RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS DURANTE A JORNADA Porto Alegre, 16 de junho de 2012. Código: 19047 Título: A INTERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA EM CUIDADOS PALIATIVOS: UM RELATO DE CASO Tema: Geriatria Modalidade: Pôster Autores: Margarete Diprat Trevisan; Diene Gomes Colvara; Vanice Hohemberger; Clarissa Blattner; Glaciele Oliveira Teixeira; Juliana Pacheco; Resumo: O câncer de pulmão afeta principalmente indivíduos na 6ª ou 7ª década de vida. Em aproximadamente 70% dos casos a doença já se disseminou para outros sítios, tornando a taxa de sobrevida a longo prazo muito baixa. A etiologia está relacionada à inalação de substâncias químicas carcinogênicas (fumaça de cigarro). Este estudo é um relato de caso de um paciente do sexo masculino 78 anos,tabagista ativo, historia de tuberculose tratada há 40 anos, que esteve internado em uma enfermaria durante o período de 08/04 a 02/05 de 2012 com tosse produtiva, hipotensão e febre. Durante o tratamento, teve diagnóstico de adenocarcinoma de pulmão. porém optou por não realizar nenhum tipo de tratamento curativo. Apesar da resistência à radioterapia/quimioterapia, aderiu bem à fisioterapia a as atividades físicas propostas. O objetivo deste estudo é apresentar a atuação da fisioterapia e da educação física nos cuidados paliativos de um individuo com adenocarcinoma de pulmão. Foi realizado atendimento com abordagem multiprofissional, sendo que o fisioterapeuta e o educador físico trabalhavam buscando objetivo funcional em comum, a melhora na qualidade de vida do paciente. O foco principal era um atendimento humanizado que auxiliava na aceitação de uma doença que ameaça a continuidade da vida. Após o tempo de internação, ação conjunta de ambas as áreas mostrou-se positiva, auxiliando no alivio dos sintomas e manutenção das condições físicas. Hoje o paciente encontra-se no seu ambiente domiciliar, realizando suas atividades de vida diária normalmente e seguindo rigorosamente as orientações dadas na alta hospitalar. Código: 18978 Título: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA NAS DEMÊNCIAS Tema: Geriatria Modalidade: Oral Autores: Gabriela de Moraes Costa; Daniel Luiz Zanchet; Tiago José Nardi Gomes; Patricia de Moraes Costa; Resumo: A incapacidade civil é a restrição legal do exercício dos atos da vida civil, sendo dividida em privação parcial ou global do agir jurídico. A incapacidade, em termos médico-legais, presume a existência de um estado de enfermidade ou deficiência física ou psíquica que impeça uma pessoa de se determinar em função de suas conveniências ou interesses. Com o envelhecimento populacional vem aumentando a prevalência das demências, cujas alterações físicas e cognitivas estão relacionadas com a perda da habilidade para tomar decisões. Para determinar a capacidade hoje são consideradas as principais habilidades funcionais relevantes para domínios específicos e não apenas o diagnóstico. A capacidade testamentária refere-se à situação jurídica de ser capaz de executar uma vontade, envolvendo dois componentes fundamentais: entendimento dos fatos relevantes e apreciação das consequências de execução ou não de determinadas ações. Este trabalho revisa os quesitos que envolvem a avaliação forense de capacidade testamentária nas demências: Justificativa para alterações dramáticas no padrão identificado em testamentos ou desejos expressos anteriores; Apreciação das consequências de uma distribuição em particular de seus bens, especialmente se ela exclui beneficiários “naturais”, como filhos ou cônjuge; Esclarecimento de preocupações acerca de potenciais beneficiários que tenham sido excluídos do testamento ou que tenham recebido menor parte que o esperado, descartando a presença de um delírio específico que tenha influenciado a distribuição; Evidências da presença de trantorno neuropsiquiátrico específico o qual possa afetar cognição, juízo ou controle de impulsos; Evidências de sintomas psiquiátricos no momento da execução do testamento; Avaliação da dinâmica familiar, com especial atenção a conflitos; O entendimento do testador de quaisquer conflitos ou tensões presentes; Evidências de uma relação patológica ou de dependência a um cuidador ou com alguém que fomenta desconfianças na família ou amigos; Evidências de inconsistência da vontade expressa ou incapacidade de comunicar um desejo, clara e consistentemente, no que diz respeito à distribuição dos bens. Na avaliação de pacientes portadores de demência a determinação de competência é fundamental para alcançar o equilíbrio entre o respeito à autonomia daqueles que são capazes de tomar decisões informadas e proteger aqueles com comprometimento cognitivo. Código: 19048 Título: AVALIAÇÃO DA HABILIDADE PERCEPTO-VISUO-ESPACIAL EM IDOSOS Tema: Geriatria Modalidade: Oral Autores: Roberta de Figueiredo Gomes; Mirna Wetters Portuguez; Adriana Machado Vasques; Adriana Guterres Pereira; Angela Maria de Freitas; Eloisa Elena Silveira Ferreira; Resumo: Introdução: Nos últimos anos, os processos cognitivos vêm sendo alvo de muitas pesquisas, visando o entendimento das bases biológicas do comportamento. Uma importante habilidade cognitiva é a percepção visuoespacial, que pode ser entendida como a capacidade de um indivíduo em perceber sua localização e a dos objetos no espaço. Nesse estudo, buscou-se verificar se a habilidade percepto-vísuo-espacial altera seu desempenho em idosos na faixa dos 60-70 anos. <br> <br>Objetivo: Avaliar a habilidade percepto-vísuoespacial e comparar seu desempenho entre dois grupos (grupo 1: 30-40 anos; grupo 2: 60-70 anos), com gênero, escolaridade, classe socioeconômica, sintomas depressivos e ansiosos. <br> <br>Metodologia: Estudo transversal controlado, realizado em Ambulatório de Terceira Idade da Unidade de Neuropsicologia, academias de ginástica, escolas de idiomas e funcionários de Hospital. Os sujeitos responderam a uma entrevista para exclusão de medicação psiquiátrica e doença neurológica. Para estimulação da habilidade perceptovísuo-espacial foi utilizado Hooper Visual Organization Test (VOT). <br> <br>Resultados: Houve uma diferença significativa (p menor que 0,001) entre os grupos, demonstrando que o grupo 2 apresenta pior desempenho percepto-vísuo-espacial quando comparado ao grupo 1. <br> <br>Conclusão: A avaliação com VOT mostrou que o grupo 1 apresenta um desempenho percepto-vísuo-espacial significativamente melhor do que o grupo 2. Sintomas de ansiedade não interferem em seu desempenho. Não houve diferença estatística entre os gêneros e classe socioeconômica. <br> <br>Descritores: Habilidade percepto-vísuo-espacial, idosos, ansiedade, depressão. Código: 19051 Título: EFEITOS DE UM PROGRAMA PROPRIOCEPTIVO Tema: Geriatria Modalidade: Pôster Autores: Miriam Alice Cerentini; Eveline Fronza da Silva; Mirele Ruff Trojahn; Ludmila Guterres Campos; Resumo: O envelhecimento fisiológico provoca alterações em vários sistemas do organismo, dentre os quais estão os três sistemas aferentes responsáveis pelo equilíbrio, que são o visual, vestibular e proprioceptivo. As alterações nesses sistemas perturbam o controle postural e o equilíbrio, expondo o indivíduo a uma maior propensão às quedas. Considerada hoje, um dos principais problemas de saúde pública no país na população idosa, as quedas são responsáveis por cerca de 70% dos óbitos acidentais em pessoas com mais de 75 anos. Nesse contexto, surge à necessidade de desenvolver estratégias de tratamento preventivo, dentre as quais, encontra-se o treinamento sensório-motor. Com o objetivo de identificar a efetividade de um programa de exercícios proprioceptivos para o treino de equilíbrio, foi realizado um estudo, com idosas, moradoras da zona rural do município, com idade entre 60 e 69 anos, integrantes do Centro de Convivência Novas Amizades do município de Novo Cabrais, RS - Brasil. Foi utilizado um questionário com questões fechadas para avaliar os fatores extrínsecos, relacionados a riscos domésticos para quedas e, intrínsecos relacionados a alterações psicológicas, no início do tratamento. A Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) foi aplicada no início e no término do programa proprioceptivo. A intervenção constou de dez sessões, uma vez por semana, com duração aproximada de 60 minutos. A amostra foi composta por cinco idosas, com idade média de 65,8 anos. Dos fatores extrínsecos 100% dos domicílios não apresentam degraus com sinalização de término e 60% não deixam uma lâmpada previamente ligada para as idas noturnas ao banheiro. Dos fatores intrínsecos, 80% relataram ter medo de cair, porém, não as impedem de realizar suas atividades. Em relação EEB, a amostra obteve evolução no escore, variando de 19,57% a 1,82%, após treinamento proprioceptivo. Contudo, é importante destacar que o grupo estudado, já apresentava inicialmente um escore com reduzida probabilidade às quedas, dado este que pode estar relacionado ao fato da amostra residir na zona rural do município, e segundo o próprio relato das idosas pesquisas, estão sempre envolvidas na realização de afazeres domésticos, cultivo de horta e criação de animais. Dessa forma, sugere-se a realização de outros estudos que comparem a condição de equilíbrio postural de idosos moradores da zona rural e urbana, para melhor aprimorar e desenvolver programas de prevenção às quedas. Palavraschave:Idosos, Equilíbrio, Quedas. Código: 19060 Título: EFICÁCIA DE EXERCÍCIOS PENDULARES NO EQUILÍBRIO E NA MOBILIDADE DE IDOSOS SEDENTÁRIOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO GERIÁTRICO Tema: Geriatria Modalidade: Oral Autores: charlene brito de oliveira; Veronica baptista frison; Thais de lima resende; Irenio Gomes; Resumo: Com o aumento do número de idosos na população em geral vem o aumento dos fatores que podem levar à instabilidade postural, que, por sua vez, pode levar a quedas, com grande impacto pessoal, social e econômico. Logo, é necessário prevenir ou minimizar as perdas que levam à instabilidade postural. Entre as alternativas possíveis, encontra-se uma miríade de programas de atividade física. Entretanto, não foram encontrados estudos sobre o uso de exercícios pendulares em idosos, que possibilitem ao indivíduo ultrapassar os limites naturais do seu centro de gravidade, podendo facilitar a resposta antecipada e o aprendizado motor necessários ao equilíbrio. Deste modo, é importante que se avalie essa alternativa terapêutica. O presente estudo, portanto, foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos de um programa de exercícios pendulares no equilíbrio e na mobilidade funcional de idosos sedentários atendidos em um ambulatório geriátrico, bem como verificar se a intervenção melhorou os indicadores funcionais de equilíbrio e mobilidade, comparados ao grupo controle. Este ensaio clínico randomizado e controlado foi desenvolvido com 27 idosos divididos por sorteio simples em: Grupo Controle n=14 e Grupo Intervenção n=13, todos submetidos a testes de equilíbrio (Escala de Berg-EEB, Timed up and Go test – TUG e Alcance Funcional - AF) no início e ao final do estudo. O GI foi submetido a 16 sessões de exercícios pendulares no equipamento Chordata.Na análise pré-intervenção, os 27 idosos estudados não diferiram estatisticamente em termos de distribuição por sexo, idade, estado civil, cognição, mobilidade funcional; EEB e AF. Após a intervenção, os idosos apresentaram diferenças estatisticamente significativas em termos da mobilidade funcional (TUG pós= 8,7 ± 1,8 s; p=0,001) e do equilíbrio avaliado pela escala de Berg (BERG pós= 54,8 ± 1,4 pontos; p= 0,001). Apesar de um incremento médio de 12% no AF, após o treinamento os idosos treinados não apresentaram diferença significativa nessa medida de equilíbrio (AF pós= 29,8 ± 3,5 cm; p= 0,296). Após a intervenção, no GC não foi detectada diferença significativa em nenhum dos testes funcionais utilizados. Portanto, conclui-se que os exercícios pendulares, além de seguros para a aplicação entre idosos da faixa etária estudada, levaram a melhora significativa na mobilidade funcional e no equilíbrio dos idosos. Palavras-chave: Idoso. Quedas.Equilíbrio postural. Código: 19052 Título: EQUOTERAPIA NO EQUILÍBRIO POSTURAL DE PACIENTES ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Tema: Geriatria Modalidade: Pôster Autores: Mirele Ruff Trojahn; Ludmila Guterres Campos; Eveline Fronza da Silva; Miriam Alice Cerentini; Resumo: O aumento da expectativa de vida traz mudanças ao panorama epidemiológico da população, dentre as doenças com maior índice de mortalidade e morbidades, encontra-se o acidente vascular cerebral (AVC), responsável pelo comprometimento de diversas funções do organismo, dentre elas o equilíbrio postural. Nesse contexto, a Equoterapia surge como uma proposta diferenciada, que utiliza o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e sociais. Sendo o tratamento e a reintegração de idosos acometidos pelo AVC uma situação complexa e desafiadora, o emprego de novos recursos terapêuticos ganha importância, a fim de motivar o paciente e otimizar a reabilitação. Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa de Equoterapia no equilíbrio postural estático e dinâmico de pacientes pós AVC. Foi desenvolvido um estudo quasi-experimental do tipo série de casos, onde as variáveis, idade, sexo, tempo de lesão encefálica e função cognitiva foram analisadas inicialmente. Para a avaliação da função cognitiva foi realizado o teste Mini-Exame do Estado Mental. O equilíbrio postural dinâmico foi avaliado com a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e o equilíbrio postural estático com plataforma Balance Board Wii (WBB), no início e término do tratamento. Foram realizadas 10 sessões de Equoterapia, com duração de 30 minutos, uma vez por semana. A amostra foi composta de três indivíduos, sendo dois do sexo masculino, com idade média de 71,3 (±6,6) anos, tempo de lesão encefálica de 62 (±21,07) meses e a pontuação do teste do Mini-Exame do Estado Mental de 22,3 (±1,5). Foram observadas melhoras significativas nos três casos deste estudo comparando-se as variáveis obtidas pré e pós o programa de Equoterapia por meio do Teste t de Student (p<0,05). Na EEB o P1 teve aumento de 4 pontos, o P2 de 7 e o P3 de 23. Na WBB a diferença inicial passou de 3,4 para 0,4 no P1, de 8,3 para 6,8 no P2 e de 14,0 para 9,0 no P3. Esse estudo demonstra que na população estudada, um programa de Equoterapia pode promover ganhos significativos no equilíbrio postural estático e dinâmico destes pacientes, diminuindo as morbidades decorrentes do AVC. A partir dos resultados obtidos, sugere-se a realização de outros estudos com amostras mais expressivas, a fim de melhor evidenciar os benefícios da Equoterapia nas patologias de caráter crônico-degenerativas, peculiares da população idosa. Palavras-chave: Idosos; Acidente Vascular Cerebral; Equoterapia. Código: 19055 Título: O IMPACTO DO PROCESSO SAÚDE- DOENÇA NA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DO IDOSO Tema: Geriatria Modalidade: Oral Autores: MARIA CRISTINA UMPIERREZ; MARIA EMILIA MARCONDES BARBOSA; EVANI MARQUES PEREIRA; JULIANA BONINI; Resumo: RESUMO: Estudo descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa. A questão norteadora foi: que relação existe entre o processo de adoecer cronicamente após os 60 anos e a capacidade de preservar a autonomia e a independência para as atividade instrumentais da vida diária? A coleta de dados foi realizada através da escala de índice de LAWTON.A população alvo deste trabalho foi composta por 260 idosos residentes no município de Guarapuava – Paraná. O estudo foi constituído por 69 homens e 191 mulheres. Dos 69 homens participantes, 17,91% eram analfabetos, esta proporção foi muito mais expressiva no sexo feminino, 28,94% das mulheres eram analfabetas. Este estudo evidenciou que as mulheres idosas suportam uma maior carga de distúrbios crônicos do que os homens. Os dados também revelaram a prevalência de múltiplas patologias em uma proporção maior nas mulheres do que em homens, o fato marcante é que elas aumentam muito após os 80 anos de idade. A proporção de idosas, em essa faixa etária, portadoras de 3 ou mais distúrbios é de 13,51%, em quanto entre os homens de 80 ou mais anos esta proporção é de 0%, sugerindo alta mortalidade masculina nessa faixa etária . Palavras-chave: idoso, autonomia, doença crônica Código: 19058 Título: PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM PACIENTES CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA EM UMA DETERMINADA REGIÃO DA CIDADE DE GUARAPUAVA - PR Tema: Geriatria Modalidade: Pôster Autores: RAUL HENRIQUE OLIVEIRA PINHEIRO; Maria Cristina Umpiérrez; Maria Emilia Marcondes Barbosa; Evani Marques Pereira; Resumo: Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), 60 % do ônus decorrente de doenças no mundo é determinado por problemas crônicos, principalmente doenças cardiovasculares; estima-se que em 2020, nos países em desenvolvimento, esta taxa será de 80%. No Brasil, dados do Ministério da Saúde confirmam que o perfil da mortalidade acompanhou esta tendência. As doenças do aparelho circulatório foram à principal causa de óbitos em 2005, 283.927 pessoas perderam a vida por essa causa, representando 32,2% das mortes naquele ano (BRASIL, 2008). Os objetivos deste estudo foram identificar a prevalência dos fatores de risco relacionados a estes problemas cardiovasculares, evidenciar a presença do conglomerado de fatores, caracterizar a população encontrada no estudo, gerando assim, maiores informações e questionamentos sobre esta problemática que vem aumentando a cada ano no Brasil. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório, cujos dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada, cruzados através do programa Estatística e os resultados mostrados através de tabelas e gráficos. A amostra total do estudo conteve 258 participantes, as faixas etárias foram divididas em 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 ou mais anos. Dentre os fatores de risco avaliados estiveram os seguintes: alcoolismo, tabagismo, sedentarismo, hereditarismo, ingesta hipercalórica e obesidade, todos estes avaliados conforme as variáveis sexo, idade e presença de doenças crônicas. A realização deste estudo possibilitou evidenciar a prevalência destes fatores de risco na população que em ordem decrescente de acometimento foi na amostra total: sedentarismo (55,81%), hereditarismo (53,87%), ingesta hipercalórica (27,51%), tabagismo (25,58%), obesidade (24,80%) e alcoolismo (8,52%). Também caracterizou a HAS como a principal doença crônica. A grande prevalência de fatores de risco no estudo, assim como em outras pesquisas, mostram a necessidade do maior incentivo das ações de prevenção e promoção da saúde. Nesta perspectiva que envolve o trabalho do profissional enfermeiro como um dos principais agentes destas ações a nível primário, o estudo levantou alguns questionamentos sobre as lacunas que ocorrem frente ao funcionamento do programa Hiperdia e o que preconiza o Ministério da Saúde visando à melhoria da qualidade da saúde a estes pacientes cadastrados neste tipo de programa. Palavras-chave: Idoso; Fatores de risco; Doenças cardiovasculares; Enfermagem. Código: 19049 Título: VERRUGA VULGAR SUBCLÍNICA DOLOROSA NO HÁLUX Tema: Geriatria Modalidade: Pôster Autores: Seno Otto Kunrath; Resumo: Fundamentos Verrugas vulgares são clinicamente fáceis diagnosticar. É recomendável não praticar a exérese dessas, pela alta possibilidade de disseminação e mesmo a formação de verrugoma, como complicação extremamente constrangedora. As verrugas vulgares são muito comuns, múltiplas ou únicas, não raro apresentando o fenômeno de Koebner pelo ato de coçar, ou por traumas repetidos. Em geral são assintomáticos, podem ser dolorosas ou apresentar um leve prurido. Motivo da comunicação Ilustrar um caso de verruga vulgar subclínica em pele glabra, face medial superior do hálux esquerdo, simulando neoplasia. Apresentação Paciente de cor branca, 50 anos, fototipo II, com queixa de dor na região lateral do hálux do pé esquerdo, há 30 dias. Ao exame clínico constatou-se área elevada, de 1cm de diâmetro, dura, lisa e de cor esbranquiçada. Hipótese diagnóstica de tumor, a esclarecer. Procedeu-se a biopsia excisional, revelando na histopatologia tratar-se de verruga vulgar, implantada na espessura total da pele, fazendo uma elevação na superfície cutânea. Houve recorrência local da verruga com as mesmas características , nova e mais ampla excisão realizada para cura do processo viral. Apesar da necessidade da realização de duas cirurgias excisionais, o resultado final foi excelente, sem seqüelas. Discussão As verrugas vulgares podem ser tratadas com aplicações tópicas queratolíticas, até cáusticos potentes, passando pelo nitrogênio líquido, laser e eletrodessecação, entre outros métodos. Não é recomendada, até mesmo contra-indicada a remoção cirúrgica cruenta pela