RESUMOS DOS TRABALHOS
APRESENTADOS DURANTE A JORNADA
Porto Alegre, 16 de junho de 2012.
Código: 19047
Título: A INTERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA EM
CUIDADOS PALIATIVOS: UM RELATO DE CASO
Tema: Geriatria
Modalidade: Pôster
Autores: Margarete Diprat Trevisan; Diene Gomes Colvara; Vanice Hohemberger; Clarissa Blattner; Glaciele
Oliveira Teixeira; Juliana Pacheco;
Resumo:
O câncer de pulmão afeta principalmente indivíduos na 6ª ou 7ª década de vida. Em
aproximadamente 70% dos casos a doença já se disseminou para outros sítios, tornando a
taxa de sobrevida a longo prazo muito baixa. A etiologia está relacionada à inalação de
substâncias químicas carcinogênicas (fumaça de cigarro). Este estudo é um relato de caso de
um paciente do sexo masculino 78 anos,tabagista ativo, historia de tuberculose tratada há
40 anos, que esteve internado em uma enfermaria durante o período de 08/04 a 02/05 de
2012 com tosse produtiva, hipotensão e febre. Durante o tratamento, teve diagnóstico de
adenocarcinoma de pulmão. porém optou por não realizar nenhum tipo de tratamento
curativo. Apesar da resistência à radioterapia/quimioterapia, aderiu bem à fisioterapia a as
atividades físicas propostas. O objetivo deste estudo é apresentar a atuação da fisioterapia e
da educação física nos cuidados paliativos de um individuo com adenocarcinoma de pulmão.
Foi realizado atendimento com abordagem multiprofissional, sendo que o fisioterapeuta e o
educador físico trabalhavam buscando objetivo funcional em comum, a melhora na
qualidade de vida do paciente. O foco principal era um atendimento humanizado que
auxiliava na aceitação de uma doença que ameaça a continuidade da vida. Após o tempo de
internação, ação conjunta de ambas as áreas mostrou-se positiva, auxiliando no alivio dos
sintomas e manutenção das condições físicas. Hoje o paciente encontra-se no seu ambiente
domiciliar, realizando suas atividades de vida diária normalmente e seguindo rigorosamente
as orientações dadas na alta hospitalar.
Código: 18978
Título: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA NAS DEMÊNCIAS
Tema: Geriatria
Modalidade: Oral
Autores: Gabriela de Moraes Costa; Daniel Luiz Zanchet; Tiago José Nardi Gomes; Patricia de Moraes Costa;
Resumo:
A incapacidade civil é a restrição legal do exercício dos atos da vida civil, sendo dividida em
privação parcial ou global do agir jurídico. A incapacidade, em termos médico-legais,
presume a existência de um estado de enfermidade ou deficiência física ou psíquica que
impeça uma pessoa de se determinar em função de suas conveniências ou interesses. Com o
envelhecimento populacional vem aumentando a prevalência das demências, cujas
alterações físicas e cognitivas estão relacionadas com a perda da habilidade para tomar
decisões. Para determinar a capacidade hoje são consideradas as principais habilidades
funcionais relevantes para domínios específicos e não apenas o diagnóstico. A capacidade
testamentária refere-se à situação jurídica de ser capaz de executar uma vontade,
envolvendo dois componentes fundamentais: entendimento dos fatos relevantes e
apreciação das consequências de execução ou não de determinadas ações. Este trabalho
revisa os quesitos que envolvem a avaliação forense de capacidade testamentária nas
demências: Justificativa para alterações dramáticas no padrão identificado em testamentos
ou desejos expressos anteriores; Apreciação das consequências de uma distribuição em
particular de seus bens, especialmente se ela exclui beneficiários “naturais”, como filhos ou
cônjuge; Esclarecimento de preocupações acerca de potenciais beneficiários que tenham
sido excluídos do testamento ou que tenham recebido menor parte que o esperado,
descartando a presença de um delírio específico que tenha influenciado a distribuição;
Evidências da presença de trantorno neuropsiquiátrico específico o qual possa afetar
cognição, juízo ou controle de impulsos; Evidências de sintomas psiquiátricos no momento
da execução do testamento; Avaliação da dinâmica familiar, com especial atenção a
conflitos; O entendimento do testador de quaisquer conflitos ou tensões presentes;
Evidências de uma relação patológica ou de dependência a um cuidador ou com alguém que
fomenta desconfianças na família ou amigos; Evidências de inconsistência da vontade
expressa ou incapacidade de comunicar um desejo, clara e consistentemente, no que diz
respeito à distribuição dos bens. Na avaliação de pacientes portadores de demência a
determinação de competência é fundamental para alcançar o equilíbrio entre o respeito à
autonomia daqueles que são capazes de tomar decisões informadas e proteger aqueles com
comprometimento cognitivo.
Código: 19048
Título: AVALIAÇÃO DA HABILIDADE PERCEPTO-VISUO-ESPACIAL EM IDOSOS
Tema: Geriatria
Modalidade: Oral
Autores: Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana Machado Vasques; Adriana Guterres
Pereira; Angela Maria de Freitas; Eloisa Elena Silveira Ferreira;
Resumo:
Introdução: Nos últimos anos, os processos cognitivos vêm sendo alvo de muitas pesquisas,
visando o entendimento das bases biológicas do comportamento. Uma importante
habilidade cognitiva é a percepção visuoespacial, que pode ser entendida como a capacidade
de um indivíduo em perceber sua localização e a dos objetos no espaço. Nesse estudo,
buscou-se verificar se a habilidade percepto-vísuo-espacial altera seu desempenho em
idosos na faixa dos 60-70 anos. <br> <br>Objetivo: Avaliar a habilidade percepto-vísuoespacial e comparar seu desempenho entre dois grupos (grupo 1: 30-40 anos; grupo 2: 60-70
anos), com gênero, escolaridade, classe socioeconômica, sintomas depressivos e ansiosos.
<br> <br>Metodologia: Estudo transversal controlado, realizado em Ambulatório de Terceira
Idade da Unidade de Neuropsicologia, academias de ginástica, escolas de idiomas e
funcionários de Hospital. Os sujeitos responderam a uma entrevista para exclusão de
medicação psiquiátrica e doença neurológica. Para estimulação da habilidade perceptovísuo-espacial foi utilizado Hooper Visual Organization Test (VOT). <br> <br>Resultados:
Houve uma diferença significativa (p menor que 0,001) entre os grupos, demonstrando que o
grupo 2 apresenta pior desempenho percepto-vísuo-espacial quando comparado ao grupo 1.
<br> <br>Conclusão: A avaliação com VOT mostrou que o grupo 1 apresenta um
desempenho percepto-vísuo-espacial significativamente melhor do que o grupo 2. Sintomas
de ansiedade não interferem em seu desempenho. Não houve diferença estatística entre os
gêneros e classe socioeconômica. <br> <br>Descritores: Habilidade percepto-vísuo-espacial,
idosos, ansiedade, depressão.
Código: 19051
Título: EFEITOS DE UM PROGRAMA PROPRIOCEPTIVO
Tema: Geriatria
Modalidade: Pôster
Autores: Miriam Alice Cerentini; Eveline Fronza da Silva; Mirele Ruff Trojahn; Ludmila Guterres Campos;
Resumo:
O envelhecimento fisiológico provoca alterações em vários sistemas do organismo, dentre os
quais estão os três sistemas aferentes responsáveis pelo equilíbrio, que são o visual,
vestibular e proprioceptivo. As alterações nesses sistemas perturbam o controle postural e o
equilíbrio, expondo o indivíduo a uma maior propensão às quedas. Considerada hoje, um
dos principais problemas de saúde pública no país na população idosa, as quedas são
responsáveis por cerca de 70% dos óbitos acidentais em pessoas com mais de 75 anos. Nesse
contexto, surge à necessidade de desenvolver estratégias de tratamento preventivo, dentre
as quais, encontra-se o treinamento sensório-motor. Com o objetivo de identificar a
efetividade de um programa de exercícios proprioceptivos para o treino de equilíbrio, foi
realizado um estudo, com idosas, moradoras da zona rural do município, com idade entre 60
e 69 anos, integrantes do Centro de Convivência Novas Amizades do município de Novo
Cabrais, RS - Brasil. Foi utilizado um questionário com questões fechadas para avaliar os
fatores extrínsecos, relacionados a riscos domésticos para quedas e, intrínsecos relacionados
a alterações psicológicas, no início do tratamento. A Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) foi
aplicada no início e no término do programa proprioceptivo. A intervenção constou de dez
sessões, uma vez por semana, com duração aproximada de 60 minutos. A amostra foi
composta por cinco idosas, com idade média de 65,8 anos. Dos fatores extrínsecos 100% dos
domicílios não apresentam degraus com sinalização de término e 60% não deixam uma
lâmpada previamente ligada para as idas noturnas ao banheiro. Dos fatores intrínsecos, 80%
relataram ter medo de cair, porém, não as impedem de realizar suas atividades. Em relação
EEB, a amostra obteve evolução no escore, variando de 19,57% a 1,82%, após treinamento
proprioceptivo. Contudo, é importante destacar que o grupo estudado, já apresentava
inicialmente um escore com reduzida probabilidade às quedas, dado este que pode estar
relacionado ao fato da amostra residir na zona rural do município, e segundo o próprio
relato das idosas pesquisas, estão sempre envolvidas na realização de afazeres domésticos,
cultivo de horta e criação de animais. Dessa forma, sugere-se a realização de outros estudos
que comparem a condição de equilíbrio postural de idosos moradores da zona rural e
urbana, para melhor aprimorar e desenvolver programas de prevenção às quedas. Palavraschave:Idosos, Equilíbrio, Quedas.
Código: 19060
Título: EFICÁCIA DE EXERCÍCIOS PENDULARES NO EQUILÍBRIO E NA MOBILIDADE DE IDOSOS
SEDENTÁRIOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO GERIÁTRICO
Tema: Geriatria
Modalidade: Oral
Autores: charlene brito de oliveira; Veronica baptista frison; Thais de lima resende; Irenio Gomes;
Resumo:
Com o aumento do número de idosos na população em geral vem o aumento dos fatores
que podem levar à instabilidade postural, que, por sua vez, pode levar a quedas, com grande
impacto pessoal, social e econômico. Logo, é necessário prevenir ou minimizar as perdas que
levam à instabilidade postural. Entre as alternativas possíveis, encontra-se uma miríade de
programas de atividade física. Entretanto, não foram encontrados estudos sobre o uso de
exercícios pendulares em idosos, que possibilitem ao indivíduo ultrapassar os limites
naturais do seu centro de gravidade, podendo facilitar a resposta antecipada e o
aprendizado motor necessários ao equilíbrio. Deste modo, é importante que se avalie essa
alternativa terapêutica. O presente estudo, portanto, foi desenvolvido com o objetivo de
avaliar os efeitos de um programa de exercícios pendulares no equilíbrio e na mobilidade
funcional de idosos sedentários atendidos em um ambulatório geriátrico, bem como verificar
se a intervenção melhorou os indicadores funcionais de equilíbrio e mobilidade, comparados
ao grupo controle. Este ensaio clínico randomizado e controlado foi desenvolvido com 27
idosos divididos por sorteio simples em: Grupo Controle n=14 e Grupo Intervenção n=13,
todos submetidos a testes de equilíbrio (Escala de Berg-EEB, Timed up and Go test – TUG e
Alcance Funcional - AF) no início e ao final do estudo. O GI foi submetido a 16 sessões de
exercícios pendulares no equipamento Chordata.Na análise pré-intervenção, os 27 idosos
estudados não diferiram estatisticamente em termos de distribuição por sexo, idade, estado
civil, cognição, mobilidade funcional; EEB e AF. Após a intervenção, os idosos apresentaram
diferenças estatisticamente significativas em termos da mobilidade funcional (TUG pós= 8,7
± 1,8 s; p=0,001) e do equilíbrio avaliado pela escala de Berg (BERG pós= 54,8 ± 1,4 pontos;
p= 0,001). Apesar de um incremento médio de 12% no AF, após o treinamento os idosos
treinados não apresentaram diferença significativa nessa medida de equilíbrio (AF pós= 29,8
± 3,5 cm; p= 0,296). Após a intervenção, no GC não foi detectada diferença significativa em
nenhum dos testes funcionais utilizados. Portanto, conclui-se que os exercícios pendulares,
além de seguros para a aplicação entre idosos da faixa etária estudada, levaram a melhora
significativa na mobilidade funcional e no equilíbrio dos idosos. Palavras-chave: Idoso.
Quedas.Equilíbrio postural.
Código: 19052
Título: EQUOTERAPIA NO EQUILÍBRIO POSTURAL DE PACIENTES ACOMETIDOS POR
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Tema: Geriatria
Modalidade: Pôster
Autores: Mirele Ruff Trojahn; Ludmila Guterres Campos; Eveline Fronza da Silva; Miriam Alice Cerentini;
Resumo:
O aumento da expectativa de vida traz mudanças ao panorama epidemiológico da
população, dentre as doenças com maior índice de mortalidade e morbidades, encontra-se o
acidente vascular cerebral (AVC), responsável pelo comprometimento de diversas funções
do organismo, dentre elas o equilíbrio postural. Nesse contexto, a Equoterapia surge como
uma proposta diferenciada, que utiliza o cavalo como agente promotor de ganhos físicos,
psicológicos e sociais. Sendo o tratamento e a reintegração de idosos acometidos pelo AVC
uma situação complexa e desafiadora, o emprego de novos recursos terapêuticos ganha
importância, a fim de motivar o paciente e otimizar a reabilitação. Dessa forma, este estudo
teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa de Equoterapia no equilíbrio postural
estático e dinâmico de pacientes pós AVC. Foi desenvolvido um estudo quasi-experimental
do tipo série de casos, onde as variáveis, idade, sexo, tempo de lesão encefálica e função
cognitiva foram analisadas inicialmente. Para a avaliação da função cognitiva foi realizado o
teste Mini-Exame do Estado Mental. O equilíbrio postural dinâmico foi avaliado com a Escala
de Equilíbrio de Berg (EEB) e o equilíbrio postural estático com plataforma Balance Board Wii
(WBB), no início e término do tratamento. Foram realizadas 10 sessões de Equoterapia, com
duração de 30 minutos, uma vez por semana. A amostra foi composta de três indivíduos,
sendo dois do sexo masculino, com idade média de 71,3 (±6,6) anos, tempo de lesão
encefálica de 62 (±21,07) meses e a pontuação do teste do Mini-Exame do Estado Mental de
22,3 (±1,5). Foram observadas melhoras significativas nos três casos deste estudo
comparando-se as variáveis obtidas pré e pós o programa de Equoterapia por meio do Teste
t de Student (p<0,05). Na EEB o P1 teve aumento de 4 pontos, o P2 de 7 e o P3 de 23. Na
WBB a diferença inicial passou de 3,4 para 0,4 no P1, de 8,3 para 6,8 no P2 e de 14,0 para 9,0
no P3. Esse estudo demonstra que na população estudada, um programa de Equoterapia
pode promover ganhos significativos no equilíbrio postural estático e dinâmico destes
pacientes, diminuindo as morbidades decorrentes do AVC. A partir dos resultados obtidos,
sugere-se a realização de outros estudos com amostras mais expressivas, a fim de melhor
evidenciar os benefícios da Equoterapia nas patologias de caráter crônico-degenerativas,
peculiares da população idosa. Palavras-chave: Idosos; Acidente Vascular Cerebral;
Equoterapia.
Código: 19055
Título: O IMPACTO DO PROCESSO SAÚDE- DOENÇA NA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DO
IDOSO
Tema: Geriatria
Modalidade: Oral
Autores: MARIA CRISTINA UMPIERREZ; MARIA EMILIA MARCONDES BARBOSA; EVANI MARQUES PEREIRA;
JULIANA BONINI;
Resumo:
RESUMO: Estudo descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa. A questão
norteadora foi: que relação existe entre o processo de adoecer cronicamente após os 60
anos e a capacidade de preservar a autonomia e a independência para as atividade
instrumentais da vida diária? A coleta de dados foi realizada através da escala de índice de
LAWTON.A população alvo deste trabalho foi composta por 260 idosos residentes no
município de Guarapuava – Paraná. O estudo foi constituído por 69 homens e 191 mulheres.
Dos 69 homens participantes, 17,91% eram analfabetos, esta proporção foi muito mais
expressiva no sexo feminino, 28,94% das mulheres eram analfabetas. Este estudo evidenciou
que as mulheres idosas suportam uma maior carga de distúrbios crônicos do que os homens.
Os dados também revelaram a prevalência de múltiplas patologias em uma proporção maior
nas mulheres do que em homens, o fato marcante é que elas aumentam muito após os 80
anos de idade. A proporção de idosas, em essa faixa etária, portadoras de 3 ou mais
distúrbios é de 13,51%, em quanto entre os homens de 80 ou mais anos esta proporção é de
0%, sugerindo alta mortalidade masculina nessa faixa etária . Palavras-chave: idoso,
autonomia, doença crônica
Código: 19058
Título: PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM
PACIENTES CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA DETERMINADA REGIÃO DA
CIDADE DE GUARAPUAVA - PR
Tema: Geriatria
Modalidade: Pôster
Autores: RAUL HENRIQUE OLIVEIRA PINHEIRO; Maria Cristina Umpiérrez; Maria Emilia Marcondes Barbosa;
Evani Marques Pereira;
Resumo:
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), 60 % do ônus decorrente de doenças no
mundo é determinado por problemas crônicos, principalmente doenças cardiovasculares;
estima-se que em 2020, nos países em desenvolvimento, esta taxa será de 80%. No Brasil,
dados do Ministério da Saúde confirmam que o perfil da mortalidade acompanhou esta
tendência. As doenças do aparelho circulatório foram à principal causa de óbitos em 2005,
283.927 pessoas perderam a vida por essa causa, representando 32,2% das mortes naquele
ano (BRASIL, 2008). Os objetivos deste estudo foram identificar a prevalência dos fatores de
risco relacionados a estes problemas cardiovasculares, evidenciar a presença do
conglomerado de fatores, caracterizar a população encontrada no estudo, gerando assim,
maiores informações e questionamentos sobre esta problemática que vem aumentando a
cada ano no Brasil. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório, cujos
dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada, cruzados através do
programa Estatística e os resultados mostrados através de tabelas e gráficos. A amostra total
do estudo conteve 258 participantes, as faixas etárias foram divididas em 60 a 69 anos, 70 a
79 anos e 80 ou mais anos. Dentre os fatores de risco avaliados estiveram os seguintes:
alcoolismo, tabagismo, sedentarismo, hereditarismo, ingesta hipercalórica e obesidade,
todos estes avaliados conforme as variáveis sexo, idade e presença de doenças crônicas. A
realização deste estudo possibilitou evidenciar a prevalência destes fatores de risco na
população que em ordem decrescente de acometimento foi na amostra total: sedentarismo
(55,81%), hereditarismo (53,87%), ingesta hipercalórica (27,51%), tabagismo (25,58%),
obesidade (24,80%) e alcoolismo (8,52%). Também caracterizou a HAS como a principal
doença crônica. A grande prevalência de fatores de risco no estudo, assim como em outras
pesquisas, mostram a necessidade do maior incentivo das ações de prevenção e promoção
da saúde. Nesta perspectiva que envolve o trabalho do profissional enfermeiro como um dos
principais agentes destas ações a nível primário, o estudo levantou alguns questionamentos
sobre as lacunas que ocorrem frente ao funcionamento do programa Hiperdia e o que
preconiza o Ministério da Saúde visando à melhoria da qualidade da saúde a estes pacientes
cadastrados neste tipo de programa. Palavras-chave: Idoso; Fatores de risco; Doenças
cardiovasculares; Enfermagem.
Código: 19049
Título: VERRUGA VULGAR SUBCLÍNICA DOLOROSA NO HÁLUX
Tema: Geriatria
Modalidade: Pôster
Autores: Seno Otto Kunrath;
Resumo:
Fundamentos Verrugas vulgares são clinicamente fáceis diagnosticar. É recomendável não
praticar a exérese dessas, pela alta possibilidade de disseminação e mesmo a formação de
verrugoma, como complicação extremamente constrangedora. As verrugas vulgares são
muito comuns, múltiplas ou únicas, não raro apresentando o fenômeno de Koebner pelo ato
de coçar, ou por traumas repetidos. Em geral são assintomáticos, podem ser dolorosas ou
apresentar um leve prurido. Motivo da comunicação Ilustrar um caso de verruga vulgar
subclínica em pele glabra, face medial superior do hálux esquerdo, simulando neoplasia.
