Versão impressa REVISTA BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA vol. 73 - nº 6 - Novembro/Dezembro 2014 NOV/DEZ 2014 VOLUME 73 NÚMERO 6 P. 317-402 100 95 75 25 RBO 5 0 DESDE 1942 CAPA REVISTA-NOV-DEZ-2014 segunda-feira, 2 de março de 2015 13:50:15 317 ISSN 0034-7280 Revista Brasileira de (Versão impressa) ISSN 1982-8551 (Versão eletrônica) Oftalmologia PUBLICAÇÃO OFICIAL: SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CATARATA E IMPLANTES INTRAOCULARES SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA REFRATIVA Sociedade Brasileira de Oftalmologia Indexada nas bases de dados: LILACS Literatura Latinoamericana em Ciências da Saúde SciELO Scientific Electronic Library OnLine WEB OF SCIENCE www.freemedicaljournals.com Disponível eletronicamente: www.sboportal.org.br Publicação bimestral Editor Chefe Newton Kara-Junior (SP) Editor Executivo Arlindo José Freire Portes (RJ) Co-editores André Luiz Land Curi (RJ) Arlindo José Freire Portes (RJ) Bruno Machado Fontes (RJ) Carlos Eduardo Leite Arieta (SP) Hamilton Moreira (PR) Liana Maria Vieira de Oliveira Ventura (PE) Marcony Rodrigues de Santhiago (RJ) Mario Martins dos Santos Motta (RJ) Maurício Maia (SP) Niro Kasahara (SP) Renato Ambrósio Jr. (RJ) Rodrigo Jorge (SP) Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira (PE) Silvana Artioli Schellini (SP) Walton Nosé (SP) Corpo Editorial Internacional Baruch D. Kuppermann - Califórnia - EUA Christopher Rapuano - Phyladelphia - EUA Curt Hartleben Martkin - Colina Roma - México Daniel Grigera - Olivos - Argentina Deepinder Kauer Dhaliwal - Pittsburg - EUA Felipe A. A. Medeiros - Califórnia - EUA Felix Gil Carrasco - México – México Fernando Arevalo - Riyadh - Arábia Saudita Francisco Rodríguez Alvira – Bogotá - Colombia Howard Fine - Eugene - EUA Jean Jacques De Laey - Ghent - Bélgica Kevin M. Miller - Califórnia - EUA Lawrence P. Chong - Califórnia - EUA Lihteh Wu – San José - Costa Rica Liliana Werner - Utah - EUA Miguel Burnier Jr. - Montreal - Canadá Pablo Cibils - Assunção - Paraguai Patricia Mitiko Santello Akaishi – Arábia Saudita Peter Laibson - Phyladelphia - EUA Steve Arshinoff - Toronto - Canadá Corpo Editorial Nacional A. Duarte - Rio de Janeiro - RJ Abelardo de Souza Couto - Rio de Janeiro- RJ Abrahão da Rocha Lucena - Fortaleza - CE Alexandre Augusto Cabral de Mello Ventura - Recife - PE Alexandre H. Principe de Oliveira – Salvador – BA Alexandre Seminoti Marcon – Porto Alegre - RS Ana Carolina Cabreira Vieira – Rio de Janeiro – RJ Ana Luisa Hofling de Lima - São Paulo - SP André Correa de Oliveira Romano – Americana - SP André Curi - Rio de Janeiro - RJ André Luis Freire Portes - Rio de Janeiro - RJ André Marcio Vieira Messias – Ribeirão Preto – SP Andrea Kara José Senra - São Paulo – SP Antonio Marcelo Barbante Casella - Londrina - PR Armando Stefano Crema- Rio de Janeiro- RJ Beatriz de Abreu Fiuza Gomes – Rio de Janeiro - RJ Bruna Vieira Ventura - Recife - PE Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior http://www.capes.gov.br Rev Bras Oftalmol, v. 73, n. 6, p. 317 - 402, Nov./Dez. 2014 Bruno Diniz – Goiânia - GO Carlos Augusto Moreira Jr.- Curitiba- PR Carlos Gabriel Figueiredo - São José do Rio Preto - SP Carlos Ramos de Souza Dias- São Paulo- SP Claudio do Carmo Chaves - Manaus - AM Cristiano Caixeta Umbelino - São Paulo - SP Daniel Lavinsky – Porto Alegre - RS David Leonardo Cruvinel Isaac – Goiania - GO Diego Tebaldi Q. Barbosa - São Paulo - SP Edmundo Frota De Almeida Sobrinho- Belém- PA Eduardo Buchele Rodrigues – Florianópolis - SC Eduardo Cunha de Souza – São Paulo - SP Eduardo Damasceno - Rio de Janeiro - RJ Eduardo Dib – Rio de Janeiro - RJ Eduardo Ferrari Marback- Salvador- BA Eliezer Benchimol - Rio de Janeiro - RJ Enzo Augusto Medeiros Fulco – Jundiaí - SP Eugenio Santana de Figueiredo – Juazeiro do Norte - CE Fábio Marquez Vaz – Ondina – BA Felipe Almeida - Ribeirão Preto - SP Fernando Cançado Trindade - Belo Horizonte- MG Fernando Marcondes Penha - Florianópolis - SC Fernando Oréfice- Belo Horizonte- MG Fernando Roberte Zanetti – Vitória - ES Flavio Rezende- Rio de Janeiro- RJ Francisco de Assis Cordeiro Barbosa - Recife - PE Frederico Valadares de Souza Pena – Rio de Janeiro - RJ Frederico Guerra - Niterói - RJ Giovanni N.U.I.Colombini- Rio de Janeiro- RJ Guilherme Herzog Neto- Rio de Janeiro- RJ Harley Biccas - Ribeirão Preto - SP Haroldo Vieira de Moraes Jr.- Rio de Janeiro- RJ Hélcio Bessa - Rio de Janeiro - RJ Helena Parente Solari - Niterói - RJ Heloisa Helena Abil Russ – Curitiba – PR Henderson Celestino de Almeida- Belo Horizonte- MG Hilton Arcoverde G. de Medeiros- Brasilia- DF Homero Gusmao de Almeida- Belo Horizonte- MG Italo Mundialino Marcon- Porto Alegre- RS Iuuki Takasaka – Santa Isabel - SP Ivan Maynart Tavares - São Paulo - SP Jaco Lavinsky - Porto Alegre - RS Jair Giampani Junior – Cuiabá - MT Jeffersons Augusto Santana Ribeiro - Ribeirão Preto - SP João Borges Fortes Filho- Porto Alegre- RS João Luiz Lobo Ferreira – Florianópolis – SC João Marcelo de Almeida G. Lyra - Maceió - AL João Orlando Ribeiro Goncalves- Teresina- PI Jorge Carlos Pessoa Rocha – Salvador – BA JorgeAlberto de Oliveira - Rio de Janeiro - RJ José Augusto Cardillo – Araraquara – SP José Beniz Neto - Goiania - GO José Ricardo Carvalho L. Rehder- São Paulo- SP Laurentino Biccas Neto- Vitória- ES Leonardo Akaishi - Brasília - DF Leonardo Provetti Cunha - SP Leticia Paccola - Ribeirão Preto - SP Liana Maria V. de O. Ventura- Recife- PE Luiz Alberto Molina - Rio de Janeiro - RJ Manuel Augusto Pereira Vilela- Porto Alegre- RS Marcelo Hatanaka – São Paulo – SP Marcelo Netto - São Paulo - SP Marcelo Palis Ventura- Niterói- RJ Marcio Bittar Nehemy - Belo Horizonte - MG Marco Antonio Bonini Filho - Campo Grande - MS Marco Antonio Guarino Tanure - Belo Horizonte - MG Marco Antonio Rey de Faria- Natal- RN Marcos Pereira de Ávila - Goiania - GO Maria de Lourdes Veronese Rodrigues- Ribeirão Preto- SP Maria Rosa Bet de Moraes Silva- Botucatu- SP Maria Vitória Moura Brasil - Rio de Janeiro - RJ Mário Genilhu Bomfim Pereira - Rio de Janeiro - RJ Mario Luiz Ribeiro Monteiro - São Paulo- SP Mário Martins dos Santos Motta- Rio de Janeiro- RJ Marlon Moraes Ibrahim – Franca - SP Mauricio Abujamra Nascimento – Campinas - SP Maurício Bastos Pereira - Rio de Janeiro - RJ Maurício Dela Paolera - São Paulo - SP Miguel Ângelo Padilha Velasco- Rio de Janeiro- RJ Miguel Hage Amaro - Belém - PA Milton Ruiz Alves- São Paulo- SP Moyses Eduardo Zadjdenweber - Rio de Janeiro - RJ Nassim da Silveira Calixto- Belo Horizonte- MG Nelson Alexandre Sabrosa - Rio de Janeiro – RJ Newton Kara-José - São Paulo - SP Newton Leitão de Andrade – Fortaleza – CE Núbia Vanessa dos Anjos Lima Henrique de Faria - Brasília-DF Octaviano Magalhães Júnior - Atibaia - SP Oswaldo Moura Brasil- Rio de Janeiro- RJ Otacílio de Oliveira Maia Júnior – Salvador - BA Patrick Frensel de Moraes Tzelikis – Brasília – DF Paulo Augusto de Arruda Mello Filho – São Paulo – SP Paulo Augusto de Arruda Mello- São Paulo- SP Paulo Schor - São Paulo - SP Pedro Carlos Carricondo – São Paulo – SP Pedro Duraes Serracarbassa – São Paulo – SP Priscilla de Almeida Jorge – Recife – PE Rafael Ernane Almeida Andrade - Itabuna – BA Raul N. G. Vianna - Niterói - RJ Remo Susanna Jr.- São Paulo- SP Renata Rezende - Rio de Janeiro - RJ Renato Ambrosio Jr.- Rio de Janeiro- RJ Renato Luiz Nahoum Curi- Niterói- RJ Richard Yudi Hida – São Paulo – SP Riuitiro Yamane - Niterói - RJ Roberto Lorens Marback - Salvador - BA Roberto Pinto Coelho – Ribeirão Preto – SP Rodrigo França de Espíndola – São Paulo – SP Rogerio Alves Costa- Araraquara- SP Rogerio de Almeida Torres - Curitiba - PR Rubens Belfort Neto – São Paulo – SP Rubens Camargo Siqueira- São José do Rio Preto- SP Sebastião Cronemberger So.- Belo Horizonte- MG Sérgio Henrique S. Meirelles- Rio de Janeiro- RJ Sérgio Kwitko - Porto Alegre - RS Sérgio Luis Gianotti Pimentel – São Paulo – SP Silvana Artioli Schellini - Botucatu- SP Suel Abujamra- São Paulo - SP Suzana Matayoshi - São Paulo - SP Tânia Mara Cunha Schaefer – Curitiba – PR Vitor Cerqueira - Rio de Janeiro - RJ Walter Yukihiko Takahashi – São Paulo – SP Walton Nose- São Paulo- SP Wener Passarinho Cella - Plano Piloto - DF Wesley Ribeiro Campos- Passos- MG Yoshifumi Yamane- Rio de Janeiro- RJ Redação: Rua São Salvador, 107 Laranjeiras CEP 22231-170 Rio de Janeiro - RJ Tel: (0xx21) 3235-9220 Fax: (0xx21) 2205-2240 Tiragem: 5.000 exemplares Edição:Bimestral Secretaria: Marcelo Diniz Editoração Eletrônica: Sociedade Brasileira de Oftalmologia Responsável: Marco Antonio Pinto DG 25341RJ Publicidade: Sociedade Brasileira de Oftalmologia Responsável: João Diniz [email protected] Contato publicitário: Westinghouse Carvalho Tel: (11)3726-6941 / 99274-0724 [email protected] Revisão: Eliana de Souza FENAJ-RP 15638/71/05 Normalização: Edna Terezinha Rother Assinatura Anual: R$420,00 ou US$280,00 Impressão: Gráfica Stamppa Associada a ABEC - Associação Brasileira de Editores Científicos 318 Revista Brasileira de Oftalmologia Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - CEP 22231-170 - Rio de Janeiro - RJ Tels: (0xx21) 3235-9220 - Fax: (0xx21) 2205-2240 - e-mail: [email protected] - www.sboportal.org.br Revista Brasileira de Oftalmologia, ISSN 0034-7280, é uma publicação bimestral da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Diretoria da SBO 2013-2014 Presidente Marcus Vinicius Abbud Safady (RJ) Vice-presidentes Elisabeto Ribeiro Goncalves (MG) Fabíola Mansur de Carvalho (BA) João Alberto Holanda de Freitas (SP) Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ) Tania Mara Cunha Schaefer (PR) Secretário Geral André Luis Freire Portes (RJ) 1º Secretário Sérgio Henrique S. Meirelles (RJ) 2º Secretário Giovanni N. U. I. Colombini (RJ) Tesoureiro Gilberto dos Passos (RJ) Diretor de Cursos Arlindo José Freire Portes (RJ) Diretor de Publicações Newton Kara-Junior (SP) Diretor de Biblioteca Armando Stefano Crema (RJ) Conselho Consultivo Membros eleitos Jacó Lavinsky (RS) Paulo Augusto de Arruda Mello (SP) Roberto Lorens Marback (BA) Conselho Fiscal Efetivos Francisco Eduardo Lopes Lima (GO) Leiria de Andrade Neto (CE) Roberto Pedrosa Galvão (PE) Suplentes Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ) Jorge Alberto Soares de Oliveira (RJ) Mizael Augusto Pinto (RJ) SOCIEDADES FILIADAS À SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA Associação Brasileira de Banco de Olhos e Transplante de Córnea Presidente: Ari de Souza Pena Associação Maranhense de Oftalmologia Presidente: Romero Henrique Carvalho Bertand Associação Matogrossense de Oftalmologia Presidente: Jair Giampani Junior Associação Pan-Americana de Banco de Olhos Presidente: Alvio Isao Shiguematsu Associação Paranaense de Oftalmologia Presidente: Otavio Siqueira Bisneto Associação Rondoniense de Oftalmologia Presidente: Cleiton Cassio Bach Associação Sul Matogrossense de Oftalmologia Presidente: Elson Yamasato Associação Sul-Mineira de Oftalmologia Presidente: Mansur Elias Ticly Junior Sociedade Alagoana de Oftalmologia Presidente: Mário Jorge Santos Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia Presidente: Ronald Fonseca Cavalcanti Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares Presidente: Carlos Gabriel de Figueiredo Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular Presidente: Guilherme Herzog Neto Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa Presidente: Carlos Gabriel de Figueiredo Sociedade Brasileira de Ecografia em Oftalmologia Presidente: Leila Sueli Gouveia José Sociedade Brasileira Glaucoma Presidente: Francisco Eduardo Lopes Lima Sociedade Capixaba de Oftalmologia Presidente: Cesar Ronaldo Vieira Gomes Sociedade Catarinense de Oftalmologia Presidente: Ramon Coral Ghanem Sociedade Cearense de Oftalmologia Presidente: Newton Andrade Júnior Sociedade Goiana de Oftalmologia Presidente: José Eduardo Simarro Rios Sociedade Norte-Nordeste de Oftalmologia Presidente: Carlos Alexandre de Amorim Garcia Sociedade de Oftalmologia do Amazonas Presidente: Leonardo Bivar Sociedade de Oftalmologia da Bahia Presidente: André Hasler Príncipe de Oliveira Sociedade de Oftalmologia do Nordeste Mineiro Presidente: Mauro César Gobira Guimarães Sociedade de Oftalmologia de Pernambuco Presidente: Alexandre Augusto Cabral de Mello Ventura Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Norte Presidente: Nelson Roberto Salustino Galvão Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul Presidente: Afonso Reichel Pereira Sociedade de Oftalmologia do Sul de Minas Presidente: Mansur Elias Ticly Junior Sociedade Paraense de Oftalmologia Presidente: Lauro José Barata de Lima Sociedade Paraibana de Oftalmologia Presidente: Saulo Zanony Lemos Neiva Sociedade Piauiense de Oftalmologia Maria de Lourdes Cristina Alcântara Paz Carvalho do Nascimento Sociedade Sergipana de Oftalmologia Presidente: Carlos Barreto Barbosa Jr. 319 Revista Brasileira de ISSN 0034-7280 (Versão impressa) ISSN 1982-8551 (Versão eletrônica) Oftalmologia PUBLICAÇÃO OFICIAL: SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CATARATA E IMPLANTES INTRAOCULARES SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA REFRATIVA Fundada em 01 de junho de 1942 CODEN: RBOFA9 Indexada nas bases de dados: LILACS Literatura Latinoamericana em Ciências da Saúde SciELO Scientific Electronic Library OnLine WEB OF SCIENCE www.freemedicaljournals.com Disponível eletronicamente: www.sboportal.org.br Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior http://www.capes.gov.br Rev Bras Oftalmol, v. 73, n. 6, p. 317 - 402, Nov./Dez. 2014 Sumário - Contents Editorial 321 Reflexões sobre elaboração e publicação de pesquisas clínicas Conducting and publishing clinical research 323 Citations in scientifics papers Citações em trabalhos científicos Newton Kara-Junior Sebastião Cronemberger Artigos originais 324 Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais Accuracy of clinical examination in the diagnosis of eyelid lesions 329 Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital Comparison between femtosecond laser capsulotomy and manual continuos curvilinear digital image guided capsulorrhexis 335 341 Luiz Angelo Rossato, Rachel Camargo Carneiro, Ahlys Miyazaki, Suzana Matayoshi Wilson Takashi Hida, Mario Augusto Pereira Dias Chaves, Michelle Rodrigues Gonçalves, Patrick Frenzel Tzeliks, Celso Takashi Nakano, Antonio Francisco Pimenta Motta, Flavio Eduardo Hirai, Aline Silva Guimaraes, Luciana Malta de Alencar, Iris Yamane, Milton Ruiz Alves Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells O efeito do tartarato de brimonidina sobre a depressão alastrante retiniana depende das células de Müller Vinícius Vanzan Pimentel de Oliveira, Marcio Penha Morterá Rodrigues, Adroaldo de Alencar, Sebastião Cronemberger, Nassim Calixto, Adalmir Morterá Dantas Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats Avaliação da fenda palpebral e do volume orbitário após aplicações orbitárias de bimatoprost 0,03% Nilson Lopes da Fonseca Junior, Giuliana Petri, Juliana Mora Veridiano, José Ricardo Carvalho Lima Rehder 320 348 Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population Resultados ecográficos nas fases atrasadas da doença de Vogt-Koyanagi-Harada na população mexicana Mariana Mayorquín-Ruiz1, Rashel Cheja-Kalb, Luz Elena Concha-del Río, Lourdes Arellanes-García, Eduardo Moragrega-Adame 351 Características das doações de córnea no estado do Piauí Characteristics of corneal donations in state of Piauí 358 Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia Aberrações de alta ordem em crianças com ambliopia e seu papel na ambliopia refratária 363 State of the art in chromovitrectomy Estado da arte da cromovitrectomia Namir Clementino Santos, Virgínia Lúcia Bezerra, Eduardo Carvalho de Melo Arnaldo Dias-Santos, Rita Rosa, Joana Ferreira, João P. Cunha, Cristina Brito, Ana Paixão, Alcina Toscano Rafael Ramos Caiado, Milton Nunes de Moraes-Filho, André Maia , Eduardo Büchelle Rodrigues, Michel Eid Farah, Maurício Maia Artigo de Atualização 377 A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American eye banks and lamellar transplants Uma revisão comparativa entre os modelos atuais de bancos de olhos e transplantes lamelares do Brasil, ReinoUnido e Estados Unidos Gustavo Victor, Sidney Júlio de Faria e Sousa, Marcos Alonso Garcia, Mário Henrique Camargos de Lima, Milton Ruiz Alves Relato de Casos 383 Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária Blindeness reversal in corioretinitis sclopetaria Thaíne Garcia Cruz Carvalho, Leandro Cabral Zacharias, Carla Moreira Albhy, Walter Y. Takahashi 386 Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient Zoster optic neuritis in immunocompetent patient 389 Clovis Arcoverde Freitas-Neto, Olga Cerón, Katia Delalibera Pacheco, Viviane Oliveira Pereira, Marcos Pereira Ávila, C. Stephen Foster Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos Spontaneous closure of macular hole after pars plana vitrectomy: report of two cases Ana Claudia de Franco Suzuki, Leandro Cabral Zacharias, Mário Junqueira Nóbrega, Rony Carlos Pretti, Walter Yukihiko Takahashi Índice remissivo 392 Índice remissivo do volume 73 Instruções aos autores 400 Normas para publicação de artigos na RBO EDITORIAL 321 Reflexões sobre elaboração e publicação de pesquisas clínicas Conducting and publishing clinical research A prender a idealizar e a realizar estudos clínicos pode ser um objetivo ambicioso, mas é perfeitamente viável. Talvez, a etapa mais importante para este aprendizado seja a reflexão inicial, a fim de se organizar para cumprir passo a passo os requisitos do treinamento, tendo em mente que mesmo os grandes pesquisadores não se capacitaram instantaneamente (1). Mesmo que o objetivo final (aprender a pesquisar) seja intimidador, subdividido, o desafio se torna mais acessível. Assim, o pesquisador iniciante primeiro precisa se organizar, para definir e cumprir tarefas do aprendizado, as quais podem ser ainda divididas em minitarefas. Completar cada parte (minitarefa) dará a sensação de recompensa, conferindo satisfação imediata para uma tarefa de longa duração. Nossos cérebros preferem atividades de recompensa imediata, como caçar, em detrimento das recompensas de longo prazo, como guardar lenha, refletindo, assim, a tendência de adiarmos tarefas de benefício distante (por exemplo, estudar para uma prova), em favor do prazer instantâneo (por exemplo, sair com amigos) (2,3). Dessa maneira, para cumprir o objetivo final, sugerimos que o treinamento seja dividido em tarefas, e estas em minitarefas, objetivas e de fácil execução, da seguinte forma: 1- A primeira tarefa é aprender a buscar artigos em bases de dados eletrônicas e pode ser subdividida nas minitarefas: procurar uma biblioteca e agendar, com a bibliotecária responsável por essa seção, um treinamento prático (principais bases de dados, palavras-chaves, ferramentas de busca, etc); treinar como localizar artigos com temas relacionados a sua área de atuação; conferir a bibliografia de artigos encontrados na busca e publicados recentemente, a fim de relacionar estudos pertinentes que não tenham sido localizados pela busca inicial, identificando e corrigindo os motivos da exclusão. 2- A tarefa seguinte seria aprender a analisar criticamente a literatura, a fim de reconhecer entre os artigos selecionados, pela busca eletrônica, os metodologicamente corretos e consequentemente confiáveis. Neste caso, as minitarefas seriam, por exemplo: ler livros e textos sobre metodologia científica, com especial atenção ao capítulo de erros sistemáticos (vieses); ler atentamente a seção Métodos de artigos publicados em revistas científicas, treinando como identificar qualidades metodológicas de alguns e vieses de outros(4). Uma vez cumpridas estas duas primeiras tarefas, estaremos mais confiantes, principalmente quando percebermos que já será possível realizar atualização médica continuada por meio de publicações científicas, definindo o assunto dos artigos a serem localizados e descartando pesquisas metodologicamente inadequadas. Além disso, definir pequenas tarefas de fácil execução, com recompensa imediata (benefício rapidamente visível), mantendo o foco no objetivo principal, é uma tática para tornar o aprendizado otimizado e agradável. 3- A próxima tarefa seria definir um tema para a pesquisa. As minitarefas seriam: escolher, dentro da subespecialidade que mais lhe agrada, um tema que se tenha condições logísticas de estudar, considerando a disponibilidade de recursos humanos e físicos de sua instituição; selecionar nas bases de dados artigos relacionados ao tema; avaliar criticamente os artigos encontrados; procurar uma lacuna no conhecimento científico publicado, que seja possível de ser preenchida por uma pesquisa viável de ser realizada em sua instituição. A dúvida só aparece para quem estuda. Quem sabe pouco, não consegue sequer ter dúvidas. Assim, a leitura criteriosa de artigos científicos relacionados a um tema específico certamente evidenciará uma série de questões que ainda não foram elucidadas pela ciência, mesmo porque muitos artigos até chegam a sugerir idéias para estudos futuros. Muitas soluções para estas questões em aberto talvez não sejam viáveis de serem executadas em todas as instituições, mas algumas poderão ser possíveis. A pertinência da “pergunta” que se pretende responder com a pesquisa corresponderá ao valor que será dado ao estudo. Neste momento do planejamento, engajar um orientador, seria importante para ajudar a dimensionar a relevância do tema escolhido para o estudo, viabilizar o acesso a equipamentos cirúrgicos e diagnósticos e, principalmente, supervisionar as tarefas que virão a seguir. 4- Finalmente, desenhar o estudo. A definição da maneira e da padronização com que os dados serão obtidos na pesquisa é chamada de desenho do estudo e deve estar descrita na seção Métodos, do artigo. É a elaboração da estratégia que será utilizada para conduzir a pesquisa. Algumas sub-tarefas seriam: identificar a população-alvo e extrair uma amostra que a represente; definir critérios de exclusão; considerar o tipo de estudo mais adequado para responder à dúvida da pesquisa (prospectivo, retrospectivo, transversal, observacional, intervencionista, caso-controle, coorte, randomizado, etc); selecionar e padronizar intervenções e testes para mensuração de resultados. Nesta fase, seria útil já redigir a seção Métodos, a fim de assegurar o cumprimento das regras para a condução do estudo. Nesse momento, a equipe que ajudará na execução do projeto de pesquisa poderia ser formada. Após a realização do experimento, com auxílio do orientador e, eventualmente, de um estatístico, os dados são tabulados e o artigo é redigido(5). Consideramos que os principais requisitos para a realização de estudos clínicos de qualidade sejam: 1 - o engajamento de um orientador experiente e de uma equipe motivada; 2 - o acesso a pacientes e a tecnologias diagnósticas e terapêuticas, em geral Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 321-2 322 Kara-Junior N presentes em hospitais universitários e em grandes clínicas; 3 - o trabalho diligente do pesquisador responsável, ao estudar a literatura para idealizar e desenhar o estudo, além de organizar tarefas, delegar funções e superar obstáculos logísticos. Quanto à publicação do artigo, embora revistas internacionais, em geral, sejam as mais valorizadas, os periódicos nacionais estão progressivamente melhorando de qualidade e de visibilidade. Revistas científicas nacionais de boa qualidade representam, para autores, uma segurança de que artigos com temas relevantes e com metodologias adequadas, mesmo que pertinentes somente à realidade local, poderão ser publicados e divulgados(6,7). Como Editor-Chefe da Revista Brasileira de Oftalmologia tive a oportunidade e o prazer de atuar nesta seara. Para cumprir a missão e assumir as responsabilidades da chefia editorial, foi importante a experiência adquirida como: pesquisador (autor de 83 artigos publicados em revistas científicas, índice H 8-ISI e 10-Scopus, bolsista produtividade em pesquisa do CNPQ), orientador (professor de pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com três alunos que já defenderam tese e outros três realizando doutoramento), supervisor (membro da Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da USP, avaliador do CNPQ para concessão de bolsas a projetos de pesquisa), revisor (Journal of Cataract and Refractive Surgery, Journal of Refractive Surgery, Arquivos Brasileiros de Oftalmologia) e editor científico (Editor Associado da revista Clinics e Coeditor da Revista Brasileira de Oftalmologia). Considero que minhas principais ações à frente da Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO) tenham sido: 1- Estimular e capacitar novos pesquisadores a realizar estudos clínicos de boa qualidade, ao escrever doze editoriais ensinando a realizar as etapas mais importantes da pesquisa clínica e ao organizar três simpósios de iniciação em pesquisa nos congressos de Oftalmologia (Congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia em Foz do Iguaçu, 2013 e no Rio de Janeiro, 2014, Congresso da Sociedade Norte-Nordeste de Oftalmologia em Fortaleza, 2014). 2- Implementar o sistema em que Editores de Seção são os responsáveis pela distribuição dos artigos para os revisores e pela aprovação da publicação. Desta maneira, ao delegar funções científicas, o Editor-chefe tem melhor condição de realizar a triagem inicial dos artigos submetidos e supervisionar todas as etapas do processo de edição. 3- Contribuir para o preparo de autores, ao aperfeiçoar o desenho e a escrita de artigos científicos submetidos para publicação, por meio da formação de uma equipe de revisores científicos treinados para orientar autores de artigos com bom potencial, ensinando autores a melhorar seus estudos e, assim, investindo no aperfeiçoamento da pesquisa e do pesquisador. 4- Viabilizamos a tradução para o inglês de todos os artigos publicados, sem custos para os autores, estimulando a visibilidade internacional das pesquisas e da própria Revista. 5- A fim de formar parcerias com outros periódicos nacionais e otimizar o processo de revisão científica, organizamos um sistema de Fast Track para acelerar o reenvio e/ou aproveitar as revisões de artigos submetidos aos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia e à revista Oftalmologia em Foco. Tive a oportunidade e o privilégio de receber uma revista muito bem administrada pelos Editores que me precederam, e acredito ter colaborado para seu progressivo aperfeiçoamento. Com o aprendizado adquirido na coordenação da Revista Brasileira de Oftalmologia, tendo inclusive participado de congressos de edição científica (Congresso da Associação Brasileira de Editores Científicos – ABEC e Congresso da Scielo), além de manter contato próximo com outros editores científicos e de muito refletir sobre o assunto, acredito ter cumprido mais uma importante etapa de minha carreira acadêmica. Minha próxima ação, no sentido de colaborar ainda mais com o treinamento de novos pesquisadores, será a publicação, em 2015, de um livro de Iniciação à Pesquisa Clínica, um manual para jovens pesquisadores, no qual terei a oportunidade de orientar e expor minhas reflexões sobre o tema. Prof Dr. Newton Kara José Junior Livre-docente, Professor colaborador e de Pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Editor-chefe da Revista Brasileira de Oftalmologia REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Azeka E, Fregni F, Auler Junior JO. The past, present and future of clinical research. Clinics (Sao Paulo). 2011;66(6):931-2. Hallowel E, Ratey JJ. Driven to distraction: recognizing and coping with attention deficit disorder from childhood through adulthood. New York: Anchor Book; 2011. Bodenhamer BG Hall LM. The user’s manual for the brain. Williston: Crown House; 2001. Chamon W. [Plagiarism and misconduct in research: where we are and what we can do]. Arq Bras Oftalmol. 2013;76(6):V-VIII. Portuguese. Lopes B, Ramos IC, Ribeiro C, Correa R, Valbon B, Luz A, et al. Biostatistics: fundamental concepts and practical applications. Rev Bras Oftalmol. 2014;73(1):16-22. Rocha e Silva M. Reflexões críticas sobre os três erres, ou os periódicos brasileiros excluídos. Clinics (São Paulo). 2011; 66(1): 3–7. Kara-Junior N, Ambrósio R Jr, Chamon W, Leme LE. The challenge for “multilingual” scientists in Brazil. Clinics (São Paulo). 2014;69(5):306-7. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 321-2 EDITORIAL 323 Citations in scientific papers Citações em trabalhos científicos T he biggest challenge of science is to add something new and practical to knowledge. On the other hand, one of the most common mistakes, responsible for the delay of the same science, is the lack of knowledge of what has been studied and published in literature. In general, in medicine, and particularly in ophthalmology, the technological, medical and surgical advances for the benefit of patients are unquestionable. Early diagnosis of glaucoma and of many retinal diseases has progressed remarkably due to optical coherence tomography (OCT). The number of glaucoma surgeries has been drastically reduced by the use of prostaglandin analogues. The anti-vascular endothelial growth factor (Anti-VEGF) therapy has already benefited many patients. Phacoemulsification associated with the development of increasingly sophisticated and accurate intraocular lens has benefited millions of patients around the world. The modern techniques of keratoplasty allow the recovery of vision in many patients. But surely many eye diseases have no cure yet, requiring the generation of new knowledge. For this to occur, it is necessary for the researchers, the authors of publications and reviewers of journals to be honest and accurate in their work(1). It is also necessary to know that the basic requirements of a scientific paper are originality, reliability, accuracy and consistency(2,3). Unfortunately, it is observed in many studies that the authors, with the irrepressible urge to publish or show off, deliberately omit a review of what has been written before their publication(4). In order to contribute with something new, a careful review of what has already been published must be undertaken. Only thus can the risk be avoided of repeating concepts adequately established in the past as if they were new and original. Moreover, it is well known that the impact factor of a journal, although controversial, is widely used to measure the importance in its area. It is defined by the number of citations of articles published in the journal over the past two years. The higher the impact factor of a journal, the greater its prestige is in the scientific community(5,6). Therefore, the omission of citations of scientific papers of our peers is not tolerated, especially when the papers are authored by the same nationality and often published in the same journal. It causes us wonder that our works are quoted more frequently in journals and chapters in books outside of Brazil. Recently, in the Rev Bras Oftalmol. 2014;73(2):69-70(7) and Rev Bras Oftalmol. 2012;71(3):149-154(8), we were surprised and we regret the lack of citation of one of our papers (Rev Bras Oftalmol. 2004;63(5/6):305-308)(9). We hope that the omission was not intentional and we urge all colleagues to henceforth cite national papers in their publications. This will bring enormous benefit to the papers’ integrity and certainly will help to raise the credibility of the journal and its impact. Finally, we quote an excerpt from a preface written in 1964 by Busacca(10): “Et s’il est vrai qu’en Amérique, très souvent, on ne tient pas compte des observations qui ont déjà vu le jour ailleurs, il est regrettable de constater que cette manière d’agir s’est généralisée et que dans ce monde en bouleversement, l’honnêteté scientifique, jadis très respectée, disparaît peu a peu.” Sebastião Cronemberger Full Professor of Ophthalmology at the Federal University of Minas Gerais, Brazil REFERENCES 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Cronemberger S. A importância do revisor. Rev Bras Oftalmol. 2004;63(7-8):377. Kara-Júnior N. O valor da análise crítica da literatura para a atualização médica continuada. Rev Bras Oftalmol. 2013;72(3):155-6. Kara-Júnior N. Medicina baseada em evidências. Rev Bras Oftalmol. 2014;73(1):5-6. Teixeira RK, Botelho NM, Petroianu A. References from Brazilian medical journals in national publications. Rev Assoc Med Bras. 2013;59(6):571-5. Cals JW, Kotz D. Effective writing and publishing papers, part X: choice of journal. J Clin Epidemiol. 2014;67(3):3. Kara-Júnior N. A democratização do conhecimento médico e seus desafios. Rev Bras Oftalmol. 2013;72(1):5-7. Jorge PA. Opacificação de lente intraocular. Rev Bras Oftalmol. 2014;73(2):69-70. Ventura BV, Ventura M, Lira W, Ventura CV, Santhiago MR, Werner L. Microscopic analysis of opacification in Ioflex® hydrophilic acrylic intraocular lenses. Rev Bras Oftalmol. 2012;71(3):149-54. 9. Cronemberger S, Calixto N, Miranda D, Salles PGO, Maia RS. Estudo clínico e histopatológico de lente intra-ocular opaca explantada. Rev Bras Oftalmol. 2004;63(5-6):304-8. 10. Busacca A. Biomicroscopie et histopathologie de l’oeil. Zurich: Carl Meyer, Jona/Rapperswil SG; 1964. Préface. vol II, p. VI. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 323 ARTIGO ORIGINAL 324 Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais Accuracy of clinical examination in the diagnosis of eyelid lesions Luiz Angelo Rossato1, Rachel Camargo Carneiro1, Ahlys Miyazaki2, Suzana Matayoshi1 RESUMO Objetivo: Analisar a acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais. Métodos: A partir da observação de trinta e cinco fotos de tumores palpebrais benignos e malignos que foram apresentadas a médicos oftalmologistas, para cada foto foram feitas 3 perguntas: 1) lesão maligna ou não? 2) se considerado maligno, o provável tipo histológico; e 3) tumor agressivo ou não? Os médicos foram agrupados em 9 grupos, de acordo com a formação profissional (tempo de formação e especialização ou não em Oculoplástica). As respostas foram comparadas com o resultado do exame histopatológico da peça retirada cirurgicamente. Resultados: No total, cento e seis médicos oftalmologistas participaram do estudo. A experiência do profissional influenciou no diagnóstico de malignidade do tumor, já que o grupo 1 (residentes de primeiro ano) apresentou a menor acurácia (64,5%), com menor concordância estimada (Kappa = 0,13), e o grupo 5 (formados há 5 anos e especializados em Oculoplástica) a maior acurácia (77,3%), com melhor concordância (Kappa = 0,45), além de apresentar as melhores medidas para os demais itens avaliados. Para diagnóstico do tipo histológico, a acurácia foi menor no grupo 1 que obteve o pior desempenho, com 51,1% de acurácia, enquanto o melhor foi o grupo 6 (formados há mais de 5 anos e especializados em Oculoplástica, 77,2%). Já para o critério de agressividade do tumor os resultados foram mais próximos entre as diferentes categorias. Os oftalmologistas formados há mais tempo e sem especialização em Oculoplástica também demonstraram baixa acurácia diagnóstica no diagnóstico de malignidade e na determinação do tipo histológico do tumor. Conclusão: A baixa acurácia no diagnóstico clínico de tumores palpebrais nos grupos acima referidos reforça a necessidade de melhorar o conhecimento em oncologia palpebral nesses grupos. Descritores: Neoplasias palpebrais/diagnóstico; Neoplasias palpebrais/ patologia; Oncologia; Conhecimentos, atitudes e práticas em saúde ABSTRACT Objective: To analyze the accuracy of the clinical examination in the diagnosis of eyelid lesions. Methods: From the observation of thirtyfive photos of benign and malignant eyelid tumors were presented to ophthalmologists, for each picture, it was asked 3 questions: 1) the lesion is malignant or not; 2) if considered malignant, the probably histological type; and 3) the tumor is aggressive or not. The phisicians were divided into 9 groups, according to academic degree (time since graduation and Oculoplastics specialty or not). Answers were compared with the results of the histopathologic study of the surgically resected tumor. Results: In total, one hundred and six ophthalmologists were interviewed. The professional experience influenced the diagnosis of malignancy of the tumor, as the Group 1 (first year residents) had the lowest accuracy (64.5%), with lower estimated agreement (kappa = 0.13), and Group 5 (graduated 5 years ago and with expertise in Oculoplastics) the highest accuracy (77.3%), with better agreement (Kappa = 0.45), and presented the best parameters for other analyzed items. For the histological type diagnosis, accuracy was lower: group 1 had the worst performance, with 51.1% accuracy, while the best was for group 6 (graduated over 5 years and with expertise in Oculoplastics, 77.2% ). As for the criterion of tumor aggressiveness, the results were closer among the different categories. Ophthalmologists trained longer and without expertise in Oculoplastics also showed a low diagnostic accuracy for malignancy and to determine the histological type of tumor. Conclusion: The low accuracy of clinical diagnosis of eyelid tumors in the groups above reinforces the need to improve ophthalmic oncology knowledge in these groups. Keywords: Eyelid neoplasms/diagnosis; Eyelid neoplasms/pathology; Medical oncology; Health knowledge, atitudes, practice 1,2 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil; Trabalho realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo, (SP), Brasil. Os autores declaram não haver conflitos de interesse. Recebido para publicação em 14/7/2014 - Aceito para publicação em 28/8/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 324-8 Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais INTRODUÇÃO O estudo histopatológico é considerado padrão-ouro para o diagnóstico das lesões tumorais, porém o exame clínico ainda permanece importante para o tratamento correto e melhor prognóstico(1,2). As formas de apresentação e aparência das lesões são muito variadas e podem assumir similaridades entre as benignas e malignas(3). Diversos tumores podem se desenvolver na pele da região periocular, assim, o médico oftalmologista é quem frequentemente diagnostica e dá a conduta para essas lesões. A primeira preocupação é diagnosticar se o tumor é maligno(4). O presente estudo tem como objetivo analisar a acurácia do exame clínico do diagnóstico das lesões palpebrais feito por médicos oftalmologistas em diferentes estágios de formação profissional e experiência em Oculoplástica. 325 3. valor preditivo positive (VPP) = real positivo/(real positivo + falso positivo); 4. valor preditivo negative (VPN) = verdadeiro negativo/ (verdadeiro negativo + falso negativo); 5. acurácia = (verdadeiro positivo + verdadeiro negativo) / total. RESULTADOS Foram apresentadas 27 lesões malignas (CBC, CEC, melanoma, carcinoma de células sebáceas) e 8 benignas (nevus, ceratose actínica, molusco contagioso, corno cutâneo) para 106 médicos oftalmologistas agrupados conforme tempo de formação e experiência em Oculoplástica (gráfico 1). Gráfico 1 MÉTODOS A partir da observação de 35 fotos de lesões palpebrais benignas e malignas feitas no ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), utilizando máquina fotográfica digital em alta resolução (960 x 720 pixels) e impressas em papel fotográfico Fujifilm de alta qualidade (CT-RS3 7028), foi formulado para cada foto 3 perguntas. O entrevistado respondeu a um questionário em formulário de papel, referente a cada lesão, com 3 perguntas: 1. A lesão é benigna ou maligna? 2. Se maligna, qual seria o diagnóstico histológico mais provável [carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC), melanoma, carcinoma de células sebáceas ou outros]? 3. Se maligna, seria da forma agressiva (CBC micronodular, infiltrativo e esclerodermiforme; CEC; melanoma; carcinoma de células sebáceas) ou não agressiva (CBC nodular e superficial)? As respostas foram comparadas com o padrão-ouro (exame histopatológico da peça retirada cirurgicamente). Não houve delimitação de tempo para as respostas e as últimas 5 fotos foram excluídas para evitar viés de fadiga. Os entrevistados foram agrupados em 9 categorias: residentes de primeiro ano (grupo 1), residentes de segundo ano (grupo 2), residentes de terceiro ano (grupo 3); oftalmologistas formados há 2 anos, há 5 anos e há mais de 5 anos com especialzação em Oculoplástica (grupos 4, 5 e 6 respectivamente); oftalmologistas formados há 2 anos, há 5 anos e há mais de 5 anos sem especialização em Oculoplástica (grupos 7, 8 e 9 respectivamente). Foram calculadas as concordâncias entre as respostas e o padrão-ouro para os critérios de malignidade e agressividade do tumor com uso do coeficiente Kappa e calculadas sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN) e acurácia. Também foi calculada a acurácia em relação ao diagnóstico do tipo histológico. O intervalo de confiança (IC) foi de 95%. Foi utilizado o software SPSS 15.0. As definições dos indicadores utilizados são listados abaixo: 1.sensibilidade = real positivo/(real positivo + falso negativo); 2. especificidade = real negativo/(real negativo + falso positivo); Distribuição dos participantes da pesquisa conforme tempo de formação e experiência em Oculoplástica A experiência do profissional influenciou o diagnóstico de malignidade do tumor, já que o grupo 1 apresentou a menor acurácia (64,5%), com menor concordância estimada (Kappa = 0,13), e o grupo 5 a maior acurácia (77,3%), com melhor concordância (Kappa = 0,45), além de apresentar as melhores medidas para os demais itens avaliados (tabela 1). Para esse critério, a acurácia no geral foi 68,2%, com sensibilidade de 69,6%, especificidade de 63,9% e Kappa de 0,27. Para o tipo histológico, o acerto no geral foi 63,3%. O grupo 1 obteve o pior desempenho com 51,1% de acurácia, enquanto o melhor foi do grupo 6 (77,2%) (tabela 2). Para os critérios e categorias anteriormente citados, os profissionais sem especialização em Oculoplástica obtiveram índices inferiores aos com tal experiência, seguindo uma ordem crescente de acerto conforme o tempo de formação e especialização em Oculoplástica. Já para o critério de agressividade tumoral, a acurácia no geral foi 74,2%, com sensibilidade de 82,7%, especificidade de 63,4% e Kappa de 0,47, apresentando resultados mais próximos entre as diferentes categorias, com índices melhores que os anteriores para os grupos dos residentes e dos profissionais sem especialização em Oculoplástica (tabela 3). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 324-8 326 Rossato LA, CarneiroRC, Miyazaki A, Matayoshi S Tabela 1 Acurácia do diagnóstico de malignidade da lesão versus tempo de formação e experiência do profissional em Oculoplástica Grupo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Todos Acurácia Sensibilidade Especificidade VPP VPN Kappa 64,5 (62,1 - 67,0) 69,2 (66,5 - 71,9) 67,9 (65,5 - 70,2) 71,7 (69,7 - 73,6) 77,3 (74,5 - 80,1) 74,4 (72,7 - 76,1) 64,8 (62,6 - 66,9) 69,2 (66,5 - 71,9) 62,3 (60,4 - 64,2) 68,2 (67,5 - 69,0) 70,8 (64,7 - 76,3) 73,4 (66,4 - 79,6) 71,1 (65,1 - 76,6) 72,4 (67,1 - 77,2) 78,3 (69,6 - 85,4) 75,0 (70,2 - 79,3) 65,5 (60,1 - 70,7) 69,6 (62,4 - 76,1) 60,4 (55,7 - 65,0) 69,6 (67,7 - 71,4) 44,2 (32,8 - 55,9) 55,4 (41,5 - 68,7) 57,1 (45,4 - 68,4) 69,4 (59,3 - 78,3) 74,3 (56,7 - 87,5) 72,3 (63,1 - 80,4) 62,2 (51,9 - 71,8) 67,9 (54,0 - 79,7) 68,4 (59,8 - 76,2) 63,9 (60,3 - 67,3) 80,6 (74,8 - 85,6) 84,4 (77,8 - 89,6) 84,5 (78,9 - 89,1) 88,6 (84,1 - 92,2) 90,9 (83,4 - 95,8) 89,9 (86,0 - 93,0) 85,1 (80,0 - 89,3) 87,7 (81,2 - 92,5) 86,3 (81,9 - 89,9) 86,4 (84,8 - 87,8) 31,5 (22,9 - 41,1) 38,8 (28,1 - 50,3) 37,6 (28,8 - 47,0) 43,3 (35,4 - 51,4) 51,0 (36,6 - 65,2) 46,8 (39,2 - 54,5) 35,5 (28,3 - 43,1) 40,4 (30,4 - 51,0) 34,5 (28,8 - 40,5) 39,0 (36,2 - 41,8) 0,13 (0,02 - 0,24) 0,25 (0,12 - 0,38) 0,24 (0,13 - 0,35) 0,35 (0,25 - 0,44) 0,45 (0,30 - 0,61) 0,40 (0,31 - 0,48) 0,22 (0,13 - 0,31) 0,30 (0,18 - 0,42) 0,22 (0,14 - 0,29) 0,27 (0,24 - 0,31) Tabela 2 Acurácia do diagnóstico do tipo histológico do tumor versus tempo de formação e experiência do profissional em Oculoplástica Grupo Acurácia (%) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Todos 51,1 64,0 59,4 68,2 72,2 77,2 58,3 68,8 53,4 63,3 IC (95%) 47,5 60,1 55,9 65,5 68,1 75,1 55,0 65,0 50,4 62,2 - 54,8 67,8 63,0 71,0 76,4 79,3 61,6 72,5 56,4 64,4 DISCUSSÃO Apesar de o estudo histopatológico ser considerado padrão-ouro para o diagnóstico das lesões, o exame clínico ainda permanece importante para o tratamento correto e melhor prognóstico(1,2). Porém, as formas de apresentação e aparência das lesões são muito variadas e podem assumir similaridades entre as benignas e malignas(3). Diversos tumores benignos e malignos podem se desenvolver na pele periocular, a partir da epiderme, derme ou anexos. Sua aparência e comportamento nas pálpebras podem ser diferentes do restante do corpo, em parte pelas características da pele palpebral e seus anexos especializados. Dessa forma, o Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 324-8 médico oftalmologista é frequentemente chamado a diagnosticar e tratar tais lesões, e a primeira preocupação é descartar malignidade de maneira apropriada(4). Outro aspecto importante é que os tecidos normais peritumorais devem ser minimamente violados para preservar sua funcionalidade e evitar desfiguração(3). As lesões benignas perioculares mais comuns são nevo, calázio, ceratose actínica, cistos de inclusão epidérmica e hidrocistomas. Já as malignas são carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC), melanoma, carcinoma de células sebáceas ou outras. Ao exame, é importante analisar pigmentação, bordas e textura das lesões, já que lesões peroladas são suspeitas para CBC. Outro sinal é a madarose que, apesar de ser um indicador isolado fraco de malignidade, é mais comum em lesões malignas do que em benignas. Quando a madarose está presente há uma chance de 69,23% e um risco 13,4 vezes maior de a lesão ser maligna. Apesar dessa relação, sua presença não é definitiva para malignidade da mesma forma que a ausência não é para benignidade. Por isso é importante considerar outros indicadores de malignidade, como telangiectasias, ulceração, sangramento espontâneo, alterações na anatomia palpebral e lesões recorrentes. Outro aspecto importante é o tempo de aparecimento e crescimento da lesão, pois lesões antigas e sem aumento de tamanho são menos suspeitas. Além disso, pacientes com pele mais clara, de acordo com a classificação de Fitzpatrick, são mais susceptíveis a queimaduras solares, têm maior risco de desenvolver câncer de pele. Deve-se considerar também história de exposição solar excessiva, idade avançada, imunossupressão e história de tabagismo(5). Na literatura os índices de acurácia do diagnóstico clínico para malignidade palpebral situam-se entre 65 a 96%, sendo nossos índices (geral: 68,2% e do melhor Grupo: 77,3%) dentro do esperado. Os índices de sensibilidade e especificidade entre- Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais 327 Tabela 3 Estimativas (%) e IC (95%) para agressividade das lesões, distribuídos conforme as categorias de graduação dos médicos Grupo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Todos Acurácia Sensibilidade Especificidade VPP VPN Kappa 72,2 (69,3 - 75,2) 74,3 (71,1 - 77,5) 73,3 (70,5 - 76,2) 75,1 (72,7 - 77,5) 73,9 (69,8 - 77,9) 75,8 (73,6 - 78,0) 75,4 (72,8 - 77,9) 76,6 (73,5 - 79,7) 71,5 (69,1 - 74,0) 74,2 (73,3 - 75,1) 84,8 (76,8 - 90,9) 85,1 (75,0 - 92,3) 82,2 (73,7 - 89,0) 79,4 (71,2 - 86,1) 86,5 (74,2 - 94,4) 73,3 (65,0 - 80,6) 87,6 (80,4 - 92,9) 82,4 (71,2 - 90,5) 86,6 (80,0 - 91,6) 82,7 (80,2 - 85,1) 51,5 (39,0 - 63,8) 61,3 (48,1 - 73,4) 60,3 (48,1 - 71,5) 70,1 (60,5 - 78,6) 55,6 (38,1 - 72,1) 78,3 (70,4 - 84,8) 58,9 (48,0 - 69,2) 70,0 (56,8 - 81,2) 51,4 (41,7 - 61,0) 63,4 (59,8 - 66,8) 74,2 (65,7 - 81,5) 72,4 (61,8 - 81,5) 75,2 (66,4 - 82,7) 75,8 (67,5 - 82,8) 73,8 (60,9 - 84,2) 76,7 (68,5 - 83,7) 74,1 (66,1 - 81,1) 75,7 (64,3 - 84,9) 70,5 (63,3 - 77,0) 74,1 (71,3 - 76,7) 67,3 (52,9 - 79,7) 77,6 (63,4 - 88,2) 69,8 (57,0 - 80,8) 74,3 (64,6 - 82,8) 74,1 (53,7 - 88,9) 75,0 (67,1 - 81,8) 77,9 (66,2 - 87,1) 77,8 (64,4 - 88,0) 74,0 (62,8 - 83,4) 74,3 (70,7 - 77,7) 0,38 (0,24 - 0,52) 0,47 (0,33 - 0,62) 0,44 (0,30 - 0,57) 0,50 (0,39 - 0,61) 0,44 (0,25 - 0,63) 0,52 (0,42 - 0,62) 0,48 (0,36 - 0,60) 0,53 (0,38 - 0,67) 0,40 (0,28 - 0,51) 0,47 (0,43 - 0,51) tanto situaram-se abaixo dos outros estudos, embora o VPP geral tenha sido alto (86%). Esses números podem ser atribuídos em parte ao desenho do presente estudo, onde os examinadores tiveram acesso somente a fotografias clínicas, afetando a sensibilidade e a especificidade do diagnóstico. Alguns autores consideram que o VPP seja mais importante e menos sujeito a variações que os outros dois indicadores(1, 7). A maior parte dos estudos de acurácia do diagnóstico clínico para tumores palpebrais são estudos retrospectivos a partir de dados coletados do exame anatomopatológico. Como existe uma tendência natural de encaminhar para exame antomopatológico somente lesões suspeitas de malignidade, estudos retrospectivos não mostram de forma precisa a acurácia diagnóstica (8). Os estudos anteriores avaliaram a acurácia clínica de um, dois, quatro ou mais examinadores(1,3,4,8). Esse número pode interferir nos resultados. Tomemos por exemplo o estudo de Kersten, que mostrou uma alta sensibilidade para o diagnóstico clínico de lesão maligna baseado na experiência de somente um profissional extremamente capacitado(8). Embora isso aumente a validade interna, diminui a validade externa porque limita a reprodução desse tipo de resultado. No diagnóstico de lesões cutâneas, entre várias especialidades (dermatologistas, cirurgiões plásticos, médicos de família, clínicos gerais e pediatras), os dermatologistas foram os que mais diagnosticaram lesões malignas e pré-malignas seguidos pelos cirurgiões plásticos (9,10). Vários estudos demonstram também a maior capacidade do dermatologista no diagnóstico clínico de melanoma(9). Da mesma forma, a acurácia aumenta conforme o grau de experiência profissional, como também constatamos no presente estudo(2,8,11). Em relação ao diagnóstico histológico, a acurácia é menor quando comparado ao diagnóstico de malignidade, conforme pudemos observar nas tabelas 1 e 2. Dentre os tumores malignos da pálpebra, a acurácia para o diagnóstico do CBC é mais alta, na faixa de 89%. Kersten relata acurácia para o diagnóstico clínico de CBC de 92,8%, este correspondendo a 90% do total de lesões comprovadamente malignas(4). O diagnóstico de CBC também tem relação com a experiência profissional. Presser et al. avaliaram a acurácia do diagnóstico clínico de CBC de dermatologistas residentes, de consultórios privados e professores universitários e encontraram índices de 64%, 65% e 70%, respectivamente. Para os residentes de primeiro, segundo e terceiro anos, a acurácia foi de 56%, 59% e 73%, respectivamente(12). Já a acurácia para diagnóstico do CEC é mais baixa, situando-se em cerca de 36%(2,3,8,9). A mortalidade relacionada ao melanoma torna-o alvo de atenção redobrada. Setenta e cinco por cento dos médicos de família e 50% dos médicos assistentes podem falhar no diagnóstico do melanoma, segundo Boiko et al.(13). É importante lembrar o carcinoma de células sebáceas, que é um dos tumores mais comumente diagnosticados como benigno (confundido com calázio)(14). Os números apresentados demonstram a acurácia diagnóstica mais baixa no grupo de residentes (início da profissão) e naqueles profissionais formados há mais tempo e sem experiência em Oculoplástica (tabelas 1 e 2). Esse panorama reforça a necessidade de melhorar o conhecimento em oncologia palpebral nesses grupos. Quanto ao aspecto agressivo ou não do tumor, item testado no presente trabalho, concluímos que a questão tornou-se foco de confusão, pois praticamente não diferenciou os grupos, quando teoricamente deveria reproduzir os resultados das questões anteriores. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 324-8 328 Rossato LA, CarneiroRC, Miyazaki A, Matayoshi S A maioria dos estudos são retrospectivos, analisando várias lesões enviadas por diversos médicos a variados laboratórios (4). Aqui realizamos um estudo onde vários médicos oftalmologistas são apresentados às mesmas lesões, porém através de fotos, o que pode representar uma limitação, pois o uso da lâmpada de fenda ou dermatoscópio pode ajudar o diagnóstico. Além disso, os entrevistados não tiveram acesso aos dados ou história clínica dos pacientes, que são pontos importantes no julgamento do diagnóstico clínico. Existe também uma maior probabilidade de erro para o lado de malignidade, pois em caso de dúvida, o examinador tende para o lado pior(15,16). No presente estudo o fato de todos os entrevistados avaliarem as mesmas lesões torna mais comparável as opiniões referentes às lesões, o que não ocorre nos demais trabalhos da literatura, onde cada lesão foi diagnosticada clinicamente somente por um profissional. CONCLUSÃO O exame clínico, como primeira forma de avaliação dos pacientes, exerce papel importante na detecção e tratamento das lesões palpebrais, tanto benignas quanto malignas. As formas de apresentação dessas lesões são muito variadas, assim a suspeita clínica, de acordo com a experiência de cada profissional, pode determinar o tratamento e também o prognóstico. No caso de tumores palpebrais, os médicos oftalmologistas são muito frequentemente os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento. Os resultados mostraram índices de acurácia diagnóstica geral semelhantes ao da literatura, em relação à identificação de malignidade da lesão. Já em relação ao reconhecimento do tipo histológico da lesão, a acurácia foi menor. Os dados referentes a diagnóstico de lesão agressiva foram inconclusivos. Os grupos que obtiveram pior desempenho foram os médicos residentes no início da profissão e os profissionais sem especialização em Oculoplástica. Essa identificação é importante para tomada de medidas com objetivo de melhorar o conhecimento em oncologia palpebral desses grupos. Além disso, confirmou-se que os médicos oftalmologistas especializados em Oculoplástica, por estarem mais familiarizados e mais frequentemente tratarem tais lesões, apresentaram índices de acerto maiores, mas que podem ser melhorados com atualizações constantes. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 324-8 REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. Har-Shai Y, Hai N, Taran A, Mayblum S, Barak A, Tzur E, et al. Sensitivity and positive predictive values of presurgical clinical diagnosis of excised benign and malignant skin tumors: a prospective study of 835 lesions in 778 patients. Plast Reconstr Surg. 2001; 108(7):1982-9. Ek EW, Giorlando F, Su SY, Dieu T. Clinical diagnosis of skin tumours: how good are we? ANZ J Surg. 2005;75(6):415-20. Hallock GG, Lutz DA. Prospective study of the accuracy of the surgeon’s diagnosis in 2000 excised skin tumors. Plast Reconstr Surg. 1998;101(5):1255-61. Kersten RC, Ewing-Chow D, Kulwin DR, Gallon M. Accuracy of clinical diagnosis of cutaneous eyelid lesions. Ophthalmology. 1997;104(3):479-84. Groehler JM, Rose JG. Madarosis as an indicator for malignancy in eyelid margin lesions. optometry and vision science. 2012; 89(3):350-2. Margo CE. Eyelid tumors: accuracy of clinical diagnosis. Am J Ophthalmol. 1999;128(5):635-6. Guggenmoos-Holzmann I, van-Houwellingen HC. The in(validity) of sensitivity and specificity. Stat Med. 2000; 19(13):1783-92. Deokule S, Child V, Tarin S, Sandramouli S. Diagnostic accuracy of benign eyelid skin lesions in the minor operation theatre. Orbit. 2003;22(4):235-8. Matteucci P, Pinder R, Magdum A, Stanley P. Accuracy in skin lesion diagnosis and the exclusion of malignancy. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2011;64(11):1460-5. Sellheyer K, Bergfeld WF. A retrospective biopsy study of the clinical diagnostic accuracy of common skin diseases by different specialties compared with dermatology. J Am Acad Dermatol. 2005;52(5):823-30. Osborne JE, Chave TA, Hutchinson PE. Comparison of diagnostic accuracy for cutaneous malignant melanoma between general dermatology, plastic surgery and pigmented lesion clinics. Br J Dermatol. 2003;148(2):252–8. Presser SE, Taylor JR. Clinical diagnostic accuracy of basal cell carcinoma. J Am Acad Dermatol. 1987;16(5 Pt 1):988-90. Boiko PE, Koepsell TD, Larson EB, Wagner EH. Skin cancer diagnosis in a primary care setting. J Am Acad Dermatol. 1996;34(4):608-11. Ozdal PC, Codère F, Callejo S, Caissie AL, Burnier MN. Accuracy of the clinical diagnosis of chalazion. Eye (Lond). 2004;18(2):135-8. Heal CF, Raasch BA, Buettner PG, Weedon D. Accuracy of clinical diagnosis of skin lesions. Br J Dermatol. 2008;159(3):661-8. Moffatt CR, Green AC, Whiteman DC. Diagnostic accuracy in skin cancer clinics: the Australian experience. Int J Dermatol. 2006;45(6):656-60. Autor correspondente: Luiz Angelo Rossato Av. Adhemar Pereira de Barros, nº 745 CEP 86050-190 – Londrina (PR), Brasil E-mail: [email protected] ARTIGO ORIGINAL329 Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital Comparison between femtosecond laser capsulotomy and manual continuous curvilinear digital image guided capsulorrhexis Wilson Takashi Hida1, Mario Augusto Pereira Dias Chaves2, Michelle Rodrigues Gonçalves3, Patrick Frenzel Tzeliks4, Celso Takashi Nakano5, Antonio Francisco Pimenta Motta6, Flavio Eduardo Hirai7, Aline Silva Guimaraes1, Luciana Malta de Alencar9, Iris Yamane10, Milton Ruiz Alves11 RESUMO Objetivo: Medir e comparar o tamanho e forma de capsulotomias realizadas com laser de femtossegundo com os de capsulorrexes curvilíneas contínuas (CCC) realizadas com auxilio guiado por imagem digital e avaliar o resultado refracional. Métodos: Durante cirurgia de catarata, 40 olhos de 40 pacientes tiveram a capsulotomia realizada com auxílio do laser de femtossegundo e seus resultados foram comparados com os de 40 olhos de 40 outros pacientes que tiveram a capsulorrexe guiada por sistema de imagem digital. Os parâmetros de circularidade, forma e overlap foram medidos usando o Adobe Photoshop (Adobe Systems Inc.) e os resultados refracionais pós-operatórios foram avaliados em ambos os grupos. Resultados: Os diâmetros, tamanho e forma de alta precisão e previsibilidade foram atingidos com laser de femtossegundo e houve diferença estatística entre os grupos. Quando comparado o equivalente esférico entre os grupos, não houve diferença estatística. Conclusão: As capsulotomias realizadas pelo laser de femtossegundo possuem circularidade programada, diâmetro pretendido e valores de desvio padrão médios, indicando resultados reprodutíveis mais elevados. No entanto, CCC realizada por um cirurgião experiente com auxílio guiado de imagem digital, com configurações apropriadas, fornece resultados semelhantes e sugere que diferentes técnicas são igualmente eficazes. Descritores: Capsulorrexe/métodos; Terapia a laser; Facoemulsificação; Refração ocular; Visão ABSTRACT Purpose: To measure and compare size and shape parameters of femtosecond laser capsulotomy with manually continuous curvilinear digital guided capsulorhexis (CCC) and their refractive outcomes. Methods: Laser capsulotomies in 40 eyes of 40 patients were performed using LenSx femtosecond laser device (Alcon, Forthworth, US) and its results were compared with the CCC digital guided carried out in 40 eyes of 40 patients using the Callisto Eye digital image system (Zeiss, Germany). Capsulorhexis circularity, shape and capsule overlap were measured using Adobe Photoshop (Adobe Systems Inc.) and postoperative refraction outcomes were evaluated in both groups. Results: Highly accurate and predictable capsulotomy diameter, size and shape were achieved with femtosecond laser capsulotomy compared with capsulorhexis and showed statistical difference between groups. Spherical equivalent comparison between groups showed no statistical difference. Conclusion: Femtosecond laser anterior capsulotomy with programed circularity had the intended diameter with average standard deviation values, indicating higher reproducible outcomes. Capsulorhexis performed by an experienced surgeon with auxiliary image guide and appropriate settings provides similar results our results suggest that different techniques are equally effective. Keywords: Capsulorhexis/methods; Laser therapy; Phacoemulsification; Ocular refraction; Vision Hospital Oftalmológico de Brasília – Brasília (DF), Brasil; Hospital Oftalmológico de Brasília (DF); Hospital Visão – João Pessoa (PB), Brasil; 3 Hospital Visão – João Pessoa (PB), Brasil; 4 Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte (MG); Hospital Oftalmológico de Brasília (DF) – Brasília (DF), Brasil; 5 Santa Cruz Eye Institute – São Paulo (SP); Hospital Oftalmológico de Brasília (DF) – Brasília (DF), Brasil; 6 Universidade Federal de São Paulo, São Paulo (SP); Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB) – Brasília (DF), Brasil; 9 Universidade de São Paulo (SP); Médica Assistente do Setor de Refrativa do RioLaser – OftalmoRio (RJ), Brasil; 10 Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (SP), Brasil. 1,7,8 2 Os autores declaram não haver conflitos de interesse. Recebido para publicação em 16/6/2014 - Aceito para publicação em 28/8/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 329-34 330 Hida WT, Chaves MAPD, Gonçalves MR, Tzeliks PF, Nakano CT, Motta AFP, Hirai FE, Guimaraes AS, Alencar LM, Yamane I, Alves MR INTRODUÇÃO A cirurgia de catarata é o procedimento cirúrgico mais realizado no mundo (1,2) , e com advento da facoemulsificação tornou-se bastante reprodutível e cada vez mais segura. Somente nos Estados Unidos, três milhões de procedimentos são realizados anualmente(2,4), sendo indicada cada vez mais precocemente e para pessoas mais ativas, produtivas e, por conseguinte exigentes, fazendo com que o procedimento ganhasse também uma personalidade refrativa1, demandando mais precisão e por conseguinte maior previsibilidade de resultados. Com o aumento do número de procedimento, veio a necessidade por cada vez mais segurança, o que exige o máximo de reprodutibilidade. Entende-se que a etapa de capsulotomia ou capsulorrexe talvez seja o mais importante passo para o sucesso do procedimento. Desde quando foi primeiramente descrita por Gimbel em 1985, a capsulorrexe continua curvilínea tornou-se a técnica de escolha para capsulotomia anterior(5). Com o surgimento de novos desenhos lenticulares em crescente busca por resultados sobretudo refrativos(6). Uma capsulorrexe contínua, bem centralizada, de tamanho regular e compatível com a lente intraocular a ser implantada tornou-se decisiva para que as demais etapas fossem seguras e eficientes, correta posição da lente e estabilidade rotacional, alcançando assim um resultado de acordo com o planejamento cirúrgico(7). Sua reprodutibilidade permite uma aceitável previsibilidade e um melhor resultado refracional. Entretanto a capsulorrexe dependente também de outros fatores fora a habilidade cirúrgica, como alterações do bordo pupilar, câmara anteriores rasas, constrição pupilar, deficiências zonulares, má visibilidade corneana, fibrose, entre outras(8). Métodos facilitadores são benvindos. Diversas técnicas cirúrgicas e soluções tecnológicas têm sido desenvolvidas para auxiliar o cirurgião. Instrumentais cirúrgicos foram criados para marcação de córnea ou mesma da própria cápsula anterior no intuito de tornar a capsulorrexe a mais centrada e uniforme possível. Técnicas envolvendo diatermia, lamina de plasma e neodymium: YAG laser para realizar a capsulotomia anterior foram descritas na literatura(9,11). Ainda assim, boa parte do sucesso depende habilidade do cirurgião e de condições anatômicas favoráveis(7). As soluções tecnológicas apresentadas aos cirurgiões são as mais elegantes, eficientes e precisas para a confecção da capsulorrexe. Dentre elas estão os sistemas computadorizados de reconhecimento biométrico do olho, capazes de projetar imagens sobrepostas à visualização do campo cirúrgico através do microscópio. O cirurgião ao utilizar-se desta ferramenta, necessita seguir os contornos impostos pelo aparelho para conseguir resultados mais precisos. No entanto, embora de grande ajuda, ainda se faz necessário suficiente habilidade cirúrgica para garantir que os contornos das imagens serão fielmente seguidos. A cirurgia de catarata assistida por laser de femtossegundo, é o que existe de mais moderno hoje em aparato cirúrgico quando se busca a perfeição. Primeiramente pensado para tratar a presbiopia(12), hoje o laser de femtossegundo constitui-se em uma ferramenta que não só traz precisão mas, sobretudo reprodutibilidade(8), na medida em que torna automatizados aqueles passos cirúrgicos antes dependentes exclusivamente da habilidade cirúrgica do médico(13). No entanto, o alto custo destes equipamentos e insumos podem tornar seu uso relativamente inviável(14) pela maioria dos Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 329-34 cirurgiões e diante disto ainda se levanta questionamentos sobre o real custo-benefício de sua utilização enquanto disponíveis outras alternativas. Neste estudo comparamos a reprodutibilidade, tamanho e uniformidade entre a capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital e a capsulotomia realizada com a assistência do laser de femtossegundo. MÉTODOS Este estudo foi conduzido de acordo com as normas éticas de pesquisas clínicas e cirúrgicas e foi aprovado pelo Comitê de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) do corpo clínico do Hospital de Olhos de Brasília e do Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília (DF). Os pacientes foram selecionados no ambulatório de catarata do Hospital Oftalmológico de Brasília, após esse processo foram submetidos à cirurgia de catarata entre os períodos de outubro de 2013 e janeiro de 2014. O estudo tem modelo prospectivo, comparativo, controlado e randomizado em 80 olhos de 80 pacientes que realizaram facectomia com implante de lente intraocular para tratamento de catarata. Os pacientes foram divididos igualmente em grupos de acordo com o tipo de capsulotomia. O estudo foi conduzido de acordo com os princípios da Declaração de Helsinki. Todas as cirurgias foram realizadas por um mesmo cirurgião experiente (W.T.H), utilizando-se anestesia tópica aliada à sedação. Para os pacientes que realizaram cirurgia na maneira convencional, as incisões foram realizadas sempre no meridiano mais curvo da córnea, com extensão de 2,4 mm, próxima à córnea clara, em três planos e autosselante. A cápsula anterior foi corada com o corante vital azul de tripano e a câmara anterior preenchida com viscoelástico. Foi realizada capsulorrexe curvilínea contínua (CCC) manual utilizando-se de pinça Ultrata para capsulorrexe, seguindo o contorno de imagem digital projetada na ocular do microscópio cirúrgico OPMI Lumera 700 (Carl Zeiss Meditec Inc, Germany) pelo sistema de assistência computadorizada à cirurgia de catarata Callisto Eye (Carl Zeiss Meditec Inc., Germany). O sistema Callisto Eye funciona de maneira integrada ao microscópio cirúrgico de tal maneira que, após marcação corneana dos merdianos 0º e 180º, o computador identifica as marcações e projeta imagem digital na ocular do microscópio permitindo que o cirurgião possa realizar todas as etapas cirúrgicas que demandam posição exata e precisão milimétrica, dentre elas, incisões, capsulotomia, posicionamento da lente intraocular e ceratoscopia intraoperatória. Após prévia configuração, pré-determinava-se o tamanho (4,9mm) da capsulorrexe e o sistema sobrepunha a imagem guiada junto à visualização do campo cirúrgico, ajustando automaticamente a imagem ao o efeito paralaxe determinado pela curvatura corneana. Após a etapa de capsulorrexe, a cápsula anterior era resgatada para posterior análise de diâmetro, curvatura e uniformidade. Após, seguia-se os demais passos cirúrgicos usuais: hidrodissecção; hidrodelineação; uso de viscoelásticos dispersivo e coesivo pela técnica de soft-shell; facoemulsificação, com o uso do aparelho Infiniti (Alcon), seguido de aspiração do córtex lenticular e implante da lente no saco capsular. Para as cirurgias assistidas por laser de femtossegundo foi utilizado o sistema Lensx (Alcon, Forthworth, US). O sistema utiliza interface com lente de contato (softfit) para acoplamento a vácuo e fixação ocular e conta com Tomografia de Coerência Óptica Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital (OCT) em tempo real para guiar os passos cirúrgicos com precisão(2). O procedimento foi feito com incisão de 2,4mm no meridiano mais curvo da córnea, capsulotomia pré-programada em 4,9 mm de diâmetro e parâmetros de energia, spoting e separação de camadas idênticos para todas as cirurgias. Após o sucesso do processo de acoplamento da interface do paciente, foi realizada a centralização da capsulotomia, assim como determinado o padrão de fratura do núcleo cristalineano, baseando-se na imagem da Tomografia de Coerência Óptica de segmento anterior em tempo real provida pelo próprio aparelho. Seguido da confirmação de parâmetros e imagem, o Laser era entregue ao paciente. Realizada a etapa do laser de femtossegundo, cada paciente passava pelas demais etapas subsequentes de maneira idêntica: penetrava-se em câmara anterior do olho, corava-se a cápsula anterior com azul de tripano; preenchia-se a câmara anterior com viscoelástico; verificava-se o sucesso da capsulotomia e resgatava-se a cápsula anterior para posterior análise. As etapas subsequentes foram realizadas assim como na cirurgia convencional, com hidrodisseção, hidrodelineação, facoemul-sificação e implante de lente intraocular. Os parâmetros medidos utilizados para comparação foram: idade do paciente; Sistema de classificação LOCS III(15,16), para estadiamento da catarata; Pentacan Nucleous Staging (PNS); equivalente esférico pós-operatório; equivalente esférico previsto; circularidade da capsulorrexe e área de overlap. Com exceção dos equivalentes esféricos e do PNS, os demais dados fo- 331 ram mensurados utilizando-se o Software Adobe Photoshop CS5 (Adobe Systems, Inc., San Jose, CA). A fórmula utilizada para avaliação de circularidade é dada por determinação do raio do círculo tangente ao bordo mais interno da capsulotomia (raio do círculo interno); determinação do raio do círculo tangente ao bordo mais externo da capsulorrexe (raio do círculo externo); relação raio interno dividido pelo raio externo. Quanto mais próximo o valor for de “um”, melhor seria a circularidade. Aréa de overlap foi dada por subtração da área do círculo externo da capsulorrexe, como medido da maneira descrita anteriormente, da área da porção óptica da lente intraocular multiplicado pela fração de overlap real cobrindo a lente intraocular. Esta área foi dividida em quadrantes, cada um correspondendo a 25% de overlap, gerando fator multiplicado de 0.25 para cada quadrante coberto. Valor de overlap ideal seria aquele cujo círculo externo possui 4.9 mm e área da óptica da lente intraocular corresponde a 6.0 mm. A análise estatística foi realizada através do software SPSS. RESULTADOS No grupo de capsulotomia na cirurgia assistida por laser de femtossegundo (LACS), apesar de não ter havido nenhuma quebra de sucção ou complicações intraoperatórias, houve 5 casos de constrição pupilar (12.5%) e 3 casos (7.5%) com microaderências da capsulotomia – capsular tags, menores que 5º, e 1 caso (2.5%) com ausência de tratamento (menor que 10º). A idade média do grupo de CCC guiada digitalmente foi de 65,2 anos 8,8, enquanto no grupo LACS foi de 66.8 anos 8,7, com valor de p=0.365. A classificação pelo sistema LOCS III foi de 2,20,7 no grupo LACS, enquanto no grupo CCC guiada foi 2,10,8, com valor de p=0,160. O estadiamento PNS do pentacan foi de 1,90,9 para o grupo LACS, enquanto o grupo CCC guiada foi de 1,90,8, com valor de p=0,912 (tabela 1). Com relação ao equivalente esférico, o grupo LACS obteve média de -0.30D±0.39 para o equivalente esférico previsto e média de -0.16D±0.38 para o equivalente esférico pós-operatório, enquanto o grupo CCC guiado obteve média de -0.33D±0.33 para o equivalente esférico previsto e média de -0.03D±0.28 para o equivalente esférico pós-operatório (gráfico1). Comparando os dois grupos, não houve diferença estatística (p=0.327). Nesse estudo analisamos a diferença do equivalente esférico atual com a refração alvo e observamos: +0,13 ± 0,09D (- Tabela 1 Médias e desvio padrão da Idade e densidade do cristalino dos grupos submetidos à capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital Idade LOCS III* PNS PENTACAM** Femto Average ± SD Manual Average ± SD Valor P 66,8 ± 8,7 2,2 ± 0,7 1,9 ± 0,9 65,2 ± 8,8 2,1 ± 0,8 1,9 ± 0,8 0,365 - NS 0,160 - NS 0,912 - NS (*) LOCS (Lens Opacities Classification System) (**) Densitometria do cristalino PNS (patient nuclear score) Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 329-34 332 Hida WT, Chaves MAPD, Gonçalves MR, Tzeliks PF, Nakano CT, Motta AFP, Hirai FE, Guimaraes AS, Alencar LM, Yamane I, Alves MR Gráfico 1A Gráfico 1B Correlação do equivalente esférico atual com refração alvo submetido à capsulotomia assistida por laser de femtossegundo Correlação do equivalente esférico atual com refração alvo submetido à capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital Gráfico 2 Gráfico 3 Comparação da circularidade entre o grupo submetido à capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital Comparação da área (forma) entre o grupo submetido à capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital 0,02 a +0,29) no grupo LACS e +0,30 ± 0,29D (-0,20 a +1,07) no grupo CCC guiado, portanto não houve diferença estatística entre os grupos (p=0,327-ns). Quando comparada a circularidade entre os dois grupos, obtivemos valor 0,98±0,02 para o grupo LACS enquanto o grupo CCC guiado obteve valor 0,96±0,01, com valor de p<0,01 (gráfico 2). Quando analisada a área da capsulotomia, o grupo LACS mostrou média de 18.5mm2±0.605, enquanto o grupo CCC guiado mostrou 18.0mm2±0.478, com p<0.01 (gráfico 3). DISCUSSÃO Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 329-34 A capsulorrexe ideal é a busca de todo cirurgião de catarata. A boa centralização, o tamanho apropriado, um suficiente overlap de ao menos 0.5mm por sobre a intraocular e, sobretudo sua integridade, são fatores importantíssimos para o bom funcionamento do implante intraocular da maneira como tal foi planejado. A descentralização de uma lente multifocal pode causar muita insatisfação e possivelmente até o explante. A ausência de apropriado overlap pode facilitar com que a lente seja proje- Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital tada em direção à câmara anterior e gerar ametropias residuais ou mesmo rotação de uma lente tórica, sobretudo considerando que a arquitetura da capsulotomia influencia na posição efetiva da lente, principal causa de erro no cálculo do poder dióptrico da lente intraocular(17). Crescimento celular e opacificação de cápsula posterior também têm sido correlacionadas à arquitetura da capsulotomia. Capsulotomias muito pequenas ou irregulares também são associadas à síndrome de contração capsular. Neste estudo procurou-se comparar se a capsulorrexe manual guiada pela imagem digital do sistema computadorizado por ser o suficiente, regular e uniforme, quando realizada por um cirurgião experiente, de maneira a promover resultados semelhantes aos feitos pelo laser de femtossegundo na LACS. Qualquer sistema para realização da CCC que não imobilize o globo ocular, provavelmente já apresentará um fator complicador para realização desta etapa(7). Sendo assim, é possível entender que mesmo guiado pela imagem digital, ainda sim o cirurgião ficará vulnerável ao mais simples dentre outros complicadores. No entanto, quando se considera outras ferramentas menos tecnológicas antes descritas em outros estudos comparativos(7), o sistema de imagem digital guiada constitui-se numa excelente ferramenta capaz de facilitar a CCC. Permite inclusive visualizar se há quaisquer imperfeições e então corrigi-las. A capsulotomia pelo laser de femtossegundo, na concepção do aparelho utilizado neste estudo, por outro lado está livre de boa parte dos fatores complicadores básicos descritos para a CCC manual, mesmo guiada, pelo simples fato de termos o globo ocular fixo pelo sistema de interface do paciente, além de guiarmos a etapa através de tomografia de coerência óptica em tempo real. No entanto, há de se pensar nos custos do aparelho e de sua real necessidade quando se almeja resultados de menor exigência(14). Há também a curva de aprendizado para o uso do aparelho, e com o aumento de casos realizados, todas as etapas, inclusive a capsulotomia, tornam-se cada vez mais rápidas e reprodutíveis(18). Além disso, existem complicadores específicos para a LACS, como movimento do paciente, perda de sucção, constrição pupilar intraoperatória(2), bloqueio pupilar, ausência de tratamento ou capsulotomia incompleta(18-20). Aquilo que aparenta ser mais seguro, pode se transformar em um fator complicador, visto que irregularidades em locais de capsulotomia incompleta pode levar eventuais descontinuidades de cápsula anterior. A maior vantagem da CCC manual é justamente sua continuidade. Enquanto Bali et al., 2012, observaram taxa deste tipo de evento utilizando-se do laser em 4% dos casos(18), Marques et al., 2006, encontraram através do método manual para CCC taxa de 0,79% durante facoemulsificação de rotina(21) realizada por um cirurgião experiente. Abell et al., 2014, realizaram estudo comparando as duas incidências e encontra taxa de 1.87% no grupo utilizando laser de femtossegundo e 0.12% realizando CCC manual, com o detalhe de que em todos os casos do grupo assistido pelo laser, a capsulotomia havia sido completa(22). Utilização de técnicas específicas para o manejo desta complicação durante a LACS podem diminuir esta taxa durante a curva de aprendizado, como descrito por Arbisser et al., em sua técnica de dimple-down, preenchendo a câmara anterior com substância viscoelástica e deprimindo com a cânula a cápsula no centro e identificando assim capsulotomias incompletas ou ausência de tratamento (23). Mastropasqua et al., demonstraram através de análise por microscopia eletrônica, que CCC manuais e capsulotomias por LACS com baixa energia possuem bor- 333 das mais lisas e uniformes, como também constatou relação direta entre o aumento da energia e a irregularidade dos bordos da capsulotomia e inversa com relação a espessura dos bordos, o que poderia aumentar a chance do surgimento de descontinuidade da cápsula anterior durante a cirurgia(24). O mesmo foi constatado por Ostovic et al., 2013(25), assim como por Abell et al.(22). Os grupos mostraram-se homogêneos e equiparados um ao outro quanto as medidas de idade e classificação da catarata, sem diferença, com significância estatística, permitindo assim razoável comparação e correlação da densidade da catarata conforme outros estudos(16). Quanto ao equivalente esférico medido, não houve significância estatística quando comparados os dois grupos, embora o grupo LACS tenha demonstrado menor variação dos resultados. Estes dados demonstram que uma capsulorrexe feita por um cirurgião experiente, com bons parâmetros e configurações apropriadas do método guiado por imagem digital, pode ser capaz de promover resultados semelhantes àqueles atingidos utilizando-se o laser de femtossegundo. Houve diferença com significância estatística quando comparadas a circularidade e área da capsulotomia, mostrando resultados de maior precisão para o grupo LACS. Tackman et al., em seu estudo, afirmam que não há diferença estatística com relação a estes dados(7), porém o mesmo estudo afirma que muitas vezes ao se resgatar a cápsula anterior do grupo CCC manual, esta vinha em pedaços, sendo excluída do estudo, fazendo com que apenas as melhores fossem incluídas, criando um viés. Reddy et al. demonstraram significância estatística comparando a técnica manual e utilizando o laser de femtossegundo, com maior precisão para tamanho, formato e posição da capsulotomia(26), contudo em seu estudo, quatro cirurgiões diferentes realizam os casos aleatoriamente, o que também cria um viés, além de utilizarem outra plataforma de laser. Considerando o grau de precisão promovido pelo laser de femtossegundo, os dados levam a crer que se faz necessário boa habilidade cirúrgica e ajuda de tecnologias alternativas ou mesmo instrumental de precisão para atingir os mesmos resultados alcançados com o laser. Estudo feito por Friedman et al., em 2011, relata que, comparada a técnica manual sem assistência, o método a laser melhora em precisão o tamanho da capsulotomia em 12 vezes e a acurácia no formato em aproximadamente 3 vezes, além da resistência em 2 vezes(8), dado também relatado por Auffarth et al. ao compararem a resistência capsular após CCC manual e por femtossegundo em olhos de porcos(27). Uma das razões da menor resistência no método manual poderia ser justamente o formato não ser perfeitamente radial, criando assim zonas de maior e menor estresse. Kranitz et al. em um estudo comparativo utilizando os mesmos parâmetros encontraram diferença estatística em favor da capsulotomia assistida pelo laser(28). A catarata intumescente apresenta elevação da pressão interna do saco capsular, aumento da espessura do cristalino e câmara anterior rasa, além de fragilidade da cápsula e baixo reflexo vermelho. Pode-se apresentar tendência de capsulorrexe descontinua súbita e estender para a periferia por causa da elevada pressão intracapsular e também vazamento de material cortical liquefeito. A LACS apresenta eficácia discutível na realização da capsulorrexe nesses casos. Nosso estudo não analisa casos de catarata rubra, intumescente e cristalinos subluxados. Mais estudos devem ser realizados para demonstrar a incidên- Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 329-34 334 Hida WT, Chaves MAPD, Gonçalves MR, Tzeliks PF, Nakano CT, Motta AFP, Hirai FE, Guimaraes AS, Alencar LM, Yamane I, Alves MR cia de complicações em casos especiais(29-31). Pacientes com catarata tendem a mostrar altos níveis de ansiedade durante os períodos pré e pós-operatório, assim como durante a cirurgia. O aspecto emocional do paciente é influenciado por diferentes fatores econômico, psicológico e sóciocultural, tais como: crenças, percepções do indivíduo, bem como o medo, a falta de confiança e a insegurança. A falta de informação sobre o procedimento cirúrgico e as expectativas em relação aos resultados podem ser a razão da ansiedade e do medo. Estudos devem ser realizados a fim de analisar os aspectos emocionais do paciente frente à nova tecnologia, à elevação do custo da cirurgia, o aumento do tempo cirúrgico, benefício da reprodutibilidade e precisão na arquitetura da capsulotomia nas incisões corneanas, e principalmente a diminuição acentuada na energia de ultrassônica durante a facoemulsificação na remoção da catarata(32-33). Em conclusão, a cirurgia de catarata assistida por laser de femtossegundo apresenta a capsulorrexe como forma e circularidade superior ao realizado manualmente guiado com imagem digital. Os dois métodos apresentaram boa previsibilidade refracional no pós-operatório. Mais estudos são necessários para confirmar o real impacto da precisão promovida pelo sistema de cirurgia de catarata assistida por laser de femtossegundo e se seu benefício se sobrepõe aos custos necessários para sua utilização. Contudo, a exigência por melhores resultados impele os cirurgiões a buscarem cada vez mais o aprimoramento da habilidade cirúrgica e por conseguinte a eficiência. REFERÊNCIAS 1. Okada M, Hersh D, Paul E, van der Straaten D. Effect of centration and circularity of manual capsulorrhexis on cataract surgery refractive outcomes. Ophthalmology. 2014;121(3):763-70. 2. Donaldson KE, Braga-Mele R, Cabot F, Davidson R, Dhaliwal DK, Hamilton R, et al. Femtosecond laser–assisted cataract surgery. J Catract Refract Surg. 2013;39(11):1753-63. 3. Erie JC, Baratz KH, Hodge DO, Schleck CD, Burke JP. Incidence of cataract surgery from 1980 through 2004: 25-year population-based study. J Catract Refract Surg. 2007;33(7):1273-7. 4. Maxwell WA, Cionni RJ, Lehmann RP, Modi SS. Functional outcomes after bilateral implantation of apodized diffractive aspheric acrylic intraocular lenses with a +3.0 or +4.0 diopter addition power: Randomized multicenter clinical study. J Catract Refract Surg. 2009;35(12):2054-61. 5. Gimbel HV, Neuhann T. Development, advantages, and methods of the continuous circular capsulorhexis technique. J Catract Refract Surg. 1990;16(1):31-7. 6. Nagy ZZ, Takacs AI, Filkorn T, Kránitz K , Gyenes A, Juhász É , et al. et al. Complications of femtosecond laser–assisted cataract surgery. J Catract Refract Surg. 2014;40(1):20-8. 7. Tackman RN, Villar Kuri J, Nichamin LD, Edwards K. Anterior capsulotomy with an ultrashort-pulse laser. J Catract Refract Surg. 2011;37(5):819-824. 8. Friedman NJ, Palanker DV, Schuele G, et al. Femtosecond laser capsulotomy. J Catract Refract Surg. 2011;37(7):1189-98. 9. Izak AM, Werner L, Pandey SK, Apple DJ, Izak MGJ. Analysis of the capsule edge after Fugo plasma blade capsulotomy, continuous curvilinear capsulorhexis, and can-opener capsulotomy. J Catract Refract Surg. 2004;30(12):2606-11. 10. Richards JC, Harrison DC. Preoperative neodymium:YAG anterior capsulotomy in intumescent cataract: preventing extension of the capsular tear to the lens periphery. J Cataract Refract Surg. 2003;29(8):1630-1631. 11. Krag S, Thim K, Corydon L. Diathermic capsulotomy versus capsulorhexis: A biomechanical study. J Catract Refract Surg. 1997;23(1):86-90. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 329-34 12. Krueger RR, Kuszak J, Lubatschowski H, Myers RI, Ripken T, Heisterkamp A. First safety study of femtosecond laser photodisruption in animal lenses: Tissue morphology and cataractogenesis. J Catract Refract Surg. 2005;31(12):2386-94. 13. Nagy ZZ, Kranitz K, Takacs AI, Mihaltz K, Kovacs I, Knorz MC. Comparison of intraocular lens decentration parameters after femtosecond and manual capsulotomies. J Refract Surg. 2011;27(8):564-569. 14. Abell RG, Vote BJ. Cost-effectiveness of femtosecond laser-assisted cataract surgery versus phacoemulsification cataract surgery. Ophthalmology. 2014;121(1):10-16. 15. Chylack LT, Wolfe JK, Singer DM, Leske MC, Bullimore MA, Bailey IL, et al. The lens opacities classification system III. The Longitudinal Study of Cataract Study Group. Arch Ophthalmol. 1993;111(6):831-6. 16. Gupta M, Ram J, Jain A, Sukhija J, Chaudhary M. Correlation of nuclear density using the Lens Opacity Classification System III versus Scheimpflug imaging with phacoemulsification parameters. J Catract Refract Surg. 2013;39(12):1818-1823. 17. Norrby S. Sources of error in intraocular lens power calculation. J Catract Refract Surg. 2008;34(3):368-76. 18. Bali SJ, Hodge C, Lawless M, Roberts TV, Sutton G. Early experience with the femtosecond laser for cataract surgery. Ophthalmology. 2012;119(5):891-9. 19. Roberts TV, Sutton G, Lawless MA, Jindal-Bali S, Hodge C. Capsular block syndrome associated with femtosecond laser–assisted cataract surgery. J Catract Refract Surg. 2011;37(11):2068-70. 20. Roberts TV, Lawless M, Bali SJ, Hodge C, Sutton G. Surgical outcomes and safety of femtosecond laser cataract surgery: a prospective study of 1500 consecutive cases. Ophthalmology. 2013;120(2):227-233. 21. Marques FF, Marques DMV, Osher RH, Osher JM. Fate of anterior capsule tears during cataract surgery. J Catract Refract Surg.2006;32(10):1638-42. 22. Abell RG, Davies PEJ, Phelan D, Goemann K, McPherson ZE, Vote BJ. Anterior capsulotomy integrity after femtosecond laser-assisted cataract surgery. Ophthalmology. 2014;121(1):17-24. 23. Arbisser LB, Schultz T, Dick HB. Central dimple-down maneuver for consistent continuous femtosecond laser capsulotomy. J Catract Refract Surg. 2013;39(12):1796-7. 24. Mastropasqua L, Toto L, Calienno R, Mattei PA, Mastropasqua A, Vecchiarino L, et al. Scanning electron microscopy evaluation of capsulorhexis in femtosecond laser–assisted cataract surgery. J Catract Refract Surg. 2013;39(10):1581-6. 25. Ostovic M, Klaproth OK, Hengerer FH, Mayer WJ, Kohnen T. Light microscopy and scanning electron microscopy analysis of rigid curved interface femtosecond laser–assisted and manual anterior capsulotomy. J Catract Refract Surg. 2013;39(10):1587-92. 26. Reddy KP, Kandulla J, Auffarth GU. Effectiveness and safety of femtosecond laser–assisted lens fragmentation and anterior capsulotomy versus the manual technique in cataract surgery. J Catract Refract Surg. 2013;39(9):1297-306. 27. Auffarth GU, Reddy KP, Ritter R, Holzer MP, Rabsilber TM. Comparison of the maximum applicable stretch force after femtosecond laser–assisted and manual anterior capsulotomy. J Catract Refract Surg. 2013;39(1):105-9. 28. Kranitz K, Takacs A, Mihaltz K, Kovacs I, Knorz MC, Nagy ZZ. Femtosecond laser capsulotomy and manual continuous curvilinear capsulorrhexis parameters and their effects on intraocular lens centration. J Refract Surg. 2011;27(8):558-63. 29. Marback EF, Freitas MS, Spínola FT, Fonseca Junior LE. Capsulorrexe em duplo anel: estudo clínico patológico. Rev Bras Oftalmol. 2013;72(2):125-7. 30. Centurion V, Lacava AC, Caballero JC. A capsulotomia descontínua durante a facoemulsificação. Rev Bras Oftalmol. 2011;70(6):367-70. 31. Kara-Junior N, Santhiago M, Kawakami A, Carricondo PC, HIDA WT. Mini-rhexis for white intumescent cataracts. Clinics. 2009;64:309-12. 32. Temporini ER, Kara N Jr, Jose NK, Holzchuh N. Popular beliefs regarding the treatment of senile cataract. Rev Saúde Pública. 2002;36(3):343-9. 33. Marback RF, Temporini E, Kara Júnior N. Emotional factors prior to cataract surgery. Clinics (Sao Paulo). 2007;62(4):433-8. Autor correspondente: Wilson Takashi Hida SGAS 607, Bloco G, Asa Sul CEP 71665-055 – Brasília (DF), Brasil ARTIGO ORIGINAL335 Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells O efeito do tartarato de brimonidina sobre a depressão alastrante retiniana depende das células de Müller Vinícius Vanzan Pimentel de Oliveira1, Marcio Penha Morterá Rodrigues2, Adroaldo de Alencar2, Sebastião Cronemberger 3, Nassim Calixto 3, Adalmir Morterá Dantas 4 ABSTRACT Objective: Demonstrate the Brimonidine effect over Retinal Spreading Depression (SD). Brimonidine is an alpha-2–adrenergic receptor agonist, used in the management of glaucoma. Alpha2-agonists have been shown to be neuroprotective in various experimental models, however the molecular and cellular targets leading to these actions are still poorly defined. The SD of neuronal electric activity is a wave of cellular massive sustained depolarization that damages the nervous tissue. Local trauma, pressure, ischemic injuries and other chemical agents as high extracellular potassium concentration or glutamate, can trigger SD, leading to exaggerated focal electrical followed by an electrical silence. Methods: Using chicken retina as model, we performed alpha2-receptor detection by Western Blotting and Immunohistochemistry. After that we obtained electrical signals of SD by microelectrodes on retina in the absence or presence of Brimonidine. For in vivo visualization we observed retina with optical coherence tomography on normal state, with SD passing, and with SD + Brimonidine. Results: Our data demonstrated that: (1) alpha2-adrenergic receptors are present in Müller cells, (2) the treatment with Brimonidine decreases the SD‘s velocity as well as the voltage of SD waves and (3) OCT revealed that SD creates a hyper reflectance at inner plexiform layer, but on retinal treatment with brimonidine, SD was not visualized. Conclusion: Our study about brimonidine possible pathways of neuroprotection we observed it reduces SD (a neuronal damage wave), identified a new cellular target – the Müller cells, as well as, firstly demonstrated SD on OCT, showing that the inner plexiform layer is the main optically affected layer on SD. Keywords: Retina/drug effects; Adrenergic alpha-2 receptor agonists/therapeutic use; Glaucoma RESUMO Objetivo: Demonstrar o efeito do Tartarato de Brimonidina, um alfa2-agonista usado no manejo do glaucoma, sobre a depressão alastrante (DA) retiniana. Esses agonistas têm demonstrado ser neuroprotetores em vários modelos experimentais, contudo seus alvos celulares e moleculares continuam indefinidos. A DA da atividade elétrica neuronal é uma onda de despolarização celular massiva e sustentada que leva ao dano no tecido nervoso. Trauma local, pressão, isquemia e outros agentes químicos como o aumento do potássio extracelular e o glutamato podem disparar a DA, levando a uma atividade elétrica exagerada seguida de silêncio elétrico. Métodos: Usando a retina de pinto como modelo, realizamos a detecção do alfa2-receptor por Western Blotting e ensaio Imunohistoquímico. Após isso, obtivemos os sinais elétricos da DA através de microeletrodos inseridos na retina durante sua passagem na presença ou ausência de Brimonidina. Para visualização do tecido utilizamos o tomógrafo de coerência optica (OCT), analisando como é a retina no seu estado de repouso, durante a passagem da DA, e a DA + brimonidina. Resultados: Nossos dados demonstraram que: (1) os receptores alfa adrenérgicos presentes na retina são do subtipo-2A e estão localizados nas células de Müller; (2) o tratamento com Brimonidina diminui a velocidade e a voltagem da onda de DA; (3) A OCT demonstrou que a DA retiniana possui um sinal óptico de maior reflectância na camada plexiforme interna, fato não observado quando foi associada à Brimonidina. Conclusão: A Brimonidina foi capaz de reduzir a DA (uma onda de lesão neuronal) e identificamos um novo possível alvo celular – a célula de Müller e demonstramos pela primeira vez uma OCT da DA, visualizando a camada plexiforme interna como a mais afetada opticamente pelo fenômeno. Descritores: Retina/efeito de drogas; Agonistas de receptores adrenérgicos alfa 2/uso terapêutico; Glaucoma Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro (RJ), Brazil; Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brazil; 4 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ), Brazil. 1,2 3 The authors declare no conflicts of interest Recebido para publicação em 23/6/2014 - Aceito para publicação em 20/9/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 335-40 336 Oliveira VVP, Rodrigues MPM, Alencar A, Cronemberger S, Calixto N, Dantas AM INTRODUCTION G laucoma is an optic nerve disease generally characterized by elevated intraocular pressure (IOP). Besides the elevated IOP, glaucoma is best defined as a neurodegenerative disease characterized by the slow, progressive degeneration of retinal ganglion cells (RGCs), which is manifested initially as visual field loss and, ultimately, irreversible blindness if left untreated. Glaucoma is the second leading cause of blindness in the world, and the first cause of irreversible blindness. It is estimated that there are 60 million people worldwide affected by glaucoma and 8.4 million being bilaterally blind. Even in developed countries, half of glaucoma cases are undiagnosed(1). Although the precise cause of RGCs death in glaucoma is unknown, several mechanisms have been proposed. These include: mechanical compression due to elevated IOP, neurotrophic factor deprivation, excitotoxicity, ischemia, hypoxia and oxidative stress. Because conventional treatment to reduce IOP does not always prevent progression of glaucomatous neurodegeneration, recent research in glaucoma has been focused on the alternative treatment strategies as the neuroprotection(2). The concept of ocular neuroprotection has been advanced to target the primary problem in glaucoma, which is the neuronal death, a common feature to all optic neuropathies. Neuroprotection is the name given to treatment directed for prevention of neuronal death. Treatment may be prophylactic or delivered as early as possible when an insult has taken place. By definition, neuroprotection in glaucoma is considered to be independent of pressure lowering. Brimonidine is a drug used in the treatment of glaucoma throughout the world and is a modern alpha(2)-adrenergic receptor agonist available (2,4). Alpha(2)-adrenergic receptor agonists have been shown to be neuroprotective in various experimental models, but the molecular and cellular targets leading to these actions are still poorly defined(5,6). Spreading depression (SD), is a phenomenon initially described in the central nervous system (CNS) by Leão(7) and it is a wave of sustained depolarization that spreads cell by cell causing a severe disruption of neuronal activity and causing a silent state with no action potential firing(8). SD results in a transient collapse of transmembrane ionic gradients and membrane potential(9,10). In addition, proinflammatory compounds are released, often accompanied by edema and extravasation of blood proteins(11,12). Repeated episodes of SD increases neuronal loss and has been implicated as a pathway of cellular injury on many of CNS pathologies, including trauma and cerebral vascular disease(7,11). Experimental evidence has demonstrated that brimonidine is a potential neuroprotective agent, independent of IOP lowering, although the mechanism of the neuroprotective effect of brimonidine remains unknown(13). The aim of this study was to investigate the cellular target of brimonidine and its effect over SD using the chicken retina as a model and the optical coherence tomography. METHODS Animals Experiments were performed in compliance with Brazilian laws for the use of animals and approved by the commission of Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 335-40 animal care of Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fertilized white Leghorn eggs were obtained from a local hatchery and kept in an appropriated incubator under 12 hours light and dark cycles until the day of use. Post-hatched animals were maintained in a free running condition with water and food ad libitum. Before tissue excision the animals were euthanized by decapitation. Brimonidine were obtained from Allergan (Irvine, CA). Protein detection by Western blot Retinas of post-hatched chickens were dissected out in a calcium magnesium free solution (CMF) and homogenized with a tissue grinder in a solution composed of 20mM Tris base, 10 mM MgCl2, 600 µm CaCl2, 500 µm EGTA, 1mM DTT, 1mM PSMF, 5 µg/ml aprotinin, 2 µg/ml leupeptin, and 0.05% Triton X100. Protein concentration was determined with the Bradford method. Samples were treated as described elsewhere(14)(Western blots were developed with Immobilon Western Chemiluminescent HRP according to manufacturer’s instructions). Immunohistochemistry Immediately after enucleation, eyeballs were hemisectioned with a razor blade and the posterior half fixed by immersion in 4% paraformaldehyde (PA) in 0.16M phosphate buffer solution (PBS), pH 7.2, for 2h. The tissue was then rinsed with PB and then cryoprotected in increased gradient of sucrose (10%, 20% and 30%). After 24 hours, retinas were mounted in OCT embedding medium (Sakura Finetek, Torrance, CA), frozen and cryosectioned. Sections perpendicular to the vitreal surface (12µm) were collected on gelatinized slides and finally, stored at -20oC. Immunoreactivity was analyzed in alternate perpendicular sections of the retina. We performed double labeling experiments for alpha-2A-adrenergic receptor and 2M6 (a specific glial marker of the chicken retina). First, non-specific binding sites were blocked with PBS containing 5% BSA and 0.25% Triton X-100 for 3 hours. Sections were incubated overnight with a mixture of primary antibodies against alpha(2A)-adrenergic receptor (1:100, Abcam cat# 65388, raised in rabbit) and 2M6 (1:1000, kindly provided by Dr Schlosshauer, raised in mouse) (Schlosshauer et al., 1991) diluted in PBS containing Triton X-100. Sections were then rinsed in PBS and incubated in a mixture of secondary fluorescent antibodies donkey anti-mouse Alexa 488 (Life Technology cat# A11029) and donkey anti-rabbit Alexa 555 (Life Technology cat# A21249), both at 1:500 in PBS plus 0.25% Triton-X100, for 2h. After washing the sections were mounted using a saturated solution of n-propyl-galate in PBS and analyzed in Axiophot (serial# 451889) microscope. Figures were mounted with Adobe Photoshop 7.0. Manipulation of the images was restricted to threshold and brightness adjustments. Retinal SD electrical measurements mount The experiments were performed on retina of post-hatched (1-2 weeks) chickens. After decapitation the eyeballs were removed and the posterior half, containing the retina was transferred to a recording chamber and perfused with a modified Ringer solution (RS), containing 100mM NaCl, 4mM KCl, 1mM CaCl2, 1mM MgCl2, 30mM NaHCO3, 1mM NaH2PO4 and 20mM glucose (pH 7,3). The RS was prewarmed and perfunded at 1,2 ml/min. Once in the chamber, microelectrodes were positioned by Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells 337 Figure 1: R – Retina, A – BSS inflow, B – BSS outflow, C – thermostatic bath solution inflow, D – thermostatic bath solution outflow, E – electrodes on retina, F – grounded electrode a micromanipulator on the inner plexiform layer by entering 150µm on retina. After 1 hour with RS perfusion, SD was obtained by mechanical stimulus by a sharp tungstenium needle. SD voltage variations were measured with a WPI electrometer (15). To measure BT effect over SD, brimonidine (0,1% and 0,2%) were added to RS and a new mechanical stimulus made after 1h perfusion. Data are presented as mean ± standard error of at least three independent experiments. The null hypothesis was rejected at p < 0,05. Optical Coherence Tomography (OCT) OCT was performed on chicken retina as it was mounted on a chamber filled with BSS. Once only the posterior half of the eye was used to document SD, a positive 78D lens was used between OCT and retina in order to focus infra-red rays over retina. A Heidelberg Spectralis OCT was used on this experiment. RESULTS Identification of alpha-2-adrenergic receptor type in chicken retina Molecular cloning has led to the identification of three structurally and pharmacologically distinct alpha-2-adrenergic receptor subtype, termed a2A, a2B and a2C. All the three alpha-2adrenergic receptor are widely distributed in the nervous system, although the a2A and a2C subtypes appear to predominate in CNS (16). Our first step was the identification of alpha-2-adrenergic receptor subtypes present in chicken retina using western blot (figure 2). As shown in figure 2 only alpha(2)-adrenergic receptor subtype A could be detected in chicken retinal tissue. This data suggest that brimonidine neuroprotective effects might be mediated by alpha(2)-adrenergic receptor subtype A in retina. Localization of alpha(2)-adrenergic receptor in retinal tissue Several animal studies demonstrate the presence of Figure 2: Detection of alpha(2)-adrenergic receptor in chicken retina; western blot for alpha(2)-adrenergic receptor subtype A (A) and subtype C; (B) in retinas from chick from post-hatched animals (n = 3); only alpha(2)-adrenergic receptor subtype A is expressed in chick retina alpha(2)-adrenergic receptors in the retina, laying the foundation for the neuroprotective role of brimonidine(17-19). In order to detect the cellular localization of alpha(2)adrenergic receptor subtype A in chicken retina we performed a immunohistochemistry. As shown in figure 2A alpha(2)adrenergic receptor subtype A reside within Müller cells. Double labeling experiments were performed to confirm the glial localization of adrenergic receptor in chicken retina. As shown in figure 3C both markers are seen in Müller cells. This data suggest that pharmacological action of brimonidine is mediated by Müller cells. Neuroprotective strategies are Müller cells-dependent and may involve the supply of neurotrophins or induce endogenous expression of trophic factor as well as antiapoptotic strategies or inflammation modulation. Figure 3: Localization of alpha(2)-adrenergic receptor in retinal tissue; Image of a retinal section at post-hatched (PH) immunostained for 2M6 (A), a chick specific marker of glial cells (Müller cells), (green) and alpha(2)adrenergic receptor, subtype 2A (B), (red) (n = 3); both markers are seen in Müller cells (C) at PH retina; Calibration bar = 20 m Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 335-40 338 Oliveira VVP, Rodrigues MPM, Alencar A, Cronemberger S, Calixto N, Dantas AM Figure 4: Effect of the brimonidine treatment in SD: spread depression waves analysis from chick retina from post-hatched animals treated with brimonidine (0,1 and 0,2%); (A) is a representative schematic of SD wave in control situation and after treatment with brimonidine; (B) effect of brimonidine in the amplitude of SD wave and (C) effect of brimonidine in time lapse of SD wave (n=30) Effect of brimonidine treatment in SD According to its physiochemical properties, the CNS is an excitable medium, which consequently exhibits propagation waves. We have investigated the retinal SD as an experimental tool to collect information about tissue viability (figure 4). As shown in figure 4 the treatment with brimonidine promoted the increase of the time lapse between the passage through the two electrodes, meaning a decrease of SD velocity. We also observed a decrease of voltage amplitude, both at 0.1% BT. At 0.2% BT, SD was blocked. Spreading depression optical coherence tomography As shown on figure 5 there is a good colocalization of chick retina on OCT and histology. As seen on humans, inner plexiform layer is normally hyper-reflectant. On figure 6A, the yellow ellipse highlight the wavefront of SD. On figure 6B from top image to bottom image, SD spreads from right to left through inner plexiform layer. It is seen as a hyper reflectance signal On figure 7, OCT revealed that in the presence of BT, SD cannot be seen. DISCUSSION During the past decade, Brimonidine has gained attention for its role in the initial and long term treatment of glaucoma. Although several clinical studies document its safety and efficacy (20-22) more recent experimental and animal models suggest a neuroprotective effect of Brimonidine. The alpha-2-adrenergic receptor is likely to be involved in Figure 5: Normal chick retina shown on OCT sided by a histology; IPL: inner plexiform layer; PL: photoreceptor layer Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 335-40 Figure 6: A – SD wave front highlighted with the yellow ellipse; B – SD passing from right to left through the inner plexiform layer Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells Figure 7: OCT of stimulated retina with BT; no SD is seen modulating cellular resistance and/or adaptation to stress/injury. Brimonidine shows neuroprotective ability in animal models and adequate concentrations of the drug can reach the retina(23). The existence of alpha-2-adrenergic receptors in the retina has been described(24,25). Although the major expressing sites are the inner plexiform and ganglion cell layers of the inner retina(19), they are also present in the outer retina, in the photoreceptors(26). Some studies has suggested that neuroprotective effects of adrenergic agonists are achieved by activation of alpha(2)adrenergic receptors expressed within RGCs, against optic nerve crush injury(27) and transient retinal ischemia(28). Moreover, the addition of noradrenaline (NA), an adrenergic receptor agonist, was able to increase Brain-derived neurotrophic factor (BDNF) levels in retinal Müller glia in vitro (29) , and the systemic administration of alpha-2-adrenergic agonist elicited second messenger activation selectively in Müller cells(30). Several studies focusing on elucidate the possible neuroprotective mechanisms of brimonidine against RGCs death have been performed. The N-methyl-D-aspartate (NMDA) receptors are highly permeable to Ca++ ions, and an intracellular Ca++ overload can lead to excitotoxicity and neuronal cell death. Dong and collaborators (2008) has shown that Brimonidine preserves RGCs by blocking NMDA receptors (31). In addition, Brimonidine has been shown to up-regulate endogenous BDNF expression in RGCs, a potent neuroprotective factor that promotes RGC survival following optic nerve crush injury(32). However, there is little information about the effects of brimonidine in Müller cells(33-35). Previous studies have shown that alpha-2-adrenergic receptor subtype A could mediate signals to regulate Müller cell functions through activation of mitogen-activated protein kinase (MAPK) pathway by extracellular signal-activated kinase (ERK) phosphorylation, triggering to cytoplasmic signals transduction into transcriptional activation in the nucleus(36). The MAPK pathway is known to trigger the appropriate responses to chemical and physical stresses, and play a key role in cell survival and adaptation(37). Thus, the modulation of MAPK activation could play a possible role on interrupting pathways that stimulate apoptosis, thereby shifting the balance in retinal cells toward survival. In this work, we demonstrate that Brimonidine has increased the time lapse and decrease the amplitude of SD wave, playing a possible role in neuroprotection. This effect could be 339 mediated by the activation of alpha(2)-adrenergic receptor subtype A, expressed only within Müller cells in chicken retina. The activation of alpha-2-adrenergic receptor subtype A might lead to ERK phosphorylation, triggering cellular responses to promote Müller cell survival and to stimulate secretion of neurotrophic factors. Simultaneously, these cellular signaling might act down-regulating the glial reactivity and stimulating neuronal resistance, protecting retina from further damage after an injury. Moreover, Müller cells are undamaged in animal models of glaucoma and diabetic retinopathy. The discovery of agents that promote activation of alpha-2-adrenergic receptor subtype A in Müller cells would provide a potential tool in treatment of these pathological conditions. Although the main BT pathway actions still not well known, it is clear its powerful effect. The recent association of SD with many traumatic disorders of the central nervous tissue, leads us to wonder if SD is not a pathway of neuronal damage that is common to traumatic/high pressure induced damage. How BT blocks SD? Possibly acting as a neuro-protector drug. The observed dose dependent effect of it, lead us to think what could be its possible acting pathway. Gi protein mediated response, down regulating cAMP is a strong possibility. Its action mediated via alpha 2 adrenergic receptor/Muller cells once again gives us a significant neuroprotector effect of these cell that once were thought to be only structural cells. There is no doubt that further studies are necessary to explain the pathophysiology of the SD and its connections to neuronal diseases. Acknowledgements We kindly thank to Luciano Cavalcante Ferreira for technical support. We also thank Prof. B. Schlosshauer for gently provided the mouse monoclonal antibody 2M6. This investigation was supported by grants from CAPES, CNPq, FAPERJ, INCT/INNT (Instituto Nacional de Neurociência Translacional) and Pronex. There is no conflict of interest to declare. REFERENCES 1. 