Política de Desenvolvimento de Coleções
da Biblioteca Joel Rodrigues Pereira
BIBLIOTECA JOEL RODRIGUES PEREIRA
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
Londrina
2010
Rua Prefeito Faria Lima, 400, Jardim Maringá, Londrina – PR – Fone: (43) 3031-5050 – CEP: 86.061-450
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Política de Desenvolvimento de Coleções
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 CARACTERÍSTICA DA INSTITUIÇÃO .................................................................... 4
2.1 Missão .................................................................................................................. 5
2.2 Visão ..................................................................................................................... 5
2.3 Valores.................................................................................................................. 6
3 SOBRE PLANEJAMENTO DE COLEÇÕES ........................................................... 6
4 OBJETIVOS ............................................................................................................. 7
4.1 Objetivos Gerais .................................................................................................. 7
4.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 7
5 FATORES PERTINENTES AO DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES ................ 8
5.1 Estudo da Comunidade....................................................................................... 8
5.2 Formação do Acervo ........................................................................................... 9
5.2.1 Seleção .............................................................................................................. 9
5.2.2 Fontes de Seleção ............................................................................................ 9
5.2.3 Critérios de Seleção ....................................................................................... 10
5.2.4 Seleção Qualitativa de Livros ........................................................................ 11
5.2.5 Seleção Quantitativa de Livros ..................................................................... 12
5.2.6 Seleção Qualitativa de Periódicos ................................................................ 12
5.2.7 Seleção Qualitativa e Quantitativa de Multimeios ....................................... 13
5.2.8 Seleção Qualitativa e Quantitativa de Acervo de Referência ..................... 14
5.2.9 Seleção de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) ................................. 14
5.2.10 Seleção de Monografias de Cursos de Especialização............................. 15
5.2.11 Seleção de Teses e Dissertações ............................................................... 15
6 AQUISIÇÃO ........................................................................................................... 15
6.1 Aquisição de Bibliografia Básica ..................................................................... 15
6.2 Aquisição de Bibliografia Complementar........................................................ 16
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6.3 Aquisição de Materiais não Pertencentes aos Planos de Ensino ................. 17
6.4 Aquisição da Coleção de Referência ............................................................... 17
6.5 Aquisição de Periódicos ................................................................................... 18
6.6 Aquisição de Multimeios................................................................................... 19
7 PRIORIDADES DE AQUISIÇÃO ........................................................................... 19
8 DOAÇÕES ............................................................................................................. 20
8.1 Seleção de Doações .......................................................................................... 20
8.2 Doações de Periódicos ..................................................................................... 21
9 INTERCÂMBIO DE PUBLICAÇÕES ..................................................................... 22
10 DESBASTAMENTO ............................................................................................. 22
10.1 Descarte ........................................................................................................... 22
10.1.1 Descarte de Periódicos ................................................................................ 23
11 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO ............................................................................... 24
12 REVISÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES ................ 25
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25
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1 INTRODUÇÃO
O estabelecimento de uma política para o desenvolvimento de coleções é essencial
para efetivar um sentido diretivo para o acervo. Esse sentido diretivo deverá convergir
com a necessidade informacional do público que uma biblioteca pretenda atender e
garantir a otimização do acervo. Sem um documento para parametrizar as aquisições e
ou aceitações de materiais bibliográficos que formarão o acervo informacional, a
probabilidade de formar um acervo despropositado das necessidades dos usuários é
enorme. Obviamente esse controle diretivo servirá para direcionar os gastos com
aquisição, evitando-se desvios de recursos com materiais cuja necessidade não é
prioritária no atendimento das reais necessidades dos usuários.
Nesse sentido, com uma política de desenvolvimento de coleções bem estruturada,
pode-se ter um perfil geral da coleção, criar metodologia de trabalho e fundamentar a
tomada de decisões no que se refere às novas aquisições e/ou aceitação de doações.
2 CARACTERÍSTICA DA INSTITUIÇÃO
O CESA - Complexo de Ensino Superior Arthur Thomas é a Entidade Mantenedora da
Faculdade Arthur Thomas, credenciada pela Portaria do Ministério da Educação nº.
2504 de 19 de agosto de 2004, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) no dia 20
de agosto de 2004.
