“O ser humano, se seguir a
proposta de Jesus, construirá a
sua felicidade”
A escritora e conferencista mineira, radicada em Juiz de Fora,
retorna ao Rio Grande do Sul e cumpre ali, no período de sete
dias, uma extensa programação
Suely
Caldas
Schubert,
médium,
escritora e conferencista renomada,
esteve em atividade doutrinária no Rio
Grande do Sul na primeira quinzena do
corrente mês de outubro, oportunidade
em que visitou – no período de 7 a 12 de
outubro –, a serviço da divulgação
espírita, os municípios de Alvorada,
Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul,
Tapes e Porto Alegre (fotos).
Conferência em Tapes-RS
Depois dos compromissos na Capital, ela
se dirigiu à cidade de Torres, onde se
localiza um dos mais importantes
balneários do Estado, e ali, nos dias 13 e
14, concluiu mais essa jornada de
conferências espíritas em cidades
gaúchas.
Reencarnação: A verdade que
não quer calar foi o tema da
palestra em Alvorada
No dia 7 de outubro, em Alvorada, Suely
iniciou as suas atividades comparecendo
à 11ª Feira do Livro de Alvorada,
realizada de 6 a 10 de outubro tendo
por lema: Ler e pensar, é só começar!
Homenagem em Tapes-RS
Antes de conceder inúmeros autógrafos,
a
autora
do
livro
Mentes
Interconectadas e a Lei de Atração, seu
mais
recente
lançamento,
expôs
sucintamente
o
conteúdo
desse
lançamento e dos livros Testemunhos de
Chico Xavier e Os Poderes da Mente,
também de sua autoria.
Finalizada a atividade na 11ª Feira do
Livro, Láudio Borba, presidente da
Sociedade Espírita Simão Pedro, situada
na Rua Maria do Carmo Garcia, 305,
conduziu a expositora até a sede, onde,
com
a
amabilidade
que
lhe
é
característica,
Suely
proferiu
a
conferência intitulada Reencarnação: A
Palestra em Novo Hamburgo
Público em Novo Hamburgo
verdade que não quer calar.
As indagações sobre o passado – outras
existências – estão latentes no povo e a
Doutrina Espírita tem as respostas para
essas questões. Assim Suely iniciou a
abordagem
do
tema.
Citou,
em
minúcias, o encontro de Nicodemos com
Jesus, e os acontecimentos no monte
Tabor, testemunhados por Pedro, Tiago
e João, a quem Jesus pediu que
mantivessem em segredo o que tinham
visto.
Seminário na Câmara de Vereadores
Seminário em Santa Cruz do Sul
Seu trabalho foi alicerçado nos livros O
Problema do Ser, do Destino e da Dor ,
de Léon Denis; O Livro dos Espíritos, de
Allan Kardec; O Espírito da Verdade, de
Espíritos Diversos/Chico Xavier e Waldo
Vieira; e Plenitude, de Joanna de
Ângelis/Divaldo Franco.
Cumpre destacar a seguinte análise da
expositora: O Espírito reencarna para
Seminário em Porto Alegre
continuar o que começou; consertar o
que destruiu; transformar o ódio em
amor; devolver à vida o que tomou
injustamente; aprender o que não
aprendeu;
redimir-se
dos
erros
cometidos;
aprimorar
sentimentos;
desenvolver outras potencialidades;
evoluir; e ser feliz. Concluindo, afirmou
que uma única existência física não
proporciona a ninguém alcançar todos
esses objetivos.
Prosseguindo, Suely afirmou que o
Espírito
necessita
experimentar
existências em meios diversos, tais
como: as provas da pobreza e da
riqueza; aprender a obedecer e a
mandar; vidas obscuras de trabalho e
privações; a abastança e a fartura; o
poder e a fama; em meio à cultura ou
não; em contato com a arte e a beleza;
entre outras experiências. Eis por que o
Espiritismo nos pergunta: “Não julgas
que já é tempo de renovar?”
Com o público sempre atento, Suely
Schubert apresentou as regras que
regem o retorno do Espírito à vida física.
