fundação presta hoje homenagem e dá sinal público do seu
reconhecimento aos homens e mulheres que não adiaram para
outro século nem o seu amor, nem o seu o coração: os voluntários.
Esta é uma homenagem àqueles que, por livre escolha, oferecem o
seu tempo, os seus conhecimentos, a sua experiência à ação
solidária, altruísta, gratuita, na convicção de que estão a contribuir
para a construção de um mundo melhor.
O voluntário tem uma consciência apurada de que não vive sozinho
no mundo. Parafraseando o que alguém disse um dia, o voluntário
revê-se no seu próximo, e constatando o seu desamparo, pára para
o escutar e desce do seu comodismo para ir ao seu encontro. O
voluntário sabe somar esforços para repartir com os outros o que
não pode ser comprado, nem vendido: carinho, apoio, talento,
cumplicidade. O voluntário dá o seu coração.
É isso mesmo que têm feito os voluntários que dão corpo, sentido e
alcance ao Projeto de Voluntariado da Fundação Eugénio de
Almeida, que tem vindo a ser desenvolvido ao longo de 12 anos, e
que é emblemático da sua ação no campo social.
Esta sessão é especialmente dedicada a vós, em reconhecimento
por toda a colaboração, todo o empenho, toda a dedicação a um
projeto e a uma causa que é a expressão mais nobre e o exemplo
mais eloquente do que é a cidadania ativa.
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Meus Caros Amigos,
Celebra-se este ano o cinquentenário da Fundação Eugénio de
Almeida e o centenário do nascimento do seu Instituidor, Vasco
Maria Eugénio de Almeida.
Evoco as suas palavras aquando da criação da Fundação: “Uma
razão me levou a assim proceder: o amor ao próximo”
Esta foi a bússola que guiou toda a sua vida, que foi marcada por
uma atividade filantrópica e mecenática constante, também ela
exemplar como manifestação de cidadania ativa.
Os seus efeitos perduram até hoje, na missão e na ação da
Fundação no campo social, cultural e educativo, orientadas para o
desenvolvimento pleno e integral de Évora e da Região.
“Uma razão me levou a assim proceder: o amor ao próximo”.
A Fundação Eugénio de Almeida encontrou em vós, voluntários, os
melhores e os mais perfeitos parceiros para tornar vivo este ideal no
quotidiano concreto desta comunidade.
O vosso contributo tem permitido criar e alimentar uma rede
solidária e de proximidade em diversas freguesias da cidade, que
tem feito a diferença na vida de muitas pessoas e instituições.
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O vosso contributo tem-se estendido ainda a outras dimensões
onde a ação voluntária é precisa, como a da cultura ou do
ambiente,
sempre
acrescentando
valor,
sempre
fazendo
a
diferença.
.
Ao longo destes anos, a Fundação, os seus gestores e técnicos têm
estabelecido convosco laços de cumplicidade e afetividade que
esperamos continuar a construir e a fortalecer.
A Fundação conta convosco e está sempre aberta ao diálogo,
sempre disponível para refletir em conjunto, e em conjunto
desenhar as melhores estratégias para ir ao encontro das vossas
necessidades e dar à vossa ação solidária mais qualificação, maior
visibilidade e uma maior valorização.
O Voluntariado é, como alguém disse, uma estrada com dois
sentidos; ou uma porta para a esperança. É isso, sim, e muito mais:
o Voluntariado é uma missão para transformar o mundo.
Em nome da Fundação Eugénio de Almeida deixo-vos um abraço
fraterno e digo obrigada por querem mudar o mundo, obrigada por
querem partilhar connosco essa missão.
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Discurso da Senhora Secretária Geral da Fundação Eugénio de