TUDO O QUE VOCÊ PENSA, PENSE AO CONTRÁRIO, Paul Arden A receita errada para o resultado certo de um dos maiores publicitários do mundo Guiados sempre pela lógica, os livros de motivação privilegiam a observação de regras básicas combinadas a fundamentos da psicologia e do senso comum. Na contramão dessas receitas de êxito profissional e pessoal, Paul Arden, uma lenda da publicidade britânica, provou ser um mestre do anticonvencional. A idéia de Tudo o que você pensa, pense ao contrário, lançado pela Intrínseca, é que devemos fazer o oposto do que se espera de nós, apostando no risco e esquecendo o bom senso. Segundo Arden, “o problema de tomar decisões sensatas é que todo mundo está fazendo o mesmo”. Ele explica “por que se deve ser precipitado” e desdenha dos ritos universitários, suas pós e MBAs, dando boas razões para se “aprender na escola da vida”. Defende a importância de coisas óbvias, mas evitadas: cometer erros, não ser negativo diante de uma rejeição e sempre assumir a culpa diante de um fracasso. Com charme e humor ensina por que podemos investir em decisões impetuosas, subverter hierarquias e dar adeus aos hábitos corporativos como etapas do crescimento na carreira e na vida. Por meio de grafismos, fotografias intrigantes, slogans ousados e citações insólitas de artistas, cientistas e filósofos, o autor faz ataques audaciosos ao modo como encaramos os desafios. Discorre sobre as vantagens de assumir posicionamentos radicais, e mostra os resultados que se pode alcançar dessa maneira. Em vez do conselho tedioso, Paul Arden oferece propostas inovadoras. Usando experiências de seu brilhante desempenho como publicitário, mostra como o risco pode ser o maior fator de segurança. Para isso aponta os benefícios de tomar as decisões consideradas menos razoáveis. Sugere que ser demitido pode ser um “movimento positivo na carreira”, aconselha a não ficar muito tempo em um emprego e garante que “às vezes o mais esperto é não ser esperto demais”. Assim, Tudo o que você pensa, pense ao contrário provoca uma ruptura com códigos e comportamentos consagrados, e acena com provocações que conferem a confiança necessária para se tomar decisões arriscadas — aquelas que podem levar a desfrutar do trabalho e da carreira de uma forma mais criativa, arrojada e singular do que se esperava. Afinal, quem quer se destacar e deixar a própria marca precisa pensar diferente — pensar ao contrário. Quer você crie, venda, gerencie ou compre, Paul Arden lhe trará inspiração com seu pensamento original, suas surpreendentes anedotas e suas lições exemplares. - o melhor conselho que já foi dado: “(...) partiu do diretor de arte da revista Harper’s Baazar ao jovem Richard Avedon, destinado a se tornar um dos melhores fotógrafos do mundo: ‘Me surpreenda.’ Tenha estas palavras em mente e qualquer coisa que faça será criativa.” - sobre os nossos sonhos: “Você não pode pagar a casa dos seus sonhos. É por isso que ela é a casa dos seus sonhos. Portanto, encontre um jeito de consegui-la (você vai achar os recursos) ou fique satisfeito com a sua insatisfação.” - imprevisível como suas idéias: Em uma conferência sobre criatividade chegou ao palco acompanhado por um quarteto de cordas, que tocou uma peça de Beethoven. Arden e os músicos saíram de cena sem dizer uma palavra, depois de exibir uma série de slides com imagens — elemento privilegiado em seu trabalho. - querer e poder: Em uma palestra para vendedores de uma grande editora britânica, Arden falou ao lado de um homem completamente nu. “Este homem pode ser o que ele quiser”, disse. “Ele não tem etiquetas, sem Gucci ou Armani, vocês nem sabem o seu nome. Poderia ser o gerente de uma sapataria, o diretor de uma empresa com um Jaguar, ou um ministro do governo com dois Jaguares. Tudo que ele precisa é querer isso o suficiente.” Por isso também cita Victoria Beckham que, adolescente, declarava: “Quero ser famosa como Persil Automatic” (um sabão em pó tão popular na Inglaterra como o brasileiro OMO). - comece tomando decisões erradas: Em 2003, começou a escrever. Apareceu na Feira de Frankfurt, onde não conhecia absolutamente ninguém, com apenas a versão bruta de um livro — algo insólito no mercado editorial, que ilustra a maneira “Arden” de operar. Assim atirou-se em uma negociação para fechar o contrato dos direitos autorais de sua primeira obra It’s is Not How Good You Are, It’s How Good You Want to Be, que se tornou um best-seller. SOBRE O AUTOR: PAUL ARDEN, ex-diretor-executivo de criação da agência Saatchi & Saatchi, entre 1979 e 1992, fundou uma produtora de filmes comerciais em Londres e foi proprietário de uma galeria de obras fotográficas. Criou campanhas marcantes como as gigantescas fotografias de seda roxa cortada que vendiam cigarros Silk Cut; a do slogan “Relax” para trens Intercity na Grã-Bretanha; a das ovelhas seguindo em fila para o caminhão do açougueiro, que vendia o jornal The Independent como o jornal da intelligentsia; e outra com centenas de pessoas formando um rosto sorridente para identificar a British Airways como a linha aérea preferida por todo mundo. Autor de It's Not How Good You Are, It's How Good You Want To Be e de God Explained in a Taxi Ride, que será publicado no próximo ano pela Intrínseca, nasceu em Kent, na Inglaterra, em 1940. Morreu em West Sussex, em 2 de abril de 2008, de um ataque cardíaco, quando a edição deste seu primeiro livro publicado no Brasil estava em finalização. “Brilhante, da pesada, encantador, irrascível e totalmente excêntrico — Paul Arden é um pensador original com extraordinário ímpeto e energia, abençoado com um gênio criativo aliado a um tipo de bom senso que não é nada comum.” Roger Kennedy, Saatchi & Saatchi Tudo que você pensa, pense ao contrário, Paul Arden Tradução de Roberto Muggiati 144 Páginas R$ 29,90 Outras informações: Editora Intrínseca Juliana Cirne – [email protected] + 55 21 3874-0914, R: 203