São elas: atração e afinidade; os
antecedentes
do
Espírito;
dívidas
morais; afeições; méritos e deméritos; e
o novo papel que irá exercer. Daí,
ressalta a expositora, surgem as
preferências e necessidades por escolha
do sexo, raça, nação etc.
Momento de autógrafos em Porto Alegre
Palestra na Simão Pedro
Momento de autógrafos na Feira do
Livro de Alvorada-RS
A reencarnação é uma realidade lógica,
clara, insofismável, e atesta não só a
bondade divina, a sua justiça e
misericórdia, mas também a sua
inteligência suprema.
A leveza e profundidade da exposição proferida por Suely fizeram com que o
público permanecesse expectante, para ouvir, no encerramento, o ensino do
Cristo, registrado por Mateus, cap. XI, vv. 28 a 30: Vinde a mim, todos vós
que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis
repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.
Concluído o trabalho, Suely concedeu vários autógrafos, recebendo o
cumprimento de todos os que a procuraram para breve troca de palavras.
Em Novo Hamburgo, Suely abordou o tema Mentes
Interconectadas e a Lei de Atração
Em 8 de outubro, na Sociedade Espírita Fé, Luz e Caridade, da cidade de
Novo Hamburgo, a conferencista expôs o tema Mentes Interconectadas e a
Lei de Atração, que leva o mesmo nome de seu mais recente lançamento
literário.
Esta obra tem o propósito de responder aos seguintes questionamentos: O
que fazemos aqui neste planeta? O que eu faço repercute, de alguma forma,
no Universo? E o que fazem os demais seres humanos me atinge? Há uma
nova maneira de pensar a vida? O que é a telepatia e o que é a clarividência,
afinal? Como explicar a psicometria e a atividade psíquica nos sonhos? O que
é a consciência? Posso ter uma conexão com a mente divina? E o amor, qual
a sua importância no Universo?
O leitor atento encontrará esclarecimentos sobre estas e outras questões.
Suely Caldas Schubert apresenta, em exposição simples e ao mesmo tempo
profunda, que lhe são peculiares, uma visão acerca da ciência e da
Espiritualidade, com base em algumas das mais modernas teorias que
abordam a transcendência da vida e propõem, em definitivo, uma mudança
do paradigma cartesiano e de seus postulados materialistas.
A autora, igualmente, enfoca alguns dos princípios básicos da física quântica,
que abrem novas perspectivas para o conhecimento humano e que
evidenciam, a partir da constatação de que há em todo o Universo uma
fantástica teia cósmica, um entrelaçamento que une todos os seres e todas
as coisas.
Pelas páginas de Mentes Interconectadas e a Lei de Atração desfilam o
pensamento de alguns dos mais famosos físicos quânticos, escritores e
pesquisadores. São mais de nove. Ao lado destes, trazendo o pensamento
espírita, estão Allan Kardec, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Hermínio Miranda,
Jorge Andréa e os autores espirituais Joanna de Ângelis, Emmanuel, André
Luiz, entre outros.
Suely afirmou que o amor é a lei de atração para os seres vivos e
organizados e que a atração é a lei do amor para a matéria inorgânica,
conforme exarado por São Vicente de Paulo na questão 888-a de O Livro dos
Espíritos.
Com a fluidez que lhe é característica, Suely alicerçou seus argumentos no
livro Em Busca da Verdade, de Joanna de Ângelis pela psicografia de Divaldo
Pereira Franco, no qual a autora espiritual afirma: O pensamento não é
produto do cérebro, mas uma “emanação” do Espírito, ensejando
sofisticados processos mentais como: razão, discernimento, memória,
raciocínio lógico, capacidade de apreensão e todo esse avançadíssimo
potencial que nos é próprio e culmina na consciência. Nas palavras de Allan
Kardec é a ciência do Infinito, explicou a nobre conferencista.
Os conceitos de psicometria, perispírito, telepatia, clarividência, prece, amor,
entre outros, foram brilhantemente apresentados à luz da interconexão da
mente e da lei de atração. Desfilaram, na exposição da autora mineira,
nomes respeitáveis e de mentes lúcidas, tais como Allan Kardec, Léon Denis,
José Marques Mesquita, Hermínio Miranda, William Denton, Zalmino
Zimmermann e Ernesto Bozzano.