A Faculdade oferece Cursos de Graduação, Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu e
outras atividades que fazem parte do Programa de Extensão e Responsabilidade
Social.
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A Faculdade Arthur Thomas inova, oferecendo uma perspectiva de ensino diferenciada,
guiada pela necessária visão interdisciplinar voltada para a transformação do social e o
compromisso com outras realidades. Os projetos pedagógicos dos Cursos de
Graduação foram formulados para se adequar às exigências do órgão competente e às
novas perspectivas do mercado de trabalho.
Esta Instituição de Educação Superior dedica-se a possibilitar aos seus acadêmicos
espaços de convivência científica e cultural, aproximando a teoria à prática, e
fomentando a disseminação da formação humanística e ética, com responsabilidade
social.
Por fim, a Faculdade Arthur Thomas propõe-se a ser um local de encontro e
oportunidade para que a academia e a sociedade, assim como a cultura e a ciência,
vejam-se como parceiras na persecução das soluções aos problemas que as
inquietam.
2.1 Missão
"Contribuir para a formação de profissionais competentes, éticos, responsáveis e
empreendedores, por meio da transmissão e geração de conhecimentos, que possam
atuar em benefício da sociedade”.
2.2 Visão
“Ser referência em educação, gerando nos seus alunos, colaboradores e parceiros um
sentimento de admiração e orgulho por fazer parte de uma Instituição que, pela sua
atitude, inspira e motiva outras”.
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2.3 Valores
•
Respeito à Integralidade Humana: reconhecer que o ser humano tem
necessidades físicas, materiais, emocionais e espirituais e tratá-lo considerando
todas essas dimensões.
•
Responsabilidade Sócio-Ambiental: incorporar e incentivar atitudes que
contribuam para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.
•
Busca
Contínua
de
Aprendizagem:
incentivar,
auxiliar e
participar do
desenvolvimento contínuo das pessoas, aprimorando conhecimento e habilidades e
comprometendo-se com a excelência.
•
Solidariedade: cooperar com os demais, de modo a auxiliá-los em suas
dificuldades sempre que preciso, com atenção e respeito.
•
Respeito à Diversidade: considerar as diversas formas de pensar e proporcionar a
participação de todos nas discussões, sem preconceitos ou discriminações.
3 SOBRE PLANEJAMENTO DE COLEÇÕES
Planejar um acervo é processo que demanda continuidade por prazo indeterminado. É
de fundamental importância que esteja incluso nas ações rotineiras da biblioteca como
objeto de reflexão para os bibliotecários, no sentido de definir seus objetivos e critérios
que deverão nortear suas ações quanto ao crescimento do acervo. A visão do todo da
coleção é indispensável para que o profissional estabeleça os aspectos essenciais para
o trabalho de desenvolvimento da coleção, evitando interferências de natureza factual
e/ou circunstancial.
Toda ação no sentido do crescimento do acervo tem de ser congruente com a política
de desenvolvimento de coleções da biblioteca e, mais amplamente, vincular este
documento diretamente com o planejamento estratégico do setor. Qualquer ação de
natureza despropositada pode se tornar um problema mais à frente e trazer
conseqüências nada agradáveis para o setor e para a Instituição como um todo.
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4 OBJETIVOS
A Política de Desenvolvimento de Coleções da Biblioteca Joel Rodrigues Pereira tem
como objetivo definir e implementar critérios para o desenvolvimento de coleções e a
atualização do acervo.
4.1 Objetivos Gerais
Possibilitar a formação de coleções de acordo com os objetivos da Instituição e a
disponibilidade dos recursos financeiros, permitindo um processo de seleção
sistematizado e consistente, propiciando o crescimento racional e equilibrado das
diferentes áreas do acervo que dêem suporte ao ensino, pesquisa e extensão.
4.2 Objetivos Específicos
Dentre os principais objetivos específicos da Política de Desenvolvimento de Coleções,
destacam-se:
a)
estabelecer critérios para o crescimento do acervo;
b)
atualizar permanentemente o acervo, permitindo o crescimento e o equilíbrio do
mesmo nas áreas de atuação da Instituição;
c)
disciplinar o processo de seleção, tanto em quantidade como em qualidade, de
acordo com as características de cada curso oferecido pela Instituição;
d)
identificar fontes para seleção do acervo;
e)
identificar os responsáveis pelo desenvolvimento da coleção;
f)
estabelecer prioridades para a aquisição;
g)
direcionar o uso racional dos recursos financeiros;
h)
determinar critérios para duplicação de títulos;
i)
estabelecer formas de intercâmbio de publicações;
j)
determinar critérios para o descarte de materiais do acervo;
k)
traçar diretrizes para a avaliação das coleções.