Apresentação Paciente de cor branca, 50 anos, fototipo II, com queixa de dor na região
lateral do hálux do pé esquerdo, há 30 dias. Ao exame clínico constatou-se área elevada, de
1cm de diâmetro, dura, lisa e de cor esbranquiçada. Hipótese diagnóstica de tumor, a
esclarecer. Procedeu-se a biopsia excisional, revelando na histopatologia tratar-se de
verruga vulgar, implantada na espessura total da pele, fazendo uma elevação na superfície
cutânea. Houve recorrência local da verruga com as mesmas características , nova e mais
ampla excisão realizada para cura do processo viral. Apesar da necessidade da realização de
duas cirurgias excisionais, o resultado final foi excelente, sem seqüelas. Discussão As
verrugas vulgares podem ser tratadas com aplicações tópicas queratolíticas, até cáusticos
potentes, passando pelo nitrogênio líquido, laser e eletrodessecação, entre outros métodos.
Não é recomendada, até mesmo contra-indicada a remoção cirúrgica cruenta pela grande
chance de haver disseminação do processo viral. O caso apresentado não se prestou ao
diagnóstico clínico imediato, no que resultou na opção cirúrgica cruenta, com excelente
resultado.
Código: 19042
Título: A CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA DE GERONTOLOGIA SOCIAL NA FORMAÇÃO DE
ASSISTENTES SOCIAIS NA MODALIDADE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD)
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Michelle Bertóglio Clos; Eliana Souza;
Resumo:
O presente estudo é resultado da análise dos elementos que compõe a disciplina Tópicos
Especiais em Serviço Social I – Gerontologia Social no curso de graduação em serviço social
na modalidade Ead, Universidade Luterana do Brasil/ULBRA. Esta disciplina compõe o
currículo do curso na condição de eletiva e teve inicio no primeiro trimestre de 2011. Desta
forma tem-se como objetivo geral discutir a contribuição da disciplina Tópicos Especiais em
Serviço Social I – Gerontologia Social na capacitação de graduandos de Serviço Social a partir
da análise do conteúdo disponibilizado no ambiente virtual. E como objetivos específicos
verificar em que medida as ferramentas e conteúdos do ambiente virtual contemplam a
capacitação dos alunos para intervenção junto aos Serviços Gerontológicos; refletir sobre a
dimensão do cuidado na intervenção do assistente social junto a idosos em situação de risco
e vulnerabilidade social. Metodologia: Mapeamento do número de alunos matriculados
nesta disciplina no período de fevereiro de 2011 a abril de 2012. Análise das ferramentas da
plataforma virtual Net Aula: Fóruns de Conteúdo, Atividades Avaliativas, material didático e
Plano de tutoria presencial. Resultados: A disciplina analisada teve 2.909 graduandos de
serviço social matriculados no período de fevereiro de 2011 a maio de 2012 em 21 estados
do Brasil. Através de levantamento realizado na ferramenta fórum de conteúdo os principais
serviços identificados como campo de atuação do assistente social são as ILPs e os
CRAS/CREAS. Na identificação do processo de trabalho ficou evidenciado que o assistente
social não é o cuidador principal, mas torna-se referência para idosos e cuidadores na
prevenção da violência doméstica e institucional e na mediação das relações familiares com
idosos em situação de risco e vulnerabilidade social. Conclui-se que a disciplina contribui na
disseminação de orientações e informações referente às políticas sociais voltadas a
população idosa. O material disponível no ambiente virtual disponibiliza acesso a
documentos públicos importantes, mas é preciso incentivar bibliografias em formato digital,
fomentar a discussão referente a atuação do assistente social na promoção do cuidado e da
garantia de direitos de idosos em situação de risco e vulnerabilidade social.
Código: 19053
Título: A ÉTICA DO CUIDADO E A INTERDIÇÃO DE IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Anelise Crippa Silva; Carla Helena Augustin Schwanke;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Quando falamos de ética nos referimos à conduta humana enquanto boa ou
ruim. Essa conduta é norteada por idéias e valores de uma determinada sociedade em uma
determinada época. Os dilemas éticos abrangem a vulnerabilidade do ser humano, incluindo
o ser humano idoso e pedem ações eficazes de cuidado a fim de resguardar essa
vulnerabilidade também na terceira idade. Atualmente, com o envelhecimento da
população e as doenças decorrentes deste processo, vem se buscando, através dos
processos de curatela, a interdição – o que pode ser uma conduta intervencionista de
cuidado ou não. OBJETIVO: Verificar a argumentação utilizada pelos magistrados do Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), para deferir ou indeferir as solicitações de interdição.
METODOLOGIA Analisar todas as decisões judiciais do TJRS referente aos pedidos de
interdição de idosos. RESULTADOS: Foram encontradas seis decisões judiciais, datando de
1985 a 2002. Apenas uma das decisões não se referia à pedidos de interdição de idoso, mas
sim uma demanda de interdição de uma instituição de longa permanência (ILPI). Verifica-se
que não basta ter alguma enfermidade e idade avançada para recorrermos à interdição. A
velhice não é motivo para a interdição. Esses casos são freqüentemente negados em nosso
Tribunal. Ademais, não basta querer proteger uma possível herança e impedir que o idoso
usufrua como desejar de seus recursos financeiros, impedindo-o com o instrumento da
interdição. CONCLUSÃO: Apesar do processo de interdição ser imprescindível para muitos
casos, é preciso analisar cada caso específico com muita cautela, pois o idoso que depende
de cuidado pode estar sendo enganado por aquele que deveria protegê-lo e, ao invés disso,
busca no processo de interdição o lucro proveniente dos bens e rendimentos do idoso.
Palavras-chave: idoso, cuidado, interdição legal.
Código: 18963
Título: A RELAÇÃO ENTRE QUEDAS E FATORES PSICOSSOCIAIS EM UMA AMOSTRA DE
IDOSOS RESIDINDO EM COMUNIDADE NO BRASIL
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Patricia Morsch; Julie McLaughlin; Dena Shenk; Louise Murray; Angelo Jose Goncalves Bos;
Resumo:
No Brasil 1 em cada 3 idosos cai a cada ano. As quedas nos idosos estão associadas a um
aumento das internações hospitalares e admissão em instituições de longa permanência,
assim como a um aumento de incapacidade funcional. Pesquisas na área do envelhecimento
relatam vários fatores de risco para quedas, incluindo os relacionados as condições físicas do
idoso e ao ambiente. Entretanto, a relação entre quedas e fatores psicossociais tem sido
menos explorada. Através da análise de um banco de dados secundário, esta pesquisa
avaliou a relação entre fatores psicossociais e quedas em idosos residindo em comunidade
no estado do Rio Grande do Sul. Os fatores psicossociais analisados foram: idade, sexo, raça,
escolaridade, renda familiar mensal, frequência com que os entrevistados saem de casa e
participam de eventos sociais, auto-percepção de saúde, dificuldade em dormir, redução de
atividades devido a problemas emocionais, freqüência em que os entrevistados sentem-se
calmos e relaxados, e presença de depressão ou ansiedade. A análise foi conduzida através
de tabulação cruzada e teste do qui-quadrado. Os resultados iniciais foram controlados para
idade, sexo e renda. Concluiu-se que a maioria dos fatores psicossociais estudados tem uma
relação significante com quedas e a relação varia em determinados grupos. Esta pesquisa é
relevante para incrementar o conhecimento existente sobre quedas.
Código: 19046
Título: A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE ALGUNS IDOSOS SOBRE O CUIDADO INSTITUCIONAL
CONFESSIONAL: RELATOS DE LONGA PERMANÊNCIA ASILAR.
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Michele Barrientos Garcia; Eliana Anjos Furtado; Rosane Papaleo Freire;
Resumo:
Este trabalho apresenta uma discussão acerca da representação social que alguns idosos
residentes em três instituições de longa permanência da cidade de Porto Alegre/RS têm em
relação ao cuidado que estas oferecem. Buscou-se colher informações de residentes que
tivessem um longo período de permanência asilar pelo fato de que, desta maneira, a
institucionalização já faz parte da história de vida dos sujeitos e assim podem perceber
processos de transformação pelos quais as instituições passaram ao longo dos anos. As
instituições escolhidas são de cunho confessional pelo histórico dos processos de criação das
mesma, pois as primeiras a surgir foram nos modelos confessionais e então é maior a
probabilidade de encontrar sujeitos com longos períodos de permanência. Os principais
objetivos deste trabalho foram analisar os conceitos de cuidado internalizados por
residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos de caráter confessional que
sejam moradores de longa data e discutir o perfil de cuidado e do sujeito cuidado que se
encontra em situação asilar de longo prazo. Este estudo é de cunho qualitativo e teve como
método a coleta de dados a partir da história de vida, e para a obtenção dos resultados
utilizou a análise do conteúdo. Os resultados mostraram que a representação social de
alguns idosos sobre o cuidado é permeada pelo entendimento de que este se dá através de
um conjunto de técnicas, como o auxilio nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades
Instrumentais de Vida Diária (AIVDs), e que há questões importantes que contribuem de
forma negativa ou positiva para a realização do mesmo, como a amizade entre os residentes
e o poder econômico. Deus aparece como aquele que também cuida, mas concedendo
situações favoráveis ao autocuidado, principalmente nos momentos de maior isolamento. A
partir das histórias de vida coletadas, é possível pensar que a representação social destes
idosos sobre o cuidado se dá pelo modelo hospitalocêntrico de atendimento às questões de
saúde, que visa somente a cura das injúrias, por ser este o modelo de promoção de saúde
que os mesmos vivenciam, pois os serviços de saúde estão amplamente fundamentados na
dicotomia saúde-doença. É possível projetar que dentro de alguns anos, a partir da
implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), das estratégias de cuidado
descentralizado e a luta para que o governo os mantenha, haja uma transformação na
representação social dos “novos” idosos que virão.
Código: 19010
Título: A UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS POR IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Daiane Porto Gautério; Silvana Sidney Costa Santos; Danielle Adriane Silveira Vidal; Bibiane Moura da
Rosa; Roger da Silva Fontoura; Edimilson Pereira dos Santos;
Resumo:
As pessoas idosas representam o grupo mais exposto a problemas relacionados ao uso de
medicamentos. A alta prevalência de doenças crônicas, o poder da indústria farmacêutica e
do marketing dos medicamentos, a prática da automedicação, a consulta a diversos
especialistas e a medicalização, presente na formação de parte expressiva dos profissionais
da saúde, são alguns dos determinantes do alto consumo de fármacos nesta faixa etária. O
Critério de Beers-Fick, elaborado nos Estados Unidos, é o método mais utilizado para avaliar
as características, com relação aos efeitos, dos medicamentos prescritos aos idosos. O
objetivo deste estudo foi identificar os medicamentos impróprios, consumidos por idosos
residentes em uma ILP, em um município do sul do Brasil; tendo por base o primeiro critério
de Beers-Fick. Estudo descritivo e quantitativo, por meio de dados de um banco originado da
pesquisa: “Perfil de idosos residentes numa Instituição de Longa Permanência para Idosos
(ILPIs): proposta de ação de enfermagem/saúde”. Foram entrevistados 53 idosos no quais a
prevalência de uso de medicamentos foi de 73,59%. Entre os 39 idosos que utilizavam
medicamentos, a média de uso foi de 3,7 medicamentos por idoso, variando de 1 a 8, sendo
que 89,7% deles utilizavam dois ou mais medicamentos. Verificou-se que 14,7% dos
medicamentos utilizados pelos idosos eram considerados impróprios. Os medicamentos
utilizados, considerados impróprios para idosos, foram: diclofenaco, digoxina,
clorpropramida, amiodarona, diazepam, lorazepam, amitriptilina, tioridazida, metildopa,
óleo mineral, nitrofurantoína e fluoxetina. Além de serem considerados impróprios para
pessoas em idades mais avançadas, os medicamentos utilizados pelos idosos do estudo, são
potencialmente interativos o que aumenta o risco de ocorrer evento adverso relacionado ao
uso de medicamento nesses indivíduos. Cabe salientar que cinco idosos do estudo
consumiram mais que um fármaco impróprio concomitantemente o que aumenta mais ainda
esse risco. A vulnerabilidade dos idosos a problemas relacionados ao uso de medicamentos é
alta devido à complexidade dos problemas clínicos, necessidade de múltiplos fármacos e
alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas inerentes ao envelhecimento. Diante do
exposto, espera-se sensibilizar os profissionais de saúde a promover o uso racional de
medicamentos dentre os idosos.DESCRITORES: Idoso. Instituição de Longa Permanência para
Idosos. Uso de Medicamentos. Enfermagem.
Código: 19014
Título: ACESSIBILIDADE DA PERIFERIA DA ZONA SUL DE SÃO PAULO: PERCEPÇÃO DE IDOSOS
INDEPENDENTES
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Ana Paula Leal Loureiro da Silva; Denise Salvador Morante Mazzaferro; Ermelinda Maria Bueno;
Beltrina da Purificação Cortê Pereira;
Resumo:
Introdução: As grandes cidades brasileiras vem concentrando um número crescente de
idosos, como é o caso de São Paulo, a maior metrópole do país. No entanto, observa-se que
os equipamentos urbanos não estão adequados à uma população cada vez mais atuante na
sociedade, cujas mudanças fisiológicas do seu processo de envelhecer alteram a capacidade
de se adaptar ao espaço e vencer barreiras. Por isso, as cidades devem ser planejadas para
promover e encorajar a independência e a autonomia, de forma que uma boa qualidade de
vida possa ser proporcionada a todos os indivíduos. Objetivo: Identificar as impressões de
idosos ativos, residentes na periferia de São Paulo, sobre o acesso às ruas. Metodologia:
Aplicação de um questionário estruturado, contendo dez perguntas fechadas sobre
acessibilidade nas ruas da periferia da Zona Sul de São Paulo, com 40 idosos moradores da
região, no período de dezembro 2011 a fevereiro de 2012. Resultados: Todos os idosos
entrevistados relataram encontrar no caminho de casa para os principais locais que
frequentam (supermercado, farmácia, igreja, ponto de ônibus e casa de familiares/amigos)
barreiras arquitetônicas que dificultam o acesso e apresentam riscos importantes de queda.
64% dos idosos já caíram nas ruas próximas a suas casas, desses, 77%, preferem ou não saem
de casa sem companhia. Conclusão: Os idosos da periferia de São Paulo estão sujeitos a
agravos à saúde e restrição da participação social devido a falta de acessibilidade das ruas
que circulam. Na periferia a situação é agravada pelo descaso da administração pública e
falta de atenção prioritária, provocados muitas vezes pela construção de edificações e
equipamentos urbanos públicos que se tornaram grandes barreiras arquitetônicas
impedindo, de maneira arbitrária, o acesso dos idosos. A pesquisa aponta para uma
dificuldade da sociedade atual que não encontra acessibilidade nas ruas das cidades. Desta
forma é fundamental a articulação entre as organizações públicas para que promovam ações
integrais em busca de uma construção que vise a possibilidade e condição de alcance para
utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaço, mobiliário e equipamento
urbanos, tal como define a Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Código: 18993
Título: ACESSO E CONHECIMENTO DOS POSTOS DE SAÚDE POR PARTE DOS IDOSOS
RESIDENTES NO RIO GRANDE NO SUL
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Andrea Ribeiro Mirandola; Joel Hirtz do Nascimento Navarro; André Ribeiro; Andressa Lewandowski;
Claudine Lamanna Schirmer; Ângelo José Gonçalves Bós;
Resumo:
Palavras-chave: Sistema Único de Saúde, Idosos, Acesso Justificativa: Frente ao
envelhecimento populacional que molda o século XXI, conhecer o acesso e o conhecimento
que os idosos residentes no Rio Grande do Sul (RS) possuem em relação aos postos de saúde
próximos às suas moradias, mostra-se como uma importante ferramenta para a gestão do
Sistema único de Saúde (SUS). Diante deste fato, este estudo visa contribuir para que os
gestores em saúde e profissionais da área possam articular ações que garantam a
universalidade do SUS. Objetivos: Descrever a forma de acesso ao atendimento de saúde
utilizado pelo idoso. Método: A população amostral foi de 7316 idosos, com 60 anos ou
mais, homens e mulheres residentes em domicílios gaúchos. Questionou-se aos idosos qual
serviço de saúde utilizado nos últimos seis meses, seu conhecimento em relação a existência
de posto de saúde (PS) próximo e quanto ao uso deste serviço. Resultado: Quando verificado
o último atendimento de saúde prestado aos entrevistados 47,9% responderam ser oriundo
do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 40,5% dos entrevistados responderam não ter
recebido o último atendimento do SUS . Em relação ao conhecimento sobre o PS 50% dos
idosos usam frequentemente e 34,6% mencionam usar pouco o serviço. No que diz respeito
aos motivos para não usar o PS, 15,3% referem não necessitar ir ao posto, 11,8% referem ser
difícil agendar consulta e 9,8% preferem consultar médico particular Conclusão: O SUS foi
criado pela Constituição Federal de 1988 e após duas décadas observamos que o PS ainda é
desconhecido ou de difícil acesso para grande parte dos idosos entrevistados. A avaliação do
estado de saúde da população idosa pode estar bastante associada à utilização dos serviços
de saúde. Portanto, os inquéritos de saúde deveriam permitir avaliar com clareza o padrão
de utilização dos serviços de saúde, identificando, também, as dificuldades encontradas
pelos usuários do sistema, para que assim a universalidade do SUS seja alcançada.
Código: 19009
Título: ADEQUAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS ÀS
NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Danielle Adriane Silveira Vidal; Silvana Sidney Costa Santos; Diéssica Roggia Piexak; Bibiane Moura da
Rosa; Roger da Silva Fontoura; Bruna Zortea;
Resumo:
O cuidado ao idoso com dependência, física ou psíquica, combinado com a falta de recursos
econômicos e afetivos, torna-se, muitas vezes, um desafio para a família. Além disso, a
escassez de serviços de suporte ao atendimento a pessoa idosa, torna, geralmente, a
institucionalização uma solução adequada às famílias. Esta investigação justifica-se pelo
aumento da parcela da população idosa no Brasil e pela contribuição que trará à reflexão da
adequação das ILPIs às normas de funcionamento. Assim, o objetivo deste estudo foi
analisar a adequação de uma ILPI às normas específicas de funcionamento definidas pela
Resolução da ANVISA n° 283/2005. Realizou-se uma pesquisa-ação no Rio Grande do Sul,
Brasil, entre os meses de agosto de 2009 a junho de 2010. Foram seguidas as 12 etapas da
pesquisa-ação: Fase exploratória; O tema da pesquisa; Colocação dos problemas; Lugar da
teoria; Hipóteses; Seminário; Campo de observação; Coleta de dados; Aprendizagem; Saber
formal/ saber informal; Plano de ação e Divulgação externa. Foram participantes desta
pesquisa: pesquisadoras, administradores e trabalhadores da área da saúde da instituição. A
coleta dos dados ocorreu através de um seminário/reunião e entrevista semi-estruturada.
Os idosos institucionalizados são particularmente mais vulneráveis às influências do
ambiente por serem mais frágeis. Uma ILPI que atende as orientações legais voltadas aos
institucionalizados e que possui profissionais habilitados, torna-se mais confiável e segura e
tem maior oportunidade de manter a autonomia e capacidade funcional do idoso. As
comparações realizadas entre os resultados da pesquisa e a as normas definidas pela
Resolução da Diretoria Colegiada Nº 283, de 26 de Setembro de 2005 e a Resolução – N° 94,
de 31 de Dezembro de 2007 da ANVISA revelaram um distanciamento entre o atendimento
preconizado pela legislação e a capacidade real de atendimento da instituição. Como
contribuição desse estudo no ensino espera-se sensibilizar os professores para a importância
do gerenciamento das ILPIs; na pesquisa incluir a pesquisa-ação como escolha metodológica
possibilitando que a academia assuma compromisso com a transformação da realidade da
população/comunidade; na assistência, colaborar para disseminação do conhecimento das
políticas voltadas para o idoso, propondo ações ao enfermeiro que atua em ILPI. Descritores:
Idoso, instituição de longa permanência para idosos, enfermagem.
Código: 18996
Título: ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
PARA IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Diogo Mello Rodrigues; Larissa Nogueira Freire; Sabrina Vilanova Cardoso; Nicole Bassani de Freitas;
Rute Baltezan; Maira Rozenfeld Olchik;
Resumo:
Palavras-chave: Idosos, Fonoaudiologia e Instituição de Longa Permanência para Idosos
Introdução: Por diminuir as capacidades biológicas, o processo de envelhecimento torna o
organismo humano vulnerável, refletindo também nos aspectos fonoaudiológicos, levando a
modificações que afetam desde a voz, até alterações como problemas de deglutição,
linguagem, audição, entre outros. Desse modo, tornam-se necessários estudos que
contribuam para uma melhor qualidade de vida no envelhecimento1-2 Objetivo: Traçar o
perfil fonoaudiológicos de idosos moradores de uma Instituição de Longa Permanência.