Suely narrou alguns fatos que contribuíram para um melhor entendimento
sobre os conceitos apresentados. Mentes interconectadas à sublime atração
do Amor Divino foi a sentença derradeira apresentada pela escritora de
Minas Gerais, finalizando a sua conferência muito aplaudida.
Após breve intervalo, Suely apresentou as respostas para as perguntas
formuladas pelo público. Foram perguntas pertinentes e que demonstraram
o nível de aceitação e a busca de aprofundamentos. Finalizadas as respostas,
uma nova e vibrante salva de palmas foi o agradecimento do público à nobre
e simpática conferencista.
Qualidade na Reunião Mediúnica foi o tema do seminário
em Santa Cruz do Sul
A Sociedade Espírita A Caminho da Luz, de Santa Cruz do Sul, promoveu o
seminário Qualidade na Reunião Mediúnica, ministrado por Suely Caldas
Schubert, no horário das 14h30 às 18h30 do dia 9 de outubro de 2010. Cerca
de 300 pessoas, principalmente médiuns das Instituições Espíritas de Santa
Cruz do Sul e região, participaram ativamente.
Segundo Suely, o caráter, o eixo das reuniões mediúnicas realizadas por
Allan Kardec, por ocasião da codificação da Doutrina Espírita, mudou de
investigação científica para o de caráter terapêutico nos dias atuais, isto é, a
mediunidade com Jesus.
Salientou a conferencista que na Introdução de O Livro dos Médiuns Allan
Kardec propôs ações e atitudes norteadoras, tais como: indicar os meios de
desenvolvimento da faculdade mediúnica; dirigir-lhe o emprego de modo
útil, quando existe; guiar as pessoas nas suas observações; assinalar os
obstáculos por se tratar de uma nova ordem de coisas; iniciá-las na maneira
de conversar com os Espíritos; e indicar-lhes os meios de conseguirem boas
comunicações.
Trouxe para reflexão as questões da homogeneidade e da qualidade das
reuniões mediúnicas com o fito de se obter resultados sérios e
verdadeiramente úteis, conforme se encontra em O Livro dos Médiuns, cap.
29, item 331. No livro O Consolador, questão 372, Emmanuel informou que a
sessão espírita deveria ser uma cópia fiel do cenáculo fraterno, simples e
humilde do Tiberíades, em que o Evangelho do Senhor fosse refletido em
espírito e verdade...
A lei das manifestações, encontrada no livro No Invisível, de Léon Denis; a
equipe mediúnica descrita por Allan Kardec em O Livro do Médiuns, cap. 29,
item 341; a tarefa do dirigente, as aptidões básicas do dirigente/doutrinador
descritas por Hermínio Miranda; a questão da entrevista com o Espírito
comunicante e a atuação dos médiuns narrada por Emmanuel no livro O
Consolador, questão 387, e por Manoel Philomeno de Miranda em
Responsabilidade Mediúnica - esses assuntos e as dificuldades dos médiuns
foram muito bem explorados pela conferencista mineira.
Suely apresentou os indicativos para se identificar os Espíritos inferiores e
superiores que estão exarados nos 54 itens do cap. 24 de O Livro dos
Médiuns. No tocante a este aspecto, citou, literalmente, a advertência de
Erasto: Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade,
uma só teoria errônea. (O Livro dos Médiuns, cap. 20, item 230.)
Sobre as comunicações especiais, de suicidas, de homicidas, de obsessores,
de criminosos cruéis, Suely as elucidou com base em Reencontro com a Vida,
pág. 133, de Manoel Philomeno de Miranda.
Finalizando a primeira parte desse brilhante seminário, Suely expôs as
conclusões apresentadas pelo Projeto Manoel Philomeno de Miranda no livro
Qualidade na Prática Mediúnica, nos seguintes termos: Uma reunião
mediúnica de fins terapêuticos movimenta recursos dos Mentores Espirituais,
transcendentes à compreensão humana, mais a contribuição energética dos
médiuns de incorporação, através do choque anímico, e mais a colaboração
dos doutrinadores, que se utilizam da energia da palavra, reforçada, quando
necessário, pela oração, pelo passe magnético, pela sugestão hipnótica e
pela regressão de memória.