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5 FATORES PERTINENTES AO DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
Alguns fatores são de fundamental importância para o desenvolvimento de coleções,
principalmente o estudo do perfil da comunidade usuária e os critérios de formação e
seleção de materiais do acervo.
5.1 Estudo da Comunidade
O perfil da comunidade usuária é fator de fundamental relevância no processo
decisório no estabelecimento de considerações para formação do acervo. Para
bibliotecas universitárias, os usuários em potencial são o corpo discente, docente e
técnico-administrativo. Contudo, essa categoria de biblioteca tem a responsabilidade de
levar em consideração também a comunidade em que está situada a faculdade, uma
vez que é parte integrante da responsabilidade da biblioteca e da Instituição como um
todo participar ativamente do desenvolvimento local. Neste sentido, a biblioteca deve
buscar detectar, por meio de ferramentas de pesquisa, também o perfil da comunidade
que por certo serão seus usuários, embora em grau de assiduidade menor.
No desenvolvimento de uma coleção se deve levar em consideração as necessidades
da comunidade, de uma maneira ampla, e não somente as do usuário real, pois a
biblioteca, como uma instituição essencialmente democrática - principalmente a pública
- deve atender todos os membros da comunidade, no que diz respeito às suas
necessidades informacionais, e não a alguns poucos que, eventualmente, por um
motivo ou outro, já se encontram a utilizá-la. (VERGUEIRO, 1989, p. 30).
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5.2 Formação do Acervo
O acervo será constituído com recursos orçamentários da Entidade Mantenedora e
deverá contemplar os diversos tipos de materiais, independente do suporte físico,
servindo de apoio informacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão da
Faculdade Arthur Thomas, além de manter a memória da Instituição e da comunidade
em que está inserida.
5.2.1 Seleção
A seleção dos materiais que formarão o acervo da biblioteca deverá ser relevante para
os objetivos da Instituição e da comunidade a que serve. É de responsabilidade da
equipe de bibliotecários desta Instituição fazer valer os critérios deste documento para
a formação do acervo da biblioteca. Contudo, a comunidade usuária deve estar atenta
aos critérios que regem este manual de política, para atuar caso haja algum desvio do
propósito fim que nada mais é do que atender as necessidades informacionais desta
mesma comunidade.
5.2.2 Fontes de Seleção
Para a seleção de materiais do acervo bibliográfico devem ser utilizadas fontes, tais
como:
a)
bibliografias gerais e especializadas;
b)
catálogos de editoras e livreiros;
c)
diretórios de periódicos;
d)
sugestões de usuários;
e)
base de dados;
f)
páginas eletrônicas de editoras, livrarias e bibliotecas.
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5.2.3 Critérios de Seleção
Com relação à formação do acervo, os materiais bibliográficos devem ser
rigorosamente selecionados, observando os seguintes critérios:
a)
adequação ao currículo acadêmico dos cursos ofertados pela Instituição e às
linhas de pesquisa;
b)
relevância do material aos objetivos e níveis educacionais da Instituição;
c)
atualidade da obra;
d)
qualidade técnica;
e)
quantidade (escassez/excesso) de material sobre o assunto na coleção da
biblioteca;
f)
qualidade do conteúdo (cobertura/tratamento do assunto);
g)
custo justificável;
h)
idioma acessível;
i)
número de usuários potenciais que poderão utilizar o material;
j)
demanda;
k)
reputação do autor e/ou editor;
l)
condições físicas do material;
m)
conveniência do formato e compatibilização com equipamentos existentes;
n)
trabalhos acadêmicos que obedeçam às normas da ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas).
Na seleção de materiais para compor o acervo, deve-se levar em conta a análise
qualitativa e quantitativa. Para a análise qualitativa, faz-se necessário o olhar de um
público especializado. Este público especializado, no nosso caso, será o Professor.