grande chance de haver disseminação do processo viral. O caso apresentado não se prestou ao diagnóstico clínico imediato, no que resultou na opção cirúrgica cruenta, com excelente resultado. Código: 19042 Título: A CONTRIBUIÇÃO DA DISCIPLINA DE GERONTOLOGIA SOCIAL NA FORMAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS NA MODALIDADE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (EAD) Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Michelle Bertóglio Clos; Eliana Souza; Resumo: O presente estudo é resultado da análise dos elementos que compõe a disciplina Tópicos Especiais em Serviço Social I – Gerontologia Social no curso de graduação em serviço social na modalidade Ead, Universidade Luterana do Brasil/ULBRA. Esta disciplina compõe o currículo do curso na condição de eletiva e teve inicio no primeiro trimestre de 2011. Desta forma tem-se como objetivo geral discutir a contribuição da disciplina Tópicos Especiais em Serviço Social I – Gerontologia Social na capacitação de graduandos de Serviço Social a partir da análise do conteúdo disponibilizado no ambiente virtual. E como objetivos específicos verificar em que medida as ferramentas e conteúdos do ambiente virtual contemplam a capacitação dos alunos para intervenção junto aos Serviços Gerontológicos; refletir sobre a dimensão do cuidado na intervenção do assistente social junto a idosos em situação de risco e vulnerabilidade social. Metodologia: Mapeamento do número de alunos matriculados nesta disciplina no período de fevereiro de 2011 a abril de 2012. Análise das ferramentas da plataforma virtual Net Aula: Fóruns de Conteúdo, Atividades Avaliativas, material didático e Plano de tutoria presencial. Resultados: A disciplina analisada teve 2.909 graduandos de serviço social matriculados no período de fevereiro de 2011 a maio de 2012 em 21 estados do Brasil. Através de levantamento realizado na ferramenta fórum de conteúdo os principais serviços identificados como campo de atuação do assistente social são as ILPs e os CRAS/CREAS. Na identificação do processo de trabalho ficou evidenciado que o assistente social não é o cuidador principal, mas torna-se referência para idosos e cuidadores na prevenção da violência doméstica e institucional e na mediação das relações familiares com idosos em situação de risco e vulnerabilidade social. Conclui-se que a disciplina contribui na disseminação de orientações e informações referente às políticas sociais voltadas a população idosa. O material disponível no ambiente virtual disponibiliza acesso a documentos públicos importantes, mas é preciso incentivar bibliografias em formato digital, fomentar a discussão referente a atuação do assistente social na promoção do cuidado e da garantia de direitos de idosos em situação de risco e vulnerabilidade social. Código: 19053 Título: A ÉTICA DO CUIDADO E A INTERDIÇÃO DE IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Anelise Crippa Silva; Carla Helena Augustin Schwanke; Resumo: INTRODUÇÃO: Quando falamos de ética nos referimos à conduta humana enquanto boa ou ruim. Essa conduta é norteada por idéias e valores de uma determinada sociedade em uma determinada época. Os dilemas éticos abrangem a vulnerabilidade do ser humano, incluindo o ser humano idoso e pedem ações eficazes de cuidado a fim de resguardar essa vulnerabilidade também na terceira idade. Atualmente, com o envelhecimento da população e as doenças decorrentes deste processo, vem se buscando, através dos processos de curatela, a interdição – o que pode ser uma conduta intervencionista de cuidado ou não. OBJETIVO: Verificar a argumentação utilizada pelos magistrados do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), para deferir ou indeferir as solicitações de interdição. METODOLOGIA Analisar todas as decisões judiciais do TJRS referente aos pedidos de interdição de idosos. RESULTADOS: Foram encontradas seis decisões judiciais, datando de 1985 a 2002. Apenas uma das decisões não se referia à pedidos de interdição de idoso, mas sim uma demanda de interdição de uma instituição de longa permanência (ILPI). Verifica-se que não basta ter alguma enfermidade e idade avançada para recorrermos à interdição. A velhice não é motivo para a interdição. Esses casos são freqüentemente negados em nosso Tribunal. Ademais, não basta querer proteger uma possível herança e impedir que o idoso usufrua como desejar de seus recursos financeiros, impedindo-o com o instrumento da interdição. CONCLUSÃO: Apesar do processo de interdição ser imprescindível para muitos casos, é preciso analisar cada caso específico com muita cautela, pois o idoso que depende de cuidado pode estar sendo enganado por aquele que deveria protegê-lo e, ao invés disso, busca no processo de interdição o lucro proveniente dos bens e rendimentos do idoso. Palavras-chave: idoso, cuidado, interdição legal. Código: 18963 Título: A RELAÇÃO ENTRE QUEDAS E FATORES PSICOSSOCIAIS EM UMA AMOSTRA DE IDOSOS RESIDINDO EM COMUNIDADE NO BRASIL Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Patricia Morsch; Julie McLaughlin; Dena Shenk; Louise Murray; Angelo Jose Goncalves Bos; Resumo: No Brasil 1 em cada 3 idosos cai a cada ano. As quedas nos idosos estão associadas a um aumento das internações hospitalares e admissão em instituições de longa permanência, assim como a um aumento de incapacidade funcional. Pesquisas na área do envelhecimento relatam vários fatores de risco para quedas, incluindo os relacionados as condições físicas do idoso e ao ambiente. Entretanto, a relação entre quedas e fatores psicossociais tem sido menos explorada. Através da análise de um banco de dados secundário, esta pesquisa avaliou a relação entre fatores psicossociais e quedas em idosos residindo em comunidade no estado do Rio Grande do Sul. Os fatores psicossociais analisados foram: idade, sexo, raça, escolaridade, renda familiar mensal, frequência com que os entrevistados saem de casa e participam de eventos sociais, auto-percepção de saúde, dificuldade em dormir, redução de atividades devido a problemas emocionais, freqüência em que os entrevistados sentem-se calmos e relaxados, e presença de depressão ou ansiedade. A análise foi conduzida através de tabulação cruzada e teste do qui-quadrado. Os resultados iniciais foram controlados para idade, sexo e renda. Concluiu-se que a maioria dos fatores psicossociais estudados tem uma relação significante com quedas e a relação varia em determinados grupos. Esta pesquisa é relevante para incrementar o conhecimento existente sobre quedas. Código: 19046 Título: A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE ALGUNS IDOSOS SOBRE O CUIDADO INSTITUCIONAL CONFESSIONAL: RELATOS DE LONGA PERMANÊNCIA ASILAR. Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Michele Barrientos Garcia; Eliana Anjos Furtado; Rosane Papaleo Freire; Resumo: Este trabalho apresenta uma discussão acerca da representação social que alguns idosos residentes em três instituições de longa permanência da cidade de Porto Alegre/RS têm em relação ao cuidado que estas oferecem. Buscou-se colher informações de residentes que tivessem um longo período de permanência asilar pelo fato de que, desta maneira, a institucionalização já faz parte da história de vida dos sujeitos e assim podem perceber processos de transformação pelos quais as instituições passaram ao longo dos anos. As instituições escolhidas são de cunho confessional pelo histórico dos processos de criação das mesma, pois as primeiras a surgir foram nos modelos confessionais e então é maior a probabilidade de encontrar sujeitos com longos períodos de permanência. Os principais objetivos deste trabalho foram analisar os conceitos de cuidado internalizados por residentes de Instituições de Longa Permanência para Idosos de caráter confessional que sejam moradores de longa data e discutir o perfil de cuidado e do sujeito cuidado que se encontra em situação asilar de longo prazo. Este estudo é de cunho qualitativo e teve como método a coleta de dados a partir da história de vida, e para a obtenção dos resultados utilizou a análise do conteúdo. Os resultados mostraram que a representação social de alguns idosos sobre o cuidado é permeada pelo entendimento de que este se dá através de um conjunto de técnicas, como o auxilio nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs), e que há questões importantes que contribuem de forma negativa ou positiva para a realização do mesmo, como a amizade entre os residentes e o poder econômico. Deus aparece como aquele que também cuida, mas concedendo situações favoráveis ao autocuidado, principalmente nos momentos de maior isolamento. A partir das histórias de vida coletadas, é possível pensar que a representação social destes idosos sobre o cuidado se dá pelo modelo hospitalocêntrico de atendimento às questões de saúde, que visa somente a cura das injúrias, por ser este o modelo de promoção de saúde que os mesmos vivenciam, pois os serviços de saúde estão amplamente fundamentados na dicotomia saúde-doença. É possível projetar que dentro de alguns anos, a partir da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), das estratégias de cuidado descentralizado e a luta para que o governo os mantenha, haja uma transformação na representação social dos “novos” idosos que virão. Código: 19010 Título: A UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS POR IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Daiane Porto Gautério; Silvana Sidney Costa Santos; Danielle Adriane Silveira Vidal; Bibiane Moura da Rosa; Roger da Silva Fontoura; Edimilson Pereira dos Santos; Resumo: As pessoas idosas representam o grupo mais exposto a problemas relacionados ao uso de medicamentos. A alta prevalência de doenças crônicas, o poder da indústria farmacêutica e do marketing dos medicamentos, a prática da automedicação, a consulta a diversos especialistas e a medicalização, presente na formação de parte expressiva dos profissionais da saúde, são alguns dos determinantes do alto consumo de fármacos nesta faixa etária. O Critério de Beers-Fick, elaborado nos Estados Unidos, é o método mais utilizado para avaliar as características, com relação aos efeitos, dos medicamentos prescritos aos idosos. O objetivo deste estudo foi identificar os medicamentos impróprios, consumidos por idosos residentes em uma ILP, em um município do sul do Brasil; tendo por base o primeiro critério de Beers-Fick. Estudo descritivo e quantitativo, por meio de dados de um banco originado da pesquisa: “Perfil de idosos residentes numa Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPIs): proposta de ação de enfermagem/saúde”. Foram entrevistados 53 idosos no quais a prevalência de uso de medicamentos foi de 73,59%. Entre os 39 idosos que utilizavam medicamentos, a média de uso foi de 3,7 medicamentos por idoso, variando de 1 a 8, sendo que 89,7% deles utilizavam dois ou mais medicamentos. Verificou-se que 14,7% dos medicamentos utilizados pelos idosos eram considerados impróprios. Os medicamentos utilizados, considerados impróprios para idosos, foram: diclofenaco, digoxina, clorpropramida, amiodarona, diazepam, lorazepam, amitriptilina, tioridazida, metildopa, óleo mineral, nitrofurantoína e fluoxetina. Além de serem considerados impróprios para pessoas em idades mais avançadas, os medicamentos utilizados pelos idosos do estudo, são potencialmente interativos o que aumenta o risco de ocorrer evento adverso relacionado ao uso de medicamento nesses indivíduos. Cabe salientar que cinco idosos do estudo consumiram mais que um fármaco impróprio concomitantemente o que aumenta mais ainda esse risco. A vulnerabilidade dos idosos a problemas relacionados ao uso de medicamentos é alta devido à complexidade dos problemas clínicos, necessidade de múltiplos fármacos e alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas inerentes ao envelhecimento. Diante do exposto, espera-se sensibilizar os profissionais de saúde a promover o uso racional de medicamentos dentre os idosos.DESCRITORES: Idoso. Instituição de Longa Permanência para Idosos. Uso de Medicamentos. Enfermagem. Código: 19014 Título: ACESSIBILIDADE DA PERIFERIA DA ZONA SUL DE SÃO PAULO: PERCEPÇÃO DE IDOSOS INDEPENDENTES Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Ana Paula Leal Loureiro da Silva; Denise Salvador Morante Mazzaferro; Ermelinda Maria Bueno; Beltrina da Purificação Cortê Pereira; Resumo: Introdução: As grandes cidades brasileiras vem concentrando um número crescente de idosos, como é o caso de São Paulo, a maior metrópole do país. No entanto, observa-se que os equipamentos urbanos não estão adequados à uma população cada vez mais atuante na sociedade, cujas mudanças fisiológicas do seu processo de envelhecer alteram a capacidade de se adaptar ao espaço e vencer barreiras. Por isso, as cidades devem ser planejadas para promover e encorajar a independência e a autonomia, de forma que uma boa qualidade de vida possa ser proporcionada a todos os indivíduos. Objetivo: Identificar as impressões de idosos ativos, residentes na periferia de São Paulo, sobre o acesso às ruas. Metodologia: Aplicação de um questionário estruturado, contendo dez perguntas fechadas sobre acessibilidade nas ruas da periferia da Zona Sul de São Paulo, com 40 idosos moradores da região, no período de dezembro 2011 a fevereiro de 2012. Resultados: Todos os idosos entrevistados relataram encontrar no caminho de casa para os principais locais que frequentam (supermercado, farmácia, igreja, ponto de ônibus e casa de familiares/amigos) barreiras arquitetônicas que dificultam o acesso e apresentam riscos importantes de queda. 64% dos idosos já caíram nas ruas próximas a suas casas, desses, 77%, preferem ou não saem de casa sem companhia. Conclusão: Os idosos da periferia de São Paulo estão sujeitos a agravos à saúde e restrição da participação social devido a falta de acessibilidade das ruas que circulam. Na periferia a situação é agravada pelo descaso da administração pública e falta de atenção prioritária, provocados muitas vezes pela construção de edificações e equipamentos urbanos públicos que se tornaram grandes barreiras arquitetônicas impedindo, de maneira arbitrária, o acesso dos idosos. A pesquisa aponta para uma dificuldade da sociedade atual que não encontra acessibilidade nas ruas das cidades. Desta forma é fundamental a articulação entre as organizações públicas para que promovam ações integrais em busca de uma construção que vise a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbanos, tal como define a Associação Brasileira de Normas Técnicas. Código: 18993 Título: ACESSO E CONHECIMENTO DOS POSTOS DE SAÚDE POR PARTE DOS IDOSOS RESIDENTES NO RIO GRANDE NO SUL Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Andrea Ribeiro Mirandola; Joel Hirtz do Nascimento Navarro; André Ribeiro; Andressa Lewandowski; Claudine Lamanna Schirmer; Ângelo José Gonçalves Bós; Resumo: Palavras-chave: Sistema Único de Saúde, Idosos, Acesso Justificativa: Frente ao envelhecimento populacional que molda o século XXI, conhecer o acesso e o conhecimento que os idosos residentes no Rio Grande do Sul (RS) possuem em relação aos postos de saúde próximos às suas moradias, mostra-se como uma importante ferramenta para a gestão do Sistema único de Saúde (SUS). Diante deste fato, este estudo visa contribuir para que os gestores em saúde e profissionais da área possam articular ações que garantam a universalidade do SUS. Objetivos: Descrever a forma de acesso ao atendimento de saúde utilizado pelo idoso. Método: A população amostral foi de 7316 idosos, com 60 anos ou mais, homens e mulheres residentes em domicílios gaúchos. Questionou-se aos idosos qual serviço de saúde utilizado nos últimos seis meses, seu conhecimento em relação a existência de posto de saúde (PS) próximo e quanto ao uso deste serviço. Resultado: Quando verificado o último atendimento de saúde prestado aos entrevistados 47,9% responderam ser oriundo do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 40,5% dos entrevistados responderam não ter recebido o último atendimento do SUS . Em relação ao conhecimento sobre o PS 50% dos idosos usam frequentemente e 34,6% mencionam usar pouco o serviço. No que diz respeito aos motivos para não usar o PS, 15,3% referem não necessitar ir ao posto, 11,8% referem ser difícil agendar consulta e 9,8% preferem consultar médico particular Conclusão: O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988 e após duas décadas observamos que o PS ainda é desconhecido ou de difícil acesso para grande parte dos idosos entrevistados. A avaliação do estado de saúde da população idosa pode estar bastante associada à utilização dos serviços de saúde. Portanto, os inquéritos de saúde deveriam permitir avaliar com clareza o padrão de utilização dos serviços de saúde, identificando, também, as dificuldades encontradas pelos usuários do sistema, para que assim a universalidade do SUS seja alcançada. Código: 19009 Título: ADEQUAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS ÀS NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Danielle Adriane Silveira Vidal; Silvana Sidney Costa Santos; Diéssica Roggia Piexak; Bibiane Moura da Rosa; Roger da Silva Fontoura; Bruna Zortea; Resumo: O cuidado ao idoso com dependência, física ou psíquica, combinado com a falta de recursos econômicos e afetivos, torna-se, muitas vezes, um desafio para a família. Além disso, a escassez de serviços de suporte ao atendimento a pessoa idosa, torna, geralmente, a institucionalização uma solução adequada às famílias. Esta investigação justifica-se pelo aumento da parcela da população idosa no Brasil e pela contribuição que trará à reflexão da adequação das ILPIs às normas de funcionamento. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a adequação de uma ILPI às normas específicas de funcionamento definidas pela Resolução da ANVISA n° 283/2005. Realizou-se uma pesquisa-ação no Rio Grande do Sul, Brasil, entre os meses de agosto de 2009 a junho de 2010. Foram seguidas as 12 etapas da pesquisa-ação: Fase exploratória; O tema da pesquisa; Colocação dos problemas; Lugar da teoria; Hipóteses; Seminário; Campo de observação; Coleta de dados; Aprendizagem; Saber formal/ saber informal; Plano de ação e Divulgação externa. Foram participantes desta pesquisa: pesquisadoras, administradores e trabalhadores da área da saúde da instituição. A coleta dos dados ocorreu através de um seminário/reunião e entrevista semi-estruturada. Os idosos institucionalizados são particularmente mais vulneráveis às influências do ambiente por serem mais frágeis. Uma ILPI que atende as orientações legais voltadas aos institucionalizados e que possui profissionais habilitados, torna-se mais confiável e segura e tem maior oportunidade de manter a autonomia e capacidade funcional do idoso. As comparações realizadas entre os resultados da pesquisa e a as normas definidas pela Resolução da Diretoria Colegiada Nº 283, de 26 de Setembro de 2005 e a Resolução – N° 94, de 31 de Dezembro de 2007 da ANVISA revelaram um distanciamento entre o atendimento preconizado pela legislação e a capacidade real de atendimento da instituição. Como contribuição desse estudo no ensino espera-se sensibilizar os professores para a importância do gerenciamento das ILPIs; na pesquisa incluir a pesquisa-ação como escolha metodológica possibilitando que a academia assuma compromisso com a transformação da realidade da população/comunidade; na assistência, colaborar para disseminação do conhecimento das políticas voltadas para o idoso, propondo ações ao enfermeiro que atua em ILPI. Descritores: Idoso, instituição de longa permanência para idosos, enfermagem. Código: 18996 Título: ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Diogo Mello Rodrigues; Larissa Nogueira Freire; Sabrina Vilanova Cardoso; Nicole Bassani de Freitas; Rute Baltezan; Maira Rozenfeld Olchik; Resumo: Palavras-chave: Idosos, Fonoaudiologia e Instituição de Longa Permanência para Idosos Introdução: Por diminuir as capacidades biológicas, o processo de envelhecimento torna o organismo humano vulnerável, refletindo também nos aspectos fonoaudiológicos, levando a modificações que afetam desde a voz, até alterações como problemas de deglutição, linguagem, audição, entre outros. Desse modo, tornam-se necessários estudos que contribuam para uma melhor qualidade de vida no envelhecimento1-2 Objetivo: Traçar o perfil fonoaudiológicos de idosos moradores de uma Instituição de Longa Permanência. Método: Foram realizadas triagens enfocando aspectos fonoaudiológicos como: voz, deglutição, linguagem e audição em idosos institucionalizados durante o período de seis meses. Os dados foram coletados em forma de entrevista, uma vez por semana, respeitando a rotina de funcionamento da instituição. Resultados: Foram coletados 127 idosos e observou-se que 77 pacientes (60,6%) apresentam alteração da deglutição. As alterações de linguagem (compreensão e/ou expressão oral e/ou escrita) foram encontradas em 32 indivíduos (25,2%). Verificaram-se alterações de audição (32 indivíduos - 25,2%) e alterações vocais (em 18 indivíduos - 6,3%). Conclusão: Com base nos resultados, torna-se evidente as alterações fonoaudiológicas em idosos institucionalizados, mostrando a necessidade da atuação da fonoaudiologia. 