2. Quigley HA. Glaucoma. Lancet. 2011;377(9774):1367-77. Wax MB, Tezel G. Neurobiology of glaucomatous optic neuropathy: diverse cellular events in neurodegeneration and neuroprotection. Mol Neurobiol. 2002;26(1):45-55. 3. Burke J, Schwartz M. Preclinical evaluation of brimonidine. Surv Ophthalmol. 1996; 41(Suppl 1): S9-18. 4. Burke JA, Potter DE. Ocular effects of a relatively selective alpha 2 agonist (UK-14, 304-18) in cats, rabbits and monkeys. Curr Eye Res. 1986; 5(9):665-76. 5. Rahman MQ, Ramaesh K, Montgomery DM. Brimonidine for glaucoma. Expert Opin Drug Saf. 2010; 9(3):483-91. 6. Weber B, Steinfath M, Scholz J, Bein B. Neuroprotective effects of alpha2-adrenergic receptor agonists. Drug News Perspect. 2007; 20(3):149-54. 7. Leão AA. Spreading depression of activity in the cerebral cortex. J Neurophysiol. 1944; 7(3):59-90. 8. Dreier JP. The role os spreading depression, spreading depolarization, and spreading ischemia in neurological disease. Nat Med. 2011; 17(4):439-47. 9. Grafstein B. Subverting the hegemony of the synapse: complicity of neurons, astrocytes, and vasculature in spreading depression and pathology of the cerebral cortex. Brain Res Rev. 2011; 66(1-2 ):123-32. 10. Martins-Ferreira H , Nedergaard M , Nicholson C. Perspectives on spreading depression. Brain Res Brain Res Rev. 2000; 32(1):215-34. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 335-40 340 Oliveira VVP, Rodrigues MPM, Alencar A, Cronemberger S, Calixto N, Dantas AM 11. Bolay H, Reuter U, Dunn AK, Huang Z, Boa DA, Moskowitz MA. Intrinsic brain activity triggers trigeminal meningeal afferents in a migraine model. Nat Med. 2002; 8(2):136-42. 12. Lauritzen M, Dreier JP, Fabricius M, Hartings JA, Graf R, Strong AJ. Clinical relevance of cortical spreading depression in neurological disorders: migraine, malignant stroke, subarachnoid and intracranial hemorrhage, and traumatic brain injury. J Cereb Blood Flow Metab. 2011; 31(1):17-35. 13. Garudadri CS, Choudhari NS, Rao HL, Senthil S. A randomized trial of brimonidine versus timolol in preserving visual function: results from the Low-pressure Glaucoma Treatment Study. Am J Ophthalmol. 2011; 152(5):877-8. 14. Kurien BT, Scofield RH. Western blotting. Methods. 2006; 38(4):283-93. 15. Calixto N, Oliveira VV, Dantas AM, Cronemberger S. The effect of brimonidine tartrate on circulating retinal spreading depression [Poster]. ARVO 2011. 16. Ma D, Rajakumaraswamy N, Maze M. Alpha2-Adrenoceptor agonists: shedding light on neuroprotection? Br Med Bull. 2005; 71:77-92. 17. Matsuo T, Cynader M.S. Localization of alpha-2 adrenergic receptors in the human eye. Ophthalmic Res. 1992; 24(4):213-9. 18. Wheeler LA, Gil DW, WoldeMussie E. 2001. Role of alpha-2 adrenergic receptors in neuroprotection and glaucoma. Surv Ophthalmol. 2001; 45 (Suppl 3): S290-4; discussion S295-6. 19. Zarbin MA,Wamsley JK, Palacios JM, Kuhar MJ. 1986.Autoradiographic localization of high affinity GABA, benzodiazepine, dopaminergic, adrenergic and muscarinic cholinergic receptors in the rat, monkey and human retina. Brain Res. 1986; 374(1 ):75-92. 20. Carlsson AM, Chauhan BC, Lee AA, LeBlanc RP. The effect of brimonidine tartrate on retinal blood flow in patients with ocular hypertension. Am J Ophthalmol. 2000; 129(3): 297-301. 21. Lachkar Y, Migdal C, Dhanjil S. Effect of brimonidine tartrate on ocular hemodynamic measurements. Arch Ophthalmol. 1998; 116(12):1591-4. 22. Sherwood MB, Craven ER, Chou C, DuBiner HB, Batoosingh AL, Schiffman RM,Whitcup SM.Twice-daily 0.2% brimonidine-0.5% timolol fixed-combination therapy vs monotherapy with timolol or brimonidine in patients with glaucoma or ocular hypertension: a 12-month randomized trial. Arch Ophthalmol. 2006; 124(9):1230-8. 23. Woldemussie E, Ruiz G, Wijono M, Wheeler LA. 2001. Neuroprotection of retinal ganglion cells by brimonidine in rats with laser-induced chronic ocular hypertension. IOVS. 2001; 42(12): 2849-55. 24. Bittiger H, Heid J, Wigger N. Are only alpha 2-adrenergic receptors present in bovine retina? Nature.1980; 287(5783 ):645-7. 25. Osborne NN. Binding of (-)[3H]noradrenaline to bovine membrane of the retina. Evidence for the existence of alpha 2-receptors. Vision Res. 1982; 22(11):1401-7. 26. Venkataraman V, Duda T, Galoia K, Sharma RK. Molecular and pharmacological identity of the alpha 2D-adrenergic receptor subtype in bovine retina and its photoreceptors. Mol Cell Biochem. 1996; 159( ):129-38. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 335-40 27. Yoles E, Wheeler LA, Schwartz M. 1999. Alpha2-adrenoreceptor agonists are neuroprotective in a rat model of optic nerve degeneration. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1999; 40(1):65-73. 28. Lafuente MP, Villegas-Perez MP, Mayor S, Aguilera ME, Miralles de Imperial J, Vidal-Sanz M. Neuroprotective effects of brimonidine against transient ischemia-induced retinal ganglion cell death: a dose response in vivo study. Exp Eye Res. 2002; 74(2):181-9. 29. Seki M, Tanaka T, Sakai Y, Fukuchi T, Abe H, Nawa H, Takei N. Muller cells as a source of brain-derived neurotrophic factor in the retina: noradrenaline upregulates brain-derived neurotrophic factor levels in cultured rat Muller cells. Neurochem Res. 2005; 30(9):1163-70. 30. Peng M, Li Y, Luo Z, Liu C, Laties AM, Wen R. Alpha2-adrenergic agonists selectively activate extracellular signal-regulated kinases in Muller cells in vivo. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1998; 39(9):1721-6. 31. Dong CJ, Guo Y, Agey P, Wheeler L, Hare WA. Alpha2 adrenergic modulation of NMDA receptor function as a major mechanism of RGC protection in experimental glaucoma and retinal excitotoxicity. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2008; 49(10):4515-22. 32. Gao H, Qiao X, Cantor LB, WuDunn D. 2002. Up-regulation of brain-derived neurotrophic factor expression by brimonidine in rat retinal ganglion cells. Arch Ophthalmol. 2002;120(6):797-803. 33. Lee KY, Nakayama M, Aihara M, Chen YN, Araie M. Brimonidine is neuroprotective against glutamate-induced neurotoxicity, oxidative stress, and hypoxia in purified rat retinal ganglion cells. Mol Vis. 2010; 16:246-51. 34. Saylor M, McLoon LK, Harrison AR, Lee MS. Experimental and clinical evidence for brimonidine as an optic nerve and retinal neuroprotective agent: an evidence-based review. Arch Ophthalmol. 2009;127(4):402-6. 35. Schlosshauer B, Graue D, Dutting D, Vanselow J. Expression of a novel Muller glia specific antigen during development and after optic nerve lesion. Development. 1991; 111(3):789-99. 36. Chang L, Karin M. Mammalian MAP kinase signalling cascades. Nature. 2001; 410(1):37-40. 37. Krupin T. Liebmann JM. Greenfield DS, Ritch R, Gardiner S. A randomized trial of brimonidine versus timolol in preserving visual function: results from the Low-Pressure Glaucoma Treatment Study. Am J Ophthalmol. 2011;151(4): 671-81. Correspondence author: Vinícius Vanzan Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) Av. Carlos Chagas Filho, nº 373 – Edifício do Centro de Ciências da Saúde – Bloco C – Cidade Universitária, Ilha do Fundão Zip code: 21941-902 – Rio de Janeiro (RJ), Brazil Phone: 55-(21)26204438 E-mail: [email protected] ARTIGO ORIGINAL341 Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats Avaliação da fenda palpebral e do volume orbitário após aplicações orbitárias de bimatoprost 0,03%. Estudo experimental em ratos Nilson Lopes da Fonseca Junior1, Giuliana Petri2, Juliana Mora Veridiano3, José Ricardo Carvalho Lima Rehder4 ABSTRACT Objective: To evaluate in experimental animals the changes of the palpebral fissure and the orbital volume after orbital injection of bimatoprost 0.03%. Methods: Two main groups of Wistar rats were analyzed, one after orbital injection of bimatoprost 0.03% and another, a control group, after orbital injection of saline solution. The calculation of the palpebral fissure was done on images by means of computer processing, using the program Image J. After taking photographs, the animals were submitted to bilateral orbital exenteration and the volume was calculated in all the animals by the water displacement method (Archimedes’ Principle). Results: While comparing the measurements of the palpebral fissure and the orbital volume among animals given an injection with bimatoprost 0.03% and the control group it was found that there were no statistically significant differences. Conclusion: In this study there were no statistically significant differences in the measurement of the vertical palpebral fissure and the orbital volume among animals given the orbital injection of bimatoprost 0.03% and the animals of the control group. Keywords: Synthetic prostaglandins F/therapeutic use; Synthetic prostaglandins F/adverse effects RESUMO Objetivo: Avaliar em modelos experimentais as alterações da fenda palpebral e do volume orbitário após aplicação orbitária de bimatoprost 0,03%. Métodos: Dois principais grupos compostos por ratos Wistar foram analisados, sendo comparados os animais submetidos à injeção orbitária de bimatoprost 0.03% com os submetidos à injeção orbitária de solução salina. O cálculo da fenda palpebral vertical foi obtido através de imagem computadorizada utilizando-se o programa Image J. Após serem fotografados os animais foram submetidos à exenteração bilateral e o volume orbitário foi calculado pelo método de deslocamento da coluna de água (Princípio de Archimedes). Resultados: Quando foram comparadas as medidas da fenda palpebral vertical e do volume orbitário entre os animais submetidos a injeção de bimatoprost 0.03% e o grupo controle não foi obsevada diferença estatisticamente significante. Conclusão: Neste estudo não houve diferença estatisticamente significante nas medidas da fenda palpebral vertical e no volume orbitário entre os animais submetidos à injeção orbitária de bimatoprost 0.03% e o grupo controle. Descritores: Prostaglandina F sintética/uso terapêutico; Prostaglandina F sintética/efeitos adversos Faculdade de Medicina do ABC, Santo André (SP), Brazil; Animal Laboratory House, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André (SP), Brazil; 1 2,3,4 Study carried out at Faculdade de Medicina do ABC, Santo André (SP), Brazil. The authors declare no conflicts of interest. Recebido para publicação em 23/3/2014 - Aceito para publicação em 8/9/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 342 Fonseca Junior NL, Petri G, Veridiano JM, Rehder JRCL INTRODUCTION T he bimatoprost 0.03% solution is a prostamide analog with a potent ocular hypotensive effect. It is a synthetic prostaglandin F2Ü (PGF2 Ü) analog[1,2], which reduces intraocular pressure (IOP) in humans, as it increases the uveoscleral or nonconventional outflow of the aqueous humor[3]. Bimatoprost is commonly used as a first-choice drug in the treatment of primary open-angle glaucoma and is, generally, well tolerated[4]. Clinical studies reported adverse effects in 15 to 45% of patients who received daily single doses over a three month period. In a decreasing order of incidences, the most common adverse effects observed were: conjunctival hyperemia, eyelash growth, itching of the eyes, dry eyes, burning eyes, sensation of having something in the eye, eye pain, palpebral erythema, periocular skin pigmentation, eye irritation, ocular secretion, asthenopia, allergic conjunctivitis, watery eyes, superficial punctate keratitis, photophobia, intraocular inflammation (i.e., iritis and iris pigmentation), changes in liver function tests, infections (especially colds and respiratory tract infections) and macular edema, including cystoid macular edema[5-8]. Orbital and palpebral changes attributed to the use of bimatoprost like deep superior lid sulci, enophthalmos and bilateral dermatochalasis have been reported with greater frequency over the last years. Partial or complete relief of symptoms was reported in patients after 3 to 6 months of suspending bimatoprost [9,10]. The adipose metabolism is regulated by hormones, such as insulin, catecholamine, natriuretic peptides, and other components like cytokines, adenosine and prostaglandin. [11] The activation of prostanoid receptors has been associated with the inhibition of the differentiation of preadipocytes, blocking the expression of specific genes of adipocytes and the accumulation of fat[12,13]. The increase of the palpebral fissure in patients who are chronic users of bimatoprost and other prostaglandin analogs might result from the stimulation of the Mueller muscle by prostamides, which probably contributes to the relaxation and contraction of the smooth muscle cell[9]. The objective of this study is to evaluate in experimental animals the changes of the palpebral fissure and the orbital volume after the orbital administration of bimatoprost 0.03%. METHODS This study was approved by the Ethics Committee in Animal Experimentation of the Faculty of Medicine ABC (FMABC). Thirty seven male Wistar rats (Rattus norvegicus albinus) were used, weighing approximately 400 grams, provided and kept by the central laboratory animal house of FMABC. The number of animals was defined in association with the Ethics Committee in Animal Experimentation of FMABC and it was enough to development of the study and statistical analysis. The number of animals required for this comparative study also influenced the decision about which experimental model would be used. The animals were divided into seven groups: · Group 1 (G1): the rats (n=05) were kept for four weeks receiving an upper temporal periocular injection of 4.8 µg of bimatoprost 0.03% weekly in the right eye socket; · Group 2 (G2): the rats (n=06) were kept for eight weeks receiving an upper temporal periocular injection of 4.8 µg of Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 Figure 1: Right profile with the presence of a square label 10mm x 10mm in the periocular region; this label was used to obtain a standard measurement in the calculation of bilateral vertical eyelid fissure (vertical orange line) by computer analysis (ImageJ) bimatoprost 0.03% weekly in the right eye socket; · Group 3 (G3): the rats (n=05) were kept for twelve weeks receiving an upper temporal periocular injection of 4.8 µg of bimatoprost 0.03% weekly in the right eye socket; · Group 4 (G4): the rats (n=03) were kept for sixteen weeks receiving an upper temporal periocular injection of 4.8 µg of bimatoprost 0.03% weekly in the right eye socket during the first twelve weeks. During the last four weeks no injections were given; · Group 5 (G5): the rats (n=06) were kept for twenty weeks receiving an upper temporal periocular injection of 4.8 µg of bimatoprost 0.03 weekly in the right eye socket during the first twelve weeks and during the last eight weeks no injections were given; · Group 6 (G6): the rats (n=06) were kept for 24 weeks receiving an upper temporal periocular injection of 4.8 µg of bimatoprost 0.03 weekly in the right eye socket during the first twelve weeks and during the last twelve week no injections were given; · Control Group (G7): the rats (n=06) were kept for four weeks receiving an upper temporal periocular injection of saline solution weekly in the right eye socket. The injections were given in the same volume as the other injections given to the animals of the other study groups. The animals were fed with a normal commercial diet and water “ad libitum”. Artificial lighting was used to guarantee light and dark cycles of twelve hours each and the average temperature was kept at 24ºC. For the application of injections, the animals were given anesthesia using a mixture of xylazine (5 mg/kg) and ketamine (10 mg/kg) which was administered via intraperitoneal[14]. After anesthetic induction, antisepsis of eyelids was performed with iodine alcohol and an upper temporal periocular injection of bimatoprost 0.03% was given in the right eye socket (4.8 µg (7 commercial drops) /eye socket /week). After their relative period of injections for each group, the animals were put down by inhalation of carbon dioxide (CO2) and, immediately following, were photographed with a Sony Cyber-shot DSC-W370 digital camera with 14.1 megapixels. The Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats animals were photographed from a left and right profile position with a square label of a given size (10mm x 10mm) around the periocular region. This label was used to help gain a standard measure when calculating the vertical bilateral palpebral fissure of each animal. This calculation was done on the images using a computerized processing with the program ImageJ (figure 1). After taking the photographs, the animals were subjected to bilateral orbital exenteration with the help of a surgical microscope. The exenterated orbital tissue was then 343 macroscopically analyzed (coloration and consistency) and, after removal of both upper and lower lids, the orbital volume of all the animals was calculated by the water displacement method (Archimedes’ principle). The piece removed entirely with all the orbital tissue was immersed into a graduated cylinder (Vidrolex®) with 10 ml of saline solution at room temperature and the volume was calculated by evaluating the displacement of the water column. The descriptive analysis of data was done with the help of Table 1 Descriptive analysis of the orbital volumes of all study groups Orbital volume (ml) Group G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 Side R L R L R L R L R L R L R L N Mean 5 5 6 6 5 5 3 3 6 6 6 6 6 6 0.50 0.58 0.57 0.62 0.46 0.58 0.50 0.57 0.58 0.55 0.58 0.,58 0.55 0.57 Standard CI 95% Deviation LL UL 0.07 0.04 0.05 0.08 0.05 0.08 0.00 0.06 0.04 0.08 0.04 0.04 0.05 0.05 0.41 0.52 0.51 0.54 0.39 0.48 0.59 0.64 0.62 0.70 0.53 0.68 0.42 0.54 0.46 0.54 0.54 0.49 0.51 0.71 0.63 0.64 0.63 0.63 0.61 0.62 Minimum Average Maximum 0.40 0.50 0.50 0.50 0.40 0.50 0.50 0.50 0.50 0.40 0.50 0.50 0.50 0.50 0.50 0.60 0.60 0.60 0.50 0.60 0.50 0.60 0.60 0.60 0.60 0.60 0.55 0.60 0.60 0.60 0.60 0.70 0.50 0.70 0.50 0.60 0.60 0.60 0.60 0.60 0.60 0.60 N = number of animals; CI 95% = 95% Confidence Interval Table 2 Descriptive analysis of vertical palpebral fissure measurements of all the study groups Vertical fissure (mm) Side R L R L R L R L R L R L R L N 5 5 6 6 5 5 3 3 6 6 6 6 6 6 Mean 4.01 3.96 4.41 4.13 4.61 4.17 4.20 4.03 4.32 4.25 4.22 4.18 4.09 4.07 Standard CI 95% Deviation LL UL 0.52 0.52 0.34 0.16 0.63 0.73 0.19 0.26 0.25 0.22 0.68 0.69 0.18 0.17 3.36 3.32 4.05 3.96 3.83 3.27 3.73 3.38 4.06 4.01 3.50 3.46 3.90 3.89 4.66 4.61 4.76 4.30 5.38 5.07 4.67 4.68 4.58 4.48 4.93 4.90 4.27 4.25 Minimum Average Maximum 3.28 3.23 4.04 3.93 3.81 3.22 3.98 3.77 3.97 3.93 3.22 3.21 3.93 3.90 3.90 3.83 4.32 4.08 4.66 4.08 4.28 4.03 4.31 4.22 4.18 4.14 4.03 4.02 4.57 4.48 4.98 4.36 5.33 5.21 4.33 4.29 4.74 4.60 5.21 5.22 4.33 4.29 N = number of animals; CI 95% = 95% Confidence Interval Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 344 Fonseca Junior NL, Petri G, Veridiano JM, Rehder JRCL Figure 2: Descriptive analysis of the orbital volumes of all the study groups Figure 3: Descriptive analysis of vertical palpebral fissure measurements of all the study groups Table 3 Comparative statistical analysis of orbital volumes between the study groups and the control group (G7) and between the left and right side of the control group (G7) Comparisons Approximate Standard difference Error LL CI 95% UL p-value G1|D G1|D G1|E G1|E - G7|D G7|E G7|D G7|E -0.05 -0.07 0.03 0.01 0.04 0.04 0.04 0.04 -0.17 -0.18 -0.09 -0.10 0.07 0.05 0.15 0.13 0.98 0.83 0.99 0.99 G2|D G2|D G2|E G2|E - G7|D G7|E G7|D G7|E 0.02 0.00 0.07 0.05 0.03 0.03 0.03 0.03 -0.10 -0.11 -0.05 -0.06 0.13 0.11 0.18 0.16 0.99 0.99 0.77 0.97 G3|D G3|D G3|E G3|E - G7|D G7|E G7|D G7|E -0.09 -0.11 0.03 0.01 0.04 0.04 0.04 0.04 -0.21 -0.22 -0.09 -0.10 0.03 0.01 0.15 0.13 0.37 0.13 0.99 0.99 G4|D G4|D G4|E G4|E - G7|D G7|E G7|D G7|E -0.05 -0.07 0.02 0.00 0.04 0.04 0.04 0.04 -0.19 -0.20 -0.12 -0.14 0.09 0.07 0.15 0.14 0.99 0.94 0.99 0.99 G5|D G5|D G5|E G5|E - G7|D G7|E G7|D G7|E 0.03 0.02 0.00 -0.02 0.03 0.03 0.03 0.03 -0.08 -0.10 -0.11 -0.13 0.15 0.13 0.11 0.10 0.99 0.99 0.99 0.99 G6|D G6|D G6|E G6|E - G7|D G7|E G7|D G7|E 0.03 0.02 0.03 0.02 0.03 0.03 0.03 0.03 -0.08 -0.10 -0.08 -0.10 0.15 0.13 0.15 0.13 0.99 0.99 0.99 0.99 G7|D - G7|E -0.02 0.03 -0.11 008 0.99 CI 95% = 95% confidence interval; LL = lower limit; UL = upper limit Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats 345 Table 4 Comparative statistical analysis of vertical palpebral fissure measurements between the study groups and the control group (G7) and between the left and right side of the control group (G7) Comparisons G1|D G1|D G1|E G1|E G2|D G2|D G2|E G2|E G3|D G3|D G3|E G3|E G4|D G4|D G4|E G4|E G5|D G5|D G5|E G5|E G6|D G6|D G6|E G6|E G7|D - G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|D G7|E G7|E Approximate difference Standard error LL CI 95% UL p-value -0.08 -0.06 -0.12 -0.11 0.32 0.34 0.04 0.06 0.52 0.54 0.08 0.10 0.11 0.13 -0.06 -0.04 0.23 0.25 0.16 0.18 0.13 0.14 0.09 0.11 0.02 0.27 0.27 0.27 0.27 0.26 0.26 0.26 0.26 0.27 0.27 0.27 0.27 0.32 0.32 0.32 0.32 0.26 0.26 0.26 0.26 0.26 0.26 0.26 0.26 0.06 -0.95 -0.93 -1.00 -0.98 -0.51 -0.50 -0.79 -0.77 -0.35 -0.34 -0.79 -0.77 -0.91 -0.89 -1.08 -1.06 -0.60 -0.58 -0.67 -0.65 -0.70 -0.69 -0.74 -0.72 -0.18 0.80 0.81 0.75 0.76 1.15 1.17 0.87 0.89 1.39 1.41 0.96 0.97 1.13 1.14 0.96 0.98 1.06 1.08 0.99 1.01 0.96 0.97 0.92 0.94 0.21 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.98 0.99 0.99 0.72 0.68 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 0.99 CI 95% = 95% confidence interval; LL = lower limit; UL = upper limit R software[15]. The significance level adopted was 5%. The model of linear regression with mixed effects (random and fixed effects) was proposed for comparisons. The linear models of mixed effects are used in the analysis of data where the answers were grouped (more than one measurement for each individual) and the supposition of independence between observations in the same group is not adequate [15] . It is presupposed that the residuals of the models have a normal distribution with a 0 average and a constant variation σ². This procedure was performed with the software R, using the name package. For the multiple comparisons by Tukey contrasts, a correction in values of p by the “single-step” method was used, making use of the multcomp package of the softwareR[15,16]. 2, 3, 4, 5 and 6 and the control group. In this comparative analysis it should be noted that there was no significant difference in the measurement of the vertical palpebral fissure (p>0.68) and the orbital volume (p>0.13) between the animals subjected to orbital injection with bimatoprost and the animals of the control group. It is important to stress that there was no significant difference between the measurements of the right and left palpebral fissures of the control group after a comparative statistical analysis. This fact was also observed in the comparative analysis of the orbital volume of this group. RESULTS The Wistar rats were the animal model chosen for this study because their orbital cavity and periocular anatomy are similar to human anatomy, although some particularities. Correlating human orbital anatomy with that of rats, the likeness should be noted in the conic form of the cavity and the disposition of fatty tissue(20,21). In both, the adipose tissue fills the intraconal space (surrounded by four straight extraocular muscles), but also envelops and protects the optic nerve. The adipose tissue also fills the extra(19,20). The physiology of eyelid movement of the rat Tables 1 and 2 respectively show the descriptive measures of the orbital volume and the vertical palpebral fissure of all the groups of the study. The descriptive data are also represented in figures 2 and 3. Tables 3 and 4 respectively show the result of the comparative statistical analysis of orbital volumes and the measurements of the vertical palpebral fissure among groups 1, DISCUSSION Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 346 Fonseca Junior NL, Petri G, Veridiano JM, Rehder JRCL and human are similar(20). Correlating the human palpebral anatomy with that of rats, a likeness can be seen in the disposition of retractors of the upper lid[19,20]. In both, the elevating muscle of the upper eyelid originates in the orbital cone and inserts on the anterior and superior portion of the tarsal plate with an aspect of aponeurosis [19,20]. In human anatomy there is another retractor muscle of the upper eyelid, the Müeller muscle, of sympathetic innervation and which is present between the conjunctival fornix and the elevating muscle of the upper eyelid, with an insertion on the superior tarsal border[19]. In rats there is a superior tarsal muscle that extends between the anterior portion of the elevating muscle of the upper eyelid and the posterior portion of the superior tarsal[20]. Despite this similarity does not exist in the literature studies on the evaluation of the palpebral fissure, enophthalmos in orbital volume related to the use of bimatoprost in rats. Also the effects of bimatoprost were analyzed as time of use in groups composed of animals with the same physical and environmental characteristics. The palpebral and orbital changes attributed to the use of bimatoprost as an apparent enophthalmos and the increase of the palpebral fissure have been reported with greater frequency in the past years[4, 9, 10, 17]. Literature on the matter reports that the apparent enophthalmos may result from the atrophy of preaponeurotic and orbital fat [10]. This hypothesis is based mainly on the pharmacological properties of bimatoprost, a synthetic prostaglandin analog F2Ü (PGF2 Ü)[2]. In the present experimental study the orbital injection of bimatoprost did not significantly change the orbital volume of animals, when compared with the control group. The adipose metabolism is regulated by hormones, like insulin and catecholamine and by other components such as cytokines and prostaglandins[11]. The storage of lipids by mature adipocytes is regulated by insulin and by prostaglandins[11-13]. After the activation of prostanoid receptors, there is an inhibition of the differentiation of preadipocytes blocking the expression of specific genes of adipocytes and the accumation of fats[12, 13], Besides this, these receptors when activated inhibit the absorbtion of free fatty acids and the synthesis of triglycerides in adipocytes[18], Pharmacokinetic studies in monkeys show that in a single instillation of bimatoprost 0.1% solution there was a concentration 2000 times greater of bimatoprost in the eyelids than in the aqueous humor and sixteen times greater in the iris and the ciliary body, which indicates a significant periorbital absorbtion of the medication[18]. According to Peplinski and Albiani[9], the increase of the palpebral fissure attributed to the use of bimatoprost and other prostaglandin analogs may result from the stimulation of the Mueller muscle by prostamides, which probably contributed to the relaxation and contraction of smooth muscular cells. The intravenous administration of bimatoprost in monkeys for 17 weeks resulted in prominent periorbital sulci and the increase of the palpebral fissure. The same signs were observed six months after beginning to use bimatoprost solution in dosages of 0.03% twice a day or 0.1% once a day in the majority of the monkeys studied [18]. In this experimental study the orbital administration of bimatoprost did not significantly change the vertical palpebral fissure in animals, when compared to the control group. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 All animals in this study were evaluated in identical conditions of temperature and anesthesic induction, so the analyzed measures were influenced only by the drug administration. The purpose of this study was to evaluate in experimental animals the changes of the palpebral fissure and the orbital volume after the orbital administration of bimatoprost 0.03% and no significant difference in the measurements was observed. The results of this study suggest the hypothesis that the enophthalmos reported in patients using bimatoprost eye drops may be related to modification of collagen fibers, since a difference in orbital volume between the groups were not observed. This hypothesis proposes the necessity of microscopic evaluation of adipose tissue and collagen fibers present in the orbit of these animals. The authors of this study have already initiated another study to analyze this evaluation, as well as an immunohistochemical assay for the presence of neovascularization in different groups The findings in this study are considered only for the animal model used. CONCLUSION In this study there was no significant difference in the measurements of the vertical palpebral fissure and the orbital volume between the animals subjected to the orbital administration of bimatoprost and the animals of the control group. Acknowledgment I’d like to thanks Professor Olga Maria S de Toledo, Head of Department of Histology and Embriology at Faculdade de Medicina do ABC. REFERENCES 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Cantor LB, WuDunn D, Cortes A, Hoop J, Knotts S. Ocular hypotensive efficacy of bimatoprost 0.03% and travoprost 0.004% in patients with glaucoma or ocular hypertension. Surv Ophthalmol. 2004;49 Suppl 1:S12-8. Sharif NA, Kelly CR, Crider JY, Williams GW, Xu SX. Ocular hypotensive FP prostaglandin (PG) analogs: PG receptor subtype binding affinities and selectivities, and agonist potencies at FP and other PG receptors in cultured cells. J Ocul Pharmacol Ther. 2003;19(6):501–15. Brubaker RF. Mechanism of action of bimatoprost (Lumigan). Surv Ophthalmol. 2001; 45 Suppl 4:S347–51. Parrish RK, Palmberg P, Sheu WP,. A comparison of latanoprost, bimatoprost, and travoprost in patients with elevated intraocular pressure: a 12-week, randomized, masked-evaluator multicenter study. Am J Ophthalmol. 2003;135(5):688 –703. DuBiner H, Cooke D, Dirks M, Stewart WC, VanDenburgh AM, Felix C. Efficacy and safety of bimatoprost in patients with elevated intraocular pressure: a 30-day comparison with latanoprost. Surv Ophthalmol. 2001; 45 Supl 4:S353–60. Arcieri ES, Santana A, Rocha FN, Guapo GL, Costa VP. Blood-aqueous barrier changes after the use of prostaglandin analogues in patients with pseudophakia and aphakia: a 6-month randomized trial. Arch Ophthalmol. 2005;123(2):186–92. Cohen JS, Gross RL, Cheetham JK, VanDenburgh AM, Bernstein P, Whitcup SM. Two-year doublemasked comparison of imatoprost with timolol in patients with glaucoma or ocular hypertension. Surv Ophthalmol. 2004;49(1):45–52. Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Centofanti M, Oddone F, Chimenti S, Tanga L, Citarella L, Manni G. Prevention of dermatologic side effects of bimatoprost 0.03% topical therapy. Am J Ophthalmol. 2006;142(6):1059–60. Peplinski LS, Albiani SK. Deepening of lid sulcus from topical bimatoprost therapy. Optom Vis Sci. 2004;81(8):574 –7. Filippopoulos T, Paula JS, Torun N, Hatton MP, Pasquale LR, Grosskreutz CL. Periorbital changes associated with topical bimatoprost. Ophthal Plast Reconstr Surg. 2008;24(4):302-7. Arner P. Human fat cell lipolysis: biochemistry, regulation and clinical role. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab. 2005;19(4):471–82. Miller CW, Casimir DA, Ntambi JM. The mechanism of inhibition of 3T3–L1 preadipocyte differentiation by prostaglandin F2alpha.Endocrinology. 1996;137(12):5641–50. Serrero G, Lepak NM. Prostaglandin F2alpha receptor (FP receptor) agonists are potent adipose differentiation inhibitors for primary culture of adipocyte precursors in defined medium. Biochem Biophys Res Commun. 1997;233(1):200–2. Danneman PI, Madnell TD. Evaluation of five agents/ methods for anesthesia of neonatal rats. Lab Anim Sci. 1997;47(4):386-95. R Core Team. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. Institute for Statistics and Mathematica; 2012. [cited 2014 Jul 20]. Available from: http://www.R-project.org/ 347 16. Schall, R. Estimation in generalized linear models with random effects. Biometrika. 1991;78(4): 719-27. 17. Yam JC, Yuen NS, Chan CW. Bilateral deepening of upper lid sulcus from topical bimatoprost therapy. J Ocul Pharmacol Ther. 2009;25(4):471-2. 18. Woodward DF, Krauss AH, Chen J, Liang Y, Li C, Protzman CE, Bogardus A, et al. Pharmacological characterization of a novel antiglaucoma agent, Bimatoprost. J Pharmacol Exp Ther. 2003;305(2):772–85. 19. Gentry LR. Anatomy of the orbit. Neuroimaging Clin N Am. 1998;8(1):171-94. 20. Felder E, Bogdanovich S, Rubinstein NA, Khurana TS. Structural details of rat extraocular muscles and three-dimensional reconstruction of the rat inferior rectus muscle and muscle-pulley interface. Vision Res. 2005;45(15):1945-55. Autor correspondente Nilson Lopes da Fonseca Junior Av. Ibirapuera, nº 2907 – conj. 1601 - Moema CEP 04029-200 São Paulo (SP), Brazil Fax: (11) 5041-4716 E-mail: [email protected] Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 341-7 ARTIGO ORIGINAL 348 Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population Resultados ecográficos nas fases atrasadas da doença de Vogt-Koyanagi-Harada na população mexicana Mariana Mayorquín-Ruiz1, Rashel Cheja-Kalb2, Luz Elena Concha-del Río2, Lourdes Arellanes-García2, Eduardo Moragrega-Adame1 ABSTRACT Purpose: To correlate clinical findings of Vogt-Koyanagi-Harada disease with standardized echography findings in a cross-sectional, descriptive and observational study. Methods: Patients with Vogt-Koyanagi-Harada disease in the convalescent and recurrence phases were evaluated with standardized ocular echography. Eyes with opaque media were excluded. Clinical findings were correlated with echographic data. Results: Thirty-seven eyes of 25 patients were included. Best corrected visual acuity was in average 20/100 (0.70 logMAR). Clinical findings included: sunset glow fundus (92%), pigment migration (92%), nummular chorioretinal depigmented scars (68%) and subretinal fibrosis (64.8%). Standardized echography was able to recognize all the cases with subretinal fibrosis (n=24) described clinically. Standardized echography showed a 100% sensitivity and specificity of finding subretinal fibrosis. Subretinal fibrosis in patients with Vogt-Koyanagi-Harada represents a risk factor for low vision. In our patients’ eyes, presence of subretinal fibrosis had a 2.5 time relative risk of having a visual acuity equal or worst to 20/70. Conclusion: Standardized echography represents a useful tool in patients with VKH in the chronic (convalescence and recurrence) phase of the disease. Subretinal fibrosis, a sight threatening complication in the convalescence and recurrent phases of Vogt-Koyanagi-Harada, can be diagnosed with ocular echography, with characteristic images. Knowledge of these images can be useful in cases with opaque media and bilateral anterior segment granulomatous inflammatory disease. Keywords: Uveomeningoencephalitic syndrome/diagnosis; Ultrasonography; Retinal diseases/diagnosis; Fibrosis/diagnosis RESUMO Objetivo: Correlacionar achados clínicos da síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada com resultados ecográficos padronizado da doença em um estudo transversal, descritivo e observacional. Métodos: Pacientes com a doença de Vogt-Koyanagi-Harada, o convalescente e recorrência em fases padronizadas foram avaliados com ecografia ocular. Olhos com material opaco foram excluídos. Achados clínicos foram correlacionados com dados ecográficos. Resultados: Um total de 25 pacientes e trinta e sete olhos foram incluídos no estudo. A acuidade visual (AV) 20/100 foi em média 0.70 logMAR. Os achados clínicos incluídos: sunset glow fundus (92%), pigmento migração (92%), numular despigmentado cicatrizes coriorretinianas (68%) e fibrose sub-retiniana (64,8%). A ecografia padronizada foi capaz de reconhecer todos os casos de fibrose sub-retiniana (n= 24) descrito clinicamente. A ecografia revelou um padrão 100% de sensibilidade e especificidade do diagnóstico fibrose sub-retiniana. Sub-retiniana em pacientes com fibrose Vogt-Koyanagi-Harada representa um fator de risco para a baixa visão. Em nossos pacientes olhos, presença de fibrose subretiniana tinham um risco relativo 2,5 hora de ter uma acuidade visual igual ou pior para 20/70. Conclusão: Ecografia padronizadarepresenta uma ferramenta útil em pacientes portadores da doença na fase crônica (convalescença, e recidiva). Fibrose sub-retiniana, uma visão ameaçadora e complicação na convalescença e recorrentes nas fases da Síndrome de Vogt-KoyanagiHarada, podem ser diagnosticados com ecografia ocular, com imagens características. O conhecimento dessas imagens pode ser útil em casos com material opaco e segmento anterior bilateral da doença inflamatória granulomatosa. Descritores: Síndrome uveomeningoencefálica/diagnóstico; Ultrassonografia; Doenças retinianas; Fibrose/diagnóstico 1 2 Servicio de ecografía, Asociación para evitar la ceguera en México – México; Servicio de enfermedades inflamatorias oculares, Asociación para evitar la ceguera en México – México. The authors declare no conflicts of interest Recebido para publicação em 14/2/2014 - Aceito para publicação em 16/9/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 348-50 Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population INTRODUCTION V ogt- Koyanagi-Harada (VKH) disease is a multisystemic inflammatory condition targeting melanocytes through the body. Its prevalence is higher in pigmented populations and it is known that certain populations have a genetic predisposition to develop it. In the Inflammatory Eye Disease Clinic in our hospital, VKH represents 2.4% of 6422 patients in a 20-year period(1). VKH is clinically divided early and late manifestations(2), each one with characteristic signs and symptoms. The late manifestations of the disease include: ocular depigmentation (sunset glow fundus and Sugiura sign) and nummular chorioretinal depigmented scars, retinal pigment clumping and/ or migration and recurrent or chronic anterior uveitis. Diagnosis of VKH is merely clinical. The diagnostic criteria includes in cases of equivocal fundus findings in the early stages: fluorescein angiography and ultrasonography. Cerebrospinal fluid analysis is also useful when differential diagnosis have to be ruled out. Ultrasound findings have been made in cases of early VKH: diffuse thickening of the choroid, serous retinal detachment, vitreous condensations(3) and serous choroidal detachment(4). High frequency ultrasound has shown characteristic images in the early VKH: shallow anterior chamber, ciliochoroidal detachment, thickened ciliary body, and narrow angles. Ultrabiomicroscopy has also been useful in monitoring treatment in the acute phases of the disease(5). Description of the echographic changes in the convalescent and recurrence phase have not been made. METHODS The study was reviewed and approved by the Hospital Ethics Committee. All the patients gave their informed consent prior to their inclusion in the study. We included patients of the Inflammatory Eye Diseases Clinic at the Asociación para Evitar la Ceguera en México, with diagnosis of VKH in late stages, according to the International Committee on Nomenclature of VKH(2). Eyes with opaque media, such as: cataract, posterior sinequiae, opaque posterior lens capsule, which precluded ophthalmoscopic evaluation of posterior pole, were excluded. Demographic data of patients were obtained. Best corrected visual aquity (BCVA), presence of anterior uveitis and changes characteristic of late VKH were noted: sunset glow fundus, Sugiura sign, nummular chorioretinal depigmented scars, retinal pigment epithelium clumpling and/or migration and subretinal fibrosis. After clinical evaluation, standardized ocular ultrasound was made (CineScan-S, Quantel Medical, Paris, France). Previous application of topical anesthetic, with the patient in supine decubitus, a 10 MHz and 20 MHz Bscan probes were used to analyze anteroposterior, longitudinal and transversal projections in 3, 6, 9 and 12 meridian. Axial length of the eye was measured. Any abnormal image of the chorioretinal structures were then measured and analyzed with an 8 MHz standardized A probe. Choroid thickness was measured with 8 MHz A-scan probe at the equator of meridian 12. Clinical evaluations were made by two ophthalmologists (RCK and LECR), ocular ultrasound were done by the same ophtalmologist (MMR). 349 Table 1 Clinical findings in 37 eyes of 25 patients with VKH disease in the late stages n (%) Sunset fundus glow Nummular chorioretinal depigmented scars Retinal pigment epithelium migration Subretinal fibrosis Anterior segment inflammation Posterior segment inflammation 35 (92) 26 (68) 35 (92) 24 (64.8) 5 (31) 0 Table 2 Echographic findings in 37 eyes in the late stages of VKH disease Variable Type of eye Mean axial length Vitreous Retina Choroid thickness at XII meridian, equator n (%) phakic 19 (51.3) pseudophakic 15 (40.5) aphakic 3 (8.1) 22.93 mm (SD 1.04 mm) Posterior vitreous detachment 16 (43.2) Attached 37 (100) 0.66 mm (SD 0.11 mm) RESULTS Thirty seven eyes of 25 patients with VKH in the chronic phase of the disease were included. Twenty female and 5 male with a mean age of 43 years (6-60 years). All patients were from a mexican mestizo population. Best corrected visual acuity was in average 20/100 (0.70 logMAR). Clinical findings are listed in table 1. Table 2 shows the echographic findings. Recurrence of the disease was seen in five eyes (31%) with anterior segment inflammation. Standardized echography was able to recognize all the cases with subretinal fibrosis (n=24) described clinically. Standardized echography was not able to find any of the rest of clinical findings. Characteristics of subretinal fibrosis in standardized echography were: Dome shaped, heterogeneous lesion (Figure 1), variable height. Mean height 1.47 mm (1.83 mm - 4.2 mm), major base dimension 4.61 mm (1 mm to 12.4 mm), uni or bilobulated , located in a single area (58.3%) o less common in multiple areas (41.6%). Most of them were peripapilar (66.6%) or located in the posterior pole (33.3%), not exceeding equator. Subretinal fibrosis showed mild to moderate posterior attenuation (Figure 2), and internal reflectivity was medium-high. Standardized echography showed a 100% specificity and 100% sensitivity of describing an image compatible with subretinal fibrosis; when the localization was peripapilar or in the macular area. In the cases of subretinal fibrosis elsewhere, specificity was 96%. Eyes with subretinal fibrosis had a relative risk of 2.5 of having a BCVA less than 20/70 (confidence interval 0.87-7.1%). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 348-50 350 Mayorquín-Ruiz M, Cheja-Kalb R, Concha-del Río LE, Arellanes-García L,Moragrega-Adame E Figure 1: Fundus photograph in a patient with peripapilary subretinal fibrosis and echographic appearance CONCLUSION Standardized echography should be considered a useful tool in patients with VKH in the late stages of the disease (recurrence and convalescence). Subretinal fibrosis, a sight threatening complication, can be diagnosed with ocular echography, with characteristic images. Knowledge of these images can be useful in future cases with opaque media and anterior segment granulomatous inflammatory disease. REFERENCES 1. Figure 2: Echographic findings in 37 eyes in the late stages of VKH disease 2. DISCUSSION 3. Ocular ultrasound have demonstrated its usefullness in VKH disease: from distinguishing differential diagnosis like posterior scleritis, in which the subtenon space is seen as hypoecoic and, together with the optic nerve shadow gives the characteristic “T” sign; to the resolution of the characteristic changes with therapy. From all the clinical changes that occurred in the late stages of VKH, subretinal fibrosis was the only one perceptible for ocular echography in our patients. It occurred in 64.8% of the eyes studied. The impact of subretinal fibrosis on the disease, refers to the poor visual acuity founded in these eyes compared to the ones that do not develop subretinal fibrosis (6). It is considered a complication of VKH, that depends of the duration of the disease, and it has been noticed in other reports(7), that hispanic patients develop subretinal fibrosis quicker than non-hispanic patients. In the 5 eyes with anterior segment inflammation, we did not find increase in the choroidal thickness compared to the patients that did not have anterior segment inflammation. Of the dome shaped lesions that we must keep in mind when doing a standardized echography is the choroidal melanoma, that can be distinguished from subretinal fibrosis by its internal reflectivity, which is medium-low and presence of vascularity signs. In contrast with the heterogenicity of subretinal fibrosis and medium-high reflectivity and abscence of vascularity signs on echography. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 348-50 4. 5. 6. 7. Concha del Rio LE, Arellanes García L. Vogt Koyanagi-Harada in the developing world. Int Ophthalmol Clin. 2010;50(2):189-99. Read RW, Holland GN, Rao NA, Tabbara KF, Ohno S, ArellanesGarcia L, et al. Revised diagnostic criteria for Vogt-KoyanagiHarada Disease: report of an International Committee on Nomenclature. Am J Opthalmol. 2001;131(5):647-52. Forster DJ, Cano MR, Green RL, Rao NA. Echographic features of Vogt-Koyanagi-Harada syndrome. Arch Ophthalmol. 1990;108(10):1421-6. Yamamoto N, Naito K. Annular choroidal detachment in a patient with Vogt-Koyanagi-Harada disease. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2004;242(4):355-8. Wada S, Khono T, Yanagihara N, Hirabayashi M, Tabuchi H, Shiraki K, et al. Ultrasound biomicroscopy study of ciliary body changes in the post treatment phase of Vogt Koyanagi Harada disease. Br J Ophthalmol. 2002;86(12):1374-9. Lertsumitkul S, Whitcup SM, Nussenblatt RB, Chan CC. Subretinal fibrosis and choroidal neovascularization in VogtKoyanagi-Harada syndrome. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 1999;237(12):1039-45. Kuo IC, Rechdouni A, Narsing AR, Johnston RH, Margolis TP, Cunningham ET. Subretinal fibrosis in patients with Vogt-KoyanagiHarada Disease. Ophthalmology. 