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Este encargo não poderia ficar somente por conta do pessoal técnico da biblioteca,
uma vez que não são especializados em todas as disciplinas dos cursos ministrados na
Instituição. O pessoal técnico da biblioteca deve, à medida que sente a necessidade do
usuário, elaborar listas de materiais e repassar aos Coordenadores dos Cursos, caso
haja a omissão dos Professores das disciplinas. Entretanto, o Professor da disciplina é
o mais indicado para sugerir as obras, até porque será ele quem irá utilizá-las como
referência para a disciplina.
No que diz respeito ao processo de análise quantitativa, o pessoal técnico da biblioteca
deve sugerir a quantidade mínima e máxima de exemplares por material. Para isso é
preciso levar em conta as recomendações do órgão competente e o bom senso para
garantir um mínimo de acesso e rotatividade desses exemplares.
5.2.4 Seleção Qualitativa de Livros
Um dos critérios de seleção qualitativa diz respeito às indicações de obras feitas,
semestralmente, pelo corpo docente em seu Plano de Ensino. Nesse instrumento de
sua responsabilidade, o corpo docente separa as bibliografias em bibliografia básica e
bibliografia complementar. A bibliografia básica é material bibliográfico indispensável
para o entendimento do conteúdo da disciplina, sendo considerada de leitura
obrigatória, e portanto, a biblioteca deve se comprometer em disponibilizar essa
bibliografia.
As bibliografias listadas como complementares ao conteúdo disciplinar são bibliografias
que tem o intuito de complementar o assunto tratado na disciplina. Na maioria das
vezes, os Professores disponibilizam uma relação grande delas e, nesses casos, a
biblioteca não deve se comprometer em adquirir toda a listagem, porém deve se basear
nela para selecionar obras que complementem o acervo, adquirindo-a parcialmente.
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5.2.5 Seleção Quantitativa de Livros
Este tipo de análise fica a cargo, integralmente, do pessoal técnico da biblioteca, pois
se deve analisar as recomendações do órgão competente, calculando o número de
alunos de cada turma para que se possa chegar a um número satisfatório.
Obviamente, fica impossível adquirir um exemplar para cada aluno, mas há de se ter
bom senso e zelar para que haja coerência na aquisição de todos os títulos definidos
como bibliografia básica, que é estratégica no conteúdo das disciplinas.
Haverá casos, entretanto, em que alguns títulos poderão ser adquiridos em menor
número de exemplares por aluno do que o recomendado pelo órgão competente ou
pela necessidade real dos usuários. Esses casos exigirão do profissional responsável
pela seleção a avaliação da finalidade dos mesmos para a tomada de decisão no que
se refere à redução do número de exemplares. São estes os casos:
a)
títulos de custo muito alto;
b)
obras que, em determinado período, estão sujeitas a alterações e atualizações,
como códigos e doutrinas jurídicas;
c)
outros casos que poderão ser observados e devidamente justificados.
5.2.6 Seleção Qualitativa de Periódicos
O periódico é mais um tipo de material que exige tratamento diferenciado pela
biblioteca. A forma mais corriqueira de entrada desse tipo de obra na biblioteca é por
meio de assinatura, portanto, uma vez assinado o periódico, devem ser feitos todos os
esforços
para
a
manutenção
dessa
assinatura.
Tal
compromisso
obriga,
necessariamente, aos dirigentes da biblioteca, uma política coerente para que a
coleção não fique incompleta.
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O acervo da biblioteca deve conter periódicos de informações gerais e especializadas,
porém, muitas são as publicações periódicas existentes e, para guiar a biblioteca na
escolha do periódico certo, faz-se necessário o uso das recomendações abaixo:
a)
indicações de Professores ou Coordenadores de Cursos;
b)
periódicos reconhecidos como referência nas áreas de conhecimento dos cursos
que a Instituição oferece;
c)
títulos que já fazem parte do acervo da biblioteca tem prioridade de renovação;
d)
periódicos para dar suporte aos conteúdos programáticos e propostas
pedagógicas;
e)
periódicos
para
os
cursos
em
fase
de
reconhecimento,
implantação,
credenciamento ou recredenciamento.
A biblioteca deve realizar avaliação constante da coleção de periódicos correntes com
o intuito de acompanhar o crescimento da coleção, a fim de subsidiar as tomadas de
decisão com relação à inclusão de novos títulos, cancelamento ou descarte das
mesmas.
