“O ser humano, se seguir a proposta de Jesus, construirá a sua felicidade” A escritora e conferencista mineira, radicada em Juiz de Fora, retorna ao Rio Grande do Sul e cumpre ali, no período de sete dias, uma extensa programação Suely Caldas Schubert, médium, escritora e conferencista renomada, esteve em atividade doutrinária no Rio Grande do Sul na primeira quinzena do corrente mês de outubro, oportunidade em que visitou – no período de 7 a 12 de outubro –, a serviço da divulgação espírita, os municípios de Alvorada, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Tapes e Porto Alegre (fotos). Conferência em Tapes-RS Depois dos compromissos na Capital, ela se dirigiu à cidade de Torres, onde se localiza um dos mais importantes balneários do Estado, e ali, nos dias 13 e 14, concluiu mais essa jornada de conferências espíritas em cidades gaúchas. Reencarnação: A verdade que não quer calar foi o tema da palestra em Alvorada No dia 7 de outubro, em Alvorada, Suely iniciou as suas atividades comparecendo à 11ª Feira do Livro de Alvorada, realizada de 6 a 10 de outubro tendo por lema: Ler e pensar, é só começar! Homenagem em Tapes-RS Antes de conceder inúmeros autógrafos, a autora do livro Mentes Interconectadas e a Lei de Atração, seu mais recente lançamento, expôs sucintamente o conteúdo desse lançamento e dos livros Testemunhos de Chico Xavier e Os Poderes da Mente, também de sua autoria. Finalizada a atividade na 11ª Feira do Livro, Láudio Borba, presidente da Sociedade Espírita Simão Pedro, situada na Rua Maria do Carmo Garcia, 305, conduziu a expositora até a sede, onde, com a amabilidade que lhe é característica, Suely proferiu a conferência intitulada Reencarnação: A Palestra em Novo Hamburgo Público em Novo Hamburgo verdade que não quer calar. As indagações sobre o passado – outras existências – estão latentes no povo e a Doutrina Espírita tem as respostas para essas questões. Assim Suely iniciou a abordagem do tema. Citou, em minúcias, o encontro de Nicodemos com Jesus, e os acontecimentos no monte Tabor, testemunhados por Pedro, Tiago e João, a quem Jesus pediu que mantivessem em segredo o que tinham visto. Seminário na Câmara de Vereadores Seminário em Santa Cruz do Sul Seu trabalho foi alicerçado nos livros O Problema do Ser, do Destino e da Dor , de Léon Denis; O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec; O Espírito da Verdade, de Espíritos Diversos/Chico Xavier e Waldo Vieira; e Plenitude, de Joanna de Ângelis/Divaldo Franco. Cumpre destacar a seguinte análise da expositora: O Espírito reencarna para Seminário em Porto Alegre continuar o que começou; consertar o que destruiu; transformar o ódio em amor; devolver à vida o que tomou injustamente; aprender o que não aprendeu; redimir-se dos erros cometidos; aprimorar sentimentos; desenvolver outras potencialidades; evoluir; e ser feliz. Concluindo, afirmou que uma única existência física não proporciona a ninguém alcançar todos esses objetivos. Prosseguindo, Suely afirmou que o Espírito necessita experimentar existências em meios diversos, tais como: as provas da pobreza e da riqueza; aprender a obedecer e a mandar; vidas obscuras de trabalho e privações; a abastança e a fartura; o poder e a fama; em meio à cultura ou não; em contato com a arte e a beleza; entre outras experiências. Eis por que o Espiritismo nos pergunta: “Não julgas que já é tempo de renovar?” Com o público sempre atento, Suely Schubert apresentou as regras que regem o retorno do Espírito à vida física. São elas: atração e afinidade; os antecedentes do Espírito; dívidas morais; afeições; méritos e deméritos; e o novo papel que irá exercer. Daí, ressalta a expositora, surgem as preferências e necessidades por escolha do sexo, raça, nação etc. Momento de autógrafos em Porto Alegre Palestra na Simão Pedro Momento de autógrafos na Feira do Livro de Alvorada-RS A reencarnação é uma realidade lógica, clara, insofismável, e atesta não só a bondade divina, a sua justiça e misericórdia, mas também a sua inteligência suprema. A leveza e profundidade da exposição proferida por Suely fizeram com que o público permanecesse expectante, para ouvir, no encerramento, o ensino do Cristo, registrado por Mateus, cap. XI, vv. 28 a 30: Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. Concluído o trabalho, Suely concedeu vários autógrafos, recebendo o cumprimento de todos os que a procuraram para breve troca de palavras. Em Novo Hamburgo, Suely abordou