Luís Roberto de Oliveira.
Paulo Rogério Franco Bueno.
A análise financeira: lucros auferidos e potencialidades futuras.
A análise deve pautar-se pelas informações apresentadas nas Demonstrações Contábeis e
Financeiras, uma vez que, essas, podem, no mínimo, visar à construção do cenário patrimonial da
organização. Todavia, não pode esta análise definir o valor da organização simplesmente pelo seu
valor registrado no Balanço Patrimonial.
O Balanço Patrimonial permite a evidenciação do lucro gerado para um período acontecido,
porém, afasta, pelo menos, no primeiro momento, a potencialidade de descobrir a geração dos
lucros futuros, uma vez que, essa Demonstração possui caráter estático e não dinâmico.
Essa assertiva paira sob a lógica que, os valores intangíveis não foram contemplados, sendo
assim, a ausência dessa consideração técnica – a intangibilidade – passa a afastar a possibilidade da
agregação de outros valores na organização.
Ainda, a análise financeira deve refletir sobre a questão dos Ativos Permanentes, pois, ao
pensar a organização de forma econômica, há que se pautar pelo raciocínio que todos os ativos são
realizáveis, ou seja, alguns condicionados enquanto direitos de recebimentos, outros como meios de
venda ou até mesmo de consumo ou de produção.
Esta reflexão de caráter econômico deve aproximar à análise em seu contexto macro, pois,
há que considerar a forma e o tempo de realização desses ativos, uma vez que, esses, estarão
alinhavados em Circulante (12 meses) e outros em Longo Prazo (depois de 12 meses).
Também, a análise deve vislumbrar a inferência quanto às transações extraordinárias, por
exemplo, as desapropriações, sinistros, desmobilizações, reestruturação ou execução de dívidas,
pois, esses eventos refletem, na maioria das vezes no processo do resultado corrente da organização,
ou seja, estarão destacados na Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.
Os estudos técnicos de análise devem contemplar, no mínimo, as informações sobre as
origens e aplicações de recursos e, inclusive devem avançar propriedade investigativa sobre a
necessidade de reconhecer as mutações das disponibilidades, ou seja, as alterações ocorridas nos
saldos de caixa e seus respectivos equivalentes.
Ao observar as origens e aplicações de recursos e ao evidenciar as ocorrências das
disponibilidades, a análise estará diante da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
(essa, praticamente extinta nos últimos anos) e a
Demonstração do Fluxo de Caixa respectivamente.
Com isso, o estudo contextualizado permite analisar financeiramente a empresa, levando,
assim, de forma técnica e científica à identificação de elementos factíveis, os quais, por sua vez,
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nortearão à construção dos valores agregados em seus ambientes macroeconômicos, exemplo,
também destacado pela Demonstração do Valor Adicionado - DVA.
Portanto, ao deixar de considerar a importância da análise das Demonstrações Contábeis e
Financeiras em seu processo contínuo, isto poderá remeter à própria descontinuidade da
organização, uma vez que seus momentos estáticos podem estar contemplados nas demonstrações o
valor da empresa, mas não seu valor potencial de gerar lucros futuros.
Luís Roberto de Oliveira: Mestre em Ciências Contábeis (PUC/SP). Especialista nas áreas de Perícias
Contábeis Judiciais e Extrajudiciais (Fundação Alvarez Penteado). Especialista em Controladoria e Contador
(Universidade São Francisco). Especialista em Avaliação Institucional de Entidades de Ensino Superior (Unb de
Brasília). Especialista em Gestão da Produção e Logística (MBA - Faculdades Atibaia). Perito-Contador. Professor
das Faculdades Atibaia. Foi Professor da Universidade São Francisco. Artesão. Escritor e Pesquisador.
Paulo Rogério Franco Bueno: Especialista em Direito Tributário (EPD - Escola Paulista de Direito). Especialista
em Gestão Financeira e Controladoria (MBA – Faculdades Atibaia). Contador (Universidade São Francisco). Consultor
Contábil. Perito-Contador. Professor das Faculdades Atibaia. Foi Professor da Universidade São Francisco.
Pesquisador.
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