Método: Foram realizadas triagens enfocando aspectos fonoaudiológicos como: voz,
deglutição, linguagem e audição em idosos institucionalizados durante o período de seis
meses. Os dados foram coletados em forma de entrevista, uma vez por semana, respeitando
a rotina de funcionamento da instituição. Resultados: Foram coletados 127 idosos e
observou-se que 77 pacientes (60,6%) apresentam alteração da deglutição. As alterações de
linguagem (compreensão e/ou expressão oral e/ou escrita) foram encontradas em 32
indivíduos (25,2%). Verificaram-se alterações de audição (32 indivíduos - 25,2%) e alterações
vocais (em 18 indivíduos - 6,3%). Conclusão: Com base nos resultados, torna-se evidente as
alterações fonoaudiológicas em idosos institucionalizados, mostrando a necessidade da
atuação da fonoaudiologia. 1- Silva FML, Neves SRPC, Silva MMML. Processo de
envelhecimento e suas alterações nos diversos sistemas orgânicos. JBM. 2005; 88(4):326. 2Furkim AM, Duarte ST, Hildebrandt PT, Rodrigues KA. A instituição asilar como fator
potencializador da disfagia. Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):954-963
Código: 18968
Título: ANÁLISE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MAIS FREQUENTES ENTRE UMA
POPULAÇÃO DE IDOSOS ATENDIDA PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE
PORTO ALEGRE, RS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Luísa Scheer Ely; Paula Engroff; Carina Duarte Venturini; José Celestino Borges Filho; Irenio Gomes;
Geraldo Attilio De Carli;
Resumo:
Introdução: Os idosos são muito acometidos por doenças crônicas, o que induz à politerapia
medicamentosa e ao aumento do risco de interações farmacológicas. As possíveis interações
medicamentosas podem levar à ineficácia do tratamento e à piora da qualidade de vida do
idoso. Objetivo: Analisar as possíveis interações medicamentosas entre os idosos atendidos
pela Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre, RS. Metodologia: O estudo foi realizado em
idosos do município de Porto Alegre pertencente a três postos de saúde da Estratégia Saúde
da Família. Os idosos foram entrevistados no período de abril a junho de 2011 pelos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS), que foram devidamente treinados para a coleta dos dados. O
instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo informações demográficas e
quanto ao uso de medicamentos. As interações medicamentosas foram analisadas através
do Software Micromedex Health Series. Resultados: Foram entrevistados 53 idosos que
utilizam medicamentos, destes 33 (62,3%) mulheres e 20 (37,7%) homens com média de
69,1±7,7 anos. A média de medicamentos utilizada foi de 4,9. O número médio de interações
graves ou moderadas por paciente foi de 2 interações, sendo que 11 (20,8%) idosos
possuíam ao menos uma interação medicamentosa grave e 26 (49%) possuíam ao menos
uma interação medicamentosa moderada. As interações graves mais encontradas foram
decorrentes do uso combinado de ácido acetil salicílico e fluoxetina; diclofenaco de sódio e
fluoxetina. Ambas as interações podem aumentar o risco de sangramento. As interações
moderadas mais frequentes foram decorrentes do uso de ácido acetil salicílico com
captopril, que pode interferir na eficácia do captopril, e o uso de hidroclorotiazida com
captopril, que pode causar hipotensão. Conclusão: Um número significativo de idosos
possuía alguma interação grave. A terapia medicamentosa desses idosos pode estar sendo
ineficaz ou eles podem estar apresentando efeitos adversos negativos. A assistência
farmacêutica é muito importante para prevenir interações medicamentosas, pois o
farmacêutico pode orientar o uso correto da medicação, auxiliando o paciente a se organizar
com a politerapia.
Código: 19035
Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME METABÓLICA E CAMINHADA EM IDOSOS.
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Gabriele Zanotta Castiglioni; Leni de Araújo Leite; Vera Elizabeth Closs; Carla Augustin Schwanke;
Irênio Gomes da Silva Filho; Maria Gabriela Valle Gottlieb;
Resumo:
Resumo: A síndrome metabólica (SM) é um distúrbio muito prevalente em populações
idosas e agrega um conjunto de fatores de risco cardiovascular, como obesidade abdominal,
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, hipertrigliceridemia e HDL-colesterol
diminuído. Diversos estudos têm indicado que a atividade física desempenha um papel
importante na prevenção de fatores de risco cardiovascular, inclusive em idosos. Objetivo:
avaliar a associação entre SM e a prática de caminhada em idosos atendidos no Ambulatório
Antonio Carlos Araújo de Souza, do Serviço de Geriatria do Hospital São Lucas da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Métodos: estudo transversal,
observacional, onde foram incluídos 75 idosos (61 mulheres e 14 homens) com idade acima
de 60 anos. O diagnóstico de SM foi realizado através dos critérios do Executive Summary of
the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) 2001 Expert Panel on
Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (ATPIII) e a prática
de atividade física foi avaliada pelo Questionário de Atividade Física Internacional (IPAQ)
versão longa, sendo uma das variáveis em investigação o número de dias na última semana
que o indivíduo caminhou por 10 minutos contínuos. Resultados: 65 (86,7%) dos idosos
foram considerados com regularmente ativos, 3 (4,0%) muito ativos e 7 (9,3%) sedentários.
34 (45,9%) dos idosos foram diagnosticados com SM, sendo que 32 (53,3%) destes eram do
sexo feminino, encontrando-se diferença estatisticamente significativa entre sexo e SM (p=
0,08). Também foi encontrada diferença significativa entre SM e o número de dias
caminhados por semana. No caso, idosos com SM apresentaram uma média de 4,00±2,92
dias de caminhada/semana e idosos sem SM de 2,38±2,43 dias de caminhada/semana
(p=0,013). Conclusão: caminhar por 10 minutos contínuos em média 4 dias por semana está
associado com uma menor freqüência de SM, reforçando o papel desta prática na prevenção
e modulação das doenças cardiometabólicas. Palavras-chaves: síndrome metabólica, idosos,
atividade física. Apoio: Programa Nacional de Pós Doutorado (PNPD) da CAPES.
Código: 18991
Título: AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE E QUEDAS EM IDOSOS: UMA REFLEXÃO
CONTEMPORÂNEA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Joel Hirtz do Nascimento Navarro; Iride Cristofoli Caberlon; Claudine Lamanna Schirmer; Andrea
Ribeiro Mirandola; Andressa Lewandowski; Ângelo José Gonçalves Bós;
Resumo:
Palavras-chave: Quedas, Saúde, Idosos. Justificativa: O presente trabalho, através da
associação da autopercepção da saúde com a frequência de quedas em idosos residentes no
Rio Grande do Sul (RS), pretende demonstrar este fenômeno e sua repercussão na vida
desses indivíduos. Para que assim, sejam garantidas medidas promotoras de saúde a esse
segmento populacional cada vez mais presente no Brasil atual. Objetivo: Verificar a
associação da frequência de quedas com a autopercepção da saúde em idosos residentes no
RS. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de 2010 a 2011.
Foram entrevistados 7316 idosos nas suas residências através de um processo de
amostragem aleatória em 59 cidades do RS. Os idosos foram questionados quanto ao
número de quedas nos últimos doze meses e quanto a sua autopercepção de saúde. Os
critérios de inclusão foram ter 60 anos ou mais de idade e aceitar participar da pesquisa.
Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi
aprovado pelos comitês de ética da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS) e Escola de Saúde Pública do RS (ESP). Resultados: Dos 7316 idosos entrevistados,
3781 eram mulheres que apresentaram média mensal de quedas de 1,05±4,17, enquanto os
homens a média foi de 0,88±3,83. Idosos com autopercepção de saúde regular tinham risco
3,5 vezes maior de quedas quando comparados aos idosos com autopercepção de saúde
boa. Já os idosos com autopercepção de saúde ruim possuem risco 5 vezes maior de
sofrerem quedas quando comparados aos idosos com autopercepção da saúde boa. Esses
resultados se mantêm mesmo quando ajustados por idade e gênero. Conclusão: Os
resultados apontam para a possibilidade da relação entre queda e autopercepção de saúde
dos idosos. Mostra-se necessária a implantação de políticas públicas de saúde que
promovam a prevenção das quedas em idosos. O envelhecimento populacional no Brasil
merece destaque, bem como a elaboração de medidas promotoras de saúde por parte dos
gestores públicos.
Código: 19056
Título: AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE GERAL E SAÚDE ORAL DOS IDOSOS DO RIO GRANDE DO
SUL
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: ANDRESSA LEWANDOWSKI; ANDREA RIBEIRO MIRANDOLA; CLAUDINE LAMANNA SCHIRMER; ÂNGELO
JOSÉ GONÇALVES BÓS;
Resumo:
Introdução: Autopercepção da saúde é a interpretação pessoal de experiências positivas ou
negativas a respeito da saúde no contexto da vida diária. Em idosos, a percepção também
pode ser afetada por valores pessoais, como a crença de que algumas dores e incapacidades
são inevitáveis nessa idade. A percepção em saúde geral e oral está associada aos aspectos
físicos e subjetivos e é influenciada por fatores sociais e econômicos, pela idade, sexo e
classe social do indivíduo. A autopercepção da saúde oral tem sido bastante estudada e vem
sendo percebida de modo diferente por indivíduos, sociedades e gerações, mostrando a
diversidade de experiências e valores dos idosos. No entanto, ainda existem muitos desafios,
principalmente no que diz respeito ao não reconhecimento da saúde oral como parte
integrante da saúde geral do indivíduo. O estudo Perfil dos Idosos do RS foi baseado no Guia
da Cidade Amiga do Idoso proposto pela Organização Mundial da Saúde visando observar e
quantificar as diferentes dimensões do Envelhecimento Ativo envolvendo 59 cidades do RS.
Objetivos: Relacionar a autopercepção de saúde geral e a autopercepção de saúde oral.
Método: Foi aplicado o instrumento em 7316 idosos (homens e mulheres) selecionados
aleatoriamente na residência dos mesmos. Aos resultados da autopercepção de saúde geral
e saúde oral foram atribuídos valores crescentes de 1 a 5. Desta forma pessoas que
responderam a autopercepção de saúde (tanto geral quanto oral) como péssima receberam
o valor de 1 e as que responderam a como ótima receberam o valor de 5. Regressão linear
foi utilizada para testar a correlação entre as duas autopercepções de saúde. Resultados:
Observou-se que a saúde geral foi considerada boa ou ótima em 69,4% dos entrevistados,
este foi o mesmo percentual de idosos que consideraram sua saúde oral boa ou ótima. Um
número pequeno de entrevistados considerou sua saúde geral (4,9%) e oral (2,4%) má ou
péssima. A correlação entre saúde geral e oral foi muito significativa (p<0,0001). Catorze por
cento da saúde geral explica o comportamento da saúde oral. Conclusões: Os resultados
deste estudo revelaram que a maioria dos idosos entrevistados avaliou positivamente tanto
a saúde geral quanto a oral. Observamos que quanto melhor a saúde oral melhor era a
saúde geral dos entrevistados. Uma boa saúde oral é de extrema importância para a
manutenção da saúde geral, contribuindo para o bem-estar físico, psíquico e social do
paciente.
Código: 19005
Título: AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE E EQUILIBRIO/AGILIDADE EM IDOSOS PARTICIPANTES
DE PROJETO DE LAZER
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Eliane Mattana Griebler; Andrea Kruger Gonçalves; Eliane Jost Blessmann; Ariane Silveira Dias;
Eduardo Hauser;
Resumo:
O objetivo do estudo foi comparar a aptidão física de idosos participantes de um projeto de
lazer, praticantes de exercício físico nas variáveis: flexibilidade de membros inferiores
(FLEXMI) e superiores (FLEXMS) e equilíbrio/agilidade (EQ/AG). A amostra foi composta por
40 indivíduos (sendo 35 mulheres e 5 homens) com idade igual ou superior aos 60 anos
participantes de um projeto de extensão universitária que tem como ação desenvolver
exercícios físicos organizados em diferentes modalidades (ginástica, alongamento,
hidroginástica, jogging aquático, musculação, dança, jogos adaptados). Todos idosos que
aceitaram participar do estudo ao longo do ano foram aceitos, desde que tivessem
freqüência de no mínimo 75% no projeto, tendo sido assinado um termo de consentimento
livre e esclarecido. Os testes foram realizados na forma de pré teste (abril de 2010) e pós
teste (dezembro de 2010). Foi utilizada a bateria de testes de Rikli e Jones para avaliar a
FLEXMI, FLEXMS e EQ/AG. Para medir a FLEXMI foi utilizado o teste de “sentar e alcançar”,
enquanto para FLEXMS utilizou-se o teste de “alcançar atrás das costas”. O EQ/AG foi aferido
a partir do teste “levantar e deslocar-se 2,44m”. Os idosos integrantes do estudo realizavam
algum tipo de modalidade de exercício no mínimo duas vezes por semana durante os meses
de abril a novembro de 2010. A análise de dados foi realizada a partir do test ´t´ para
amostras dependentes no programa estatístico SPSS. Estes dados permitem uma
caracterização básica da amostra. Através da análise dos resultados foi possível constatar
que ocorreu melhora nas três variáveis avaliadas. A partir da análise identificou-se que a
FLEXMI no pré teste foi 3,64 cm e no pós teste foi 6,53 cm, aumentando a amplitude
articular. Já a FLEXMS, no pré-teste obteve a média de -4,51 cm e no pós teste houve um
ganho, pois o valor chegou a -1,99, indicando maior arco de movimento pela aproximação
entre os segmentos. A variável flexibilidade indicou o maior ganho entre as duas avaliações,
tanto nos membros inferiores como nos superiores. O EQ/AG indicou também um resultado
positivo ao longo do ano, pois inicialmente a média foi 5,57 seg. e no final do ano foi 4,44
seg., indicando uma redução no tempo gasto no teste para percorrer a distância de 2,44m.
Os testes de FLEXMI, assim como o EQ/AG indicaram diferença estatística significativa entre
o pré e o pós teste, indicando a influência dos exercícios na melhora dos resultados.
Código: 19034
Título: AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS
PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Ariane Silveira Dias; Andréa Kruger Gonçalves; Vanessa Dias Possamai; Eliane Mattana Griebler;
Eduardo Hauser; Jaqueline Oliveira Krischke;
Resumo:
O objetivo desse estudo foi de avaliar a presença de sintomas depressivos e a qualidade de
vida em idosos praticantes de atividade física regular, divididos em três faixas etárias. Os
idosos são participantes de um projeto de extensão universitária que oportuniza exercícios
físicos organizados em diferentes modalidades (ginástica, alongamento, hidroginástica,
jogging aquático, musculação, dança, jogos adaptados). Os indivíduos foram divididos de
acordo com a faixa etária da seguinte forma G1= 60 a 69 anos (34 participantes
md=62,41±4,02), G2 = 70 a 79 anos (24 participantes md=73,25±2,67) e G3 = 80 anos e mais
(11 participantes md=81,73±2,61). Para mensurar os sintomas de depressão foi utilizado o
protocolo GDS e para a qualidade de vida foi aplicado o SF-36. A análise de dados foi
realizada através do Anova One-Way para comparação da média entre os três grupos de
estudo, com nível de significância 95%. Os resultados do SF-36 (somatório) foram: G1 = 117
(± 14,78), G2 = 115 (± 17) e G3 = 108 (± 16); para GDS: G1= 6,44 (±1,56); G2= 6,13 (±1,45); G3=
6,45 (± 1,92). A ANOVA não indicou diferença estatística significativa entre os grupos, tanto
na avaliação do SF como do GDS, apesar da diferença de idade. A pontuação máxima do SF36 é de 120 pontos, enquanto do GDS a pontuação média de 6 pontos indica depressão leve
a moderada. Percebe-se que os idosos praticantes de exercícios físicos possuem uma
avaliação de qualidade de vida satisfatória, embora haja presença de sintomas de leves a
moderados de depressão, indicando que a diferença de idade entre os três grupos não
parece influenciar essas avaliações.
Código: 18954
Título: AVALIAÇÃO DE TERAPIA OCUPACIONAL PARA ADULTOS E IDOSOS – UMA ATIVIDADE
DE CRIAÇÃO COLETIVA EM SALA DE AULA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Camilla Oleiro da Costa; Cíntia Viviane Ventura da Silva; Pâmela Catiusce Medeiros; Raquel Pedroso
Mota; Débora Lee;
Resumo:
A terapia ocupacional (TO) aplicada à gerontologia é um campo que vem sendo bastante
trabalhado e desenvolvido na esfera acadêmica; porém, ainda faltam instrumentos
específicos de avaliação nessa área. É através da avaliação que o terapeuta ocupacional
identifica os problemas da clientela e estabelece objetivos de tratamento, traçando a
conduta adequada. Objetivos: Fazer revisão bibliográfica das avaliações e protocolos
existentes na área de atendimento a adultos e idosos em TO. Criar um instrumento de
avaliação de TO para adultos e idosos que será utilizado nas atividades práticas na disciplina
de Intervenções da Terapia Ocupacional na vida adulta e idosos do mesmo curso da
Universidade Federal de Pelotas. Método: A partir das aulas ministradas na disciplina, da
revisão bibliográfica e da pesquisa de protocolos e avaliações existentes na literatura da TO,
os alunos deverão desenvolver uma avaliação para ser administrada e usada nas atividades
práticas da disciplina. Resultados: Foi desenvolvida uma avaliação bastante abrangente das
áreas, contextos e componentes de desempenho da TO para uso com adultos e idosos.
Respeitando as áreas de atuação na disciplina (atendimento ambulatorial e hospitalar), os
alunos puderam conhecer protocolos e avaliações referenciados, conhecendo melhor os
instrumentos e se familiarizaram com a prática de avaliação. Através de estudos em sala de
aula e revisão bibliográfica é possível agregar valor à atuação terapêutica ocupacional dos
acadêmicos.
Código: 19021
Título: AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE
ATIVIDADE FÍSICA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Oral
Autores: Eliane Mattana Griebler; Vanessa Dias Possamai; Andrea Kruger Gonçalves; Ariane Silveira Dias;
Jaqueline Oliveira Krischke; Valéria Feijó Martins;
Resumo:
A queda de idosos é um fator comprometedor da saúde, e apesar de ocorrerem com pessoas
de todas as idades, quando acontecem com idosos às conseqüências passam a ser
significativas. A partir de estudos realizados pelo campo da saúde, percebe-se cada vez mais
o benefício que a atividade física traz para essa população que, além de desenvolver as
capacidades físicas (força, resistência, flexibilidade), desenvolve a capacidade funcional
(capacidade de realizar as atividades da vida diária). A partir disso, nesse trabalho, temos
como objetivo avaliar o risco de quedas em idosos praticantes e não praticantes de atividade
física regular supervisionada, comparando níveis de força, flexibilidade e
equilíbrio/agilidade. A amostra foi composta por dois grupos. O Grupo 1 (G1) composto por
6 mulheres, com idade média de 61,16 anos, sendo o mais velho com 75 e o mais novo com
47 anos, não praticantes de atividade física regular. O Grupo 2 (G2) composto por 17
indivíduos, 15 mulheres e 2 homens, com idade média de 72,11 anos, sendo o mais velho
com 87 e o mais novo com 60 anos, e praticantes de atividade física com, no mínimo, uma
frequência de duas vezes por semana em um projeto de extensão universitária. Para analisar
o risco de quedas foi utilizado o teste “alcance funcional”. Para avaliar força de membros
inferiores (FMI) utilizou-se o teste “sentar e levantar”, enquanto para flexibilidade de
membros inferiores (FlexMI) utilizou-se o teste de “sentar e alcançar”, esses dois testes
correspondem a bateria de testes de RIKLI & JONES. A análise de dados foi realizada a partir
do teste “t” para amostras independentes, no programa estatístico SPSS. O teste de FMI
obteve uma média de 14 repetições para o G1 e 21,53 no G2. O resultado de FlexMI foi de
5,25 cm no G1 e 2,5 cm no G2. O valor obtido no teste de alcance funcional foi de 37,63 cm
no G1 e 30,16 cm no G2. No G1 o risco de queda se mostrou ausente em 66,7% da amostra,
enquanto no G2 esse número foi de 93,8%. Percebe-se que embora não tenha havido
diferença estatística entre os dois grupos na maioria das variáveis avaliadas, com exceção da
FMI, o grupo praticante indica melhores resultados em todas as variáveis. A classificação do
risco de quedas apresentou também resultados positivos no grupo praticante de atividade
física. A partir dos resultados pode-se verificar a relevância da atividade física orientada para
idosos na redução do risco de quedas, influenciando na qualidade de vida.
Código: 19011
Título: AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE IDOSOS DOMICILIADOS EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO
BRASIL
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Danielle Adriane Silveira Vidal; Bibiane Moura da Rosa; Bianca Silveira Urquia; Silomar Ilha; Chiara
Maria de Souza Strapasson; Silvana Sidney Costa Santos;
Resumo:
À medida que a idade avança, crescem as possibilidades de limitações na funcionalidade, o
que ocasiona a dependências dos idosos. A funcionalidade é verificada quando se fala em
cuidados de saúde ao idoso, tendo-se em mente a manutenção de seu estado de saúde e
prevenção de doença, visando à garantia de sua autonomia e independência. Assim, foi
objetivo deste estudo delinear o perfil funcionalidade para a realização de atividades básicas
de vida diária de idosos cadastrados em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família.
