Setor de Educação de Jovens e Adultos
SEQUÊNCIA DIDÁTICA - PODCAST
ÁREA – CÓDIGOS E LINGUAGENS
Título do Podcast
Estrangeirismos
Área
Segmento
Duração
Códigos e Linguagens
Ensino Fundamental/Ensino Médio
4min51seg
Habilidades:
Ensino Fundamental: H29 e H52
Ensino Médio: H32 e H59
Tempo Estimado: 30 minutos
Materiais e recursos necessários:
Podcast: Estrangeirismos
Conteúdos:
Estrangeirismos da língua inglesa em situações de comunicação no Brasil.
Desenvolvimento:
Esta sequência de exercícios poderá auxiliá-lo no reconhecimento de estrangeirismos e de sua
função em textos de língua portuguesa.
 Ouça quantas vezes forem necessárias o Podcast Estrangeirismos, disponível no Portal
EJ@ - Biblioteca Digital e responda às questões solicitadas.
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1. Explique, com suas palavras, o que é um estrangeirismo e dê um exemplo.
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2. A língua portuguesa tem uma variedade de estrangeirismos. Observe a lista abaixo com
vários estrangeirismos e relacione-os ao campo semântico ao qual eles pertencem.
(
(
(
(
(
(
(
(
Estrangeirismos
Back
Corner
Dribble
)
Football
Goal
Penalty
Ace
) Set point
Tie-breaker
Jab
Ring
) Corner
Knockout
Knockdown
Cockpit
) Grid
Pole position
Delete
Input
) Login
Print
Password
Cheeseburger
Diet
) Hamburger
Hot dog
Light
Blues
Country
Hip hop
Jazz
)
Rap
Rock
Show
Street dance
Camping
)
Trailer
Campos de palavra a que se relacionam
a)
Marketing, Business
(relações comerciais, negócios)
b)
Technology
c)
Music
d)
Soccer or football
e)
Leisure/Entertainment
(entretenimento)
f)
Volleyball
g)
Boxing
h)
Car racing
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( )
Briefing
Marketing
Release
Slogan
Target
i)
Food
3. Há alguma palavra da lista do exercício 2 que você desconhece? Então, procure o
significado delas no capítulo “Estrangeirismos” disponível nos Temas de Estudo de Língua
Inglesa, que você pode acessar no Portal EJ@: www.eja.educacao.org.br/Biblioteca
Digital/Apoio ao Aluno/Temas de Estudo - EF/Temas de Estudo de Inglês - EF. Lembre-se:
para ter acesso ao material é preciso de senha. Peça a senha de acesso ao seu monitor!
Você pode também consultar um dicionário bilíngue!
4. Ouça novamente o podcast e registre os motivos de se usar palavras da língua inglesa no
Brasil, de acordo com o programa.
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5. É comum encontrar em anúncios publicitários brasileiros o uso de estrangeirismos, como se
observa nos textos abaixo, retirados de anúncios veiculados na mídia impressa:
Texto 1 – Anúncio de um centro de compras com peças em liquidação
Outlet Premium – São Paulo
Chic é pagar pouco
Até 80% OFF o ano inteiro
VEJA. Veja São Paulo. Ano 46. Nº 35. 28 ago. 2013. p. 76-77.
Texto 2 – Anúncio de um imóvel
Diferenciais: qualidade de vida e mais tempo livre para você
Salão de festas
Espaço gourmet
Churrasqueira
Lavanderia coletiva
Home Office
Fitness
Sauna
Sala de descanso
Espaço Zen
Piscina com raio de 20m
Solarium
Infraestrutura para Wi-Fi nas áreas comuns
Bicicletários nos subsolos
Grafite na fachada – Marcelo Eco
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Serviços Pay-Per-Use
Limpeza e arrumação
Manutenção básica (Pequenos reparos no apartamento)
Personal Trainer
Dog walker
Pet Care
Serviços de lavanderia
Aulas de natação e hidroginástica
VEJA. Veja São Paulo. Ano 46. Nº 35. 28 ago. 2013. p. 33.
a) Identifique os estrangeirismos dos anúncios 1 e 2 e sugira palavras em português que
possam ter o mesmo sentido.