Após breve intervalo o trabalho foi retomado, para que a nobre e cativante
conferencista respondesse às inúmeras perguntas que, pelo seu teor,
inteligência e perspicácia, aprofundaram especificidades, elevando o nível de
compreensão.
Suely encerrou o seminário proferindo o poema Oração, de José Silvério
Horta, constante do livro Parnaso de Além-Túmulo, psicografado pelo
médium Francisco Cândido Xavier.
Os aplausos foram intensos e demorados. Traduziram as emoções e os
agradecimentos que o público lhe ofereceu. Com sua jovialidade e grande
disposição, Suely concedeu, em seguida, vários autógrafos, sempre trocando
palavras amáveis e encorajadoras com aqueles que se lhe acercaram.
O outro seminário em Santa Cruz do Sul foi Desafios
para o Espiritismo ante o 3º Milênio
No dia 10 de outubro, ainda em Santa Cruz do Sul, em seu segundo dia de
atividades nessa agradável e hospitaleira cidade, Suely apresentou o
seminário Desafios para o Espiritismo ante o 3º Milênio, encerrando a 3ª
Semana Espírita promovida pela União Municipal Espírita de Santa Cruz do
Sul, cujo tema foi: EU, O ESPIRITISMO E A PAZ. O evento foi realizado no
Plenário da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, na Rua Júlio de
Castilhos, 567.
O ser humano, ante os fatos e desafios que experimenta hodiernamente, tem
a necessidade de buscar, de compreender o transcendente, a vida espiritual,
dando um significado moral mais elevado à sua existência. Para tanto, Suely
estruturou sua abordagem introdutória nas seguintes assertivas: “Na casa de
meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito; vou
preparar-vos o lugar.” (João 14:2) e “O homem para auxiliar o presente é
obrigado a viver no futuro da raça.” (Calderaro - No Mundo Maior - André
Luiz.)
Desenvolvendo a temática proposta, Suely afirmou que vivemos o momento
da transição planetária. Das grandes descobertas da Antiguidade e das
grandes invenções do homem, chegamos ao nosso tempo. Este é o tempo do
descobrimento de um novo/velho mundo: o das causas! A Espiritualidade
superior tem proporcionado, como nunca, à Humanidade ensinamentos
preciosos. Esta é a maior de todas as descobertas: a do mundo espiritual!
Suely, em sua brilhante exposição, inspirou-se em uma carta de Francisco
Cândido Xavier escrita em 31 de julho de 1946 e estampada no livro
Testemunhos de Chico Xavier, de sua autoria: Creio que estamos numa hora
séria do Espiritismo no Brasil. A Doutrina avançou muito no terreno da
estatística, da aceitação. Precisamos pensar que 400 a 500 mil pessoas
declararam-se espíritas no recenseamento em 1940. Como atender aos
interesses pessoais dessa comunidade tão grande?
E continua perguntando Chico Xavier: Como dar-lhes o pão da alma? Como
organizar, isto é, auxiliar a organização dos núcleos iniciantes? Por que
processo orientar as milhares de almas que começam, ajudando-lhes a
manter a claridade do bom ânimo? Os famintos e sedentos de consolação e
esclarecimento chegam em grande número às nossas fileiras todos os dias.
Como ampará-los e satisfazê-los?
Ante estes questionamentos Chico Xavier reflexionou: Essas perguntas dão-
me tristeza. Sei que a obra é de Jesus, que o serviço é do Alto, mas não
ignoramos que os Mensageiros Divinos precisam de mãos humanas. Diz
Emmanuel que “não pode haver operação sem cooperação” e fico a cismar,
meu caro amigo, sobre este mundo enorme de trabalho com que somos
atualmente defrontados.
Oferecendo um momento de meditação sobre esses questionamentos, Suely
discorreu sobre a missão do Espiritismo, que é: Esclarecer; consolar;
cristianizar; e libertar. Enriqueceu o assunto com duas premissas: 1ª) A vida
continua? e a 2ª) E se continua, em que lugar e onde? Respondendo com sua
natural habilidade de tocar as mentes que a escutam, Suely apresentou as
características da continuidade da vida, o lugar e a localização, narradas em
o livro Nosso Lar, publicado em 1944, de autoria do Espírito André Luiz e
psicografado por Chico Xavier, que narra a vida no mundo espiritual.