2000;107(9):1721-8. Corresponding author: Mariana Mayorquín-Ruiz Address: Asociación para evitar la Ceguera en México Vicente García Torres 46. Col. San Lucas, Coyoacán Mexico City – 04360 phone number: (55) 1084 1400 E-mail. [email protected] ARTIGO ORIGINAL351 Características das doações de córnea no estado do Piauí Characteristics of corneal donations in state of Piauí Namir Clementino Santos1, Virgínia Lúcia Bezerra2, Eduardo Carvalho de Melo2 RESUMO Objetivo: Traçar o perfil das doações de córnea obtidas pelo Banco de Tecidos Oculares do Hospital Getúlio Vargas (BTOC-HGV), avaliar a qualidade do tecido captado e enumerar as indicações do transplante de córnea. Métodos: Estudo retrospectivo de ficha de doadores cadastrados no BTOC-HGV no período de 2008 a 2011. Foram coletados dados de idade, gênero e causa do óbito do doador, tempo de enucleação, tempo de preservação, qualidade da córnea doada, causas de descartes e indicações de transplante de córnea no BTOC. Resultados: Foram analisadas 311 fichas de doadores de córnea do BTOC-HGV. O número de doações aumentou de 9 em 2008 para 80 em 2009, 109 em 2010 e 113 em 2011. A maioria dos doadores era do gênero masculino. A média da idade dos doadores foi de 43,00 ± 16,01 anos. A maioria das córneas transplantadas (78,6%) foi óptica. Foram descartadas 7,16% das córneas ópticas, sendo a maioria por nova classificação em tectônica e detecção de sorologia positiva. O tempo de enucleação foi de 3,77 ± 2,18 horas e o de preservação foi de 6,86 ± 6,10 horas. A causa mortis mais frequente foram causas externas, seguida por doenças do aparelho circulatório, respiratório, digestivo e geniturinário. A principal indicação de transplante foi ceratopatia bolhosa, seguida por ceratocone e perfuração corneana. Conclusão: Este estudo demonstrou a existência de fatores associados à qualidade das córneas captadas pelo BTOC como idade, tempo entre a enucleação e a preservação e causa do óbito. A principal indicação de transplante foi ceratopatia bolhosa. Descritores: Transplante de córnea; Doadores de tecidos; Preservação de tecido; Banco de olhos; Ceratopatia bolhosa ABSTRACT Objective: To describe the profile of corneal donations obtained by Ocular Tissue Bank, Hospital Getúlio Vargas (BTOC-HGV), assess the quality of the captured tissue and list the indications for corneal transplant. Methods: Retrospective study of registered donors in BTOC-HGV in the period 2008-2011. Collected data were: age, gender and cause of death of the donor, enucleation time, preservation time, quality of the donated cornea, causes of discards and indications for penetrating keratoplasty in BTOC. Results: Were analyzed 311 records of donor cornea BTOC-HGV. The number of donations increased from 9 in 2008 to 80 in 2009, 109 in 2010 and 113 in 2011. Most donors were male. The average age of the donors was 43.00 ± 16.01 years. The majority of transplanted corneas (78.6%) was optics. Were discarded 7.16% of corneal optics, mostly by new tectonic classification and detection of positive serology. The time of enucleation was 3.77 ± 2.18 hours and preservation was 6.86 ± 6.10 hours. The most frequent causes of death were external causes, followed by diseases of the circulatory, respiratory, digestive and genitourinary systems. The main indication for transplantation was bullous keratopathy, followed by keratoconus and corneal perforation. Conclusion: This study demonstrated the existence of factors associated with quality of corneas by BTOC as age, time between enucleation and preservation and cause of death. The main indication for transplantation was bullous keratopathy. Keywords: Corneal transplantation, donor tissue; tissue preservation; Eyes bank; Bullous keratopathy Universidade Estadual do Piauí (PI) e Universidade Federal do Piauí – Teresina (PI), Brasil; Universidade Federal do Piauí – Teresina (PI), Brasil; 1 2 Hospital Getúlio Vargas – Teresina (PI), Brasil Os autores declaram não haver conflitos de interesse. Recebido para publicação em 31/12/2013 - Aceito para publicação em 28/8/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 352 Santos NC, Bezerra VL, Melo EC INTRODUÇÃO A s doenças da córnea, segunda causa de cegueira reversível no mundo, acometem em geral a população jovem e economicamente ativa, levando a importantes perdas econômicas e sociais(1). O transplante de córnea é o procedimento de maior sucesso entre os transplantes em humanos e encontra-se entre os mais realizados em todo o mundo. No entanto, a boa qualidade da córnea doada e a adequada conservação desta até sua utilização são de grande importância para o sucesso da cirurgia e consequentemente para um bom prognóstico visual. A prevalência das patologias da córnea difere entre os países e regiões, a depender das condições de saúde pública às quais a população está sujeita, bem como do seu nível sócioeconômico(2,3). Nos EUA, a indicação mais frequente do transplante de córnea é a ceratopatia bolhosa, enquanto na Europa e no Brasil os estudos apontam o ceratocone como a principal indicação, embora haja variações entre as diversas regiões desses países(2). A avaliação da córnea nos bancos de olhos é importante para que o cirurgião e seu paciente possam contar com tecidos de qualidade e também para minimizar complicações pós-operatórias. Estudos avaliaram os fatores relacionados à qualidade morfológica de córneas de bancos de olhos e entre os fatores encontrados, nesses estudos, estão a idade do doador, o tempo entre óbito e a enucleação e o tempo entre esta e a preservação. Não menos relevante, estudos revelam que o grau de conhecimento e a compreensão individual do paciente em relação à cirurgia são tão importantes para o sucesso do tratamento quanto à própria técnica cirúrgica. A pouca informação sobre o procedimento a ser realizado e sobre as limitações na recuperação visual podem levar a falsas expectativas e negligência do paciente quanto ao acompanhamento pós-operatório, podendo comprometer o resultado cirúrgico, além de gerar descontentamento(4). Apesar dos esforços que vêm sendo realizados nos últimos anos pelos bancos de olhos e equipes de busca, a falta de córneas para transplantes ainda é uma realidade no Brasil. Os Bancos de Olhos têm responsabilidade de captar, processar, avaliar, classificar, armazenar e distribuir tecidos oculares e devem atender às exigências legais para sua instalação e autorização de funcionamento(5). Sendo assim, apresentamos os resultados do primeiro levantamento de dados do banco de olhos do Hospital Getúlio Vargas de Teresina – (PI), desde sua inauguração, em maio de 2007 até o ano de 2011, objetivando nossa autoavaliação, melhor conhecimento e detecção de falhas no nosso processo de captação que possam requerer aperfeiçoamento. O presente estudo tem por objetivo traçar o perfil das doações de córnea obtidas pelo Banco de Tecidos Oculares do Hospital Getúlio Vargas (BTOC-HGV) no período de 2008-2011, bem como avaliação quantitativa e qualitativa do tecido captado, considerando os seguintes parâmetros: idade, gênero e causa mortis do doador, avaliação da córnea por especialista, principais causas de descarte do tecido, bem como os intervalos entre óbito-enucleação e enucleação-preservação. Avaliaram-se também as principais indicações do transplante de córnea no período do estudo. MÉTODOS Foram estudados os registros de 311 doações de córnea, cadastrados no Banco de Tecidos Oculares (BTOC) do Hospital Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 Getúlio Vargas (HGV), no período entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011. Os dados foram obtidos dos livros de registros do BTOC-HGV, com informações oficiais sobre as córneas captadas durante o período. Foram coletados dados relativos à idade, gênero e causa do óbito do doador de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), tempo entre óbito e enucleação do bulbo ocular (tempo de enucleação), tempo entre enucleação e a preservação do tecido corneano (tempo de preservação). Foram analisados ainda a qualidade da córnea doada (pelos resultados da sua classificação após avaliação em lâmpada de fenda), o número de córneas descartadas e as causas do descarte e as principais indicações do transplante de córnea segundo formulário de descrição cirúrgica entregue no BTOC. A enucleação de globos oculares e preservação das córneas foram realizadas por médicos oftalmologistas devidamente treinados. O BTOC-HGV submete os tecidos (bulbo ocular e córnea) a avaliação, realizada por especialista em córnea, baseada em exame de biomicroscopia em lâmpada de fenda do bulbo ocular imediatamente antes da preservação e das córneas em meio de conservação (Optisol GS®, Bausch-Lomb) em 24 horas após a sua preservação, e a cada 48 horas após sua primeira avaliação e assim, repetidamente, se necessário, até a sua utilização. Os critérios para avaliação se baseiam na quantificação de 0 a 4 cruzes de 13 aspectos diferentes da morfologia corneal detectados ao exame: presença de exposição epitelial, defeito epitelial, opacidade subepitelial, edema estromal, estria estromal, infiltrado estromal, dobras na Descemet, perda de células endoteliais, guttata, arco senil, pterígio, cicatrizes e reflexo especular conforme procedimento operacional padrão BTOC nº 012 do seu Manual Técnico Operacional (figura 1). De acordo com as alterações encontradas, cada córnea é classificada como excelente, boa, regular, ruim ou inaceitável. As córneas classificadas como 4 em qualquer dos itens são consideradas inaceitáveis pelos Bancos de Olhos. As córneas classificadas como 3 em um ou mais itens são consideradas como ruim e deverão ser distribuídas com precaução e geralmente reservadas para situações de emergência (transplante tectônico). Os cirurgiões deverão ser avisados sobre as córneas com valores de 2 (regular) ou mais, em qualquer dos itens. As córneas doadas com valor de 0 (excelente) a 1(boa) Olho direito 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 Exposição epitelial Defeito epitelial Opacidade subepitelial Edema estromal Estria estromal Infiltrado estromal Dobras na descemet Perda de células endoteliais Guttata Arco senil Pterígio Cicatrizes Reflexo especular Olho esquerdo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 Figura 1: Modelo da ficha utilizada no Banco de Tecidos Oculares do Hospital Getúlio Vargas para avaliação da córnea doada na lâmpada de fenda Características das doações de córnea no estado do Piauí 353 Figura 2: Quantidade de doações por faixa etária, Teresina (PI), 20082011 Figura 3: Faixa etária de aproveitamento de córneas (transplante óptico), Teresina (PI), 2008-2011 são aceitas para distribuição e utilização cirúrgica óptica, já as córneas que apresentam infiltrados estromais são descartadas. Foram excluídas do estudo as fichas preenchidas de forma incompleta, sendo duas no item de qualidade da córnea, seis no de diagnóstico do receptor, cinco no item tempo entre doação e enucleação e dez no de tempo entre enucleação e preservação. Estas fichas não foram contabilizadas nos itens que não foram encontrados Na análise estatística, foram utilizados o teste de proporção qui-quadrado no programa SPSS e o teste t de Student. Foi adotado o nível de significância de 5% (0,05) para a aplicação dos testes estatísticos. das como passíveis de aproveitamento para transplante, dentre as quais, 349 (78,6%) foram avaliadas como boas ou excelentes para transplante óptico e 93 (20,9%), poderiam ser destinadas a transplante tectônico (regulares e ruins). Vinte e cinco córneas que foram classificadas como ópticas foram descartadas, sendo 13 por ser considerada em nova avaliação como tectônica, 8 por detecção de sorologia positiva (todas por hepatite B), 3 por contaminação do tecido e 1 por má condição do tecido. O tempo decorrido entre o óbito e a enucleação foi de 3,77 ± 2,18 horas. Não havendo diferença estatística entre as córneas classificadas como ópticas e as classificadas como tectônicas (t=0,028). O tempo entre a enucleação e a preservação foi de 6,86 ± 6,10 horas, sendo esse intervalo foi significativamente menor em córneas ópticas (6,49 ± 5,69) que em córneas tectônicas (10,18 ± 7,35) (t=1,66, p=0,05), (tabela 1). A figura 3 mostra que a porcentagem de córneas classificadas como ópticas foi menor em doadores mais idosos. No que concerne à causa mortis dos doadores, classificouse de acordo com o Código Internacional das Doenças (CID 10) formando 11 grupos (tabela 2). A maioria dos óbitos ocorreu por causas externas de morbidade e mortalidade (onde se incluem, principalmente, mortes violentas por acidentes automobilísticos, suicídios, ferimentos por arma branca ou de fogo), perfazendo um total de 141 doadores, 45,34% do total. A segunda maior causa foi representada por doenças do aparelho circulatório, com 103 óbitos (33,12%), seguida pelas doenças dos aparelhos respiratório, digestivo e geniturinário, que acometeram, respectivamente, 18 (5,79%), 14 (4,50%) e 14 (4,50%) doadores. Neoplasias e doenças endócrino-metabólicas e nutricionais fo- RESULTADOS Durante os quatro anos incluídos neste estudo (2008-2011), foram cadastrados 311 doadores de córnea no BTOC-HGV. A quantidade de córneas doadas mostrou-se crescente ao longo do período, passando de apenas 9 doações em 2008 para 80 em 2009, 109 em 2010 e, por fim, 113 em 2011. Quanto à distribuição relacionada ao gênero, houve significativo predomínio do número de doadores do gênero masculino sobre o feminino, sendo 210 (67,5%) doadores do gênero masculino e 101 (32,5 %) do feminino. Quanto à faixa etária, constatou-se que a média da idade dos doadores foi de 43,00 ± 16,01 anos, variando de 10 a 80 anos. A maioria dos doadores (23,8%) tinha entre 50 e 60 anos, seguida pela faixa etária de maiores de 60 anos, com 53 doadores (17,0%) (figura 2). De um total de 622 córneas, 442 (71,4%) foram considera- Tabela 1 Tempo entre doação e enucleação e entre enucleação e preservação de acordo com a qualidade da córnea, Teresina (PI), 2008-2011 Qualidade da córnea Óptico Tectônico Média do total Tempo entre doação e enucleação (t=0,028) Tempo entre enucleação e preservação (t=1,66, p=0,05) 3,82 ± 2,22 3,49 ± 1,14 3,77 ± 2,18 6,49 ± 5,69 10,18 ± 7,35 6,86 ± 6,10 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 354 Santos NC, Bezerra VL, Melo EC Tabela 2 Causa de óbitos dos doadores de córnea, Teresina (PI), 2008-2011 Causa mortis N de óbitos Causas externas de morbidade e de mortalidade 141 Doenças do aparelho circulatório 103 Doenças do aparelho respiratório 18 Doenças do aparelho digestivo 14 Doenças do aparelho geniturinário 14 Neoplasias 7 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 7 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte 3 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários 1 Gravidez, parto e puerpério 1 Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas 1 Não encontrado 1 Tabela 3 Qualidade da córnea por causa mortis, Teresina (PI), 2008-2011 Qualidade da córnea Óptico Causas externas de morbidade e de mortalidade Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho respiratório Doenças do aparelho digestivo Doenças do aparelho geniturinário Neoplasias Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários Gravidez, parto e puerpério Não encontrado Total ram responsáveis por 7 (2,25%) mortes cada. Foram encontradas, ainda: sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte (3 óbitos); doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários (imunológico) (1 óbito); complicações da gravidez, parto e puerpério (1 óbito); lesões e envenenamentos (1 óbito). Não foi encontrada a causa de morte de um dos doadores. Foi encontrado que os doadores que tiveram morte por causas externas apresentaram melhor qualidade de córnea em relação aos doadores que faleceram por doenças do aparelho circulatório (X2=4,64; p=0,05). A tabela 3 apresenta que dentre as 349 córneas ópticas, 184 (52,72%) foram de doadores que Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 Tectônico Total N % N % N % 184 104 16 9 14 7 9 52,72 29,80 4,58 2,58 4,01 2,01 2,58 27 36 8 10 6 1 29,03 38,71 8,60 10,75 6,45 1,08 211 140 24 19 20 8 10 47,74 31,67 5,43 4,30 4,52 1,81 2,04 2 0,57 4 4,30 6 1,36 1 1,08 2 2 349 0,57 0,57 100,00 93 100,00 1 2 2 442 0,23 0,45 0,45 100,00 faleceram por causas externas e 104 (29,80%) por doenças do aparelho circulatório. Já, entre as 93 córneas tectônicas, 27 (29,03%) foram provenientes de óbitos por causas externas e 36 (38,71%) por doenças do aparelho circulatório. A tabela 4 relaciona a causa de morte por faixa etária, mostrando que as principais causas de morte em doadores mais jovens foram por causas externas e, nos mais idosos por doença do aparelho circulatório. Constatou-se que a principal indicação de transplante de córnea no período estudado foi ceratopatia bolhosa, em 100 receptores (27,6% do total de 360), seguida pelo ceratocone (39 ou 10,8%) e pela perfuração corneana (38 ou 10,6%). Um número ainda significativo de pacientes foi levado a transplante por Características das doações de córnea no estado do Piauí 355 Tabela 4 Causa de morte por faixa etária, Teresina (PI), 2008-2011 Faixa etária (X2=4,66; p=0,05) Causas de óbitos Menos de 18 19 a 25 N % Neoplasias 1 8,33 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas Doenças do aparelho circulatório 3 25,00 Doenças do aparelho respiratório 1 8,33 Doenças do aparelho digestivo Doenças do aparelho geniturinário Gravidez, parto e puerpério Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas Causas externas de morbidade e de mortalidade 7 58,33 Não encontrado Total 12 100,00 N % 26 a 32 33 a 39 40 a 49 N % N N 1 2,50 1 2,50 5 10,00 3 7,50 1 3 1 % Mais de 60 Total N % N % N % 3 4,05 2 3,77 7 2,25 1 1,89 1 0,32 2,70 2 3,77 7 2,25 2 3,85 21 40,38 37 50,00 27 50,94 103 33,12 2,50 1 1,92 6 8,11 9 16,98 18 5,79 7,50 3 5,77 4 5,41 4 7,55 14 4,50 2 3,85 8 10,81 2 3,77 14 1 4,50 0,32 1 1,35 1 1,89 3 0,96 1 1,35 1 0,32 2,00 7 1 1 1 % 50 a 60 23,33 3,33 3,33 2,50 44 88,00 30 75,00 21 70,00 2 22 42,31 12 1 1,92 50 100,00 40 100,00 30 100,00 52 100,00 74 16,22 5 9,43 100,00 53 100,00 141 45,34 1 0,32 311 100,00 leucoma (29 ou 8,1%), distrofia corneana (21 ou 5,8%), falência primária (21 ou 5,8%) ou rejeição (18 ou 5,0%), (figura 4). DISCUSSÃO Figura 4: Indicações de transplante de córnea, Teresina (PI), 20082011 O estudo constatou um aumento gradativo na quantidade de doadores ao longo dos quatro anos estudados, passando de apenas 9 doações em 2008 para 113 em 2011. O resultado coincide com o resultado de estudos realizados em outros bancos de olhos, como o realizado no Hospital São Paulo em 2007, cujo número de doadores subiu de 740 no período de 1996 a 2000 para 2047 no intervalo de 2001 a 2005(6), bem como também um estudo realizado no Hospital Oftalmológico de Sorocaba, que constatou um aumento gradativo do número de córneas doadas, passando de 260 em 1984 para 2778 em 2004(7). Acredita-se que o motivo seja o maior conhecimento da população quanto à doação de órgãos e sua importância, mediante campanhas e divulgações realizadas na mídia e no âmbito social e hospitalar, como também aponta o estudo realizado no Hospital Oftalmológico de Sorocaba, que constatou o impacto positivo das ações de marketing externo sobre a quantidade de doações em seu banco de olhos (7). Outro fator contributivo seria o Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 356 Santos NC, Bezerra VL, Melo EC aumento na quantidade de mortes por causas externas ao longo dos anos, especialmente nas faixas etárias mais jovens, devido aos índices crescentes de violência nas grandes cidades, na medida em que se observa também um aumento da quantidade de doadores da faixa etária de 19 a 32, na sua maioria levados a óbito por causas externas (acidentes automobilísticos e ferimentos por arma branca ou de fogo). Com relação à distribuição dos doadores por gênero, observou-se predomínio de doadores do gênero masculino (67,5%), assemelhando-se aos resultados encontrados em estudos realizados em hospitais da região Sudeste do país, tais como o Hospital São Paulo (56,8%)(6), o Hospital Oftalmológico de Sorocaba (55,3%)(7) e a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (54,44%)(8). A maior prevalência de doadores do gênero masculino é encontrada na literatura e deve-se presumivelmente ao fato de os homens morrerem mais jovens de doenças cardiovasculares e causas externas (trauma)(6). No entanto, encontramos neste estudo uma proporção significativamente maior de doadores do gênero masculino no BTOC-HGV (67,5%) em relação à média citada na literatura (55%)(7). A razão para este achado é o fato de que a maior parte das córneas desse banco de olhos são provenientes do Hospital de Urgências de Teresina e do Instituto Médico-Legal, onde é grande a proporção de óbitos por causas externas, dos quais os homens são as maiores vítimas. A média de idade dos doadores, de 43,00±16,01 anos, mostrou-se significativamente inferior a encontrada em outros estudos, como a média de 56,8±20,5 encontrada na análise realizada no banco de olhos do Hospital São Paulo(6), e a média de 55,57 ± 19,74 encontrada na SCMSP (Santa Casa de Misericórdia de São Paulo)(8). A menor expectativa de vida no estado do Piauí (69,8 anos, segundo o IBGE, 2010) em relação ao estado de São Paulo (74,8 anos, segundo o IBGE, 2010) pode constituir uma das razões para essa disparidade. No que concerne à distribuição etária dos doadores, os resultados se mostraram semelhantes aos de outros estudos na literatura, na medida em que se observou nítido predomínio da faixa etária mais idosa, com 40,8% dos doadores com idade acima de 50 anos. No entanto, ressaltamos que houve predomínio da faixa etária de 50 a 60 anos (23,8%) sobre a faixa acima de 60 anos (17%), o que difere do perfil de doações em hospitais da região sudeste, como o do Hospital São Paulo (SP), no qual há preponderância de doadores da faixa de 70 a 79 anos (18,9%), seguida pela faixa de 60 a 69 (18,6%)(6). Tal achado aponta novamente para as diferenças na expectativa de vida entre as regiões. Uma quantidade expressiva de doações foi também observada na faixa etária de 19 a 25 anos (16,1%), dado ao fato de que os indivíduos que se situam nesse intervalo são bastante propensos a mortes por causas externas. Com relação à qualidade das córneas doadas, 442 (71,4% do total de córneas) foram consideradas passíveis de aproveitamento, dentre as quais 78,6% foram avaliadas como boas ou excelentes para transplante óptico e 20,9% recomendadas para transplante tectônico. No entanto, vale ressaltar que parte das córneas ópticas (25 ou 7,2% do total de córneas ópticas) foram posteriormente descartadas (após a preservação), a maioria (13 ou 52%) por ser considerada em nova avaliação como tectônica, e outras (8 ou 32%) por sorologia positiva (todas por hepatite B), resultado semelhante ao encontrado em outros estudos (9). Em concordância com outros estudos brasileiros (9,10) , a soropositividade por hepatite B mostrou-se uma importante causa de descarte de córneas neste banco de olhos. A prevalência de vírus HIV foi a menor entre as três infecções virais pesquisadas, Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 fato observado também em outros trabalhos na literatura(10,11). Neste estudo, o tempo entre o óbito e a enucleação foi de 3,77±2,18 horas, concordando com outros trabalhos na literatura que mostram média de 3,8±2,9 horas(2) e 4,1±2,8 horas(12). Já o tempo entre a enucleação e a preservação foi consideravelmente alto (6,86±6,10 horas) em relação a outros trabalhos como a análise de dez anos (1996-2005) de doação de córneas no Banco de Olhos do Hospital São Paulo em que esse tempo foi de 3,6±4,8 horas e o estudo de seis anos (2001-2006) no mesmo banco de olhos que foi de 6,1±5,0 horas. Não foi observada diferença significativa entre o tempo de enucleação entre as córneas ópticas e tectônicas, o que é condizente com alguns estudos(12), apesar de vários estudos evidenciarem o contrário(13). Suspeita-se que a degradação do conteúdo ocular, gerada pela morte do doador, possa alterar o humor aquoso de forma a acelerar a morte das células endoteliais(14). Isso sugere que quanto mais rápido o olho for retirado do cadáver e a córnea do olho, menor a chance de intoxicação endotelial. Porém, até o momento ainda não foi possível determinar a importância prática desse fenômeno(14). Quanto ao tempo de preservação, em córneas ópticas este foi significativamente menor do que em córneas tectônicas, como evidenciado em outros estudos(12,13), mostrando que a agilidade dos processos numa instituição como Banco de Olhos é necessária tendo em vista que a preservação da vitalidade e qualidade dos tecidos é também função do tempo. A porcentagem de córneas classificadas como ópticas foi significativamente menor em doadores mais velhos. Alguns estudos mostram que doadores mais jovens têm o melhor aproveitamento (maior porcentagem de transplantes ópticos realizados)(6,15). Foi observado que a cada 1 ano a mais de idade do doador há uma chance 5% maior da córnea ser classificada como “Regular”, “Ruim” ou “Inaceitável”, independentemente de outros fatores como sexo, tempo de enucleação, tempo de preservação e procedência da córnea(12). Acredita-se que a idade avançada do doador esteja relacionada com uma maior perda de células endoteliais, o que pode comprometer o resultado final dos transplantes. Um estudo sobre os efeitos da idade do doador em transplantes de córnea evidenciou que apesar de as córneas provenientes de doadores mais jovens terem apresentado uma menor perda endotelial no pós-operatório, não foi observada diferença no resultado final dos transplantes realizados nos dois grupos após 5 anos de seguimento(16). A principal causa de óbito foram por causas externas (45,34%), seguida por doenças circulatórias (33,12%), divergindo de outros trabalhos que mostram as doenças cardiovasculares predominando entre as causas de morte dos doadores(6,8,17). Em relação à causa de morte, os doadores que tiveram morte por cauas externas apresentaram melhor qualidade de córnea. Estudos mostram que doadores que tiveram mortes por traumas ou causas externas apresentaram melhor qualidade da córnea doada. Um estudo em córneas mantidas em culturas de células mostrou que córneas provenientes de doadores com morte traumática apresentaram metabolismo intacto enquanto que as provenientes de doadores que morreram de câncer ou insuficiência renal, o metabolismo estava diminuído. Entretanto, outro estudo mostrou que córneas de doadores cuja causa de óbito foi trauma apresentaram maior perda de células endoteliais comparadas as córneas de doadores cuja causa de morte não foi trauma(12). As principais causas de morte em doadores mais jovens foi causas externas e, nos mais velhos, foi doença do aparelho circula- 357 Características das doações de córnea no estado do Piauí tório, havendo correlação entre idade e causa de óbito, semelhante ao resultado de outros estudos(12). Devido a essa associação, é difícil definir se a qualidade da córnea é devido a fatores associados à própria causa de morte ou à idade do doador. Ao se analisarem as causas de indicação para transplante, observou-se predomínio da ceratopatia bolhosa (27,6%), corroborando com estudos norte-americanos(18,19) e com pesquisas realizadas nos estados do Pará e Sergipe com pacientes em lista de espera para transplante(20,21). Apesar da concordância quanto à causa mais frequente de indicação para transplante, a porcentagem encontrada neste estudo (27,6%) situa-se abaixo da variação encontrada nos estudos supracitados, entre 31,5 a 40,9%, com exceção do estudo realizado no estado do Pará, no qual a taxa foi semelhante (28,2%). O aumento da quantidade de cirurgias de catarata realizadas nos últimos anos no estado pode explicar a predominância da ceratopatia bolhosa neste estudo. Alguns estudos colocam a facectomia como importante causa de ceratopatia bolhosa, bem como também a principal indicação de transplante penetrante de córnea(22). A maior parte da literatura brasileira e europeia, no entanto, apresenta o ceratocone como principal causa(23,26), doença esta que ocupou o terceiro lugar nesta pesquisa, com 10,8% dos receptores acometidos por esta patologia. Estudos realizados em Israel e na Alemanha, cujos resultados apontam o ceratocone como a principal indicação à cirurgia, atribuem as características demográficas e genéticas às diferenças entre os países(2). As demais desordens demonstraram perfil similar aos demais trabalhos publicados na literatura, como leucoma, perfuração e distrofia corneana ocupando as posições seguintes. CONCLUSÃO Evidenciamos um aumento no número de córneas doadas ao longo do período do estudo e foi demonstrado a existência de fatores associados à qualidade das córneas captadas pelo BTOC como idade do doador, tempo entre enucleação e preservação e causa de óbito. Assim, esperamos que novos estudos sejam realizados para melhor avaliação dos bancos de olhos e que isto contribua para definição de estratégias para obtenção de mais córneas e de melhor qualidade. A principal indicação para a realização do transplante de córnea foi a ceratopatia bolhosa. REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. Issaho DC, Tenório MB, Moreira H. [The main factors related with cornea non-donation of potential donors in a university hospital of Curitiba]. Arq Bras Oftalmol. 2009;72(4):509-14. Portuguese. Barbosa AP, Almeida Junior GC, Teixeira MF, Barbosa JC. [Evaluation of penetrating keratoplasty indications in inner part of the São Paulo state]. Rev Bras Oftalmol. 2012;71(6):353-7. Portuguese. Neves RC, Boteon JE, Santiago AP. [Indications for penetrating corneal graft at the São Geraldo Hospital of Minas Gerais Federal University]. Rev Bras Oftalmol. 2010;69(2):84-8. Portuguese. Kara-Junior N, Mourad PC, Espíndola RF, AbilRuss HH. [Expectation and knowledge among patients with keratoplasty indication]. Rev Bras Oftalmol. 2011;70(4):230-4. Portuguese. Hilgert CV, Sato ÉH. [Management performance of eye banks and its impact on those organizations results]. Rev Bras Oftalmol. 2012;71(1):28-35. Portuguese. Adán CB, Diniz AR, Perlatto D, Hirai FE, Sato EH. [Ten years of corneal donation to the Hospital São Paulo Eye Bank: characteristics of cornea donors from 1996 to 2005]. Arq Bras Oftalmol. 2008;71(2):176-81. Portuguese. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. Farias RJ, Sousa LB. [Marketing role of corneal graft tissue donation to an eye bank and donors’ socioeconomic profile]. Arq Bras Oftalmol. 2008;71(1):28-33. Portuguese. Sano RY, Sano FT, Dantas MC, Lui AC, Sano ME, Lui Neto A. [Analysis of the transplanted corneas at Santa Casa de São Paulo Eye Bank]. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(3):254-8. Portuguese. Galluzi CG, Pacini KM, Adán CB, Sato EH. [Discarding causes of cornea collected by eye bank of São Paulo hospital in two years]. Rev Bras Oftalmol. 2010;69(1):18-22. Portuguese. Viegas MT, Pessanha LC, Sato EH, Hirai FE, Adán CB. [Discarded corneas due to positive donor’s serologic test in the Hospital São Paulo Eye Bank: a two-year study]. Arq Bras Oftalmol. 2009;72(1):180-4. Portuguese. Armstrong SA, Gangam N, Chipman ML, Rootman DS. The prevalence of positive hepatitis B, hepatitis C, and HIV serology in cornea donors prescreened by medical and social history in Ontario, Canada. Cornea. 1997;16(5):512-6. Hirai FE, Adán CB, Sato EH. [Factors associated with quality of donated corneas in the Hospital São Paulo Eye Bank]. Arq Bras Oftalmol. 2009;72(1):57-61.Portuguese. Probst LE, Halfaker BA, Holland EJ. Quality of corneal donor tissue in the greater-than-75-year age group. Cornea. 1997;16(5):507-11. Marcomini LA, Sobral RM, Seixas GO, Faria e Sousa SJ. [Corneal selection for transplants]. Rev Bras Oftalmol. 2011;70(6):430-6. Portuguese. Farge EJ, Cox WG, Khan MM. An eye banking program for selecting donor corneas for surgical distribution. Cornea. 1995;14(6):578-82. Cornea Donor Study Investigator Group, gal RL, Dontchev M, Beck RW, Mannis MJ, Holland EJ, Kollman C, Dunn SP, Heck EL, Lass JH, Montoya MM, Schultze RL, Stulting RD, Sugar A, Sugar J, Tennant B, Verdier DD. The effect of donor age on corneal transplantation outcome results of the cornea donor study. Ophthalmology.2008;115(4):620-626.e6. Shiratori CN, Hirai FE, Sato EH. [Characteristics of corneal donors in the Cascavel Eye Bank: impact of the anti-HBc test for hepatitis B]. Arq Bras Oftalmol. 2011;74(1):17-20. Portuguese. Cosar CB, Sridhar MS, Cohen EJ, Held EL, Alvim Pde T, Rapuano CJ, et al. Indications for penetrating keratoplasty and associated procedures, 1996-2000. Cornea. 2002;21(2):148-51. Dobbins KR, Price FW Jr, Whitson WE. Trends in the indications for penetrating keratoplasty in the midwestern United States. Cornea. 2000;19(6):813-6. Araújo AA, Melo GB, Silva RL, Araújo Neta VM. [Epidemiological profile of the patients on the waiting list for cornea transplantation in the State of Sergipe, Brazil]. Arq Bras Oftalmol. 2004;67(4):613-6. Portuguese. Almeida Sobrinho EF, Negrão BC, Almeida, HG. [Epidemiological profile of patients waiting for penetrating keratoplasty in state of Pará, Brazil]. Rev Bras Oftalmol. 2011;70(6):384-90. Portuguese. Santhiago MR, Monica LA, Kara-Junior N, Gomes BA, Bertino PM, Mazurek Mg, et al. [Profile of patient with aphakic/pseudopfakic bullous keratopaty attended at public hospital]. Rev Bras Oftalmol. 2009;68(4):201-5. Portuguese. Calix Neto MJ, Giustina ED, Ramos GZ, Peccini RF, Sobrinho M, Souza LB. [Major indications for corneal penetrating keratoplasty at a reference service in São Paulo state (Sorocaba - SP, Brazil)]. Arq Bras Oftalmol. 2006;69(5):661-4. Portuguese. Cattani S, Kwitko S, Kroeff MA, Marinho D, Rymer S, Bocaccio FL. [Indications for corneal graft surgery at the Hospital de Clínicas of Porto Alegre]. Arq Bras Oftalmol. 2002;65(1):95-8. Portuguese. Legeais JM, Parc C, d’Hermies F, Pouliquen Y, Renard G. Nineteen years of penetrating keratoplasty in the Hotel-Dieu Hospital in Paris. Cornea. 2001;20(6):603-6. Zeschau A, Balestrin IG, Stock RA, Bonamigo EL. [Indications of keratoplasty: a retrospective study in a University Hospital. Rev Bras Oftalmol. 2013;72(5):316-20. Portuguese. Autor correspondente Namir Clementino Santos Rua Professor Clemente Fortes, nº 2390 São Cristóvão – Teresina (PI), Brasil E-mail: [email protected] Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 351-7 ARTIGO ORIGINAL 358 Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia Aberrações de alta ordem em crianças com ambliopia e seu papel na ambliopia refratária Arnaldo Dias-Santos1, Rita Rosa1, Joana Ferreira1, João P. Cunha1, Cristina Brito1, Ana Paixão1, Alcina Toscano1 ABSTRACT Objective: Some studies have hypothesized that an unfavourable higher order aberrometric profile could act as an amblyogenic mechanism and may be responsible for some amblyopic cases that are refractory to conventional treatment or cases of “idiopathic” amblyopia. This study compared the aberrometric profile in amblyopic children to that of children with normal visual development and compared the aberrometric profile in corrected amblyopic eyes and refractory amblyopic eyes with that of healthy eyes. Methods: Cross-sectional study with three groups of children – the CA group (22 eyes of 11 children with unilateral corrected amblyopia), the RA group (24 eyes of 13 children with unilateral refractory amblyopia) and the C group (28 eyes of 14 children with normal visual development). Higher order aberrations were evaluated using an OPD-Scan III (NIDEK). Comparisons of the aberrometric profile were made between these groups as well as between the amblyopic and healthy eyes within the CA and RA groups. Results: Higher order aberrations with greater impact in visual quality were not significantly higher in the CA and RA groups when compared with the C group. Moreover, there were no statistically significant differences in the higher order aberrometric profile between the amblyopic and healthy eyes within the CA and RA groups. Conclusions: Contrary to lower order aberrations (e.g., myopia, hyperopia, primary astigmatism), higher order aberrations do not seem to be involved in the etiopathogenesis of amblyopia. Therefore, these are likely not the cause of most cases of refractory amblyopia. Keywords: Amblyopia; Children; Refractory amblyopia; Wavefront aberrometry RESUMO Objetivo: Alguns estudos levantaram a hipótese de que um perfil aberrométrico de alta ordem desfavorável poderia ser um fator ambliogênico, responsável por certos casos de ambliopia “idiopática” ou refratária ao tratamento convencional. Este trabalho tem como objetivos: 1) comparar o perfil aberrométrico de crianças amblíopes com o de crianças com desenvolvimento visual normal; 2) comparar a aberrometria de olhos amblíopes tratados com sucesso/curados e olhos amblíopes refratários ao tratamento convencional com a aberrometria de olhos saudáveis. Métodos: Estudo transversal com três grupos de crianças: grupo CA (22 olhos de 11 crianças com ambliopia unilateral curada), grupo RA (24 olhos de 13 crianças com ambliopia unilateral refratária) e grupo C (28 olhos de 14 crianças com desenvolvimento visual normal). Avaliou-se a aberrometria ocular total utilizando o OPD Scan-III (NIDEK). Comparou-se o perfil aberrométrico dos três grupos de estudo bem como dentro dos grupos CA e RA, o olho amblíope com o saudável. Resultados: As aberrações de alta ordem com maior impacto na qualidade visual não foram significativamente superiores nos grupos CA e RA, comparativamente ao grupo C. Por outro lado, não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre o perfil aberrométrico de alta ordem dos olhos amblíopes e dos olhos sãos dentro dos grupos CA e RA. Conclusão: Contrariamente às aberrações de baixa ordem (miopia, hipermetropia, astigmatismo primário), as de alta ordem não parecem relacionar-se com a etiopatogênese da ambliopia. É também pouco provável que estas sejam a causa da maioria dos casos de ambliopia refratária. Descritores: Ambliopia; Crianças; Ambliopia refratária; Aberrometria wavefront 1 Medical Doctors in Centro Hospitalar de Lisboa Central – Lisboa, Portugal; This study was performed at Centro Hospitalar de Lisboa Central – Lisboa, Portugal; This work was accepted for presentation as a free paper at the European Society of Ophthalmology Congress 2013 in Copenhagen. The authors declare no conflicts of interest. Recebido para publicação em 2/5/2013 - Aceito para publicação em 16/11/2013 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 358-62 Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia INTRODUCTION A mblyopia is defined as a decrease in bestcorrected visual acuity due to some form of visual deprivation or abnormality of binocular interaction in the absence of any identifiable pathology of the eye or visual pathway. According to the classification developed by Von Noorden et al.(1), amblyopia can be categorized into the following three types based on the causative mechanism: strabismic, refractive, and deprivation. Strabismic amblyopia is characterized by misaligned eyes, and the images from the two eyes are not capable of fusion, which leads to suppression of the visual cortex of the non-dominant eye. Refractive amblyopia includes anisometropia, bilateral high ametropia, and meridional astigmatism. Deprivation amblyopia is caused by anomalies that interfere with unilateral or bilateral visual stimuli, such as media opacities, ptosis, or occlusion. Until a few years ago, refractive errors and aberrations were considered independent concepts. However, the modern wavefront theory combines all the optical errors and designates them together as wavefront aberrations. These, in turn, are divided into lower-order aberrations, such as myopic and hyperopic defocus and a primary astigmatism, and higher order aberrations (e.g., vertical and horizontal comas, spherical aberrations, trefoil, and tetrafoil) that cannot be corrected with spectacles or contact lenses(2). The wavefront aberrometer is a relatively new diagnostic tool that allows us to provide a detailed description of the optical characteristics of the human eye based on complex mathematical formulas called Zernike polynomials(3). Recently published studies have addressed the role of using ocular aberrometry to understand the development of amblyopia. However, the results of such studies are inconsistent and contradictory. The present study is designed to compare the aberrometric profile of amblyopic children with that of children with normal visual development and to compare the aberrometry of successfully treated amblyopic eyes and amblyopic eyes refractory to conventional treatment with that of healthy eyes. Thus, we have tested the hypothesis that an unfavourable aberrometric profile can explain the lack of response to treatment in some cases of amblyopia. METHODS The authors conducted a cross-sectional study of three groups of children recruited from the Department of Paediatric Ophthalmology and Strabismus at the Central Lisbon Hospital Centre. The CA group included 22 eyes of 11 children with unilateral corrected amblyopia (i.e., 6 males and 5 females between the ages of 5 and 14 years). The RA group included 24 eyes of 13 children with unilateral refractory amblyopia (i.e., 7 males and 6 females between the ages of 5 and 16 years). The control group, i.e., the C group, included 28 eyes of 14 children with normal visual development (i.e., 10 males and 4 females between the ages of 5 and 15 years). Successfully treated amblyopia (i.e., corrected amblyopia) was defined as a best corrected visual acuity (BCVA) of greater than 8/10 (20/25), and refractory amblyopia was defined as a BCVA of less than or equal to 8/10 for more than one year after standard treatment. All patients being treated for amblyopia were monitored during a minimum of four visits throughout the 359 first year after treatment. Children who failed to meet the therapeutic regimen or missed the follow-up appointments, children with ocular pathology other than refractive errors or strabismus, those who underwent previous surgery on the cornea or lens, and those who used contact lenses were excluded from this study. Informed written parental consent was obtained. All children underwent a complete eye examination, including an assessment of unaided visual acuity and BCVA, subjective and objective refraction following the instillation of cyclopentolate 1%, ocular motility and binocular vision evaluations, and slit-lamp and dilated fundus examinations.Wavefront analysis was performed using an OPD scan-III (NIDEK, Japan), which is based on the principle of automatic retinoscopy. The aberrometric analysis was based on Zernike coefficients for a pupil diameter of 6 mm. In this analysis, we considered the following higher order aberrations with greater impact on visual quality: 3rd order vertical coma, 3rd order horizontal coma, secondary astigmatism, spherical aberration, 5th order trefoil, 5th order vertical coma, and 5th order horizontal coma (4). According to Kirwan et al., higher-order aberrations in children are not significantly affected by accommodation(5), which is contrary to what happens in adults(6,7). For this reason, cycloplegia was not induced when the wavefront analysis was performed. The data was statistically analysed using the Student’s t test. A p value of less than 0.05 was deemed statistically significant. All the results were expressed as mean ± standard deviation. RESULTS The mean age in the CA group was 8.4 years, and the mean age at which the occlusion therapy for amblyopia was initiated was 4.9 years. Regarding the etiology of the condition, 6 (i.e., 55%) had anisometropic (i.e., refractive) amblyopia and 5 (i.e., 45%) had strabismic amblyopia. In the RA group, the mean age was 10.2 years, and the amblyopia treatment was initiated at the mean age of 4.7 years; moreover, 7 (i.e., 54%) had anisometropic amblyopia, and 6 (i.e., 46%) had strabismic amblyopia. The mean age in the C group was 10.4 years. Table 1 and figure 1 present the mean and standard deviation of the sphere, cylinder, spherical equivalent, BCVA, and higher order aberrations for the CA and C groups. The statistical analysis revealed no statistically significant differences between these groups for any of the evaluated parameters except the 5th order vertical coma, which proved to be higher in the C group (p=0.018). Table 2 and figure 2 present the mean and standard deviation of the sphere, cylinder, spherical equivalent, BCVA, and higher order aberrations for the RA and C groups. Statistically significant differences were observed for the sphere (p=0.038), spherical equivalent (p=0.047), and BCVA (p=0.000), all of which were larger in the refractory amblyopic group. No statistically significant differences were observed for the cylinder or for any of the higher order aberrations. Table 3 and figure 3 compare the corrected-amblyopic (i.e., the successfully treated eye) with the healthy eye in the CA group. Statistically significant differences were observed between the two eyes for the cylinder (p=0.023) and the BCVA (p=0.024). Table 4 and figure 4 compare the refractory-amblyopic eye with the healthy eye in the RA group. Statistically significant differences between the two eyes were observed for the sphere (p=0.038), cylinder (p=0.030), and BCVA (p=0.000). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 358-62 360 Dias-Santos A, Rosa R, Ferreira J, Cunha JP, Brito C, Paixão A, ToscanoA Table 1 Table 2 Comparison of the CA and C groups in terms of the BCVA, refractive study (expressed in diopters) and wavefront analysis (Zernike coefficients) Comparison of the RA and C groups in terms of the BCVA, refractive study (expressed in dioptres), and wavefront analysis (Zernike coefficients) Variables CA group p value Variables RA group Sphere Cylinder Spherical equivalent BCVA 3rd order vertical coma 3rd order horizontal coma Secondary astigmatism Spherical aberration 5th order trefoil 5th order vertical coma 5th order horizontal coma 3.38 1.67 3.73 0.98 0.15 0.10 0.05 0.10 0.03 0.02 0.03 0.069 0.192 0.095 0.271 0.305 0.368 0.109 0.282 0.280 0.018* 0.265 Sphere Cylinder Spherical equivalent BCVA 3rd order vertical coma 3rd order horizontal coma Secondary astigmatism Spherical aberration 5th order trefoil 5th order vertical coma 5th order horizontal coma 3.08 1.46 3.53 0.75 0.22 0.13 0.43 0.11 0.63 0.21 0.08 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 2.74 1.11 3.31 0.05 0.16 0.07 0.06 0.09 0.04 0.02 0.02 C group 1.80 1.30 2.13 0.99 0.19 0.11 0.07 0.12 0.04 0.04 0.03 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 3.07 1.23 3.49 0.05 0.22 0.10 0.05 0.11 0.03 0.03 0.04 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 1.89 1.10 2.30 0.28 0.21 0.14 1.78 0.11 2.77 0.84 0.28 C group 1.80 1.30 2.13 0.99 0.19 0.11 0.07 0.12 0.04 0.04 0.03 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 3.07 1.23 3.49 0.05 0.22 0.10 0.05 0.11 0.03 0.03 0.04 p value 0.038* 0.308 0.047* 0.000* 0.300 0.230 0.067 0.396 0.057 0.147 0.178 * Statistically significant difference (p <0.05) * Statistically significant difference (p<0.05) Figure 1: Comparison of the CA and C groups in terms of the BCVA, refractive study (expressed in diopters), and wavefront analysis (Zernike coefficients) Figure 2: Comparison of the RA and C groups in terms of the BCVA, refractive study (expressed in diopters), and wavefront analysis (Zernike coefficients) DISCUSSION total-eye aberrations suggest the lens as the probable source of aberrations. In fact, an abnormal total-eye aberrometric profile can be the first diagnostic clue of subtle lenticonus as the main cause of reduced visual acuity. In this particular case there will be ocular spherical aberration predominance with normal or nearnormal corneal maps. In keratoconic eyes coma-like corneal aberration will predominate(13-15). An asymmetric congenital or early onset aberrometric pattern could reasonably promote the development of early ocular dominance. This phenomenon could be responsible for some cases of “idiopathic” amblyopia or lead to refractory amblyopia if such an aberrometric pattern coexists with other treatable causes of amblyopia. Zhau et al. reported an association between the vertical coma, 5th order aberrations and refractory amblyopia(2). Plech et al. studied the relationship between the corneal wavefront analysis and amblyopia in adults. Although they found a higher prevalence of coma in amblyopic adults, this difference was not statistically significant(16). On the other hand, Kirwan et al. studied the total aberrometric profile in children with strabismic and anisometropic amblyopia and concluded that unlike the lower order aberrations, the higher order aberrations did not differ significantly from normal eyes, thereby casting doubt on their amblyogenic potential(17). Over the last few years, the impact of higher order aberrations on visual development and emmetropization has been the source of much debate. Brunette et al. described significant levels of higher order aberrations in children, but these higher order aberrations tended to decrease with growth, possibly as part of emmetropization(8). Studies have shown that lower order aberrations are responsible for about 90% of the quality of retinal images and that the remaining 10% is a combination of the effects of various higher order aberrations(9). However, higher order aberrations do not interact with each other in a linear algebraic manner(10,11); in fact, the effects of the different aberrations tend to compensate for each other (4,12). According to the work of Kelly et al., corneal optical aberrations are often compensated by internal ocular aberrations; therefore, the measurement of corneal wavefront aberrometry alone may produce inaccurate information about the retinal image quality(12). Performing both corneal and total ocular aberrometry may also help in the diagnosis of subtle corneal or lenticular imperfections that can easily go undetected during the slit lamp exam. Normal corneal topography and elevation maps with high Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 358-62 Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia 361 Table 3 Table 4 BCVA, refractive study (expressed in diopters) and wavefront analysis (Zernike coefficients) to compare the corrected-amblyopic eye with the healthy eye for children in the CA group BCVA, refractive study (expressed in diopters) and wavefront analysis (Zernike coefficients) to compare the refractory-amblyopic eye with the healthy eye for children in the RA group Variables Variables Sphere Cylinder Spherical equivalent BCVA 3rd order vertical coma 3rd order horizontal coma Secondary astigmatism Spherical aberration 5th order trefoil 5th order vertical coma 5th order horizontal coma Corrected- Healthy eye p value amblyopic eye 4.63 2.29 5.10 0.95 0.13 0.07 0.04 0.07 0.03 0.01 0.01 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 2.97 1.12 3.69 0.05 0.11 0.06 0.03 0.08 0.04 0.02 0.01 2.13 1.04 2.36 1.00 0.17 0.13 0.06 0.13 0.03 0.03 0.04 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 2.00 0.73 2.45 0.00 0.20 0.08 0.07 0.10 0.03 0.03 0.03 0.059 0.023* 0.080 0.024* 0.298 0.063 0.140 0.100 0.496 0.122 0.060 Sphere Cylinder Spherical equivalent BCVA 3rd order vertical coma 3rd order horizontal coma Secondary astigmatism Spherical aberration 5th order trefoil 5th order vertical coma 5th order horizontal coma Refractory- Healthy eye p value amblyopic eye 3.73 1.87 4.13 0.53 0.19 0.14 0.07 0.11 0.08 0.05 0.02 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 1.75 1.16 2.37 0.23 0.15 0.14 0.09 0.12 0.15 0.04 0.02 2.42 1.06 2.94 0.98 0.24 0.12 0.79 0.11 1.17 0.37 0.14 ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± ± 1.85 0.90 2.14 0.06 0.27 0.14 2.49 0.10 3.87 1.19 0.40 0.038* 0.030* 0.096 0.000* 0.293 0.351 0.083 0.479 0.087 0.179 0.161 (*) Statistically significant difference (p <0.05) (*) Statistically significant difference (p<0.05) Figure 3: BCVA, refractive study (expressed in diopters), and wavefront analysis (Zernike coefficients) to compare the correctedamblyopic eye with the healthy eye for the children in the CA group Figure 4: BCVA, refractive study (expressed in diopters), and wavefront analysis (Zernike coefficients) to compare the refractory-amblyopic eye with the healthy eye for children in the RA group In this work, the refractive and aberrometric profiles of corrected-amblyopic and healthy children were compared. A statistically significant difference was observed only for the 5th order vertical coma, which was surprisingly higher in the control group (C). A comparison of the refractive and aberrometric profiles of refractory-amblyopic and healthy children revealed statistically significant differences for the sphere, spherical equivalent, and BCVA. The higher order aberrations were globally larger in the refractory-amblyopic group; however, this difference was not statistically significant. Within the CA group, the comparison between the amblyopic and the healthy eyes revealed statistically significant differences only for the cylinder and BCVA. Within the RA group, the comparison between the amblyopic and the healthy eyes revealed statistically significant differences only for the sphere, cylinder and BCVA. The design of this study differs from that of other published studies by allowing not only the assessment of the aberrometric profile of children with successfully treated and refractory amblyopia but also including the comparison of the aberrometric profile of the amblyopic eyes to that of the healthy eyes within these groups of children. Thus, we studied the hypothesis that had already been raised by other authors(2,18); i.e., an unfavourable wavefront aberrometric profile could be a major indicator of treatment failure for either refractive or strabismic amblyopia. However, the results of this work do not corroborate that hypothesis. Moreover, this analysis did not reveal a higher prevalence of higher order aberrations in children with strabismic or anisometropic amblyopia as compared to normal children. Nevertheless, we do not completely reject the hypothesis that higher order aberrations could be a contributing factor for abnormal visual development in some isolated published case reports(19). However, this does not appear to be a major factor in the pathogenesis of amblyopia; therefore, treatment should continue to focus on the correction of strabismus, refractive errors, and the causes of deprivation amblyopia whenever possible in conjunction with occlusion or pharmacologic penalization of the healthy eye. Three major types of factors limit the maximum resolution power of the human eye, i.e., retinal, neural, and optical factors. The latter includes dispersion, diffraction, chromatic, and monochromatic aberrations (i.e., wavefront aberrometers only Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 358-62 362 Dias-Santos A, Rosa R, Ferreira J, Cunha JP, Brito C, Paixão A, ToscanoA measure monochromatic aberrations). Future studies focused on these three major factors may provide further explanations regarding the pathophysiological mechanisms responsible for “idiopathic” and refractory amblyopia. REFERENCES 1. Von Noorden GK, Campos EC. Binocular vision and ocular motility: theory and management of strabismus. St. Louis: CV Mosby; 2002. p.246-86. 2. Zhao PF, Zhou YH, Wang NL, Zhang J. Study of the wavefront aberrations in children with amblyopia. Chin Med J (Engl). 2010;123(11):1431-5. 3. Lu J, Zhou YH, Zheng Y. Influence of wavefront aberration on contrast sensitivity in myopic eyes. Rec Adv Ophthalmol. 2007; 7:682-4. 4. Applegate RA, Sarver EJ, Khemsara V. Are all aberrations equal? J Refract Surg. 2002;18(5):S556-62. 5. Kirwan C, O’Keefe M, Soeldner H. Higher-order aberrations in children. Am J Ophthalmol. 2006;141(1):67-70. 6. Carkeet A, Velaedan S, Tan YK, Lee DY, Tan DT. Higher order ocular aberrations after cycloplegic and non-cycloplegic pupil dilation. J Refract Surg. 2003;19(3):316-22. 7. He JC, Burns SA, Marcos S. Monochromatic aberrations in the accommodated human eye. Vision Res. 2000;40(1):41-8. 8. Brunette I, Bueno JM, Parent M, Hamam H, Simonet P. Monochromatic aberrations as a function of age, from childhood to advanced age. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2003;44(12):5438-46. 9. Liang J, Grimm B, Goelz S, Bille JF. Objective measurement of wave aberrations of the human eye with the use of a HartmannShack wave-front sensor. J Opt Soc Am A Opt Image Sci Vis. 1994;11(7):1949-57. 10. Alió JL, Piñero DP, Plaza Puche AB. Corneal wavefront-guided enhancement for high levels of corneal coma aberration after laser in situ keratomileusis. J Cataract Refract Surg. 2008;34(2):222-31. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 358-62 11. Applegate RA, Marsack JD, Ramos R, Sarver EJ. Interaction between aberrations to improve or reduce visual performance. J Cataract Refract Surg. 2003;29(8):1487-95. 12. Kelly JE, Mihashi T, Howland HC. Compensation of corneal horizontal/vertical astigmatism, lateral coma, and spherical aberration by internal optics of the eye. J Vis. 2004;4(4):262-71. 13. Ninomiya S, Maeda N, Kuroda T, Saito T, Fujikado T, Tano Y, et al. Evaluation of lenticular irregular astigmatism using wavefront analysis in patients with lenticonus. Arch Ophthalmol. 2002;120(10):1388-93. 14. Chong EM, Wang L, Basti S, Koch DD. Anterior lenticonus detected by wavefront aberrometry. Am J Ophthalmol. 2005;140(5):921-4. 15. Xu Y, Hersh PS, Chu DS. Wavefront analysis and Scheimpflug imagery in diagnosis of anterior lenticonus. J Cataract Refract Surg. 2010;36(5):850-3. 16. Plech AR, Pinero DP, Laria C, Aleson A, Alio JL. Corneal higher-order aberrations in amblyopia. Eur J Ophthalmol. 2010;20(1):12-20. 17. Kirwan C, O’Keefe M. Higher order aberrations in children with amblyopia. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2008;45(2):92-6. 18. Agarwal A, Prakash G, Jacob S, Ashokkumar D, Agarwal A. Can uncompensated higher order aberration profile, or aberropia be responsible for subnormal best corrected vision and pseudo-amblyopia. Med Hypotheses. 2009;72(5):574-7. 19. Prakash G, Sharma N, Chowdhary V, Titiyal JS. Association between amblyopia and higher-order aberrations. J Cataract Refract Surg. 2007;33(5):901-4. Corresponding author Arnaldo Dias-Santos Rua Luis de Camões, nº 12, ex-lote 11 Quinta Nova de São Roque 2670-513 Loures – Portugal Telephone: 00351919273677 E-mail: [email protected] ARTIGO ORIGINAL363 State of the art in chromovitrectomy Estado da arte da cromovitrectomia Rafael Ramos Caiado1, Milton Nunes de Moraes-Filho1, André Maia1 , Eduardo Büchelle Rodrigues1, Michel Eid Farah1, Maurício Maia1 ABSTRACT Vitrectomy is a surgery that involves complex and delicate techniques that treat diseases such as macular hole, epiretinal membrane and diabetic macular edema. Chromovitrectomy is one of these techniques and includes the use of coloring agents such as vital dyes or crystals to enhanced visibility of transparent structures during vitrectomy. The aim of this study was to present a modern approach, based on scientific evidence, about the application and indication of vital coloring agents during vitrectomy. The use of such agents has made this surgery more predictable and has increased its post-operative prognosis. Although research on chromovitrectomy is currently expanding there is still not an established gold standard dyeing agent. Keywords: Vitrectomy; Vitreous body; Macular hole; Retina; Dyeing agents; Epiretinal membrane RESUMO A cirurgia vitreorretiniana é uma cirurgia que envolve técnicas complexas e delicadas que tratam doenças como buraco macular, membrana epirretiniana e o edema macular diabético. A cromovitrectomia é uma dessas técnicas que incluem o uso de corantes compostos de pigmentos vitais ou cristais para melhorar a visibilização de estruturas transparentes durante a cirurgia de vitrectomia. O objetivo desse artigo foi apresentar uma abordagem atual, baseada em evidências, sobre a aplicação e indicação de corantes vitais durante a cirurgia vitreorretiniana. O emprego desses corantes possibilitou uma maior previsibilidade para a cirurgia, melhorando assim seu prognóstico pós-operatório. Apesar do campo da cromovitrectomia está em plena expansão de pesquisas, um corante gold standard para cromovitrectomia ainda não está estabelecido. Descritores: Vitrectomia; Corpo vítreo; Buracos maculares; Retina; Agentes corantes; Membrana epirretiniana Universidade Federal de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil; 1 Interesse de propriedade: Dr. Eduardo B. Rodrigues têm a patente do VINCE em conjunto com a Dutch Ophthalmics, Holanda Trabalho realizado pelo Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo São Paulo (SP), Brasil The authors declare no conflicts of interest Recebido para publicação em 7/11/2013 - Aceito para publicação em 14/9/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 364 Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M INTRODUCTION “C hromovitrectomy” is the intraocular application of dyes to assist visualization of pre-retinal tissues during vitreoretinal surgery. It has been introduced with the goal of avoiding ocular complications related to internal limiting membrane (ILM) peeling, poor removal of the vitreous, and incomplete removal of the epiretinal membrane (ERM). Thereby leading to improvement in the postoperative visual acuity. Since 2000, chromovitrectomy has become a popular approach among vitreoretinal specialists(1-3). The first vital dye used in chromovitrectomy, indocyanine green (ICG), facilitated the identification of the fine and transparent ILM. Following ICG, trypan blue (TB) has been introduced as an appropriate agent to identify the several (ERM), and triamcinolone acetonide (TA) has been found to stain the vitreous well. Recently, additional vital dyes such as infracyanine green (IfCG) and patent blue (PB) have been proposed for intraocular application during vitrectomy (4). In this article the current knowledge involving the use of dyes in chromovitrectomy will be discussed. In order to minimize the risk of toxic effects of dyes in chromovitrectomy surgical recommendations are presented. 1. Use of vital dyes for internal limiting membrane Internal limiting membrane (ILM) peeling to treat idiopathic macular holes (MH) was first described by Eckardt et al., in 1997. A large meta-analysis of published nonrandomized studies involving 1,654 eyes suggested that ILM-maculorhexis increases anatomic and functional success rates of IMH surgery (figure 1)(5). However, surgical removal of ILM may lead to retinal damage because the ILM is an intraocular structure with 10 micrometers of thickness (figure 2). The two main complications of ILM removal are visual field defects and retinal pigment epithelium (RPE) damage. Visual field defects after ILM removal mainly located temporal to the macula could be related to mechanical trauma to optic disc, to the fluid-air exchange or to direct trauma to the retina (figure 1A). Macular retinal pigmentary epithelial hyperpigmentation or hypofluorescence on angiography could be induced by surgical trauma or photo toxicity(4). In order to try to minimize complications related to surgical trauma and to better visualization of MLI most common dyes are presented. 1.1. Indocyanine green The application of intravitreal ICG was first reported in cadaveric eyes to improve the visualization of the ILM. Since then, many articles have been released regarding the use of ICG as a surgical adjuvant of the identification and removal of the ILM in macular surgery (figures 3 and 7A). ICG adheres well to the extracellular matrix components of the ILM, such as collagen type 4, laminin and fibronectin(6). In a porcine model, ICG with light exposure produces a significant increase in biomechanical stiffness, thereby facilitating ILM peeling(7). Many authors have reported easier and less traumatic ICG-guided peeling with good clinical results. Macular hole (MH) closure rate may be achieved in 74 to 100% of patients using ICG-guided ILM peeling(4, 8). However, the potential for toxic effects of ICG on the re- Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 Figure 1: Histological evaluation of internal limiting membrane (ILM) from human eyes; A – Light microscopy showing the ILM (intense staining at the folds). Note that this membrane is slightly stained along the entire portion that it is not folded (arrows at the edges of the ILM); the dots - background - are the millipore filter. (Hematoxilineosin. Original magnification x 40); B – Electron Microscopy of a folded ILM (both “ILM vitreous surfaces” are almost touching); note the mild amount of cellular debris along the retinal surface - arrows. (13.000 x) Figure 2: Electron microscopy of the ILM after peeling procedure with no use of dyes. Despites the gentle maneuver during the surgery, a portion of the nerve fiber layer/ganglion cells (inferior left) was peeled within the ILM; this results in visual fields defects by clinical evaluation Figure 3: Peeling is facilitated because ICG produce an ILM stiffness and a very good contrast to the retina State of the art in chromovitrectomy 365 Figure 4: RPE changes after ILM peeling in macular hole surgery guided by 5mg/mL of indocyanine green; A - Fundus photography showing that macular hole is sealed. However, pigmentary changes are observed (arrow) and abnormal clinical aspect the previous macular hole (arrowhead); B - Early phase of fluorescein angiogram showing hypofluorescent image inferior to the previous macular hole (arrow) and hyperfluorescent image at the topography of the previous macular hole position (arrowhead) due to probable window defects related to RPE atrophic changes Figure 5: Intraoperative view of chronic macular hole submitted to ILM peeling guided by brilliant blue 0.5mg/ml of brilliant blue staining – OphthblueTM (Ophthalmos, Brazil); A – Initial step of ILM peeling grasped by intraocula forceps;B – Intermediate phase of maculorrhexis showing the blue ILM in contrast to the subjacent unstained retina C – Final aspect of ILM peeling. Note the presence of the white triamcinolone acetonide (into the macular hole) previously used for posterior hyaloid detachment; D – Fluid-air exchange. Note the air bubble inferiorly tina has been suggested(9-11). ICG may persist after macular hole surgery for up to 36 months(4). In addition, ICG could also migrate to subretinal space through the MH, causing retinal damage(1214) . Complications of ICG-assisted chromovitrectomy include RPE changes, visual field defects, and optic nerve atrophy(4, 15). Few controlled studies have been performed to compare ILM removal with and without ICG staining in MH surgery. Some authors found significantly worse visual outcomes when ICG was used(16-18). The better outcomes in recent papers may be explained by a more careful ICG-injection technique(4, 19). In comparing studies of ICG-assisted MH surgery criteria such as dye incubation time, concentration and osmolarity should be noted. Incubation time, the time that the dye remains in the vitreous cavity before aspiration, may vary from immediate removal to five minutes. RPE changes have been found mainly in studies reporting incubation time over 30 seconds. RPE toxicity is more common when the ICG solution has an osmolarity below 270mOsm and concentration above 0.5%(4). The first use of ICG in MH surgery was with a dye concentration of 0.5%. A lower concentration was thought to be safer after RPE changes and visual field defects appeared. Low ICG concentration (0.125%) found no signs of retinal toxicity, with good anatomical and visual results (20) . In contrast, Engelbrecht et al. using the same ICG concentration observed RPE changes in 54.5%(21). The difference could be related to the solution osmolarity, which was 299 mOsm in the former and 250mOsm in the latter. Our research team observed 27.5% of RPE abnormalities after 5mg/mL of ICG used with osmolarity of 270mOsm (figure 4). This high rate of RPE abnormalities may be related to the ICG concentration, technique of application, ICG exposure to light or a combination of factors(9). Recently studies have utilized ICG in a concentration of 0.05% and osmolarity around 290mOsm with few or no signs of RPE toxicity (4). A meta-analysis of ICG application for ILM-peeling in 837 eyes showed similar anatomic, but worse functional, outcomes when ICG has been used in chromovitrectomy(22). Most of the studies in this meta-analysis used ICG in high concentrations and volumes. The hypotheses of RPE toxicity to retina is based on 2 different mechanisms: 1) The iodine/singlet oxygen released by the ICG molecule especially if irradiated by light and its metabolic derivates damage the RPE (9-11); 2) The ICG may affect the cleavage plan from the ILM/neurosensory retina resulting in damage to the retina due to removal of Muller and glia cells during the peeling procedure(23). ICG has been also used to facilitate ILM peeling in other diseases. Its use in diabetic macular edema (DME) revealed no sign of retinal toxicity, but visual outcome was similar to vitrectomy without ICG(24). ICG compared to triamcinolone acetonide (TA) in patients with diffuse DME showed no differences(25). Radetzky et al. evaluated ILM peeling with ICG for persistent macular edema due to central retinal vein occlusion, DME, Irvine-Gass syndrome and vitreomacular traction syndrome. Significant improvement in visual acuity was observed only in patients with DME(26). Large-scale randomized trials should evaluate the benefit and safety of ICG-guided ILM peeling in other diseases(4). 1.2. Infracyanine green Infracyanine green (IfCG) is the modified version of ICG that does not contain 5% sodium iodide used for the lyophilized form necessary for dye-solubility. It stains ILM homogenously, but not epiretinal membranes, a cellular tissue. Similar to ICG, this iodine-free dye also binds with high affinity to the ILM and Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 366 Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M Figure 6: Intraoperative view of macular hole surgery submitted to ILM peeling guided by brilliant blue 0.5% staining – OphthblueTM (Ophthalmos, Brazil) using the different light sources: A – Vitreous base removal after phacoemulsification, IOL implantation and posterior hyaloid detachment. The periphery of the retina is observed by the surgeon’s indentation of the sclera using the xenon light source – Photon II (Synergetics, USA) in a 4th sclerotomy; B – A more advanced stage of vitreous base removal. The high definition of the image allows visualization of possible retinal tears; C – The ILM peeling guided by brilliant blue staining and the use of ambar filter from the Stellaris PCTM light source (Bausch & Lomb, USA); note the easy observation of ILM around the macular hole; D – Fluid air exchange using the ambar filter from the Stellaris PCTM light source (Bausch & Lomb, USA). No dispersion of light is observed due to the light pipe Figure 7: Summary of the ILM peeling techniques during the chromovitrectomy: A - ILM peeling guided by ICG staining 0.5mg/ mL in macular hole. A fast surgical procedure is advised and the light pipe must be held far from the macula to mimize the possibility of toxic effects; B - ILM peeling guided by brilliant blue 0.5mg/mL in macular hole surgery; C - Brilliant blue 0.5mg/mL injection using the soft tip during the infusion off. Care to avoid intense flush of the dye is necessary; ILM peeling guided by the double staining technique after ERM removal. Staining was performed by 0.2mL of triamcinolone acetonide 40mg/mL along with 0.2mL of 0.5mg/mL of brilliant blue facilitates its visualization. The dilution of IfCG in glucose 5% generates an iso-osmotic solution (294 – 314mmoL/kg), thereby reducing the risks of hypo-osmotic-induced toxicity previously reported with ICG. Indeed, osmolarity changes at the vitreoretinal interface or subretinal space induced by various types of solutions have been shown to be toxic to retinal cells and tissue(4). Several clinical investigations have shown little or no retinal toxicity with IfCG application. IfCG-assisted ILM peeling demonstrated closure rates over 90% of MH and an improvement in visual acuity(27, 28). In surgical ILM removal for DME, IfCG appeared to be safe and to promote good clinical results(29). Nevertheless, controlled clinical studies showed that IfCG-guided peeling did not significantly improve the results of MH surgery(8, 30). Immunohistochemical analysis of the ILM peeled with IfCG showed the presence of remnants of footplates from Muller, glial cells and neural or ganglion cells(31). This could explain why in cadaver eyes, IfCG as well as ICG followed by illumination may alterate the cleavage plane at inner retinal layers of the ILM(32). Therefore, although IfCG and ICG may facilitate ILM removal, they may produce undesired retinal alterations in the neurosensorial retina, RPE and lead to visual field defects(32, 33). In summary, a safer IfCG profile may make it a better alternative than ICG for chromovitrectomy in humans, since IfCG in the concentration of 0.5 mg/ml allows ILM identification with fewer toxic effects. Blue, is a synthetic dye that has been certified as safe food additive in Europe and may be used as protein gel electrophoresis marker in cardiovascular and neurologic diseases (8) . In chromovitrectomy the safety profile of BBG was investigated in pre-clinical experiments with no significant retinal alterations at low dosage of 0,5mg/mL at ILM peeling in primates(34). In humans, BBG produced appropriate ILM staining in an iso-osmolar solution of 0.25mg/mL when used for idiopathic ERM and MH treatment. 85% of eyes improved at least two Snellen lines, with no signs of toxicity(35). Similar outcomes were reported even using multifocal electroretinogram to evaluate retinal toxicity(36). Since this dye has good affinity for the ILM, BBG double staining may help simultaneous ERM and ILM peeling with no apparent effect on visual acuity. Moreover this technique appears to reduce subsequent ERM recurrence(37). BBG is emerging as a good alternative for ICG and IfCG in chromovitrectomy because of its remarkable affinity for ILM (figures 5 and 7B). The basic studies about the toxicity profile of brilliant blue over the EPR lower than indocyanine green and such technique using this blue dye is the most worldwide performed(36). Additionally, the combination of the new light filters, especially the ambar filter from the Stellaris PC TM (Bausch&Lomb, USA), in combination with brilliant blue results in a high contrast and very good observation of ILM performed by a group of independent vitreoretinal surgeons worldwide with more than 300 surgeries performed, demonstrating that ambar light and brilliant blue facilitates the ILM identification and 1.3. Brilliant blue Brilliant Blue G (BBG), also known as Coomassie or Acid Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 State of the art in chromovitrectomy 367 Table 1 Comparison of substances currently used in chromovitrectomy Substance Dilution/ Osmolarity Triamcinolone No dilution acetonide40 mg/mL 4% Trypan blue 1.2mg/mL 0.12% No dilution or mix with glucose 1.2 mg/mL (0.12%)/310 mOsm Patent blue 2.5 mg/mL 0.25% No dilution or mix with glucose 2.5mg/mL (0.25%)/290 mOsm Brilliant blue 0.25 mg/ml 0.025% No dilution/280 mOsm Indocyanine green 5mg, Less than 0.5mg/mL 0.5%;25mg, 2.5%; (0.05%) Dissolve in 50mg, 5.0% small amount of distilled water. Dilution:use large amount of BSS Infracyanine green Less than 0.5mg/mL 5mg, 0.5%,25mg, 2.5% (0.05%)Dissolve in glucose 5%/290 mOsm Affinity for Avoiding RPE/ intraocular Retina toxicity structures Vitreous ERM ERM ILM Use a preservative-free solution Use with no dilution or mix 0.3mL with 0.1mL glucose 5% for better ERM identification Use with no dilution or mix 0.3mL with 0.1mL glucose 5% for better ERM identification Use with dilution High cost Chemical properties + Triamcinolone is a synthetic nonsolublesteroid (C24H31FO6;434 daltons) Trypan blue is an anionic hydrophilicazo dye (C34H24N6Na4O14S4; 960 daltons) + ++ Patent blue is a triarylmethane dye (C27H31N2NaO6S2; 582 daltons) +++ Brilliant blue is a blue anionicaminotriarylmethane compound (C47H48N3S2O7Na; 854 daltons) Indocyanine green is a tricarbocyaninedye (C43H47N2NaO6S2; 775daltons) and contains 3 to 5%iodine ILM Add 1 ml distilled water to 1 vial 5mg Take 0.1mL of the solution and mixwith 0.9 ml BSS ++++ ILM Add 1 or 2mL glucose 5% to 1 vial of5mg +++++ Infracyanine green has the same chemical formula as ICG butcontains no sodium iodine removal (Chow, D. Vail Vitrectomy Meeting 2013)(figure 6). Although brilliant blue staining of the ILM has been considered the best alternative for ILM peeling, uneventful subretinal migration of such dye during macular hole surgery may also cause RPE defects a the site of the brilliant blue migration probably related to the effect of singlet oxygen following light exposure; for this reason, the research of additional dyes with antioxidant properties for ILM peeling in macular hole surgery is an interesting field of research.(38) controlled study indicates that TA has the same closure rate with significantly better visual results with no side effects(42). Crystals of TA have been detected up until forty days post surgery with chromovitrectomy for MH surgery. Some authors suggest that this persistent TA could slow the healing process necessary for MH closure (4). A recent study compared ILM peeling with and without the use of TA. During a mean follow-up of 7.3 months, no recurrence of the MH was observed(40). Despite of this concern, preservative-free TA appears to be a preferred agent in chromovitrectomy(43). 1.4. Triamcinolone acetonide Kimura et al. first used TA for ILM peeling, observing that the white specks and crystals deposit over the ILM, thereby facilitating its identification and removal. They obtained good clinical results and observed no adverse effects after three months. Subsequent pathology disclosed the presence of ILM in specimens after TA-assisted peeling, thereby showing that is possible to remove ILM and not just vitreous.(2, 8) Since then other studies have confirmed that TA-assisted ILM removal gives good results (figure 7D)(39-41). Compared to ICG-guided ILM removal, a non- 1.5. Trypan blue Soon after its introduction in cataract surgery, TB was proposed as a stain for chromovitrectomy(4). However, TB does not enhance ILM- visualization as well as ICG; additionally, TB is recommended mainly for ERM-staining(8). In addition, ILM visualization with TB is much more difficult than with ICGguided(2, 44). If TB is used for ILM staining, the dye should be kept in contact with the ILM for a longer period of time than ICG. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 368 Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M Two comparative studies showed same rate of closure stage II to IV idiopathic MH using ICG or TB. However, vision was significantly better only in the TB-group(44, 45). Although many clinical studies reveal that TB exerted little or no toxic effect to the retina, TB-staining may produce retinal damage, especially at higher concentrations(4, 46, 47). In the future, clinical investigations should clarify the role of TB in combination with other vital dyes in chromovitrectomy, the so-called double staining, and elucidate the safe dose of intravitreal TB for chromovitrectomy(48). Summary of ILM peeling techniques The ILM technique is a difficult surgical maneuver and very useful for the management o many diseases during vitreoretinal diseases. The surgical techniques that facilitate this procedure are very useful for vitreoretinal surgery. Nowadays the ILM peeling must be performed using the following techniques (figure 7 and table 1): A-Indocyanine green or infracyanine green (this has a lower toxicity profile due to the lack of iodine at the molecular composition); B-Brilliant blue – current used and the “gold standard” dye for this purpose; C-Brilliant blue G (that requires no flush during injection due to high density) and D-The double staining technique (which involves the use of triamcinolone crystals and brilliant blue). 2. Vital dyes for epiretinal membranes 2.1. Trypan blue Epiretinal membrane is related to glial proliferation over the microtears at the internal limiting membrane resulting in collagen, astrocytes and glial cells proliferation and decrease in visual acuity Trypan blue is commonly used in microscopy for cellular counting for staining of the reticuloendothelial system and the Figure 8: A combination of 0.3mL of TB 1.5mL/mL and 0.1mL f glucose 5% solution injected in a fluid-filled technique; this dye solution is denser than water that might avoid contact at the posterior capsule of the lens and is helpful to maintain selective staining of posterior pole Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 kidney tubules. In the late 1990s, TB was shown to have a great affinity to the anterior capsule of the lens, which facilitated capsulorrhexis in cataract surgery. Soon thereafter, TB was tried as a stain for pre-retinal tissues such as the ILM and ERM in chromovitrectomy. The vital stain may traverse cell membranes only in dead cells thereby coloring dead tissues/cells blue; live cells/tissues with intact cell membranes are not stained since their selective control of cellular membrane transport does not allow TB-binding. Thereby, TB exhibits a strong affinity for ERM because of the many dead glial cells within those membranes (figure 8) (8) . Various investigators, including our group, agree that TB is indicated for recognition of ERMs in vitrectomy, as the blue dye enables complete identification of the entire ERM surface (8) . TB staining of the ERM may minimize mechanical trauma to the retina during ERM-removal and allows recognition of the extent of the ERM (figure 9C). Postoperatively median visual acuity difference after macular pucker surgery with and without the use of 0.15% TB was not statistically significant for a follow-up of four to six months in twenty patients. However, four of 10 patients without and seven of 10 patients with TB-staining experienced an improvement of visual acuity of 2 lines or more (46). One comparative study with TB and ICG for ERM removal also gave results favoring the application of TB(49). No RPE defects or signs of retinal toxicity have been reported in most studies. However, in one case report of inadvertent subretinal migration of TB away from the fovea, RPE changes were noted at the migration site, but did not compromised visual acuity (50). Histopathological analysis of excised ERM showed no retinal cells on the retinal side of the ERM and no signs of apoptosis(51). Multifocal ERG found no retinal toxicity(52). Finally, electron microscopy of the TB-stained ERM showed fragments of ILM in all specimens(49). Interestingly, Smiddy and coworkers showed that without the use of any dye, epiretinal membrane fragments contain ILM fragments in 76% of cases(4). The clinical relevance of those ultra structural findings remains to be determined; however, future controlled studies should clarify if TB has any toxicity. To enhance dye penetration onto retinal surface in an airfluid-exchange, TB may be mixed with glucose, thereby creating a dye solution denser than water (figure 8, table 1). Lesnik Oberstein et al. used TB and 10% glucose isovolumetrically in osmolarity of 320mOsm/L to evaluate ERM staining without fluidair exchange(53). Just 25% of eyes needed a reapplication of the solution to achieve ERM staining. In addition all patients exhibited improved visual acuity with no signs of retinal toxicity. However, higher glucose concentrations should be avoided. Injection of 0.05mL of a 1000mOsm solution in animals caused rapid whitening of the posterior retina, followed by the development of a large detachment and permanent retinal degeneration. An ERG showed immediate loss of the c-wave and a slower decline of the a- and b-waves(54, 55). Osmolarity should be considered in planning any vitreous injection of dyes and drugs. In summary the trypan blue may be mixed to glucose in order to have a denser solution that goes directly to the posterior pole; however it may be mixed with glucose 5-10% only (25% of the dye and 75% of the glucose) in order to avoid and hyperosmotic solution that may damage the retina (Table 1)(19). State of the art in chromovitrectomy 369 and 0.02% promoted less retinal toxicity as assessed by histology and ganglion cell counts in comparison to three other vital dyes (light-green, Chicago blue, and E68). Moreover BroB at concentrations of 1 and 2% promoted enhanced ILM coloring and identification(4). Its first use in humans using 0.2% concentration showed good staining properties in ERM and vitreous remnants with a good safety profile in a short follow up(59). BroB also helped to visualize posterior hyaloid membrane in MH surgery and to remove vitreous base during retinal detachment surgery(60). Figure 9: Summary of the ERM peeling techniques during the chromovitrectomy: A – ERM peeling using no dyes; B – ERM peeling using 0.2mL of triancinolone ecetonide (TA) 40mg/mL; C – ERM peeling using trypan blue (TB) 1.5mg/mL; D – ERM peeling using TA and TB, by the double-staining technique. Staining was performed with 0.2mL of TA 40mg/ml and 0.2mL of TB 1.5mg/m 2.2. Patent blue, bromophenol blue and indocyanine green These dyes are not current used during chromovitrectomy for ERM identification. However, they are reported in the literature as possible alternatives for this surgical technique. 2.2.3. Indocyanine green ICG has been proposed to allow better visualization of ERMs in vitrectomy for proliferative diabetic vitreoretinopathy (PDVR), idiopathic ERMs, and proliferative vitreoretinopathy (PVR)(2, 61). However, the green dye may stain the acellular ILM best, and ERM-staining by other vital stains may be better(8). Foster et al. described a case of recurrent macular hole surgery where ICG stained ILM except in an inferior area with an ERM(62). The same phenomena were observed in ERM surgery for PVR, where ICG stains ILM but not the ERM facilitating the identification and removal by negative staining(63). ERM peeling with and without ICG showed no difference in visual acuity or retinal toxicity. More recently, the effect of ILM peeling with and without ICG staining for idiopathic ERM removal demonstrated no difference in preoperative or postoperative visual acuity, reduction of macular edema, or incidence of recurrent ERM(4). 2.2.1. Patent blue PB is a fluorescent marker that enables lymph nodes removal and in-vitro fungi specimens identification. The dye has been has been certified for capsule staining during cataract surgery at concentration of 0.24%(4). Animal studies and preliminary clinical data demonstrate moderated affinity of patent blue (PB) to ERM and vitreous, but poor affinity to the ILM(2, 8). Nevertheless, our recent clinical data revealed that PB is as appropriate a vital dye for coloring ERM as TB(56). There is conflicting data regarding the retinal toxicity of PB. In one study PB induced only mild and reversible retinal toxicity(57), whereas RPE-cells exposed in vitro to PB showed no toxicity(56). Our rabbit subretinal toxicity model demonstrated that subretinal injection of PB resulted only in mild ultrastructural retinal damage during follow-up; the histological damage induced by TB was more severe than by PB. Most studies to date indicate a safer profile for PB compared to TB, particularly in neuroretinal cells. However, the safe dosage range for intravitreal PB injection remains unclear yet. Summary of ERM peeling techniques The ERM peeling technique is not so difficult surgical maneuver such as the ILM peeling and sometimes the surgical procedure maybe performed with no dyes (figure 9A). However, the correct size of ERM is better evaluated after the staining procedures either by deposition of the triamcinolone crystals (figure 9B) or by trypan blue staining - considered the gold standard dye for this purpose (figure 9C). Additionally, the double staining technique with trypan blue and triamcinolone is also very useful for ERM peeling (figure 9D). The surgical techniques that facilitate these procedures are very useful for vitreoretinal surgery. Nowadays, there is a trend to peel the ERM following by ILM staining with brilliant blue in order to avoid recurrence of epiretinal tissue in either the macular holes or ERMs (Figure 10) (64) . The ERM peeling must be performed using the following techniques (figure 9): A-No dyes; B-Triamcinolone acetonide deposition; C-Trypan blue staining and D-The double staining technique (which involves the use of triamcinolone crystals deposition and also trypan blue staining)(19). 2.2.2. Bromophenol blue BroB has been used as acid-base indicator and as marker of gel electrophoresis procedures. In comparison to six biological stains (light green yellowish, E68, Chicago blue, rhodamine, rhodulinblau-basic) BroB has stained the ERM and ILM better with no RPE-cell in vitro toxicity or primary proliferation at concentrations of 0.2 and 0.02%(58). In vivo studies in rodent and porcine eyes demonstrated that BroB at concentrations of 0.5 3. Subretinal vital dye for facilitation of retinal breaks visualization Exact localization of retinal breaks is a critical step in the surgical treatment of rhegmatogenous retinal detachment (RD)(65). Despite clear visualization of the fundus, in 2.2 to 4% of phakic RDs, the retinal breaks may not be found. In aphakic and pseudophakic RDs, the incidence of nonvisualized breaks may be even higher ranging from 7 to 16% and 5 to 22.5%, respectively (66). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 370 Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M of retinal metabolism and absorption in animals, which provided further evidence for the role of staining agents in the recognition of retinal breaks. Recently, Jackson et al. applied subretinal 0.15% TB with a 41-gauge cannula to identify retinal breaks in patients with RD and no identifiable tears during surgery. Retinal breaks were identified in 4 of the 5 patients, and no retinal toxicity was seen in this study. However, the small number of patients does not allow assessment of the risks and potential toxicity (4,65). Despites this is an elegant surgical technique, this is not currently used in chromovitrectomy due to the risks of RPE damage as well as the high quality of the intraoperative vision minimizing the necessity of this surgical technique. Figure 10: Intraoperative view of chronic macular hole and ERM. After ERM peeling, the ILM is stained for facilitate the peeling procedure: A - Epiretinal peeling using intraocular forceps. Note that triamcinolone previously used for posterior hyaloid detachment is observed into the macular hole; B – Intravitreal injection of brilliant blue (BB) 0.5mg/mL; C- ILM –peeling guided by BB staining; DFluid air exchange following by laser at the iatrogenic tear Figure 11: Triancinolone acetonide - guided posterior hyaloid dissection; note that TA crystals deposits to the acellular vitreous gel, providing a clear visualization of the posterior vitreous cortex 3.1. Clinical application of vital dyes for subretinal breaks identification The first use of subretinal application of dyes to stain retinal breaks was made in 1947 by Black. He used methylene blue through a transcleral needle. This vital dye application was considered unsuccessful by Hruby and Gass because of its absorption in the retinal pigment epithelium. Later, Kutschera showed that systemic infusion of PB enabled both understanding Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 4. Vital dyes for vitreous The vitreous plays a very active and important role in several vitreoretinal diseases, including macular holes, macular edema, diabetic retinopathy and retinal detachment. In vitreoretinal surgery for therapy of those diseases, complete removal of the vitreous gel may enhance surgical outcomes(67). 4.1. Triancinolone acetonide TA deposition onto the vitreous surface was initially reported by Peyman et al in 2000. The crystals of the crystalline steroid adhere to the acellular tissue, thereby enabling a clear contrast between the empty vitreous cavity and the areas where the vitreous fibers are still present. Nowadays, TA is the most used substance for vitreous identification and the currently technique application consists of a simple injection of the agent into the vitreous cavity (figure 11). Following the initial report, a number of studies confirmed the efficacy of TA for staining the transparent vitreous, whereas anatomic or functional signs of complications have rarely been observed (4, 8, 68) . In addition to its effect on the vitreous visualization, a TA injection during vitrectomy may prevent fibrin reaction and post-operative PVR; however, there is no conclusive data about this possible effect. The use of intraoperative TA during vitreoretinal surgery showed decreased risk of post-operative RD, but increased need for postoperative hypotensive eyedrops(4, 8). The safety of TA to the retina has been demonstrated by several in-vitro and in-vivo studies(8); intravitreal injection of TA in high concentration (up to 30mg) yielded no relevant retina toxicity, while our investigation disclosed no damage to the retinal tissue after subretinal preservative-free TA-injection in rabbits(69). It has been recently proposed that the preservative benzyl alcohol present in TA-vehicle induce most retinal damage and nowadays the crystals deposition of TA is considered the gold standard substance for posterior hyaloid and vitreous base identification (figure 10 and table 1)(19, 70). 5. Sodium fluorescein, Fluorometholone acetate and Trypan blue These dyes are not current used during chromovitrectomy for vitreous identification; however, they are reported in the literature as possible alternatives for this surgical technique. 5.1. Sodium fluorescein Hydrophilic sodium fluorescein (SF) is exceedingly well absorbed by the vitreous. Improved visualization of clear vitreous fibers by intravitreal SF 0.6% showed no complications (71). State of the art in chromovitrectomy 371 primate eyes. The researchers found neither remarkable reduction in any ERG waves, or histological changes, and concluded the steroid FMA was a useful alternative to TA during chromovitrectomy (73) . Further clinical experience should elucidate the advantages and disadvantages of FMA in comparison to TA and other newer vital dyes. Figure 12: Lutein 0.3% and BB 0.025% deposit onto the posterior pole during vitrectomy for ERM: A – Intraoperative view of the injection. The higher density of the dye allows gentle deposition onto the posterior pole without the need for pressurized injection; B – Widespread staining of the posterior pole obtained by deposition of the solution Figure 13: Dye deposition at the posterior hyaloid and vitreous base in an eye with a macular hole: A – The posterior hyaloid is detached and identified by deposition of the lutein crystals; B –The late stage of removal of the vitreous base aided by the golden crystals Figure 14: Dye deposition at the ILM in an eye with a macular hole; A – An intraoperative image shows the initial removal of the ILM stained blue by BB; B – The intermediate phase of ILM peeling shows the tip of the forceps grasping the blue-stained ILM Comparison of four different vital vitreous stains found that fluorescein was inferior to the TA(72). Currently, the main use of SF in chromovitrectomy is vitreous staining and future clinical investigations should determine its role to improve visualization of membranes during vitreoretinal surgery. 5.2. Fluorometholone acetate The fluoremetholone acetate (FMA) white to creamy powder may be prepared for ophthalmic suspension. The white steroid may be indicated for use in the treatment of steroidresponsive inflammatory conditions of the conjunctiva, cornea, and anterior segment of the eye. The safety of intravitreal or subretinal FMA to retina has been recently examined in rat and 5.3. Trypan blue Intracameral or intravitreal injection of TB has been used to highlight vitreous. The blue dye in various doses may improve detection of both prolapsed vitreous in the anterior chamber and that remaining in the vitreous cavity. 0.15% TB used for staining the vitreous produced no toxicity(8). TB may allow visualization of the margins of the vitreous strands during vitreoretinal surgery(74). However, in one comparative analysis TB stained the vitreous less well than TA and FS(72). For this reason TB application for vitreous visualization has not gained much popularity. Summary of posterior hyaloid identification technique The posterior hyaloid and vitreous base identification in nowadays performed by micronized triamcinolone acetonide crystals deposition and this surgical technique is current used for our research team in all vitreoretinal procedures, which is especially useful for diabetic retinopathy in young patients, macular holes, vitreomacular traction syndrome, ocular trauma and primary vitrectomy for retinal detachment repair (figure 11 and table 1)(19). 6. Surgical Techniques for dye application during vitreoretinal surgery 6.1. Double staining technique The double-staining technique is an elegant procedure that may facilitate the identification of the posterior hyaloid and ILM (figures 7D and 11) as well as the posterior hyaloid and ERM (figure 9D and 11). In this technique, the initial step consists in the injection of a dye with high affinity to the vitreous to enable vitreous removal (triamcinolone acetonide – table 1), followed by a second injection of a dye such as infracyanine green, ICG, TB or BBG to stain and peel pre-retinal membranes (Figures 7D and 9D)(8, 19). As an alternative technique, two dyes may be injected initially before both peeling procedures. Some authors do prefer to name double staining as injection of a dye to peel ERM followed by an additional injection of another dye for ILM peeling(48). Double staining can be performed with either different dyes or in some instances the same coloring agent can be used to stain two intraocular tissues(37). 6.2. Reconstitution, Dilution and Concentration Careful selection of the best solvents for vital dyes for chromovitrectomy should be performed, especially regarding those agents provided as a powder for reconstitution by the surgeon in the operating room, such as ICG. ICG contains iodine to enhance its solubility, and must be dissolved in pure water to avoid precipitation and diluted again with BSS to avoid a hypo-osmolar solution. IfCG green does not contain iodine, precipitates in water, and glucose 5% is rather used as solvent. Thereby, IfCG is an alternative to avoid hypoosmolar effect on the retina(19). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 372 Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M Figure 15: ILM peeling guided by the combination dye in an eye with PDR and macular edema; A – An intraoperative image shows the initial ILM peeling in a patient with PDR and DME; the initial traction can be seen at the ILM, which is stained blue; the underlying retina is not stained blue. The hard exudates under the macular edema have a yellowish appearance; B – The intermediate stage of en bloc ILM removal; the yellowish-orange region in the foveal region characterizes the retinal edema and adjacent macular cysts; C – The late stage of ILM removal; the fovea is swollen; D – The final stage of ILM peeling Figure 16: Intraoperative findings during ILM peeling in cadaveric eyes guided by staining with anthocianins from açai fruit (Euterpe Oleracea): A – Initial surgical procedure; B – Progression of ILM peeling procedure; C – ILM peeling is completed for 360 degrees; D – ILM removed completely from cadaveric eye Staining with minimum concentrations should be enough to distinguish transparent tissues for removal with the underlying semitransparent retina over an orange-reddish background. A low concentration has also the rationale to cause minimal or no toxic effects to retina, RPE or loss of vision (table 1). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 6.3. Dye Injection Several different techniques have been used to inject vital dyes in the vitreous cavity. One has been named the “dry method” or “air-filled technique”. Whatever, this consists of removing the fluid in the vitreous cavity by a fluid-gas exchange before dye injection. While this has the advantage of concentrating the dye in the posterior pole and avoiding contact at the posterior capsule of the lens, it may expose the retinal surface to a higher concentration of dye(2). When the eye is air filled, the full concentration of dye injected into the vitreous cavity reaches the retinal surface. The second technique is called the “wet method” or “fluidfilled technique”. In this approach, the intravitreal fluid (usually balanced salt solution) is left inside the vitreous cavity while the surgeon injects the dye. The concentration of the dye in contact with the retinal surface is lower because it is diluted by the fluid at the vitreous cavity. The disadvantage to this technique is the possible dispersion of the dye leading to unwanted staining of the retina elsewhere. Comparison of the two methods in a porcine model concluded that the air-filled technique induced a higher incidence of RPE atrophy and outer retinal degeneration(75). A further concern is incubation time of the dye on the retinal surface. Since early dye washout minimizes exposure on retinal tissue, there is a trend to wash out the dye a few seconds after its injection (76, 77). 6.4. Macular hole protection There are some ways to avoid dye injection directly through the MH: slow injection of the dye, selective painting instrument (Vince), or placing substances over the MH such as perfluorocarbons liquids (PFCL), autologous whole blood, or sodium hyaluronate. Although interesting surgical techniques, they are not current used for the majority of vitreoretinal surgeons worldwide(4, 19, 77-79). 6.5. Illumination Vital dyes are small chemical substances that pass freely through retinal tissue and may play a role in or exacerbate retinal phototoxicity from intraoperative light exposure. Photosensitizing dyes could enhance phototoxicity by increasing levels of free radicals, creating a photoproduct that could be harmful to retinal cells and shifting light absorbance from one site of the retina to another. Clinically, consecutive experiments have shown histologic and functional damage to the retina after light plus ICG exposure in comparison to light without dye application(80-82). To analyze the risk for dye-induced light damage, the spectral overlap between light source emission and vital dye absorbance should be known (80) . Haritoglou et al. (80) proposed that a shift in the absorbance band of ICG during vitreoretinal surgery induces photosensitizing effects on the retinal surface. They demonstrated that the absorbance spectrum of ICG overlaps partially with the emission spectrum of one type of halogen light source and that ICG absorbance varies, depending on solvent and osmolarity. Notably, ICG in glucose 5% shifts the absorbance bands to higher wavelengths compared with ICG prepared in PSS, thereby decreasing the risk for spectral overlap with the light emission source (80) . The light pipe should be kept far from the retina and turned 373 State of the art in chromovitrectomy off when possible to minimize ICG-related decomposition and thermal damage(19). Additionally, safer profiles of light sources may be used by the surgeon(80). 7. Future perspectives A previous study reported that a solution containing lutein/ zeaxanthin 0.3% crystals and BB 0.025% efficiently stained the vitreous, ILM, and posterior hyaloid in cadaveric eyes(81). Clinical, histologic, and electroretinographic evaluations after intravitreal injections of these concentrations of the dyes in rabbit eyes showed no signs of toxicity (Barroso et al. Graefes Arch of Clin and Exp Ophthalmol. Under review). Both studies supported the decision to test the use of lutein/zeaxanthin 0.3% and BB 0.025% during chromovitrectomy in human eyes. A prospective study was performed in 12 eyes followed by 6 months and demonstrated the combination of lutein/ zeaxanthin 0.3% and BB 0.025% resulted in a green dye (figure 12). The mean initial BCVA improved in all eyes with no signs of by clinical, OCT, fluorescein angiography and visual fields evaluations (Maia et al., Retina. Under review). The final green solution was denser than BSS and was not necessary to flush it into the posterior pole resulting in a fast deposit onto the posterior pole (figure 13). The deposition of the micronized crystals of lutein/zeaxanthin over the posterior hyaloid and within the peripheral vitreous fibers, resulted in a golden appearance of these structures (figure 13); the ability of the BB to stain the ILM resulted in easier ILM peeling in eyes with macular holes , PDR, and DME (figure 14 and 15), (Maia et al., Retina. Under review). Although a high potential to use in human eyes, an additional clinical trial performed by high number of surgeons is ongoing in order to allow the clinical use of such dye - source: www.clinicaltrials.gov (NCT01627977). Blue light is a major generator of hydroxyl radical, a reactive oxygen species (ROS) that damages biologic structures such as the photoreceptors and RPE. ROS are generated continuously in the retina(83); due to a polyenic chain, lutein and zeaxanthin from the macula donates an electron to the ROS and quenches the triplet stage of singlet oxygen, which inhibits further formation of ROS and prevents lipo-peroxidation(83-86). Based on these findings, we hypothesized that this dye may be safe; however, additional experimental and clinical studies are necessary to confirm this hypotheses. New natural dyes are under evaluation by studies in cadaveric eyes and the anthocyanins from açaí dye (Euterpe oleracea) demonstrated a high affinity for the ILM in cadaveric eyes (figure 16). Additional basic and clinical studies are necessary to develop the final product useful for chromovitrectomy in human eyes(87). around 7.00. Regarding the specific substances to be used at the different surgical maneuvers, it is recommended: A) The triamcinolone acetonide is the “gold standard” substance for vitreous base as well as posterior hyaloid identification; around 0.3mL should be used in a 40mg/mL concentration and no benzyl alcohol on its composition; B) The trypan blue is the ideal dye for ERM identification; 0.2-0/3mL of the dye in a 1.2-1.5mg/mL concentration should be used. The mixture with glucose 5-10% may be used (25% of glucose and 75% of the dye), but is not necessary in order to increase the density of the dye to deposit into the posterior pole. The surgeon must wait 5-10 seconds after the injection to turn on the infusion and continue the surgical procedure; C) The brilliant blue is the ideal dye for ILM identification; 0.2-0/3mL of the dye in a 0.25mg/mL concentration should be used. The mixture with glucose 5-10% may also be helpful (25% of glucose and 75% of the dye), but is not necessary in order to increase the density of the dye to deposit into the posterior pole. The surgeon must wait 5-10 seconds after the injection to turn on the infusion and continue the surgical procedure; D) The combination of brilliant blue 0.25mg/mL and lutein 3mg/mL may be an alternative in order to perform different surgical steps using only one dye with the advantages to avoid the flush of the dye into the vitreous cavity/posterior pole and a possible safety profile due to a “quencher” effect of the lutein molecule over the singlet oxygen molecules generated by the brilliant blue exposed to light during the surgical procedures; these hypotheses may be confirmed by future studies; E) Additional natural dyes for chromovitrectomy has been evaluated. REFERENCES 1. 2. 3. 4. 5. 6. 8. Conclusions and recommendations Vital dyes for chromovitrectomy are emerging tools that may enable better visualization of transparent and fine intraocular tissues. The intraoperative staining facilitates surgical removal and thereby better surgical success. A gentle maneuver to deliver the dye over the target tissue, avoiding the agressive flush injection, while the BSS infusion is turned off, is advised and all the substances used inside the vitreous cavity should have osmolarity around 280-300mOsm and Ph 7. 8. Burk SE, Da Mata AP, Snyder ME, Rosa RH Jr, Foster RE. Indocyanine green-assisted peeling of the retinal internal limiting membrane. Ophthalmology. 2000;107(11):2010-4. Rodrigues EB, Meyer CH, Kroll P. Chromovitrectomy: a new field in vitreoretinal surgery. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2005;243(4):291-3. Mello Filho PA, Maia M, Rodrigues EB, Farah ME. [Ocular pharmacology in the treatment of vitreous, retina and choroid diseases]. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(3):294-9. Rodrigues EB, Costa EF, Penha FM, Melo GB, Bottós J, Dib E, et al. The use of vital dyes in ocular surgery. Surv Ophthalmol. 2009;54(5):576-617. Review. Mester V, Kuhn F. Internal limiting membrane removal in the management of full-thickness macular holes. Am J Ophthalmol. 2000;129(6):769-77. Review. Gandorfer A, Haritoglou C, Kampik A, Charteris D. Ultrastructure of the vitreoretinal interface following removal of the internal limiting membrane using indocyanine green. Curr Eye Res. 2004;29(45):319-20. Wollensak G, Spoerl E, Wirbelauer C, Pham DT. Influence of indocyanine green staining on the biomechanical strength of porcine internal limiting membrane. Ophthalmologica. 2004;218(4):278-82. Rodrigues EB, Maia M, Meyer CH, Penha FM, Dib E, Farah ME. Vital dyes for chromovitrectomy. Curr Opin Ophthalmol. 2007;18(3):17987. Review. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 374 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M Maia M, Haller JA, Pieramici DJ, Margalit E, de Juan E Jr, Farah ME, et al. Retinal pigment epithelial abnormalities after internal limiting membrane peeling guided by indocyanine green staining. Retina. 2004;24(1):157-60. Maia M, Kellner L, de Juan E Jr, Smith R, Farah ME, Margalit E, et al. Effects of indocyanine green injection on the retinal surface and into the subretinal space in rabbits. Retina. 2004;24(1):80-91. Maia M, Margalit E, Lakhanpal R, Tso MO, Grebe R, Torres G, et al. Effects of intravitreal indocyanine green injection in rabbits. Retina. 2004;24(1):69-79. Arevalo JF, Garcia RA. Macular hole surgery complicated by accidental massive subretinal indocyanine green, and retinal tear. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2007;245(5):751-3. Brazitikos PD, Androudi S, Tsinopoulos I, Papadopoulos NT, Balidis M, Georgiadis N. Functional and anatomic results of macular hole surgery complicated by massive indocyanine green subretinal migration. Acta Ophthalmol Scand. 2004;82(5):613-5. Hirata A, Inomata Y, Kawaji T, Tanihara H. Persistent subretinal indocyanine green induces retinal pigment epithelium atrophy. Am J Ophthalmol. 2003;136(2):353-5. Rodrigues EB, Meyer CH, Farah ME, Kroll P. Intravitreal staining of the internal limiting membrane using indocyanine green in the treatment of macular holes. Ophthalmologica. 2005;219(5):251-62. Review. Brasil OM, Brasil OF. [Comparative analysis of macular hole surgery followed by internal limiting membrane removal with and without indocyanine green staining]. Arq Bras Oftalmol. 