5.2.7 Seleção Qualitativa e Quantitativa de Multimeios
Esse suporte tem sido cada vez mais usado pelos Professores e procurado pelos
usuários, como meio alternativo e dinâmico de fonte de pesquisa. Nesse sentido, faz-se
necessária uma análise criteriosa e um certo esforço no sentido de buscar atender a
necessidade desta categoria de material. Mais uma vez, o Professor será utilizado
como fonte primeira de indicação, porém, a biblioteca deve elaborar listagem própria
que complemente a listagem, no intuito de enriquecer esse tipo de acervo, dando mais
opções de suporte ao público usuário.
No que se refere à quantidade de exemplares por título, a biblioteca deve analisar se a
obra está relacionada em bibliografia básica ou complementar. À bibliografia básica
deve ser dada prioridade na compra, com número maior de exemplares do que a
complementar.
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Deve-se levar em conta, ainda, as solicitações de usuários.
5.2.8 Seleção Qualitativa e Quantitativa de Acervo de Referência
O acervo de referência são obras de apoio ao entendimento dos outros tipos de obras.
Esse material é de grande particularidade e, portanto, é material a ser analisado
separadamente. Um bom acervo de referência é sinal de uma biblioteca bem equipada
e preocupada com o desenvolvimento de seus usuários.
Na análise de obras de referência, mais uma vez será dada prioridade às indicações
dos Professores em seus Planos de Ensino. Entretanto, o pessoal técnico da biblioteca
pode e deve acrescentar títulos para que se tenha um setor de referência bem
equipado. O acervo de referência deverá atender as necessidades dos cursos
oferecidos pela Instituição, porém, os departamentos e setores da Instituição também
poderão solicitar obras desse tipo.
É de competência do pessoal técnico da biblioteca estabelecer a quantidade de
exemplares por título que a biblioteca deve adquirir. Para isso, deve-se valer da
necessidade de seu usuário e da rotatividade desse tipo de acervo, pois é material que
tem período de saída menor que uma obra comum.
5.2.9 Seleção de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)
Serão aceitos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) somente em meio eletrônico
(PDF), com nota mínima 9 (nove) ou conceito “A” e disponibilizados na página
eletrônica da biblioteca.
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5.2.10 Seleção de Monografias de Cursos de Especialização
Serão aceitas Monografias em exemplares impressos e em meio eletrônico (PDF),
disponibilizados na página eletrônica da biblioteca.
5.2.11 Seleção de Teses e Dissertações
Serão mantidos um exemplar impresso e outro em meio eletrônico (PDF),
disponibilizados na página eletrônica da biblioteca.
6 AQUISIÇÃO
Uma vez feita a análise detalhada dos materiais, esses devem ser encaminhados ao
Setor de Compras da Biblioteca. Como a sugestão de obras é sempre grande,
notadamente para bibliotecas em formação, este Setor, por sua vez, terá de analisar
cuidadosamente, para que, caso tenha de excluir algum item, não seja excluído um
item que seja estratégico para uma determinada disciplina.
6.1 Aquisição de Bibliografia Básica
A bibliografia básica é material bibliográfico indispensável para o entendimento do
conteúdo da disciplina. Portanto, estas devem ser consideradas de extrema
importância para o acadêmico e, neste sentido, item obrigatório como critério de
aquisição para a biblioteca.
Na aquisição da bibliografia básica, para os cursos em processo de abertura, devem
ser observadas as seguintes regras:
•
no mínimo 3 (três) títulos por disciplina;
•
em média 01 (um) exemplar, por título, para cada 10 (dez) alunos por turma.
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Na aquisição da bibliografia básica, para os cursos em andamento, devem ser
observadas as seguintes regras:
•
no mínimo 3 (três) títulos por disciplina;
•
em média 01 (um) exemplar, por título, para cada 8 (oito) alunos por turma.
Haverá casos, entretanto, em que alguns títulos poderão ser comprados em menor ou
maior número de exemplares por aluno, do que o estabelecido acima.
Esses casos exigirão do profissional responsável pela aquisição, a avaliação da
finalidade dos mesmos para tomada de decisão no que se refere à redução ou
aumento do número de exemplares. São esses os casos:
a)
títulos de custo muito alto;
b)
obras que em determinado período estão sujeitas a alterações e atualizações,
como códigos e doutrinas jurídicas;
c)
legislação, que são obras usadas como consulta na realização de provas;
d)
outros casos que poderão ser observados e devidamente justificados.