Suely realizou uma breve abordagem sobre o livro Nosso Lar e sobre a série
de mesmo nome que evidencia a bondade e a misericórdia divinas, a perfeita
justiça divina, a lei de ação e reação, e mostra que há uma destinação para
todos os seres humanos e a cada um será dado segundo suas obras.
Alicerçou suas ideias em A Gênese, capítulo 18, itens 3, 4, 7, 9 e 17.
Para identificar os desafios para o 3º Milênio, Suely louvou-se na proposta
apresentada por Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Franco sob o
título Espiritizar, Qualificar, Humanizar, e no Projeto Manoel Philomeno de
Miranda que estampa o pensamento de Allan Kardec para o Centro Espírita
como sendo: célula viva e pulsante, lugar de trabalho (para todos), de
solidariedade (entre todos) e de tolerância (para com todos).
O ser humano, disse Suely, se seguir a proposta de Jesus: Amor a si mesmo,
ao próximo e a Deus, construirá a sua felicidade e os desafios para o 3º
Milênio serão encarados com naturalidade e serenidade.
A magnífica exposição apresentada por Suely foi concluída com a leitura do
poema A Ternura, do Espírito Eros, psicografia de Divaldo Franco. Os
agradecimentos vieram em forma de aplausos intensos e demorados,
atestando o objetivo alcançado. Dentre os participantes, inúmeros
procuraram a conferencista mineira para cumprimentos pessoais e
autógrafos.
Em Tapes a confreira mineira falou sobre
o tema Família e Sentimentos
A aprazível Tapes, localizada às margens da Lagoa dos Patos, recebeu Suely
Caldas Schubert com hospitalidade e ternura. Nos arquivos da
espiritualidade ficou registrado o dia 11 de outubro de 2010 como a data em
que Família e Sentimentos foram decantados pela autora mineira.
Sob o patrocínio dos Lares Espíritas Fonte de Amor e André Luiz, cerca de
300 pessoas compareceram ao Ginásio Municipal e ouviram Suely falar sobre
os aspectos da família moderna, suas dificuldades de convivência e seus
sentimentos de afinidade e sintonia entre seus integrantes. Aprendam
primeiro a exercer piedade para com sua própria família e a recompensar
seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. Esta é a
recomendação de Paulo (I Timóteo 5:4), que Suely utilizou para chamar a
atenção sobre as responsabilidades da família.
Após abordar a questão 775 de O Livro dos Espíritos, a expositora apoiou-se
no livro Constelação Familiar, de Joanna de Ângelis, psicografado por
Divaldo Franco, em que se pode ler: A família é a base fundamental sobre a
qual se ergue o imenso edifício da sociedade. No pequeno grupo doméstico
inicia-se a experiência da fraternidade universal ensaiando-se os passos para
os nobres cometimentos em favor da construção da sociedade equilibrada.
Toda vez que a família se entibia ou se enfraquece a sociedade experimenta
conflitos, abalada nas suas estruturas. Há em todas as formas de vida, a
energia divina, no ser humano apresenta-se como consciência,
discernimento, razão, amor, sabedoria. Na família, esse nobre sentimento
encontra campo fértil para desenvolver-se, felicitando os seres frágeis que
reiniciam a jornada, bem como aqueles que lhes constituem a segurança.
Em Desafios da Vida Familiar, de Camilo, psicografia de José Raul Teixeira,
Suely pinçou no título Aprendendo a amar o seguinte: Numa só existência o
indivíduo molda personalidades de filho ou filha, de esposo ou esposa, de pai
ou mãe, de irmão ou de irmã, de avô ou de avó, e de outros laços
secundários. Aprendendo a sensibilizar-se, a portar-se, a agir e a reagir, a
sofrer e a amar, vivenciando cada uma dessas relações em família forjadas
segundo povos, etnias e raças variados, conforme culturas diferentes. Deus
nos mostra que para conseguir amar multidões inumeráveis de irmãos
nossos, temos que aprendê-lo pelo exercício desse amor a pequenos grupos
de três, cinco, dez pessoas, dentro do lar, uma vez que ninguém pode ser fiel
em grandes obras, se não consegue sê-lo nas obras pequenas, conforme o
ensinou de Jesus.
