Avisos Bom Domingo e boa Semana! www.paroquiariomeao-pacosbrandao.com 155 Folha Dominical Reunião Geral de Catequese, Paços de Brandão, no dia 13 de Setembro, às 21h00, no centro paroquial; Reunião Geral de Catequese, Rio Meão, no dia 14 de Setembro, às 21h00, no centro paroquial; Reunião de Liturgia, Paços de Brandão, no dia 21 de Setembro, às 21h00, no centro paroquial; Início do novo ano pastoral de Catequese 2011/12, no dia 01 de Outubro 2011. Brevemente, poderá consultar os horários na secretaria paroquial ou no site da paróquia; Início do Novo ano Vicarial de Catequese, no dia 05 de Outubro, no seminário da Cruz, Passionistas, Feira; Adoração do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, em Rio Meão, no dia 09 de Outubro, das 16h às 18h00, na Igreja Matriz; Reunião de Liturgia, Rio Meão, no dia 19 de Outubro, às 21h00, no centro paroquial; VISITA PASTORAL do Senhor D. João Lavrador, à nossa Paróquia de S. Cipriano de Paços de Brandão, de 11 a 16 de Outubro. A visita pastoral terminará com a administração do sacramento da Confirmação (Crisma) aos nosso jovens (10ºano), no dia 16 de Outubro, no horário a combinar com o Senhor Bispo. Novo Bispo de Bragança-Miranda, D. José Garcia Cordeiro, ordenação episcopal , no dia 02 de Outubro, às 15h, na Catedral de Bragança. Paróquias de Rio Meão e Paços de Brandão 11 Set. 2011 XXIV Domingo do Tempo Comum A «Não te digo que perdoes até sete vezes, mas até setenta vezes sete » A Palavra de Domingo “Forte é quem perdoa” Sir 27, 33- 28,9: Sl 102 (103); Rm 14, 7-9; Mt 18, 21-35 O perdão das ofensas é atitude fundamental para o discípulo de Cristo. Este perdão não tem limites, vai até ao que se possa imaginar. O número sete tem uma certa ideia de plenitude, de totalidade. Mas Jesus, para indicar que o perdão deve ser sem limites, ainda o multiplica por setenta, setenta vezes sete, isto é, sempre. ALELUIA, ALELUIA. Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. ALELUIA, ALELUIA. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque mo pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Palavra da salvação. É de Mohandas Gandhi esta frase: “O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte”. E ainda que a mentalidade reinante, talvez não em teoria mas na prática, pareça contradizê-la constantemente, ela mantém a sua força interpeladora. Só o perdão possibilita futuro; enquanto ele não acontece há uma ilusão de progresso mas está-se simplesmente a “patinar”, a construir castelos na areia, a alimentar um monstro dentro de si ou até da sociedade, que mais dia, menos dia, volta a fazer das suas. Vemo-lo na maioria das revoluções políticas: os oprimidos que se revoltam depressa se tornam em novos opressores. E criam a sua corte de “pequenos ditadores” implacáveis e justiceiros, piores até que o senhor a quem dizem servir! Jesus colocou o perdão na única oração que nos ensinou: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. É curiosa a imagem de continuidade da ofensa (“nos tem ofendido”), merecendo sempre o perdão. E bem sabemos que é das frases mais difíceis de dizer porque o perdão dá muito trabalho. Na parábola de hoje é quase inimaginável a distância entre a dívida do primeiro homem e a do segundo. Segundo o câmbio da época, dez mil talentos equivalia ao sustento de uma família durante mais de...oitenta e dois mil anos! E, sem pestanejar, o rei, que tinha mandado vender o servo, a família e tudo o que tinha, compadecido pelo seu pedido de um prazo, liberta-o e perdoa-lhe a dívida. Não confundamos com as “fraudes e desvios instituídos” de quem delapida bens públicos sem nunca vir a ser responsabilizado! Aqui trata-se de um amor gratuito e inconcebível para a estreiteza dos nossos corações. Por isso é chocante a falta de compaixão deste servo perdoado para com o seu companheiro que lhe devia cem denários, o equivalente ao sustento de... cinquenta dias! Perdoado em 29930000 dias, incapaz de perdoar 50! Pois é, o perdão não se entende muito bem com contas. Nasce de uma generosidade que desencadeia gratidão. Que não se “paga para trás” mas para a frente, como exemplificava o belíssimo filme com Kevin Spacey, Helen Hunt e Haley Joel Osmet , “Favores em cadeia”. A única medida do perdão é a confiança absoluta do perdão de Deus. O egoísmo pode fechar esta comunicação de amor que Deus quer fazer passar por nós. E então tornamo-nos estéreis, azedos, fechados num legalismo gelado, justificando as nossas razões ou endeusando as opiniões que temos dos outros. Há uma corrente de vida e de amor vinda de Deus, que passa pela nossa aprendizagem em perdoar. Mas será que entramos nessa corrente? Sentimos a alegria de ser perdoados? Ou nem sequer nos julgamos necessitados de perdão? Não será mesmo verdade que, forte, e feliz, é quem perdoa? P. Vítor Gonçalves in VOZ DA VERDADE