o tema Mentes Interconectadas e a Lei de Atração Em 8 de outubro, na Sociedade Espírita Fé, Luz e Caridade, da cidade de Novo Hamburgo, a conferencista expôs o tema Mentes Interconectadas e a Lei de Atração, que leva o mesmo nome de seu mais recente lançamento literário. Esta obra tem o propósito de responder aos seguintes questionamentos: O que fazemos aqui neste planeta? O que eu faço repercute, de alguma forma, no Universo? E o que fazem os demais seres humanos me atinge? Há uma nova maneira de pensar a vida? O que é a telepatia e o que é a clarividência, afinal? Como explicar a psicometria e a atividade psíquica nos sonhos? O que é a consciência? Posso ter uma conexão com a mente divina? E o amor, qual a sua importância no Universo? O leitor atento encontrará esclarecimentos sobre estas e outras questões. Suely Caldas Schubert apresenta, em exposição simples e ao mesmo tempo profunda, que lhe são peculiares, uma visão acerca da ciência e da Espiritualidade, com base em algumas das mais modernas teorias que abordam a transcendência da vida e propõem, em definitivo, uma mudança do paradigma cartesiano e de seus postulados materialistas. A autora, igualmente, enfoca alguns dos princípios básicos da física quântica, que abrem novas perspectivas para o conhecimento humano e que evidenciam, a partir da constatação de que há em todo o Universo uma fantástica teia cósmica, um entrelaçamento que une todos os seres e todas as coisas. Pelas páginas de Mentes Interconectadas e a Lei de Atração desfilam o pensamento de alguns dos mais famosos físicos quânticos, escritores e pesquisadores. São mais de nove. Ao lado destes, trazendo o pensamento espírita, estão Allan Kardec, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Hermínio Miranda, Jorge Andréa e os autores espirituais Joanna de Ângelis, Emmanuel, André Luiz, entre outros. Suely afirmou que o amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados e que a atração é a lei do amor para a matéria inorgânica, conforme exarado por São Vicente de Paulo na questão 888-a de O Livro dos Espíritos. Com a fluidez que lhe é característica, Suely alicerçou seus argumentos no livro Em Busca da Verdade, de Joanna de Ângelis pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, no qual a autora espiritual afirma: O pensamento não é produto do cérebro, mas uma “emanação” do Espírito, ensejando sofisticados processos mentais como: razão, discernimento, memória, raciocínio lógico, capacidade de apreensão e todo esse avançadíssimo potencial que nos é próprio e culmina na consciência. Nas palavras de Allan Kardec é a ciência do Infinito, explicou a nobre conferencista. Os conceitos de psicometria, perispírito, telepatia, clarividência, prece, amor, entre outros, foram brilhantemente apresentados à luz da interconexão da mente e da lei de atração. Desfilaram, na exposição da autora mineira, nomes respeitáveis e de mentes lúcidas, tais como Allan Kardec, Léon Denis, José Marques Mesquita, Hermínio Miranda, William Denton, Zalmino Zimmermann e Ernesto Bozzano. Suely narrou alguns fatos que contribuíram para um melhor entendimento sobre os conceitos apresentados. Mentes interconectadas à sublime atração do Amor Divino foi a sentença derradeira apresentada pela escritora de Minas Gerais, finalizando a sua conferência muito aplaudida. Após breve intervalo, Suely apresentou as respostas para as perguntas formuladas pelo público. Foram perguntas pertinentes e que demonstraram o nível de aceitação e a busca de aprofundamentos. Finalizadas as respostas, uma nova e vibrante salva de palmas foi o agradecimento do público à nobre e simpática conferencista. Qualidade na Reunião Mediúnica foi o tema do seminário em Santa Cruz do Sul A Sociedade Espírita A Caminho da Luz, de Santa Cruz do Sul, promoveu o seminário Qualidade na Reunião Mediúnica, ministrado por Suely Caldas Schubert, no horário das 14h30 às 18h30 do dia 9 de outubro de 2010. Cerca de 300 pessoas, principalmente médiuns das Instituições Espíritas de Santa Cruz do Sul e região, participaram ativamente. Segundo Suely, o caráter, o eixo das reuniões mediúnicas realizadas por Allan Kardec, por ocasião da codificação da Doutrina Espírita, mudou de investigação científica para o de caráter terapêutico nos dias atuais, isto é, a mediunidade com Jesus. Salientou a conferencista que na Introdução de O Livro dos Médiuns Allan Kardec propôs ações e atitudes norteadoras, tais como: indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica; dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando existe; guiar as pessoas nas suas observações; assinalar os obstáculos por se tratar de uma nova ordem de coisas; iniciá-las na maneira de conversar com os Espíritos; e indicar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações. Trouxe para reflexão as questões da homogeneidade e da qualidade das reuniões mediúnicas com o fito de se obter resultados sérios e verdadeiramente úteis, conforme se encontra em O Livro dos Médiuns, cap. 29, item 331. No livro O Consolador, questão 372, Emmanuel informou que a sessão espírita deveria ser uma cópia fiel do cenáculo fraterno, simples e humilde do Tiberíades, em que o Evangelho do Senhor fosse refletido em espírito e verdade... A lei das manifestações, encontrada no livro No Invisível, de Léon Denis; a equipe mediúnica descrita por Allan Kardec em O Livro do Médiuns, cap. 29, item 341; a tarefa do dirigente, as aptidões básicas do dirigente/doutrinador descritas por Hermínio Miranda; a questão da entrevista com o Espírito comunicante e a atuação dos médiuns narrada por Emmanuel no livro O Consolador, questão 387, e por Manoel Philomeno de Miranda em Responsabilidade Mediúnica - esses assuntos e as dificuldades dos médiuns foram muito bem explorados pela conferencista mineira. Suely apresentou os indicativos para se identificar os Espíritos inferiores e superiores que estão exarados nos 54 itens do cap. 24 de O Livro dos Médiuns. No tocante a este aspecto, citou, literalmente, a advertência de Erasto: Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea. (O Livro dos Médiuns, cap. 20, item 230.) Sobre as comunicações especiais, de suicidas, de homicidas, de obsessores, de criminosos cruéis, Suely as elucidou com base em Reencontro com a Vida, pág. 133, de Manoel Philomeno de Miranda. Finalizando a primeira parte desse brilhante seminário, Suely expôs as conclusões apresentadas pelo Projeto Manoel Philomeno de Miranda no livro Qualidade na Prática Mediúnica, nos seguintes termos: Uma reunião mediúnica de fins terapêuticos movimenta recursos dos Mentores Espirituais, transcendentes à compreensão humana, mais a contribuição energética dos médiuns de incorporação, através do choque anímico, e mais a colaboração dos doutrinadores, que se utilizam da energia da palavra, reforçada, quando necessário, pela oração, pelo passe magnético, pela sugestão hipnótica e pela regressão de memória. Após breve intervalo o trabalho foi retomado, para que a nobre e cativante conferencista respondesse às inúmeras perguntas que, pelo seu teor, inteligência e perspicácia, aprofundaram especificidades, elevando o nível de compreensão. Suely encerrou o seminário proferindo o poema Oração, de José Silvério Horta, constante do livro Parnaso de Além-Túmulo, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. Os aplausos foram intensos e demorados. Traduziram as emoções e os agradecimentos que o público lhe ofereceu. Com sua jovialidade e grande disposição, Suely concedeu, em seguida, vários autógrafos, sempre trocando palavras amáveis e encorajadoras com aqueles que se lhe acercaram. O outro seminário em Santa Cruz do Sul foi Desafios para o Espiritismo ante o 3º Milênio No dia 10 de outubro, ainda em Santa Cruz do Sul, em seu segundo dia de atividades nessa agradável e hospitaleira cidade, Suely apresentou o seminário Desafios para o Espiritismo ante o 3º Milênio, encerrando a 3ª Semana Espírita promovida pela União Municipal Espírita de Santa Cruz do Sul, cujo tema foi: EU, O ESPIRITISMO E A PAZ. O evento foi realizado no Plenário da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, na Rua Júlio de Castilhos, 567. O ser humano, ante os fatos e desafios que experimenta hodiernamente, tem a necessidade de buscar, de compreender o transcendente, a vida espiritual, dando um significado moral mais elevado à sua existência. Para tanto, Suely estruturou sua abordagem introdutória nas seguintes assertivas: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos o lugar.” (João 14:2) e “O homem para auxiliar o presente é obrigado a viver no futuro da raça.” (Calderaro - No Mundo Maior - André Luiz.) Desenvolvendo a temática proposta, Suely afirmou que vivemos o momento da transição planetária. Das grandes descobertas da Antiguidade e das grandes invenções do homem, chegamos ao nosso tempo. Este é o tempo do descobrimento de um novo/velho mundo: o das causas! A