Pesquisa de natureza quantitativa, do tipo descritiva, realizada em uma Unidade de
Estratégia em Saúde da Família ESF localizado no Rio Grande do Sul, Brasil. Os sujeitos da
pesquisa foram 109 indivíduos com 60 anos e mais, cadastradas em uma unidade de ESF. A
coleta de dados foi realizada no domicilio do idoso, quando foram avaliados quanto às
atividades básicas de vida diária. O instrumento de coleta dos dados foi o Índex de
Independência nas Atividades de Vida Diária. O projeto de pesquisa teve parecer favorável
de um comitê de ética local, sob o parecer nº133/2011. Os dados foram
agrupados/organizados para tratamento estatístico descritivo, utilizando-se o programa
Excel. Dentre os resultados destacam-se: faixa etária predominante entre 60-69 anos (43%),
mulheres (69,7%), casados (42,2%), ensino fundamental incompleto (78,8%), católicos
(57,8%); aposentados (56%); Nas atividades básicas de vida diária: os idosos pesquisados
apresentavam dependência total principalmente em relação a vestir-se (5,5%) e banhar-se
(2,7%) Destaca-se que 14,7% dos entrevistados necessitavam de algum tipo de auxílio
quando considerada a continência. Percebeu-se que as mulheres idosas mostram-se mais
independentes que os homens. O aumento da dependência do idoso torna o cuidado um
desafio para a família, que muitas vezes, não está preparada. A dependência do idoso,
muitas vezes, é vista como algo natural e esperado, contudo, sabe-se que é possível realizar
a reabilitação do idoso para que recupere a capacidade de realizar uma ou outra atividade
de vida diária. Portanto, há necessidade que os serviços de saúde e os profissionais atuantes,
principalmente nas unidades das ESF, procurem agir na prevenção de incapacidades e
recuperação da funcionalidade dos idosos sob sua responsabilidade. Descritores: Idoso,
Avaliação Geriátrica, Enfermagem.
Código: 19043
Título: CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSOS COM E SEM SÍNDROME
METABÓLICA ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DO MUNICÍPIO DE
PORTO ALEGRE
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Isadora de Souza Rodrigues; Paula Engroff; Vera Elizabeth Closs; Carla Helena Augustin Schwanke;
Maria Gabriela Valle Gottlieb; Irenio Gomes da Silva Filho;
Resumo:
Introdução: a síndrome metabólica (SM) é um complexo distúrbio que envolve um conjunto
de fatores de risco cardiometabólicos conferindo aos seus portadores um risco elevado para
doenças cardiovasculares (DCVs) e morte. Dentre os diferentes fatores de risco para as DCVs
o sexo ocupa um papel de destaque e que também pode estar associada a etiologia da SM.
Objetivo: avaliar as características sóciodemográficas de idosos com e sem SM atendidos
pela Estratégia Saúde da Família (ESF) do Município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Métodos: estudo transversal prospectivo. Os idosos foram selecionados a partir 9 ESF do
Município, de ambos os sexos e com idade superior a 60 anos. As variáveis sóciodemografias
foram coletadas através de um questionário estruturado. O diagnóstico de SM foi obtido
através do Third Report f the National Cholesterol Education Expert Panel on Detction,
Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adult Treament Panel-NCEP-ATPIII
(NCEP-ATPIII). Um total de 161 idosos foi incluído na amostra. Resultados: dos 161 idosos, 83
(51,6%) são portadores de SM, enquanto que 78 (48,4%) não apresentaram esse distúrbio
metabólico e 63 (39,13%) idosos são do sexo masculino e 98 (60,86%) femininos. Destes 26
(41,3%) homens eram portadores de SM e 57 (58,2%) mulheres eram portadoras de SM,
verificando-se diferença significativa (p=0,036). Conclusão: o presente estudo mostrou que o
sexo está associado com a SM em idosos atendidos pela ESF do Município de Porto Alegre.
Código: 19001
Título: CÂNCER DE MAMA: DEPRESSÃO E MEDO DA MORTE
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: CLAUDIA ADRIANA FACCO LUFIEGO;
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo mostrar os sentimentos despertados em mulheres com
câncer de mama e o papel do psicólogo no processo do adoecer. O câncer de mama no Brasil
é a segunda maior causa de óbito entre as mulheres e afeta o estado emocional do paciente
e de sua família. Sentimentos de angústia, medo, ansiedade, raiva são despertados neste
momento. O diagnóstico está correlacionado simbolicamente a “sentença de morte” ou
“perda de algo”. O estudo avaliou 20 mulheres mastectomizadas, com idade entre 40 e 76
anos. A aplicação dos testes se deu durante as entrevistas com a psicóloga, respeitando o
setting terapêutico e ocorreram em um hospital universitário. Foram utilizadas: Escala de
Auto-Estima de Rosemberg e as Escalas de Beck (BDI, BAI). Resultado: os escores obtidos
para a aplicação do BDI (Inventário Beck de Depressão), mostram que das 20 mulheres: 40%
delas (8) apresentaram níveis Mínimos de depressão; 35% (7) níveis Leves e 25% (5)
depressão em grau moderado. Nenhuma paciente obteve escore para qualificar como
depressão em nível Grave.Os resultados do BAI mostraram os seguintes escores: 25% das
mulheres com níveis mínimos de ansiedade; 40% com ansiedade em nível leve; 25%
apresentando níveis moderados e 10% com níveis altos de ansiedade (Grave). Os resultados
confirmam o que outras pesquisas já evidenciaram: de que a depressão e a ansiedade são os
transtornos psicológicos mais prevalentes em mulheres com câncer de mama, embora em
diferentes níveis. Os resultados da Escala de Auto-Estima de Rosemberg mostrou que 20%
das mulheres tiveram uma sensível mudança em sua auto-estima e 80% evidenciaram uma
redução mais acentuada em seu nível de auto-estima. Conclusão: constatou-se que o
diagnóstico de câncer de mama está associado, simbolicamente, a morte e perda. Os
sentimentos despertados são: medo da morte e da dor, angústia, ansiedade, raiva, assim
como sintomas físicos: fadiga, problemas de sono, alterações na imagem corporal, redução
da libido, mas tendo a ansiedade e depressão como transtornos mais prevalentes. O suporte
psicológico auxiliar no enfrentamento dos problemas e reajustamento psicossocial. Porém,
mais pesquisas são necessárias para comprovar a importância da Psiconcologia para a
melhoria da qualidade de vida da paciente e sua família. PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DE
MAMA; DEPRESSÃO; PSICONCOLOGIA
Código: 18981
Título: CO-CONSTRUÇÃO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM JUNTO A IDOSOS COM DOENÇA
CRÔNICA: REPENSAR A REFORMA, REFORMAR O ENSINO EDUCATIVO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Silvana Sidney Costa Santos;
Resumo:
O aumento da população idosa está atrelado há acréscimo das Doenças Crônicas, principais
causas de morbimortalidade no mundo. A educação direcionada às pessoas com doenças
crônicas é colaboração entre o profissional de saúde e o idoso/família e visa à construção e
reconstrução do conhecimento por parte deste, sobre a doença e suas consequências. Tevese como objetivo co-construir com os docentes de um Curso de Graduação em Enfermagem
potencialização do cuidado de enfermagem ao idoso com Doença Crônica Não Transmissível.
Trata-se de pesquisa fundamentada na epistemologia da complexidade, referenciando-se no
pensamento de Edgar Morin. A orientação metodológica aproxima-se da pesquisa-interação.
A formulação de pesquisa utilizou as noções-entrecruzadas: escuta sensível, diálogo,
constituição de um grupo pesquisador-coletivo, negociação, avaliação, mudança, processo,
autorização e complexidade. Os aspectos éticos do estudo foram preservados e o projeto foi
apresentado ao comitê de ética, obtendo parecer favorável. Metodologicamente ancorou-se
nas temáticas: identificação do problema e contratualização; planejamento e realização em
espiral; técnicas de pesquisa-ação; teorização, avaliação e publicação dos resultados. Nove
docentes participaram do estudo. Emergiram três temas de pesquisa: 1) Tecnologias
educacionais para o cuidado de enfermagem; 2) Promoção da saúde do idoso com Doença
Crônica Não Transmissível; 3) Adesão ao autocuidado do idoso com doenças crônicas não
transmissíveis. Verificou-se que a gerontotecnologia educativa propõe diminuir a disjunção
entre as partes, aumentar a capacidade para responder aos desafios do cuidado de
enfermagem junto aos idosos na complexidade da vida, serve como alicerce do processo de
ensino educativo, favorecendo a aptidão natural da mente. O ensino diferenciado, com
utilização de gerontotecnologias, possivelmente terá repercussão em enfermeiros com
posturas profissionais, com complexas reflexões sobre a realidade do idoso com doença
crônica. O desenvolvimento da aptidão para contextualizar o cuidado de enfermagem, tende
a produzir a emergência do pensamento ecologizante no sentido em que situa todo
acontecimento, informação ou conhecimento em relação de inseparabilidade com seu meio
ecossistêmico. O pensamento unificador expressado nesta concepção abre-se de si mesmo
para o contexto dos contextos: o ensino educativo na vida do idoso com doença crônica.
Descritores: Idoso; Enfermagem; Doença Crônica.
Código: 19026
Título: CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA
PERMANÊNCIA ACERCA DA LEGISLAÇÃO VOLTADA AO IDOSO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Diéssica Roggia Piexak; Danielle Adriane Silveira Vidal; Bruna Zortea; Edaiane Joana Lima Barros;
Edimilson Pereira dos Santos; Silvana Sidney Costa Santos;
Resumo:
Com o envelhecimento da população, as Instituições de Longa Permanência para Idosos
mostram-se cada vez mais necessárias. O cuidado ao idoso com dependência física ou
psíquica, combinado com a falta de recursos econômicos e afetivos pode se apresentar como
um desafio para a família. Além disso, a escassez de serviços de suporte ao atendimento a
pessoa idosa, torna a institucionalização uma solução viável. Assim, teve-se como objetivo
verificar o conhecimento da equipe de enfermagem de uma Instituição de Longa
Permanência acerca da legislação voltada ao idoso. Este estudo é parte da pesquisa
intitulada: “Processo de enfermagem voltado à prevenção de quedas em idosos
institucionalizados: pesquisa-ação”, realizada em uma Instituição de Longa Permanência no
sul do Brasil. Como abordagem metodológica seguiu-se as doze etapas da pesquisa-ação. Os
sujeitos do estudo foram os integrantes da equipe de enfermagem da referida instituição. A
coleta de dados se deu por meio da realização de um seminário/reunião e aplicação de um
formulário em maio de 2010. Como resultado verificou-se que a equipe de enfermagem
possuía um conhecimento incipiente em relação à legislação voltada aos idosos. Destaca-se
que é definido como competência do enfermeiro, requisitar à instituição infraestrutura
adequada que responda as necessidades específicas de atendimentos à pessoa idosa. Ainda,
apesar de conhecerem o prontuário do residente, os participantes não o utilizavam, embora
compreendessem sua importância. O prontuário do residente para o idoso é o acervo
documental, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados em saúde prestados,
assim como todas as informações, exames, procedimentos e quaisquer informações
pertinentes a essa assistência. Ainda, o prontuário constitui um instrumento que deve
apresentar uma estrutura sólida, pois representa um documento com valor legal. A
compreensão do processo de envelhecimento torna-se imprescindível ao cuidado
direcionado para a população idosa, assim como a identificação de suas necessidades com a
finalidade da manutenção de sua funcionalidade. O conhecimento acerca da legislação
voltada ao idoso permite que a equipe de enfermagem busque por melhorias na Instituição
de Longa Permanência com o intuito de qualificar o cuidado desenvolvido. Descritores:
Idosos; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Enfermagem.
Código: 18988
Título: CUIDADO DE ENFERMAGEM COMO REDE DE APOIO PARA FAMILIA NO TRATAMENTO
DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Ana Paula Zimmer Pez; Aline Krüger Ramos; Laurem Paz Salbego; Diana Baumgart; Karina Silveira de
Almeida Hammerschmidt;
Resumo:
Introdução: O processo do envelhecimento ocasiona algumas alterações biológicas que
acarretam na diminuição progressiva de algumas funções cognitivas, sensoriais e motoras. A
ocorrência dos transtornos demenciais aumenta relativamente com a idade, sendo a doença
de Alzheimer a que mais acomete os idosos, esta é doença neurodegenerativa incurável, em
que medicamentos podem afetar seus sintomas, mas não retardar seu progresso. Calcula-se
que no Brasil existam 1,2 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer. Objetivo: Refletir
sobre o papel do enfermeiro como rede de apoio na compreensão dos familiares dos idosos
acerca da doença de Alzheimer. Metodologia: Esta reflexão emergiu após vivência no projeto
de extensão “EnvelheSER: promoção da saúde do idoso com doença de Alzheimer”,
realizado no ano passado, para estudantes e população. Verificou-se a dificuldade de
entendimento e a percepção dos familiares acerca das alterações vivenciadas pelo idoso com
Doença de Alzheimer, bem como a importância do cuidado de enfermagem como apoio para
estes. Resultados: O enfermeiro ao desenvolver o cuidado de enfermagem junto a familiares
do idoso com Doença de Alzheimer pode ser a rede de apoio e ajuda na compreensão sobre
a doença, possibilidade de ação para prevenção secundária ou terciária. Estas ações de
cuidado desenvolvidas por meio de rodas de conversa, com participação ativa do idoso e
familiar, apresentação de dúvidas beneficiam a saúde dos idosos, refletindo na melhoria da
qualidade de vida das famílias, segundo depoimentos dos participantes. Emergiu a
necessidade de maiores esclarecimentos e outras ações educativas como a realizada, pois a
doença de Alzheimer ainda é tabu para muitos familiares que precisam cuidar de idosos com
a doença. Conclusões: O desconhecimento acerca da patologia favorece o despreparo para
atender o idoso com Alzheimer. As informações sobre como identificar os sintomas da
doença são importantes para os familiares pois podem desenvolver prevenção secundaria ou
terciária. O enfermeiro, ao desenvolver o cuidado de enfermagem pode tornar-se rede de
apoio para o idoso e seus familiares, na compreensão acerca da patologia. Descritores:
Idoso; Doença de Alzheimer, Cuidados de Enfermagem.
Código: 18990
Título: CUIDADO DE ENFERMAGEM JUNTO A FAMÍLIA E AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Ana Paula Zimmer Pez; Laurem Paz Salbego; Aline Krüger Ramos; Diana Baumgart; Karina Silveira de
Almeida Hammerschmidt;
Resumo:
Introdução: Atualmente a incidência do Diabetes Mellitus vem crescendo entre os idosos. No
Brasil, com o aumento da expectativa de vida, espera-se aumento cada vez maior do número
de diabéticos. O Diabetes Mellitus é terceira doença que mais acomete os idosos, é
altamente limitante podendo causar amputações, nefropatias, cegueira entre outras que
causam prejuízos à capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida do idoso. Acreditase que as ações educativas, junto ao paciente, família e comunidade são fundamentais no
controle da Diabetes Mellitus, pois as complicações estão ligadas ao conhecimento para o
tratamento correto, cuidado pessoal diário adequando e ao estilo de vida saudável.
Objetivo: Refletir sobre o cuidado de enfermagem junto ao idoso com Diabetes Mellitus.
METODOS: Trata-se de reflexão que emergiu após vivência no projeto de extensão
“Estratégias Teórico- Operacionais para o empoderamento dos idosos” - ênfase no Diabetes
Mellitus, onde verificou-se resistentes dos idosos a adesão ao tratamento. Resultados No
estudo realizado sobre cuidado do enfermeiro ao idoso portador de Diabetes Mellitus
constatou-se que os idosos são resistentes ao tratamento visto que doença não tem cura e
por não se adaptarem com as modificações exigidas para controle metabólico. Os
profissionais da área da saúde, principalmente o enfermeiro, exerce papel fundamental no
tratamento deste, podendo auxiliar no desenvolvimento de conhecimento e competências
para o autocuidado. Conclusão: Os profissionais da enfermagem podem desenvolver
atividades educativas para difundir conhecimento sobre o diabetes junto aos pacientes e
comunidade. O idoso precisa ser estimulado a manter vida independente, adaptando-se as
modificações exigidas pelo tratamento. Ações educativas podem contribuir na adesão ao
tratamento melhorando a qualidade de vida. Acreditamos que, os grupos de educação
propiciam qualificação na assistência prestada ao idoso, auxiliando na propagação de
informações e orientações a serem transmitidas com agilidade e em conjunto, criando
também forte elo entre profissionais, idoso, família e comunidade. O grupo de apoio se
torna um espaço reflexivo importante para os idosos e seus familiares, permitindo que os
mesmos sintam-se acolhidos e ouvidos em suas necessidades, disponibilizando um suporte
para definir as estratégias mais criativas para adesão do tratamento e resultados positivos.
Descritores: Idoso, Família, Enfermagem.
Código: 18985
Título: CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA OS IDOSOS EM HEMODIÁLISE: REPRESENTAÇÃO
SISTEMATIZADA PELA TEORIA FUNDAMENTADA NOS DADOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Julia de Moura Quintana; Silvana Sidney Costa Santos;
Resumo:
A Insuficiência Renal Crônica é o resultado final da destruição tecidual gradual e perda da
função renal, possui alta morbimortalidade, induzindo realizar procedimentos de
substituição, hemodiálise. Considerando a complexidade da vivência do idoso com doença
crônica e a necessidade do tratamento dialítico é essencial a busca de meios que
possibilitem ampliar o conhecimento acerca do cuidado de enfermagem ao idoso em
hemodiálise. A compreensão como ação complexa torna-se necessário que a equipe de
enfermagem esteja preparada, com presença de diálogo interno e externo para,
conjuntamente, estabelecer planos de ação a curto, médio e longo prazos, que oportunizem
um satisfatório enfrentamento da doença e do tratamento. O objetivo do estudo foi
identificar a concepção dos idosos sobre o cuidado de enfermagem. Realizou-se pesquisa
qualitativa alicerçada na Teoria Fundamentada nos Dados. Participaram dez idosos
submetidos à hemodiálise, em uma Clínica de Hemodiálise localizada no Rio Grande do
Sul/Brasil. Realizaram-se entrevistas durante as sessões de hemodiálise. Os aspectos éticos
do estudo foram preservados e o projeto foi apresentado ao comitê de ética, obtendo
parecer favorável. Os resultados desta pesquisa dividem-se em dois eixos temáticos: 1) o
tratamento em hemodiálise com categorias: a) vulnerabilidade e submissão frente ao
tratamento e b) recuperação da autonomia e qualidade de vida e o 2) cuidado de
enfermagem em hemodiálise com categorias: a) competência profissional e b) Relações
interpessoais permeando o ambiente do cuidado de enfermagem. A enfermagem possui
papel importante principalmente quando se refere às particularidades de cada idoso, pois
estes vivenciam de maneira particular a realidade do tratamento. O cuidado de enfermagem
se relaciona intrinsecamente com à competência profissional e às relações interpessoais no
ambiente da hemodiálise. Este ambiente propicia aos sujeitos envolvidos uma série de
oportunidades para que sejam criados e mantidos vínculos os quais servem de subsídio para
o cuidado de enfermagem ao idoso. Neste âmbito a concepção do idoso sobre este cuidado é
fundamental para avaliação das ações realizadas e do ambiente de efetividade do cuidado
de enfermagem. Descritores: idoso; cuidados de enfermagem; diálise renal.