2006;69(2):157-60. Portuguese. Horio N, Horiguchi M. Effect on visual outcome after macular hole surgery when staining the internal limiting membrane with indocyanine green dye. Arch Ophthalmol. 2004;122(7):992-6. Sheidow TG, Blinder KJ, Holekamp N, Joseph D, Shah G, Grand MG, et al. Outcome results in macular hole surgery: an evaluation of internal limiting membrane peeling with and without indocyanine green. Ophthalmology. 2003;110(9):1697-701. Farah ME, Maia M, Rodrigues EB. Dyes in ocular surgery: principles for use in chromovitrectomy. Am J Ophthalmol. 2009;148(3):332-40. Review. Lai MM, Williams GA. Anatomical and visual outcomes of idiopathic macular hole surgery with internal limiting membrane removal using low-concentration indocyanine green. Retina. 2007;27(4):477-82. Engelbrecht NE, Freeman J, Sternberg P Jr, Aaberg TM Sr, Aaberg TM Jr, Martin DF, et al. Retinal pigment epithelial changes after macular hole surgery with indocyanine green-assisted internal limiting membrane peeling. Am J Ophthalmol. 2002;133(1):89-94. Rodrigues EB, Penha FM, Furlani B, Meyer CH, Maia M, Farah ME. Historical aspects and evolution of the application of vital dyes in vitreoretinal surgery and chromovitrectomy. Dev Ophthalmol. 2008;42:29-34. Gandorfer A, Haritoglou C, Kampik A. Ultrastructure of the internal limiting membrane. Ophthalmology. 2004;111(9):1793; author reply 1793-4. Kamura Y, Sato Y, Isomae T, Shimada H. Effects of internal limiting membrane peeling in vitrectomy on diabetic cystoid macular edema patients. Jpn J Ophthalmol. 2005;49(4):297-300. Bardak Y, Cekiç O, Tið SU. Comparison of ICG-assisted ILM peeling and triamcinolone-assisted posterior vitreous removal in diffuse diabetic macular oedema. Eye (Lond). 2006;20(12):1357-9. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 26. Radetzky S, Walter P, Fauser S, Koizumi K, Kirchhof B, Joussen AM. Visual outcome of patients with macular edema after pars plana vitrectomy and indocyanine green-assisted peeling of the internal limiting membrane. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2004;242(4):273-8. 27. Lanzetta P, Polito A, Del Borrello M, Narayanan R, Shah VA, Frattolillo A, et al. Idiopathic macular hole surgery with low-concentration infracyanine green-assisted peeling of the internal limiting membrane. Am J Ophthalmol. 2006;142(5):771-6. 28. Rivett K, Kruger L, Radloff S. Infracyanine-assisted internal limiting membrane peeling in macular hole repair: does it make a difference? Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2004;242(5):393-6. 29. Kolacny D, Parys-Vanginderdeuren R, Van Lommel A, Stalmans P. Vitrectomy with peeling of the inner limiting membrane for treating diabetic macular edema. Bull Soc Belge Ophtalmol. 2005;(296):1523. 30. Husson-Danan A, Glacet-Bernard A, Soubrane G, Coscas G. Clinical evaluation of the use of indocyanine green for peeling the internal limiting membrane in macular hole surgery. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2006;244(3):291-7. 31. La Heij EC, Dieudonné SC, Mooy CM, Diederen RM, Liem AT, van Suylen RJ, et al. Immunohistochemical analysis of the internal limiting membrane peeled with infracyanine green. Am J Ophthalmol. 2005;140(6):1123-5. 32. Haritoglou C, Gandorfer A, Gass CA, Kampik A. Histology of the vitreoretinal interface after staining of the internal limiting membrane using glucose 5% diluted indocyanine and infracyanine green. Am J Ophthalmol. 2004;137(2):345-8. 33. Kodjikian L, Richter T, Halberstadt M, Beby F, Flueckiger F, Boehnke M, et al. Toxic effects of indocyanine green, infracyanine green, and trypan blue on the human retinal pigmented epithelium. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2005;243(9):917-25. 34. Enaida H, Hisatomi T, Goto Y, Hata Y, Ueno A, Miura M, et al. Preclinical investigation of internal limiting membrane staining and peeling using intravitreal brilliant blue G. Retina. 2006;26(6):623-30. 35. Enaida H, Hisatomi T, Hata Y, Ueno A, Goto Y, Yamada T, et al. Brilliant blue G selectively stains the internal limiting membrane/ brilliant blue G-assisted membrane peeling. Retina. 2006;26(6):631-6. 36. Cervera E, Díaz-Llopis M, Salom D, Udaondo P, Amselem L. [Internal limiting membrane staining using intravitreal brilliant blue G: good help for vitreo-retinal surgeon in training]. Arch Soc Esp Oftalmol. 2007;82(2):71-2. Spanish. 37. Shimada H, Nakashizuka H, Hattori T, Mori R, Mizutani Y, Yuzawa M. Double staining with brilliant blue G and double peeling for epiretinal membranes. Ophthalmology. 2009;116(7):1370-6. 38. Malerbi FK, Maia M, Farah ME, Rodrigues EB. Subretinal brilliant blue G migration during internal limiting membrane peeling. Br J Ophthalmol. 2009;93(12):1687. Erratum in: Br J Ophthalmol. 2011;95(1):154. 39. Horio N, Horiguchi M, Yamamoto N. Triamcinolone-assisted internal limiting membrane peeling during idiopathic macular hole surgery. Arch Ophthalmol. 2005;123(1):96-9. 40. Kampougeris G, Cheema R, McPherson R, Gorman C. Safety of Triamcinolone acetonide (TA)-assisted pars plana vitrectomy in macular hole surgery. Eye (Lond). 2007;21(5):591-4. 41. Shah GK, Rosenblatt BJ, Blinder KJ, Grand MG, Smith M. Triamcinolone-assisted internal limiting membrane peeling. Retina. 2005;25(8):972-5. State of the art in chromovitrectomy 42. Karacorlu M, Ozdemir H, Arf Karacorlu S. Does intravitreal triamcinolone acetonide-assisted peeling of the internal limiting membrane effect the outcome of macular hole surgery? Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2005;243(8):754-7. 43. Maia M, Penha FM, Farah ME, Dib E, Príncipe A, Lima Filho AA, et al. Subretinal injection of preservative-free triamcinolone acetonide and supernatant vehicle in rabbits: an electron microscopy study. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2008;246(3):379-88. 44. Lee KL, Dean S, Guest S. A comparison of outcomes after indocyanine green and trypan blue assisted internal limiting membrane peeling during macular hole surgery. Br J Ophthalmol. 2005;89(4):420-4. 45. Beutel J, Dahmen G, Ziegler A, Hoerauf H. Internal limiting membrane peeling with indocyanine green or trypan blue in macular hole surgery: a randomized trial. Arch Ophthalmol. 2007;125(3):326-32. 46. Haritoglou C, Eibl K, Schaumberger M, Mueller AJ, Priglinger S, Alge C, et al. Functional outcome after trypan blue-assisted vitrectomy for macular pucker: a prospective, randomized, comparative trial. Am J Ophthalmol. 2004;138(1):1-5. 47. Narayanan R, Kenney MC, Kamjoo S, Trinh TH, Seigel GM, Resende GP, et al. Trypan blue: effect on retinal pigment epithelial and neurosensory retinal cells. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2005;46(1):304-9. 48. Stalmans P, Feron EJ, Parys-Van Ginderdeuren R, Van Lommel A, Melles GR, Veckeneer M. Double vital staining using trypan blue and infracyanine green in macular pucker surgery. Br J Ophthalmol. 2003;87(6):713-6. 49. Kwok AK, Lai TY, Li WW, Yew DT, Wong VW. Trypan blue- and indocyanine green-assisted epiretinal membrane surgery: clinical and histopathological studies. Eye (Lond). 2004;18(9):882-8. 50. Uno F, Malerbi F, Maia M, Farah ME, Maia A, Magalhães O Jr. Subretinal trypan blue migration during epiretinal membrane peeling. Retina. 2006;26(2):237-9. 51. Balayre S, Boissonnot M, Fernandez B, Quellard N, Babin P, Dighiero P. [Ultrastructural study of epiretinal membrane stained by trypan blue: 15 case reports]. J Fr Ophtalmol. 2005;28(2):159-67. French. 52. Balayre S, Boissonnot M, Paquereau J, Dighiero P. [Evaluation of trypan blue toxicity in idiopathic epiretinal membrane surgery with macular function test using multifocal electroretinography: seven prospective case studies]. J Fr Ophtalmol. 2005;28(2):169-76. French. 53. Lesnik Oberstein SY, Mura M, Tan SH, de Smet MD. Heavy trypan blue staining of epiretinal membranes: an alternative to infracyanine green. Br J Ophthalmol. 2007;91(7):955-7. 54. Marmor MF. Retinal detachment from hyperosmotic intravitreal injection. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1979;18(12):1237-44. 55. Negi A, Marmor MF. Effects of subretinal and systemic osmolality on the rate of subretinal fluid resorption. Invest Ophthalmol Vis Sci. 1984;25(5):616-20. 56. Mennel S, Meyer CH, Tietjen A, Rodrigues EB, Schmidt JC. Patent blue: a novel vital dye in vitreoretinal surgery. Ophthalmologica. 2006;220(3):190-3. 57. Lüke C, Lüke M, Sickel W, Schneider T. Effects of patent blue on human retinal function. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2006;244(9):1188-90. 58. Haritoglou C, Yu A, Freyer W, Priglinger SG, Alge C, Eibl K, et al. An evaluation of novel vital dyes for intraocular surgery. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2005;46(9):3315-22. 59. Haritoglou C, Schumann RG, Strauss R, Priglinger SG, Neubauer AS, Kampik A. Vitreoretinal surgery using bromphenol blue as a vital stain: evaluation of staining characteristics in humans. Br J Ophthalmol. 2007;91(9):1125-8. 375 60. Haritoglou C, Strauss R, Priglinger SG, Kreutzer T, Kampik A. Delineation of the vitreous and posterior hyaloid using bromophenol blue. Retina. 2008;28(2):333-9. 61. Hillenkamp J, Saikia P, Herrmann WA, Framme C, Gabel VP, Sachs HG. Surgical removal of idiopathic epiretinal membrane with or without the assistance of indocyanine green: a randomised controlled clinical trial. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2007;245(7):973-9. 62. Foster RE, Petersen MR, Da Mata AP, Burk SE, Rosa RH Jr, Riemann CD. Negative indocyanine green staining of epiretinal membranes. Retina. 2002;22(1):106-8. 63. Sakamoto H, Yamanaka I, Kubota T, Ishibashi T. Indocyanine greenassisted peeling of the epiretinal membrane in proliferative vitreoretinopathy. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2003;241(3):204-7. 64. Carpentier C, Zanolli M, Wu L, Sepulveda G, Berrocal MH, Saravia M, et al. Residual internal limiting membrane after epiretinal membrane peeling: Results of the Pan-American Collaborative Retina Study Group. Retina. 2013;33(10):2026-31. 65. Jackson TL, Kwan AS, Laidlaw AH, Aylward W. Identification of retinal breaks using subretinal trypan blue injection. Ophthalmology. 2007;114(3):587-90. 66. Salicone A, Smiddy WE, Venkatraman A, Feuer W. Management of retinal detachment when no break is found. Ophthalmology. 2006;113(3):398-403. 67. Bonanomi MT, Nicoletti AG, Carricondo PC, Buzalaf F, Kara-José N Jr, Gomes AM, et al. Retinal thickness assessed by optical coherence tomography (OCT) in pseudophakic macular edema. Arq Bras Oftalmol. 2006;69(4):539-44. 68. Ferraz DA, Morita C, Pretti RC, Nascimento VP, Maia Junior OO, Barros AC, et al. [Use of intravitreal bevacizumab or triamcinolone acetonide as a preoperative adjunct to vitrectomy for vitreous haemorrhage in diabetics]. Rev Bras Oftalmol. 2013;72(1):12-6. Portuguese. 69. Ruiz-Moreno JM, Montero JA, Bayon A, Rueda J, Vidal M. Retinal toxicity of intravitreal triamcinolone acetonide at high doses in the rabbit. Exp Eye Res. 2007;84(2):342-8. 70. Morrison VL, Koh HJ, Cheng L, Bessho K, Davidson MC, Freeman WR. Intravitreal toxicity of the kenalog vehicle (benzyl alcohol) in rabbits. Retina. 2006;26(3):339-44. 71. Das T, Vedantham V. Intravitreal sodium fluorescein enhances visualization of clear vitreous during vitreous surgery for macular hole: a safety and efficacy study. Clin Experiment Ophthalmol. 2004;32(1):557. 72. Guo S, Tutela AC, Wagner R, Caputo AR. A comparison of the effectiveness of four biostains in enhancing visualization of the vitreous. J Pediatr Ophthalmol Strabismus. 2006;43(5):281-4. 73. Hata Y, Enaida H, Sassa Y, Ueno A, Miura M, Hisatomi T, et al. Preclinical investigation of fluorometholone acetate as a potential new adjuvant during vitreous surgery. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2007;245(7):1019-25. 74. Verma L, Prakash G, Tewari HK. Trypan blue enhanced vitrectomy in clear gel vitrectomy. Indian J Ophthalmol. 2003;51(1):106. 75. Czajka MP, McCuen BW 2nd, Cummings TJ, Nguyen H, Stinnett S, Wong F. Effects of indocyanine green on the retina and retinal pigment epithelium in a porcine model of retinal hole. Retina. 2004;24(2):275-82. 76. Schmidt JC, Rodrigues EB, Meyer CH, Hoerle S, Kroll P. A modified technique to stain the internal limiting membrane with indocyanine green. Ophthalmologica. 2004;218(3):176-9. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 376 Caiado RR, Moraes-Filho MN, André Maia A , Rodrigues EB, Farah ME, Maia M 77. Meyer CH, Rodrigues EB. A novel applicator for the selective painting of pre-retinal structures during vitreoretinal surgery. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2005;243(5):487-9. 78. Rizzo S, Belting C, Genovesi-Ebert F, Vento A, Cresti F. Modified technique for safer indocyanine-green-assisted peeling of the internal limiting membrane during vitrectomy for macular hole repair. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2006;244(12):1615-9. 79. Cacciatori M, Azzolini M, Sborgia M, Coppola M, De Molfetta V. Sodium hyaluronate 2.3% prevents contact between indocyanine green and retinal pigment epithelium during vitrectomy for highly myopic macular hole retinal detachment. Retina. 2004;24(1):160-1. 80. Costa Ede P, Rodrigues EB, Farah ME, Dib E, Penha F, Magalhães O Jr, et al. Vital dyes and light sources for chromovitrectomy: comparative assessment of osmolarity, pH, and spectrophotometry. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2009;50(1):385-91. 81. Rodrigues EB, Meyer CH, Mennel S, Farah ME. Mechanisms of intravitreal toxicity of indocyanine green dye: implications for chromovitrectomy. Retina. 2007;27(7):958-70. Review. 82. Haritoglou C, Priglinger S, Gandorfer A, Welge-Lussen U, Kampik A. Histology of the vitreoretinal interface after indocyanine green staining of the ILM, with illumination using a halogen and xenon light source. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2005;46(4):1468-72. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 363-76 83. Trevithick-Sutton CC, Foote CS, Collins M, Trevithick JR. The retinal carotenoids zeaxanthin and lutein scavenge superoxide and hydroxyl radicals: achemiluminescence and ESR study. Mol Vis. 2006;12:1127-35. 84. Junghans A, Sies H, Stahl W. Macular pigments lutein and zeaxanthin as blue light filters studied in liposomes. Arch Biochem Biophys. 2001;391(2):160-4. 85. Stahl W. Macular carotenoids: lutein and zeaxanthin. Dev Ophthalmol. 2005;38:70-88. Review. 86. Kijlstra A, Tian Y, Kelly ER, Berendschot TT. Lutein: more than just a filter for blue light. Prog Retin Eye Res. 2012;31(4):303-15. Review. 87. Chen J, Ferreira MA, Farah ME, de Carvalho AM, Alves Ferreira RE, de Moraes Filho MN, et al. Posterior hyaloid detachment and internal limiting membrane peeling assisted by anthocyanins from acai fruit (Euterpe oleracea) and 10 other natural vital dyes: experimental study in cadaveric eyes. Retina. 2013;33(1):89-96. Corresponding author Rafael Ramos Caiado Av. Higienópolis, nº 870 – Higienópolis CEP 01238-000 – São Paulo (SP), Brasil E-mail: [email protected] ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO 377 A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American eye banks and lamellar transplants Uma revisão comparativa entre os modelos atuais de bancos de olhos e transplantes lamelares do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos Gustavo Victor1, Sidney Júlio de Faria e Sousa2, Marcos Alonso Garcia1, Mário Henrique Camargos de Lima1, Milton Ruiz Alves1 ABSTRACT The corneal transplantation (CT) is the most commonly performed type of transplant in the world and the Eye Banks are organizations whose capture, evaluate, preserve, store and distribute ocular tissues. With the evolution of surgical techniques and equipment for CT, the BOs had to evolve to keep up with these requirements. This evolution goes from tissues capture techniques, donating money and clarification to the patient (e.g. internet-based), use of current equipment for more adequate tissues supply for the most current surgical techniques, integration of BOs of certain country and real-time management of stocks of ocular tissues, and adequacy of laws that manage the entire process. This review aims to make a comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdon and American Eye Banks. Like, check what the trend towards lamellar transplants in these three countries. Keywords: Cornea; Corneal transplantation; Laser; Health services administration; Benchmarking; Brazil; United States RESUMO O transplante de córnea (CT) é o tipo de transplante mais realizado no mundo e os Bancos de Olhos (BO) são organizações que capturam, evoluem, preservam, guardam e distribuem tecidos oculares. Com a evolução das técnicas cirúrgicas e equipamentos para o CT, os BOs precisaram evoluir para acompanhar estas necessidades. Esta evolução vai desde técnicas de captura de tecidos; doação de dinheiro e esclarecimento ao paciente (baseadas na internet, por exemplo); utilização de equipamentos modernos, para fornecimento mais adequado de tecidos para técnicas cirúrgicas mais atualizadas; integração dos BOs de determinado país e gerenciamento em tempo real dos estoques de tecidos oculares, e adequação das leis que gerem todo este processo. Esta revisão tem como objetivo fazer uma comparação dos modelos atualizados de BOs brasileiro, inglês e americano, além de avaliar a tendência dos tipos de CT nestes países e sugerir melhorias ao modelo de BO brasileiro. Descritores: Córnea; Transplante de córnea; Laser; Administração de serviços de saúde; Benchmarking; Brasil; Estados Unidos Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (SP), Brazil; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto (SP), Brazil. 1 2 The authors declare no conflicts of interest. Recebido para publicação em 1/2/2014 - Aceito para publicação em 17/3/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 377-82 378 Victor G, Sousa SJF, Garcia MA, Lima MHC, Alves MR INTRODUCTION Eye Banks The Eye Banks are nonprofit organizations whose capture, evaluate, preserve, store and distribute ocular tissues. Anywhere in the world through local legislation, these organizations were created, are regulated and inspected. Lamellar Transplants The lamellar transplantation (LT) was first performed by Von Hippel in 1888(1). This technique is more difficult to do and used to provide less visual acuity than the penetrant keratoplasty (PK). For these reasons, especially, the LT until about a decade ago, was done mostly for tectonic and/or cosmetics purposes, and the PK used for optical purposes, where wanted best final visual acuity, even if the patient needed to replace only part of the cornea, anterior or posterior(2). With the development of Eye Banks, surgical techniques and equipment as the artificial anterior chamber, microkeratome and femtosecond lasers, LT was more refined and technically reproducible, thus getting significant improvement in final visual acuity(2-10). Thus, LT (anterior or posterior) is becoming the technique of choice in conditions in which it is only necessary to exchange a part of the cornea (anterior or posterior)(2,3,9,10), as keratoconus and endothelial dysfunction. These two diseases remain among the top three causes of transplants in world(9,10). This review aims to make a comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdon and American Eye Banks. Like, check what the trend towards lamellar transplants in these three countries. In Brazil Transplants Brazil ranks second in the absolute number of transplants performed annually worldwide. If we consider the relative number of transplants and GDP (gross national product), Brazil ranks third, favored by investments made in this area and the stimulus given to its increase(11). Table 1 shows the evolution of the types of transplants in Brazil between 2001 and 2011. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 377-82 The importance of corneal transplantation (CT) for Brazil can be observed, both by popular demand as the state investment, as represented 63.42% of all transplants performed in Brazil in 2011. In 2009, the MS invested about R$ 900 million in transplants(12). Despite the increase in the number of corneal transplants in Brazil, can be seen in Table 2 the great difference in numbers of transplants in several Brazilian States over the years, which reflects the inefficiency in generating a model of Eye Banks efficient nationwide. Can be observed that there are states that do not perform any CT in 2011, another did not perform CT between 2001-2009, and that there are more developed states having fewer transplants than other less developed. On the other hand, only the State of São Paulo was responsible for 37.39% of corneal transplants performed in Brazil in 2011. Lamellar Transplants Of these nearly 15,000 CT held in Brazil in 2011, do not know for sure how many were LT and how many were PK, because there isn’t this kind of statistical control in Brazil. In United Kingdon Like in Brazil, if no wish has been expressed in life then specially trained healthcare professionals should approach the family for their authorization to proceed, based on their knowledge of the potential donor (opt-in)(13). Currently there are 14 European nations operating under a system of opt-out or ‘presumed consent’: Austria, Belgium, Czech Republic, Finland, France, Greece, Hungary, Italy, Luxembourg, Poland, Portugal, Slovak Republic, Spain, Sweden(13). In UK, 16.124.871 people (The total at 31 March 2009) registered on the NHS Organ Donor Register(13) (a web based database). Transplants Figure 1 shows the evolution of the number of corneas donated and the number of corneas grafted in the UK between 2002 and 2012(14). Figure 2 shows the evolution, in a decade, of the numbers of LT for keratoconus, preserving the patient’s healthy endothelium and changing only the corneal stroma(9). A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American eye banks and lamellar transplants 379 Source: http://www.organdonation.nhs.uk/statistics/ transplant_activity_report/archive_activity_reports/ Figure 1: Evolution of the number of corneas donated and the number of corneas grafted in the UK between 2002 and 2012(14) Figure 3 shows the evolution, in a decade, of the numbers of LT for endothelial failure, preserving the patient’s healthy stroma and changing only the corneal endothelium(9). In the UK it is possible to request and receive from Eye Bank a corneal donor lamella with specific thickness and diameter to the realization of LT. As in Brazil, the patient dosen’t pay to the donnor cornea. In United States Currently, there are 84 Eye Banks in the U.S. In 2013, the Eye Bank Association of America (EBAA) published the statistical Source: Trends in the Indications for Corneal Graft Surgery in the United Kingdom: 1999 Through 2009. Arch Ophthalmol. 2012;130(5):621-628 Figure 2: Evolution, in a decade, of the numbers of LT for keratoconus. PK: Penetrant keratoplasty, DALK: Deep anterior lamellar keratoplasty(9) report for 2012(10). Since 2011, the EBAA began a new monthly collection methodology for the Statistical Report using EBAA CONNECT, a real-time, web-based statistical reporting and analytics engine designed specifically for the EBAA by Transplant Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 377-82 380 Victor G, Sousa SJF, Garcia MA, Lima MHC, Alves MR Source: Trends in the Indications for Corneal Graft Surgery in the United Kingdom: 1999 Through 2009. Arch Ophthalmol. 2012;130(5):621-628 Figure 3: Evolution, in a decade, of the numbers of LT for endothelial failure, preserving the patient’s healthy stroma and changing only the corneal endothelium(9); PK: Penetrant keratoplasty; EK: Endothelium keratoplasty Beginning in 2012, eight international banks began using the EBAA Connect data system(10). Source: Eye Bank Association of America. 2012 Banking Statistical Report Figure 4: Shows the annual number of corneal transplants supplied by U.S. Eye Banks (US and exported)(10) Connect©(10). In this study, the data reported were from 80 Eye Banks. Prior to 2008, all keratoplasties were counted as “penetrating keratoplasty”. From 2008, pre-cut and uncut tissue utilization was stratified into penetrating grafts (PK), endothelial keratoplasty (EK), anterior lamellar keratoplasty (ALK), keratolimbal allografts (KLA), and tectonic grafts (TK). Keratoprosthesis (K-Pro) as a specific utilization was added in 2009. Before 2009, domestic and international data from U.S eye banks were combined. In 2009 and 2010, stratified data was only collected for tissue distributed and used within the U.S. For 2011 and beyond, tissue provided by U.S. eye banks was stratified and separated into domestic and international use. International use of tissue sent from U.S. eye banks was generally not included in statistical analysis before 201(10). Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 377-82 Transplants In the U.S., tissue supplied by U.S. Eye Banks for all keratoplasty procedures types in 2012 was 68,681. Of these tissues, 46.684 were used to transplants in US and 19,546 corneas were exported internationally(10). The Figure 4 shows the annual number of corneal transplants supplied by U.S. Eye Banks (US and exported)(10). Figure 5 shows annually, the number of corneas available and how these have been used for transplants in the USA between 1991-2012 (10) . Lamellar Transplants Figure 6 shows the annual number of surgeries by type of cornea transplant between 2005-2012(10). It can be seen that since 2011 the number of LT (anterior and posterior) is greater than the number of PK, and that in 2012 the number of posterior LT alone was greater than the number of PK. In the United States all Eye Banks provide donor corneal lamellae. The current cost of a corneal donor (lamella or not) varies on average between US$ 1,949.00 to US$ 2,449.00(15). Comments and suggestions Although the penetrating keratoplasty indications were similar in the world(9,10,16-20), management of eye banks model have improved in Brazil (21) and the Brazilian corneal surgeons perform the most updated techniques of CT, it can be seen A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American eye banks and lamellar transplants that there is an inefficiency of the Brazilian system at the national level by the huge discrepancy in the number of transplants in several Brazilian states. In 2010, only São Paulo made 1.7 times more CT than all UK did in 2012. In 2011, Brazil made 4.2 times more CT than all UK did in 2012. In the other hand, in 2011, the EUA performed 3.11 times more CT than Brazil in the same year. In this same period, the US exported more corneas than the number of CT across Brazil. Thus it is important to consider whether the Brazilians Eye Bank are following trends and best practices of other major Eye Banks in the First World. The three countries use the optin system for cornea donation. Clearly, it is observed that in the United States (since 2011) and the UK (since 2009) are performed more posterior LT (endothelial) than PK. There is also a significant number of anterior LT in these countries. In this issue specifically, in Brazil the vast majority of Eye Banks as corneal surgeons do not have equipment (microkeratome, artificial anterior chambers, femtosecond lasers) for manufacturing their own donor corneal lamellar (anterior or posterior) from the donor corneal-scleral button. Thus, the number of LT performed in Brazil is a tiny fraction of the total CT. So, despite being a global trend, the LT is not encouraged by the Brazilian Eye Bank System, where there is practically no supply of donor corneal lamellae by Eye Banks, as in England or the United States have. Suggestions 1. Investment in national awareness campaigns, guidance and fundraising (donations, web-donations with CBO help); 2. Specific guidance program to improve patient’s knowledge about the main causes of CT and its treatments(22); 3. Developing a specific guidance program on protocols related to the importance, capture and donation of organs and tissues for TC, intended for all physicians and key stakeholders such as: CNCDOs, Intra-Hospital commissions, State and Municipal Health; 4. Investment for the 24 hours system of communication, transportation and collection nationwide; 5. Allow Eye Banks operate outside hospitals; 6. Partnership between the MS and the Brazilian Council of Ophthalmology (CBO) to develop and implement, in all national Eye Banks, software for on-line management, supervision and control of donated tissues and all types of cornea transplants; 7. Investment in equipment, material and human resources in Eye Banks for the possibility of making donor corneal lamellae; 8. Possibility to enrollment lamellar transplant (anterior and posterior) on Eye Banks; 9. Creating a web based database for the population could enroll as organ donors and tissues, as well as be able to make financial donations. 381 REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. von Hippel A. Eine neue Methode der Hornhauttransplantation. Albrecht Von Graefes Arch Ophthalmol. 1888;34(1):108-30. Reinhart WJ, Musch DC, Jacobs DS, Lee WB, Kaufman SC, Shtein RM. Deep anterior lamellar keratoplasty as an alternative to penetrating keratoplasty a report by the american academy of ophthalmology. Ophthalmology. 2011;118(1):209-18. Lee WB, Jacobs DS, Musch DC, Kaufman SC, Reinhart WJ, Shtein RM. Descemet’s stripping endothelial keratoplasty: safety and outcomes: a report by the American Academy of Ophthalmology. Ophthalmology. 2009;116(9):1818-30. Review. Baptista GV. Método de avaliação da qualidade de corte na confecção de lamela corneana pediculada por microcerátomo em laser in situ ceratomileusis [tese]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2005. Behrens A, Dolorico AM, Kara DT, Novick LH, McDonnell PJ, Chao LC, et al. Precision and accuracy of an artificial anterior chamber system in obtaining corneal lenticules for lamellar keratoplasty. J Cataract Refract Surg. 2001;27(10):1679-87. Springs CL, Joseph MA, Odom JV, Wiley LA. Predictability of donor lamellar graft diameter and thickness in an artificial anterior chamber system. Cornea. 2002;21(7):696-9. Victor G, Faria e Sousa SJ, Alves MR, Nosé W. [MALKS: specifications and development]. Arq Bras Oftalmol. 2006;69(2):151-5. Portuguese. Victor G, Sousa SJ, Alves MR, Nosé W. Evaluation of a new system for obtaining donor lamellar grafts. Cornea. 2007;26(2):151-3. Keenan TD, Jones MN, Rushton S, Carley FM; National Health Service Blood and Transplant Ocular Tissue Advisory Group and Contributing Ophthalmologists (Ocular Tissue Advisory Group Audit Study 8).Trends in the indications for corneal graft surgery in the United Kingdom: 1999 through 2009. Arch Ophthalmol. 2012;130(5):621-8. Eye Bank Association of America. 2012 Banking statiscal report [Internet]. Washington, DC: Eye Bank Association of America; 2013 [cited 2013 Feb 10].Available from: http://www.restoresight.org/wp-content/uploads/2013/ 04/2012_Statistical_Report_FINAL-reduced-size-4-10.pdf Sistema Nacional de Transplantes. [citado 2012 Abr 21]. Disponível em: http://www.cbo.com.br/novo/medico/pdf/02-cegueira.pdf Flaeschen D. Transplantes. Doa-se vida: Brasil dispara em transplantes de órgãos e cresce também em número de doadores. IPEA [periódico na internet]. 2010. [citado 2012 Abr 21];63 [cerca de 5p.]. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/desafios/ index.php?option=com_content&view=article&id=1297:reportagensmaterias&Itemid=39 Organ donation. Organ donation: teaching resource pack [internet]. Edinburgh: Scottish executive; 2003 [cited 2013 Feb 10]. Available from: http://www.scotland.gov.uk/Publications/2003/ 11/18095/25886 UK Activity Report 2001-2012 [Internet]. [cited 2014 Mar 16]. Available from: http://www.organdonation.nhs.uk/statistics/ transplant_activity_report/archive_activity_reports/ Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 377-82 382 Victor G, Sousa SJF, Garcia MA, Lima MHC, Alves MR 15. Eye Bank Association of America. Cost-benefit analysis of corneal transplant [internet]. Washington, DC: Eye Bank Association of America; 2013 [cited 2013 Feb 10]. Available from: http://www.restoresight.org/ wp-content/uploads/2013/09/Lewin-Study-2013.pdf 16. Victor G, Barth B, Signorelli Junior A. [Evaluate penetrating keratoplasty indications]. Rev Bras Oftalmol. 2002;61(3):174-8. Portuguese. 17. Ghosheh FR, Cremona F, Ayres BD, Hammersmith KM, Cohen EJ, Raber IM, et al. Indications for penetrating keratoplasty and associated procedures, 2001-2005. Eye Contact Lens. 2008;34(4):211-4. 18. Zhang C, Xu J. Indications for penetrating keratoplasty in East China, 1994-2003. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2005;243(10):1005-9. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 377-82 21. Hilgert CV, Sato ÉH. [Management performance of eye banks and its impact on those organizations results]. Rev Bras Oftalmol. 2012;71(1):28-35. Portuguese. 22. Kara-Junior N, Mourad PC, Espíndola RA, AbilRuss HH. [Expectation and knowledge among patients with keratoplasty indication]. Rev Bras Oftalmol. 2011;70(4):230-4. Portuguese. Corresponding author: Gustavo Victor Republica do Líbano Avenue, nº 1034 Zip code: 04002-001 – São Paulo (SP), Brazil Phone: +55 (11) 3884-2020 – Fax: +55 (11) 3884-7680 E-mail: [email protected] RELATO DE CASO383 Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária Blindness reversal in corioretinitis sclopetaria Thaíne Garcia Cruz Carvalho1, Leandro Cabral Zacharias2, Carla Moreira Albhy1, Walter Y. Takahashi3 RESUMO A retinopatia esclopetária é uma manifestação rara de trauma ocular que pode ou não penetrar a órbita. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de retinopatia esclopetária após trauma orbitário por bala de arma de fogo com amaurose total inicial no olho acometido, que evoluiu ao longo de semanas com recuperação visual parcial. Relatamos um caso de um paciente com 12 anos, sexo masculino, vítima de ferimento por arma de fogo, que apresentava ao exame oftalmológico inicial do olho direito pupila não reagente com acuidade visual (AV) de sem percepção luminosa (SPL) e diagnóstico de retinopatia esclopetária nesse olho. O olho esquerdo apresentava-se normal. O paciente foi submetido à exérese do projétil alojado na cavidade orbitária. No 14° pós-operatório, o paciente referiu enxergar claridade, apresentava AV de conta dedos a 30 cm. Ao longo dos primeiros meses, o paciente apresentou melhora constante da AV e com oito meses de seguimento, apresentava AV de 0,15. Na retinopatia esclopetária, a AV geralmente é baixa. Ainda não é claro atualmente se a perda visual é ocasionada por lesão à retina, ao nervo óptico, ou um misto dos dois componentes. Casos de amaurose total após trauma geralmente não apresentam prognóstico visual. Porém, alguns pacientes podem apresentar melhora da AV, como no caso aqui descrito. Conclui-se assim que em casos traumáticos contusos em pacientes com baixa AV inclusive SPL, deve-se acompanhar esses pacientes e tratar, se necessário, pela possibilidade de recuperação visual. Descritores: Cegueira; Coriorretinite/diagnóstico; Traumatismos oculares; Ferimentos por arma de fogo; Retina/lesões; Relatos de casos ABSTRACT Corioretinitis sclopetaria is a rare manifestation of ocular trauma which may or may not penetrate the orbit. The aim of this study is to report a case of Corioretinitis sclopetaria after orbital trauma by a firearm bullet that had initial total blindness in the affected eye, and evolved over weeks with partial visual recovery. We report a 12 years old boy, victim of firegun injury, who presented a diagnosis of corioretinitis sclopetaria in his right eye. Initial ophthalmologic examination of this eye showed nonreactive pupil and visual acuity of no light perception. The left eye was normal. The patient underwent excision of the firearm bullet located in the orbit. On the early postoperative, the patient reported seeing light and presented visual acuity of counting fingers at 30 cm. The patient showed steady improvement and after eight months his visual acuity was of 0.15 on the affected eye. In corioretinitis sclopetaria, presented visual acuity is generally low. It is still unclear whether visual loss is caused by damage to retina, optic nerve or both components. Patients with total blindness after trauma usually have no visual prognosis. However, some patients may show visual acuity improvement, such as the case described here. Therefore, in patients victims of blunt ocular trauma with low visual acuity, including no light perception, it is important to monitor these patients and treat, if necessary, due to the possibility of visual recovery. Keywords: Blindness; Chorioretinitis/diagnosis; Eye injuries; Wounds, gunshot; Retina/injuries; Case reports Residência Médica em Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil. 1 2,3 Trabalho realizado no Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil Os autores declaram não haver conflitos de interesse. Recebido para publicação em 12/6/2014 - Aceito para publicação em 11/7/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 383-5 384 Carvalho TGC, Zacharias LC, Albhy CM, Takahashi WY INTRODUÇÃO D iversas lesões retinianas e coroideanas podem surgir após um trauma contuso ocular por arma de fogo. A retinopatia esclopetária é tradicionalmente associada a um trauma orbitário por um projétil de alta velocidade que atinge a órbita, porém não penetra o globo ocular(1,2). Essa patologia causa uma lesão coriorretiniana de espessura total com perda visual associada(3). Goldzieher introduziu o termo de coriorretinite esclopetária para descrever a aparência da rotura de coróide e retina subsequente a uma lesão orbital após um trauma com uma bala de arma em 1901(1). Achados fundoscópicos descritos incluem proliferação fibrovascular, migração e proliferação do epitélio pigmentado da retina (EPR), formação de membrana epirretiniana, perda de fotorreceptores e atrofia óptica(2-4). O descolamento de retina é raro nessa condição dada a proliferação fibrovascular e cicatriz que surge com a evolução da doença(3). Classicamente, a retinopatia esclopetária é descrita após trauma por projéteis de alta velocidade que penetram a órbita, mas não penetram o globo ocular. Porém, a retinopatia esclopetária já foi descrita após outros tipos de trauma contuso, sem penetração orbitária, como após trauma com bolas de paintball, airbag, entre outros. Assim, a retinopatia esclopetária é uma manifestação rara de trauma ocular que pode ou não penetrar a órbita(4). O objetivo desse trabalho é relatar um caso de retinopatia esclopetária após trauma orbitário por bala de arma de fogo com amaurose total inicial no olho acometido, que evoluiu ao longo de semanas com recuperação visual parcial. Relato de caso Paciente do sexo masculino de 12 anos de idade deu entrada no nosso serviço vítima de ferimento por arma de fogo em face. Apresentava orifício de entrada em pálpebra superior direita, sem orifício de saída. O paciente encontrava-se estável clinicamente. Ao exame oftalmológico do olho direito, apresentava edema, hematoma e laceração palpebral superior. À palpação, era possível sentir parte do projétil na órbita superior. Seu exame apresentava pupila não reagente à direita com acuidade visual (AV) sem percepção luminosa (SPL). À biomicroscopia, havia quemose importante, câmara anterior formada, com hifema inferior, e corectopia. O tônus ocular era normal. Não foi visualizada perfuração ocular. A motilidade ocular externa apresentava redução parcial em todas as posições. Foi difícil avaliar fundo de olho no exame inicial pelo edema palpebral e quemose. O olho esquerdo apresentava exame oftalmológico normal. A tomografia de órbitas revelou projétil de arma de fogo alojado em órbita anterior superior à direita. Foi indicado nesse momento retirada do projétil com exploração cirúrgica escleral superior, dada a possibilidade de perfuração e sutura da laceração palpebral. O paciente foi submetido à exérese do projétil de arma de fogo. Foi realizada exploração cirúrgica sem evidências de perfuração ocular e suturada a pálpebra superior. No primeiro pós-operatório, o paciente mantinha a AV de SPL, edema palpebral intenso, hifema discreto, iridodiálise nasal superior e tônus ocular normal. Era difícil avaliar seu fundo de olho pelo edema palpebral importante. No 14° pós-operatório, o paciente referiu enxergar claridade. Ao exame, apresentava acuidade de conta dedos a 30 cm no campo superior, melhora do Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 383-5 Figura 1: Retinopatia esclopetária: Retinografia inicial do olho direito edema palpebral, pressão intraocular (PIO) de 18mmHg, e reação inflamatória intensa na câmara anterior. Ao fundo de olho apresenta nervo óptico pálido sem edema e alteração pigmentar retiniana por todo o polo posterior (figura 1). Foi introduzido prednisona via oral 30 mg por dia (1mg/kg de peso). No 21° pósoperatório, o paciente mantinha a AV, com pequena melhora da inflamação intraocular. Foi suspensa a prednisona via oral. Com um mês de pós-operatório, o paciente referiu nova melhora visual. Ao exame apresenta AV de conta dedos a um metro e redução da inflamação da câmara anterior. O fundo de olho mantinha-se estável. Com 2 meses de seguimento, o paciente apresentou nova melhora visual. Ao exame, apresentava AV de conta dedos a 1,5m, sem inflamação de câmara anterior, com iridodiálise nasal superior, início de catarata subcapsular posterior e fundo de olho mantido. Com 4 meses de seguimento, apresentava acuidade visual de 0,1, biomicroscopia mantida e fundo de olho com desenvolvimento de membrana epirretinana temporal superior com pequena tração e fibrose sub-retiniana extensa e fibrose pré-retiniana às 12h. Com 8 meses de seguimento, apresentava AV de 0,15 e o restante do exame ocular mantido. DISCUSSÃO Traumas por bala de arma de fogo podem levar a lesões oculares penetrantes ou contusas. É importante descartar lesões penetrantes oculares dada a necessidade cirúrgica de reparo da lesão. Diversas lesões traumáticas estão associadas a traumas contusos, como hifema, hemorragia vítrea, commotio retinae, descolamento de retina, neuropatia óptica, retinopatia esclopetária, entre outros. No presente caso, relatamos um paciente vítima de ferimento por arma de fogo que penetrou a órbita, porém não o globo ocular, levando a baixa de acuidade visual por um quadro de retinopatia esclopetária associada provavelmente a algum grau de neuropatia óptica traumática(5). As lesões traumáticas oculares são mais comuns em homens jovens, como na maioria dos traumas em geral. Nos casos da retinopatia esclopetária, é comum encontrar algum grau de hifema e hemorragia vítrea. À medida que a hemorragia é 385 Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária reabsorvida, é possível notar proliferação fibrosa na região acometida.(3,4) A lesão retiniana é atribuída a uma onda de choque que se propaga após a passagem do projétil em alta velocidade(3). Essa onda de choque provoca então uma ruptura coriorretiniana, gerando o aspecto cicatricial difuso da condição. A mácula é comumente envolvida no casos de retinopatia esclopetária, e algum grau de neuropatia óptica traumática geralmente está associada. A acuidade visual geralmente é baixa pelo desenvolvimento de cicatriz macular, buraco macular, membrana epirretiniana e pelo dano indireto ao nervo óptico(3,6). No presente caso o paciente apresentava acuidade visual sem percepção luminosa com melhora gradual da visão. Casos de recuperação visual semanas após AV inicial de SPL são bem descritos em literatura após quadro de neuropatia óptica traumática(3,5,7). No atual relato de caso, o paciente apresentava inicialmente acuidade visual de sem percepção luminosa que melhorou parcialmente ao longo do acompanhamento. Relatos de pacientes apenas com neuropatia óptica traumática que apresentam acuidade visual sem percepção luminosa e recuperação visual ao longo de semanas são raros, mas já descritos. Recuperação da amaurose total após esclopetária não apresentam descrições prévias em nosso meio. Conclui-se assim que alguns casos traumáticos apresentam prognóstico visual mesmo com apresentação inicial de SPL, como o observado no caso descrito associado à coriorretinopatia esclopetária. REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Goldzieher W. Beitrag zur Pathologie der orbitalen Schussverletzungen. Z Augenheilkd.1901;6:277–85. Mohammadpour M, Soheilian M. Concomitant optic nerve transection and chorioretinitis sclopetaria. BMC Ophthalmol. 2005;5(1):29. Ahmadabadi M N, Karkhaneh R, Roohipoor R, Tabatabai A, Alimardani A. Clinical presentation and outcome of chorioretinitis sclopetaria: a case series study. Injury. 2010; 41(1):82-5. Taban M, Sears JE. Ocular findings following trauma from paintball sports. Eye (Lond). 2008; 22(7):930-4. Wu W, Sia DI, Cannon PS, Selva D, Tu Y, Qu J. Visual acuity recovery in traumatic optic neuropathy following endoscopic optic nerve decompression: a case report. Ophthal Plast Reconstr Surg. 2011;27(1):e13-e15. Martin DF, Awh CC, McCuen 2nd BW, Jaffe GJ, Slott JH, Machemer R. Treatment and pathogenesis of traumatic chorioretinal rupture (sclopetaria). American journal of ophthalmology. 1994; 117(2), 190-200. Wolin MJ, Lavin PJ. Spontaneous visual recovery from traumatic optic neuropathy after blunt head injury. Am J Ophthalmol. 1990;109(4):430-5. Autor correspondente Thaíne Garcia Cruz Carvalho Rua Teodoro Sampaio, nº 363 – apto 505 – Pinheiros CEP 05405-000 – São Paulo (SP), Brasil Email: [email protected] Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 383-5 RELATO DE CASO 386 Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient Zoster optic neuritis in immunocompentent Clovis Arcoverde Freitas-Neto1,2,4, Olga Cerón1,2, Katia Delalibera Pacheco3, Viviane Oliveira Pereira3, Marcos Pereira Ávila3, C. Stephen Foster 1,2,5 ABSTRACT A 58-year-old woman presented with rash over the left side of the face and intense acute uveitis. Following careful review of the symptoms and dilated fundus examination unilateral optic neuritis was discovered. The rash was typical of varicella zoster dermatitis. Patients presenting with herpes zoster ophthalmicus should always undergo dilated fundus examination, as there is a potential risk of unexpected posterior segment inflammation. Early diagnosis and prompt treatment can avoid visual sequelae. Keywords: Herpes Zoster Ophthalmicus/complications; Carrier State; Uveitis; Fundus oculi; Optic neuritis; Case reports RESUMO Paciente de 58 anos de idade apresentando erupção cutânea no lado esquerdo da face e intensa uveíte unilateral. Após cuidadosa revisão dos sintomas e exame de fundo do olho foi detectada neurite óptica. O rash era típico de dermatite por varicella zoster. Pacientes apresentando quadro de herpes zoster oftálmico devem ser submetidos ao exame de fundo do olho devido ao risco de inesperada inflamação do segmento posterior. Diagnóstico precoce e tratamento imediato podem evitar danos visuais. Descritores: Herpes Zoster Oftálmico/complicações; Portador sadio; Uveítes; Fundo de olho; Neurite óptica; Relatos de casos Massachusetts Eye Research and Surgery Institution – Cambridge, MA, USA; Ocular Immunology and Uveitis Foundation – Cambridge, MA, USA; 3 Centro Brasileiro da Visão – Brasília (DF), Brazil; 4 Hospital de Olhos Santa Luzia – Recife (PE), Brazil; 5 Harvard Medical School - Cambridge, MA, USA. 1 2 The authors declare no conflicts of interest Recebido para publicação em 3/7/2014 - Aceito para publicação em 11/7/2014 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 386-8 Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient 387 INTRODUCTION V aricella zoster virus (VZV) can remain latent in sensory ganglia and can reactivate unpredictably producing inflammation. The neuronal damagge sometimes persists with debilitating pain as post herpetic neuralgia(1). The virus produces a typical vesicular rash affecting one or more cutaneous dermatomes. Reduction of cellular immunity is one cause of VZV reactivation, humoral immunity persists intact in most cases(2). An epidemiologic study from the United States of VZV infection revealed an incidence of 3.2 per 1000 person-years according to diagnosis codes of health care claims. Rates were highest among individuals over 80 and with evidence of recent care for transplantation, HIV infection or cancer. Approximately half of the patients with HZO present with keratitis, conjunctivitis, or uveitis(3). Optic neuritis is one rare complication of herpes zoster ophthalmicus (HZO). This must be treated aggressively, because the visual prognosis is usually poor(4). Here in, we describe a rare case in which the patient experienced rash, anterior uveitis associated with optic neuritis with clinical and visual improvement following aggressive treatment. Case report A 58 year-old woman presented to the emergency room complaining of a two-day history of pain and decreased vision in her left eye. At examination facial erythematous vesicles over the left ophthalmic branch of the trigeminal nerve were seen. The patient’s best-corrected visual acuity was 20/20 in the right eye and 20/200 in the left eye. Slit lamp examination of the right eye was normal, her left eye revealed keratic precipitates, 3+/4+ cells and 2+/4+ flare in the anterior chamber (figure 1). Trace vitreous cells were noted in the left eye as well. Intraocular pressures by applanation tonometry were 12 and 34 mmHg, right and left eye respectively. Fundus examination revealed left optic nerve swelling. Fluorescein angiography (FA) showed hyperfluorescence with late dye leakage in the left optic nerve and normal retinal circulation. Ocular coherence tomography (OCT) confirmed nerve inflammation revealing thickening of retinal fiber layers around the optic nerve head (figure 2)(4,7). The right eye was normal. Treatment was started using cycloplegic and topical corticosteroid. Dorzolamide hydrochloride and timolol maleate were also instilled twice daily to reduce intraocular pressure. Prednisone 1mg/Kg/daily and valacyclovir 1g three-times-daily were prescribed. In 7 days the patient recovered her vision to 20/ 20 in both eyes. Intraocular pressure returned to normal limits. Oral prednisone was weaned weekly and after 4 weeks the patient presented with no signs of neuritis on FA and OCT. The optic nerve returned to physiologic anatomy without dye leakage and the retinal fibers layers returned to normal (figure 3). DISCUSSION Prior to an ophthalmological examination, a detailed history in patients with uveitis is essential. Some authors have stated that over 90% of diagnoses may be made on history grounds alone(5). Varicella zoster virus has the potential to cause intraocular inflammation including iris atrophy, posterior synechia, secondary glaucoma, cataract and retinal necrosis(6). Figure 1: A – Rash over the left side of her forehead; B – Slit lamp examination: anterior uveitis with keratic precipitates and fibrin deposits overlying corneal endothelium Figure 2: A – Hyperemic left optic nerve retinography; B – Late phase angiogram showing optic nerve leakage (red arrow); C – Spectralis OCT: swelling of the right optic nerve Figure 3: A – Normal left eye retinography; B – Late phase angiography without leakage or staining; C – Spectralis OCT: decrease of the retinal thickness around the optic nerve (yellow arrows) Optic neuritis is a rare but possible complication of VZV infection(4,7). Careful reviews of the symptoms are useful to the detection of HZO as well as having it as part of the differential diagnosis. In the described case, the diagnosis was based on the Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 386-8 388 Freitas-Neto CA, Olga Cerón O, Pacheco KD, Pereira VO, Ávila MP, Foster CS presence of vesicular rash, acute anterior uveitis and ocular hypertension. A positive serology for VZV supported the diagnosis. The precise mechanism underlying optic neuropathy in HZO is unknown. Optic nerve inflammation may result from direct viral nerve infection through the cavernous sinus(5). Oral antiviral drugs should be promptly administered to all patients with HZO, irrespective of age or severity of symptoms. As soon as our patient presented at the emergency room with rash and uveitis, antiviral drug and topical corticosteroids was prescribed. Valacyclovir was the antiviral medication of choice and was prescribed three-times-daily. Patients must be advised on the importance of a full course of therapy(8). Acyclovir has been the drug of choice in the therapy of herpes zoster infection for decades(9). A other study with a large patient population demonstrated that valacyclovir offers significant advantages over acyclovir for the treatment of herpes zoster in immunocompetent adults(10). Oral corticosteroids are also recommended in cases of optic neuropathy of HZO, simultaneous with antiviral treatment(8). Our patient was treated for 4 weeks with combination therapy: oral valacyclovir and steroids leading to remission of ocular inflammation and recovery vision. In conclusion optic neuritis is a rare complication of HZO in immunocompetent people and should be considered even in the setting of HZO with keratisis and/or anterior uveitis. Patients presenting with HZO should always undergo dilated fundus examination, as there is a potential risk of unexpected posterior segment inflammation. Early diagnosis and prompt treatment can avoid visual sequelae. REFERENCES 1. Gilden DH, Kleinschmidt-DeMasters BK, LaGuardia JJ, Mahalingam R, Cohrs RJ. Neurologic complications of the reactivation of varicellazoster virus. N Engl J Med. 2000;342(9):635-45. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 386-8 2. Weller TH. Varicella and herpes zoster: changing concepts of the natural history, control, and importance of a not-so-benign virus. N Engl J Med. 1983;309(22):1362-8. 