1- Silva FML, Neves SRPC, Silva MMML. Processo de envelhecimento e suas alterações nos diversos sistemas orgânicos. JBM. 2005; 88(4):326. 2Furkim AM, Duarte ST, Hildebrandt PT, Rodrigues KA. A instituição asilar como fator potencializador da disfagia. Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):954-963 Código: 18968 Título: ANÁLISE DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MAIS FREQUENTES ENTRE UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS ATENDIDA PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, RS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Luísa Scheer Ely; Paula Engroff; Carina Duarte Venturini; José Celestino Borges Filho; Irenio Gomes; Geraldo Attilio De Carli; Resumo: Introdução: Os idosos são muito acometidos por doenças crônicas, o que induz à politerapia medicamentosa e ao aumento do risco de interações farmacológicas. As possíveis interações medicamentosas podem levar à ineficácia do tratamento e à piora da qualidade de vida do idoso. Objetivo: Analisar as possíveis interações medicamentosas entre os idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre, RS. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos do município de Porto Alegre pertencente a três postos de saúde da Estratégia Saúde da Família. Os idosos foram entrevistados no período de abril a junho de 2011 pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que foram devidamente treinados para a coleta dos dados. O instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo informações demográficas e quanto ao uso de medicamentos. As interações medicamentosas foram analisadas através do Software Micromedex Health Series. Resultados: Foram entrevistados 53 idosos que utilizam medicamentos, destes 33 (62,3%) mulheres e 20 (37,7%) homens com média de 69,1±7,7 anos. A média de medicamentos utilizada foi de 4,9. O número médio de interações graves ou moderadas por paciente foi de 2 interações, sendo que 11 (20,8%) idosos possuíam ao menos uma interação medicamentosa grave e 26 (49%) possuíam ao menos uma interação medicamentosa moderada. As interações graves mais encontradas foram decorrentes do uso combinado de ácido acetil salicílico e fluoxetina; diclofenaco de sódio e fluoxetina. Ambas as interações podem aumentar o risco de sangramento. As interações moderadas mais frequentes foram decorrentes do uso de ácido acetil salicílico com captopril, que pode interferir na eficácia do captopril, e o uso de hidroclorotiazida com captopril, que pode causar hipotensão. Conclusão: Um número significativo de idosos possuía alguma interação grave. A terapia medicamentosa desses idosos pode estar sendo ineficaz ou eles podem estar apresentando efeitos adversos negativos. A assistência farmacêutica é muito importante para prevenir interações medicamentosas, pois o farmacêutico pode orientar o uso correto da medicação, auxiliando o paciente a se organizar com a politerapia. Código: 19035 Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME METABÓLICA E CAMINHADA EM IDOSOS. Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Gabriele Zanotta Castiglioni; Leni de Araújo Leite; Vera Elizabeth Closs; Carla Augustin Schwanke; Irênio Gomes da Silva Filho; Maria Gabriela Valle Gottlieb; Resumo: Resumo: A síndrome metabólica (SM) é um distúrbio muito prevalente em populações idosas e agrega um conjunto de fatores de risco cardiovascular, como obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2, hipertrigliceridemia e HDL-colesterol diminuído. Diversos estudos têm indicado que a atividade física desempenha um papel importante na prevenção de fatores de risco cardiovascular, inclusive em idosos. Objetivo: avaliar a associação entre SM e a prática de caminhada em idosos atendidos no Ambulatório Antonio Carlos Araújo de Souza, do Serviço de Geriatria do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Métodos: estudo transversal, observacional, onde foram incluídos 75 idosos (61 mulheres e 14 homens) com idade acima de 60 anos. O diagnóstico de SM foi realizado através dos critérios do Executive Summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) 2001 Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (ATPIII) e a prática de atividade física foi avaliada pelo Questionário de Atividade Física Internacional (IPAQ) versão longa, sendo uma das variáveis em investigação o número de dias na última semana que o indivíduo caminhou por 10 minutos contínuos. Resultados: 65 (86,7%) dos idosos foram considerados com regularmente ativos, 3 (4,0%) muito ativos e 7 (9,3%) sedentários. 34 (45,9%) dos idosos foram diagnosticados com SM, sendo que 32 (53,3%) destes eram do sexo feminino, encontrando-se diferença estatisticamente significativa entre sexo e SM (p= 0,08). Também foi encontrada diferença significativa entre SM e o número de dias caminhados por semana. No caso, idosos com SM apresentaram uma média de 4,00±2,92 dias de caminhada/semana e idosos sem SM de 2,38±2,43 dias de caminhada/semana (p=0,013). Conclusão: caminhar por 10 minutos contínuos em média 4 dias por semana está associado com uma menor freqüência de SM, reforçando o papel desta prática na prevenção e modulação das doenças cardiometabólicas. Palavras-chaves: síndrome metabólica, idosos, atividade física. Apoio: Programa Nacional de Pós Doutorado (PNPD) da CAPES. Código: 18991 Título: AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE E QUEDAS EM IDOSOS: UMA REFLEXÃO CONTEMPORÂNEA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Joel Hirtz do Nascimento Navarro; Iride Cristofoli Caberlon; Claudine Lamanna Schirmer; Andrea Ribeiro Mirandola; Andressa Lewandowski; Ângelo José Gonçalves Bós; Resumo: Palavras-chave: Quedas, Saúde, Idosos. Justificativa: O presente trabalho, através da associação da autopercepção da saúde com a frequência de quedas em idosos residentes no Rio Grande do Sul (RS), pretende demonstrar este fenômeno e sua repercussão na vida desses indivíduos. Para que assim, sejam garantidas medidas promotoras de saúde a esse segmento populacional cada vez mais presente no Brasil atual. Objetivo: Verificar a associação da frequência de quedas com a autopercepção da saúde em idosos residentes no RS. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de 2010 a 2011. Foram entrevistados 7316 idosos nas suas residências através de um processo de amostragem aleatória em 59 cidades do RS. Os idosos foram questionados quanto ao número de quedas nos últimos doze meses e quanto a sua autopercepção de saúde. Os critérios de inclusão foram ter 60 anos ou mais de idade e aceitar participar da pesquisa. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado pelos comitês de ética da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Escola de Saúde Pública do RS (ESP). Resultados: Dos 7316 idosos entrevistados, 3781 eram mulheres que apresentaram média mensal de quedas de 1,05±4,17, enquanto os homens a média foi de 0,88±3,83. Idosos com autopercepção de saúde regular tinham risco 3,5 vezes maior de quedas quando comparados aos idosos com autopercepção de saúde boa. Já os idosos com autopercepção de saúde ruim possuem risco 5 vezes maior de sofrerem quedas quando comparados aos idosos com autopercepção da saúde boa. Esses resultados se mantêm mesmo quando ajustados por idade e gênero. Conclusão: Os resultados apontam para a possibilidade da relação entre queda e autopercepção de saúde dos idosos. Mostra-se necessária a implantação de políticas públicas de saúde que promovam a prevenção das quedas em idosos. O envelhecimento populacional no Brasil merece destaque, bem como a elaboração de medidas promotoras de saúde por parte dos gestores públicos. Código: 19056 Título: AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE GERAL E SAÚDE ORAL DOS IDOSOS DO RIO GRANDE DO SUL Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: ANDRESSA LEWANDOWSKI; ANDREA RIBEIRO MIRANDOLA; CLAUDINE LAMANNA SCHIRMER; ÂNGELO JOSÉ GONÇALVES BÓS; Resumo: Introdução: Autopercepção da saúde é a interpretação pessoal de experiências positivas ou negativas a respeito da saúde no contexto da vida diária. Em idosos, a percepção também pode ser afetada por valores pessoais, como a crença de que algumas dores e incapacidades são inevitáveis nessa idade. A percepção em saúde geral e oral está associada aos aspectos físicos e subjetivos e é influenciada por fatores sociais e econômicos, pela idade, sexo e classe social do indivíduo. A autopercepção da saúde oral tem sido bastante estudada e vem sendo percebida de modo diferente por indivíduos, sociedades e gerações, mostrando a diversidade de experiências e valores dos idosos. No entanto, ainda existem muitos desafios, principalmente no que diz respeito ao não reconhecimento da saúde oral como parte integrante da saúde geral do indivíduo. O estudo Perfil dos Idosos do RS foi baseado no Guia da Cidade Amiga do Idoso proposto pela Organização Mundial da Saúde visando observar e quantificar as diferentes dimensões do Envelhecimento Ativo envolvendo 59 cidades do RS. Objetivos: Relacionar a autopercepção de saúde geral e a autopercepção de saúde oral. Método: Foi aplicado o instrumento em 7316 idosos (homens e mulheres) selecionados aleatoriamente na residência dos mesmos. Aos resultados da autopercepção de saúde geral e saúde oral foram atribuídos valores crescentes de 1 a 5. Desta forma pessoas que responderam a autopercepção de saúde (tanto geral quanto oral) como péssima receberam o valor de 1 e as que responderam a como ótima receberam o valor de 5. Regressão linear foi utilizada para testar a correlação entre as duas autopercepções de saúde. Resultados: Observou-se que a saúde geral foi considerada boa ou ótima em 69,4% dos entrevistados, este foi o mesmo percentual de idosos que consideraram sua saúde oral boa ou ótima. Um número pequeno de entrevistados considerou sua saúde geral (4,9%) e oral (2,4%) má ou péssima. A correlação entre saúde geral e oral foi muito significativa (p<0,0001). Catorze por cento da saúde geral explica o comportamento da saúde oral. Conclusões: Os resultados deste estudo revelaram que a maioria dos idosos entrevistados avaliou positivamente tanto a saúde geral quanto a oral. Observamos que quanto melhor a saúde oral melhor era a saúde geral dos entrevistados. Uma boa saúde oral é de extrema importância para a manutenção da saúde geral, contribuindo para o bem-estar físico, psíquico e social do paciente. Código: 19005 Título: AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE E EQUILIBRIO/AGILIDADE EM IDOSOS PARTICIPANTES DE PROJETO DE LAZER Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Eliane Mattana Griebler; Andrea Kruger Gonçalves; Eliane Jost Blessmann; Ariane Silveira Dias; Eduardo Hauser; Resumo: O objetivo do estudo foi comparar a aptidão física de idosos participantes de um projeto de lazer, praticantes de exercício físico nas variáveis: flexibilidade de membros inferiores (FLEXMI) e superiores (FLEXMS) e equilíbrio/agilidade (EQ/AG). A amostra foi composta por 40 indivíduos (sendo 35 mulheres e 5 homens) com idade igual ou superior aos 60 anos participantes de um projeto de extensão universitária que tem como ação desenvolver exercícios físicos organizados em diferentes modalidades (ginástica, alongamento, hidroginástica, jogging aquático, musculação, dança, jogos adaptados). Todos idosos que aceitaram participar do estudo ao longo do ano foram aceitos, desde que tivessem freqüência de no mínimo 75% no projeto, tendo sido assinado um termo de consentimento livre e esclarecido. Os testes foram realizados na forma de pré teste (abril de 2010) e pós teste (dezembro de 2010). Foi utilizada a bateria de testes de Rikli e Jones para avaliar a FLEXMI, FLEXMS e EQ/AG. Para medir a FLEXMI foi utilizado o teste de “sentar e alcançar”, enquanto para FLEXMS utilizou-se o teste de “alcançar atrás das costas”. O EQ/AG foi aferido a partir do teste “levantar e deslocar-se 2,44m”. Os idosos integrantes do estudo realizavam algum tipo de modalidade de exercício no mínimo duas vezes por semana durante os meses de abril a novembro de 2010. A análise de dados foi realizada a partir do test ´t´ para amostras dependentes no programa estatístico SPSS. Estes dados permitem uma caracterização básica da amostra. Através da análise dos resultados foi possível constatar que ocorreu melhora nas três variáveis avaliadas. A partir da análise identificou-se que a FLEXMI no pré teste foi 3,64 cm e no pós teste foi 6,53 cm, aumentando a amplitude articular. Já a FLEXMS, no pré-teste obteve a média de -4,51 cm e no pós teste houve um ganho, pois o valor chegou a -1,99, indicando maior arco de movimento pela aproximação entre os segmentos. A variável flexibilidade indicou o maior ganho entre as duas avaliações, tanto nos membros inferiores como nos superiores. O EQ/AG indicou também um resultado positivo ao longo do ano, pois inicialmente a média foi 5,57 seg. e no final do ano foi 4,44 seg., indicando uma redução no tempo gasto no teste para percorrer a distância de 2,44m. Os testes de FLEXMI, assim como o EQ/AG indicaram diferença estatística significativa entre o pré e o pós teste, indicando a influência dos exercícios na melhora dos resultados. Código: 19034 Título: AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Ariane Silveira Dias; Andréa Kruger Gonçalves; Vanessa Dias Possamai; Eliane Mattana Griebler; Eduardo Hauser; Jaqueline Oliveira Krischke; Resumo: O objetivo desse estudo foi de avaliar a presença de sintomas depressivos e a qualidade de vida em idosos praticantes de atividade física regular, divididos em três faixas etárias. Os idosos são participantes de um projeto de extensão universitária que oportuniza exercícios físicos organizados em diferentes modalidades (ginástica, alongamento, hidroginástica, jogging aquático, musculação, dança, jogos adaptados). Os indivíduos foram divididos de acordo com a faixa etária da seguinte forma G1= 60 a 69 anos (34 participantes md=62,41±4,02), G2 = 70 a 79 anos (24 participantes md=73,25±2,67) e G3 = 80 anos e mais (11 participantes md=81,73±2,61). Para mensurar os sintomas de depressão foi utilizado o protocolo GDS e para a qualidade de vida foi aplicado o SF-36. A análise de dados foi realizada através do Anova One-Way para comparação da média entre os três grupos de estudo, com nível de significância 95%. Os resultados do SF-36 (somatório) foram: G1 = 117 (± 14,78), G2 = 115 (± 17) e G3 = 108 (± 16); para GDS: G1= 6,44 (±1,56); G2= 6,13 (±1,45); G3= 6,45 (± 1,92). A ANOVA não indicou diferença estatística significativa entre os grupos, tanto na avaliação do SF como do GDS, apesar da diferença de idade. A pontuação máxima do SF36 é de 120 pontos, enquanto do GDS a pontuação média de 6 pontos indica depressão leve a moderada. Percebe-se que os idosos praticantes de exercícios físicos possuem uma avaliação de qualidade de vida satisfatória, embora haja presença de sintomas de leves a moderados de depressão, indicando que a diferença de idade entre os três grupos não parece influenciar essas avaliações. Código: 18954 Título: AVALIAÇÃO DE TERAPIA OCUPACIONAL PARA ADULTOS E IDOSOS – UMA ATIVIDADE DE CRIAÇÃO COLETIVA EM SALA DE AULA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Camilla Oleiro da Costa; Cíntia Viviane Ventura da Silva; Pâmela Catiusce Medeiros; Raquel Pedroso Mota; Débora Lee; Resumo: A terapia ocupacional (TO) aplicada à gerontologia é um campo que vem sendo bastante trabalhado e desenvolvido na esfera acadêmica; porém, ainda faltam instrumentos específicos de avaliação nessa área. É através da avaliação que o terapeuta ocupacional identifica os problemas da clientela e estabelece objetivos de tratamento, traçando a conduta adequada. Objetivos: Fazer revisão bibliográfica das avaliações e protocolos existentes na área de atendimento a adultos e idosos em TO. Criar um instrumento de avaliação de TO para adultos e idosos que será utilizado nas atividades práticas na disciplina de Intervenções da Terapia Ocupacional na vida adulta e idosos do mesmo curso da Universidade Federal de Pelotas. Método: A partir das aulas ministradas na disciplina, da revisão bibliográfica e da pesquisa de protocolos e avaliações existentes na literatura da TO, os alunos deverão desenvolver uma avaliação para ser administrada e usada nas atividades práticas da disciplina. Resultados: Foi desenvolvida uma avaliação bastante abrangente das áreas, contextos e componentes de desempenho da TO para uso com adultos e idosos. Respeitando as áreas de atuação na disciplina (atendimento ambulatorial e hospitalar), os alunos puderam conhecer protocolos e avaliações referenciados, conhecendo melhor os instrumentos e se familiarizaram com a prática de avaliação. Através de estudos em sala de aula e revisão bibliográfica é possível agregar valor à atuação terapêutica ocupacional dos acadêmicos. Código: 19021 Título: AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA Tema: Gerontologia Modalidade: Oral Autores: Eliane Mattana Griebler; Vanessa Dias Possamai; Andrea Kruger Gonçalves; Ariane Silveira Dias; Jaqueline Oliveira Krischke; Valéria Feijó Martins; Resumo: A queda de idosos é um fator comprometedor da saúde, e apesar de ocorrerem com pessoas de todas as idades, quando acontecem com idosos às conseqüências passam a ser significativas. A partir de estudos realizados pelo campo da saúde, percebe-se cada vez mais o benefício que a atividade física traz para essa população que, além de desenvolver as capacidades físicas (força, resistência, flexibilidade), desenvolve a capacidade funcional (capacidade de realizar as atividades da vida diária). A partir disso, nesse trabalho, temos como objetivo avaliar o risco de quedas em idosos praticantes e não praticantes de atividade física regular supervisionada, comparando níveis de força, flexibilidade e equilíbrio/agilidade. A amostra foi composta por dois grupos. O Grupo 1 (G1) composto por 6 mulheres, com idade média de 61,16 anos, sendo o mais velho com 75 e o mais novo com 47 anos, não praticantes de atividade física regular. O Grupo 2 (G2) composto por 17 indivíduos, 15 mulheres e 2 homens, com idade média de 72,11 anos, sendo o mais velho com 87 e o mais novo com 60 anos, e praticantes de atividade física com, no mínimo, uma frequência de duas vezes por semana em um projeto de extensão universitária. Para analisar o risco de quedas foi utilizado o teste “alcance funcional”. Para avaliar força de membros inferiores (FMI) utilizou-se o teste “sentar e levantar”, enquanto para flexibilidade de membros inferiores (FlexMI) utilizou-se o teste de “sentar e alcançar”, esses dois testes correspondem a bateria de testes de RIKLI & JONES. A análise de dados foi realizada a partir do teste “t” para amostras independentes, no programa estatístico SPSS. O teste de FMI obteve uma média de 14 repetições para o G1 e 21,53 no G2. O resultado de FlexMI foi de 5,25 cm no G1 e 2,5 cm no G2. O valor obtido no teste de alcance funcional foi de 37,63 cm no G1 e 30,16 cm no G2. No G1 o risco de queda se mostrou ausente em 66,7% da amostra, enquanto no G2 esse número foi de 93,8%. Percebe-se que embora não tenha havido diferença estatística entre os dois grupos na maioria das variáveis avaliadas, com exceção da FMI, o grupo praticante indica melhores resultados em todas as variáveis. A classificação do risco de quedas apresentou também resultados positivos no grupo praticante de atividade física. A partir dos resultados pode-se verificar a relevância da atividade física orientada para idosos na redução do risco de quedas, influenciando na qualidade de vida. Código: 19011 Título: AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE IDOSOS DOMICILIADOS EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Danielle Adriane Silveira Vidal; Bibiane Moura da Rosa; Bianca Silveira Urquia; Silomar Ilha; Chiara Maria de Souza Strapasson; Silvana Sidney Costa Santos; Resumo: À medida que a idade avança, crescem as possibilidades de limitações na funcionalidade, o que ocasiona a dependências dos idosos. A funcionalidade é verificada quando se fala em cuidados de saúde ao idoso, tendo-se em mente a manutenção de seu estado de saúde e prevenção de doença, visando à garantia de sua autonomia e independência. Assim, foi objetivo deste estudo delinear o perfil funcionalidade para a realização de atividades básicas de vida diária de idosos cadastrados em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família. Pesquisa de natureza quantitativa, do tipo descritiva, realizada em uma Unidade de Estratégia em Saúde da Família ESF localizado no Rio Grande do Sul, Brasil. Os