Código: 18966
Título: DIABETES MELLITUS EM IDOSOS: CONHECIMENTO DO DIAGNÓSTICO, TERAPIA
MEDICAMENTOSA UTILIZADA E ANÁLISE DOS VALORES DE GLICEMIA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Fabiana Henriques Goularte; Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Pedro Luis Dinon Buffon; Karin Viegas;
Geraldo Atillio De Carli;
Resumo:
Introdução: O aumento da prevalência do diabetes mellitus (DM) em países em
desenvolvimento vem sendo observado nas últimas décadas. Essa doença acarreta outras
comorbidades, além de contribuir para a queda da qualidade de vida dos idosos. Por isso é
importante que o idoso tenha conhecimento de ser portador da doença para seguir um
correto tratamento. Objetivos: Analisar se os idosos sabiam ter o diagnóstico de DM, se
utilizavam hipoglicemiantes e como estavam os níveis séricos de glicose. Metodologia: O
estudo foi realizado em idosos do município de Porto Alegre e pertencentes a três postos de
saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os idosos foram entrevistados em suas
residências pelos Agentes Comunitários de Saúde que foram devidamente treinados pela
equipe do projeto. O instrumento foi um questionário contendo dados gerais, sobre a saúde
e a terapia medicamentosa utilizada. As coletas de sangue foram realizadas em jejum na ESF
onde o idoso estava cadastrado e as amostras encaminhadas para o Laboratório de
Bioquímica, Genética Molecular e Parasitologia do Instituto de Geriatria e Gerontologia da
PUCRS para a realização do exame da glicose. Os medicamentos utilizados foram
classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical e considerado apenas os
hipoglicemiantes. Resultados: Participaram da pesquisa 47 idosos, sendo 28 mulheres
(59,6%) e 19 homens (40,4%), com média de idade de 68,2±6,9 anos. Da maioria dos 11
(23,4%) idosos que usam hipoglicemiantes, 7 (63,6%) possuíam idade entre 60-69 anos. Em
relação aos valores de glicose, 13 (27,7%) apresentaram valores alterados no exame, e
destes, 10 (76,9%) encontravam–se na faixa de idade entre 60-69 anos. A respeito do
questionamento ao idoso sobre a existência da patologia, 37 (78,7%) diziam não ser
diabéticos, porém 8 (21,6%) destes apresentaram glicose alterada e 3 (8,1%) usavam
hipoglicemiantes, enquanto que dos 10 (21,3%) que diziam ter DM, 2 (20,0%) não usavam
hipoglicemiantes (p<0,001). Do total dos idosos, 6 (12,8%) possuíam níveis de glicose
alterados e não faziam uso de hipoglicemiantes (p<0,05). Conclusão: Pode-se observar que
os idosos entrevistados não possuíam clareza quanto a serem diabéticos. Desta forma é
importante verificar se o idoso possui conhecimento do diagnóstico da doença, se utiliza os
hipoglicemiantes corretamente e como estão os valores de glicemia para assim planejar uma
atenção específica para esta população. Palavras-chave: idosos, diabetes mellitus,
hipoglicemiantes
Código: 19040
Título: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALZHEIMER NA ESF: CUIDADO DE ENFERMAGEM EM
SALA DE ESPERA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Aline Krüger Ramos; Ana Paula Zimmer Pez; Diana Baumgart; Laurem Paz Salbego; Joice Moreira
Schumalfuss; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt;
Resumo:
Introdução: no processo de envelhecimento ocorrem mudanças fisiológicas que acarretam
declínio das funções cognitivas, os idosos podem necessitar de maior atenção com relação à
saúde. A doença de Alzheimer é a demência que mais acomete os idosos, sendo uma
patologia neurodegenerativa, incurável que torna o idoso dependente da ajuda de outros
para realização das atividades de vida diária. O atendimento deficitário ao idoso e seus
familiares pode relacionar-se com déficit de esclarecimentos efetivos sobre as questões
relacionadas ao processo de envelhecimento e a doença de Alzheimer, aliados a situações de
despreparo dos profissionais para atuação com esta clientela. Objetivo: desenvolver
educação em saúde junto a comunidade usuária de uma Estratégia Saúde da Família (ESF)
sobre a doença de Alzheimer. Refletir sobre a atuação do enfermeiro neste contexto.
Método: relato de experiência reflexivo baseado por vivencia de discentes do Curso de
Graduação em Enfermagem da uma Universidade Federal do Sul do Brasil. A educação em
saúde ocorreu em sala de espera da unidade de saúde ESF, em abril de 2012, durante
disciplina obrigatória do Curso. Como estratégias metodológicas foram utilizados folderes e
roda de conversa. Resultados: o déficit de conhecimento sobre a doença de Alzheimer,
incluindo seus sintomas, foi evidenciado nas falas dos participantes, assim como a
dificuldade de diferenciação entre a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson.
Constatou-se relevante interesse da população sobre a temática, pois alguns participantes
identificaram os sintomas da doença em si mesmo ou em familiares. Os depoimentos
evidenciaram que os participantes acreditavam que os sintomas que caracterizam a doença
eram conhecidos como “caduquice” dos idosos ou “processo esperado do envelhecimento”.
O cuidado de enfermagem pode promover a saúde proporcionando informações sobre a
doença de Alzheimer, diferenciando o processo de envelhecimento, com intenção de auxiliar
na melhoria da qualidade de vida destes e das famílias e comunidade. Conclusões: O
enfermeiro ao desenvolver cuidado de enfermagem por meio da educação em saúde, pode
utilizar o espaço da sala de espera para promoção da saúde dos indivíduos, famílias e
comunidade. Ao abordar a doença de Alzheimer é essencial apresentação de informações
sobre os sintomas e características da doença e processo de envelhecimento que se
confunde com outras doenças, dificultando a identificação das eugerias ou patogerias.
Código: 19039
Título: ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR NO TRATAMENTO DA DISFAGIA
OROFARÍNGEA EM IDOSOS: ESTUDO DE REVISÃO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: MONIA PRESOTTO; DIOGO MELLO RODRIGUES;
Resumo:
Introdução: No idoso, muitas alterações fisiológicas vão ocorrendo no processo de
deglutição, levando à ocorrência de disfagia, pois além dessas modificações, está mais
propenso a afecções e ao uso de medicamentos (BIGAL et al., 2007). A eletroestimulação
neuromuscular (EENM) vem sendo citada como tendo um importante papel em vários
segmentos na clínica da reabilitação. Pode ser utilizada no aumento efetivo da força
muscular, no tratamento das limitações da amplitude de movimento das articulações, para a
redução da debilidade no desempenho neuromuscular, para a redução das debilidades de
controle do movimento, nos músculos inativos e para favorecer a criação de um feedback
que maximize o desempenho muscular após exercícios de contração muscular voluntária
(GUIRRO e GUIRRO, 2002; PTOK E STARCK, 2008). Objetivo: Realizar uma pesquisa
bibliográfica sobre a utilização da eletroestimulação neuromuscular no tratamento da
disfagia orofaríngea em idosos. Métodos: O levantamento bibliográfico foi conduzido em
base eletrônica de dados (Biblioteca Cochrane, Medline, e Scielo), com busca bibliográfica
padronizada, utilizando-se as palavras-chave: Eletroestimulação, Transtornos da deglutição,
idoso. Para o levantamento dos descritores, utilizou-se Descritores em Ciências da Saúde
(DeCs), criado pela Bireme, em inglês e português. Não houve restrição no ano de
publicação, ou seja, foram analisados os estudos até 2012. Para a inclusão dos artigos
científicos levantados na busca foram selecionados apenas aqueles cujo resumo do artigo
tivesse relação direta com o estudo. Resultados: foram incluídos seis estudos na revisão
sistemática. A maioria dos estudos que refere a eletroestimulação neuromuscular são
internacionais, e na literatura nacional há apenas dois estudos (SOARES et al., 2009;
GUIMARÃES et al., 2010). Não foi encontrado, até o momento, um estudo específico para a
eletroestimulação da disfagia orofaríngea em idosos, tanto na literatura nacional quanto na
internacional. Conclusão: Este artigo de revisão mostrou que há escassez de publicações, e
que a eletroestimulação neuromuscular na disfagia orofaríngea é uma alternativa de
tratamento pouco explorada. Estas novas abordagens terapêuticas devem ser pesquisadas e
validadas, para assim, tornarem-se mais um recurso na reabilitação de pacientes disfágicos.
<br> <br>Palavras-chave: Eletroestimulação, Transtornos da deglutição, idoso.
Código: 19038
Título: EMPODERAMENTO DOS IDOSOS COM DIABETES MELLITUS: ESTRATÉGIAS TEÓRICO
OPERACIONAIS PARA COMUNIDADE E ESTUDANTES
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Aline Krüger Ramos; Ana Paula Zimmer Pez; Laurem Paz Salbego; Diana Baumgart; Karina Silveira de
Almeida Hammerschmidt;
Resumo:
Introdução: O Diabetes Mellitus é doença crônica que acomete grande parcela da população
idosa. A maioria dos idosos com diabetes tem dificuldade na adesão ao programa
terapêutico: controle metabólico, plano alimentar, atividade física e terapêutica
medicamentosa. O enfermeiro pode implementar ações educativas para promover o
cuidado dos idosos junto a sua comunidade e aos estudantes. Objetivo: Desenvolver
processo educativo junto aos estudantes e comunidade sobre a promoção da saúde do idoso
com diabetes mellitus. Método: Realizado Simpósio Educativo “Estratégias teóricooperacionais para o empoderamento dos idosos”, em duas etapas: a primeira para a
comunidade e a outra para estudantes, no ano de 2011. O local de realização destinado à
comunidade foi no Centro de Convivência da cidade do interior do Rio Grande do Sul e para
estudantes na Universidade Federal do Sul do Brasil. O simpósio consistiu num processo
educativo presencial, com 15 horas de duração. A abordagem utilizada embasou-se em
dinâmicas de grupo, diálogos, vídeos e álbum seriado. Ao final do evento, foi entregue
cartilha educativa intitulada “Estratégias teórico-operacionais para o empoderamento dos
idosos”, com informações que podem auxiliar os idosos com a viver melhor. Resultados:
Verificou-se com relação à comunidade, que as pessoas apresentavam déficit de
conhecimento sobre a etiologia do diabetes, as causas e consequências, os sintomas e
tratamento, as ações realizadas auxiliaram no empoderamento dos idosos. Os estudantes
conseguiram refletir sobre possibilidades futuras de ação como enfermeiros no cuidado de
enfermagem, participando como agente de mudança, na criação de estratégias que
consigam influenciar a qualidade de vida dos idosos, bem como melhor maneira de abordar
esta temática, com inovação na construção do conhecimento individual e coletivo para
empoderamento sobre a patologia. Conclusões: O enfermeiro ao implementar ações
educativas junto ao idoso, família e comunidade através de estratégias que proporcionem
amplitude de conhecimento auxiliam no empoderamento destes com repercussão para
melhorias na qualidade no tratamento e na vida. Grupos educativos propiciam qualificação
na assistência prestada ao idoso, auxiliando na propagação de informações e orientações a
serem transmitidas com agilidade e em conjunto, além de fortalecer aliança terapêutica
entre profissionais, idoso, família e comunidade.
Código: 18976
Título: ENTENDIMENTO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA POR IDOSOS DO ESTUDO
MULTIDIMENSIONAL DOS IDOSOS ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
(ESF) DE PORTO ALEGRE-RS (EMI-SUS)
Tema: Gerontologia
Modalidade: Oral
Autores: Samilla Roversi Guiselli; Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Eduardo Lopes Nogueira; Irenio Gomes;
Geraldo Attilio De Carli;
Resumo:
Introdução: Nos últimos anos observa-se um crescimento da população idosa, o que leva a
um aumento exponencial das doenças crônicas e consequentemente o uso de
medicamentos. A prescrição de medicamentos constitui o procedimento terapêutico mais
empregado, entretanto, muitos tratamentos não atingem os objetivos esperados,
principalmente devido a dificuldades na compreensão da prescrição. A inadequada adesão
da farmacoterapia pode agravar o quadro e o aparecimento de complicações. Objetivo:
Avaliar o entendimento das prescrições médicas pelos idosos atendidos na Estratégia Saúde
da Família. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos do município de Porto Alegre
pertencente a três postos de saúde da Estratégia Saúde da Família. Os idosos foram
entrevistados no período de abril a junho de 2011 pelos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS), que foram devidamente treinados para a coleta dos dados pela equipe do projeto. O
instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo informações demográficas e
quanto ao uso de medicamentos. Resultados: Foram entrevistados 53 idosos, 33 mulheres
(62,3%) e 20 homens (37,7%) com média de idade de 69,1±7,7 anos. Quanto ao
entendimento da prescrição, 34 (64,2%) idosos referiram entender a sua prescrição. Dos 19
(35,8%) idosos que não entendiam, 4 (21,1%) apresentavam baixa escolaridade (até 3 anos
de estudo), 16 (84,2%) sabiam ler e 12 (63,2%) eram mulheres. Conclusão: O entendimento
da prescrição é fundamental para um correto tratamento. O número de idosos participantes
da pesquisa que não entendiam a prescrição foi considerado elevado sendo a maioria do
sexo feminino, porém sem diferença significativa. Pelos dados analisados, a baixa
escolaridade não é um fator muito influenciador, pois idosos que entendiam a prescrição
também apresentaram baixa escolaridade. A característica da maioria dos idosos saberem
ler, não é um fator determinante para o entendimento da prescrição. Deste modo, conclui-se
que deve fazer parte de uma adequada prescrição não só a indicação do medicamento, como
também uma orientação acessível para cada indivíduo, tanto pelo médico que prescreve,
quanto pelo farmacêutico que dispensa o medicamento, sobre a utilização da terapia e de
outras orientações de cuidados com a saúde. <br>Palavras-chave: Prescrição; Idoso;
Entendimento
Código: 19000
Título: ENVELHECIMENTO NEUROCOGNITIVO: IMPORTÂNCIA DE FATORES BIOLÓGICO E
SOCIOCULTURAIS NO PROCESSAMENTO DE FUNÇÕES EXECUTIVAS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Charles Cotrena; Laura Branco; Caroline Cardoso; Cristina Elizabeth Izabal Wong; Rochele Paz Fonseca;
Resumo:
Introdução: Com os avanços das ciências aplicadas à saúde e o desenvolvimento de novas
tecnologias em prevenção e tratamento, há um aumento expressivo da população mundial
de idosos. Na neuropsicologia, há evidências de mudanças no processamento das funções
executivas (FE) com o avanço da idade. Dada a natureza multicomponencial das FE, é
necessário investigar quais componentes sofrem alterações com a idade, assim como quais
permanecem preservados, além de investigar a influência de variáveis socioculturais, como
escolaridade e frequência de hábitos de leitura e escrita (FHLE). Objetivo: Investigar se a
idade, escolaridade e FHLE são fatores preditores da performance executiva (controle
inibitório e flexibilidade cognitiva). Participaram do estudo 200 indivíduos saudáveis com
idades entre 19 e 74 anos (M=40,56; DP=17,64) com no mínimo 5 anos de escolaridade
formal (M=13,44; DP=4,88). Para avaliação das FE utilizou-se os instrumentos Hayling Test e
Trail Making Test (TMT). Foram realizadas correlações de Pearson entre anos de idade, de
escolaridade, e FHLE, e os escores dos Hayling e TMT Tests e uma regressão múltipla linear
pelo método Stepwise. Resultados: Houve correlações positivas entre idade tempo e número
de erros no TMT B, e correlação negativa entre FHLE tempo, número de erros no TMT B e na
parte B do Hayling. A análise de regressão evidenciou que a idade teria maior poder
explicativo para o TMT e a FHLE, maior poder explicativo para o desempenho no Hayling
Test. A escolaridade não mostrou maior poder explicativo que as demais variáveis citadas.
Conclusão: Estes resultados demonstram a influência tanto de fatores biológicos, como a
idade, como de socioculturais, principalmente da FHLE nos processamentos executivos
avaliados. Tais achados parecem reforçar as hipóteses de reserva cognitiva baseada em uma
rotina de atividades que envolvam leitura e escrita ao longo do ciclo vital como fator
protetivo de mudanças cognitivas negativas no envelhecimento em processamentos
executivos.
Código: 18965
Título: ESTUDO DAS PARASITOSES INTESTINAIS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS
ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, RS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Fabiana Henriques Goularte; Samilla Roversi Guiselli; Gabriele Carlos
Cardoso; Geraldo Attilio De Carli;
Resumo:
Introdução: As enteroparasitoses constituem um grave problema de saúde pública no Brasil,
e nos demais países em desenvolvimento, sofrendo variações de acordo com as condições de
saneamento básico, nível socioeconômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene.
Na população idosa atual são raros os estudos publicados sobre infecções por
enteroparasitos. Os parasitos intestinais contribuem no comprometimento do estado
nutricional dos idosos e da sua saúde. Objetivo: Avaliar a prevalência das infecções
enteroparasitárias nos idosos e descrever os parasitos encontrados. Metodologia: O estudo
foi realizado em idosos residentes no município de Porto Alegre e pertencente à região
adstrita da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os idosos foram entrevistados em suas
residências pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Todos os ACS foram devidamente
treinados para a coleta dos dados pela equipe do projeto. O instrumento aplicado pelos ACS
foi um questionário contendo dados demográficos, condições e hábitos de vida dos idosos.
Os idosos foram orientados quanto a coleta dos exames laboratoriais. As amostras de fezes
foram encaminhadas para o Laboratório de Bioquímica, Genética Molecular e Parasitologia
do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS e analisadas através da técnica de
concentração espontânea e isolamento de larvas nematóides. Resultados: Participaram do
estudo 428 idosos, 161 (38%) homens e 267 (62%) mulheres de 18 ESF do município de Porto
Alegre. O exame parasitológico de fezes não foi realizado em apenas 20 (5%) da população.
A prevalência de enteroparasitoses encontrada foi de 46 (11%) e os parasitos mais
frequentes foram cistos de Endolimax nana 23 (45%), cistos de Entamoeba coli 16 (31%),
cistos de Giardia lamblia 4 (8%) e ovos de Ascaris lumbricoides 3 (6%). Conclusão: embora
sejam dados preliminares, a prevalência de enteroparasitos nos idosos da ESF de Porto
Alegre é baixa, mas deve ser considerada, pois os idosos são uma população sensível, com
sistema imunológico muitas vezes comprometido e debilitado o que pode levar à
conseqüências graves de saúde. Palavras-chave: Idosos, Enteroparasitoses, Estratégia Saúde
da Família.
Código: 18957
Título: EXPECTATIVAS DO MERCADO CONSUMIDOR DE INSTITUIÇÕES DE LONGA
PERMANÊNCIA DE IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: DARLA S. R. RANNA; ANGELO J. G. BÓS;
Resumo:
INTRODUÇÃO:transformações na estrutura familiar contribuem para a falta de alternativas
de cuidado do idoso. São desconhecidas as expectativas quanto aos serviços prestados pelas
Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), por parte do mercado
consumidor.OBJETIVO:analisar expectativas das pessoas que buscam institucionalização
para idosos em ILPIs privadas.MÉTODO:estudo descritivo, analítico transversal.A partir de
um questionário estruturado foram entrevistadas 98 pessoas,familiares/responsáveis pelo
idoso possível de institucionalização, estas Potenciais Tomadores de Decisão (PTD).
RESULTADO:Os PTDs eram na maioria mulheres, filhas ou netas, 25% desses tinha má
percepção formada, 25%tinha boa percepção e a metade não tinham opinião formada a
respeito das ILPIs.Os principais motivos de uma institucionalização foram dependência para
as atividades de vida diária, vontade do idoso e deficiências na estrutura familiar. Maior
preocupação quanto aos aspectos de atenção à saúde e cuidado do que com o
funcionamento legal e estrutural das ILPIs bem como garantia de visita aberta a familiares e
amigos. Entretanto a maioria manifestou sua preocupação quanto ao receio de o idoso não
ser bem cuidado na instituição. Também não foi observada a importância quanto à presença
de equipe multiprofissional, sendo avaliada somente com indispensável, pela maioria a
presença do médico e enfermeiro. A capacitação formal dos cuidadores foi elencada como
importante em detrimento a presença de cuidadores não capacitados formalmente. O preço
referido como considerado pagável pelos PTDs, para a mensalidade da ILPI está relacionado
com o valor da aposentadoria do idoso. Entretanto, a maioria dos entrevistados referiu que
as responsabilidades financeiras e o cuidado com a saúde do idoso seriam compartilhados
entre os membros da família. CONCLUSÃO: a dependência para AVDs, a falta de estrutura
familiar e a vontade do próprio idoso foram principais motivos de uma possível
institucionalização. As ILPIs ainda são instituições que a comunidade não tem uma
percepção concreta acerca dos serviços e atividades fim. A hegemonia médica ainda
prevalece sobre a multidisciplinaridade das equipes. Embora as responsabilidades
financeiras e de cuidado fossem compartilhadas, o idoso seria responsável pelo custeio da
mensalidade da ILPI, tendo como referência a sua aposentadoria.Palavras-chave: ILPI,
Envelhecimento, Autonomia do idoso, Apoio familiar, Dependência, Fatores econômicos e
sociais.