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b) Pelo o que você ouviu no podcast, por que as empresas optam por usar estrangeirismos
em anúncios publicitários dirigidos ao público brasileiro?
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6. Se você gostou do assunto, divirta-se com a leitura da crônica “Quem inputou que
desinpute”, de Sérgio Rodrigues. A crônica aborda de maneira bem humorada a influência
de termos da tecnologia oriundos do inglês e usados no Brasil.
Quem inputou que desinpute
Quando ouvi aquilo pela primeira vez, achei que era só uma excentricidade. Mas a
primeira vez deu lugar à segunda, a segunda à terceira, sempre com falantes diferentes. A
quarta ocorrência me encontrou preparado: claro, claro, demos agora para conjugar o verbo
“inputar”, estrangeirismo formado de modo regular pela junção do inglês input (o ato de
enfiar, de pôr para dentro, ou aquilo que se põe para dentro) com o sufixo “ar”. Parente, já se
vê, de “deletar”, “printar”, “ressetar” e outras ações realizadas diante de uma tela e um
teclado. Paciência. Macaco velho não inputa a mão em cumbuca e sabe que, se o Vale do
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Silício ficasse em Jacarta, importaríamos nossas palavras do javanês.
O problema é que passou o espanto inicial e o diabo do “inputar" continuou incômodo,
resistente a todas as argumentações linguisticamente avançadas sobre estrangeirismos.
Passada a décima audição, ainda está atravessado na garganta. A necessidade de sua criação
simplesmente não se me inputa na cabeça. Sim, eu sei que as línguas, organismos vorazes,
sempre fizeram valer aquele dito popular: o que não mata, engorda. Sei também que o
estrangeirismo de ontem é o vernáculo de hoje, basta lembrar que na virada do século XIX
para o XX sofremos do francês um bombardeio semelhante ao que agora nos chega do idioma
de Bill Gates. Graças a ele nossas casas se encheram de abajures, ora veja, viva o progresso.
Por fim, sei também que a imagem de uma língua portuguesa acamada, lívida e dodói
como uma donzela romântica, e portanto necessitada da proteção de um cavaleiro quixotesco
com seu elixir antiestrangeirismo, é um absurdo que só se explica pelo misto de ingenuidade e
demagogia que cerca o projeto de lei do deputado Aldo Rebelo. No entanto, se sei de tudo
isso, por que “inputar” se recusa a tomar assento na língua do dia a dia como “deletar”, seu
primo enturmadinho?
Alguns diriam que é porque “deletar” tem antepassados nobres. Certa vez fui chamá-lo
de estrangeirismo – o que de fato é – e despertei ondas de indignação. Vários leitores me
escreveram dizendo que está tudo em casa porque o verbo to delete, em inglês, vem do latim
deletum, forma nominal de delere. Os leitores estão certos, mas e daí? Desde quando
ancestrais comuns deletam a estrangeirice dos estrangeirismos? Em português, delere veio a
se tornar “delir”, que, além de pouco usado, não dá conta do sentido informático de “deletar”.
E é exatamente esse sentido que torna “deletar” um forte candidato à perpetuação em nosso
vocabulário. Quem deleta não apaga simplesmente – apaga no computador. O significado é
mais preciso, e precisão costuma vencer.
Apliquemos então o teste da precisão: haverá alguma em “inputar”? Input é um
vocábulo de diversos usos em inglês. No sentido econômico refere-se àquelas coisas, como
dinheiro e trabalho, que metemos num negócio para que ele funcione – e costuma ser
traduzido por “investimento”. No sentido fabril tem a ver com matérias-primas, e a
necessidade de um equivalente nacional levou à cunhagem do neologismo “insumo”, que foi
parar no Aurélio em 1975 e hoje está consagrado. No sentido informático, input é a
informação com que se alimenta um computador. Para passar tal ideia, usamos duas soluções:
quando ação, a expressão “entrar com (os dados)”; quando substantivo, “informação” mesmo.
Vê-se, portanto, que precisão não é o forte de “inputar". A elegância eu nem comento.