Sobre a importância da família, a expositora retirou da obra acima este
texto: Através da vivência familiar o Espírito reencarnado vai se preparando
para aprender a: conviver, conhecer e respeitar a humanidade; adquirir
elementos intelectuais e sentimentais que propiciem no futuro a
compreender, cooperar e amar a imensa família universal. Por meio da
instituição familiar e de outras composições em que Deus situa seus filhos,
reencarnados e desencarnados, é que o mundo vai alcançando as várias
dimensões do seu progresso intelectual, ético, moral e espiritual. Numa só
existência, deparamo-nos sob o nosso próprio teto com um verdadeiro
laboratório em que, lidando uns com outros, aprendemos a nos relacionar
com a humanidade.
Após reflexionar e comentar sobre os textos em evidência acima, a
incansável e amorável expositora buscou argumentos elucidativos em O
Livro dos Espíritos, questões 132, 383 e 685a. Do livro O Consolador, de
Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, Suely apresentou a questão 110 que
diz: A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do
sentimento e do caráter. Os estabelecimentos de ensino podem instruir, mas
só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade
poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem.
Com base na questão 113 de O Consolador Suely Schubert expôs ao público
atento e silencioso a Missão Fundamental dos Pais: encaminhar os filhos na
crença em Deus; no amor à vida; na bondade ativa; no trabalho construtivo;
na honestidade; na obediência; no respeito; na fraternidade; nos valores
nobres, aperfeiçoando o caráter e o sentimento.
Ainda na questão 113 está a recomendação sobre a Educação doutrinária
segundo Emmanuel: O período infantil, em sua primeira fase, é o mais
importante para todas as bases educativas e os pais espíritas não podem
esquecer seus deveres de orientação aos filhos nas grandes revelações da
vida. O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com máxima
liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Deve-se nutrir o coração infantil
com a crença, a bondade, a esperança e com a fé em Deus.
O tempo fluiu célere e, porque não o tivéssemos registrado, fomos pegos de
surpresa ao percebermos a finalização da exposição que a todos encantou e
conquistou. O registro mais fiel dessa assertiva foi o caloroso aplauso,
vibrante, e carregado de sentimentos de agradecimento a esta notável
expositora mineira que visitou Tapes pela primeira vez.
Mediunidade: Compromisso moral e espiritual foi um dos
temas examinados em Porto Alegre
Na capital gaúcha, Suely Caldas Schubert apresentou o seminário,
desdobrado em duas partes, Mediunidade: Compromisso moral e espiritual; e
Chico Xavier: Mediunidade com Jesus e Kardec. O evento foi realizado no
auditório do Instituto Espírita Amigo Germano, na Rua Santana, 1225, sob o
patrocínio da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
Pela manhã a temática versou sobre os aspectos da mediunidade, do
compromisso, da moral e espiritual. Segundo a conferencista o tema é
bastante vasto e conta com uma grande quantidade de informações trazidas
por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e Yvonne do Amaral
Pereira, entre outros.
Historiou, sucintamente, a mediunidade na humanidade, as pesquisas de
Allan Kardec neste aspecto, culminando nos dias atuais.
Relativamente aos aspectos da mediunidade, Suely apresentou vários
conceitos com base em Jesus (Mateus 10:1); em O Evangelho segundo o
Espiritismo (cap. 26, item 10 e cap. 28, item 9); em Celeiro de Bênçãos, de
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco (cap. 6); em Missionários da Luz, André
Luiz/Chico Xavier (cap. 9), entre outros.
A mediunidade para ser dignificada necessita das luzes da consciência
enobrecida. Quanto maior o discernimento da consciência, tanto mais
amplas serão as possibilidades do intercâmbio mediúnico, ensina Joanna de
Ângelis, em Momentos de Consciência, cap. 19, ilustrou a expositora.