Código: 18984
Título: FATORES DETERMINANTES À DECISÃO DO IDOSO EM CASO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Darla Silvana Risson Ranna; Angelo Jose Gonçalves Bós;
Resumo:
INTRODUÇÃO: a queda na natalidade, avanços da medicina, melhoria na saúde pública
elevaram as taxas de velhos, aliado a transformações ocorridas na estrutura das famílias,
contribui para o aumento na procura por instituições residenciais para moradia de longa
permanência.OBJETIVO:analisar os fatores determinantes que levariam as famílias a
respeitarem ou não a decisão do idoso, em caso de institucionalização em ILPIs
privadas.MÉTODO:estudo descritivo, analítico transversal.A partir de um questionário
estruturado foram entrevistadas 98 pessoas,familiares/responsáveis pelo idoso possível de
institucionalização, estas Potenciais Tomadores de Decisão (PTD). RESULTADO: Os fatores
determinantes significativos que levariam os PTDs a respeitar a decisão final do idoso em
caso de uma institucionalização foram: ser representante legal do idoso, manifestação do
sentimento de culpa ou temor da reação negativa por parte de vizinhos, solidão do idoso,
vontade do idoso, maior capacidade funcional, preço da mensalidade da ILPI, o não
compartilhamento das responsabilidades (cuidado e apoio financeiro) do idoso na família e o
maior número de filhos. Os fatores significativos que levariam os PTDs a não acatarem a
decisão final do idoso em caso de uma institucionalização foram: preocupação quanto à
adaptação do idoso à instituição, viuvez, dificuldades para AVDs, dificuldade no
comportamento do idoso, quando a decisão é dos filhos ou de outras pessoas, valor da
mensalidade superior a dois salários mínimos, idoso não possuir filhos ou possuir até 2
filhos, viver com e receber atenção de cuidador, receber atendimento domiciliar e de
profissionais de saúde, necessitar de ajuda para qualquer AVD (individual ou conjugada) e
caminhar com auxílio de aparelho, usar cadeira de rodas ou ser acamado.Idosos com
Alzheimer foram significativamente associados ao fato dos PTDs não acatarem a decisão do
idoso. CONCLUSÃO:a solidão e vontade do idoso, sua maior capacidade funcional, preço da
mensalidade compatível com aposentadoria e famílias maiores foram fatores de respeito à
decisão do idoso, quanto à institucionalização. Famílias pequenas, viuvez, dependência para
AVDs, demências, a dificuldade em deambular, mensalidades superiores à aposentadoria
foram os fatores que determinaram não respeito à decisão do idoso em caso de
institucionalização. Palavras-chave: ILPI, Envelhecimento, Autonomia do idoso, Apoio
familiar, Dependência, Fatores econômicos e sociais.
Código: 18999
Título: HISTÓRIA ORAL: A ARTE DE COMPARTILHAR MEMÓRIAS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Mara Rita Dutra Giacomelli; Sulanita Terezinha Caldeira de Arruda;
Resumo:
Com o objetivo de valorizar a bagagem cultural dos idosos e oferecer atividades voltadas ao
resgate das memórias/experiências de vida, se articulou a oficina de História Oral: A Arte de
Compartilhar Memórias. Justifica-se a importância da oficina uma vez que se acredita que o
movimento de recuperação da memória é de extrema importância, pois é do vínculo com o
passado que se extrai a força para a formação de identidade, especialmente quando se fala
da memória-experiência, da memória do vivido nos diferentes tempos da vida do indivíduo.
As atividades realizadas para o recolhimento das memórias são basicamente por meio de
depoimentos orais. Com base nas atividades já realizadas percebe-se que a prática de
recordar contribui para fortalecer ou restituir o senso de identidade e a autoestima. A
capacidade de manter o passado vivido, principalmente na presença de ouvintes solidários,
constitui-se um dos mecanismos que as pessoas idosas encontram de manter a sua
integridade psicológica. Conclue-se que a evocação das memórias influencia positivamente a
saúde do idoso na perspectiva: as lembranças antepondo-se ao esquecimento, portanto,
preservando a memória; o compartilhar favorecendo a troca de experiências na perspectiva
da construção de relacionamentos saudáveis entre indivíduos sob a ótica da valorização das
memórias do idoso. Palavras-chave: Idoso; História Oral; Memórias;
Código: 18979
Título: MAPEANDO COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS DOS CUIDADORES DE UMA
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Gislaine Vitória Fink;
Resumo:
O crescimento da população idosa no Brasil, a necessidade de instituições com profissionais
qualificados para atender esta demanda emergente, o nível de exigências dos clientes cada
vez mais elevados e a complexidade do contexto, motivam o estudo que se apresenta. Em
constante interação com o idoso, o tempo de contato do cuidador que exerce suas
atividades em instituições de longa permanência para idosos requer destes profissionais,
habilidades e atitudes diferenciadas no desempenho de suas atividades. Com o intuito de
contribuir para a gestão de pessoas na busca de profissionais competentes o presente
estudo tem por objetivo mapear as competências comportamentais dos cuidadores de uma
instituição de longa permanência para idosos. Define-se como metodologia a pesquisa
bibliográfica, descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, além de estudo de caso.
Para o mapeamento das competências comportamentais utilizou-se o instrumento do
inventário comportamental de Leme (2005), para a construção do instrumento observam-se
cinco etapas: Eleger amostras da rede de relacionamento, coleta de indicadores,
consolidação dos indicadores, associação das competências aos indicadores e realizar a
validação. O instrumento supriu plenamente os objetivos estabelecidos, permitindo uma
rápida e estruturada coleta e análise de dados que proporcionou a obtenção de resultados
capazes de agregar importantes contribuições à área de recursos humanos da instituição.
Entende-se relevante ressaltar que os indicadores analisados, são oriundos da percepção dos
próprios cuidadores e idosos sobre comportamentos que gosto/ não gosto/ o ideal seria.
Como resultado da pesquisa mapeou-se as competências comportamentais que seguem:
Relacionamento interpessoal, foco no cliente, responsabilidade, trabalho em equipe,
proatividade, foco no resultado, comunicação e segurança. Hoje em dia profissionais não são
mais considerados diferenciais somente por desempenharem suas funções brilhantemente.
Espera-se mais deles. Esperam-se comportamentos e atitudes que sejam diferenciais na
prestação do serviço. O estudo apresenta-se relevante para as relações humanas, para os
gerontólogos e principalmente para os administradores de instituições de longa
permanência para idosos. Palavras-chave: Mapeamento de competências – Cuidadores Instituições de longa permanência para idosos.
Código: 18987
Título: MECANISMOS DE DEFESA DO CUIDADOR
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: REJIMARA ALVES FERNANDES; Marta Solange Streicher Janelli da Silva; Eda Schwartz;
Resumo:
Este estudo buscou identificar através do DSQ-40 o estilo defensivo de maior intensidade
presente nos cuidadores de pacientes oncológicos idosos em cuidados paliativos internados
em domicilio. A função dos mecanismos de defesa é proteger o ego contra os processos
mentais e conflitos que poderiam levar o individuo a uma neurose. O que define uma melhor
ou pior capacidade adaptativa é a intensidade, frequência e o uso de forma hierárquica dos
mecanismos de defesa. Assim sendo, os mecanismos de defesa são usados de forma a
proteger o sujeito de acontecimentos que lhes de difícil enfrentamento. Trata-se de um
estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa. Autorizado e aprovado pelo CEP da
FAMED/UFPEL. Que teve uma amostra de 15 cuidadores no período de agosto a outubro de
2011, quanto ao sexo 4 cuidadores eram do sexo masculino e 11 cuidadores do sexo
feminino. O grau de parentesco dos cuidadores com o paciente eram 7 filhos, 5 cônjuges, 1
mãe, 1 pai, 1 irmãos. O estudo evidenciou que os cuidadores apresentam com maior
intensidade as defesas pertencentes ao estilo defensivo maduro, usando as defesas como
manifestação das angustias, como proteção ao cuidados prolongados e as sobrecargas
geradas por prestar assistência ao familiar doente. Manifestando desta forma, um bom
enfrentamento da situação vivenciada, demonstrando resiliência. Entendendo-se por
resiliência a habilidade de superar adversidades, o que não significa que o indivíduo saia da
crise ileso, mas que se adapta ao contexto. Assim, os mecanismos maduros sugerem a
evolução do processo adaptativo e sua maturidade enquanto individuo que oferece cuidados
a seu familiar em processo de fim de vida, podendo ser visto como um amadurecimento da
doença até a saúde mental do cuidador. Palavras chave: cuidador; cuidado paliativo; idoso.
Código: 19002
Título: MEMÓRIA EPISÓDICA VISUAL NO ENVELHECIMENTO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
JOVENS E IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Charles Cotrena; Cristina Elizabeth Izabal Wong; Rochele Paz Fonseca;
Resumo:
Introdução: Durante as últimas décadas tem aumentado o número de indivíduos da
população com maior idade. Estima-se que no ano de 2050, um quinto da população
mundial será composta por idosos. Neste contexto, evidencia-se a necessidade de
comprender as mudanças relacionadas com o aumento da idade na neurocognição humana.
O envelhecimento é um processo que pode influenciar gradativamente o
neurodesenvolvimento e uma das queixas com maior prevalência nas populações idosas é
referente à memória, destacando-se o sistema episódico. O estudo do desempenho da
memória em diferentes faixas etárias possui grande importância devido às mudanças
cognitivas com o aumento da idade, principalmente frente à distinção de perfis clínicos.
Objetivo: Investigar se há diferenças no desempenho entre adultos jovens e idosos em
relação à memória episódica visual na cópia, evocação imediata e tardia no Teste de
Retenção Visual de Benton (TRVB). Participaram do estudo dois grupos de adultos saudáveis:
19 jovens (19 a 31 anos) e 19 idosos (62 a 77 anos) com no mínimo de 9 anos de escolaridade
formal. Compararam-se escores médios de acertos entre grupos pelo Teste Mann-Whitney;
escores médios intragrupos pelo Teste Wilcoxon. Resultados: Foram observadas diferenças
significativas entre grupos etários no processamento da cópia, na modalidade de evocação
imediata e tardia. Em relação à análise comparativa intragrupos, ambos os grupos obtiveram
menos acertos na etapa de evocação tardia, já que esta mostrou-se uma tarefa mais difícil.
Da mesma forma, quanto aos tipos de erros, houve diferenças significativas entre os grupos,
na evocação imediata nos erros do tipo omissão (p=0,007), perseveração (p=0,009), na
evocação tardia do tipo omissão (p=0,002) e na cópia do tipo deslocamento (p=0,047).
Conclusão: Estes achados sugerem o início de um declínio do desempenho avaliado com a
idade, mostrando prováveis dificuldades atencionais, mnemônicas e executivas inibitórias.
Tomando os dados em conjunto, foram observadas diferenças entre jovens e idosos em
relação ao processamento mnemônico visual avaliado no TRVB. Sugerem-se estudos futuros
comparando-se adultos de idade intermediária e longevos além dos grupos incluídos neste
estudo para obter-se melhor compreensão sobre as curvas de desenvolvimento mnemônico.
Ainda, a inclusão de grupos clínicos com quadros demenciais para maior acurácia diagnóstica
na discriminação entre indivíduos saudáveis e com declínico cognitivo associado à demência.
Código: 19025
Título: O CUIDADO A PESSOA IDOSA INSTITUCIONALIZADA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Diéssica Roggia Piexak; Danielle Adriane Silveira Vidal; Larissa Zepka Baumgarten; Luciano Medeiros
Araldi; Rita Arim Rosales; Silvana Sidney Costa Santos;
Resumo:
O envelhecimento pode exigir cuidados para manutenção da vida cotidiana da pessoa idosa,
geralmente desempenhado por familiares que costumam assumir o papel de cuidadores por
terem uma responsabilidade culturalmente definida e/ou por vínculo afetivo. Quando a
família não possui condições para cuidar dessa pessoa idosa opta-se pelas Instituições de
Longa Permanência para Idosos. Assim teve-se como objetivo conhecer o cuidado a pessoa
idosa desenvolvido em uma Instituição de Longa Permanência. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, exploratória – descritiva, realizada em uma Instituição de Longa Permanência
para Idosos, localizada no Rio Grande do Sul. Participaram do estudo quatorze profissionais
de saúde, dentre eles: enfermeiros, farmacêutico, fisioterapeuta, médico, nutricionista e
técnicos de enfermagem. Os dados foram coletados entre agosto e setembro de 2009, por
meio de um questionário semiestruturado composto por sete questões. Para atender os
critérios éticos, foram seguidas as recomendações da Resolução n. 196/96, do Conselho
Nacional de Saúde. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Parecer n. 092/2009/2 do
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário Franciscano
(UNIFRA). Os dados foram analisados por categorização, com base no método de análise de
conteúdo. Após a análise dos dados coletados emergiu a categoria Cuidado de pessoas
idosas. Enfatiza-se que os profissionais da Instituição de Longa Permanência para Idosos
investigada atuam há mais de dois anos com pessoas idosas e procuram participar de
estudos direcionados a capacitações em Geriatria e Gerontologia. No entanto, a maioria dos
profissionais da instituição acreditam que o cuidado depende quase que exclusivamente da
experiência, desconsiderando a necessidade de qualificação para cuidar da pessoa idosa. As
pessoas idosas necessitam dos diversos profissionais de saúde para atenderem as suas
necessidades. A qualificação profissional é imprescindível para cuidar da pessoa idosa, assim
como ampliação de pesquisas científicas na área geriátrica e gerontológica. Os profissionais
de saúde que trabalham com as pessoas idosas deverão perceber a necessidade de
qualificação para que oportunizem um cuidado específico e adequado. O cuidado de pessoas
idosas institucionalizadas se constitui em um desafio crescente a ser superado por meio do
trabalho interdisciplinar. Descritores: Idoso; Equipe de Assistência ao Paciente; Instituição de
Longa Permanência para Idosos.
Código: 19004
Título: O EFEITO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA SOBRE ASPECTOS ACÚSTICOS
VOCAIS DOS PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Aline Juliane Romann; Artur Francisco Schumacher Schuh; Maira Rozenfeld Olchik; Carlos Roberto de
Mello Rieder;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) tem sido uma técnica cirúrgica
bastante utilizada em indivíduos com Doença de Parkinson (DP) devido à redução
significativa dos sintomas motores, porém ocorrem prejuízos na dinâmica vocal destes
pacientes. OBJETIVO: Verificar a manifestações acústicas da voz em pacientes com DP,
usuários de ECP, após 30 minutos do neuroestimulador ser desligado. MÉTODOS: Foram
avaliadas as manifestações vocais acústicas através do software para análise acústica vocal
PRAAT versão 18, em 16 pacientes submetidos ao implante de ECP, com medicação on. A
avaliação ocorreu inicialmente com o aparelho ligado e após com o neuroestimulador
desligado num intervalo 30 minutos. O ECP foi ligado novamente e após 5 minutos foi
realizada uma nova avaliação. As medidas extraídas do software foram F0, Jitter, Shimmer,
Autocorrelation, Noise-to-harmonics, Harmonics-to-noise. RESULTADOS: Com o
neuroestimulador desligado por 30 minutos, houve melhora significativa das medidas de
acústicas da voz. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados indicam que o neuroestimulador
influencia negativamente na dinâmica vocal, enquanto que nos sintomas motores houve
benefícios.
Código: 19003
Título: O EFEITO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA SOBRE ASPECTOS MOTORES DOS
PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Aline Juliane Romann; Artur Francisco Schumacher Schuh; Maira Rozenfeld Olchik; Carlos Roberto de
Mello Rieder;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) tem sido uma técnica cirúrgica
bastante utilizada em indivíduos com Doença de Parkinson (DP) devido à redução
significativa dos sintomas motores. OBJETIVO: Verificar o retorno das manifestações
motoras em pacientes com DP, usuários de ECP com alvo no Núcleo Subtalâmico, após o
neuroestimulador ser desligado. MÉTODOS: Foram avaliados os sintomas motores através
da Escala Unificada de Avaliação da DP - parte III (UPDRSIII) em 16 pacientes submetidos ao
implante de ECP, com efeito da medicação. A avaliação ocorreu inicialmente com o aparelho
ligado e após com o neuroestimulador desligado nos intervalos de 5, 30 e 60 minutos. O ECP
foi ligado novamente e após 5 minutos foi realizada uma nova avaliação motora.
RESULTADOS: Mesmo com o uso da medicação, os pacientes apresentaram piora
significativa dos sintomas motores após o ECP ser deligado. Quando novamente ligado, os
escores da escala voltaram aos valores prévios. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados
reforçam os benefícios motores obtidos pela neuroestimulação.
Código: 19032
Título: O USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Diéssica Roggia Piexak; Daiane Porto Gautério; Chiara Maria de Souza Strapasson; Roger da Silva
Fontoura; Danielle Adriane Silveira Vidal; Silvana Sidney Costa Santos;
Resumo:
O processo de envelhecimento populacional no Brasil, no que diz respeito às implicações
sociais e de saúde pública, vem sendo muito discutido. As mudanças na faixa etária da
população direcionam as transformações no perfil epidemiológico, indicadas pela elevação
das doenças crônicas não transmissíveis, as quais mais contribuem para o aumento no
número de fármacos a serem utilizados pelos idosos. Teve-se como objetivo identificar o uso
de medicamentos por idosos cadastrados em uma unidade básica de Estratégia de Saúde da
Família focando as possíveis reações adversas e interações autorreferidas por eles. Trata-se
de um estudo descritivo, quantitativo, realizado em uma unidade de saúde da família, no Rio
Grande do Sul, Brasil, com 97 idosos. Para a coleta de dados, realizada no período de
novembro de 2011 a março de 2012, foi utilizado um instrumento estruturado, pelo qual
foram verificados os medicamentos prescritos, as possíveis reações adversas e interações
medicamentosas autorreferidas pelos idosos. Os dados foram tabulados e processados em
banco de dados eletrônico no programa Microsoft ® Excel 97 (Sistema Operacional Windows
XP, Microsoft Corportion, Inc.), sendo tratados por meio da estatística descritiva. Para
atender os critérios éticos, foram seguidas as recomendações da Resolução n. 196/96, do
Conselho Nacional de Saúde. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Parecer n. 104/2011
do Comitê de Ética em Pesquisa da Área de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande. O
número total de medicamentos utilizados pelos idosos foi de 331. Em média, eram usados
3,46 medicamentos/idoso, resultado semelhante ao encontrado em pesquisa realizada em
uma cidade do sul de Santa Catarina, onde a média foi de 3,5 medicamentos/idoso. A
maioria dos idosos não conseguia identificar claramente possíveis reações adversas e
interações causadas pelos medicamentos utilizados. Os riscos em relação ao uso de
medicamentos são mais elevados nos idosos, quando comparados aos da população mais
jovem. Isto ocorre, devido às alterações específicas do envelhecimento, que refletem na
vulnerabilidade, no que se refere às interações medicamentosas, aos efeitos colaterais e às
reações adversas, na população idosa. É imprescindível que a equipe de saúde tenha
conhecimento acerca das medicações mais utilizadas pelos idosos, assim como possíveis
reações adversas e interações para a realização de ações de prevenção. Descritores: Idoso;
Uso de Medicamentos; Saúde Coletiva.
Código: 18951
Título: OFICINA DA MEMÓRIA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: IZABEL CRISTINA PINHEIRO LAGUNA;
Resumo:
Com o envelhecimento, o isolamento social e a queda da produção física e mental, o idoso
apresenta dificuldades para execução das AVDs e se manifesta a queixa de perda da
memória. Assim, estimular o desenvolvimento das habilidades cognitivas ampliando a rede
neural com novas reações sinapticas e proporcionar interações sociais é o propósito desse
trabalho. Sabe-se que as interações sociais e a estimulação cognitiva são fundamentais e
tem efeito positivo sobre a saúde geral do cérebro, neste sentido, realizam-se encontros
semanais uma vez por semana, de duas horas de duração, com um grupo de até quinze
pessoas, quando são desenvolvidas ações que estimulam a cognição através de todos os
sentidos, tais como: jogos matemáticos ( sudoku); dominó fonético; escravos de jó; uso do
lado do corpo contrário ao dominante, escrevendo com a mão esquerda se for destro e viceversa, subindo ou descendo degraus com a perna não dominante; identificação de “cheiros”
com os olhos vendados, entre tantas outras atividades. Como resultados verifica-se uma
maior competência às respostas às AVDs, elevação da qualidade das relações interpessoais,
aumento da auto estima e conseqüente ganho na qualidade de vida. É, portanto um
trabalho que pode e precisa ser ampliado, pois após ser aprendido, constituindo-se de uma
atividade que deve fazer parte do dia a dia do idoso e de seus parceiros fora do grupo em
questão, servindo como uma possibilidade de prevenção e qualidade do envelhecimento.
Código: 18973
Título: PERCEPÇÕES DE ADULTOS PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS SOBRE O
ENVELHECIMENTO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Jociele Gheno; Maria Luiza Machado Ludwig;
Resumo:
O envelhecimento da população vem acompanhado pelo crescimento da carga e impacto
social das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A prevalência de pelo menos uma
DCNT eleva-se intensamente com a idade e já se observa uma prevalência significativa entre
adultos de meia-idade. Buscou-se conhecer como adultos portadores de DCNT percebem o
seu envelhecimento e quais as estratégias adotadas para um envelhecimento mais saudável.
Trata-se de um estudo exploratório descritivo de caráter qualitativo. Realizaram-se
entrevistas semi-estruturadas com nove pacientes na meia-idade, de ambos os sexos,
portadores de DCNT, vinculados ao ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre,
onde foi realizado o estudo. A seleção foi do tipo intencional. Após a transcrição das
entrevistas, as informações foram interpretadas de acordo com a análise de conteúdo
temática, proposta por Minayo (2008). Identificaram-se três categorias: “O significado do
envelhecer” com duas subcategorias, “Concepções” e “Mudanças físicas”; a categoria
“Envelhecer com doenças crônicas” com as subcategorias, “Sentimentos negativos e
incertezas” e “Perspectivas para o futuro”; e por fim, “O que fazer para envelhecer com mais
saúde”. Conclui-se que os participantes possuem sentimentos positivos e negativos sobre o
envelhecimento com essas doenças. Apesar dos negativos, ficou evidente o desejo de
envelhecer com mais saúde e por isso eles demonstraram ter consciência da necessidade de
autocuidado. A enfermagem tem um papel fundamental no processo de conhecimento e
enfrentamento das mudanças resultantes da condição crônica. Por isso, compreender como
adultos na meia-idade se vêem envelhecendo com essas doenças poderá contribuir para a
qualificação do cuidado prestado. Descritores: Doenças Crônicas, Meia-idade,
Envelhecimento.