Espiritualidade superior tem proporcionado, como nunca, à Humanidade ensinamentos preciosos. Esta é a maior de todas as descobertas: a do mundo espiritual! Suely, em sua brilhante exposição, inspirou-se em uma carta de Francisco Cândido Xavier escrita em 31 de julho de 1946 e estampada no livro Testemunhos de Chico Xavier, de sua autoria: Creio que estamos numa hora séria do Espiritismo no Brasil. A Doutrina avançou muito no terreno da estatística, da aceitação. Precisamos pensar que 400 a 500 mil pessoas declararam-se espíritas no recenseamento em 1940. Como atender aos interesses pessoais dessa comunidade tão grande? E continua perguntando Chico Xavier: Como dar-lhes o pão da alma? Como organizar, isto é, auxiliar a organização dos núcleos iniciantes? Por que processo orientar as milhares de almas que começam, ajudando-lhes a manter a claridade do bom ânimo? Os famintos e sedentos de consolação e esclarecimento chegam em grande número às nossas fileiras todos os dias. Como ampará-los e satisfazê-los? Ante estes questionamentos Chico Xavier reflexionou: Essas perguntas dão- me tristeza. Sei que a obra é de Jesus, que o serviço é do Alto, mas não ignoramos que os Mensageiros Divinos precisam de mãos humanas. Diz Emmanuel que “não pode haver operação sem cooperação” e fico a cismar, meu caro amigo, sobre este mundo enorme de trabalho com que somos atualmente defrontados. Oferecendo um momento de meditação sobre esses questionamentos, Suely discorreu sobre a missão do Espiritismo, que é: Esclarecer; consolar; cristianizar; e libertar. Enriqueceu o assunto com duas premissas: 1ª) A vida continua? e a 2ª) E se continua, em que lugar e onde? Respondendo com sua natural habilidade de tocar as mentes que a escutam, Suely apresentou as características da continuidade da vida, o lugar e a localização, narradas em o livro Nosso Lar, publicado em 1944, de autoria do Espírito André Luiz e psicografado por Chico Xavier, que narra a vida no mundo espiritual. Suely realizou uma breve abordagem sobre o livro Nosso Lar e sobre a série de mesmo nome que evidencia a bondade e a misericórdia divinas, a perfeita justiça divina, a lei de ação e reação, e mostra que há uma destinação para todos os seres humanos e a cada um será dado segundo suas obras. Alicerçou suas ideias em A Gênese, capítulo 18, itens 3, 4, 7, 9 e 17. Para identificar os desafios para o 3º Milênio, Suely louvou-se na proposta apresentada por Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Franco sob o título Espiritizar, Qualificar, Humanizar, e no Projeto Manoel Philomeno de Miranda que estampa o pensamento de Allan Kardec para o Centro Espírita como sendo: célula viva e pulsante, lugar de trabalho (para todos), de solidariedade (entre todos) e de tolerância (para com todos). O ser humano, disse Suely, se seguir a proposta de Jesus: Amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, construirá a sua felicidade e os desafios para o 3º Milênio serão encarados com naturalidade e serenidade. A magnífica exposição apresentada por Suely foi concluída com a leitura do poema A Ternura, do Espírito Eros, psicografia de Divaldo Franco. Os agradecimentos vieram em forma de aplausos intensos e demorados, atestando o objetivo alcançado. Dentre os participantes, inúmeros procuraram a conferencista mineira para cumprimentos pessoais e autógrafos. Em Tapes a confreira mineira falou sobre o tema Família e Sentimentos A aprazível Tapes, localizada às margens da Lagoa dos Patos, recebeu Suely Caldas Schubert com hospitalidade e ternura. Nos arquivos da espiritualidade ficou registrado o dia 11 de outubro de 2010 como a data em que Família e Sentimentos foram decantados pela autora mineira. Sob o patrocínio dos Lares Espíritas Fonte de Amor e André Luiz, cerca de 300 pessoas compareceram ao Ginásio Municipal e ouviram Suely falar sobre os aspectos da família moderna, suas dificuldades de convivência e seus sentimentos de afinidade e sintonia entre seus integrantes. Aprendam primeiro a exercer piedade para com sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. Esta é a recomendação de Paulo (I Timóteo 5:4), que Suely utilizou para chamar a atenção sobre as responsabilidades da família. Após abordar a questão 775 de O Livro dos Espíritos, a expositora apoiou-se no livro Constelação Familiar, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, em que se pode ler: A família é a base fundamental sobre a qual se ergue o imenso edifício