3. Insinga RP, Itzler RF, Pellissier JM, Saddier P, Nikas AA. The incidence of herpes zoster in a United States administrative database. J Gen Intern Med. 2005;20(8):748-53. 4. Wang AG, Liu JH, Hsu WM, Lee AF, Yen MY. Optic neuritis in herpes zoster ophthalmicus. Jpn J Ophthalmol. 2000;44(5):550-4. 5. Castro VM, Sakamoto FS, Orefice F. Uveítes virais. In: Oréfice F, Freitas-Neto, editores. Uveítes. 3a ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan; 2013. p.257-68. (Série Oftalmológica Brasileira, Conselho Brasileiro de Oftalmologia). 6. Capella MJ, Foster CS. Herpesvirus. In: Foster CS, Vitale AT, editor. Diagnosis and treatment of uveitis. 2nd ed. New Delhi: Jaypee Brothers Medical Publishers; 2013. p. 437-60. 7. de Mello Vitor B, Foureaux EC, Porto FB. Herpes zoster optic neuritis. Int Ophthalmol. 2011;31(3):233–6. 8. Gupta N, Sachdev R, Sinha R, Titiyal JS, Tandon R. Herpes zoster ophthalmicus: disease spectrum in young adults. Middle East Afr J Ophthalmol. 2011;18(2):178-82. 9. Whitley RJ, Gnann JW. Acyclovir: a decade later. N Engl J Med. 1992;327(11):782–9. 10. Beutner KR, Friedman DJ, Forszpaniak C, Andersen PL, Wood MJ. Valaciclovir compared with acyclovir for improved therapy for herpes zoster in immunocompetent adults. Antimicrob Agents Chemother. 1995;39(7):1546-53. Corresponding author Clovis Arcoverde Freitas Neto Massachusetts Eye Research and Surgery Institution 5 Cambridge Center, 8th Floor Cambridge – MA – 02142 Telephone: (617) 621-6377 E-mail: [email protected] RELATO DE CASO389 Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos Spontaneous closure of macular hole after pars plana vitrectomy: report of two cases Ana Claudia de Franco Suzuki1, Leandro Cabral Zacharias1, Mário Junqueira Nóbrega2, Rony Carlos Pretti1, Walter Yukihiko Takahashi1 RESUMO O fechamento espontâneo de buraco de mácula de espessura total é um fenômeno raro, especialmente em olhos vitrectomizados. Descrevemos nesse relato dois casos com essa apresentação. No primeiro caso, notou-se o buraco de mácula 1 mês após vitrectomia por membrana epirretiniana e, no segundo, 3 semanas após vitrectomia por descolamento de retina regmatogênico. O fechamento desses buracos ocorreu espontaneamente 2 meses e 1 mês após sua documentação, respectivamente. Feita a revisão bibliográfica e propostas teorias para explicar esta evolução atípica, o entendimento deste fenômeno pôde nos ajudar a refinar a indicação cirúrgica desta patologia. Descritores: Perfurações retinianas, Vitrectomia/métodos, Tomografia de coerência óptica, Membrana epirretiniana, Descolamento retiniano, Relatos de casos ABSTRACT The spontaneous closure of a full-thickness macular hole (MH) developed after vitrectomy is very uncommon. We report a small series of cases (two patients) with this presentation. The first patient developed a MH 1 month after vitrectomy for an epirrretinal membrane and, the second one, 3 weeks after vitrectomy for rhegmatogenous retinal detachment. The MHs resolved spontaneously 2 months and 1 month after their documentation by optical coherence tomography(OCT), respectively. In this case report, we review the literature on spontaneous closure of MHs and discuss possible mechanisms for this rare event. Keywords: Retinal perforations, Vitrectomy/methods, Optical coherence tomography, Epiretinal membrane, Retinal detachment, Case reports Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), Brasil; Universidade da Região de Joinville, Joinville (SC), Brasil. 1 2 Trabalho realizado na Divisão de Clínica Oftalmológica da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil Os autores declaram não haver conflitos de interesse. Recebido para publicação em 4/2/2013 - Aceito para publicação em 22/9/2013 Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 389-91 390 Suzuki ACF, Zacharias LC, NóbregaMJ, Pretti RC, Takahashi WY INTRODUÇÃO O buraco de mácula idiopático (BMI) foi descrito no final do século XIX e tipicamente ocorre em mulheres na sexta ou sétima décadas de vida. Gass et al., em 1988, sugeriram uma tração da superfície vítrea posterior relacionada à gênese dessa patologia e propuseram uma classificação de acordo com suas características biomicroscópicas (tabela 1). Os estágios 1A (buraco precoce) e 1B (oculto) foram posteriormente incluídos nesta classificação(1). Os buracos maculares (BM) estágio 1 apresentam regressão em aproximadamente 50% dos casos após separação vítreofoveolar espontânea. A maioria dos BM no estágio 2 progride para os estágios 3 e 4. Kim et al. relataram essa progressão em 71% de 21 olhos com BM estágio 2 avaliados em um estudo prospectivo e randomizado(2). A cirurgia de vitrectomia posterior via pars plana (VVPP) para fechamento do BMI foi descrita por Kelly e Wendel em 1991(3). Atualmente, o tratamento cirúrgico é indicado nos BMI de espessura total e seu fechamento é descrito em mais de 90% dos casos após cirurgia, com melhora da AV em até 70%(4). A duração dos sintomas, tamanho do BM, acuidade visual (AV) pré-operatória, relações entre medidas dos bordos e diâmetros do BM pelo OCT são variáveis consideradas no prognóstico visual após vitrectomia. A integridade pós-operatória da camada de fotorreceptores também exerceria papel importante no resultado funcional(5). O fechamento espontâneo do BMI de espessura total é raro, sendo descrito na literatura com prevalências que variam entre 4 e 6%. Nos casos de BM traumáticos, esse fenômeno é mais comum (especialmente em jovens). Liberação espontânea da tração vítrea, contração de membrana epirretiniana (MER), proliferação glial ou do epitélio pigmentado da retina, ou pontes do próprio tecido retiniano, formando arcabouço e consequente fechamento do buraco são os mecanismos propostos(6). A reabertura de um BM após vitrectomia ocorre em 4,5 a 9,5% dos casos(7). Seu fechamento espontâneo é raro, visto que não existiria mais componente de tração vítrea na gênese do buraco. Esse fenômeno é ainda mais incomum em BM observados após VVPP por outra patologia retiniana(8). Descreveremos dois casos de BM de espessura total Figura 1: Pré-operatório: A – MER + Buraco macular lamelar; pósoperatório de 1 mês: B – buraco de mácula espessura total; pós-operatório de 3 meses: C – tecido em ponte; pós-operatório de 5 meses: D – sem alterações maculares Figura 2: Pós-operatório da VVPP de 3 semanas: A – com BM espessura total e de 7 semanas; B – com fechamento espontâneo do BM Figura 3: A – Retinografia; B – OCT após 1 ano de seguimento abertos após vitrectomia que evoluíram com fechamento espontâneo. Caso 1 Paciente do sexo masculino, 62 anos, queixa de baixa AV progressiva em olho esquerdo (OE) há 6 meses. AV corrigida de 20/60 em OE, mapeamento de retina com pregueamento macular Tabela 1 Estágios do buraco macular segundo a classificação de Gass Estadiamento 1 1A 1B 2 3 4 Características biomicroscópicas Perda da depressão foveal e presença de um ponto amarelo foveolar, perda do reflexo foveal normal, ausência de descolamento de vítreo posterior Perda da depressão foveal, anel amarelo na região macular com uma interface em ponte de córtex vítreo, ausência de descolamento de vítreo posterior Pequeno defeito central da retina de espessura total, com ou sem uma opacidade pré-foveal (pseudo-opérculo) formada pelo vítreo cortical pré foveal contraído, ausência de descolamento de vítreo posterior Defeito central da retina de espessura total com diâmetro maior ou igual a 400µm, bordas elevadas; vítreo posterior aderido, ausência de anel de Weiss. Pode haver ou não opacidade pré foveolar (pseudo-opérculo). Defeito central da retina de espessura total com diâmetro maior ou igual a 400µm, bordas elevadas; vítreo posterior descolado (frequentemente presença de anel de Weiss) Fonte: Traduzido e adaptado de: Gass JD. Reappraisal of biomicroscopic classification of stages of development of a macular hole. Am J Ophthalmol. 1995;119(6):752-9. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 389-91 Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos e imagem sugestiva de BM. Sinal de Watzke-Allen negativo e OCT com BM lamelar (figura 1A). Realizada VVPP com remoção de MER e da membrana limitante interna e tamponamento com ar, sem intercorrências. Um mês após a cirurgia, queixou-se de escotoma central em OE. AV de 20/50, sinal de Watzke-Allen positivo e OCT com imagem de microburaco de mácula de espessura total (figura 1B). O paciente recusou proposta de nova cirurgia por questões pessoais. Três meses após a cirurgia, AV corrigida de 20/25 e OCT com imagem de ponte de tecido na topografia do BM, com abertura apenas nas camadas mais profundas (figura 1C). Após 5 meses da cirurgia, sem queixas, AV corrigida de 20/20 e mácula sem alterações (figura 1D). Caso 2 Paciente do sexo feminino, 44 anos, míope (-6 dioptrias), antecedente de ceratotomia radial e AV corrigida de 20/25 em ambos os olhos. Apresentou quadro agudo de baixa de visão em OE (conta dedos a 2 metros), sendo diagnosticada com descolamento de retina regmatogênico com roturas periféricas superiores e realizada VVPP. Três semanas após o procedimento, apresentava visão de 20/300 em OE e BM de espessura total com cistos intrarretinianos (figura 2A). Após 1 mês da documentação do buraco, fechamento espontâneo do BM e melhora da visão para 20/50 (figura 2B). Após um ano, mantinha a mesma AV (figura 3). DISCUSSÃO O fechamento espontâneo do BMI é raro, porém bem documentado na literatura e provavelmente secundário à liberação da tração vítrea por descolamento espontâneo do vítreo posterior ou proliferação glial. Pontes de tecido retiniano seriam especialmente importantes nos casos de BM pequenos(6). Inoue et al.(6) observaram que a anatomia macular retomou sua configuração normal em até 3 anos em 6 pacientes com fechamento espontâneo de BMI avaliados com OCT em seu estudo. A AV dos pacientes melhorou em todos os casos, porém com uma pior AV final naqueles em que houve descolamento foveal persistente após fechamento do buraco ou demora na restauração das camadas dos segmentos internos e externos de fotorreceptores. O BM recorrente após vitrectomia é incomum e seu fechamento espontâneo, raro. A tração vítreomacular não seria importante na sua formação, uma vez que o vítreo posterior já estaria descolado. Em 2011, Yonekawa et al.(9)relataram fechamento espontâneo de BM miópico recorrente após vitrectomia. Eles citam em seu artigo mais 5 casos descritos de BM de espessura total após vitrectomia com resolução espontânea, sendo que três apresentavam MER associada. No BM com resolução espontânea após vitrectomia por outras patologias retinianas sugere-se processo de degeneração das camadas internas da retina com atrofia ou coalescência de espaços de edema cistóide iniciando o quadro. Proliferação e contração de elementos gliais da retina poderiam levar a um aumento desses buracos(10) Ogawa et al.(11) relataram BM aberto 7 meses após VVPP por MER. Optou-se por conduta expectante, pois a paciente apresentava boa AV. O fechamento espontâneo do BM ocorreu 2 meses após o diagnóstico (OCT mostrava descolamento foveal 391 residual, que desapareceu após um mês). Em uma série de casos, Tsilimbaris et al.(10)relataram três BM com fechamento espontâneo em olhos vitrectomizados: um por trauma penetrante e dois por descolamento de retina. Os diagnósticos foram feitos, respectivamente, 14 meses, 10 dias e 2 meses após a VVPP em cada caso e sua resolução espontânea, 2 anos, 6 meses e 9 meses após o diagnóstico. Esses relatos demonstram que o fechamento espontâneo de BM em olhos vitrectomizados é um fenômeno raro, mas que pode ocorrer. Em um dos casos, documentou-se a formação de ponte de tecido retiniano, com fechamento inicial das camadas internas da retina e posterior fechamento das camadas externas. O entendimento destes fenômenos pode auxiliar na compreensão da gênese do BMI e no aprimoramento da indicação e das técnicas cirúrgicas. REFERÊNCIAS 1. Gass JD. Reappraisal of biomicroscopic classification of stages of development of a macular hole. Am J Ophthalmol. 1995;119(6):752-9. 2. Kim JW, Freeman WR, Azen SP, el-Haig W, Klein DJ, Bailey IL. Prospective randomized trial of vitrectomy or observation for stage 2 macular holes. Vitrectomy for Macular Hole Study Group. Am J Ophthalmol. 1996;121(6):605-14. 3. Kelly NE, Wendel RT. Vitreous surgery for idiopathic macular holes. Results of a pilot study. Arch Ophthalmol. 1991;109(5):654-9. 4. Bainbridge J, Herbert E, Gregor Z. Macular holes: vitreoretinal relationships and surgical approaches. Eye (Lond). 2008;22(10):1301-9. Review. 5. Negretto AD, Gomes AM, Gonçalves FP, Jiun HS, Abujamra S, Nakashima Y. [Use of anatomical measures of idiopathic macular hole obtained through optical coherence tomography as a predictive factor in visual results: a pilot study]. Arq Bras Oftalmol. 2007;70(5):777-83. Portuguese. 6. Inoue M, Arakawa A, Yamane S, Watanabe Y, Kadonosono K. Longterm outcome of macular microstructure assessed by optical coherence tomography in eyes with spontaneous resolution of macular hole. Am J Ophthalmol. 2012;153(4):687-91. 7. Gross JG. Late reopening and spontaneous closure of previously repaired macular holes. Am J Ophthalmol. 2005;140(3):556-8. 8. Tsilimbaris MK, Gotzaridis S, Charisis SK, Kymionis G, Christodoulakis EV. Spontaneous closure of macular holes developed after pars plana vitrectomy. Semin Ophthalmol. 2007;22(1):39-42. 9. Yonekawa Y, Hirakata A, Inoue M, Okada AA. Spontaneous closure of a recurrent myopic macular hole previously repaired by pars plana vitrectomy. Acta Ophthalmol. 2011;89(6):e536-7. 10. Lo WR, Hubbard GB. Macular hole formation, spontaneous closure, and recurrence in a previously vitrectomized eye. Am J Ophthalmol. 2006;141(5):962-4. 11. Ogawa M, Ohji M. Spontaneous closure of a macular hole after vitrectomy for an epiretinal membrane. Jpn J Ophthalmol. 2010;54(4):368-70. Autor correspondente Leandro Cabral Zacharias Universidade de São Paulo da Faculdade de Medicina Av. Dr. Eneas de Carvalho Aguiar, nº 255 – 6º andar Cerqueira César CEP 05403-000 - São Paulo (SP) – Brasil Telefone: (011) 30697871 E-mail: [email protected] Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 389-91 392 Índice remissivo do volume 73 Autores ED. PÁG. Agostini, Rafael Mourão ... et al. Oclusão de artéria central da retina associada a forame oval patente ....................................................................... 5 308 Aguiar, Daniela Vieira de ... et al. Oclusão de artéria central da retina associada a forame oval patente ....................................................................... 5 308 Albhy, Carla Moreira ... et al. Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária ....................................................................................... 6 383 Alencar, Adroaldo de ... et al. Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells ............................................ 6 335 Alencar, Luciana Malta de ... et al. Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital .................................................................................. 6 329 Almeida, Ana ... et al. Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Almeida, Grazziella Acácio e ... et al. - Macroadenoma hipofisário: alterações campimétricas visuais ...................................................................... 2 120 Almeida, Hirlana Gomes ... et al. - Perfil epidemiológico de pacientes na fila de transplante de córnea no estado de Pernambuco - Brasil ...... 1 28 Almeida, Hirlana Gomes ... et al. - Aspectos sociais do transplante de córnea no Brasil: contraste entre avanços na técnica cirúrgica e limitação de acesso à população .......................................................................................... 5 260 Almeida, Hirlana Gomes ... et al. - Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina ............................................. 5 269 Alvarenga, Richard Beraldini ... et al. - Serological profile of candidates for corneal donation ............................................................................................ 5 282 Alves, Aline Pinto ... et al. - Retinopatia em pacientes hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde da família .......................................... 2 108 Alves, Cassia Cristiane de Freitas ... et al. - The influence of assistive technology devices on the performance of activities by visually impaired .... 2 103 Alves, Milton Ruiz ... et al. - Analysis of low-energy and high-frequency femtosecond laser for the construction of deep anterior donor corneal lamellae ........................................................................................ 2 ED. PÁG. Araujo, Eduardo Henrique ... et al. - Intravitreal bevacizumab therapy for idiophatic juxtafoveolar retinal telangiectasis associated with serous macular detachment ............................................................................................. 1 47 Araújo, Nadja Emídio Corrêa de ... et al. - Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura ................................................ 2 112 Arcoverde, Ana Lúcia ... et al. - Intravitreal bevacizumab therapy for idiophatic juxtafoveolar retinal telangiectasis associated with serous macular detachment ............................................................................................. 1 47 Arellanes-García, Lourdes ... et al. - Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population ............ 6 348 Arieta, Carlos Eduardo Leite ... et al. - Comparação das características de citação entre os relatos de caso/séries de casos versus demais desenhos de estudos nos artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia ..................................................................................................... 1 7 Assmann, Maria Luiza ... et al. - Serological profile of candidates for corneal donation ................................................................................................... 5 282 Auad, Luisa Jácomo ... et al. - Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil ............................ 4 225 Ávila, Marcos Pereira de ... et al. - Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient ............................... 6 386 Ávila, Marcos Pereira de ... et al. - Edema cistoide de mácula pósLASIK tratado com ranibizumabe .................................................................. 3 171 Ávila, Marcos Pereira de ... et al. - Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil ....................... 4 225 Azevedo, Carolina Maria de ... et al. - Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura ............................................................ 2 112 Barison, Mirna Adolfina ... et al. - Serological profile of candidates for corneal donation ................................................................................................... 5 282 Bastos, Ronaldo Rocha ... et al. - Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery .................................................. 2 93 Battistella, Roberto ... et al. - Progressão atípica de perda visual em paciente com glaucoma primário de ângulo aberto .................................... 1 40 Alves, Milton Ruiz ... et al. - A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American Eye Banks and lamellar transplants .............................................................................................. 6 377 Belin, Michael W. ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 75 Amatto, Vinícius Balbi ... et al. - Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina .................................................................... 5 269 Bezerra, Virgínia Lúcia ... et al. - Características das doações de córnea no estado do Piauí ................................................................................................ 6 351 Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Relevância da biomecânica da córnea no glaucoma .................................................................................................................. 1 Bonamigo, Elcio Luiz ... et al. - Sealing the gap between conjunctiva and Tenon’s capsule in primary pterygium surgery .................................... 5 287 71 Alves, Milton Ruiz ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtosegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital ................................................................................................ 6 329 Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 37 Bonfadini, Gustavo ... et al. - Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro ................................................................................... 4 237 75 Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Prognóstico visual de ‘crosslinking’ para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória .............. 4 220 Ambrósio Jr, Renato ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas ............................................................................................. 1 Amorim, Fernando Henrique Ramos ... et al. - Comparação das características de citação entre os relatos de caso/séries de casos versus demais desenhos de estudos nos artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia ................................................................................ 1 16 7 Amstalden, Eliane Maria Ingrid ... et al. - Influência da aplicação intraoperatória de mitomicina C tópica episcleral na proliferação e diferenciação de células epiteliais córneo-conjuntivais de coelhos ......... 3 154 Bonfadini, Gustavo ... et al. - Novel spatula and dissector for safer deep anterior lamellar keratoplasty ................................................................ 5 279 Botelho, Caio Augusto Schlindwein ... et al. - Indicações e perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à ceratoplastia ........................ 3 162 Boteon, Joel Edmur ... et al. - Comparison of clinical outcomes between limbal relaxing incisions and toric intraocular lenses in eyes with astigmatic corneas ................................................................................................. 1 11 Brenner, Luis Felipe ... et al. - Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809MTM ................................................ 2 81 Briceño, César Augusto ... et al. - Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais ................................................................................................... 2 123 Andrês, Rui ... et al. - Trombose parcial do seio cavernoso ...................... 3 182 Brito, Cristina ... et al. - Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia ............................................................ 6 358 Arantes, Tiago Faria e ... et al. - Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users .. 3 135 Brum, Dário Eduardo de Lima ... et al. - Serological profile of candidates for corneal donation ............................................................................................ 5 282 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 393 ED. PÁG. ED. PÁG. Caiado, Rafael Ramos ... et al. - State of the art in chromovitrectomy ....... 6 363 Cronemberger, Sebastião ... et al. - Citations in scientific papers .......... 6 323 Calixto, Nassim ... et al. - Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells ................................................................ 6 335 Cronemberger, Sebastião ... et al. - Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells ............................... 6 335 Campos, Mauro ... et al. - Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia de catarata, com implantes de lentes monofocais, bifocais e multifocais ............................................................................................ 2 Cunha, João P. ... et al. - Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia ............................................................ 6 358 86 Campos, Mauro ... et al. - Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro ................................................................................... 4 237 Cunha, Leonardo Provetti ... et al. - Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery ................................. 2 93 Campos, Mauro ... et al. - Novel spatula and dissector for safer deep anterior lamellar keratoplasty ........................................................................... 5 279 Daga, Fábio Bernardi ... et al. - Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo ....................................................................................................... 5 273 Cançado, José Eduardo Prata ... et al. - Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia de catarata, com implantes de lentes monofocais, bifocais e multifocais ..................................................................... 2 Dantas, Adalmir Morterá ... et al. - Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells ............................................ 6 335 86 Candido, Louise Rodrigues ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) ............................................................. 3 138 Canedo, Ana Laura Caiado ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ...................... 2 75 Carneiro, Bernardo Gribel ... et al. - Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura ............................................................ 2 112 Carneiro, Rachel Camargo ... et al. - Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais ...................................................................... 6 324 Carvalho, Keila Miriam Monteiro de ... et al. - Influência da aplicação intraoperatória de mitomicina C tópica episcleral na proliferação e diferenciação de células epiteliais córneo-conjuntivais de coelhos ......... 3 154 Carvalho, Keila Monteiro de ... et al. - The influence of assistive technology devices on the performance of activities by visually impaired .... 2 103 Carvalho, Keila Monteiro de ... et al. - Visual impairment, rehabilitation and International Classification of Functioning, Disability and Health ... 5 291 Carvalho, Mario José ... et al. - Comparison of clinical outcomes between limbal relaxing incisions and toric intraocular lenses in eyes with astigmatic corneas ................................................................................................. 1 Dias-Santos, Arnaldo ... et al. - Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia ........................................... 6 358 Diniz, Eduardo de Castro Miranda ... et al. - Ptose palpebral causada por Paquidermoperiostose ................................................................................ 4 246 Diniz, Eduardo de Castro Miranda ... et al. - Oclusão de artéria central da retina associada a forame oval patente ..................................................... 5 308 Escarião, Paulo ... et al. - Intravitreal bevacizumab therapy for idiophatic juxtafoveolar retinal telangiectasis associated with serous macular detachment .............................................................................................................. 1 47 Espíndola, Rodrigo França de ... et al. - Avanços em substâncias viscoelásticas na facoemulsificação ................................................................... 4 197 Farah, Michel Eid ... et al. - State of the art in chromovitrectomy .......... 6 363 Felicíssimo, Lucas Costa ... et al. - Indicações e perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à ceratoplastia ...................................................... 3 162 Félix, Gabriela Alves de Lima ... et al. - Conhecimento da população sobre glaucoma e perfil epidemiológico em campanha realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley ....................................................... 1 33 Ferraz, Daniel Araujo ... et al. - Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users .. 3 135 11 Carvalho, Thaíne Garcia Cruz ... et al. - Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária ................................................................................. 6 383 Ferraz, Vauney Alves da Silva ... et al. - Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia de catarata, com implantes de lentes monofocais, bifocais e multifocais ..................................................................... 2 Cautela, Karina Ameno ... et al. - Síndrome do bloqueio capsular tardio - relato de dois casos ............................................................................................ 1 Ferreira, Joana ... et al. - Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia ............................................................ 6 358 50 Cerón, Olga ... et al. - Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient ............................................ 6 386 Cerqueira, Vitor Barbosa ... et al. - Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura ............................................................ 2 112 Chaoubah, Alfredo ... et al. - Nível de conhecimento sobre glaucoma primário de ângulo aberto entre os estudantes de medicina ................... 5 302 Chaves, Mario Augusto Pereira Dias ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital ............................................. 6 329 Cheja-Kalb, Rashel ... et al. - Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population ............................. 6 348 Concha-del Río, Luz Elena ... et al. - Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population ............ 6 348 Conte, Marcelo ... et al. - Comparação de resposta da pressão intraocular frente a duas diferentes intensidades e volumes do treinamento resistido .. 1 23 Corpa, Jesse Haroldo de Nigro ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) ............................................................. 3 138 Correa, Rosane ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas ................................................................................................. 1 16 Correa, Rosane ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to BelinAmbrósio deviation index (BAD-D) .............................................................. 2 75 86 Fonseca Junior, Nilson Lopes da ... et al. - Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats ................................................................................. 6 341 Fonseca, Fabricio Lopes da ... et al. - Unusual ocular manifestations of silent sinus syndrome ........................................................................................... 1 44 Foster, C. Stephen ... et al. - Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient ............................................ 6 386 Freitas, Giuliano de Oliveira ... et al. - Comparison of clinical outcomes between limbal relaxing incisions and toric intraocular lenses in eyes with astigmatic corneas ........................................................................................ 1 11 Freitas, Luiz Guilherme Azevedo de ... et al. - Edema cistoide de mácula pós-LASIK tratado com ranibizumabe .......................................................... 3 171 Freitas-Neto, Clovis Arcoverde ... et al. - Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient ................. 6 386 Galveia, José ... et al. - Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Garcia, Marcos Alonso ... et al. - A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American Eye Banks and lamellar transplants ...................................................................................... 6 377 Gasparetto, Maria Elisabete Rodrigues Freire ... et al. - The influence of assistive technology devices on the performance of activities by visually impaired .................................................................................................... 2 103 Costa, Bruno ... et al. - Trombose parcial do seio cavernoso ................... 3 182 Gonçalves, Eliana Domingues ... et al. - Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais .......................................................................................... 2 123 Costa, Carolina Ferreira ... et al. - Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery .................................................. 2 93 Gonçalves, Eliana Domingues ... et al. - Dacriocistocele congênita: relato de caso e conduta .................................................................................................. 4 243 Costa-Cunha, Luciana Virgínia Ferreira ... et al. - Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery ................ 2 93 Coutinho, Marília de Sá ... et al. - Schwannoma em pálpebra superior esquerda em criança de 10 anos ....................................................................... 2 117 Gonçalves, Fauze Abdulmassih ... et al. - Comparação das características de citação entre os relatos de caso/séries de casos versus demais desenhos de estudos nos artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia ..................................................................................................... 1 7 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 394 ED. PÁG. ED. PÁG. Gonçalves, Michelle Rodrigues ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital .................................................................................. 6 329 Kara-Junior, Newton ... et al. - Analysis of ocular cyclotorsion in lying position after peribulbar block and topical anesthesia .............................. 4 199 Gracia, Marina ... et al. - Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina ............................................................................... 5 269 Guedes, Marielle de Medeiros Rodrigues ... et al. - Conhecimento da população sobre glaucoma e perfil epidemiológico em campanha realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley .............................. 1 33 Guedes, Ricardo Augusto Paletta ... et al. - Nível de conhecimento sobre glaucoma primário de ângulo aberto entre os estudantes de medicina ................................................................................................................... 5 302 Guedes, Vanessa Maria Paletta ... et al. - Nível de conhecimento sobre glaucoma primário de ângulo aberto entre os estudantes de medicina ................................................................................................................... 5 302 Guerra, Frederico ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 75 Guimaraes, Aline Silva ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital .................................................................................. 6 329 Hemerly, Mariana Heid Rocha ... et al. - Parinaud’s oculoglandular syndrome and possibly causing cortical cataract .......................................... 3 174 Hida, Richard Yudi ... et al. - Aspectos sociais do transplante de córnea no Brasil: contraste entre avanços na técnica cirúrgica e limitação de acesso à população ............................................................................................... 5 260 Hida, Wilson Takashi ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtosegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital ................................................................................................ 6 329 Hirai, Flavio Eduardo ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital .................................................................................. 6 329 Igami, Thais Zamudio ... et al. - Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users .. 3 135 Isaac, David Leonardo Cruvinel ... et al. - Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil .. 4 225 Jablinski, Cláudio Enrique Cuadros ... et al. - Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais ........................................................................ 2 123 Janicijevic, Katarina M ... et al. - Tumor of orbit ........................................... 1 55 Janicijevic-Petrovic, Mirjana A ... et al. - Tumor of orbit ............................ 1 55 Jesus, André Simoni de ... et al. - Achados epidemiológicos e alterações oftalmológicas em diabéticos atendidos em hospital geral secundário . 3 167 Jorge, Priscilla de Almeida ... et al. - Opacificação de lente intraocular .... 2 69 Jun, Albert S. ... et al. - Novel spatula and dissector for safer deep anterior lamellar keratoplasty ........................................................................... 5 279 Jung, Liang ... et al. - Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809MTM .......................... 2 81 Jungmann, Patrícia ... et al. - Schwannoma em pálpebra superior esquerda em criança de 10 anos ....................................................................... 2 117 Kara-Junior, Newton ... et al. - Reflexões sobre elaboração e publicação de pesquisas clínicas ............................................................................................. 6 321 Kara-José, Newton ... et al. - Avaliação da satisfação profissional de funcionários em um hospital público de reconhecida efetividade assistencial ............................................................................................................... 3 143 Kara-José, Newton ... et al. - Influência da aplicação intraoperatória de mitomicina C tópica episcleral na proliferação e diferenciação de células epiteliais córneo-conjuntivais de coelhos ....................................................... 3 154 Kara-Junior, Newton ... et al. - Medicina baseada em evidências ............ 1 5 Kara-Junior, Newton ... et al. - Comparação das características de citação entre os relatos de caso/séries de casos versus demais desenhos de estudos nos artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia ........................................................................................................... 1 7 Kara-Junior, Newton ... et al. - Definição da população e randomização da amostra em estudos clínicos ......................................................................... 2 67 Kara-Junior, Newton ... et al. - Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina .................................................................... 5 269 Kara-Júnior, Newton ... et al. - Avaliação da satisfação profissional de funcionários em um hospital público de reconhecida efetividade assistencial ............................................................................................................... 3 143 Ken-Itchi Kondo, Gabriel Alexander ... et al. - Sealing the gap between conjunctiva and Tenon’s capsule in primary pterygium surgery ............. 5 287 Kim, Eun Chul ... et al. - Novel spatula and dissector for safer deep anterior lamellar keratoplasty ........................................................................... 5 279 Koifman, Ana Célia Baptista ... et al. - Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura ............................................................ 2 112 Koller, Tobias ... et al. - Prognóstico visual de ‘crosslinking’ para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória .............. 4 220 Lavezzo, Marcelo Mendes ... et al. - Progressão atípica de perda visual em paciente com glaucoma primário de ângulo aberto ............................. 1 40 Leite, Rubens Amorim ... et al. - Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo ....................................................................................................... 5 273 Lima, Mário Henrique Camargos de ... et al. - A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American Eye Banks and lamellar transplants ............................................ 6 377 Lira, Rodrigo Pessoa Cavalcanti ... et al. - Comparação das características de citação entre os relatos de caso/séries de casos versus demais desenhos de estudos nos artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia ................................................................................ 1 7 Loch, Ana Cláudia Nóbrega ... et al. - Retinopatia em pacientes hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde da família ......... 2 108 Lopes, Bernardo ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas ................................................................................................. 1 16 Lopes, Bernardo ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 75 Lopes, Bernardo ... et al. - Prognóstico visual de ‘crosslinking’ para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória .............. 4 220 Lorena, Silvia Helena Tavares ... et al. - Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais .......................................................................................... 2 123 Lorena, Silvia Helena Tavares ... et al. - Obstrução da via lacrimal após radioiodoterapia: relato de caso e conduta ................................................... 3 185 Lorena, Silvia Helena Tavares ... et al. - Dacriocistocele congênita: relato de caso e conduta ................................................................................................. 4 243 Lorena, Silvia Helena Tavares ... et al. - Dacriocistocele no adulto ........................................................................................................................ 5 311 Loureiro, António ... et al. - Trombose parcial do seio cavernoso ......... 3 182 Luchini, Andréa ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia ........................................................................................ 4 210 Lückmann, Luan Felipe ... et al. - Sealing the gap between conjunctiva and Tenon’s capsule in primary pterygium surgery .................................... 5 287 Lui, Giovana Arlene Fioravanti ... et al. - Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo ....................................................................................................... 5 273 Lui, Tatiana Adarli Fioravanti ... et al. - Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo ....................................................................................................... 5 273 Lui-Netto, Adamo ... et al. - Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo .... 5 273 Kara-Junior, Newton ... et al. - Como mensurar a precisão dos resultados de estudos clínicos ................................................................................................ 3 133 Kara-Junior, Newton ... et al. - A padronização do ensino em oftalmologia ... 4 195 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 Kara-Junior, Newton ... et al. - Estrutura, estilo e escrita de artigo científico: a maneira com que pesquisadores reconhecem seus pares ... 5 257 Lunardelli, Adroaldo ... et al. - Serological profile of candidates for corneal donation ................................................................................................... 5 282 Luz, Allan ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to BelinAmbrósio deviation index (BAD-D) .............................................................. 2 75 Luz, Allan Cezar da ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas ................................................................................................. 1 16 395 ED. PÁG. Lyra, João Marcelo ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas ................................................................................................. 1 16 Machado, Marco Antônio Campos ... et al. - Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais .................................................................................... 2 123 Machado, Maria Cecilia ... et al. - Avaliação da satisfação profissional de funcionários em um hospital público de reconhecida efetividade assistencial ............................................................................................................... 3 143 Maia, André ... et al. - State of the art in chromovitrectomy .................... 6 363 Maia, Maurício ... et al. - State of the art in chromovitrectomy ............... 6 363 Marcondes, Ana Maria ... et al. - Influência da aplicação intraoperatória de mitomicina C tópica episcleral na proliferação e diferenciação de células epiteliais córneo-conjuntivais de coelhos ......................................... 3 154 Martinelli, Edmundo José Velasco ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) ............................................................. 3 138 Martins, Saulo Costa ... et al. - Nível de conhecimento sobre glaucoma primário de ângulo aberto entre os estudantes de medicina ................... 5 302 Matayoshi, Suzana ... et al. - Tratamento cirúrgico da blefaroptose congênita .................................................................................................................. 4 202 Matayoshi, Suzana ... et al. - Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais ............................................................................................. 6 324 Mattos, Fellipe Berno ... et al. - Parinaud’s oculoglandular syndrome and possibly causing cortical cataract .............................................................. 3 174 Mattos, Marcelo Berno ... et al. - Parinaud’s oculoglandular syndrome and possibly causing cortical cataract .............................................................. 3 174 ED. PÁG. Moreira Neto, Carlos Augusto ... et al. - Relação entre acuidade visual e condições de trabalho escolar em crianças de um colégio do ensino fundamental público de Curitiba ..................................................................... 4 216 Moreira, Ana Tereza Ramos ... et al. - Relação entre acuidade visual e condições de trabalho escolar em crianças de um colégio do ensino fundamental público de Curitiba ..................................................................... 4 216 Moreira, Luciane Bugmann ... et al. - Relação entre acuidade visual e condições de trabalho escolar em crianças de um colégio do ensino fundamental público de Curitiba ..................................................................... 4 216 Morita, Celso ... et al. - Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users .. 3 135 Motta, Antonio Francisco Pimenta ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital ............................................. 6 329 Moura, Iwaniec Eugênio Albuquerque ... et al. - Conhecimento da população sobre glaucoma e perfil epidemiológico em campanha realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley .............................. 1 33 Mourad, Paula C. ... et al. - Analysis of ocular cyclotorsion in lying position after peribulbar block and topical anesthesia .............................. 4 199 Nagashima, Seigo ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia ........................................................................................ 4 210 Nakanishi, Liene ... et al. - Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil ............................ 4 225 Mayorquín-Ruiz, Mariana ... et al. - Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population ............ 6 348 Nakano, Celso Takashi ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital .................................................................................. 6 329 Mazoti, Luciana ... et al. - Unusual ocular manifestations of silent sinus syndrome ................................................................................................................. 1 Netto, Augusto Adam ... et al. - Indicações e perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à ceratoplastia .............................................................. 3 162 44 Melo, Eduardo Carvalho de ... et al. - Características das doações de córnea no estado do Piauí .................................................................................. 6 351 Mendes, Abraão Garcia ... et al. - Síndrome do bloqueio capsular tardio - relato de dois casos ............................................................................................ 1 50 Mendes, Marcos Henrique ... et al. - Nível de conhecimento sobre glaucoma primário de ângulo aberto entre os estudantes de medicina ..... 5 302 Mendes, Ricardo ... et al. - Intravitreal bevacizumab therapy for idiophatic juxtafoveolar retinal telangiectasis associated with serous macular detachment ............................................................................................. 1 47 Mendonça, Luisa Salles de Moura ... et al. - Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil .. 4 225 Mesquita, Natália Silva de ... et al. - Edema cistoide de mácula pósLASIK tratado com ranibizumabe .................................................................. 3 171 Meyer, Isadora ... et al. - Schwannoma em pálpebra superior esquerda em criança de 10 anos .......................................................................................... 2 117 Mira, Filipe ... et al. - Trombose parcial do seio cavernoso ....................... 3 182 Miyazaki, Ahlys ... et al. - Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais ................................................................................................... 6 324 Nobre, Maria Inês Rubo de Souza ... et al. - Visual impairment, rehabilitation and International Classification of Functioning, Disability and Health ............................................................................................................... 5 291 Nóbrega, Mário Junqueira ... et al. - Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos .... 6 389 Noronha, Lucia de ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia ........................................................................................ 4 210 Nosé, Ricardo Menon ... et al. - Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo ....................................................................................................... 5 273 Nosé, Walton ... et al. - Analysis of low-energy and high-frequency femtosecond laser for the construction of deep anterior donor corneal lamellae ........................................................................................ 2 71 Okuda, Erika Araki ... et al. - Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina .................................................................... 5 269 Oliveira, Filipe de ... et al. - Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809MTM ................................................ 2 81 Monte, Fernando Queiroz ... et al. - O papel da membrana de Descemet na patogenia do edema corneano após cirurgia de segmento anterior ... 5 262 Oliveira, Gustavo Chagas de ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) ............................................................. 3 138 Monteiro, Gelse Beatriz Martins ... et al. - The influence of assistive technology devices on the performance of activities by visually impaired .... 2 103 Oliveira, Mariana Rezende de ... et al. - Ptose palpebral causada por Paquidermoperiostose ........................................................................................ 4 246 Monteiro, Mário Luiz Ribeiro ... et al. - Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery ................................. 2 93 Oliveira, Mariana Rezende de ... et al. - Oclusão de artéria central da retina associada a forame oval patente .......................................................... 5 308 Montilha, Rita de Cássia Ietto ... et al. - Visual impairment, rehabilitation and International Classification of Functioning, Disability and Health ...... 5 291 Oliveira, Thomaz Fracon de ... et al. - Ptose palpebral causada por Paquidermoperiostose ........................................................................................ 4 246 Moraes, Nathalya Coutinho Gonçalves de ... et al. - Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados ................................... 2 Oliveira, Vinícius Vanzan Pimentel de ... et al. - Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells ............. 6 335 98 Moraes, Renata L. B. ... et al. - Analysis of ocular cyclotorsion in lying position after peribulbar block and topical anesthesia .............................. 4 199 Moraes-Filho, Milton Nunes de ... et al. - State of the art in chromovitrectomy ................................................................................................. 6 363 Oyamada, Maria Kiyoko ... et al. - Progressão atípica de perda visual em paciente com glaucoma primário de ângulo aberto ............................. 1 40 Pacheco, Katia Delalibera ... et al. - Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient ............................... 6 386 Paiva, Catarina ... et al. - Trombose parcial do seio cavernoso ................ 3 182 Moragrega-Adame, Eduardo ... et al. - Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population ............ 6 348 Paixão, Ana ... et al. - Higher order aberrrations in ambliopic children and their role in refractory amblyopia ............................................................ 6 358 Moreira Júnior, Dulcídio de Barros ... et al. - Melanoma conjuntival multifocal recidivado originado de nevus pigmentado preexistente ...... 3 178 Passos, Angelo Ferreira ... et al. - Síndrome do bloqueio capsular tardio - relato de dois casos ............................................................................................ 1 50 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 396 ED. PÁG. ED. PÁG. Patrício, Sara ... et al. - Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Rehder, José Ricardo Carvalho Lima ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) .......................................... 3 138 Pedro, Abujamra ... et al. - Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809MTM ................................................ 