6.2 Aquisição de Bibliografia Complementar
Bibliografias complementares são, como o próprio nome sugere, bibliografias que
complementam as bibliografias básicas das disciplinas. A bibliografia complementar é
parte importante na formação do acervo da biblioteca, contudo, não poderá ter o
mesmo tratamento da bibliografia básica.
Independentemente de serem obras de cursos em abertura ou de cursos em
andamento, devem ser levadas em consideração as recomendações do órgão
competente.
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Para tanto, serão disponibilizados, no mínimo, 5 (cinco) títulos, com 5 (cinco)
exemplares para cada título, adquiridos para a composição da bibliografia
complementar de cada disciplina.
6.3 Aquisição de Materiais não Pertencentes aos Planos de Ensino
Materiais que não estão relacionados em Planos de Ensino, mas que estejam de
acordo com as necessidades informacionais dos usuários e que, de alguma forma,
complementam o acervo da biblioteca, sem desviar o direcionamento dado pela Política
de Desenvolvimento de Coleções, podem ser adquiridos. Para isso, devem-se respeitar
as recomendações abaixo:
a)
que quantidade de obras (títulos) possui o acervo, do mesmo assunto;
b)
que quantidade de obras (títulos) possui o acervo, do mesmo autor.
Constatando-se que a obra possui um índice baixo nos dois quesitos acima, deve ser
analisada a disposição de verba para sua aquisição.
A recomendação para a seleção quantitativa desses materiais é de que sejam
adquiridos entre 1 (um) a 2 (dois) exemplares por título, exceto nos casos em que haja
pedido expresso efetuado pelos solicitantes que justifiquem a necessidade de um
número maior de exemplares.
6.4 Aquisição da Coleção de Referência
Esse tipo de material exige atenção especial, pois se trata de obras de consulta rápida.
Diferente de livro que possui conteúdo extenso. Com essa particularidade, esse tipo de
acervo deve receber tratamento diferenciado na hora da compra.
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Tanto para obras nacionais como para estrangeiras, de curso em abertura ou em
andamento, o número de exemplares por título deve seguir as recomendações feitas
pelo órgão competente, que não estabelece um número exato para aquisição de obras
de referência, mas recomenda que sejam atendidas as necessidades dos alunos nas
áreas lecionadas nos cursos.
6.5 Aquisição de Periódicos
Há dois tipos clássicos de aquisição de periódicos. Assinatura ou permuta. A assinatura
é a forma mais corriqueira de entrada deste tipo de obra na biblioteca. Já a permuta é
menos usual, mas também é uma forma importante de aquisição.
Para a assinatura de periódicos será dada prioridade às indicações dos Professores
das disciplinas, bem como dos Coordenadores dos Cursos. As sugestões elaboradas
pelo pessoal da biblioteca, bem como para as solicitações dos usuários em geral,
também deverão ser encaminhadas aos Coordenadores dos Cursos, para análise.
No que diz respeito às permutas, essas serão analisadas pelo pessoal técnico da
biblioteca para definir quais periódicos são de interesse da mesma. Alguns critérios de
seleção estão definidos abaixo:
a)
periódicos de áreas do conhecimento que estejam conectadas com as disciplinas
ministradas pelos cursos oferecidos pela Instituição;
b)
periódicos de conhecimentos gerais;
c)
periódicos que respeitem os critérios acima e que pertençam a instituições
reconhecidas pela sociedade.
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6.6 Aquisição de Multimeios
A esse material, por ter se tornado bastante procurado, tanto pelo corpo docente como
pelo discente, deve ser dada especial atenção. Quando comprovada a necessidade de
tais recursos, elaborar listagem própria a fim de enriquecer o acervo, dando mais
opções de suporte ao público usuário.
Esses recursos poderão ser adquiridos também por solicitação de usuários, de acordo
com a disponibilidade orçamentária.
7 PRIORIDADES DE AQUISIÇÃO
Diante das restrições orçamentárias, que fazem parte de qualquer instituição de ensino
nos dias de hoje, haverá de se estabelecer prioridades em relação à população usuária
do acervo. Uma política bem elaborada com a visão clara das necessidades
informacionais de cada grupo de usuários convergindo com o foco global da Instituição,
ajuda a biblioteca a dar direcionamento da verba disponível para aquisição de novos
materiais.
