elemento celebrativo a destacar “NASCI E VIM AO MUNDO A FIM DE DAR TESTEMUNHO DA VERDADE” xXxIV domingo comum b itinerário simbólico TEMA: “Corrigir os que erram”. CONCRETIZAÇÃO: A soberania real de Jesus Cristo é revelada na história, na vida daqueles que se abrem à Sua verdade. Por isso, todos os cristãos tomam parte desta condição real a partir do Baptismo, na sua configuração com a Cruz de Cristo, o Trono de onde Ele se torna propício para nós. Para evidenciarmos este trono de verdade de onde Cristo reina na nossa vida, vamos colocar uma cruz num pedestal, que será envolvida por um arranjo floral, onde abundem coroas de rei vermelhas. Nesta solenidade, sugere-se a presença da Cruz paroquial, nas procissões inicial e de saída, permanecendo visível e, se possível, num lugar de destaque durante toda a celebração. Para isso, poder-se-á usar o incenso na entrada, na proclamação do Evangelho, na apresentação dos dons e na narração da Eucaristia. Nos momentos próprios deve incensar-se a referida Cruz. Oração Universal ILUSTRAÇÃO DA ARQ. MARIA TAVARES Irmãos e irmãs: Cristo é Rei do universo e Senhor da Igreja. Por Ele, com Ele e n’Ele, oremos ao Pai pelo mundo inteiro, dizendo (ou cantando), com toda a confiança: Sugestão de cânticos Eucologia missão — Entrada: Glória a Jesus Cristo, Az. Oliveira (IC, p. 609; NRMS 92) — Glória: F. Santos (NCT 295) — Apres. dons: Todas as nações recebeu em herança, M. Faria (IC, p. 614; NRMS 3-II) — Comunhão: O Cordeiro que foi imolado, A. Cartageno — Final: Cristo vence (Christus vincit), A. Kunc (CEC II, p. 149-150) Orações e prefácio próprios da Missa da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Missal Romano, pp. 428-429). Oração Eucarística III (Missal Romano, pp. 529ss). Sendo portadores da Cruz de Jesus Cristo desde o nosso Baptismo, como nossa imagem de marca vamos procurar iniciar cada dia com o sinal da cruz, feito com serenidade e todo o sentido. Para mantermos sempre presente, ao longo do dia, a dimensão da nossa realeza baptismal, podemos também ser portadores de uma pequena cruz. R. Senhor, venha a nós o vosso reino. LITURGIA da palavra LEITURA I Dan 7, 13-14 Leitura da Profecia de Daniel Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. Foilhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído. SALMO RESPONSORIAL Salmo 92 (93) Refrão: O Senhor é rei num trono de luz. O Senhor é rei, revestiu-Se de majestade, revestiu-Se e cingiu-Se de poder. Firmou o universo, que não vacilará. É firme o vosso trono desde sempre, Vós existis desde toda a eternidade. Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé, a santidade habita na vossa casa por todo o sempre. EVANGELHO Jo 18, 33b-37 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo segundo São João LEITURA II Ap 1, 5-8 Leitura do Apocalipse Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: “Tu és o Rei dos Judeus?”. Jesus respondeu-lhe: “É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?”. Disse-Lhe Pilatos: “Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?”. Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. Disse-Lhe Pilatos: “Então, Tu és Rei?”. Jesus respondeu-lhe: “É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amen. Ei-l’O que vem entre as nuvens, e todos os olhos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram; e por sua causa hão-de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim. Amen. “Eu sou o Alfa e o Ómega”, diz o Senhor Deus, “Aquele que é, que era e que há-de vir, o Senhor do Universo”. “O seu reino não será destruído” O capítulo sete de Daniel inicia a segunda parte do livro (7, 1 — 12, 13), que é caracterizada por “visões” de pendor apocalíptico difíceis de interpretar. Daniel tem uma primeira visão em que vislumbra quatro feras, “quatro grandes animais, diferentes uns dos outros” (7, 3). Atribuiu-se esta referência às últimas grandes potências sanguinárias que importunaram o povo bíblico (desde o tempo de Nabucodonosor): babilónicos, medos, persas, macedónios. É importante esta referência para entender o alcance da nova figura que, entretanto, aparece no texto proposto para primeira leitura. O profeta é testemunha de um facto surpreendente que ocorre no céu: um “Ancião” — figura que se interpreta como uma referência a Deus —, sentado como juiz, julga o quarto animal, que é o mais insolente. Trata-se do rei da Síria, Antíoco IV, que oprimia religiosamente 2. Pelo Papa Francisco, pelos bispos, presbíteros e diáconos e pelos fiéis e catecúmenos da santa Igreja, que procuram imitar Aquele que Se fez servo de todos, oremos. 