2 81 Pellanda, Lucia Campos ... et al. - Achados epidemiológicos e alterações oftalmológicas em diabéticos atendidos em hospital geral secundário ....... 3 167 Pereira, Carla Christina de Lima ... et al. - Conhecimento da população sobre glaucoma e perfil epidemiológico em campanha realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley ....................................................... 1 Rehder, José Ricardo Carvalho Lima ... et al. - Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats ................................................................................. 6 341 Ribeiro, Breno Barreto ... et al. - Macroadenoma hipofisário: alterações campimétricas visuais ........................................................................................... 2 120 33 Pereira, Ivana Cardoso ... et al. - Tratamento cirúrgico da blefaroptose congênita .................................................................................................................. 4 202 Pereira, Marcos Leandro ... et al. - Melanoma conjuntival multifocal recidivado originado de nevus pigmentado preexistente .......................... 3 178 Pereira, Viviane Oliveira ... et al. - Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient ............................... 6 386 Petri, Giuliana ... et al. - Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats ........................................................................................................................ 6 341 Picoto, Maria ... et al. - Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Ribeiro, Guilherme ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas .................................................................. 1 16 Ribeiro, Luís Gustavo I. ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) ................................................................... 3 138 Rocha, Eduardo ... et al. - Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro ................................................................................... 4 237 Rocha, Maria Alice Barbosa ... et al. - Macroadenoma hipofisário: alterações campimétricas visuais ...................................................................... 2 120 Rocha, Maria Nice Araujo Moraes ... et al. - Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil .. 4 225 Rocha, Rafael Tadeu Barbosa ... et al. - Macroadenoma hipofisário: alterações campimétricas visuais ...................................................................... 2 120 Pineda, Roberto ... et al. - Analysis of low-energy and high-frequency femtosecond laser for the construction of deep anterior donor corneal lamellae ........................................................................................ 2 71 Pinto, Rogerio de Melo Costa ... et al. - Comparison of clinical outcomes between limbal relaxing incisions and toric intraocular lenses in eyes with astigmatic corneas ........................................................................................ 1 11 Rodrigues, Eduardo Büchelle ... et al. - State of the art in chromovitrectomy ................................................................................................. 6 363 Piva, Caroline ... et al. - Analysis of ocular cyclotorsion in lying position after peribulbar block and topical anesthesia .............................................. 4 199 Rodrigues, Marcio Penha Morterá ... et al. - Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells ......................... 6 335 Pola, Cláudio Mitri ... et al. - Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK) ............................................................................................ 3 138 Roisman, Victor ... et al. - Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro ................................................................................... 4 237 Polati, Mariza ... et al. - Unusual ocular manifestations of silent sinus syndrome ................................................................................................................. 1 44 Portes, Arlindo José Freire ... et al. - Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados ..................................................................... 2 98 Potério, Marisa Braga ... et al. - Influência da aplicação intraoperatória de mitomicina C tópica episcleral na proliferação e diferenciação de células epiteliais córneo-conjuntivais de coelhos ......................................... 3 154 Prata, Tiago dos Santos ... et al. - Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery .................................................. 2 93 Précoma, Dalton Bertolim ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia .............................................................. 4 210 Précoma, Leonardo Brandão ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia .............................................................. 4 210 Pretti, Rony Carlos ... et al. - Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos .... 6 389 Price Jr, Francis W. ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 Price, Marianne O. ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 75 Rosa, Rita ... et al. - Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia ............................................................ 6 358 Rossato, Luiz Angelo ... et al. - Tratamento cirúrgico da blefaroptose congênita .................................................................................................................. 4 202 Rossato, Luiz Angelo ... et al. - Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais ............................................................................................. 6 324 Salomão, Marcella ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas ................................................................................................. 1 75 Prota Filho, Luiz Eugênio Bustamante ... et al. - Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura .......................................... 2 112 Rabello, Suzana ... et al. - The influence of assistive technology devices on the performance of activities by visually impaired ................................ 2 103 75 16 Santhiago, Marcony Rodrigues ... et al. - Analysis of ocular cyclotorsion in lying position after peribulbar block and topical anesthesia ............... 4 199 Santos, Beogival Wagner Lucas ... et al. - Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia de catarata, com implantes de lentes monofocais, bifocais e multifocais ..................................................................... 2 86 Santos, Fernando Moreira dos ... et al. - Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados ..................................................................... 2 98 Santos, Namir Clementino ... et al. - Características das doações de córnea no estado do Piauí .................................................................................. 6 351 Santos, Reny Wane Vieira dos ... et al. - Retinopatia em pacientes hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde da família ......... 2 108 Saraiva, Fábio Petersen ... et al. - Parinaud’s oculoglandular syndrome and possibly causing cortical cataract .............................................................. 3 174 Sarenac-Vulovic, Tatjana S. ... et al. - Tumor of orbit .................................. 1 Prinz, Rafael ... et al. - Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro ................................................................................... 4 237 Ramos, Isaac ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to BelinAmbrósio deviation index (BAD-D) .............................................................. 2 Rocha, Sheila Patrícia Lopes ... et al. - Retinopatia em pacientes hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde da família ......... 2 108 55 Sarlo, Rodrigo ... et al. - Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro ................................................................................... 4 237 Scarpi, Marinho Jorge ... et al. - Comparação de resposta da pressão intraocular frente a duas diferentes intensidades e volumes do treinamento resistido ........................................................................................... 1 23 Schallhor, Steven ... et al. - Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D) ............................................. 2 75 Seiler, Theo ... et al. - Prognóstico visual de ‘crosslinking’ para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória .............. 4 220 Ramos, Isaac ... et al. - Prognóstico visual de ‘crosslinking’ para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória .............. 4 220 Silva, Bruna Dantas Dias da ... et al. - Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados ..................................................................... 2 Ramos, Isaac Carvalho de Oliveira ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas .................................................................. 1 Silva, Jailton Vieira ... et al. - O papel da membrana de Descemet na patogenia do edema corneano após cirurgia de segmento anterior ...... 5 262 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 16 98 397 ED. PÁG. ED. PÁG. Silva, João Amaro Ferrari ... et al. - Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais ................................................................................................... 2 123 Torres, Regiane do Rocio de Almeida ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia ........................ 4 210 Silva, João Amaro Ferrari ... et al. - Obstrução da via lacrimal após radioiodoterapia: relato de caso e conduta ................................................... 3 185 Silva, João Amaro Ferrari ... et al. - Dacriocistocele congênita: relato de caso e conduta ........................................................................................................ 4 243 Silva, João Amaro Ferrari ... et al. - Dacriocistocele no adulto ................ 5 311 Silva, Jorge Augusto Siqueira da ... et al. - Relevância da biomecânica da córnea no glaucoma ........................................................................................ 1 37 Silva, Marissa Romano da ... et al. - Visual impairment, rehabilitation and International Classification of Functioning, Disability and Health ...... 5 291 Silva, Renata Siqueira da ... et al. - Relevância da biomecânica da córnea no glaucoma ............................................................................................................ 1 37 Silvestre, Rosane Castro ... et al. - Avaliação da satisfação profissional de funcionários em um hospital público de reconhecida efetividade assistencial ............................................................................................................... 3 143 Torres, Robson Antônio de Almeida ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia ........................ 4 210 Torres, Rogil José de Almeida ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia .............................................................. 4 210 Toscano, Alcina ... et al. - Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia ........................................... 6 358 Tzeliks, Patrick Frenzel ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital .................................................................................. 6 329 Valbon, Bruno de Freitas ... et al. - Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas .................................................................. 1 16 Soares, Ícaro Perez ... et al. - Ptose palpebral causada por Paquidermoperiostose ........................................................................................ 4 246 Vasconcelos, Karla Feitosa Ximenes ... et al. - O papel da membrana de Descemet na patogenia do edema corneano após cirurgia de segmento anterior .................................................................................................................... 5 262 Sobrinho, Edmundo Frota de Almeida ... et al. - Retinopatia em pacientes hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde da família ....................................................................................................................... 2 108 Vaz, Fernanda ... et al. - Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Sousa e Castro, Emerson Fernandes de ... et al. - Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina .................................... 5 269 Sousa, Sidney Júlio de Faria e ... et al. - Analysis of low-energy and high-frequency femtosecond laser for the construction of deep anterior donor corneal lamellae ........................................................................................ 2 117 Sousa, Sidney Júlio de Faria e ... et al. - A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American Eye Banks and lamellar transplants ........................................................................ 6 377 Souza Filho, João Pessoa de ... et al. - Schwannoma em pálpebra superior esquerda em criança de 10 anos ....................................................................... 2 117 Souza, Ana Catarina Delgado de ... et al. - Perfil epidemiológico de pacientes na fila de transplante de córnea no estado de Pernambuco Brasil ......................................................................................................................... 1 28 Spohr, Helena ... et al. - Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Vaz, Luiz Carlos Aguiar ... et al. - Achados histopatológicos em 431 córneas de receptores de transplantes no Rio de Janeiro ......................... 3 148 Vergara, Mariluce Silveira ... et al. - Achados epidemiológicos e alterações oftalmológicas em diabéticos atendidos em hospital geral secundário . 3 167 Veridiano, Juliana Mora ... et al. - Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats ............................................................................................................ 6 341 Vianna, Lucas Monferrari Monteiro ... et al. - Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809M TM ..... 2 81 Victor, Gustavo ... et al. - Analysis of low-energy and high-frequency femtosecond laser for the construction of deep anterior donor corneal lamellae ........................................................................................ 2 71 Victor, Gustavo ... et al. - A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American Eye Banks and lamellar transplants .............................................................................................. 6 377 Stock, Ricardo Alexandre ... et al. - Sealing the gap between conjunctiva and Tenon’s capsule in primary pterygium surgery .................................... 5 287 Vieira, Laura Beliene Ramos ... et al. - Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados ..................................................................... 2 Suzuki, Ana Claudia de Franco ... et al. - Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos ................................................................................................................. 6 389 Vieira, Paulo ... et al. - Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata ............................................................................................. 4 230 Takahashi, Beatriz Sayuri ... et al. - Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users .................................................................................................. 3 135 Takahashi, Walter Yukihiko ... et al. - Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária ....................................................................................... 6 383 Takahashi, Walter Yukihiko ... et al. - Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users .................................................................................................. 3 135 Takahashi, Walter Yukihiko ... et al. - Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos ....... 6 389 Tavares, Patricia Regina de Pinho ... et al. - Ptose palpebral causada por Paquidermoperiostose ........................................................................................ 4 246 Tavares, Patrícia Regina de Pinho ... et al. - Oclusão de artéria central da retina associada a forame oval patente ..................................................... 5 308 Torquato, Jamili Anbar ... et al. - Conhecimento da população sobre glaucoma e perfil epidemiológico em campanha realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley ........................................................................ 1 33 98 Vilela, Manuel A P ... et al. - Achados epidemiológicos e alterações oftalmológicas em diabéticos atendidos em hospital geral secundário . 3 167 Vujic, Dragan I. ... et al. - Tumor of orbit ....................................................... 1 55 Vulovic, Dejan D. ... et al. - Tumor of orbit .................................................... 1 55 Ximenes, Karine Feitosa ... et al. - O papel da membrana de Descemet na patogenia do edema corneano após cirurgia de segmento anterior 5 262 Yamane, Iris ... et al. - Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital ........................................................................................................ 6 329 Yogi, Milton ... et al. - Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809MTM ................................................ 2 81 Zacharias, Leandro Cabral ... et al. - Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos ... 6 389 Zacharias, Leandro Cabral ... et al. - Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária ....................................................................................... 6 383 Zorrilla, Juliana Aquino Teixeira ... et al. - Edema cistoide de mácula pós-LASIK tratado com ranibizumabe .......................................................... 3 171 Torres, Caroline Luzia de Almeida ... et al. - Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia ........................ 4 210 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 398 Assunto ED. PÁG. ED. PÁG. Catarata Comparison of clinical outcomes between limbal relaxing incisions and toric intraocular lenses in eyes with astigmatic corneas. Giuliano de Oliveira Freitas, Joel Edmur Boteon, Mario Jose Carvalho, Rogerio de Melo Costa Pinto ................................................................................................... 1 11 Síndrome do bloqueio capsular tardio - relato de dois casos. Karina Ameno Cautela, Angelo Ferreira Passos, Abraão Garcia Mendes ......... 1 50 Opacificação de lente intraocular. Priscilla de Almeida Jorge ................... 2 69 Sealing the gap between conjunctiva and Tenon’s capsule in primary pterygium surgery. Ricardo Alexandre Stock, Luan Felipe Lückmann, Gabriel Alexander Ken-Itchi Kondo, Elcio Luiz Bonamigo ..................... 5 287 81 A comparative review between the updated models of Brazilian, United Kingdom and American Eye Banks and lamellar transplants. Gustavo Victor, Sidney Júlio de Faria e Sousa, Marcos Alonso Garcia, Mário Henrique Camargos de Lima, Milton Ruiz Alves ........................................ 6 377 Avaliação do desempenho visual da lente intraocular difrativa multifocal - Zeiss AT Lisa 809MTM. Lucas Monferrari Monteiro Vianna, Filipe de Oliveira, Abujamra Pedro, Liang Jung, Luis Felipe Brenner, Milton Yogi .......................................................................................................................... 2 Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à cirurgia de catarata, com implantes de lentes monofocais, bifocais e multifocais. Beogival Wagner Lucas Santos, José Eduardo Prata Cançado, Vauney Alves da Silva Ferraz, Mauro Campos ............................................................ 2 Novel spatula and dissector for safer deep anterior lamellar keratoplasty Gustavo Bonfadini, Eun Chul Kim, Mauro Campos, Albert S. Jun ...... 5 279 Serological profile of candidates for corneal donation. Adroaldo Lunardelli, Richard Beraldini Alvarenga, Maria Luiza Assmann, Dário Eduardo de Lima Brum, Mirna Adolfina Barison ...................................... 5 282 Características das doações de córnea no estado do Piauí.Namir Clementino Santos, Virgínia Lúcia Bezerra, Eduardo Carvalho de Melo .... 6 351 86 Avanços em substâncias viscoelásticas na facoemulsificação. Rodrigo França de Espíndola ............................................................................................ 4 197 Epidemiologia Percepção da aplicação tópica ocular de drogas: comparação entre instilação de gotas em olhos abertos e vaporização em olhos fechados Arlindo José Freire Portes, Bruna Dantas Dias da Silva, Laura Beliene Ramos Vieira, Fernando Moreira dos Santos, Nathalya Coutinho Gonçalves de Moraes ........................................................................................... 2 Analysis of ocular cyclotorsion in lying position after peribulbar block and topical anesthesia. Newton Kara-Junior, Paula C. Mourad, Renata L. B. Moraes, Caroline Piva, Marcony Rodrigues Santhiago .................... 4 199 Avaliação da satisfação profissional de funcionários em um hospital público de reconhecida efetividade assistencial. Maria Cecilia Machado, Rosane Castro Silvestre, Newton Kara-José, Newton Kara-Júnior ........ 3 143 Pressão intraocular (PIO) após cirurgia de extração de catarata. Maria Picoto, José Galveia, Ana Almeida, Sara Patrício, Helena Spohr, Paulo Vieira, Fernanda Vaz ............................................................................................ 4 230 A padronização do ensino em oftalmologia. Newton Kara-Junior ......... 4 195 Parinaud’s oculoglandular syndrome and possibly causing cortical cataract. Mariana Heid Rocha Hemerly, Marcelo Berno Mattos, Fábio Petersen Saraiva, Fellipe Berno Mattos ......................................................... 3 174 Comparação entre capsulotomia assistida por laser de femtossegundo e capsulorrexe curvilínea contínua guiada por imagem digital. Wilson Takashi Hida, Mario Augusto Pereira Dias Chaves, Michelle Rodrigues Gonçalves, Patrick Frenzel Tzeliks, Celso Takashi Nakano, Antonio Francisco Pimenta Motta, Flavio Eduardo Hirai, Aline Silva Guimaraes, Luciana Malta de Alencar, Iris Yamane, Milton Ruiz Alves ...................... 6 329 Córnea Perfil epidemiológico de pacientes na fila de transplante de córnea no estado de Pernambuco - Brasil. Hirlana Gomes Almeida, Ana Catarina Delgado de Souza ................................................................................................. 1 Analysis of low-energy and high-frequency femtosecond laser for the construction of deep anterior donor corneal lamellae. Gustavo Victor, Walton Nosé, Sidney Julio de Faria e Sousa, Roberto Pineda, Milton Ruiz Alves ................................................................................................................ 2 98 Relação entre acuidade visual e condições de trabalho escolar em crianças de um colégio do ensino fundamental público de Curitiba. Carlos Augusto Moreira Neto, Ana Tereza Ramos Moreira, Luciane Bugmann Moreira ................................................................................................. 4 216 Prevalência de doenças oculares e causas de comprometimento visual em crianças atendidas em um Centro de Referência em Oftalmologia do centro-oeste do Brasil. Maria Nice Araujo Moraes Rocha; Marcos Pereira de Ávila; David Leonardo Cruvinel Isaac; Luisa Salles de Moura Mendonça; Liene Nakanishi; Luisa Jácomo Auad ....................................... 4 225 28 Visual impairment, rehabilitation and International Classification of Functioning, Disability and Health.Marissa Romano da Silva, Maria Inês Rubo de Souza Nobre, Keila Monteiro de Carvalho, Rita de Cássia Ietto Montilha ........................................................................................................ 5 291 71 Nível de conhecimento sobre glaucoma primário de ângulo aberto entre os estudantes de medicina. Saulo Costa Martins, Marcos Henrique Mendes, Ricardo Augusto Paletta Guedes, Vanessa Maria Paletta Guedes, Alfredo Chaoubah ............................................................................... 5 302 Achados histopatológicos em 431 córneas de receptores de transplantes no Rio de Janeiro. Luiz Carlos Aguiar Vaz .................................................... 3 148 Influência da aplicação intraoperatória de mitomicina C tópica episcleral na proliferação e diferenciação de células epiteliais córneo-conjuntivais de coelhos. Marisa Braga Potério, Newton Kara-José, Eliane Maria Ingrid Amstalden, Keila Miriam Monteiro de Carvalho, Ana Maria Marcondes . 3 154 Higher order aberrations in amblyopic children and their role in refractory amblyopia. Arnaldo Dias-Santos, Rita Rosa, Joana Ferreira, João P. Cunha, Cristina Brito, Ana Paixão, Alcina Toscano ....................... 6 358 Genética Unusual ocular manifestations of silent sinus syndrome. Fabricio Lopes da Fonseca, Luciana Mazoti, Mariza Polati ..................................................... 1 44 Glaucoma Comparação de resposta da pressão intraocular frente a duas diferentes intensidades e volumes do treinamento resistido. Marcelo Conte, Marinho Jorge Scarpi ........................................................................................... 1 23 Conhecimento da população sobre glaucoma e perfil epidemiológico em campanha realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley. Carla Christina de Lima Pereira, Gabriela Alves de Lima Félix, Iwaniec Eugênio Albuquerque Moura, Jamili Anbar Torquato, Marielle de Medeiros Rodrigues Guedes ............................................................................. 1 33 Relevância da biomecânica da córnea no glaucoma. Jorge Augusto Siqueira da Silva, Renata Siqueira da Silva, Renato Ambrósio Jr .......... 1 37 Aspectos sociais do transplante de córnea no Brasil: contraste entre avanços na técnica cirúrgica e limitação de acesso à população. Hirlana Gomes Almeida, Richard Yudi Hida ................................................................ 5 260 Progressão atípica de perda visual em paciente com glaucoma primário de ângulo aberto. Marcelo Mendes Lavezzo, Roberto Battistella, Maria Kiyoko Oyamada .................................................................................................. 1 40 O papel da membrana de Descemet na patogenia do edema corneano após cirurgia de segmento anterior. Karine Feitosa Ximenes, Jailton Vieira Silva, Karla Feitosa Ximenes Vasconcelos, Fernando Queiroz Monte ....................................................................................................................... 5 262 Brimonidine tartrate effect on retinal spreading depression depends on Müller cells. Vinícius Vanzan Pimentel de Oliveira, Marcio Penha Morterá Rodrigues, Adroaldo de Alencar, Sebastião Cronemberger, Nassim Calixto, Adalmir Morterá Dantas ...................................................... 6 335 Indicações e perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à ceratoplastia. Augusto Adam Netto, Caio Augusto Schlindwein Botelho, Lucas Costa Felicíssimo ..................................................................... 3 162 Melanoma conjuntival multifocal recidivado originado de nevus pigmentado preexistente. Marcos Leandro Pereira, Dulcídio de Barros Moreira Júnior ....................................................................................................... 3 178 Prognóstico visual de ‘crosslinking’ para ceratocone com base em tomografia de córnea pré-operatória. Bernardo Lopes, Isaac Ramos, Tobias Koller, Theo Seiler,Renato Ambrósio Jr ........................................... 4 220 Doação e fila de transplante de córnea no Estado do Rio de Janeiro. Gustavo Bonfadini, Victor Roisman, Rafael Prinz, Rodrigo Sarlo, Eduardo Rocha, Mauro Campos ..................................................................... 4 237 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 399 Neuro-oftalmologia Optic neuritis complicating herpes zoster ophthalmicus in an immunocompetent patient. Clovis Arcoverde Freitas-Neto, Olga Cerón, Katia Delalibera Pacheco, Viviane Oliveira Pereira, Marcos Pereira Ávila, C. Stephen Foster .................................................................................................. 6 386 Estudo comparativo entre a técnica manual e a escova rotatória na remoção do epitélio corneano na ceratectomia fotorrefrativa (PRK). Louise Rodrigues Candido, Gustavo Chagas de Oliveira, Edmundo José Velasco Martinelli, Luís Gustavo I. Ribeiro, Jesse Haroldo de Nigro Corpa, Cláudio Mitri Pola, José Ricardo Carvalho Lima Rehder ............ 3 138 Echographic findings in the late stages of Vogt-Koyanagi-Harada disease in mexican population. Mariana Mayorquín-Ruiz , Rashel ChejaKalb, Luz Elena Concha-del Río, Lourdes Arellanes-García, Eduardo Moragrega-Adame ................................................................................................ 6 348 Análise quantitativa e qualitativa do filme lacrimal nos pacientes submetidos a PRK e LASIK com femtossegundo. Rubens Amorim Leite, Ricardo Menon Nosé, Fábio Bernardi Daga, Tatiana Adarli Fioravanti Lui, Giovana, Arlene Fioravanti Lui, Adamo Lui-Netto ....... 5 273 Órbita Tumor of orbit. Mirjana A. Janicijevic-Petrovic, Tatjana S. SarenacVulovic, Katarina M. Janicijevic, Dejan D. Vulovic, Dragan I. Vujic .......... 1 Retina Intravitreal bevacizumab therapy for idiophatic juxtafoveolar retinal telangiectasis associated with serous macular detachment. Paulo Escarião, Ana Lúcia Arcoverde, Ricardo Mendes, Eduardo Henrique Araujo ...................................................................................................................... 1 47 Predictive factors for anterior chamber fibrin formation after vitreoretinal surgery. Leonardo Provetti Cunha, Luciana Virgínia Ferreira Costa-Cunha, Carolina Ferreira Costa, Ronaldo Rocha Bastos, Tiago dos Santos Prata, Mário Luiz Ribeiro Monteiro .............................. 2 93 55 Aspectos tomográficos da órbita aguda infecciosa: revisão de literatura Ana Célia Baptista Koifman, Bernardo Gribel Carneiro, Luiz Eugênio Bustamante Prota Filho, Nadja Emídio Corrêa de Araújo, Carolina Maria de Azevedo, Vitor Barbosa Cerqueira ................................................ 2 112 Macroadenoma hipofisário: alterações campimétricas visuais. Breno Barreto Ribeiro, Maria Alice Barbosa Rocha, Grazziella Acácio e Almeida, Rafael Tadeu Barbosa Rocha .......................................................... 2 120 Trombose parcial do seio cavernoso. Filipe Mira, Bruno Costa, Catarina Paiva, Rui Andrês, António Loureiro .............................................................. 3 182 Retinopatia em pacientes hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde da família. Aline Pinto Alves, Reny Wane Vieira dos Santos, Edmundo Frota de Almeida Sobrinho, Sheila Patrícia Lopes Rocha, Ana Cláudia Nóbrega Loch ............................................................................... 2 108 Pálpebra Acurácia do exame clínico no diagnóstico de lesões palpebrais. Luiz Angelo Rossato, Rachel Camargo Carneiro, Ahlys Miyazaki, Suzana Matayoshi ................................................................................................................ 6 324 Ultra-high resolution optical coherence tomography analysis of bull’s eye maculopathy in chloroquine users. Celso Morita, Daniel Araujo Ferraz, Thais Zamudio Igami, Beatriz Sayuri Takahashi, Tiago Faria e Arantes, Walter Yukihiko Takahashi ................................................................ 3 135 Pesquisa Clínica Medicina baseada em evidências. Newton Kara-Junior .............................. 1 Achados epidemiológicos e alterações oftalmológicas em diabéticos atendidos em hospital geral secundário. Mariluce Silveira Vergara, André Simoni de Jesus, Lucia Campos Pellanda, Manuel A P Vilela ................... 3 167 5 Comparação das características de citação entre os relatos de caso/séries de casos versus demais desenhos de estudos nos artigos publicados em periódicos brasileiros de Oftalmologia. Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Fernando Henrique Ramos Amorim, Fauze Abdulmassih Gonçalves, Carlos Eduardo Leite Arieta, Newton Kara-Junior .................................... 1 7 Bioestatísticas: conceitos fundamentais e aplicações práticas. Bernardo Lopes, Isaac Carvalho de Oliveira Ramos, Guilherme Ribeiro, Rosane Correa, Bruno de Freitas Valbon; Allan Cezar da Luz; Marcella Salomão, João Marcelo Lyra, Renato Ambrósio Jr. ....................................................... 1 16 Definição da população e randomização da amostra em estudos clínicos Newton Kara-Junior ............................................................................................. 2 67 Edema cistoide de mácula pós-LASIK tratado com ranibizumabe. Luiz Guilherme Azevedo de Freitas, Natália Silva de Mesquita, Juliana Aquino Teixeira Zorrilla, Marcos Pereira de Ávila ..................................................... 3 171 Como mensurar a precisão dos resultados de estudos clínicos. Newton Kara-Junior. ............................................................................................................ 3 133 Estrutura, estilo e escrita de artigo científico: a maneira com que pesquisadores reconhecem seus pares. Newton Kara-Junior ................... 5 257 Reflexões sobre elaboração e publicação de pesquisas clínicas. Newton Kara José Junior .................................................................................................... 6 321 Citations in scientific papers. Sebastião Cronemberger ............................ 6 323 Plástica Schwannoma em pálpebra superior esquerda em criança de 10 anos. Marília de Sá Coutinho, Isadora Meyer, Patrícia Jungmann, João Pessoa de Souza Filho ........................................................................................................ 2 117 Tratamento cirúrgico da blefaroptose congênita. Suzana Matayoshi, Ivana Cardoso Pereira, Luiz Angelo Rossato ............................................... 4 202 Ptose palpebral causada por Paquidermoperiostose. Patricia Regina de Pinho Tavares, Eduardo de Castro Miranda Diniz, Thomaz Fracon de Oliveira, Mariana Rezende de Oliveira, Ícaro Perez Soares ............. 4 246 Evaluation of palpebral fissure and orbital volume after bimatoprost 0.03% orbital injections. Experimental study in rats. Nilson Lopes da Fonseca Junior, Giuliana Petri, Juliana Mora Veridiano, José Ricardo Carvalho Lima Rehder ........................................................................................ 6 341 Reabilitação visual The influence of assistive technology devices on the performance of activities by visually impaired. Suzana Rabello, Maria Elisabete Rodrigues Freire Gasparetto, Cassia Cristiane de Freitas Alves, Gelse Beatriz Martins Monteiro, Keila Monteiro de Carvalho ........................... 2 103 Refrativa Assessing ectasia susceptibility prior to LASIK: the role of age and residual stromal bed (RSB) in conjunction to Belin-Ambrósio deviation index (BAD-D). Renato Ambrósio Jr, Isaac Ramos, Bernardo Lopes, Ana Laura Caiado Canedo, Rosane Correa, Frederico Guerra, Allan Luz, Francis W. Price Jr, Marianne O. Price, Steven Schallhor, Michael W. Belin .............. 2 Aumento da imunorreatividade da molécula de adesão intercelular-1 na esclera e coroide em modelo experimental de hipercolesterolemia. Rogil José de Almeida Torres, Lucia de Noronha, Regiane do Rocio de Almeida Torres, Seigo Nagashima, Caroline Luzia de Almeida Torres, Andréa Luchini, Robson Antônio de Almeida Torres, Leonardo Brandão Précoma, Dalton Bertolim Précoma .............................................. 4 210 Analgesia preemptiva com nepafenaco 0,1% na fotocoagulação da retina. Emerson Fernandes de Sousa e Castro, Erika Araki Okuda, Vinícius Balbi Amatto, Hirlana Gomes Almeida, Marina Gracia, Newton Kara-Junior ............................................................................................................. 5 269 Oclusão de artéria central da retina associada a forame oval patente. Patrícia Regina de Pinho Tavares, Mariana Rezende de Oliveira, Eduardo de Castro Miranda Diniz, Rafael Mourão Agostini, Daniela Vieira de Aguiar ...................................................................................................................... 5 308 State of the art in chromovitrectomy. Rafael Ramos Caiado, Milton Nunes de Moraes-Filho, André Maia, Eduardo Büchelle Rodrigues, Michel Eid Farah, Maurício Maia ...................................................................... 6 363 Fechamento espontâneo de buraco de mácula em olhos previamente vitrectomizados: relato de dois casos. Ana Claudia de Franco Suzuki, Leandro Cabral Zacharias, Mário Junqueira Nóbrega, Rony Carlos Pretti, Walter Yukihiro Takahashi ..................................................................... 6 389 Reversão da amaurose em caso de retinopatia esclopetária. Thaíne Garcia Cruz Carvalho, Leandro Cabral Zacharias, Carla Moreira Albhy, Walter Y. Takahashi .............................................................................................. 6 383 Vias lacrimais Síndrome de Fraser: relato de caso nas vias lacrimais. Silvia Helena Tavares Lorena, Eliana Domingues Gonçalves, Marco Antônio Campos Machado, Cláudio Enrique Cuadros Jablinski, César Augusto Briceño, João Amaro Ferrari Silva .................................................................................... 2 123 Obstrução da via lacrimal após radioiodoterapia: relato de caso e conduta. Silvia Helena Tavares Lorena, João Amaro Ferrari Silva ......... 3 185 Dacriocistocele congênita: relato de caso e conduta. Silvia Helena Tavares Lorena, Eliana Domingues Gonçalves, João Amaro Ferrari Silva ........................................................................................................................... 4 243 Dacriocistocele no adulto. Silvia Helena Tavares Lorena, João Amaro Ferrari Silva ............................................................................................................ 5 311 75 Rev. Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 392-9 400 Instruções aos autores A Revista Brasileira de Oftalmologia (Rev Bras Oftalmol.) - ISSN 0034-7280, publicação científica da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, se propõe a divulgar artigos que contribuam para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da prática, da pesquisa e do ensino da Oftalmologia e de especialidades afins. Todos os manuscritos, após aprovação pelos Editores, serão avaliados por dois ou três revisores qualificados (peer review), sendo o anonimato garantido em todo o processo de julgamento. Os comentários dos revisores serão devolvidos aos autores para modificações no texto ou justificativa de sua conservação. Somente após aprovações finais dos revisores e editores, os manuscritos serão encaminhados para publicação. O manuscrito aceito para publicação passará a ser propriedade da Revista e não poderá ser editado, total ou parcialmente, por qualquer outro meio de divulgação, sem a prévia autorização por escrito emitida pelo Editor Chefe. Os artigos que não apresentarem mérito, que contenham erros significativos de metodologia, ou não se enquadrem na política editorial da revista, serão rejeitados não cabendo recurso. Os artigos publicados na Revista Brasileira de Oftalmologia seguem os requisitos uniformes proposto pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas, atualizado em fevereiro de 2006 e disponível no endereço eletrônico http://www.icmje.org Artigo de Revisão: Tem como finalidade examinar a bibliografia publicada sobre um determinado assunto, fazendo uma avaliação crítica e sistematizada da literatura sobre um determinado tema e apresentar as conclusões importantes, baseadas nessa literatura. Somente serão aceitos para publicação quando solicitado pelos Editores. Deve ter: Texto, Resumo, Descritores, Título em Inglês, Abstract, Keywords e Referências. Artigo de Atualização: Revisões do estado-da-arte sobre determinado tema, escrito por especialista a convite dos Editores. Deve ter: Texto, Resumo, Descritores, Título em Inglês, Abstract, Keywords e Referências. Relato de Caso: Deve ser informativo e não deve conter detalhes irrelevantes. Só serão aceitos os relatos de casos clínicos de relevada importância, quer pela raridade como entidade nosológica, quer pela não usual forma de apresentação. Deve ter: Introdução, Descrição objetiva do caso, Discussão, Resumo, Descritores, Título em Inglês, Abstract e Keywords e Referências. Cartas ao Editor: Têm por objetivo comentar ou discutir trabalhos publicados na revista ou relatar pesquisas originais em andamento. Serão publicadas a critério dos Editores, com a respectiva réplica quando pertinente. APRESENTAÇÃO E SUBMISSÃO DOS MANUSCRITOS Preparo do Manuscrito: A) Folha de Rosto deverá conter: • Título do artigo, em português e inglês, contendo entre dez e doze palavras, sem considerar artigos e preposições. O Título deve ser motivador e deve dar idéia dos objetivos e do conteúdo do trabalho; • Nome completo de cada autor, sem abreviaturas, porém se o autor já possui um formato utilizado em suas publicações, deve informar à secretaria da revista; • Indicação do grau acadêmico e/ou função acadêmica e a afiliação institucional de cada autor, separadamente. Se houver mais de uma afiliação institucional, indicar apenas a mais relevante. Cargos e/ou funções administrativas não devem ser indicadas. • Indicação da Instituição onde o trabalho foi realizado; • Nome, endereço, fax e e-mail do autor correspondente; • Fontes de auxílio à pesquisa, se houver; • Declaração de inexistência de conflitos de interesse. O artigo enviado deverá ser acompanhado de carta assinada por todos os autores, autorizando sua publicação, declarando que o mesmo é inédito e que não foi, ou está sendo submetido à publicação em outro periódico e foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Instituição em que o mesmo foi realizado. A esta carta devem ser anexados: • Declaração de Conflitos de Interesse, quando pertinente. A Declaração de Conflitos de Interesses, segundo Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1595/2000, veda que em artigo científico seja feita promoção ou propaganda de quaisquer produtos ou equipamentos comerciais; • Informações sobre eventuais fontes de financiamento da pesquisa; • Artigo que trata de pesquisa clínica com seres humanos deve incluir a declaração de que os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre Informado. Todas as pesquisas, tanto as clínicas como as experimentais, devem ter sido executadas de acordo com a Declaração de Helsinki. A Revista Brasileira de Oftalmologia não endossa a opinião dos autores, eximindo-se de qualquer responsabilidade em relação a matérias assinadas. Os artigos podem ser escritos em português, espanhol, inglês ou francês. A versão “on-line” da revista poderá ter artigos apenas em inglês. A Revista Brasileira de Oftalmologia recebe para publicação: Artigos Originais de pesquisa básica, experimentação clínica ou cirúrgica; Divulgação e condutas em casos clínicos de relevante importância; Revisões de temas específicos, Atualizações; Cartas ao editor. Os Editoriais serão escritos a convite, apresentando comentários de trabalhos relevantes da própria revista, pesquisas importantes publicadas ou comunicações dos editores de interesse para a especialidade. Artigos com objetivos comerciais ou propagandísticos serão recusados. Os manuscritos deverão obedecer as seguintes estruturas: Artigo Original: Descreve pesquisa experimental ou investigação clínica - prospectiva ou retrospectiva, randomizada ou duplo cego. Deve ter: Título em português e inglês, Resumo estruturado, Descritores; Abstract, Keywords, Introdução, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão e Referências. Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 400-2 B) Segunda folha Resumo e Descritores: Resumo, em português e inglês, com no máximo 250 palavras. Para os artigos originais, deverá ser estruturado (Objetivo, Métodos, Resultados, Conclusão), ressaltando os dados mais significativos do trabalho. Para Relatos de Caso, Revisões ou Atualizações, o resumo não deverá ser estruturado. Abaixo do resumo, especificar no mínimo cinco e no máximo dez descritores (Keywords) que definam o assunto do trabalho. Os descritores deverão ser baseados no DeCS Descritores em Ciências da Saúde - disponível no endereço eletrônico http://decs.bvs.br/ Abaixo do Resumo, indicar, para os Ensaios Clínicos, o número de registro na base de Ensaios Clínicos (http://clinicaltrials.gov)* C) Texto Deverá obedecer rigorosamente a estrutura para cada categoria de manuscrito. Em todas as categorias de manuscrito, a citação dos autores no texto deverá ser numérica e sequencial, utilizando algarismos arábicos entre parênteses e sobrescritos. As citações no texto deverão ser numeradas sequencialmente em números arábicos sobrepostos, devendo evitar a citação nominal dos autores. Introdução: Deve ser breve, conter e explicar os objetivos e o motivo do trabalho. 401 Métodos: Deve conter informação suficiente para saber-se o que foi feito e como foi feito. A descrição deve ser clara e suficiente para que outro pesquisador possa reproduzir ou dar continuidade ao estudo. Descrever a metodologia estatística empregada com detalhes suficientes para permitir que qualquer leitor com razoável conhecimento sobre o tema e o acesso aos dados originais possa verificar os resultados apresentados. Evitar o uso de termos imprecisos tais como: aleatório, normal, significativo, importante, aceitável, sem defini-los. Os resultados da pesquisa devem ser relatados neste capítulo em seqüência lógica e de maneira concisa. Informação sobre o manejo da dor pós-operatório, tanto em humanos como em animais, deve ser relatada no texto (Resolução nº 196/96, do Ministério da Saúde e Normas Internacionais de Proteção aos Animais). Resultados: Sempre que possível devem ser apresentados em Tabelas, Gráficos ou Figuras. Discussão: Todos os resultados do trabalho devem ser discutidos e comparados com a literatura pertinente. Conclusão: Devem ser baseadas nos resultados obtidos. Agradecimentos: Devem ser incluídos colaborações de pessoas, instituições ou agradecimento por apoio financeiro, auxílios técnicos, que mereçam reconhecimento, mas não justificam a inclusão como autor. Referências: Devem ser atualizadas contendo, preferencialmente, os trabalhos mais relevantes publicados, nos últimos cinco anos, sobre o tema. Não deve conter trabalhos não referidos no texto. Quando pertinente, é recomendável incluir trabalhos publicados na RBO. As referências deverão ser numeradas consecutivamente, na ordem em que são mencionadas no texto e identificadas com algarismos arábicos. A apresentação deverá seguir o formato denominado “Vancouver Style”, conforme modelos abaixo. Os títulos dos periódicos deverão ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pela National Library of Medicine, disponível, na “List of Journal Indexed in Index medicus” no endereço eletrônico: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ entrez/query.fcgi?db=journals. Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Quando em número maior, citar os seis primeiros autores seguidos da expressão et al. Artigos de Periódicos: Dahle N, Werner L, Fry L, Mamalis N. Localized, central optic snowflake degeneration of a polymethyl methacrylate intraocular lens: clinical report with pathological correlation. Arch Ophthalmol. 2006;124(9):1350-3. Arnarsson A, Sverrisson T, Stefansson E, Sigurdsson H, Sasaki H, Sasaki K, et al. Risk factors for five-year incident age-related macular degeneration: the Reykjavik Eye Study. Am J Ophthalmol. 2006;142(3):419-28. Livros: Yamane R. Semiologia ocular. 2a ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 2003. Capítulos de Livro: Oréfice F, Boratto LM. Biomicroscopia. In: Yamane R. Semiologia ocular. 2ª ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 2003. Dissertações e Teses: Cronemberger S. Contribuição para o estudo de alguns aspectos da aniridia [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1990. Publicações eletrônicas: Herzog Neto G, Curi RLN. Características anatômicas das vias lacrimais excretoras nos bloqueios funcionais ou síndrome de Milder. Rev Bras Oftalmol [periódico na Internet]. 2003 [citado 2006 jul 22];62(1):[cerca de 5p.]. Disponível em: www.sboportal.org.br Tabelas e Figuras: A apresentação desse material deve ser em preto e branco, em folhas separadas, com legendas e respectivas numerações impressas ao pé de cada ilustração. No verso de cada figura e tabela deve estar anotado o nome do manuscrito e dos autores. Todas as tabelas e figuras também devem ser enviadas em arquivo digital, as primeiras preferencialmente em arquivos Microsoft Word (r) e as demais em arquivos Microsoft Excel (r), Tiff ou JPG. As grandezas, unidades e símbolos utilizados nas tabelas devem obedecer a nomenclatura nacional. Fotografias de cirurgia e de biópsias onde foram utilizadas colorações e técnicas especiais serão consideradas para impressão colorida, sendo o custo adicional de responsabilidade dos autores. Legendas: Imprimir as legendas usando espaço duplo, acompanhando as respectivas figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e tabelas. Cada legenda deve ser numerada em algarismos arábicos, correspondendo as suas citações no texto. Abreviaturas e Siglas: Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez no texto ou nas legendas das tabelas e figuras. Se as ilustrações já tiverem sido publicadas, deverão vir acompanhadas de autorização por escrito do autor ou editor, constando a fonte de referência onde foi publicada. O texto deve ser impresso em computador, em espaço duplo, papel branco, no formato 210mm x 297mm ou A4, em páginas separadas e numeradas, com margens de 3cm e com letras de tamanho que facilite a leitura (recomendamos as de nº 14). O original deve ser encaminhado em uma via, acompanhado de CD, com versão do manuscrito, com respectivas ilustrações, digitado no programa “Word for Windows 6.0. A Revista Brasileira de Oftalmologia reserva o direito de não aceitar para avaliação os artigos que não preencham os critérios acima formulados. Versão português-inglês: Seguindo os padrões dos principais periódicos mundiais, a Revista Brasileira de Oftalmologia contará com uma versão eletrônica em inglês de todas as edições. Desta forma a revista impressa continuará a ser em português e a versão eletrônica será em inglês. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares e Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa, se comprometem a custear a tradução dos artigos para língua inglesa, porém seus autores uma vez que tenham aprovado seus artigos se disponham a traduzir a versão final para o inglês, está será publicada na versão eletrônica antecipadamente a publicação impressa (ahead of print). * Nota importante: A “Revista Brasileira de Oftalmologia” em apoio às políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Intemational Committee of Medical Joumal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso somente aceitará para publicação, a partir de 2008, os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, disponível no endereço: http:/ /clinicaltrials.gov ou no site do Pubmed, no item <ClinicalTrials.gov>. O número de identificação deverá ser registrado abaixo do resumo. Os trabalhos poderão ser submetidos pela Internet, pelo site rbo.emnuvens.com.br Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 400-2 402 Revista Brasileira de Oftalmologia Declaração dos Autores (é necessária a assinatura de todos os autores) Em consideração ao fato de que a Sociedade Brasileira de Oftalmologia está interessada em editar o manuscrito a ela encaminhado pelo(s) o(s) autor(es) abaixo subscrito(s), transfere(m) a partir da presente data todos os direitos autorais para a Sociedade Brasileira de Oftalmologia em caso de publicação pela Revista Brasileira de Oftalmologia do manuscrito............................................................. . Os direitos autorais compreendem qualquer e todas as formas de publicação, tais como na mídia eletrônica, por exemplo. O(s) autor (es) declara (m) que o manuscrito não contém, até onde é de conhecimento do(s) mesmo(s), nenhum material difamatório ou ilegal, que infrinja a legislação brasileira de direitos autorais. Certificam que, dentro da área de especialidade, participaram cientemente deste estudo para assumir a responsabilidade por ele e aceitar suas conclusões. Certificam que, com a presente carta, descartam qualquer possível conflito financeiro ou de interesse que possa ter com o assunto tratado nesse manuscrito. Título do Manuscrito___________________________________________________________________________ Nome dos Autores_______________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ Minha assinatura abaixo indica minha total concordância com as três declarações acima. Data____________Assinatura do Autor____________________________________________________________ Data____________Assinatura do Autor____________________________________________________________ Data____________Assinatura do Autor_____________________________________________________________ Data____________Assinatura do Autor_____________________________________________________________ Data____________Assinatura do Autor____________________________________________________________ Data____________Assinatura do Autor_____________________________________________________________ Rev Bras Oftalmol. 2014; 73 (6): 400-2