FIBRILAÇÃO ATRIAL NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CIRURGIA CARDÍACA COM CIRCULAÇÃO EXTRA-CORPÓREA. Avaliação de fatores pré-operatórios predisponentes e evolução médio prazo. Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta Serviços de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca Hospital do Servidor Público Estadual, SP e Universidade Cidade de São Paulo • Esta apresentação não envolve conflito de interesses. • Este trabalho recebeu bolsa PIBIC – CNPQ. FIBRILAÇÃO ATRIAL HISTÓRICO • A FA é uma arritmia muito comum na população adulta. • É uma causa definida de FTE, pulmonar, cerebral e periférico, com conseqüente aumento da mortalidade e da taxa de internação. • A FA pode ultrapassar 50% dos casos de cirurgia valvar e 30% nos de RM. DELINEAMENTO • Estudo local, observacional, transversal e retrospectivo. • Pacientes submetidos a cirurgia de RM em um determinado período. • Reconhecer as co-morbidades prevalentes nesses casos. mais • Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. METODOLOGIA • Revisão de prontuários de pacientes submetidos a RM com CEC. • Período: junho de 2008 e novembro de 2009. • Construção de uma planilha de levantamento. METODOLOGIA Critérios de Inclusão • Idade superior a 40 anos. • Ambos os sexos. • Pacientes que não receberam antiarrítmicos até cinco dias antes da cirurgia • Ato cirúrgico sem intercorrências técnicas que pudessem provocar arritmias. METODOLOGIA Critérios de Exclusão • Alterações clínicas e sorológicas suspeitas de hipertireoidismo. • Presença de FA prévia. • Presença de DPOC. • Óbitos durante a cirurgia. METODOLOGIA Variáveis Analisadas • Aspectos clínicos. • Aspectos cirúrgicos. • Pós-operatório imediato e tardio. METODOLOGIA Variáveis Analisadas Aspectos Clínicos • Dados pessoais. • Presença de comorbidades. • Uso de fármacos antes da cirurgia. • Análise de ECG. • Padrões da cinecoronariografia. METODOLOGIA Variáveis Analisadas Aspectos Cirúrgicos • Dados técnicos gerais da cirurgia. • Uso de fármacos durante a cirurgia. • Número de artérias revascularizadas. • Necessidade de cardioversão elétrica. METODOLOGIA Variáveis Analisadas Pós-operatório imediato • Tempo de UTI. • Ocorrência de hipotensão. • Arritmias diferentes da FA. • Distúrbios respiratórios. METODOLOGIA Variáveis Analisadas Pós-operatório tardio • Evolução clínica • Complicações • Óbitos RESULTADOS Incidência de FA no PO de RM numa população de 131 pessoas RESULTADOS Gerais Gênero Masculino Feminino N 16 (66,6%) 8(33,3%) Idade (média) 68,0 67 RESULTADOS Prevalência de co-morbidades nos casos de FA no PO (n=24) FA NO PO %(Nº) HAS 100(24) IAM 50(12) DLP 45,8(11) DM 45,8(11) OBE 12,5(3) RESULTADOS Prevalência de coronárias obstruídas RESULTADOS Porcentagem de obstrução da coronária descendente anterior RESULTADOS Porcentagem de obstrução da artéria coronária direita RESULTADOS Avaliação ecocardiográfica prévia Disfunção sistólica 9 (37,5%) Alteração do relaxamento ventricular e/ou hipertrofia 4 (16,6%) Disfunção sistólica e/ou hipocinesia 3 (12,5%) Acinesia e/ou átrio esquerdo dilatado e/ou dilatação da aorta 1 (4,1%) RESULTADOS Avaliação dos dados intra-operatórios Tempo de anóxia 62 min Tempo de perfusão 68 min Tempo cirúrgico Temperatura Números de pacientes com intercorrências intra-operatórias 4h:30 min 32ºC 7 (29,1%) RESULTADOS Intercorrências intra-operatórias RESULTADOS Avaliação pós-operatória Data da manifestação da arritmia (média) 3 dias (72 horas) Prevalência de hipotensão 9 (37,5%) RESULTADOS Avaliação dos dias de internação RESULTADOS Evolução tardia (n=24) Seguimento (média) 21 - 39 (31,5) meses Assintomáticos 7 (29,1%) Dispnéia 7 (29,1%) Complicações 6 (25%) Óbitos 2 (8,3%) RESULTADOS Complicações pós-alta hospitalar RESULTADOS Óbitos • OG, masculino, deu entrada no PS com queixa de dispnéia, febre e tosse produtiva com evidência de uma gangrena úmida em MMII. Paciente evolui para um choque séptico e faleceu 34 meses após a RM. • MASO, feminino, deu entrada no PS com queixa de fraqueza em Membros superior e inferior e desvio de rima. A hipótese diagnóstica foi um acidente vascular encefálico. Paciente evolui com uma insuficiência respiratória irreversível e faleceu 25 meses após a RM LIMITAÇÕES do ESTUDO • Trabalho retrospectivo. • Revisão de prontuários. • Número limitado de pacientes. CONCLUSÕES • HAS foi um importante fator de risco para o desencadeamento de FA no PO de cirurgia de RM com CEC. • Com menor ênfase, situaram-se IAM, dislipidemias e diabete. • Outras investigações com um número maior de pacientes dariam melhor correlação entre a FA e as co-morbidades encontradas. • O aparecimento tardio de FA é raro. CONCLUSÃO Final A otimização do tratamento das comorbidades poderia evitar o aparecimento de FA. AGRADECIMENTOS • Funcionários do Arquivo do Hospital do Servidor Público Estadual – Iamspe • CEDEP – Iamspe • CNPq