Uma vez estabelecidas as prioridades de cada grupo de usuários, fica mais claro
determinar:
a)
a que material (tanto no conteúdo, quanto no suporte) será dado prioridade;
b)
porque e sob quais condições este material deverá ser adquirido.
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8 DOAÇÕES
Doação de materiais bibliográficos é algo corriqueiro na maioria das bibliotecas. No
entanto, é preciso avaliar muito bem os materiais doados para que esses não destoem
da política traçada pela biblioteca na formação do seu acervo. Na maioria das vezes,
as doações são carregadas de materiais desatualizados. Cabe ao pessoal técnico da
biblioteca avaliar, cuidadosamente, para que as doações agreguem valor ao acervo e
não se transformem em problema para a biblioteca.
Não podem ser adicionados novos materiais ao acervo da biblioteca somente porque
foram recebidos de forma gratuita. Desta forma, será necessário estabelecer critérios
para a seleção de doações de livros e de outros materiais.
8.1 Seleção de Doações
As doações podem ser de dois tipos. A mais conhecida é a doação espontânea. Como
o próprio nome sugere, a doação espontânea acontece quando o doador procura a
biblioteca para oferecer a doação.
Alguns critérios para aceitação de doações espontâneas são:
a)
solicitar, quando possível, o fornecimento de listas dos títulos a serem oferecidos
para uma pré-avaliação;
b)
estado de conservação do material;
c)
negar completamente
doações que
venham
com exigências
para sua
incorporação ao acervo;
d)
deixar claro ao doador que a biblioteca poderá incorporar ou não o material ao
acervo e descartá-lo quando o mesmo não estiver de acordo com a Política de
Desenvolvimento de Coleções da biblioteca;
e)
toda e qualquer doação incorporada ao acervo, não mais poderá ser devolvida ao
doador;
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Política de Desenvolvimento de Coleções
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f)
não serão aceitos fotocópias de materiais bibliográficos de acordo com o Art. 29
da Lei de Direitos Autorais, Lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
g)
preencher o Termo de Doação para que fique registrado que o material doado
pertencerá, daquela data em diante, à biblioteca e que esta tem total poder sobre
o material doado.
Outro tipo de doação são as doações solicitadas, pelas quais a biblioteca solicita algum
tipo de material. Estas solicitações são, normalmente, feitas a instituições
governamentais ou privadas. Antes de proceder à solicitação, deve-se efetuar uma
seleção prévia do que se deseja realmente obter para um acréscimo positivo e
coerente ao acervo.
8.2 Doações de Periódicos
O periódico é um tipo de material que merece muito cuidado nos critérios de seleção.
Não é coerente aceitar qualquer titulo de periódico sem levar em conta a continuidade
da coleção. Aceitar doações de exemplares avulsos sem que haja o compromisso da
continuidade do título pode descredenciar a Política de Desenvolvimento de Coleções
da Biblioteca. Portanto, poderão ser aceitos periódicos doados desde que estejam de
acordo com os seguintes critérios:
a)
exemplares que complementem os faltantes de títulos assinados ou permutados
pela biblioteca;
b)
coleções completas;
c)
títulos considerados raros.
Para os critérios de aceitação acima, haverá a necessidade de se confirmar que esses
exemplares estejam em boas condições de uso, sem rasuras ou danos irreparáveis.
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9 INTERCÂMBIO DE PUBLICAÇÕES
O intercâmbio será efetuado com outras instituições similares, dos seguintes tipos de
materiais:
a)
publicações da Instituição;
b)
material recebido por doação em quantidade desnecessária ou cujo conteúdo não
seja de interesse da comunidade acadêmica;
c)
duplicatas de periódicos;
d)
material substituído por outro em melhores condições;
e)
material retirado do acervo para descarte.
10 DESBASTAMENTO
Três atividades distintas são partes integrantes do desbastamento. O descarte, que é a
retirada definitiva da obra do acervo. O deslocamento, que se trata da retirada da obra
de um determinado setor da biblioteca para um outro setor, com o intuito de dar menos
ou mais destaque à obra, e, ainda, a suspensão do material por um determinado prazo
para sua recuperação física.