Falta falar apenas do problema ortográfico, que os mais perspicazes já terão observado: o
espírito do português se contorce todo diante dessa grafia, com o ene antes do pê. Se vingasse
em nossa língua, é bastante provável que “inputar” acabasse transformado em “imputar”, com
eme – verbo já existente, como se sabe, e de largo emprego jurídico com o sentido de “atribuir
responsabilidade”.
Deve ser por uma mistura de tudo isso que “inputar” se recusa a soar bem. É um
estrangeirismo que carece de nexo sob todos os aspectos, exceto, talvez, o da subserviência
macaqueira ao idioma mais forte. Mesmo sabendo que desse modo inputo em minha crônica
os riscos da futurologia, ouso prever vida curta à novidade. Com ou sem a interferência do
deputado Aldo Rebelo, paladino da “pureza” do português. A lei que a condena, velha de
séculos, nunca precisou ser escrita.
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RODRIGUES, Sérgio. What língua is esta? : estrangeirismos, neologismos, lulismos & outros modismos. Rio
de Janeiro: Ediouro, 2005. p.19-21.
Indicações:
Consulte o Mapa Curricular no Portal EJ@ – (www.eja.educacao.org.br) > Área do Aluno >
Mapa Curricular > Ensino Médio > Códigos e Linguagens > Disciplinas > Inglês – para saber mais
sobre o assunto!
Inglês – Ensino Fundamental – Estrangeirismos
Gabarito:
1. Estrangeirismo é o empréstimo que fazemos de palavras de outros idiomas para a nossa
língua materna. Por exemplo, quando na vitrine de uma loja, o comerciante usa a palavra
sale, do inglês, em vez de “liquidação”, ele está fazendo uso de um estrangeirismo.
2. Sequência correta: d, f, g, h, b, i, c, e, a.
3. Procurar as palavras desconhecidas no dicionário bilíngue ou nos Temas de estudo de
língua
inglesa
–
Ensino
Fundamental.
Disponivel
em:
Portal
EJ@:
www.eja.educacao.org.br/Biblioteca Digital/Apoio ao Aluno/Temas de Estudo - EF/Temas
de Estudo de Inglês - EF. (Solicite a senha de acesso ao seu monitor.)
4. O podcast cita como motivos para o uso de palavras inglesas no Brasil:
 o seu uso tende a valorizar o produto, conferindo-lhe mais prestígio.
 a comunicação parece ficar mais eficiente com o uso do inglês, principalmente
quando se fala sobre termos ligados à tecnologia.
 a forte influência que a cultura e a economia americana exercem sobre o
comportamento de consumo do brasileiro.
 a globalização aproximou o comércio e a comunicação entre países ao redor do
mundo, sobressaindo-se o inglês como língua universal devido à atual hegemonia
econômica dos Estados Unidos.
5.
a) Outlet (do inglês): centro de compras não luxuoso em que as mercadorias são
vendidas a preços promocionais; Premium (do latim): de qualidade; chic (do francês):
sofisticado; off (do inglês): desconto; gourmet (do francês): pessoa que conhece e
entende de boa alimentação e bebida; home office (do inglês): escritório em casa;
fitness (do inglês): condicionamento físico; zen (do japonês): tranquilo, relaxante;
solarium (do latim): solário, espaço reservado para banho de sol; pay-per-use (do
inglês): pague pelo uso; personal trainer (do inglês): preparador físico pessoal; dog
walker (do inglês): passeador de cão; pet care (do inglês): cuidados com animais de
estimação.
b) O fato de o inglês ser considerado uma língua franca, ou seja, usada na maioria das
transações comerciais ao redor do mundo, e devido à globalização, que contribuiu
para a expansão da hegemonia econômica dos Estados Unidos no planeta, cuja língua
oficial é o inglês, os anunciantes brasileiros, conscientes da influência econômica e
cultural que o Brasil sofre atualmente dos Estados Unidos, usa os estrangeirismos para
convencer o consumidor de que os produtos anunciados são bons e merecem ser
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adquiridos, pois estão, supostamente, atrelados a padrões internacionais (norteamericanos) de qualidade.
6.
Leitura complementar (opcional) da crônica “Quem inputou que desinpute”, de Sérgio
Rodrigues.
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