da sociedade. No pequeno grupo doméstico inicia-se a experiência da fraternidade universal ensaiando-se os passos para os nobres cometimentos em favor da construção da sociedade equilibrada. Toda vez que a família se entibia ou se enfraquece a sociedade experimenta conflitos, abalada nas suas estruturas. Há em todas as formas de vida, a energia divina, no ser humano apresenta-se como consciência, discernimento, razão, amor, sabedoria. Na família, esse nobre sentimento encontra campo fértil para desenvolver-se, felicitando os seres frágeis que reiniciam a jornada, bem como aqueles que lhes constituem a segurança. Em Desafios da Vida Familiar, de Camilo, psicografia de José Raul Teixeira, Suely pinçou no título Aprendendo a amar o seguinte: Numa só existência o indivíduo molda personalidades de filho ou filha, de esposo ou esposa, de pai ou mãe, de irmão ou de irmã, de avô ou de avó, e de outros laços secundários. Aprendendo a sensibilizar-se, a portar-se, a agir e a reagir, a sofrer e a amar, vivenciando cada uma dessas relações em família forjadas segundo povos, etnias e raças variados, conforme culturas diferentes. Deus nos mostra que para conseguir amar multidões inumeráveis de irmãos nossos, temos que aprendê-lo pelo exercício desse amor a pequenos grupos de três, cinco, dez pessoas, dentro do lar, uma vez que ninguém pode ser fiel em grandes obras, se não consegue sê-lo nas obras pequenas, conforme o ensinou de Jesus. Sobre a importância da família, a expositora retirou da obra acima este texto: Através da vivência familiar o Espírito reencarnado vai se preparando para aprender a: conviver, conhecer e respeitar a humanidade; adquirir elementos intelectuais e sentimentais que propiciem no futuro a compreender, cooperar e amar a imensa família universal. Por meio da instituição familiar e de outras composições em que Deus situa seus filhos, reencarnados e desencarnados, é que o mundo vai alcançando as várias dimensões do seu progresso intelectual, ético, moral e espiritual. Numa só existência, deparamo-nos sob o nosso próprio teto com um verdadeiro laboratório em que, lidando uns com outros, aprendemos a nos relacionar com a humanidade. Após reflexionar e comentar sobre os textos em evidência acima, a incansável e amorável expositora buscou argumentos elucidativos em O Livro dos Espíritos, questões 132, 383 e 685a. Do livro O Consolador, de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, Suely apresentou a questão 110 que diz: A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter. Os estabelecimentos de ensino podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem. Com base na questão 113 de O Consolador Suely Schubert expôs ao público atento e silencioso a Missão Fundamental dos Pais: encaminhar os filhos na crença em Deus; no amor à vida; na bondade ativa; no trabalho construtivo; na honestidade; na obediência; no respeito; na fraternidade; nos valores nobres, aperfeiçoando o caráter e o sentimento. Ainda na questão 113 está a recomendação sobre a Educação doutrinária segundo Emmanuel: O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas e os pais espíritas não podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos nas grandes revelações da vida. O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com máxima liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Deve-se nutrir o coração infantil com a crença, a bondade, a esperança e com a fé em Deus. O tempo fluiu célere e, porque não o tivéssemos registrado, fomos pegos de surpresa ao percebermos a finalização da exposição que a todos encantou e conquistou. O registro mais fiel dessa assertiva foi o caloroso aplauso, vibrante, e carregado de sentimentos de agradecimento a esta notável expositora mineira que visitou Tapes pela primeira vez. Mediunidade: Compromisso moral e espiritual foi um dos temas examinados em Porto Alegre Na capital gaúcha, Suely Caldas Schubert apresentou o seminário, desdobrado em duas partes, Mediunidade: Compromisso moral e espiritual; e Chico Xavier: Mediunidade com Jesus e Kardec. O evento foi realizado no auditório do Instituto Espírita Amigo Germano, na Rua Santana, 1225, sob o patrocínio da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. Pela manhã a temática versou sobre os aspectos da mediunidade, do compromisso, da moral e espiritual. Segundo a conferencista o tema é bastante vasto e conta com uma grande quantidade de informações trazidas por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e Yvonne do Amaral Pereira, entre outros. Historiou, sucintamente, a mediunidade na humanidade, as pesquisas de Allan Kardec neste aspecto, culminando nos dias atuais. Relativamente aos aspectos da mediunidade, Suely apresentou vários conceitos com base em Jesus (Mateus 10:1); em O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. 