3. Pelos que têm poder e não o sabem exercer com justiça, pelos que zelam mais pelos seus interesses do que pela verdade, e pelos que não deixem de praticar a justiça, oremos. Reflexão Na última solenidade do Ano Litúrgico (Ano B), Jesus Cristo faz rimar realeza com humildade e verdade: não se trata de um rei à maneira do mundo! A sua realeza não é deste mundo. Ele veio para “dar testemunho da verdade” (evangelho), para nos libertar do pecado (segunda leitura). Jesus Cristo é o Servo perfeito, o filho do homem que deu a vida para obter a salvação de todos e reunir todas as nações na sua glória (primeira leitura). O poder da sua majestade (salmo) brota do serviço, da doação, da fidelidade, do amor. Ele é “Aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo”. 1. Pelas Igrejas do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, que Deus alimenta com a Palavra e o Pão da vida, fazendo florescer a santidade nos seus fiéis, oremos. o povo de Israel, perseguia os judeus que permaneciam fiéis à fé dos seus antepassados. A luta só em aparência é política, porque, na realidade, por detrás dos grandes impérios há uma potência sobre-humana que combate contra o Deus da Aliança: a interpretação da história há-de ser, pois, teológica, lida a partir de Deus. É certo que os impérios passam e não há estabilidade duradoira, mas a opressão do povo bíblico pede uma intervenção divina que interrompa as sucessivas investidas do mal. Daniel constata a necessidade de instaurar o Reino de Deus, um reino que substitua a série dos impérios humanos, um reino liderado por uma figura humana, um “filho do homem”, que mostrará a decisão divina de alterar o rumo da história: “O seu poder é eterno, não passará jamais, e o seu reino não será destruído”. O texto culmina numa mensagem de esperança: não são os poderes deste mundo que dominam a história; o triunfo será do verdadeiro Senhor da história, Deus, que há-de instaurar o seu Reino através do seu enviado: “alguém semelhante a um filho do homem”. A última palavra pertence a Deus. Assim, o povo adquire a chave que permite interpretar o sentido da história. Esta figura do “filho do homem”, que vem de Deus, a quem é dado o domínio universal, que reina sobre todos os povos, é vista pela teologia cristã como uma antecipação profética do domínio universal de Jesus Cristo. Ele não usará o poder para escravizar como fazem os poderosos deste mundo, mas para nos libertar e fazer de nós seus irmãos, filhos de Deus. 4. Pelas vítimas das injustiças, da falta de verdade e do desrespeito pelos direitos humanos, nomeadamente por aqueles que padeceram a violência dos recentes atentados em Paris, oremos. 5. Por todos aqueles que experimentam os sinais da contradição e do pecado, mas não se deixam de entregar a Jesus que os liberta, oremos. 6. Pelos nossos irmãos que já partiram marcados com o sinal da mesma fé, que brilhe para eles a luz eterna, oremos. Deus, nosso Pai, que fizestes de vosso Filho o Rei do universo, que manifesta o seu poder no amor e no perdão, estendei o seu reinado àqueles que choram por não serem respeitados nem amados. Por Cristo, Senhor nosso. admonição final O coroar do Ano Litúrgico manifesta que o Reino de Deus já está presente em nós, exigindo uma total abertura à verdade, à justiça e à liberdade plenas que o Filho de Deus nos vem trazer. Para vivermos a missão neste dinamismo alegre, abramo-nos à Sua bênção para deixarmos que seja sempre Jesus Cristo a reinar no nosso coração. bÊnção e envio Reflexão preparada por Laboratório da Fé | in www.laboratoriodafe.net Bênção solene para o Tempo Comum IV (Missal Romano, p. 561).