10.1 Descarte
O descarte é sempre uma ação polêmica. No entanto, quando se faz necessário, deve
ser encarado sem temores. É um processo que ajuda a biblioteca a se manter
atualizada e com um acervo otimizado.
Todo material bibliográfico passível de descarte deverá ser submetido a uma análise
detalhada. Se possível, recomenda-se que um especialista da área, no nosso caso o
Professor, seja consultado para ajudar no processo.
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Alguns critérios são dados para ajudar na tomada de decisão do descarte. São eles:
a)
inadequação:
obras
que
não
estejam
de
acordo
com
a
Política
de
Desenvolvimento de Coleções da biblioteca, que possam ter sido incorporadas ao
acervo sem seleção prévia;
b)
desatualização: critérios aplicados às obras cujos conteúdos já foram superados
por novas edições;
c)
condições físicas: obras danificadas de tal forma que não possam ser
recuperadas;
d)
duplicatas: número excessivo de exemplares da mesma obra e que, por histórico,
não sejam relevantes às necessidades dos usuários.
Contudo, é prudente que não se descartem todos os exemplares de uma obra
obsoleta, pois esta pode ter valor histórico.
10.1.1 Descarte de Periódicos
Esse material é tão específico que necessita de uma tabela de temporalidade. Essa
tabela deve ser elaborada respeitando as necessidades dos usuários, histórico de
procura e mediante consulta ao corpo docente. Alguns critérios abaixo servem para
direcionar o descarte:
a)
periódicos não científicos após o tempo estabelecido pela tabela;
b)
periódicos científicos com prazo de validade científica já ultrapassado;
c)
fascículos de periódicos recebidos em duplicata com mais de dois exemplares;
d)
periódicos diários com mais de 30 dias de publicação.
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Tabela de Temporalidade
Período de
Período de
Permanência na
Deslocamento da
Estante
Estante
Revista técnico-científica
1 ano
10 anos
descarte
Revista da Instituição
1 ano
permanente
-
Revistas não cientificas
1 ano
3 anos
descarte
Jornais diários
diário
30 dias
descarte
mensal
1 ano
descarte
anual
10 anos
descarte
Boletim não-científico
mensal
1 ano
descarte
Boletim da Instituição
permanente
permanente
-
Tipo de Periódico
Jornais especializados
Boletim técnico-científico
Destino
Deve ser observado que a tabela de temporalidade é um instrumento em constante
análise e deve ser questionada periodicamente para avaliar se os critérios
estabelecidos estão de acordo com a demanda dos usuários e o crescimento do
acervo.
11 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO
É preciso que a coleção seja avaliada periodicamente no sentido de averiguação da
sua congruência com a Política de Desenvolvimento de Coleções. É possível que,
depois de um certo tempo de existência, a biblioteca tenha aceitado entrada de algum
tipo de material que não esteja de acordo como a Política de Desenvolvimento de
Coleções, por isso, é de fundamental importância que uma avaliação periódica seja
realizada na tentativa de correção diretiva do acervo.
Obviamente um ou outro título não faria efeito no objetivo geral da política, mas, essa
análise pode e deve detectar algum desvio se este estiver ocorrendo.
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A biblioteca deve realizar a avaliação do seu acervo a cada 3 (três) anos, o que servirá
de subsídio para tomada de decisão à luz da Política de Desenvolvimento de Coleções.
12 REVISÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
A cada ano a Política de Desenvolvimento de Coleções deverá ser revisada e, se
necessário, atualizada com a finalidade de garantir sua adequação à comunidade
acadêmica, aos objetivos da biblioteca e aos da própria Instituição, contudo, o processo
é dinâmico e flexível e sempre que se fizer necessário, admite adendos e adequação.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Diva; VERGUEIRO, Waldomiro. Aquisição de materiais de informação.
Brasília, DF: Briquet de Lemos Livros, 1996.
MARTINS, Myriam Gusmão de. Planejamento bibliotecário: para alunos de
graduação em Biblioteconomia. São Paulo: Pioneira, 1980.
VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis; APB,
1989.
VERGUEIRO, Waldomiro. Seleção de materiais de informação. 2. ed. Brasília, DF:
Briquet de Lemos Livros, 1997.
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