26, item 10 e cap. 28, item 9); em Celeiro de Bênçãos, de Joanna de Ângelis/Divaldo Franco (cap. 6); em Missionários da Luz, André Luiz/Chico Xavier (cap. 9), entre outros. A mediunidade para ser dignificada necessita das luzes da consciência enobrecida. Quanto maior o discernimento da consciência, tanto mais amplas serão as possibilidades do intercâmbio mediúnico, ensina Joanna de Ângelis, em Momentos de Consciência, cap. 19, ilustrou a expositora. Sobre o compromisso, a base apresentada foi: Sem o Cristo, a mediunidade é simples “meio de comunicação” e nada mais (...) Mediunidade não é disposição da carne transitória e sim expressão do Espírito imortal. Se aspirais ao desenvolvimento superior, abandonai os planos inferiores. Se aguardais a companhia dos santos santificai-vos na luta de cada dia. Se desejais a presença dos bons tornai-vos bondosos por vossa vez! (Alexandre, em Missionários da Luz, cap. 9.) Suely Schubert ressaltou que a faculdade mediúnica é do Espírito e não do corpo físico. “É claro, disse ela, que tem sua sede no corpo físico, na glândula pineal.” A moral teve sua abordagem apoiada em Manoel Philomeno de Miranda, que ensina: Grande número de portadores da mediunidade tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos nobres, que auxiliam a cada um no trabalho iluminativo. Trabalhadores da última hora, modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal, que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre. (Reencontro com a Vida, cap. 8.) Não se trata de compromisso vulgar para exibicionismo ou promoção pessoal (...) afirmou Vianna de Carvalho. Erasto, em O Livro dos Médiuns, cap. XX, trata da influência moral do médium. Outra base é encontrada nesse mesmo capítulo, item 227, de O Livro dos Médiuns: Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. Com relação ao compromisso espiritual, Suely apoiou-se nas informações de Joanna de Ângelis encontradas no prefácio do livro Vivência Mediúnica, que diz: autoiluminar-se; promover o progresso da Humanidade; desenvolver valores nobres; consolar e amparar as criaturas atormentadas e sofridas de ambos planos da Vida. Expôs as dificuldades da prática mediúnica com base em O Consolador, questão 410; em Correnteza de Luz, cap. 10 e 16 (Camilo/José Raul Teixeira), entre outras fontes. Suely falou, ainda, sobre sintonia; as qualidades que atraem os bons Espíritos; o bom médium; o desenvolvimento das características mediúnicas etc. Assim completou, Suely, a sua atividade pela manhã. De volta, na parte da tarde, Suely desenvolveu o tema Chico Xavier: Mediunidade com Jesus e Kardec. Analisou a mediunidade ímpar de Chico Xavier, embasando-a em Jesus (Mateus 10:8); a questão da disciplina; as particularidades dessa mediunidade; e os acontecimentos ocorridos no dia em que Chico Xavier foi pela primeira vez a um Centro Espírita. No livro Seara dos Médiuns encontra-se a sentença de Emmanuel que diz: Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela. Suely teceu comentários sobre as questões relativas à publicação do primeiro livro psicografado por Chico Xavier – Parnaso de Além-Túmulo; as particularidades do transe mediúnico; a recepção dos romances; os quadros fluídicos; a apresentação, em 1941, de André Luiz a Chico Xavier por Emmanuel; a edição do livro Nosso Lar em 1944, livro este que trata da vida espiritual; e o que a série Nosso Lar evidencia. Suely analisou as características da mediunidade de Chico Xavier, quais sejam: Vidência, dupla vista; Audição; Psicofonia; Psicografia mecânica; Receituário; Cura; Psicometria/Xenoglossia; Efeitos físicos/Materializações; Mediunidade com Jesus e Kardec, bem como os testemunhos desse médium excepcional. A incansável e dedicada conferencista encerrou sua atividade proferindo o poema Oração, de José Silvério Horta, publicado em Parnaso de AlémTúmulo, psicografia de Chico Xavier. A emoção tomou conta de todos, os quais, finda a leitura, embevecidos, aplaudiram a nobre espírita mineira Suely Caldas Schubert. Nota: As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke, de Novo Hamburgo-RS.