Código: 19018
Título: PERDA AUDITIVA E HANDICAP AUDITIVO EM UM GRUPO DE IDOSOS DE PORTO
ALEGRE (RS)
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Natalia Schardosim Copetti; Magda Aline Bauer; Andréa Kruger Gonçalves; Maira Rozenfeld Olchik;
Ângelo José Gonçalves Bós; Adriane Ribeiro Teixeira;
Resumo:
O processo de envelhecimento traz diversas alterações sensoriais, dentre elas a perda
auditiva (PA). Através de questionários que avaliam as questões emocionais e sociais
decorrentes da deficiência auditiva é possível quantificar a autopercepção do handicap de
cada indivíduo. Ventry e Weinstein (1982) desenvolveram o questionário Hearing Handicap
Inventory for the Elderly (HHIE), com o objetivo de avaliar o impacto da PA no ajuste
emocional e social/situacional do paciente idoso. Objetivo: Relacionar os resultados obtidos
através do questionário HHIE com o grau de PA em um grupo de idosos. Método: Foram
avaliados 33 idosos. Utilizou-se anamnese, meatoscopia, audiometria tonal liminar e
questionário HHIE. Para a classificação do grau de PA foi utilizada a classificação de Davis e
Silvermann (1970). Optou-se por incluir, ainda, a classificação “PA limitada às frequências
altas” (Neis, 2001), e “PA limitada às frequências baixas” (Neis, 2001) quando os
participantes apresentavam a média de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz até 25dB, mas com limiares
abaixo deste valor em frequências altas ou baixas. Resultados: Os idosos avaliados tinham
idade entre 61 e 85 anos, com uma média de 77,4 anos. Analisando os dados verificamos que
dentre os 33 idosos avaliados 9 (27,3%) apresentavam limiares auditivos normais (LAN), 12
(36,4%) PA de grau leve, 11 (33,33%) PA limitada às frequências altas e 1 (3,03%) PA limitada
às frequências baixas. Em relação ao HHIE, dos 33 idosos avaliados, 18 (54,5%) apresentaram
ausência de handicap auditivo, 10 (30,3%) apresentaram handicap leve a moderado e 5
(15,2%) apresentaram handicap significativo. Verificamos ainda que dos 9 idosos com LAN, 1
(11,11%) apresentou handicap auditivo significativo e 8 (88,9%) ausência de handicap
auditivo. Dentre os 12 idosos com PA leve, 3 (25%) apresentaram handicap significativo, 7
(58,3%) handicap leve a moderado, e 2 (16,7%) ausência de handicap. Entre os 11 idosos com
PA limitada às frequências altas 1 (9,1%) apresentou handicap significativo, 3 (27,3%)
handicap leve a moderado e 7 (63,6%) ausência de handicap auditivo. O idoso com PA
limitada às frequências baixas apresentou ausência de handicap auditivo. Conclusão:
Analisando os dados concluímos que quanto maior o grau de PA, maior o grau de handicap
auditivo. palavras-chave: audição; idoso; perda auditiva
Código: 18975
Título: PERFIL AUDITIVO DE UM GRUPO DE IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Natalia Schardosim Copetti; Nicolli Bassani de Freitas; Cristiane Nehring; Maira Rozenfeld Olchik;
Andréa Kruger Gonçalves; Adriane Ribeiro Teixeira;
Resumo:
O envelhecimento é um processo que provoca uma série de mudanças e alterações com
consequências na saúde geral do indivíduo, como o comprometimento de funções
biológicas, fisiológicas, psicológicas e sensoriais. Desta forma, a deficiência auditiva
representa um grande impacto na comunicação, podendo levar o indivíduo a um isolamento
social e familiar. Uma vez que estamos vivendo um aumento da população idosa no mundo,
isso se configura em um campo para o desenvolvimento de pesquisas, como as relacionadas
a audiologia do envelhecimento (PAIVA et. al., 2011). Objetivo: Verificar o perfil audiológico
de um grupo de idosos. Método: Os dados analisados foram obtidos através de um banco de
dados pré – existente, em que continha avaliações audiológicas de 215 idosos. Resultados:
Foi verificado que na orelha direita (OD), 31 idosos (14,4%) apresentaram limiares auditivos
normais (LAN), 69 (32,1%) perda auditiva (PA) leve, 38 (17,7%) PA moderada, 6 (2,8%) PA
severa, 6 (2,8) PA profunda e 65 idosos (30,2%) apresentaram PA limitada às frequências
altas. Na orelha esquerda (OE) foram obtidos os seguintes resultados: 30 idosos (14%)
apresentaram LAN, 64 (29,8%) PA leve, 46 (21,4%) PA moderada, 9 (4,2%) PA severa, 7 (3,3%)
PA profunda e 59 idosos (27,4%) apresentaram PA limitada às frequências altas. De acordo
com o tipo de perda verificamos que na OD 167 (77,7%) idosos apresentaram PA
neurossensorial, 5 (2,3%) PA condutiva e 12 (5,6%) PA mista. Na orelha esquerda verificamos
que 171 (79,5%) apresentaram PA neurossensorial, 3 (1,4%) PA condutiva e 11 (5,1%)
apresentam PA condutiva. Conclusão: Analisando os dados, concluímos que 85,6% dos
idosos apresentaram PA na OD e 86% na OE. Observamos que houve um predomínio de PA
leve, tanto na OD, como na OE (32,1% e 29,8% respectivamente) o que corrobora com outros
estudos já realizados. Verificamos, ainda, que existe um predomínio de PA do tipo
neurossensorial, em ambas as orelhas (77,7% na OD e 79,5% na OE) confirmando dados da
literatura, visto que, em idosos a perda auditiva geralmente é bilateral, de tipo
neurossensorial, ou seja, decorrente de alterações no funcionamento da orelha interna ou
nervo auditivo. palavras-chave: audição; idoso; perda auditiva
Código: 18970
Título: PERFIL DO USO DE MEDICAMENTOS DE UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Gabriele Carlos Cardoso; Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Thais de Lima Resende; Karin Viegas; Geraldo
Attilio De Carli;
Resumo:
Introdução: A população idosa mundial vem crescendo em um ritmo acelerado e junto dela
há o surgimento de doenças crônicas. Em busca de melhorias para a condição de saúde dos
idosos muitos medicamentos são utilizados. Assim, essa população é descrita como a maior
usuária de terapia medicamentosa. Objetivo: Analisar as classes terapêuticas, média de
medicamentos e os fármacos mais utilizados em idosos da Estratégia Saúde da Família (ESF)
de Porto Alegre. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos residentes no município de
Porto Alegre e pertencente a três postos de saúde que possuem a ESF. Os idosos foram
entrevistados no período de abril a junho de 2011 pelos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS), devidamente treinados para a coleta dos dados pela equipe do projeto. O
instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo informações quanto ao uso da
terapia medicamentosa dos idosos. Os dados foram analisados e os medicamentos foram
classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Resultados: 56 idosos, 33
(58,9%) mulheres e 23 (41,1%) homens. Quanto ao uso de medicamentos pelos idosos, 53
(94,6%) utilizam ao menos 1 medicamento, 22 (41,5%) utilizam de 3 a 5 medicamentos e
apenas 3 (5,4%) não utilizavam. A média de medicamentos usados foi de 4,9. A maioria das
mulheres 15 (45,5%) utilizavam mais de 6 medicamentos e estavam na faixa etária de 60-69
anos e entre os homens 11 (55,0%), utilizavam de 3 a 5 medicamentos e estavam na mesma
faixa etária que as mulheres. As classes medicamentosas mais utilizadas foram: 45 (84,9%)
cardiovasculares, 42 (79,2%) analgésicos e antiinflamatórios, 14 (26,4%) agentes
hipoglicemiantes, 11 (20,8%) sistema nervoso central, 11 (20,8%) suplementos e vitaminas e
26 (49,1%) outras classes. Os medicamentos mais utilizados pelos idosos foram 25 (47,16%)
captopril, 24 (45,28%) hidroclorotiazida, 22 (41,50%) paracetamol, 22 (41,50%) ácido acetil
salicílico, 20 (37,70%) omeprazol e 16 (30,10%) sinvastatina. Estes são todos fornecidos pelo
governo (SUS). Conclusão: Pode-se perceber que poucos são os idosos que não utilizam
medicamentos, os mais utilizados são aqueles que tratam as doenças crônicas. É importante
que o uso destes seja feito de uma maneira correta e segura, pois a polifarmácia em idosos é
um grande problema, pois pode acarretar em reações adversas e interações entre os
medicamentos ou entre medicamentos e alimentos. Palavras-Chave: Idosos, Medicamentos,
Classes Terapêuticas
Código: 18983
Título: PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO, PSICOSSOCIAL E CONDIÇÕES DE SAÚDE DE
MORADORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DA CIDADE DE PORTO
ALEGRE
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Tatiana Rocha; Ingrid Munhoz; Joel Hirtz do Nascimento Navarro; Adriana Maissonave Raffone;
Resumo:
Palavras Chave: Perfil Sócio-demográfico, Idosos, Instituição de Longa Permanência.
<br>Justificativa: O presente estudo pretende demonstrar a realidade dos idosos que vivem
em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) em suas diferentes capacidades e perfis
sociais. Para que assim, ações para promoção da qualidade de vida desses indivíduos sejam
garantidas pelos setores e profissionais da saúde. <br>Objetivos: Determinar o perfil sóciodemográfico e psicossocial de idosos moradores de uma ILP de Porto Alegre. O estudo teve
como objetivos secundários descrever as condições de saúde dos mesmos, o grau de
dependência e a participação em atividades culturais. Método: O presente estudo
caracteriza-se por ser transversal. A coleta dos dados foi realizada no período de novembro
de 2010 a maio de 2011. Foram avaliados 130 idosos residentes em uma ILP de Porto Alegre
com idade igual ou superior a 60 anos. A obtenção dos dados foi realizada através de um
questionário contendo questões que permitissem definir o perfil sócio-demográfico,
psicossocial, a participação em atividades culturais e as condições de saúde dos moradores
dessa instituição. Foram aplicadas também as Escalas de Katz e de Lawton e o mini exame do
estado mental. Resultados: A média de idade dos moradores foi 80,7 anos. O sexo feminino
(57,7%) e o estado conjugal solteiro (57,4%) foram os que prevaleceram. Em relação às
AVDs, 64,8% foram classificados como independentes, já nas AIVDs a média de pontos foi de
15,52. Dos 81 moradores que realizaram o Mini Mental, 27,8% apresentaram déficit
cognitivo. Dentre as atividades socioculturais encontramos diferença estatisticamente
significativa entre os gêneros somente na participação dos trabalhos manuais sendo que
90% mulheres e somente 10% homens declararam que participam desta atividade. Na
Fisioterapia houve uma maior participação das mulheres, com 60,3%. A enfermidade
prevalente foi HAS presente em 47,2% dos moradores avaliados. Os moradores do sexo
masculino relataram maior consumo de álcool e tabaco. A prevalência de etilismo e
tabagismo foi de 90,0% e 67,9%, respectivamente. Conclusão: Conhecer o perfil do idoso
institucionalizado permite aos gestores de saúde e aos profissionais da saúde formular
estratégias de prevenção e promoção da saúde visando atender de forma adequada as
necessidades destes indivíduos.
Código: 18992
Título: PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE COMO FATORES
ASSOCIADOS EM IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Andrea Ribeiro Mirandola; Joel Hirtz do Nascimento Navarro; André Ribeiro; Andressa Lewandowski;
Claudine Lamanna Schirmer; Ângelo José Gonçalves Bós;
Resumo:
Palavras-chave: Atividade física, Idosos, Autopercepção da Saúde. Justificativa: Conhecer as
peculiaridades dos Idosos residentes no Rio Grande do Sul (RS) é fundamental frente ao
envelhecimento populacional presente no Brasil. O presente trabalho pretende contribuir
com o conhecimento da influência da autopercepção da saúde em relação à prática de
atividades físicas dos idosos do RS, para que assim, este processo seja evidenciado pelos
profissionais e trabalhadores da saúde. Objetivos: Relacionar a autopercepção da saúde com
a prática de atividade física dos idosos residentes no RS. Método: Trata-se de um estudo
transversal, entre 2010 e 2011, onde foram entrevistados 7316 idosos em suas residências,
por amostragem aleatória em 59 cidades do RS, os idosos foram questionados quanto a sua
autopercepção de saúde e prática de atividades físicas. Resultados: Dos idosos entrevistados
69,6% apresentavam autopercepção da saúde boa, já 30,4% apresentavam autopercepção
da saúde regular. Dos idosos que apresentavam autopercepção da saúde boa, 24,1%
realizavam atividade física e os que apresentavam autopercepção regular 25,4% realizavam
atividade física. Entre os idosos entrevistados, 1769 praticavam atividade física, 1705
realizavam no mínimo 10 min por semana de caminhada ou corrida, 1511 não gostariam de
realizar outras atividades como pilates, dança, yoga, ginástica ou similar. Conclusão: A
maioria dos idosos reconhece ter uma saúde boa. Em relação à atividade física, percebe-se
um número consideravelmente pequeno de idosos praticantes. Relacionando a
autopercepção da saúde, o maior número de idosos praticantes de atividade física está no
grupo dos idosos com autopercepção da saúde regular. A autopercepção da saúde pode ser
um fator que influencie o indivíduo a prática de atividade física, sendo este um conceito
elaborado individualmente de acordo com seu entendimento a respeito da sua condição
biopsicossocial. O incentivo e a elaboração de projetos que visem o aumento da prática de
exercícios físicos e autopercepção da saúde por parte dos idosos é um grande desafio
contemporâneo e que merece destaque no meio científico, sendo esses fatores
determinantes para um envelhecimento ativo.
Código: 19029
Título: PREVALÊNCIA DE MORBIDADES E SINTOMAS EM IDOSOS: UM ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE ZONAS RURAL E URBANA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Eveline Fronza da Silva; Iraci Lucena da Silva Torres; Vera Maria Vieira Paniz; Gabriela Laste;
Resumo:
O envelhecimento populacional tem contribuído para o aumento das doenças crônicas e
suas complicações, não podendo ser descartados fatores ambientais e exposição a
agrotóxicos. Entre os fatores ambientais que podem estar relacionados à prevalência de
doenças e de sintomas em idosos destaca-se a exposição a agrotóxicos. Considerando o
aumento da população idosa e a possibilidade desta população ter sido exposta ou ter tido
contato com agrotóxicos, este estudo objetivou caracterizar a população de idosos que
reside no município de Cachoeira do Sul/RS, investigando morbidades e sintomas referidos
segundo zona de moradia rural/urbana e uso de agrotóxicos, descrevendo, as características
do uso destes produtos. Foi realizado um estudo transversal, com a população de idosos com
60 anos ou mais, moradores nas zonas rural e urbana, por meio de entrevista domiciliar
utilizando um questionário estruturado e previamente testado em pesquisa anterior. A
amostra foi composta por 229 idosos, com média de idade de 72,3 anos, 57,2% residentes
em zona urbana e 56,3% mulheres. As morbidades mais relatadas por residentes em zona
urbana foram: insônia (37,7%), ansiedade (32,1%), depressão (26,7%); e em zona rural,
diabetes (13,3%). Nesta última, a Doença de Alzheimer foi mais prevalente em idosos que
utilizam agrotóxicos (21,7%). Os sintomas mais prevalentes por moradores em zona urbana
foram: tosse/coriza e visão alterada (41,2%), alergia/coceira (11,4%). Em rural, boca seca
(25,4%), visão alterada (35,6%) e dor nas pernas (66,1%) que também foram mais
prevalentes em quem utilizava agrotóxicos. Em relação ao uso de Equipamentos de Proteção
Individual, 85,4% eram utilizados de forma incompleta e 45,1% descartavam as embalagens
de forma inadequada. Os resultados obtidos representam uma contribuição significativa
diante da carência de publicações que avaliem exposição aos agrotóxicos e suas
consequências na saúde da população, principalmente considerando a faixa etária estudada
com possibilidade de ter sido exposta por longo tempo. E sugerem a necessidade de
desenvolvimento de programas de saúde pública que auxiliem na promoção de saúde do
idoso, considerando a possível exposição desta população a agentes ambientais, incluindo os
agrotóxicos. Salienta-se que o delineamento transversal não determina riscos absolutos, o
que torna importante a realização de estudos longitudinais para estabelecer a relação de
causalidade. Palavras-chave: Saúde do Idoso; Praguicidas; População Rural
Código: 18959
Título: PREVENÇÃO DE QUEDAS E FRATURAS NA ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO
RS/BRASIL.
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Iride Cristofoli Caberlon; Ângelo José Gonçalves Bós;
Resumo:
Introdução: As quedas e fraturas em pessoas idosas representam um problema de saúde
pública vindo associado a elevados índices de morbimortalidade, redução da capacidade
funcional institucionalização e óbito do idoso. Objetivos: investigar quedas e fraturas em
pessoas idosas (60 anos e mais), residentes em municípios do Estado do RS/Brasil,
analisando fatores associados, sazonalidade e gravidade. Metodologia: O estudo foi
transversal, retrospectivo, descritivo-analítico, quantitativo, com dados secundários, em
idosos atendidos por queda no ano de 2010. Os dados coletados por ficha estruturada
resultaram numa amostra de 6.556 idosos atendidos em 04 Unidades de Urgência e
Emergência (UAUEH) do SUS. Resultados: Dos 6556 idosos, 71% eram mulheres, 26,8% dos
atendimentos ocorreram na estação do inverno, 30% dos que caíram, fraturaram e 57% dos
atendimentos foram realizados nas 04 UAUEH até 6 horas após a queda. Ainda 17,2% foram
registrados o local da queda, onde 42% foi no domicilio e 58% fora deste, predominando
queda de escada, ônibus e cama. 31% das quedas tiveram fratura confirmada, sendo 32% em
mulheres e 28% em homens (p<0,0001). A estação do inverno teve maior nº de fraturas
confirmadas (34%) dos atendidos, (p=0,0002) e que também mais contribuiu com gravidade
da queda (49,5%). Conclusões: As quedas e fraturas na estação do inverno são mais
frequentes e representam maior gravidade, sendo idade avançada, sexo feminino e inverno
fatores de risco para as quedas.
Código: 19031
Título: PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL E CARACTERIZAÇÃO DE ASPECTOS
COGNITIVOS EM MULHERES PÓS-MENOPÁUSICAS.
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Ângela Flores Schlickmann; Elke Bromberg;
Resumo:
RESUMO Introdução: As alterações hormonais relacionadas à menopausa são capazes de
modular funções que são importantes para o processamento central de informações verbais.
Objetivo: Avaliar a relação entre queixas de compreensão de fala e o processamento
auditivo central e funções cognitivas em mulheres pós-menopáusicas. Metodologia:
Participaram deste estudo 92 mulheres pós-menopáusicas (45 a 60 anos), as quais foram
classificadas em dois grupos de acordo com a presença ou ausência de queixa de dificuldade
de compreensão da fala. Todas eram destras, tinham limiares auditivos normais ou leve
perda neurossensorial e foram submetidas a avaliação auditiva bilateral (meatoscopia,
impedanciometria e reflexos acústicos ipsilaterais e contralaterais, audiometria tonal e
logoaudiometria), testes de processamento auditivo central (Dicóticos Consoante Vogal,
Sequência de Padrão de Frequência e de Duração) e testes cognitivos (Trail partes A e B,
Procedimento de Brow Peterson, Stroop, Atenção dividida e sustentada). Resultados: 63%
das mulheres apresentaram queixa de compreensão de fala. Os grupos experimentais não
mostraram diferenças significativas em relação às variáveis demográficas, avaliação auditiva
bilateral ou provas de processamento auditivo central. Entretanto, mulheres com queixa de
compreensão de fala apresentaram pior desempenho nas tarefas Trail B, Brow Peterson
(interferência motora), Atenção sustentada (concentração) e no Stroop (cor –palavra), além
de escores mais elevados no BDI. Conclusões: Grande parte das mulheres na fase de pósmenopausa apresenta queixas de compreensão de fala, as quais estão associadas a
alterações em domínios cognitivos potencialmente envolvidos no processamento auditivo
central, como velocidade de processamento, atenção e memória operacional. Palavras
chaves: Menopausa, processamento auditivo central, audição.