Sobre o compromisso, a base apresentada foi: Sem o Cristo, a mediunidade é
simples “meio de comunicação” e nada mais (...) Mediunidade não é
disposição da carne transitória e sim expressão do Espírito imortal. Se
aspirais ao desenvolvimento superior, abandonai os planos inferiores. Se
aguardais a companhia dos santos santificai-vos na luta de cada dia. Se
desejais a presença dos bons tornai-vos bondosos por vossa vez! (Alexandre,
em Missionários da Luz, cap. 9.)
Suely Schubert ressaltou que a faculdade mediúnica é do Espírito e não do
corpo físico. “É claro, disse ela, que tem sua sede no corpo físico, na glândula
pineal.”
A moral teve sua abordagem apoiada em Manoel Philomeno de Miranda, que
ensina: Grande número de portadores da mediunidade tem compromisso
com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação,
sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos nobres, que
auxiliam a cada um no trabalho iluminativo. Trabalhadores da última hora,
modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa
espiritual da modificação pessoal, como da sociedade, com vistas à Era do
Espírito imortal, que já se encontra com os seus alicerces fincados na
consciência terrestre. (Reencontro com a Vida, cap. 8.)
Não se trata de compromisso vulgar para exibicionismo ou promoção pessoal
(...) afirmou Vianna de Carvalho. Erasto, em O Livro dos Médiuns, cap. XX,
trata da influência moral do médium. Outra base é encontrada nesse mesmo
capítulo, item 227, de O Livro dos Médiuns: Se o médium, do ponto de vista
da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito
grande, sob o aspecto moral.
Com relação ao compromisso espiritual, Suely apoiou-se nas informações de
Joanna de Ângelis encontradas no prefácio do livro Vivência Mediúnica, que
diz: autoiluminar-se; promover o progresso da Humanidade; desenvolver
valores nobres; consolar e amparar as criaturas atormentadas e sofridas de
ambos planos da Vida.
Expôs as dificuldades da prática mediúnica com base em O Consolador,
questão 410; em Correnteza de Luz, cap. 10 e 16 (Camilo/José Raul
Teixeira), entre outras fontes.
Suely falou, ainda, sobre sintonia; as qualidades que atraem os bons
Espíritos; o bom médium; o desenvolvimento das características mediúnicas
etc. Assim completou, Suely, a sua atividade pela manhã.
De volta, na parte da tarde, Suely desenvolveu o tema Chico Xavier:
Mediunidade com Jesus e Kardec. Analisou a mediunidade ímpar de Chico
Xavier, embasando-a em Jesus (Mateus 10:8); a questão da disciplina; as
particularidades dessa mediunidade; e os acontecimentos ocorridos no dia
em que Chico Xavier foi pela primeira vez a um Centro Espírita.
No livro Seara dos Médiuns encontra-se a sentença de Emmanuel que diz:
Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela. Suely teceu
comentários sobre as questões relativas à publicação do primeiro livro
psicografado por Chico Xavier – Parnaso de Além-Túmulo; as
particularidades do transe mediúnico; a recepção dos romances; os quadros
fluídicos; a apresentação, em 1941, de André Luiz a Chico Xavier por
Emmanuel; a edição do livro Nosso Lar em 1944, livro este que trata da vida
espiritual; e o que a série Nosso Lar evidencia.
Suely analisou as características da mediunidade de Chico Xavier, quais
sejam: Vidência, dupla vista; Audição; Psicofonia; Psicografia mecânica;
Receituário; Cura; Psicometria/Xenoglossia; Efeitos físicos/Materializações;
Mediunidade com Jesus e Kardec, bem como os testemunhos desse médium
excepcional.
A incansável e dedicada conferencista encerrou sua atividade proferindo o
poema Oração, de José Silvério Horta, publicado em Parnaso de AlémTúmulo, psicografia de Chico Xavier. A emoção tomou conta de todos, os
quais, finda a leitura, embevecidos, aplaudiram a nobre espírita mineira
Suely Caldas Schubert.
Nota: As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke, de
Novo Hamburgo-RS.
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Reportagem com a escritora e oradora Suely Caldas Schubert