sujeitos da pesquisa foram 109 indivíduos com 60 anos e mais, cadastradas em uma unidade de ESF. A coleta de dados foi realizada no domicilio do idoso, quando foram avaliados quanto às atividades básicas de vida diária. O instrumento de coleta dos dados foi o Índex de Independência nas Atividades de Vida Diária. O projeto de pesquisa teve parecer favorável de um comitê de ética local, sob o parecer nº133/2011. Os dados foram agrupados/organizados para tratamento estatístico descritivo, utilizando-se o programa Excel. Dentre os resultados destacam-se: faixa etária predominante entre 60-69 anos (43%), mulheres (69,7%), casados (42,2%), ensino fundamental incompleto (78,8%), católicos (57,8%); aposentados (56%); Nas atividades básicas de vida diária: os idosos pesquisados apresentavam dependência total principalmente em relação a vestir-se (5,5%) e banhar-se (2,7%) Destaca-se que 14,7% dos entrevistados necessitavam de algum tipo de auxílio quando considerada a continência. Percebeu-se que as mulheres idosas mostram-se mais independentes que os homens. O aumento da dependência do idoso torna o cuidado um desafio para a família, que muitas vezes, não está preparada. A dependência do idoso, muitas vezes, é vista como algo natural e esperado, contudo, sabe-se que é possível realizar a reabilitação do idoso para que recupere a capacidade de realizar uma ou outra atividade de vida diária. Portanto, há necessidade que os serviços de saúde e os profissionais atuantes, principalmente nas unidades das ESF, procurem agir na prevenção de incapacidades e recuperação da funcionalidade dos idosos sob sua responsabilidade. Descritores: Idoso, Avaliação Geriátrica, Enfermagem. Código: 19043 Título: CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSOS COM E SEM SÍNDROME METABÓLICA ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Isadora de Souza Rodrigues; Paula Engroff; Vera Elizabeth Closs; Carla Helena Augustin Schwanke; Maria Gabriela Valle Gottlieb; Irenio Gomes da Silva Filho; Resumo: Introdução: a síndrome metabólica (SM) é um complexo distúrbio que envolve um conjunto de fatores de risco cardiometabólicos conferindo aos seus portadores um risco elevado para doenças cardiovasculares (DCVs) e morte. Dentre os diferentes fatores de risco para as DCVs o sexo ocupa um papel de destaque e que também pode estar associada a etiologia da SM. Objetivo: avaliar as características sóciodemográficas de idosos com e sem SM atendidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF) do Município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Métodos: estudo transversal prospectivo. Os idosos foram selecionados a partir 9 ESF do Município, de ambos os sexos e com idade superior a 60 anos. As variáveis sóciodemografias foram coletadas através de um questionário estruturado. O diagnóstico de SM foi obtido através do Third Report f the National Cholesterol Education Expert Panel on Detction, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adult Treament Panel-NCEP-ATPIII (NCEP-ATPIII). Um total de 161 idosos foi incluído na amostra. Resultados: dos 161 idosos, 83 (51,6%) são portadores de SM, enquanto que 78 (48,4%) não apresentaram esse distúrbio metabólico e 63 (39,13%) idosos são do sexo masculino e 98 (60,86%) femininos. Destes 26 (41,3%) homens eram portadores de SM e 57 (58,2%) mulheres eram portadoras de SM, verificando-se diferença significativa (p=0,036). Conclusão: o presente estudo mostrou que o sexo está associado com a SM em idosos atendidos pela ESF do Município de Porto Alegre. Código: 19001 Título: CÂNCER DE MAMA: DEPRESSÃO E MEDO DA MORTE Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: CLAUDIA ADRIANA FACCO LUFIEGO; Resumo: Este trabalho tem como objetivo mostrar os sentimentos despertados em mulheres com câncer de mama e o papel do psicólogo no processo do adoecer. O câncer de mama no Brasil é a segunda maior causa de óbito entre as mulheres e afeta o estado emocional do paciente e de sua família. Sentimentos de angústia, medo, ansiedade, raiva são despertados neste momento. O diagnóstico está correlacionado simbolicamente a “sentença de morte” ou “perda de algo”. O estudo avaliou 20 mulheres mastectomizadas, com idade entre 40 e 76 anos. A aplicação dos testes se deu durante as entrevistas com a psicóloga, respeitando o setting terapêutico e ocorreram em um hospital universitário. Foram utilizadas: Escala de Auto-Estima de Rosemberg e as Escalas de Beck (BDI, BAI). Resultado: os escores obtidos para a aplicação do BDI (Inventário Beck de Depressão), mostram que das 20 mulheres: 40% delas (8) apresentaram níveis Mínimos de depressão; 35% (7) níveis Leves e 25% (5) depressão em grau moderado. Nenhuma paciente obteve escore para qualificar como depressão em nível Grave.Os resultados do BAI mostraram os seguintes escores: 25% das mulheres com níveis mínimos de ansiedade; 40% com ansiedade em nível leve; 25% apresentando níveis moderados e 10% com níveis altos de ansiedade (Grave). Os resultados confirmam o que outras pesquisas já evidenciaram: de que a depressão e a ansiedade são os transtornos psicológicos mais prevalentes em mulheres com câncer de mama, embora em diferentes níveis. Os resultados da Escala de Auto-Estima de Rosemberg mostrou que 20% das mulheres tiveram uma sensível mudança em sua auto-estima e 80% evidenciaram uma redução mais acentuada em seu nível de auto-estima. Conclusão: constatou-se que o diagnóstico de câncer de mama está associado, simbolicamente, a morte e perda. Os sentimentos despertados são: medo da morte e da dor, angústia, ansiedade, raiva, assim como sintomas físicos: fadiga, problemas de sono, alterações na imagem corporal, redução da libido, mas tendo a ansiedade e depressão como transtornos mais prevalentes. O suporte psicológico auxiliar no enfrentamento dos problemas e reajustamento psicossocial. Porém, mais pesquisas são necessárias para comprovar a importância da Psiconcologia para a melhoria da qualidade de vida da paciente e sua família. PALAVRAS-CHAVE: CÂNCER DE MAMA; DEPRESSÃO; PSICONCOLOGIA Código: 18981 Título: CO-CONSTRUÇÃO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM JUNTO A IDOSOS COM DOENÇA CRÔNICA: REPENSAR A REFORMA, REFORMAR O ENSINO EDUCATIVO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Silvana Sidney Costa Santos; Resumo: O aumento da população idosa está atrelado há acréscimo das Doenças Crônicas, principais causas de morbimortalidade no mundo. A educação direcionada às pessoas com doenças crônicas é colaboração entre o profissional de saúde e o idoso/família e visa à construção e reconstrução do conhecimento por parte deste, sobre a doença e suas consequências. Tevese como objetivo co-construir com os docentes de um Curso de Graduação em Enfermagem potencialização do cuidado de enfermagem ao idoso com Doença Crônica Não Transmissível. Trata-se de pesquisa fundamentada na epistemologia da complexidade, referenciando-se no pensamento de Edgar Morin. A orientação metodológica aproxima-se da pesquisa-interação. A formulação de pesquisa utilizou as noções-entrecruzadas: escuta sensível, diálogo, constituição de um grupo pesquisador-coletivo, negociação, avaliação, mudança, processo, autorização e complexidade. Os aspectos éticos do estudo foram preservados e o projeto foi apresentado ao comitê de ética, obtendo parecer favorável. Metodologicamente ancorou-se nas temáticas: identificação do problema e contratualização; planejamento e realização em espiral; técnicas de pesquisa-ação; teorização, avaliação e publicação dos resultados. Nove docentes participaram do estudo. Emergiram três temas de pesquisa: 1) Tecnologias educacionais para o cuidado de enfermagem; 2) Promoção da saúde do idoso com Doença Crônica Não Transmissível; 3) Adesão ao autocuidado do idoso com doenças crônicas não transmissíveis. Verificou-se que a gerontotecnologia educativa propõe diminuir a disjunção entre as partes, aumentar a capacidade para responder aos desafios do cuidado de enfermagem junto aos idosos na complexidade da vida, serve como alicerce do processo de ensino educativo, favorecendo a aptidão natural da mente. O ensino diferenciado, com utilização de gerontotecnologias, possivelmente terá repercussão em enfermeiros com posturas profissionais, com complexas reflexões sobre a realidade do idoso com doença crônica. O desenvolvimento da aptidão para contextualizar o cuidado de enfermagem, tende a produzir a emergência do pensamento ecologizante no sentido em que situa todo acontecimento, informação ou conhecimento em relação de inseparabilidade com seu meio ecossistêmico. O pensamento unificador expressado nesta concepção abre-se de si mesmo para o contexto dos contextos: o ensino educativo na vida do idoso com doença crônica. Descritores: Idoso; Enfermagem; Doença Crônica. Código: 19026 Título: CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA ACERCA DA LEGISLAÇÃO VOLTADA AO IDOSO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Diéssica Roggia Piexak; Danielle Adriane Silveira Vidal; Bruna Zortea; Edaiane Joana Lima Barros; Edimilson Pereira dos Santos; Silvana Sidney Costa Santos; Resumo: Com o envelhecimento da população, as Instituições de Longa Permanência para Idosos mostram-se cada vez mais necessárias. O cuidado ao idoso com dependência física ou psíquica, combinado com a falta de recursos econômicos e afetivos pode se apresentar como um desafio para a família. Além disso, a escassez de serviços de suporte ao atendimento a pessoa idosa, torna a institucionalização uma solução viável. Assim, teve-se como objetivo verificar o conhecimento da equipe de enfermagem de uma Instituição de Longa Permanência acerca da legislação voltada ao idoso. Este estudo é parte da pesquisa intitulada: “Processo de enfermagem voltado à prevenção de quedas em idosos institucionalizados: pesquisa-ação”, realizada em uma Instituição de Longa Permanência no sul do Brasil. Como abordagem metodológica seguiu-se as doze etapas da pesquisa-ação. Os sujeitos do estudo foram os integrantes da equipe de enfermagem da referida instituição. A coleta de dados se deu por meio da realização de um seminário/reunião e aplicação de um formulário em maio de 2010. Como resultado verificou-se que a equipe de enfermagem possuía um conhecimento incipiente em relação à legislação voltada aos idosos. Destaca-se que é definido como competência do enfermeiro, requisitar à instituição infraestrutura adequada que responda as necessidades específicas de atendimentos à pessoa idosa. Ainda, apesar de conhecerem o prontuário do residente, os participantes não o utilizavam, embora compreendessem sua importância. O prontuário do residente para o idoso é o acervo documental, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados em saúde prestados, assim como todas as informações, exames, procedimentos e quaisquer informações pertinentes a essa assistência. Ainda, o prontuário constitui um instrumento que deve apresentar uma estrutura sólida, pois representa um documento com valor legal. A compreensão do processo de envelhecimento torna-se imprescindível ao cuidado direcionado para a população idosa, assim como a identificação de suas necessidades com a finalidade da manutenção de sua funcionalidade. O conhecimento acerca da legislação voltada ao idoso permite que a equipe de enfermagem busque por melhorias na Instituição de Longa Permanência com o intuito de qualificar o cuidado desenvolvido. Descritores: Idosos; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Enfermagem. Código: 18988 Título: CUIDADO DE ENFERMAGEM COMO REDE DE APOIO PARA FAMILIA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Ana Paula Zimmer Pez; Aline Krüger Ramos; Laurem Paz Salbego; Diana Baumgart; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Resumo: Introdução: O processo do envelhecimento ocasiona algumas alterações biológicas que acarretam na diminuição progressiva de algumas funções cognitivas, sensoriais e motoras. A ocorrência dos transtornos demenciais aumenta relativamente com a idade, sendo a doença de Alzheimer a que mais acomete os idosos, esta é doença neurodegenerativa incurável, em que medicamentos podem afetar seus sintomas, mas não retardar seu progresso. Calcula-se que no Brasil existam 1,2 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer. Objetivo: Refletir sobre o papel do enfermeiro como rede de apoio na compreensão dos familiares dos idosos acerca da doença de Alzheimer. Metodologia: Esta reflexão emergiu após vivência no projeto de extensão “EnvelheSER: promoção da saúde do idoso com doença de Alzheimer”, realizado no ano passado, para estudantes e população. Verificou-se a dificuldade de entendimento e a percepção dos familiares acerca das alterações vivenciadas pelo idoso com Doença de Alzheimer, bem como a importância do cuidado de enfermagem como apoio para estes. Resultados: O enfermeiro ao desenvolver o cuidado de enfermagem junto a familiares do idoso com Doença de Alzheimer pode ser a rede de apoio e ajuda na compreensão sobre a doença, possibilidade de ação para prevenção secundária ou terciária. Estas ações de cuidado desenvolvidas por meio de rodas de conversa, com participação ativa do idoso e familiar, apresentação de dúvidas beneficiam a saúde dos idosos, refletindo na melhoria da qualidade de vida das famílias, segundo depoimentos dos participantes. Emergiu a necessidade de maiores esclarecimentos e outras ações educativas como a realizada, pois a doença de Alzheimer ainda é tabu para muitos familiares que precisam cuidar de idosos com a doença. Conclusões: O desconhecimento acerca da patologia favorece o despreparo para atender o idoso com Alzheimer. As informações sobre como identificar os sintomas da doença são importantes para os familiares pois podem desenvolver prevenção secundaria ou terciária. O enfermeiro, ao desenvolver o cuidado de enfermagem pode tornar-se rede de apoio para o idoso e seus familiares, na compreensão acerca da patologia. Descritores: Idoso; Doença de Alzheimer, Cuidados de Enfermagem. Código: 18990 Título: CUIDADO DE ENFERMAGEM JUNTO A FAMÍLIA E AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Ana Paula Zimmer Pez; Laurem Paz Salbego; Aline Krüger Ramos; Diana Baumgart; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Resumo: Introdução: Atualmente a incidência do Diabetes Mellitus vem crescendo entre os idosos. No Brasil, com o aumento da expectativa de vida, espera-se aumento cada vez maior do número de diabéticos. O Diabetes Mellitus é terceira doença que mais acomete os idosos, é altamente limitante podendo causar amputações, nefropatias, cegueira entre outras que causam prejuízos à capacidade funcional, autonomia e qualidade de vida do idoso. Acreditase que as ações educativas, junto ao paciente, família e comunidade são fundamentais no controle da Diabetes Mellitus, pois as complicações estão ligadas ao conhecimento para o tratamento correto, cuidado pessoal diário adequando e ao estilo de vida saudável. Objetivo: Refletir sobre o cuidado de enfermagem junto ao idoso com Diabetes Mellitus. METODOS: Trata-se de reflexão que emergiu após vivência no projeto de extensão “Estratégias Teórico- Operacionais para o empoderamento dos idosos” - ênfase no Diabetes Mellitus, onde verificou-se resistentes dos idosos a adesão ao tratamento. Resultados No estudo realizado sobre cuidado do enfermeiro ao idoso portador de Diabetes Mellitus constatou-se que os idosos são resistentes ao tratamento visto que doença não tem cura e por não se adaptarem com as modificações exigidas para controle metabólico. Os profissionais da área da saúde, principalmente o enfermeiro, exerce papel fundamental no tratamento deste, podendo auxiliar no desenvolvimento de conhecimento e competências para o autocuidado. Conclusão: Os profissionais da enfermagem podem desenvolver atividades educativas para difundir conhecimento sobre o diabetes junto aos pacientes e comunidade. O idoso precisa ser estimulado a manter vida independente, adaptando-se as modificações exigidas pelo tratamento. Ações educativas podem contribuir na adesão ao tratamento melhorando a qualidade de vida. Acreditamos que, os grupos de educação propiciam qualificação na assistência prestada ao idoso, auxiliando na propagação de informações e orientações a serem transmitidas com agilidade e em conjunto, criando também forte elo entre profissionais, idoso, família e comunidade. O grupo de apoio se torna um espaço reflexivo importante para os idosos e seus familiares, permitindo que os mesmos sintam-se acolhidos e ouvidos em suas necessidades, disponibilizando um suporte para definir as estratégias mais criativas para adesão do tratamento e resultados positivos. Descritores: Idoso, Família, Enfermagem. Código: 18985 Título: CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA OS IDOSOS EM HEMODIÁLISE: REPRESENTAÇÃO SISTEMATIZADA PELA TEORIA FUNDAMENTADA NOS DADOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Julia de Moura Quintana; Silvana Sidney Costa Santos; Resumo: A Insuficiência Renal Crônica é o resultado final da destruição tecidual gradual e perda da função renal, possui alta morbimortalidade, induzindo realizar procedimentos de substituição, hemodiálise. Considerando a complexidade da vivência do idoso com doença crônica e a necessidade do tratamento dialítico é essencial a busca de meios que possibilitem ampliar o conhecimento acerca do cuidado de enfermagem ao idoso em hemodiálise. A compreensão como ação complexa torna-se necessário que a equipe de enfermagem esteja preparada, com presença de diálogo interno e externo para, conjuntamente, estabelecer planos de ação a curto, médio e longo prazos, que oportunizem um satisfatório enfrentamento da doença e do tratamento. O objetivo do estudo foi identificar a concepção dos idosos sobre o cuidado de enfermagem. Realizou-se pesquisa qualitativa alicerçada na Teoria Fundamentada nos Dados. Participaram dez idosos submetidos à hemodiálise, em uma Clínica de Hemodiálise localizada no Rio Grande do Sul/Brasil. Realizaram-se entrevistas durante as sessões de hemodiálise. Os aspectos éticos do estudo foram preservados e o projeto foi apresentado ao comitê de ética, obtendo parecer favorável. Os resultados desta pesquisa dividem-se em dois eixos temáticos: 1) o tratamento em hemodiálise com categorias: a) vulnerabilidade e submissão frente ao tratamento e b) recuperação da autonomia e qualidade de vida e o 2) cuidado de enfermagem em hemodiálise com categorias: a) competência profissional e b) Relações interpessoais permeando o ambiente do cuidado de enfermagem. A enfermagem possui papel importante principalmente quando se refere às particularidades de cada idoso, pois estes vivenciam de maneira particular a realidade do tratamento. O cuidado de enfermagem se relaciona intrinsecamente com à competência profissional e às relações interpessoais no ambiente da hemodiálise. Este ambiente propicia aos sujeitos envolvidos uma série de oportunidades para que sejam criados e mantidos vínculos os quais servem de subsídio para o cuidado de enfermagem ao idoso. Neste âmbito a concepção do idoso sobre este cuidado é fundamental para avaliação das ações realizadas e do ambiente de efetividade do cuidado de enfermagem. Descritores: idoso; cuidados de enfermagem; diálise renal. Código: 18966 Título: DIABETES MELLITUS EM IDOSOS: CONHECIMENTO DO DIAGNÓSTICO, TERAPIA MEDICAMENTOSA UTILIZADA E ANÁLISE DOS VALORES DE GLICEMIA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Fabiana Henriques Goularte; Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Pedro Luis Dinon Buffon; Karin Viegas; Geraldo Atillio De Carli; Resumo: Introdução: O aumento da prevalência do diabetes mellitus (DM) em países em desenvolvimento vem sendo observado nas últimas décadas. Essa doença acarreta outras comorbidades, além de contribuir para a queda da qualidade de vida dos idosos. Por isso é importante que o idoso tenha conhecimento de ser portador da doença para seguir um correto tratamento. Objetivos: Analisar se os idosos sabiam ter o diagnóstico de DM, se utilizavam hipoglicemiantes e como estavam os níveis séricos de glicose. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos do município de Porto Alegre e pertencentes a três postos de saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os idosos foram entrevistados em suas residências pelos Agentes Comunitários de Saúde que foram devidamente treinados pela equipe do projeto. O instrumento foi um questionário contendo dados gerais, sobre a saúde e a terapia medicamentosa utilizada. As coletas de sangue foram realizadas em jejum na ESF onde o idoso estava cadastrado e as amostras encaminhadas para o Laboratório de Bioquímica, Genética Molecular e Parasitologia do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS para a realização do exame da glicose. Os medicamentos utilizados foram classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical e considerado apenas os hipoglicemiantes. Resultados: Participaram da pesquisa 47 idosos, sendo 28 mulheres (59,6%) e 19 homens (40,4%), com média de idade de 68,2±6,9 anos. Da maioria dos 11 (23,4%) idosos que usam hipoglicemiantes, 7 (63,6%) possuíam idade entre 60-69 anos. Em relação aos valores de glicose, 13 (27,7%) apresentaram valores alterados no exame, e destes, 10 (76,9%) encontravam–se na faixa de idade entre 60-69 anos. A respeito do questionamento ao idoso sobre a existência da patologia, 37 (78,7%) diziam não ser diabéticos, porém 8 (21,6%) destes apresentaram glicose alterada e 3 (8,1%) usavam hipoglicemiantes, enquanto que dos 10 (21,3%) que diziam ter DM, 2 (20,0%) não usavam hipoglicemiantes (p<0,001). Do total dos idosos, 6 (12,8%) possuíam níveis de glicose alterados e não faziam uso de hipoglicemiantes (p<0,05). Conclusão: Pode-se observar que os idosos entrevistados não possuíam clareza quanto a serem diabéticos. Desta forma é importante verificar se o idoso possui conhecimento do diagnóstico da doença, se utiliza os hipoglicemiantes corretamente e como estão os valores de glicemia para assim planejar uma atenção específica para esta população. Palavras-chave: idosos, diabetes mellitus, hipoglicemiantes Código: 19040 Título: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALZHEIMER NA ESF: CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SALA DE ESPERA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Aline Krüger Ramos; Ana Paula Zimmer Pez; Diana Baumgart; Laurem Paz Salbego; Joice Moreira Schumalfuss; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Resumo: Introdução: no processo de envelhecimento ocorrem mudanças fisiológicas que acarretam declínio das funções cognitivas, os idosos podem necessitar de maior atenção com relação à saúde. A doença de Alzheimer é a demência que mais acomete os idosos, sendo uma patologia neurodegenerativa, incurável que torna o idoso dependente da ajuda de outros para realização das atividades de vida diária. O atendimento deficitário ao idoso e seus familiares pode relacionar-se com déficit de esclarecimentos efetivos sobre as questões relacionadas ao processo de envelhecimento e a doença de Alzheimer, aliados a situações de despreparo dos profissionais para atuação com esta clientela. Objetivo: desenvolver educação em saúde junto a comunidade usuária de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a doença de Alzheimer. Refletir sobre a atuação do enfermeiro neste contexto. Método: relato de experiência reflexivo baseado por vivencia de discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da uma Universidade Federal do Sul do Brasil. A educação em saúde ocorreu em sala de espera da unidade de saúde ESF, em abril de 2012, durante disciplina obrigatória do Curso. Como estratégias metodológicas foram utilizados folderes e roda de conversa. Resultados: o déficit de conhecimento sobre a doença de Alzheimer, incluindo seus sintomas, foi evidenciado nas falas dos participantes, assim como a dificuldade de diferenciação entre a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson. Constatou-se relevante interesse da população sobre a temática, pois alguns participantes identificaram os sintomas da doença em si mesmo ou em familiares. Os depoimentos evidenciaram que os participantes acreditavam que os sintomas que caracterizam a doença eram conhecidos como “caduquice” dos idosos ou “processo esperado do envelhecimento”. O cuidado de enfermagem pode promover a saúde proporcionando informações sobre a doença de Alzheimer, diferenciando o processo de envelhecimento, com intenção de auxiliar na melhoria da qualidade de vida destes e das famílias e comunidade. Conclusões: O enfermeiro ao desenvolver cuidado de enfermagem por meio da educação em saúde, pode utilizar o espaço da sala de espera para promoção da saúde dos indivíduos, famílias e comunidade. Ao abordar a doença de Alzheimer é essencial apresentação de informações sobre os sintomas e características da doença e processo de envelhecimento que se confunde com outras doenças, dificultando a identificação das eugerias ou patogerias. Código: 19039 Título: ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR NO TRATAMENTO DA DISFAGIA OROFARÍNGEA EM IDOSOS: ESTUDO DE REVISÃO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: MONIA PRESOTTO; DIOGO MELLO RODRIGUES; Resumo: Introdução: No idoso, muitas alterações fisiológicas vão ocorrendo no processo de deglutição, levando à ocorrência de disfagia, pois além dessas modificações, está mais propenso a afecções e ao uso de medicamentos (BIGAL et al., 2007). A eletroestimulação neuromuscular (EENM) vem sendo citada como tendo um importante papel em vários segmentos na clínica da reabilitação. Pode ser utilizada no aumento efetivo da força muscular, no tratamento das limitações da amplitude de movimento das articulações, para a redução da debilidade no desempenho neuromuscular, para a redução das debilidades de controle do movimento, nos músculos inativos e para favorecer a criação de um feedback que maximize o desempenho muscular após exercícios de contração muscular voluntária (GUIRRO e GUIRRO, 2002; PTOK E STARCK, 2008). Objetivo: Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a utilização da eletroestimulação neuromuscular no tratamento da disfagia orofaríngea em idosos. Métodos: O levantamento bibliográfico foi conduzido em base eletrônica de dados (Biblioteca Cochrane, Medline, e Scielo), com busca bibliográfica padronizada, utilizando-se as palavras-chave: Eletroestimulação, Transtornos da deglutição, idoso. Para o levantamento dos descritores, utilizou-se Descritores em Ciências da Saúde (DeCs), criado pela Bireme, em inglês e português. Não houve restrição no ano de publicação, ou seja, foram analisados os estudos até 2012. Para a inclusão dos artigos científicos levantados na busca foram selecionados apenas aqueles cujo resumo do artigo tivesse relação direta com o estudo. Resultados: foram incluídos seis estudos na revisão sistemática. A maioria dos estudos que refere a eletroestimulação neuromuscular são internacionais, e na literatura nacional há apenas dois estudos (SOARES et al., 2009; GUIMARÃES et al., 2010). Não foi encontrado, até o momento, um estudo específico para a eletroestimulação da disfagia orofaríngea em idosos, tanto na literatura nacional quanto na internacional. Conclusão: Este artigo de revisão mostrou que há escassez de publicações, e que a eletroestimulação neuromuscular na disfagia orofaríngea é uma alternativa de tratamento pouco explorada. Estas novas abordagens terapêuticas devem ser pesquisadas e validadas, para assim, tornarem-se mais um recurso na reabilitação de pacientes disfágicos. <br> <br>Palavras-chave: Eletroestimulação, Transtornos da deglutição, idoso. Código: 19038 Título: EMPODERAMENTO DOS IDOSOS COM DIABETES MELLITUS: ESTRATÉGIAS TEÓRICO OPERACIONAIS PARA COMUNIDADE E ESTUDANTES Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Aline Krüger Ramos; Ana Paula Zimmer Pez; Laurem Paz Salbego; Diana Baumgart; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Resumo: Introdução: O Diabetes Mellitus é doença crônica que acomete grande parcela da população idosa. A maioria dos idosos com diabetes tem dificuldade na adesão ao programa terapêutico: controle metabólico, plano alimentar, atividade física e terapêutica medicamentosa. O enfermeiro pode implementar ações educativas para promover o cuidado dos idosos junto a sua comunidade e aos estudantes. Objetivo: Desenvolver processo educativo junto aos estudantes e comunidade sobre a promoção da saúde do idoso com diabetes mellitus. Método: Realizado Simpósio Educativo “Estratégias teóricooperacionais para o empoderamento dos idosos”, em duas etapas: a primeira para a comunidade e a outra para estudantes, no ano de 2011. O local de realização destinado à comunidade foi no Centro de Convivência da cidade do interior do Rio Grande do Sul e para estudantes na Universidade Federal do Sul do Brasil. O simpósio consistiu num processo educativo presencial, com 15 horas de duração. A abordagem utilizada embasou-se em dinâmicas de grupo, diálogos, vídeos e álbum seriado. Ao final do evento, foi entregue cartilha educativa intitulada “Estratégias teórico-operacionais para o empoderamento dos idosos”, com informações que podem auxiliar os idosos com a viver melhor. Resultados: Verificou-se com relação à comunidade, que as pessoas apresentavam déficit de conhecimento sobre a etiologia do diabetes, as causas e consequências, os sintomas e tratamento, as ações realizadas auxiliaram no empoderamento dos idosos. Os estudantes conseguiram refletir sobre possibilidades futuras de ação como enfermeiros no cuidado de enfermagem, participando como agente de mudança, na criação de estratégias que consigam influenciar a qualidade de vida dos idosos, bem como melhor maneira de abordar esta temática, com inovação na construção do conhecimento individual e coletivo para empoderamento sobre a patologia. Conclusões: O enfermeiro ao implementar ações educativas junto ao idoso, família e comunidade através de estratégias que proporcionem amplitude de conhecimento auxiliam no empoderamento destes com repercussão para melhorias na qualidade no tratamento e na vida. Grupos educativos propiciam qualificação na assistência prestada ao idoso, auxiliando na propagação de informações e orientações a serem transmitidas com agilidade e em conjunto, além de fortalecer aliança terapêutica entre profissionais, idoso, família e comunidade. Código: 18976 Título: ENTENDIMENTO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA POR IDOSOS DO ESTUDO MULTIDIMENSIONAL DOS IDOSOS ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) DE PORTO ALEGRE-RS (EMI-SUS) Tema: Gerontologia Modalidade: Oral Autores: Samilla Roversi Guiselli; Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Eduardo Lopes Nogueira; Irenio Gomes; Geraldo Attilio De Carli; Resumo: Introdução: Nos últimos anos observa-se um crescimento da população idosa, o que leva a um aumento exponencial das doenças crônicas e consequentemente o uso de medicamentos. A prescrição de medicamentos constitui o procedimento terapêutico mais empregado, entretanto, muitos tratamentos não atingem os objetivos esperados, principalmente devido a dificuldades na compreensão da prescrição. A inadequada adesão da farmacoterapia pode agravar o quadro e o aparecimento de complicações. Objetivo: Avaliar o entendimento das prescrições médicas pelos idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos do município de Porto Alegre pertencente a três postos de saúde da Estratégia Saúde da Família. Os idosos foram entrevistados no período de abril a junho de 2011 pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que foram devidamente treinados para a coleta dos dados pela equipe do projeto. O instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo informações demográficas e quanto ao uso de medicamentos. Resultados: Foram entrevistados 53 idosos, 33 mulheres (62,3%) e 20 homens (37,7%) com média de idade de 69,1±7,7 anos. Quanto ao entendimento da prescrição, 34 (64,2%) idosos referiram entender a sua prescrição. Dos 19 (35,8%) idosos que não entendiam, 4 (21,1%) apresentavam baixa escolaridade (até 3 anos de estudo), 16 (84,2%) sabiam ler e 12 (63,2%) eram mulheres. Conclusão: O entendimento da prescrição é fundamental para um correto tratamento. O número de idosos participantes da pesquisa que não entendiam a prescrição foi considerado elevado sendo a maioria do sexo feminino, porém sem diferença significativa. Pelos dados analisados, a baixa escolaridade não é um fator muito influenciador, pois idosos que entendiam a prescrição também apresentaram baixa escolaridade. A característica da maioria dos idosos saberem ler, não é um fator determinante para o entendimento da prescrição. Deste modo, conclui-se que deve fazer parte de uma adequada prescrição não só a indicação do medicamento, como também uma orientação acessível para cada indivíduo, tanto pelo médico que prescreve, quanto pelo farmacêutico que dispensa o medicamento, sobre a utilização da terapia e de outras orientações de cuidados com a saúde. <br>Palavras-chave: Prescrição; Idoso; Entendimento Código: 19000 Título: ENVELHECIMENTO NEUROCOGNITIVO: IMPORTÂNCIA DE FATORES BIOLÓGICO E SOCIOCULTURAIS NO PROCESSAMENTO DE FUNÇÕES EXECUTIVAS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Charles Cotrena; Laura Branco; Caroline Cardoso; Cristina Elizabeth Izabal Wong; Rochele Paz Fonseca; Resumo: Introdução: Com os avanços das ciências aplicadas à saúde e o desenvolvimento de novas tecnologias em prevenção e tratamento, há um aumento expressivo da população mundial de idosos. Na neuropsicologia, há evidências de mudanças no processamento das funções executivas (FE) com o avanço da idade. Dada a natureza multicomponencial das FE, é necessário investigar quais componentes sofrem alterações com a idade, assim como quais permanecem preservados, além de investigar a influência de variáveis socioculturais, como escolaridade e frequência de hábitos de leitura e escrita (FHLE). Objetivo: Investigar se a idade, escolaridade e FHLE são fatores preditores da performance executiva (controle inibitório e flexibilidade cognitiva). Participaram do estudo 200 indivíduos saudáveis com idades entre 19 e 74 anos (M=40,56; DP=17,64) com no mínimo 5 anos de escolaridade formal (M=13,44; DP=4,88). Para avaliação das FE utilizou-se os instrumentos Hayling Test e Trail Making Test (TMT). Foram realizadas correlações de Pearson entre anos de idade, de escolaridade, e FHLE, e os escores dos Hayling e TMT Tests e uma regressão múltipla linear pelo método Stepwise. Resultados: Houve correlações positivas entre idade tempo e número de erros no TMT B, e correlação negativa entre FHLE tempo, número de erros no TMT B e na parte B do Hayling. A análise de regressão evidenciou que a idade teria maior poder explicativo para o TMT e a FHLE, maior poder explicativo para o desempenho no Hayling Test. A escolaridade não mostrou maior poder explicativo que as demais variáveis citadas. Conclusão: Estes resultados demonstram a influência tanto de fatores biológicos, como a idade, como de socioculturais, principalmente da FHLE nos processamentos executivos avaliados. Tais achados parecem reforçar as hipóteses de reserva cognitiva baseada em uma rotina de atividades que envolvam leitura e escrita ao longo do ciclo vital como fator protetivo de mudanças cognitivas negativas no envelhecimento em processamentos executivos. Código: 18965 Título: ESTUDO DAS PARASITOSES INTESTINAIS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, RS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Fabiana Henriques Goularte; Samilla Roversi Guiselli; Gabriele Carlos Cardoso; Geraldo Attilio De Carli; Resumo: Introdução: As enteroparasitoses constituem um grave problema de saúde pública no Brasil, e nos demais países em desenvolvimento, sofrendo variações de acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene. Na população idosa atual são raros os estudos publicados sobre infecções por enteroparasitos. Os parasitos intestinais contribuem no comprometimento do estado nutricional dos idosos e da sua saúde. Objetivo: Avaliar a prevalência das infecções enteroparasitárias nos idosos e descrever os parasitos encontrados. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos residentes no município de Porto Alegre e pertencente à região adstrita da Estratégia Saúde da Família (ESF). Os idosos foram entrevistados em suas residências pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Todos os ACS foram devidamente treinados para a coleta dos dados pela equipe do projeto. O instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo dados demográficos, condições e hábitos de vida dos idosos. Os idosos foram orientados quanto a coleta dos exames laboratoriais. As amostras de fezes foram encaminhadas para o Laboratório de Bioquímica, Genética Molecular e Parasitologia do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS e analisadas através da técnica de concentração espontânea e isolamento de larvas nematóides. Resultados: Participaram do estudo 428 idosos, 161 (38%) homens e 267 (62%) mulheres de 18 ESF do município de Porto Alegre. O exame parasitológico de fezes não foi realizado em apenas 20 (5%) da população. A prevalência de enteroparasitoses encontrada foi de 46 (11%) e os parasitos mais frequentes foram cistos de Endolimax nana 23 (45%), cistos de Entamoeba coli 16 (31%), cistos de Giardia lamblia 4 (8%) e ovos de Ascaris lumbricoides 3 (6%). Conclusão: embora sejam dados preliminares, a prevalência de enteroparasitos nos idosos da ESF de Porto Alegre é baixa, mas deve ser considerada, pois os idosos são uma população sensível, com sistema imunológico muitas vezes comprometido e debilitado o que pode levar à conseqüências graves de saúde. Palavras-chave: Idosos, Enteroparasitoses, Estratégia Saúde da Família. Código: 18957 Título: EXPECTATIVAS DO MERCADO CONSUMIDOR DE INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: DARLA S. R. RANNA; ANGELO J. G. BÓS; Resumo: INTRODUÇÃO:transformações na estrutura familiar contribuem para a falta de alternativas de cuidado do idoso. São desconhecidas as expectativas quanto aos serviços prestados pelas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), por parte do mercado consumidor.OBJETIVO:analisar expectativas das pessoas que buscam institucionalização para idosos em ILPIs privadas.MÉTODO:estudo descritivo, analítico transversal.A partir de um questionário estruturado foram entrevistadas 98 pessoas,familiares/responsáveis pelo idoso possível de institucionalização, estas Potenciais Tomadores de Decisão (PTD). RESULTADO:Os PTDs eram na maioria mulheres, filhas ou netas, 25% desses tinha má percepção formada, 25%tinha boa percepção e a metade não tinham opinião formada a respeito das ILPIs.Os principais motivos de uma institucionalização foram dependência para as atividades de vida diária, vontade do idoso e deficiências na estrutura familiar. Maior preocupação quanto aos aspectos de atenção à saúde e cuidado do que com o funcionamento legal e estrutural das ILPIs bem como garantia de visita aberta a familiares e amigos. Entretanto a maioria manifestou sua preocupação quanto ao receio de o idoso não ser bem cuidado na instituição. Também não foi observada a importância quanto à presença de equipe multiprofissional, sendo avaliada somente com indispensável, pela maioria a presença do médico e enfermeiro. A capacitação formal dos cuidadores foi elencada como importante em detrimento a presença de cuidadores não capacitados formalmente. O preço referido como considerado pagável pelos PTDs, para a mensalidade da ILPI está relacionado com o valor da aposentadoria do idoso. Entretanto, a maioria dos entrevistados referiu que as responsabilidades financeiras e o cuidado com a saúde do idoso seriam compartilhados entre os membros da família. CONCLUSÃO: a dependência para AVDs, a falta de estrutura familiar e a vontade do próprio idoso foram principais motivos de uma possível institucionalização. As ILPIs ainda são instituições que a comunidade não tem uma percepção concreta acerca dos serviços e atividades fim. A hegemonia médica ainda prevalece sobre a multidisciplinaridade das equipes. Embora as responsabilidades financeiras e de cuidado fossem compartilhadas, o idoso seria responsável pelo custeio da mensalidade da ILPI, tendo como referência a sua aposentadoria.Palavras-chave: ILPI, Envelhecimento, Autonomia do idoso, Apoio familiar, Dependência, Fatores econômicos e sociais. Código: 18984 Título: FATORES DETERMINANTES À DECISÃO DO IDOSO EM CASO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Darla Silvana Risson Ranna; Angelo Jose Gonçalves Bós; Resumo: INTRODUÇÃO: a queda na natalidade, avanços da medicina, melhoria na saúde pública elevaram as taxas de velhos, aliado a transformações ocorridas na estrutura das famílias, contribui para o aumento na procura por instituições residenciais para moradia de longa permanência.OBJETIVO:analisar os fatores determinantes que levariam as famílias a respeitarem ou não a decisão do idoso, em caso de institucionalização em ILPIs privadas.MÉTODO:estudo descritivo, analítico transversal.A partir de um questionário estruturado foram entrevistadas 98 pessoas,familiares/responsáveis pelo idoso possível de institucionalização, estas Potenciais Tomadores de Decisão (PTD). RESULTADO: Os fatores determinantes significativos que levariam os PTDs a respeitar a decisão final do idoso em caso de uma institucionalização foram: ser representante legal do idoso, manifestação do sentimento de culpa ou temor da reação negativa por parte de vizinhos, solidão do idoso, vontade do idoso, maior capacidade funcional, preço da mensalidade da ILPI, o não compartilhamento das responsabilidades (cuidado e apoio financeiro) do