Código: 19036
Título: PROCESSO DE ENFERMAGEM ALICERÇADO POR INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE
QUEDAS EM IDOSOS (IAQI)
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Laurem Paz Salbergo; Ana Paula Zimmer Pez; Aline Kruger Ramos; Danielli G. Mallmann; Diana
Baumgart; Karina SIlveira de ALmeida Hammerschmidt;
Resumo:
Introdução:O processo de envelhecimento geralmente apresenta alterações de equilíbrio,
podendo ocorrer instabilidades e ocorrências de quedas. Quedas em idosos tem se tornado
importante problema de saúde, com reflexos na morbimortalidade. Estudos prospectivos
indicam que entre 30% e 60% dos idosos, vivendo na comunidade, caem anualmente, com
aproximadamente metade experimentando quedas múltiplas. A queda do idoso pode
resultar em traumatismos causando sequelas psicossociais como perda da autoestima e da
autonomia, depressão, ansiedade e medo de cair novamente. OBJETIVO: Desenvolver
Instrumento de Avaliação de Quedas em Idosos (IAQI) para ser utilizado como apoio ao
processo de enfermagem na Estratégia de Saúde da Família. METODOS: Trata se de uma
pesquisa qualitativa. Para o desenvolvimento do instrumento, primeiro realizou-se pesquisa
no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), em teses e dissertações, a fim de descobrir a existência de algum protocolo, já
validado, de avaliação do idoso relacionado com as quedas. Posteriormente realizou-se
avaliação dos itens que compõem o protocolo de avaliação multidimensional do
idoso,selecionando os itens que se adequavam ao propósito do Instrumento de Avaliação de
Quedas em Idosos (IAQI), criado neste estudo. RESULTADOS: Com a busca no Portal de
Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) não
encontrou nenhum instrumento direcionado a quedas, então foi analisados cada item do
protocolo de avaliação multidimensional do idoso identificando as particularidades clínicas
relacionadas às quedas, criando-se instrumento IAQI, com ênfase nas quedas, porém
originário da avaliação multidimensional.Com a criação do IAQI tem pretensão que o mesmo
seja inserido no Processo de Enfermagem da ESF, considerando a relevância das quedas dos
idosos da para saúde individual e comunitária. CONCLUSÃO: O propósito final deste estudo
foi alcançado pois apresenta-se instrumento IAQI, que proporcionara aos estudantes e
professores, utilização deste instrumento em suas práticas clínicas na Estratégia de Saúde da
Família, contribuindo para melhoria da prática prestada e trará benefícios para a qualidade
de vida dos idosos que sofreram quedas, pois estes terão avaliação com roteiro que auxiliará
para completude da investigação clínica da vulnerabilidade e fragilidade para quedas,
podendo prevenir possíveis quedas futuras.
Código: 18980
Título: REABILITAÇÃO DA DISFAGIA APÓS PNEUMONECTOMIA: ESTUDO DE CASO
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Nicolli Bassani de Freitas; Simone Augusta Finard;
Resumo:
Justificativa: A pneumonectomia é um procedimento cirúrgico indicado no tratamento de
tumores pulmonares (Fuentes, 2003). Uma das sequelas desse procedimento é a disfagia que
pode caracterizar-se por redução da elevação laríngea e atraso do reflexo de deglutição que
pode estar associada à lesão do nervo laríngeo recorrente (Kim et al, 2010). O
acompanhamento fonoaudiológico nesses casos busca melhorar o controle do bolo
alimentar, estimular o reflexo da deglutição, assim como propiciar proteção da via aérea. A
intervenção conta com condutas referentes a mecanismos adaptativos devido às novas
condições estruturais, em caso de intervenções cirúrgicas, ou na busca de mecanismos
compensatórios devido à motricidade ineficiente (Jotz et al, 2003). Objetivos: esse trabalho
refere-se ao estudo de caso clínico do acompanhamento fonoaudiológico de um paciente
com sequela de disfagia em pós-operatório de carcinoma em pulmão. Método: o paciente
masculino, 69 anos, encaminhado para intervenção fonoaudiológica 12 meses após
procedimento, foi acompanhado por cinco meses, inicialmente com atendimentos semanais
e, após a estabilidade do quadro com ganho funcional, com revisões mensais. As sequelas
cirúrgicas, confirmadas por exames médicos, foram paralisia do nervo laríngeo recorrente
esquerdo associada à disfonia e disfagia. Conforme relato, o paciente alimentava-se
somente com líquidos espessados e pastosos apresentando sinais de penetração
laringotraqueal. Após a avaliação estrutural e funcional da deglutição, verificou-se fraca
sustentação da laringe, tempo máximo de fonação e suporte respiratório diminuídos.
Orientaram-se manobras posturais e de limpeza a serem realizadas durante as deglutições e,
na avaliação com alimento pastoso grosso, com o paciente realizando as manobras
orientadas, verificou-se ausência de sinais de penetração laringotraqueal e, segundo o
paciente, maior conforto para deglutir. Resultados: após cinco sessões de atendimento
semanal, o paciente realizava as manobras posturais e de limpeza, durante e após as
refeições, adequadamente e sem sinais de tosse ou engasgo. Não havia mais necessidade de
espessar os líquidos e iniciou a ingestão de pequenas porções de alimento sólido, sendo
liberado para revisões mensais. Conclusões: o paciente apresentou boa evolução do quadro
funcional considerando a função da deglutição, assim como melhora do apetite e satisfação
com o processo alimentar. Palavras-chave: pneumonectomia, disfagia, fonoaudiologia
Código: 18989
Título: RELAÇÕES FAMILIARES COMO APOIO À PREVENÇÃO/REABILITAÇÃO DO IDOSO NO
ACIDENTE POR QUEDAS: ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Ana Paula Zimmer Pez; Aline Krüger Ramos; Laurem S. Paz; Diana Baumgart; Karina Silveira de Almeida
Hammerschmidt;
Resumo:
Introdução: O envelhecimento normalmente está acompanhado de alterações e desgastes
em vários sistemas. Tal processo pode ser acompanhado de declínio das funções gerais, com
ênfase nas atividades de vida diária. As quedas estão presentes em todas as faixas etárias,
mas são nos idosos que representam fator de alta morbimortalidade. Objetivo: Desenvolver
educação em saúde junto aos idosos sobre os acidentes por quedas, enfatizando a
importância do apoio familiar para prevenção e/ou reabilitação. Metodologia: A educação
em saúde foi realizada em um Centro De Convivência Maior de uma cidade do interior do RS,
junto a 30 idosos frequentadores do grupo. Os familiares dos idosos foram convidados a
participar da ação, com intenção de envolver a família na prevenção/reabilitação deste
acidente. Utilizou-se para realização da ação técnicas lúdicas de educação, como: dinâmicas,
jogos interativos e apresentação dialogada com utilização de recursos audiovisuais sobre
quedas. Resultados: Durante a realização da ação educativa, diversos depoimentos dos
participantes evidenciaram as quedas sofridas/vivenciadas e suas consequências. No grupo
participante constatou-se a presença de conhecimento sobre os acidentes por quedas,
porém com diversas dúvidas. Os questionamentos delinearam a ação educativa, pois
propiciaram o envolvimento e imersão dos participantes na temática discutida. Ao final da
ação educativa os participantes apresentaram os principais riscos domiciliares para
ocorrência de quedas, a importância da organização ambiental para evitar estes acidentes.
Também ficou inerente a temática a relevância da família como apoio ao idoso, na
prevenção e/ou reabilitação da queda, neta discussão foi extremamente oportuno a
participação dos familiares, que evidenciaram em seus próprios relatos a importância de
entender para auxiliar o idoso. Conclusão: A ação educativa de enfermagem apresentou-se
de extrema relevância para os idosos que participaram da ação, bem como seus familiares. A
vulnerabilidade dos acidentes por quedas pode ser evitada com ações de organização
ambiental, que dependem genuinamente dos familiares, tanto quando do idoso. Ações
grupais com idosos são resolutivas quando evidenciam o entendimento destes, após
participarem da educação, neste trabalho a abordagem interativa e lúdica propiciou o
envolvimento e participação ativa dos envolvidos. Descritores: Idoso; Acidentes por quedas;
Relações familiares.
Código: 19045
Título: RELIGIOSIDADE E SENTIMENTO DE SOLIDÃO EM IDOSOS
Tema: Gerontologia
Modalidade: Oral
Autores: Fernanda Vial Costa; Maria Gabriela Valle Gottlieb; Yukio Moriguchi;
Resumo:
Introdução: A viuvez é uma situação especial, não planejada, que provoca tristeza,
sentimento de solidão e adaptação a novos papéis. Nesse sentido a religiosidade pode ser
uma estratégia de enfrentamento para superar tais dificuldades. Objetivo: verificar a
associação entre o sentimento de solidão e a religiosidade em idosos viúvos. Método:
estudo transversal e quantitativo com uma amostra de 200 idosos viúvos com idade ≥ 60
anos que frequentam o ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS. Os
instrumentos utilizados foram a escala de solidão da Universidade da Califórnia de Los
Angeles, a Escala de Frequência de Práticas Religiosas e a Escala de Religiosidade Intrínseca /
Extrínseca. Resultados: O nível de solidão da amostra foi considerado alto tendo uma média
de 48,4±4,6. Para a estimativa da escala da solidão, os resultados indicaram que, (36,7%) das
variações ocorridas no escore da escala da solidão podem ser explicadas pela renda, pois
quanto maior a renda maior o nível de solidão. Ainda foi encontrado significância na
correlação entre solidão e sexo, mostrando que viúvos demonstram maior satisfação social
do que viúvas. A maior parte dos idosos apresentou tendência à religiosidade intrínseca
25,5±7,3. Outra relação significativa encontrada foi entre a religiosidade e a faixa etária dos
participantes, sendo que quanto mais idoso, maior a tendência para a prática da
religiosidade intrínseca. Foi encontrada diferença significativa somente na relação entre a
escala de solidão e a escala de religiosidade social. Conclusão: De modo geral verificou-se
que a renda é um fator preditivo para o sentimento de solidão e a faixa etária é um fator
preditivo para a prática da religiosidade intrínseca entre idosos viúvos. Além disso,
identificou-se que a prática da religiosidade social pode diminuir o sentimento de solidão
dos idosos viúvos.
Código: 19037
Título: REPRESENTAÇÃO GEOGRÁFICA ESPACIAL DAS QUEDAS DOS IDOSOS: CONTRIBUIÇÕES
PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM NA ESF
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Laurem Paz Salbego; Ana Paula Zimmer Pez; Aline Kruger Ramos; Diana Baumgart; Jennifer B Avila;
Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt;
Resumo:
No processo de envelhecimento há aumento da possibilidade dos acidentes por quedas
devido a perda da estabilidade e equilíbrio, alterações na massa muscular e óssea. O cuidado
de enfermagem, na ESF pode envolver ações preventivas direcionadas ao idoso na
comunidade. Objetivo: identificar a produção cientifica relacionada a acidentes por quedas
dos idosos nos últimos 9 anos. Contribuir com o cuidado de enfermagem na prevenção de
quedas utilizando a representação geográfica espacial em seis micro-áreas pertencentes a
uma Estratégia de Saúde da Família, do interior do RS, Brasil. Método: estudo de caso,
seguindo os pressupostos de Yin (2007), sugere revisão de literatura anterior ao início do
estudo. A revisão foi realizada nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE com os
descritores Idoso and Acidentes por quedas no período de 2000 à 2009. A coleta de dados
referente às quedas foi constituída de três momentos de busca: prontuários médicos da ESF,
relatos das ACS e entrevistas domiciliares com os idosos que sofreram quedas, adscritos nas
micro-áreas. Resultados: três temáticas emergiram da revisão integrativa: acidentes por
quedas em idosos na comunidade; acidentes por quedas em idosos durante internação
hospitalar e acidentes por quedas em idosos institucionalizados. Evidencia-se a relevância
dos ambientes que envolvem a queda, bem como a importância do cuidado de enfermagem
para prevenção da mesma, e/ou reabilitação do idoso caídor. Nos acidentes por quedas nas
micro-áreas adstrita da ESF, contatou-se: prevalência das quedas em idosos do sexo
feminino (69,4%); predominância de quedas em idosos de 60 a 65 anos, sendo esta
informação relevante para prevenção de quedas, com medidas preventivas precoces. As
quedas ocorridas dentro do domicilio atingem 48% do total de acidentes e 12% das quedas
ocorreram dentro e fora do domicílio. Foram encontrados idosos caídores em todas as
micro-áreas estudadas. A representação geográfica espacial pode ser utilizada juntamente
com o mapeamento de áreas de risco na ESF, sendo importante instrumento para o
planejamento do cuidado de enfermagem. Considerações finais: a pesquisa bibliográfica
evidenciou os ambientes de ocorrência das quedas. Nas micro áreas estudadas houve
prevalência de quedas nas idosas de 60 a 65 anos, com acidente dentro do domicilio. A
representação geográfica espacial possibilita conhecer entornos e área da ESF, evidenciando
a análise das condições ambientais e domiciliares onde o idoso reside
Código: 19028
Título: RESILIÊNCIA EM IDOSOS: ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO COM A PERDA AUDITIVA E COM
QUALIDADE DE VIDA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Patricia Vargas Lisboa; Cristiane Nehring; Adriane Ribeiro Teixeira;
Resumo:
A perda auditiva é um dos mais incapacitantes distúrbios de comunicação no processo de
envelhecimento. Como a perda auditiva provoca uma serie de consequências familiares,
sociais, psicológicas e na qualidade de vida, considera-se importante investigar se existe
associação entre a perda auditiva e a resiliência em um grupo de idosos. O objetivo deste
estudo foi investigar presença e o grau de perda auditiva em um grupo de idosos, verificando
a existência ou não de associação entre os domínios da qualidade de vida e resiliência nos
resultados obtidos. A amostra foi composta por 30 indivíduos idosos, submetidos à avaliação
audiológica, a avaliação da qualidade de vida, por meio da aplicação do Short-Form Health
Survey (SF-36) e a avaliação da resiliência, por meio da Escala de Resiliência de Wagnilde
Young (1993). A análise dos dados evidenciou que os idosos com limiares auditivos normais
(145,8 ± 5,5) apresentaram a média de resiliência mais elevada que aqueles de perda
auditiva de grau leve (135,6±5,7) e moderado (131,0±8,8). Analisando-se os resultados do SF36 com a escala de resiliência constatou-se que houve associação significativa entre
resiliência e os domínios capacidade funcional (r=0,564; p=0,001), aspectos físicos (r=0,602;
p<0,001), vitalidade (r=0,540; p<0,01), saúde mental (r=0,481; p<0,01), aspectos sociais
(r=0,429; p<0,05) e estado geral de saúde (r=0,478; p<0,01). Em cada correlação verificou-se
que, escores elevados na resiliência mostraram-se relacionados a escores também elevados
da QV. Na amostra avaliada, a perda auditiva não influenciou nos escores da resiliência. A
resiliência está associada a qualidade de vida nos domínios capacidade funcional, aspectos
físicos, vitalidade, saúde mental, aspectos sociais e estado geral de saúde. Os escores
elevados na resiliência mostraram-se relacionados a escores também elevados da QV.
Código: 19006
Título: TRIAGEM AUDITIVA EM ADULTOS E IDOSOS COM A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO
PORTÁTIL
Tema: Gerontologia
Modalidade: Oral
Autores: Adriane Ribeiro Teixeira; Magda Aline Bauer; Patricia Coradini; Natalia Schardosim Copetti; Cristiane
Nehring; Angelo José Gonçalves Bós;
Resumo:
A perda auditiva pode ocasionar uma série de consequências. O acesso à avaliação
audiológica nem sempre é possível em função dos mais diversos fatores (econômicos,
deslocamentos, encaminhamentos). Assim, realização de triagem auditiva (TA) poderia
facilitar a identificação dos idosos com provável perda auditiva e o encaminhamento para
avaliação audiológica completa. Objetivo: Verificar a sensibilidade, especificidade e valor
preditivo positivo e negativo da TA realizada com equipamento portátil em comparação com
a audiometria tonal liminar. Metodologia: Fizeram parte da amostra deste estudo 41
indivíduos, 34 mulheres (82,9%) e 7 homens (17,1%), com ou sem queixa de perda auditiva
(PA). Inicialmente todos realizaram anamnese, meatoscopia e foram submetidos à TA
utilizando-se o equipamento Hearchek Screener (Siemens). A triagem foi realizada em
ambiente silencioso. O equipamento possibilita a realização da TA duas frequências –
1000Hz e 3000Hz. Após, os indivíduos foram encaminhados para a cabina acústica, para a
realização da audiometria tonal liminar. Considerou-se que passou na TA o indivíduo que
percebeu todos os tons puros em 1000Hz e 3000Hz, com exceção do tom puro em 1000Hz
em 20dB, pois análises prévias revelaram que mesmo indivíduos com audição normal não
conseguem perceber esta intensidade em ambiente silencioso. Resultados: A audiometria
tonal liminar revelou que, com relação a orelha direita (OD), 26 (63,4%) apresentavam
limiares auditivos normais, 10 (24,4%) perda auditiva leve e 5 (12,2%) perda auditiva
moderada. Com relação a orelha esquerda (OE) foram constatadas 31 (75,6%) orelhas com
limiares auditivos normais, 5 (12,2%) com perda auditiva leve e 5 (12,2%) com perda auditiva
moderada. A triagem evidenciou que 19 OD e 18 OE falharam na triagem. A análise dos
dados evidenciou que os valores de sensibilidade foram de 93,3% (OD) e 90% (OE). A
especificidade foi de 80,8% (OD) e 71% (OE). O valor preditivo positivo foi de 73,7% (OD) e
50% (OE) e o valor preditivo negativo foi de 95,5% (OD) e 95,7% (OE). Conclusão: Concluiu-se
que a TA com o equipamento portátil apresentou elevada sensibilidade e especificidade. Os
valores preditivos positivos e negativos também se mostraram altos. Assim, acredita-se que
o equipamento possa ser usado na clínica fonoaudiológica e em outros ambientes de
atuação do fonoaudiólogo, permitindo a identificação dos indivíduos adultos e idosos com
perda auditiva. palavras-chave: audição; idoso; triagem auditiva
Código: 19030
Título: USO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS RESIDENTES EM ZONAS RURAL E URBANA
Tema: Gerontologia
Modalidade: Pôster
Autores: Eveline Fronza da Silva; Vera Maria Vieira Paniz; Iraci Lucena da Silva Torres; Gabriela Laste;
Resumo:
O envelhecimento populacional advém, dentre outros fatores, do declínio da mortalidade e
desenvolvimento tecnológico, auxiliando no diagnóstico e tratamento de doenças,
aumentando a incidência de morbidades crônicas e uso de medicamentos. Estudos sobre os
padrões de uso de medicamentos por idosos residentes em zona rural e urbana são escassos
e de difícil logística. Nesse contexto, este estudo objetivou avaliar o padrão de uso de
medicamentos por idosos, segundo zona de moradia rural e urbana. Realizou-se um estudo
transversal populacional em idosos com 60 anos ou mais, residentes nas zonas urbana e
rural do município de Cachoeira do Sul, RS. Para a coleta das variáveis demográficas,
socioeconômicos, comportamentais e de saúde foi realizada uma entrevista domiciliar
utilizando um questionário estruturado previamente testado. Para avaliar o uso de
medicamentos, solicitou-se a apresentação da receita médica e a embalagem do(s)
medicamento(s) utilizado(s), verificando-se a substância ativa para posterior classificação
segundo o Anatomical-Therapeutic-Chemical Classification System. Entrevistou-se 229
indivíduos com idade média de 72,3 anos, 42,8% residiam em zona rural, 56,3% eram
mulheres. A prevalência de uso de medicamentos foi de 89,5% (IC95% 85,5-93,5), sendo que
44,5% utilizavam de 2 a 4 medicamentos. Os medicamentos mais utilizados foram os que
atuam no sistema cardiovascular, 325 (51,7%) seguido dos que atuam no sistema nervoso
146 (23,2%), sendo que as prevalências de uso foram significativamente distintas entre as
zonas de moradia (p<0,05). Os medicamentos para o sistema cardiovascular foram mais
utilizado pelos moradores da zona rural em relação à zona urbana (54,6%vs49,3%), enquanto
para o sistema nervoso, residentes da zona urbana utilizaram mais essa classe terapêutica
(29,2%vs15,7%). O número de medicamentos apresentou associação linear direta com a
idade e o número de morbidades referidas (p=0,001). Nossos resultados demonstram
elevado consumo de medicamentos por idosos com tendência à polifarmácia, associado a
distintos padrões de consumo de medicamentos e consequentemente de morbidades entre
as zonas de moradia, com predomínio de SCV em zona rural e SNC em zona urbana
decorrente possivelmente pela diferentes formas de vida, mas consumo elevado em ambas.
Concluindo, fazem-se necessários programas de promoção de saúde e que busquem o uso
racional de medicamentos em idosos. Palavras-chave: Idoso, Uso de Medicamentos,
População Rural e Urbana
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resumos dos trabalhos apresentados durante a jornada