idoso na família e o maior número de filhos. Os fatores significativos que levariam os PTDs a não acatarem a decisão final do idoso em caso de uma institucionalização foram: preocupação quanto à adaptação do idoso à instituição, viuvez, dificuldades para AVDs, dificuldade no comportamento do idoso, quando a decisão é dos filhos ou de outras pessoas, valor da mensalidade superior a dois salários mínimos, idoso não possuir filhos ou possuir até 2 filhos, viver com e receber atenção de cuidador, receber atendimento domiciliar e de profissionais de saúde, necessitar de ajuda para qualquer AVD (individual ou conjugada) e caminhar com auxílio de aparelho, usar cadeira de rodas ou ser acamado.Idosos com Alzheimer foram significativamente associados ao fato dos PTDs não acatarem a decisão do idoso. CONCLUSÃO:a solidão e vontade do idoso, sua maior capacidade funcional, preço da mensalidade compatível com aposentadoria e famílias maiores foram fatores de respeito à decisão do idoso, quanto à institucionalização. Famílias pequenas, viuvez, dependência para AVDs, demências, a dificuldade em deambular, mensalidades superiores à aposentadoria foram os fatores que determinaram não respeito à decisão do idoso em caso de institucionalização. Palavras-chave: ILPI, Envelhecimento, Autonomia do idoso, Apoio familiar, Dependência, Fatores econômicos e sociais. Código: 18999 Título: HISTÓRIA ORAL: A ARTE DE COMPARTILHAR MEMÓRIAS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Mara Rita Dutra Giacomelli; Sulanita Terezinha Caldeira de Arruda; Resumo: Com o objetivo de valorizar a bagagem cultural dos idosos e oferecer atividades voltadas ao resgate das memórias/experiências de vida, se articulou a oficina de História Oral: A Arte de Compartilhar Memórias. Justifica-se a importância da oficina uma vez que se acredita que o movimento de recuperação da memória é de extrema importância, pois é do vínculo com o passado que se extrai a força para a formação de identidade, especialmente quando se fala da memória-experiência, da memória do vivido nos diferentes tempos da vida do indivíduo. As atividades realizadas para o recolhimento das memórias são basicamente por meio de depoimentos orais. Com base nas atividades já realizadas percebe-se que a prática de recordar contribui para fortalecer ou restituir o senso de identidade e a autoestima. A capacidade de manter o passado vivido, principalmente na presença de ouvintes solidários, constitui-se um dos mecanismos que as pessoas idosas encontram de manter a sua integridade psicológica. Conclue-se que a evocação das memórias influencia positivamente a saúde do idoso na perspectiva: as lembranças antepondo-se ao esquecimento, portanto, preservando a memória; o compartilhar favorecendo a troca de experiências na perspectiva da construção de relacionamentos saudáveis entre indivíduos sob a ótica da valorização das memórias do idoso. Palavras-chave: Idoso; História Oral; Memórias; Código: 18979 Título: MAPEANDO COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS DOS CUIDADORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Gislaine Vitória Fink; Resumo: O crescimento da população idosa no Brasil, a necessidade de instituições com profissionais qualificados para atender esta demanda emergente, o nível de exigências dos clientes cada vez mais elevados e a complexidade do contexto, motivam o estudo que se apresenta. Em constante interação com o idoso, o tempo de contato do cuidador que exerce suas atividades em instituições de longa permanência para idosos requer destes profissionais, habilidades e atitudes diferenciadas no desempenho de suas atividades. Com o intuito de contribuir para a gestão de pessoas na busca de profissionais competentes o presente estudo tem por objetivo mapear as competências comportamentais dos cuidadores de uma instituição de longa permanência para idosos. Define-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, além de estudo de caso. Para o mapeamento das competências comportamentais utilizou-se o instrumento do inventário comportamental de Leme (2005), para a construção do instrumento observam-se cinco etapas: Eleger amostras da rede de relacionamento, coleta de indicadores, consolidação dos indicadores, associação das competências aos indicadores e realizar a validação. O instrumento supriu plenamente os objetivos estabelecidos, permitindo uma rápida e estruturada coleta e análise de dados que proporcionou a obtenção de resultados capazes de agregar importantes contribuições à área de recursos humanos da instituição. Entende-se relevante ressaltar que os indicadores analisados, são oriundos da percepção dos próprios cuidadores e idosos sobre comportamentos que gosto/ não gosto/ o ideal seria. Como resultado da pesquisa mapeou-se as competências comportamentais que seguem: Relacionamento interpessoal, foco no cliente, responsabilidade, trabalho em equipe, proatividade, foco no resultado, comunicação e segurança. Hoje em dia profissionais não são mais considerados diferenciais somente por desempenharem suas funções brilhantemente. Espera-se mais deles. Esperam-se comportamentos e atitudes que sejam diferenciais na prestação do serviço. O estudo apresenta-se relevante para as relações humanas, para os gerontólogos e principalmente para os administradores de instituições de longa permanência para idosos. Palavras-chave: Mapeamento de competências – Cuidadores Instituições de longa permanência para idosos. Código: 18987 Título: MECANISMOS DE DEFESA DO CUIDADOR Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: REJIMARA ALVES FERNANDES; Marta Solange Streicher Janelli da Silva; Eda Schwartz; Resumo: Este estudo buscou identificar através do DSQ-40 o estilo defensivo de maior intensidade presente nos cuidadores de pacientes oncológicos idosos em cuidados paliativos internados em domicilio. A função dos mecanismos de defesa é proteger o ego contra os processos mentais e conflitos que poderiam levar o individuo a uma neurose. O que define uma melhor ou pior capacidade adaptativa é a intensidade, frequência e o uso de forma hierárquica dos mecanismos de defesa. Assim sendo, os mecanismos de defesa são usados de forma a proteger o sujeito de acontecimentos que lhes de difícil enfrentamento. Trata-se de um estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa. Autorizado e aprovado pelo CEP da FAMED/UFPEL. Que teve uma amostra de 15 cuidadores no período de agosto a outubro de 2011, quanto ao sexo 4 cuidadores eram do sexo masculino e 11 cuidadores do sexo feminino. O grau de parentesco dos cuidadores com o paciente eram 7 filhos, 5 cônjuges, 1 mãe, 1 pai, 1 irmãos. O estudo evidenciou que os cuidadores apresentam com maior intensidade as defesas pertencentes ao estilo defensivo maduro, usando as defesas como manifestação das angustias, como proteção ao cuidados prolongados e as sobrecargas geradas por prestar assistência ao familiar doente. Manifestando desta forma, um bom enfrentamento da situação vivenciada, demonstrando resiliência. Entendendo-se por resiliência a habilidade de superar adversidades, o que não significa que o indivíduo saia da crise ileso, mas que se adapta ao contexto. Assim, os mecanismos maduros sugerem a evolução do processo adaptativo e sua maturidade enquanto individuo que oferece cuidados a seu familiar em processo de fim de vida, podendo ser visto como um amadurecimento da doença até a saúde mental do cuidador. Palavras chave: cuidador; cuidado paliativo; idoso. Código: 19002 Título: MEMÓRIA EPISÓDICA VISUAL NO ENVELHECIMENTO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE JOVENS E IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Charles Cotrena; Cristina Elizabeth Izabal Wong; Rochele Paz Fonseca; Resumo: Introdução: Durante as últimas décadas tem aumentado o número de indivíduos da população com maior idade. Estima-se que no ano de 2050, um quinto da população mundial será composta por idosos. Neste contexto, evidencia-se a necessidade de comprender as mudanças relacionadas com o aumento da idade na neurocognição humana. O envelhecimento é um processo que pode influenciar gradativamente o neurodesenvolvimento e uma das queixas com maior prevalência nas populações idosas é referente à memória, destacando-se o sistema episódico. O estudo do desempenho da memória em diferentes faixas etárias possui grande importância devido às mudanças cognitivas com o aumento da idade, principalmente frente à distinção de perfis clínicos. Objetivo: Investigar se há diferenças no desempenho entre adultos jovens e idosos em relação à memória episódica visual na cópia, evocação imediata e tardia no Teste de Retenção Visual de Benton (TRVB). Participaram do estudo dois grupos de adultos saudáveis: 19 jovens (19 a 31 anos) e 19 idosos (62 a 77 anos) com no mínimo de 9 anos de escolaridade formal. Compararam-se escores médios de acertos entre grupos pelo Teste Mann-Whitney; escores médios intragrupos pelo Teste Wilcoxon. Resultados: Foram observadas diferenças significativas entre grupos etários no processamento da cópia, na modalidade de evocação imediata e tardia. Em relação à análise comparativa intragrupos, ambos os grupos obtiveram menos acertos na etapa de evocação tardia, já que esta mostrou-se uma tarefa mais difícil. Da mesma forma, quanto aos tipos de erros, houve diferenças significativas entre os grupos, na evocação imediata nos erros do tipo omissão (p=0,007), perseveração (p=0,009), na evocação tardia do tipo omissão (p=0,002) e na cópia do tipo deslocamento (p=0,047). Conclusão: Estes achados sugerem o início de um declínio do desempenho avaliado com a idade, mostrando prováveis dificuldades atencionais, mnemônicas e executivas inibitórias. Tomando os dados em conjunto, foram observadas diferenças entre jovens e idosos em relação ao processamento mnemônico visual avaliado no TRVB. Sugerem-se estudos futuros comparando-se adultos de idade intermediária e longevos além dos grupos incluídos neste estudo para obter-se melhor compreensão sobre as curvas de desenvolvimento mnemônico. Ainda, a inclusão de grupos clínicos com quadros demenciais para maior acurácia diagnóstica na discriminação entre indivíduos saudáveis e com declínico cognitivo associado à demência. Código: 19025 Título: O CUIDADO A PESSOA IDOSA INSTITUCIONALIZADA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Diéssica Roggia Piexak; Danielle Adriane Silveira Vidal; Larissa Zepka Baumgarten; Luciano Medeiros Araldi; Rita Arim Rosales; Silvana Sidney Costa Santos; Resumo: O envelhecimento pode exigir cuidados para manutenção da vida cotidiana da pessoa idosa, geralmente desempenhado por familiares que costumam assumir o papel de cuidadores por terem uma responsabilidade culturalmente definida e/ou por vínculo afetivo. Quando a família não possui condições para cuidar dessa pessoa idosa opta-se pelas Instituições de Longa Permanência para Idosos. Assim teve-se como objetivo conhecer o cuidado a pessoa idosa desenvolvido em uma Instituição de Longa Permanência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória – descritiva, realizada em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, localizada no Rio Grande do Sul. Participaram do estudo quatorze profissionais de saúde, dentre eles: enfermeiros, farmacêutico, fisioterapeuta, médico, nutricionista e técnicos de enfermagem. Os dados foram coletados entre agosto e setembro de 2009, por meio de um questionário semiestruturado composto por sete questões. Para atender os critérios éticos, foram seguidas as recomendações da Resolução n. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Parecer n. 092/2009/2 do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Os dados foram analisados por categorização, com base no método de análise de conteúdo. Após a análise dos dados coletados emergiu a categoria Cuidado de pessoas idosas. Enfatiza-se que os profissionais da Instituição de Longa Permanência para Idosos investigada atuam há mais de dois anos com pessoas idosas e procuram participar de estudos direcionados a capacitações em Geriatria e Gerontologia. No entanto, a maioria dos profissionais da instituição acreditam que o cuidado depende quase que exclusivamente da experiência, desconsiderando a necessidade de qualificação para cuidar da pessoa idosa. As pessoas idosas necessitam dos diversos profissionais de saúde para atenderem as suas necessidades. A qualificação profissional é imprescindível para cuidar da pessoa idosa, assim como ampliação de pesquisas científicas na área geriátrica e gerontológica. Os profissionais de saúde que trabalham com as pessoas idosas deverão perceber a necessidade de qualificação para que oportunizem um cuidado específico e adequado. O cuidado de pessoas idosas institucionalizadas se constitui em um desafio crescente a ser superado por meio do trabalho interdisciplinar. Descritores: Idoso; Equipe de Assistência ao Paciente; Instituição de Longa Permanência para Idosos. Código: 19004 Título: O EFEITO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA SOBRE ASPECTOS ACÚSTICOS VOCAIS DOS PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Aline Juliane Romann; Artur Francisco Schumacher Schuh; Maira Rozenfeld Olchik; Carlos Roberto de Mello Rieder; Resumo: INTRODUÇÃO: A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) tem sido uma técnica cirúrgica bastante utilizada em indivíduos com Doença de Parkinson (DP) devido à redução significativa dos sintomas motores, porém ocorrem prejuízos na dinâmica vocal destes pacientes. OBJETIVO: Verificar a manifestações acústicas da voz em pacientes com DP, usuários de ECP, após 30 minutos do neuroestimulador ser desligado. MÉTODOS: Foram avaliadas as manifestações vocais acústicas através do software para análise acústica vocal PRAAT versão 18, em 16 pacientes submetidos ao implante de ECP, com medicação on. A avaliação ocorreu inicialmente com o aparelho ligado e após com o neuroestimulador desligado num intervalo 30 minutos. O ECP foi ligado novamente e após 5 minutos foi realizada uma nova avaliação. As medidas extraídas do software foram F0, Jitter, Shimmer, Autocorrelation, Noise-to-harmonics, Harmonics-to-noise. RESULTADOS: Com o neuroestimulador desligado por 30 minutos, houve melhora significativa das medidas de acústicas da voz. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados indicam que o neuroestimulador influencia negativamente na dinâmica vocal, enquanto que nos sintomas motores houve benefícios. Código: 19003 Título: O EFEITO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA SOBRE ASPECTOS MOTORES DOS PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Aline Juliane Romann; Artur Francisco Schumacher Schuh; Maira Rozenfeld Olchik; Carlos Roberto de Mello Rieder; Resumo: INTRODUÇÃO: A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) tem sido uma técnica cirúrgica bastante utilizada em indivíduos com Doença de Parkinson (DP) devido à redução significativa dos sintomas motores. OBJETIVO: Verificar o retorno das manifestações motoras em pacientes com DP, usuários de ECP com alvo no Núcleo Subtalâmico, após o neuroestimulador ser desligado. MÉTODOS: Foram avaliados os sintomas motores através da Escala Unificada de Avaliação da DP - parte III (UPDRSIII) em 16 pacientes submetidos ao implante de ECP, com efeito da medicação. A avaliação ocorreu inicialmente com o aparelho ligado e após com o neuroestimulador desligado nos intervalos de 5, 30 e 60 minutos. O ECP foi ligado novamente e após 5 minutos foi realizada uma nova avaliação motora. RESULTADOS: Mesmo com o uso da medicação, os pacientes apresentaram piora significativa dos sintomas motores após o ECP ser deligado. Quando novamente ligado, os escores da escala voltaram aos valores prévios. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados reforçam os benefícios motores obtidos pela neuroestimulação. Código: 19032 Título: O USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Diéssica Roggia Piexak; Daiane Porto Gautério; Chiara Maria de Souza Strapasson; Roger da Silva Fontoura; Danielle Adriane Silveira Vidal; Silvana Sidney Costa Santos; Resumo: O processo de envelhecimento populacional no Brasil, no que diz respeito às implicações sociais e de saúde pública, vem sendo muito discutido. As mudanças na faixa etária da população direcionam as transformações no perfil epidemiológico, indicadas pela elevação das doenças crônicas não transmissíveis, as quais mais contribuem para o aumento no número de fármacos a serem utilizados pelos idosos. Teve-se como objetivo identificar o uso de medicamentos por idosos cadastrados em uma unidade básica de Estratégia de Saúde da Família focando as possíveis reações adversas e interações autorreferidas por eles. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, realizado em uma unidade de saúde da família, no Rio Grande do Sul, Brasil, com 97 idosos. Para a coleta de dados, realizada no período de novembro de 2011 a março de 2012, foi utilizado um instrumento estruturado, pelo qual foram verificados os medicamentos prescritos, as possíveis reações adversas e interações medicamentosas autorreferidas pelos idosos. Os dados foram tabulados e processados em banco de dados eletrônico no programa Microsoft ® Excel 97 (Sistema Operacional Windows XP, Microsoft Corportion, Inc.), sendo tratados por meio da estatística descritiva. Para atender os critérios éticos, foram seguidas as recomendações da Resolução n. 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Parecer n. 104/2011 do Comitê de Ética em Pesquisa da Área de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande. O número total de medicamentos utilizados pelos idosos foi de 331. Em média, eram usados 3,46 medicamentos/idoso, resultado semelhante ao encontrado em pesquisa realizada em uma cidade do sul de Santa Catarina, onde a média foi de 3,5 medicamentos/idoso. A maioria dos idosos não conseguia identificar claramente possíveis reações adversas e interações causadas pelos medicamentos utilizados. Os riscos em relação ao uso de medicamentos são mais elevados nos idosos, quando comparados aos da população mais jovem. Isto ocorre, devido às alterações específicas do envelhecimento, que refletem na vulnerabilidade, no que se refere às interações medicamentosas, aos efeitos colaterais e às reações adversas, na população idosa. É imprescindível que a equipe de saúde tenha conhecimento acerca das medicações mais utilizadas pelos idosos, assim como possíveis reações adversas e interações para a realização de ações de prevenção. Descritores: Idoso; Uso de Medicamentos; Saúde Coletiva. Código: 18951 Título: OFICINA DA MEMÓRIA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: IZABEL CRISTINA PINHEIRO LAGUNA; Resumo: Com o envelhecimento, o isolamento social e a queda da produção física e mental, o idoso apresenta dificuldades para execução das AVDs e se manifesta a queixa de perda da memória. Assim, estimular o desenvolvimento das habilidades cognitivas ampliando a rede neural com novas reações sinapticas e proporcionar interações sociais é o propósito desse trabalho. Sabe-se que as interações sociais e a estimulação cognitiva são fundamentais e tem efeito positivo sobre a saúde geral do cérebro, neste sentido, realizam-se encontros semanais uma vez por semana, de duas horas de duração, com um grupo de até quinze pessoas, quando são desenvolvidas ações que estimulam a cognição através de todos os sentidos, tais como: jogos matemáticos ( sudoku); dominó fonético; escravos de jó; uso do lado do corpo contrário ao dominante, escrevendo com a mão esquerda se for destro e viceversa, subindo ou descendo degraus com a perna não dominante; identificação de “cheiros” com os olhos vendados, entre tantas outras atividades. Como resultados verifica-se uma maior competência às respostas às AVDs, elevação da qualidade das relações interpessoais, aumento da auto estima e conseqüente ganho na qualidade de vida. É, portanto um trabalho que pode e precisa ser ampliado, pois após ser aprendido, constituindo-se de uma atividade que deve fazer parte do dia a dia do idoso e de seus parceiros fora do grupo em questão, servindo como uma possibilidade de prevenção e qualidade do envelhecimento. Código: 18973 Título: PERCEPÇÕES DE ADULTOS PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS SOBRE O ENVELHECIMENTO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Jociele Gheno; Maria Luiza Machado Ludwig; Resumo: O envelhecimento da população vem acompanhado pelo crescimento da carga e impacto social das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A prevalência de pelo menos uma DCNT eleva-se intensamente com a idade e já se observa uma prevalência significativa entre adultos de meia-idade. Buscou-se conhecer como adultos portadores de DCNT percebem o seu envelhecimento e quais as estratégias adotadas para um envelhecimento mais saudável. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de caráter qualitativo. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas com nove pacientes na meia-idade, de ambos os sexos, portadores de DCNT, vinculados ao ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde foi realizado o estudo. A seleção foi do tipo intencional. Após a transcrição das entrevistas, as informações foram interpretadas de acordo com a análise de conteúdo temática, proposta por Minayo (2008). Identificaram-se três categorias: “O significado do envelhecer” com duas subcategorias, “Concepções” e “Mudanças físicas”; a categoria “Envelhecer com doenças crônicas” com as subcategorias, “Sentimentos negativos e incertezas” e “Perspectivas para o futuro”; e por fim, “O que fazer para envelhecer com mais saúde”. Conclui-se que os participantes possuem sentimentos positivos e negativos sobre o envelhecimento com essas doenças. Apesar dos negativos, ficou evidente o desejo de envelhecer com mais saúde e por isso eles demonstraram ter consciência da necessidade de autocuidado. A enfermagem tem um papel fundamental no processo de conhecimento e enfrentamento das mudanças resultantes da condição crônica. Por isso, compreender como adultos na meia-idade se vêem envelhecendo com essas doenças poderá contribuir para a qualificação do cuidado prestado. Descritores: Doenças Crônicas, Meia-idade, Envelhecimento. Código: 19018 Título: PERDA AUDITIVA E HANDICAP AUDITIVO EM UM GRUPO DE IDOSOS DE PORTO ALEGRE (RS) Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Natalia Schardosim Copetti; Magda Aline Bauer; Andréa Kruger Gonçalves; Maira Rozenfeld Olchik; Ângelo José Gonçalves Bós; Adriane Ribeiro Teixeira; Resumo: O processo de envelhecimento traz diversas alterações sensoriais, dentre elas a perda auditiva (PA). Através de questionários que avaliam as questões emocionais e sociais decorrentes da deficiência auditiva é possível quantificar a autopercepção do handicap de cada indivíduo. Ventry e Weinstein (1982) desenvolveram o questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE), com o objetivo de avaliar o impacto da PA no ajuste emocional e social/situacional do paciente idoso. Objetivo: Relacionar os resultados obtidos através do questionário HHIE com o grau de PA em um grupo de idosos. Método: Foram avaliados 33 idosos. Utilizou-se anamnese, meatoscopia, audiometria tonal liminar e questionário HHIE. Para a classificação do grau de PA foi utilizada a classificação de Davis e Silvermann (1970). Optou-se por incluir, ainda, a classificação “PA limitada às frequências altas” (Neis, 2001), e “PA limitada às frequências baixas” (Neis, 2001) quando os participantes apresentavam a média de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz até 25dB, mas com limiares abaixo deste valor em frequências altas ou baixas. Resultados: Os idosos avaliados tinham idade entre 61 e 85 anos, com uma média de 77,4 anos. Analisando os dados verificamos que dentre os 33 idosos avaliados 9 (27,3%) apresentavam limiares auditivos normais (LAN), 12 (36,4%) PA de grau leve, 11 (33,33%) PA limitada às frequências altas e 1 (3,03%) PA limitada às frequências baixas. Em relação ao HHIE, dos 33 idosos avaliados, 18 (54,5%) apresentaram ausência de handicap auditivo, 10 (30,3%) apresentaram handicap leve a moderado e 5 (15,2%) apresentaram handicap significativo. Verificamos ainda que dos 9 idosos com LAN, 1 (11,11%) apresentou handicap auditivo significativo e 8 (88,9%) ausência de handicap auditivo. Dentre os 12 idosos com PA leve, 3 (25%) apresentaram handicap significativo, 7 (58,3%) handicap leve a moderado, e 2 (16,7%) ausência de handicap. Entre os 11 idosos com PA limitada às frequências altas 1 (9,1%) apresentou handicap significativo, 3 (27,3%) handicap leve a moderado e 7 (63,6%) ausência de handicap auditivo. O idoso com PA limitada às frequências baixas apresentou ausência de handicap auditivo. Conclusão: Analisando os dados concluímos que quanto maior o grau de PA, maior o grau de handicap auditivo. palavras-chave: audição; idoso; perda auditiva Código: 18975 Título: PERFIL AUDITIVO DE UM GRUPO DE IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Natalia Schardosim Copetti; Nicolli Bassani de Freitas; Cristiane Nehring; Maira Rozenfeld Olchik; Andréa Kruger Gonçalves; Adriane Ribeiro Teixeira; Resumo: O envelhecimento é um processo que provoca uma série de mudanças e alterações com consequências na saúde geral do indivíduo, como o comprometimento de funções biológicas, fisiológicas, psicológicas e sensoriais. Desta forma, a deficiência auditiva representa um grande impacto na comunicação, podendo levar o indivíduo a um isolamento social e familiar. Uma vez que estamos vivendo um aumento da população idosa no mundo, isso se configura em um campo para o desenvolvimento de pesquisas, como as relacionadas a audiologia do envelhecimento (PAIVA et. al., 2011). Objetivo: Verificar o perfil audiológico de um grupo de idosos. Método: Os dados analisados foram obtidos através de um banco de dados pré – existente, em que continha avaliações audiológicas de 215 idosos. Resultados: Foi verificado que na orelha direita (OD), 31 idosos (14,4%) apresentaram limiares auditivos normais (LAN), 69 (32,1%) perda auditiva (PA) leve, 38 (17,7%) PA moderada, 6 (2,8%) PA severa, 6 (2,8) PA profunda e 65 idosos (30,2%) apresentaram PA limitada às frequências altas. Na orelha esquerda (OE) foram obtidos os seguintes resultados: 30 idosos (14%) apresentaram LAN, 64 (29,8%) PA leve, 46 (21,4%) PA moderada, 9 (4,2%) PA severa, 7 (3,3%) PA profunda e 59 idosos (27,4%) apresentaram PA limitada às frequências altas. De acordo com o tipo de perda verificamos que na OD 167 (77,7%) idosos apresentaram PA neurossensorial, 5 (2,3%) PA condutiva e 12 (5,6%) PA mista. Na orelha esquerda verificamos que 171 (79,5%) apresentaram PA neurossensorial, 3 (1,4%) PA condutiva e 11 (5,1%) apresentam PA condutiva. Conclusão: Analisando os dados, concluímos que 85,6% dos idosos apresentaram PA na OD e 86% na OE. Observamos que houve um predomínio de PA leve, tanto na OD, como na OE (32,1% e 29,8% respectivamente) o que corrobora com outros estudos já realizados. Verificamos, ainda, que existe um predomínio de PA do tipo neurossensorial, em ambas as orelhas (77,7% na OD e 79,5% na OE) confirmando dados da literatura, visto que, em idosos a perda auditiva geralmente é bilateral, de tipo neurossensorial, ou seja, decorrente de alterações no funcionamento da orelha interna ou nervo auditivo. palavras-chave: audição; idoso; perda auditiva Código: 18970 Título: PERFIL DO USO DE MEDICAMENTOS DE UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Gabriele Carlos Cardoso; Paula Engroff; Luísa Scheer Ely; Thais de Lima Resende; Karin Viegas; Geraldo Attilio De Carli; Resumo: Introdução: A população idosa mundial vem crescendo em um ritmo acelerado e junto dela há o surgimento de doenças crônicas. Em busca de melhorias para a condição de saúde dos idosos muitos medicamentos são utilizados. Assim, essa população é descrita como a maior usuária de terapia medicamentosa. Objetivo: Analisar as classes terapêuticas, média de medicamentos e os fármacos mais utilizados em idosos da Estratégia Saúde da Família (ESF) de Porto Alegre. Metodologia: O estudo foi realizado em idosos residentes no município de Porto Alegre e pertencente a três postos de saúde que possuem a ESF. Os idosos foram entrevistados no período de abril a junho de 2011 pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), devidamente treinados para a coleta dos dados pela equipe do projeto. O instrumento aplicado pelos ACS foi um questionário contendo informações quanto ao uso da terapia medicamentosa dos idosos. Os dados foram analisados e os medicamentos foram classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Resultados: 56 idosos, 33 (58,9%) mulheres e 23 (41,1%) homens. Quanto ao uso de medicamentos pelos idosos, 53 (94,6%) utilizam ao menos 1 medicamento, 22 (41,5%) utilizam de 3 a 5 medicamentos e apenas 3 (5,4%) não utilizavam. A média de medicamentos usados foi de 4,9. A maioria das mulheres 15 (45,5%) utilizavam mais de 6 medicamentos e estavam na faixa etária de 60-69 anos e entre os homens 11 (55,0%), utilizavam de 3 a 5 medicamentos e estavam na mesma faixa etária que as mulheres. As classes medicamentosas mais utilizadas foram: 45 (84,9%) cardiovasculares, 42 (79,2%) analgésicos e antiinflamatórios, 14 (26,4%) agentes hipoglicemiantes, 11 (20,8%) sistema nervoso central, 11 (20,8%) suplementos e vitaminas e 26 (49,1%) outras classes. Os medicamentos mais utilizados pelos idosos foram 25 (47,16%) captopril, 24 (45,28%) hidroclorotiazida, 22 (41,50%) paracetamol, 22 (41,50%) ácido acetil salicílico, 20 (37,70%) omeprazol e 16 (30,10%) sinvastatina. Estes são todos fornecidos pelo governo (SUS). Conclusão: Pode-se perceber que poucos são os idosos que não utilizam medicamentos, os mais utilizados são aqueles que tratam as doenças crônicas. É importante que o uso destes seja feito de uma maneira correta e segura, pois a polifarmácia em idosos é um grande problema, pois pode acarretar em reações adversas e interações entre os medicamentos ou entre medicamentos e alimentos. Palavras-Chave: Idosos, Medicamentos, Classes Terapêuticas Código: 18983 Título: PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO, PSICOSSOCIAL E CONDIÇÕES DE SAÚDE DE MORADORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DA CIDADE DE PORTO ALEGRE Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Tatiana Rocha; Ingrid Munhoz; Joel Hirtz do Nascimento Navarro; Adriana Maissonave Raffone; Resumo: Palavras Chave: Perfil Sócio-demográfico, Idosos, Instituição de Longa Permanência. <br>Justificativa: O presente estudo pretende demonstrar a realidade dos idosos que vivem em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) em suas diferentes capacidades e perfis sociais. Para que assim, ações para promoção da qualidade de vida desses indivíduos sejam garantidas pelos setores e profissionais da saúde. <br>Objetivos: Determinar o perfil sóciodemográfico e psicossocial de idosos moradores de uma ILP de Porto Alegre. O estudo teve como objetivos secundários descrever as condições de saúde dos mesmos, o grau de dependência e a participação em atividades culturais. Método: O presente estudo caracteriza-se por ser transversal. A coleta dos dados foi realizada no período de novembro de 2010 a maio de 2011. Foram avaliados 130 idosos residentes em uma ILP de Porto Alegre com idade igual ou superior a 60 anos. A obtenção dos dados foi realizada através de um questionário contendo questões que permitissem definir o perfil sócio-demográfico, psicossocial, a participação em atividades culturais e as condições de saúde dos moradores dessa instituição. Foram aplicadas também as Escalas de Katz e de Lawton e o mini exame do estado mental. Resultados: A média de idade dos moradores foi 80,7 anos. O sexo feminino (57,7%) e o estado conjugal solteiro (57,4%) foram os que prevaleceram. Em relação às AVDs, 64,8% foram classificados como independentes, já nas AIVDs a média de pontos foi de 15,52. Dos 81 moradores que realizaram o Mini Mental, 27,8% apresentaram déficit cognitivo. Dentre as atividades socioculturais encontramos diferença estatisticamente significativa entre os gêneros somente na participação dos trabalhos manuais sendo que 90% mulheres e somente 10% homens declararam que participam desta atividade. Na Fisioterapia houve uma maior participação das mulheres, com 60,3%. A enfermidade prevalente foi HAS presente em 47,2% dos moradores avaliados. Os moradores do sexo masculino relataram maior consumo de álcool e tabaco. A prevalência de etilismo e tabagismo foi de 90,0% e 67,9%, respectivamente. Conclusão: Conhecer o perfil do idoso institucionalizado permite aos gestores de saúde e aos profissionais da saúde formular estratégias de prevenção e promoção da saúde visando atender de forma adequada as necessidades destes indivíduos. Código: 18992 Título: PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS E AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE COMO FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Andrea Ribeiro Mirandola; Joel Hirtz do Nascimento Navarro; André Ribeiro; Andressa Lewandowski; Claudine Lamanna Schirmer; Ângelo José Gonçalves Bós; Resumo: Palavras-chave: Atividade física, Idosos, Autopercepção da Saúde. Justificativa: Conhecer as peculiaridades dos Idosos residentes no Rio Grande do Sul (RS) é fundamental frente ao envelhecimento populacional presente no Brasil. O presente trabalho pretende contribuir com o conhecimento da influência da autopercepção da saúde em relação à prática de atividades físicas dos idosos do RS, para que assim, este processo seja evidenciado pelos profissionais e trabalhadores da saúde. Objetivos: Relacionar a autopercepção da saúde com a prática de atividade física dos idosos residentes no RS. Método: Trata-se de um estudo transversal, entre 2010 e 2011, onde foram entrevistados 7316 idosos em suas residências, por amostragem aleatória em 59 cidades do RS, os idosos foram questionados quanto a sua autopercepção de saúde e prática de atividades físicas. Resultados: Dos idosos entrevistados 69,6% apresentavam autopercepção da saúde boa, já 30,4% apresentavam autopercepção da saúde regular. Dos idosos que apresentavam autopercepção da saúde boa, 24,1% realizavam atividade física e os que apresentavam autopercepção regular 25,4% realizavam atividade física. Entre os idosos entrevistados, 1769 praticavam atividade física, 1705 realizavam no mínimo 10 min por semana de caminhada ou corrida, 1511 não gostariam de realizar outras atividades como pilates, dança, yoga, ginástica ou similar. Conclusão: A maioria dos idosos reconhece ter uma saúde boa. Em relação à atividade física, percebe-se um número consideravelmente pequeno de idosos praticantes. Relacionando a autopercepção da saúde, o maior número de idosos praticantes de atividade física está no grupo dos idosos com autopercepção da saúde regular. A autopercepção da saúde pode ser um fator que influencie o indivíduo a prática de atividade física, sendo este um conceito elaborado individualmente de acordo com seu entendimento a respeito da sua condição biopsicossocial. O incentivo e a elaboração de projetos que visem o aumento da prática de exercícios físicos e autopercepção da saúde por parte dos idosos é um grande desafio contemporâneo e que merece destaque no meio científico, sendo esses fatores determinantes para um envelhecimento ativo. Código: 19029 Título: PREVALÊNCIA DE MORBIDADES E SINTOMAS EM IDOSOS: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ZONAS RURAL E URBANA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Eveline Fronza da Silva; Iraci Lucena da Silva Torres; Vera Maria Vieira Paniz; Gabriela Laste; Resumo: O envelhecimento populacional tem contribuído para o aumento das doenças crônicas e suas complicações, não podendo ser descartados fatores ambientais e exposição a agrotóxicos. Entre os fatores ambientais que podem estar relacionados à prevalência de doenças e de sintomas em idosos destaca-se a exposição a agrotóxicos. Considerando o aumento da população idosa e a possibilidade desta população ter sido exposta ou ter tido contato com agrotóxicos, este estudo objetivou caracterizar a população de idosos que reside no município de Cachoeira do Sul/RS, investigando morbidades e sintomas referidos segundo zona de moradia rural/urbana e uso de agrotóxicos, descrevendo, as características do uso destes produtos. Foi realizado um estudo transversal, com a população de idosos com 60 anos ou mais, moradores nas zonas rural e urbana, por meio de entrevista domiciliar utilizando um questionário estruturado e previamente testado em pesquisa anterior. A amostra foi composta por 229 idosos, com média de idade de 72,3 anos, 57,2% residentes em zona urbana e 56,3% mulheres. As morbidades mais relatadas por residentes em zona urbana foram: insônia (37,7%), ansiedade (32,1%), depressão (26,7%); e em zona rural, diabetes (13,3%). Nesta última, a Doença de Alzheimer foi mais prevalente em idosos que utilizam agrotóxicos (21,7%). Os sintomas mais prevalentes por moradores em zona urbana foram: tosse/coriza e visão alterada (41,2%), alergia/coceira (11,4%). Em rural, boca seca (25,4%), visão alterada (35,6%) e dor nas pernas (66,1%) que também foram mais prevalentes em quem utilizava agrotóxicos. Em relação ao uso de Equipamentos de Proteção Individual, 85,4% eram utilizados de forma incompleta e 45,1% descartavam as embalagens de forma inadequada. Os resultados obtidos representam uma contribuição significativa diante da carência de publicações que avaliem exposição aos agrotóxicos e suas consequências na saúde da população, principalmente considerando a faixa etária estudada com possibilidade de ter sido exposta por longo tempo. E sugerem a necessidade de desenvolvimento de programas de saúde pública que auxiliem na promoção de saúde do idoso, considerando a possível exposição desta população a agentes ambientais, incluindo os agrotóxicos. Salienta-se que o delineamento transversal não determina riscos absolutos, o que torna importante a realização de estudos longitudinais para estabelecer a relação de causalidade. Palavras-chave: Saúde do Idoso; Praguicidas; População Rural Código: 18959 Título: PREVENÇÃO DE QUEDAS E FRATURAS NA ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO NO RS/BRASIL. Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Iride Cristofoli Caberlon; Ângelo José Gonçalves Bós; Resumo: Introdução: As quedas e fraturas em pessoas idosas representam um problema de saúde pública vindo associado a elevados índices de morbimortalidade, redução da capacidade funcional institucionalização e óbito do idoso. Objetivos: investigar quedas e fraturas em pessoas idosas (60 anos e mais), residentes em municípios do Estado do RS/Brasil, analisando fatores associados, sazonalidade e gravidade. Metodologia: O estudo foi transversal, retrospectivo, descritivo-analítico, quantitativo, com dados secundários, em idosos atendidos por queda no ano de 2010. Os dados coletados por ficha estruturada resultaram numa amostra de 6.556 idosos atendidos em 04 Unidades de Urgência e Emergência (UAUEH) do SUS. Resultados: Dos 6556 idosos, 71% eram mulheres, 26,8% dos atendimentos ocorreram na estação do inverno, 30% dos que caíram, fraturaram e 57% dos atendimentos foram realizados nas 04 UAUEH até 6 horas após a queda. Ainda 17,2% foram registrados o local da queda, onde 42% foi no domicilio e 58% fora deste, predominando queda de escada, ônibus e cama. 31% das quedas tiveram fratura confirmada, sendo 32% em mulheres e 28% em homens (p<0,0001). A estação do inverno teve maior nº de fraturas confirmadas (34%) dos atendidos, (p=0,0002) e que também mais contribuiu com gravidade da queda (49,5%). Conclusões: As quedas e fraturas na estação do inverno são mais frequentes e representam maior gravidade, sendo idade avançada, sexo feminino e inverno fatores de risco para as quedas. Código: 19031 Título: PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL E CARACTERIZAÇÃO DE ASPECTOS COGNITIVOS EM MULHERES PÓS-MENOPÁUSICAS. Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Ângela Flores Schlickmann; Elke Bromberg; Resumo: RESUMO Introdução: As alterações hormonais relacionadas à menopausa são capazes de modular funções que são importantes para o processamento central de informações verbais. Objetivo: Avaliar a relação entre queixas de compreensão de fala e o processamento auditivo central e funções cognitivas em mulheres pós-menopáusicas. Metodologia: Participaram deste estudo 92 mulheres pós-menopáusicas (45 a 60 anos), as quais foram classificadas em dois grupos de acordo com a presença ou ausência de queixa de dificuldade de compreensão da fala. Todas eram destras, tinham limiares auditivos normais ou leve perda neurossensorial e foram submetidas a avaliação auditiva bilateral (meatoscopia, impedanciometria e reflexos acústicos ipsilaterais e contralaterais, audiometria tonal e logoaudiometria), testes de processamento auditivo central (Dicóticos Consoante Vogal, Sequência de Padrão de Frequência e de Duração) e testes cognitivos (Trail partes A e B, Procedimento de Brow Peterson, Stroop, Atenção dividida e sustentada). Resultados: 63% das mulheres apresentaram queixa de compreensão de fala. Os grupos experimentais não mostraram diferenças significativas em relação às variáveis demográficas, avaliação auditiva bilateral ou provas de processamento auditivo central. Entretanto, mulheres com queixa de compreensão de fala apresentaram pior desempenho nas tarefas Trail B, Brow Peterson (interferência motora), Atenção sustentada (concentração) e no Stroop (cor –palavra), além de escores mais elevados no BDI. Conclusões: Grande parte das mulheres na fase de pósmenopausa apresenta queixas de compreensão de fala, as quais estão associadas a alterações em domínios cognitivos potencialmente envolvidos no processamento auditivo central, como velocidade de processamento, atenção e memória operacional. Palavras chaves: Menopausa, processamento auditivo central, audição. Código: 19036 Título: PROCESSO DE ENFERMAGEM ALICERÇADO POR INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS (IAQI) Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Laurem Paz Salbergo; Ana Paula Zimmer Pez; Aline Kruger Ramos; Danielli G. Mallmann; Diana Baumgart; Karina SIlveira de ALmeida Hammerschmidt; Resumo: Introdução:O processo de envelhecimento geralmente apresenta alterações de equilíbrio, podendo ocorrer instabilidades e ocorrências de quedas. Quedas em idosos tem se tornado importante problema de saúde, com reflexos na morbimortalidade. Estudos prospectivos indicam que entre 30% e 60% dos idosos, vivendo na comunidade, caem anualmente, com aproximadamente metade experimentando quedas múltiplas. A queda do idoso pode resultar em traumatismos causando sequelas psicossociais como perda da autoestima e da autonomia, depressão, ansiedade e medo de cair novamente. OBJETIVO: Desenvolver Instrumento de Avaliação de Quedas em Idosos (IAQI) para ser utilizado como apoio ao processo de enfermagem na Estratégia de Saúde da Família. METODOS: Trata se de uma pesquisa qualitativa. Para o desenvolvimento do instrumento, primeiro realizou-se pesquisa no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em teses e dissertações, a fim de descobrir a existência de algum protocolo, já validado, de avaliação do idoso relacionado com as quedas. Posteriormente realizou-se avaliação dos itens que compõem o protocolo de avaliação multidimensional do idoso,selecionando os itens que se adequavam ao propósito do Instrumento de Avaliação de Quedas em Idosos (IAQI), criado neste estudo. RESULTADOS: Com a busca no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) não encontrou nenhum instrumento direcionado a quedas, então foi analisados cada item do protocolo de avaliação multidimensional do idoso identificando as particularidades clínicas relacionadas às quedas, criando-se instrumento IAQI, com ênfase nas quedas, porém originário da avaliação multidimensional.Com a criação do IAQI tem pretensão que o mesmo seja inserido no Processo de Enfermagem da ESF, considerando a relevância das quedas dos idosos da para saúde individual e comunitária. CONCLUSÃO: O propósito final deste estudo foi alcançado pois apresenta-se instrumento IAQI, que proporcionara aos estudantes e professores, utilização deste instrumento em suas práticas clínicas na Estratégia de Saúde da Família, contribuindo para melhoria da prática prestada e trará benefícios para a qualidade de vida dos idosos que sofreram quedas, pois estes terão avaliação com roteiro que auxiliará para completude da investigação clínica da vulnerabilidade e fragilidade para quedas, podendo prevenir possíveis quedas futuras. Código: 18980 Título: REABILITAÇÃO DA DISFAGIA APÓS PNEUMONECTOMIA: ESTUDO DE CASO Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Nicolli Bassani de Freitas; Simone Augusta Finard; Resumo: Justificativa: A pneumonectomia é um procedimento cirúrgico indicado no tratamento de tumores pulmonares (Fuentes, 2003). Uma das sequelas desse procedimento é a disfagia que pode caracterizar-se por redução da elevação laríngea e atraso do reflexo de deglutição que pode estar associada à lesão do nervo laríngeo recorrente (Kim et al, 2010). O acompanhamento fonoaudiológico nesses casos busca melhorar o controle do bolo alimentar, estimular o reflexo da deglutição, assim como propiciar proteção da via aérea. A intervenção conta com condutas referentes a mecanismos adaptativos devido às novas condições estruturais, em caso de intervenções cirúrgicas, ou na busca de mecanismos compensatórios devido à motricidade ineficiente (Jotz et al, 2003). Objetivos: esse trabalho refere-se ao estudo de caso clínico do acompanhamento fonoaudiológico de um paciente com sequela de disfagia em pós-operatório de carcinoma em pulmão. Método: o paciente masculino, 69 anos, encaminhado para intervenção fonoaudiológica 12 meses após procedimento, foi acompanhado por cinco meses, inicialmente com atendimentos semanais e, após a estabilidade do quadro com ganho funcional, com revisões mensais. As sequelas cirúrgicas, confirmadas por exames médicos, foram paralisia do nervo laríngeo recorrente esquerdo associada à disfonia e disfagia. Conforme relato, o paciente alimentava-se somente com líquidos espessados e pastosos apresentando sinais de penetração laringotraqueal. Após a avaliação estrutural e funcional da deglutição, verificou-se fraca sustentação da laringe, tempo máximo de fonação e suporte respiratório diminuídos. Orientaram-se manobras posturais e de limpeza a serem realizadas durante as deglutições e, na avaliação com alimento pastoso grosso, com o paciente realizando as manobras orientadas, verificou-se ausência de sinais de penetração laringotraqueal e, segundo o paciente, maior conforto para deglutir. Resultados: após cinco sessões de atendimento semanal, o paciente realizava as manobras posturais e de limpeza, durante e após as refeições, adequadamente e sem sinais de tosse ou engasgo. Não havia mais necessidade de espessar os líquidos e iniciou a ingestão de pequenas porções de alimento sólido, sendo liberado para revisões mensais. Conclusões: o paciente apresentou boa evolução do quadro funcional considerando a função da deglutição, assim como melhora do apetite e satisfação com o processo alimentar. Palavras-chave: pneumonectomia, disfagia, fonoaudiologia Código: 18989 Título: RELAÇÕES FAMILIARES COMO APOIO À PREVENÇÃO/REABILITAÇÃO DO IDOSO NO ACIDENTE POR QUEDAS: ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Ana Paula Zimmer Pez; Aline Krüger Ramos; Laurem S. Paz; Diana Baumgart; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Resumo: Introdução: O envelhecimento normalmente está acompanhado de alterações e desgastes em vários sistemas. Tal processo pode ser acompanhado de declínio das funções gerais, com ênfase nas atividades de vida diária. As quedas estão presentes em todas as faixas etárias, mas são nos idosos que representam fator de alta morbimortalidade. Objetivo: Desenvolver educação em saúde junto aos idosos sobre os acidentes por quedas, enfatizando a importância do apoio familiar para prevenção e/ou reabilitação. Metodologia: A educação em saúde foi realizada em um Centro De Convivência Maior de uma cidade do interior do RS, junto a 30 idosos frequentadores do grupo. Os familiares dos idosos foram convidados a participar da ação, com intenção de envolver a família na prevenção/reabilitação deste acidente. Utilizou-se para realização da ação técnicas lúdicas de educação, como: dinâmicas, jogos interativos e apresentação dialogada com utilização de recursos audiovisuais sobre quedas. Resultados: Durante a realização da ação educativa, diversos depoimentos dos participantes evidenciaram as quedas sofridas/vivenciadas e suas consequências. No grupo participante constatou-se a presença de conhecimento sobre os acidentes por quedas, porém com diversas dúvidas. Os questionamentos delinearam a ação educativa, pois propiciaram o envolvimento e imersão dos participantes na temática discutida. Ao final da ação educativa os participantes apresentaram os principais riscos domiciliares para ocorrência de quedas, a importância da organização ambiental para evitar estes acidentes. Também ficou inerente a temática a relevância da família como apoio ao idoso, na prevenção e/ou reabilitação da queda, neta discussão foi extremamente oportuno a participação dos familiares, que evidenciaram em seus próprios relatos a importância de entender para auxiliar o idoso. Conclusão: A ação educativa de enfermagem apresentou-se de extrema relevância para os idosos que participaram da ação, bem como seus familiares. A vulnerabilidade dos acidentes por quedas pode ser evitada com ações de organização ambiental, que dependem genuinamente dos familiares, tanto quando do idoso. Ações grupais com idosos são resolutivas quando evidenciam o entendimento destes, após participarem da educação, neste trabalho a abordagem interativa e lúdica propiciou o envolvimento e participação ativa dos envolvidos. Descritores: Idoso; Acidentes por quedas; Relações familiares. Código: 19045 Título: RELIGIOSIDADE E SENTIMENTO DE SOLIDÃO EM IDOSOS Tema: Gerontologia Modalidade: Oral Autores: Fernanda Vial Costa; Maria Gabriela Valle Gottlieb; Yukio Moriguchi; Resumo: Introdução: A viuvez é uma situação especial, não planejada, que provoca tristeza, sentimento de solidão e adaptação a novos papéis. Nesse sentido a religiosidade pode ser uma estratégia de enfrentamento para superar tais dificuldades. Objetivo: verificar a associação entre o sentimento de solidão e a religiosidade em idosos viúvos. Método: estudo transversal e quantitativo com uma amostra de 200 idosos viúvos com idade ≥ 60 anos que frequentam o ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS. Os instrumentos utilizados foram a escala de solidão da Universidade da Califórnia de Los Angeles, a Escala de Frequência de Práticas Religiosas e a Escala de Religiosidade Intrínseca / Extrínseca. Resultados: O nível de solidão da amostra foi considerado alto tendo uma média de 48,4±4,6. Para a estimativa da escala da solidão, os resultados indicaram que, (36,7%) das variações ocorridas no escore da escala da solidão podem ser explicadas pela renda, pois quanto maior a renda maior o nível de solidão. Ainda foi encontrado significância na correlação entre solidão e sexo, mostrando que viúvos demonstram maior satisfação social do que viúvas. A maior parte dos idosos apresentou tendência à religiosidade intrínseca 25,5±7,3. Outra relação significativa encontrada foi entre a religiosidade e a faixa etária dos participantes, sendo que quanto mais idoso, maior a tendência para a prática da religiosidade intrínseca. Foi encontrada diferença significativa somente na relação entre a escala de solidão e a escala de religiosidade social. Conclusão: De modo geral verificou-se que a renda é um fator preditivo para o sentimento de solidão e a faixa etária é um fator preditivo para a prática da religiosidade intrínseca entre idosos viúvos. Além disso, identificou-se que a prática da religiosidade social pode diminuir o sentimento de solidão dos idosos viúvos. Código: 19037 Título: REPRESENTAÇÃO GEOGRÁFICA ESPACIAL DAS QUEDAS DOS IDOSOS: CONTRIBUIÇÕES PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM NA ESF Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Laurem Paz Salbego; Ana Paula Zimmer Pez; Aline Kruger Ramos; Diana Baumgart; Jennifer B Avila; Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Resumo: No processo de envelhecimento há aumento da possibilidade dos acidentes por quedas devido a perda da estabilidade e equilíbrio, alterações na massa muscular e óssea. O cuidado de enfermagem, na ESF pode envolver ações preventivas direcionadas ao idoso na comunidade. Objetivo: identificar a produção cientifica relacionada a acidentes por quedas dos idosos nos últimos 9 anos. Contribuir com o cuidado de enfermagem na prevenção de quedas utilizando a representação geográfica espacial em seis micro-áreas pertencentes a uma Estratégia de Saúde da Família, do interior do RS, Brasil. Método: estudo de caso, seguindo os pressupostos de Yin (2007), sugere revisão de literatura anterior ao início do estudo. A revisão foi realizada nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE com os descritores Idoso and Acidentes por quedas no período de 2000 à 2009. A coleta de dados referente às quedas foi constituída de três momentos de busca: prontuários médicos da ESF, relatos das ACS e entrevistas domiciliares com os idosos que sofreram quedas, adscritos nas micro-áreas. Resultados: três temáticas emergiram da revisão integrativa: acidentes por quedas em idosos na comunidade; acidentes por quedas em idosos durante internação hospitalar e acidentes por quedas em idosos institucionalizados. Evidencia-se a relevância dos ambientes que envolvem a queda, bem como a importância do cuidado de enfermagem para prevenção da mesma, e/ou reabilitação do idoso caídor. Nos acidentes por quedas nas micro-áreas adstrita da ESF, contatou-se: prevalência das quedas em idosos do sexo feminino (69,4%); predominância de quedas em idosos de 60 a 65 anos, sendo esta informação relevante para prevenção de quedas, com medidas preventivas precoces. As quedas ocorridas dentro do domicilio atingem 48% do total de acidentes e 12% das quedas ocorreram dentro e fora do domicílio. Foram encontrados idosos caídores em todas as micro-áreas estudadas. A representação geográfica espacial pode ser utilizada juntamente com o mapeamento de áreas de risco na ESF, sendo importante instrumento para o planejamento do cuidado de enfermagem. Considerações finais: a pesquisa bibliográfica evidenciou os ambientes de ocorrência das quedas. Nas micro áreas estudadas houve prevalência de quedas nas idosas de 60 a 65 anos, com acidente dentro do domicilio. A representação geográfica espacial possibilita conhecer entornos e área da ESF, evidenciando a análise das condições ambientais e domiciliares onde o idoso reside Código: 19028 Título: RESILIÊNCIA EM IDOSOS: ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO COM A PERDA AUDITIVA E COM QUALIDADE DE VIDA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Patricia Vargas Lisboa; Cristiane Nehring; Adriane Ribeiro Teixeira; Resumo: A perda auditiva é um dos mais incapacitantes distúrbios de comunicação no processo de envelhecimento. Como a perda auditiva provoca uma serie de consequências familiares, sociais, psicológicas e na qualidade de vida, considera-se importante investigar se existe associação entre a perda auditiva e a resiliência em um grupo de idosos. O objetivo deste estudo foi investigar presença e o grau de perda auditiva em um grupo de idosos, verificando a existência ou não de associação entre os domínios da qualidade de vida e resiliência nos resultados obtidos. A amostra foi composta por 30 indivíduos idosos, submetidos à avaliação audiológica, a avaliação da qualidade de vida, por meio da aplicação do Short-Form Health Survey (SF-36) e a avaliação da resiliência, por meio da Escala de Resiliência de Wagnilde Young (1993). A análise dos dados evidenciou que os idosos com limiares auditivos normais (145,8 ± 5,5) apresentaram a média de resiliência mais elevada que aqueles de perda auditiva de grau leve (135,6±5,7) e moderado (131,0±8,8). Analisando-se os resultados do SF36 com a escala de resiliência constatou-se que houve associação significativa entre resiliência e os domínios capacidade funcional (r=0,564; p=0,001), aspectos físicos (r=0,602; p<0,001), vitalidade (r=0,540; p<0,01), saúde mental (r=0,481; p<0,01), aspectos sociais (r=0,429; p<0,05) e estado geral de saúde (r=0,478; p<0,01). Em cada correlação verificou-se que, escores elevados na resiliência mostraram-se relacionados a escores também elevados da QV. Na amostra avaliada, a perda auditiva não influenciou nos escores da resiliência. A resiliência está associada a qualidade de vida nos domínios capacidade funcional, aspectos físicos, vitalidade, saúde mental, aspectos sociais e estado geral de saúde. Os escores elevados na resiliência mostraram-se relacionados a escores também elevados da QV. Código: 19006 Título: TRIAGEM AUDITIVA EM ADULTOS E IDOSOS COM A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PORTÁTIL Tema: Gerontologia Modalidade: Oral Autores: Adriane Ribeiro Teixeira; Magda Aline Bauer; Patricia Coradini; Natalia Schardosim Copetti; Cristiane Nehring; Angelo José Gonçalves Bós; Resumo: A perda auditiva pode ocasionar uma série de consequências. O acesso à avaliação audiológica nem sempre é possível em função dos mais diversos fatores (econômicos, deslocamentos, encaminhamentos). Assim, realização de triagem auditiva (TA) poderia facilitar a identificação dos idosos com provável perda auditiva e o encaminhamento para avaliação audiológica completa. Objetivo: Verificar a sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo da TA realizada com equipamento portátil em comparação com a audiometria tonal liminar. Metodologia: Fizeram parte da amostra deste estudo 41 indivíduos, 34 mulheres (82,9%) e 7 homens (17,1%), com ou sem queixa de perda auditiva (PA). Inicialmente todos realizaram anamnese, meatoscopia e foram submetidos à TA utilizando-se o equipamento Hearchek Screener (Siemens). A triagem foi realizada em ambiente silencioso. O equipamento possibilita a realização da TA duas frequências – 1000Hz e 3000Hz. Após, os indivíduos foram encaminhados para a cabina acústica, para a realização da audiometria tonal liminar. Considerou-se que passou na TA o indivíduo que percebeu todos os tons puros em 1000Hz e 3000Hz, com exceção do tom puro em 1000Hz em 20dB, pois análises prévias revelaram que mesmo indivíduos com audição normal não conseguem perceber esta intensidade em ambiente silencioso. Resultados: A audiometria tonal liminar revelou que, com relação a orelha direita (OD), 26 (63,4%) apresentavam limiares auditivos normais, 10 (24,4%) perda auditiva leve e 5 (12,2%) perda auditiva moderada. Com relação a orelha esquerda (OE) foram constatadas 31 (75,6%) orelhas com limiares auditivos normais, 5 (12,2%) com perda auditiva leve e 5 (12,2%) com perda auditiva moderada. A triagem evidenciou que 19 OD e 18 OE falharam na triagem. A análise dos dados evidenciou que os valores de sensibilidade foram de 93,3% (OD) e 90% (OE). A especificidade foi de 80,8% (OD) e 71% (OE). O valor preditivo positivo foi de 73,7% (OD) e 50% (OE) e o valor preditivo negativo foi de 95,5% (OD) e 95,7% (OE). Conclusão: Concluiu-se que a TA com o equipamento portátil apresentou elevada sensibilidade e especificidade. Os valores preditivos positivos e negativos também se mostraram altos. Assim, acredita-se que o equipamento possa ser usado na clínica fonoaudiológica e em outros ambientes de atuação do fonoaudiólogo, permitindo a identificação dos indivíduos adultos e idosos com perda auditiva. palavras-chave: audição; idoso; triagem auditiva Código: 19030 Título: USO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS RESIDENTES EM ZONAS RURAL E URBANA Tema: Gerontologia Modalidade: Pôster Autores: Eveline Fronza da Silva; Vera Maria Vieira Paniz; Iraci Lucena da Silva Torres; Gabriela Laste; Resumo: O envelhecimento populacional advém, dentre outros fatores, do declínio da mortalidade e desenvolvimento tecnológico, auxiliando no diagnóstico e tratamento de doenças, aumentando a incidência de morbidades crônicas e uso de medicamentos. Estudos sobre os padrões de uso de medicamentos por idosos residentes em zona rural e urbana são escassos e de difícil logística. Nesse contexto, este estudo objetivou avaliar o padrão de uso de medicamentos por idosos, segundo zona de moradia rural e urbana. Realizou-se um estudo transversal populacional em idosos com 60 anos ou mais, residentes nas zonas urbana e rural do município de Cachoeira do Sul, RS. Para a coleta das variáveis demográficas, socioeconômicos, comportamentais e de saúde foi realizada uma entrevista domiciliar utilizando um questionário estruturado previamente testado. Para avaliar o uso de medicamentos, solicitou-se a apresentação da receita médica e a embalagem do(s) medicamento(s) utilizado(s), verificando-se a substância ativa para posterior classificação segundo o Anatomical-Therapeutic-Chemical Classification System. Entrevistou-se 229 indivíduos com idade média de 72,3 anos, 42,8% residiam em zona rural, 56,3% eram mulheres. A prevalência de uso de medicamentos foi de 89,5% (IC95% 85,5-93,5), sendo que 44,5% utilizavam de 2 a 4 medicamentos. Os medicamentos mais utilizados foram os que atuam no sistema cardiovascular, 325 (51,7%) seguido dos que atuam no sistema nervoso 146 (23,2%), sendo que as prevalências de uso foram significativamente distintas entre as zonas de moradia (p<0,05). Os medicamentos para o sistema cardiovascular foram mais utilizado pelos moradores da zona rural em relação à zona urbana (54,6%vs49,3%), enquanto para o sistema nervoso, residentes da zona urbana utilizaram mais essa classe terapêutica (29,2%vs15,7%). O número de medicamentos apresentou associação linear direta com a idade e o número de morbidades referidas (p=0,001). Nossos resultados demonstram elevado consumo de medicamentos por idosos com tendência à polifarmácia, associado a distintos padrões de consumo de medicamentos e consequentemente de morbidades entre as zonas de moradia, com predomínio de SCV em zona rural e SNC em zona urbana decorrente possivelmente pela diferentes formas de vida, mas consumo elevado em ambas. Concluindo, fazem-se necessários programas de promoção de saúde e que busquem o uso racional de medicamentos em idosos. Palavras-chave: Idoso, Uso de Medicamentos, População Rural e Urbana