TURISMO NATIVO
Existe um Brasil que você já conhece.
E EXISTE UM BRASIL QUE VOCÊ PRECISA CONHECER.
CONHEÇA ESTE BRASIL.
CONHEÇA
TURISMO NATIVO
O Turismo Nativo é uma iniciativa do Instituto Futuro em parceria com
o Ministério do Turismo para criar oportunidades de conhecimento e
acesso à cultura indígena, desenvolvendo o contato com este universo
tão rico.
O projeto reafirma a importância das culturas, a riqueza e diversidade
dos cerimoniais tradicionais e cria um movimento positivo, em que o
conhecimento gera respeito e envolve as novas gerações no trabalho
de valorização e afirmação cultural.
Divulgue essa ideia. Existe um Brasil que o mundo precisa conhecer.
IMPORTANTE SABER
Para uma viagem segura e tranquila,
é importante ficar atento a estas questões.
Vacinas
A vacina contra febre amarela é necessária para turistas que pretendem visitar os seguintes estados: Acre,
Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins. Consulte seu cartão de vacinas e certifique-se da validade da vacina. Ela tem duração de dez anos.
A vacina é gratuita e é aplicada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Autorizações
Pra visitação às aldeias, são necessárias autorizações oficiais. Segundo as leis brasileiras, este acesso depende
da solicitação e aprovação de órgãos como a FUNAI – Fundação Nacional do Índio. Os calendários devem ser
respeitados e a autorização certifica que as datas serão seguidas.
Hospedagem e translado
O primeiro fator a considerar, antes mesmo da escolha e reserva do hotel ou pousada, é o acesso ao local. Para
chegar a determinadas áreas, além de autorizações oficiais, hotel, passagens e traslados, é importante a
presença de um guia. O Turismo Nativo pode facilitar seu contato com estas pessoas, por isso sugerimos que
você envie para nós um email solicitando mais informações.
O traslado também é um dos itens mais importantes da sua viagem. Muitos grupos estão distantes de qualquer
centro comercial. Em muitas localidades aconselhamos o suporte de um guia.
O que levar
As sugestões abaixo foram pensadas para o bem-estar durante o passeio dos turistas nas regiões das aldeias.
É muito importante alertar seus clientes sobre essa questão.
Repelente
Roupas de cama
Roupas leves
Roupas de banho
Protetor solar
Máquina fotográfica, filmadora, outros
Chapéu
Alimentos como barras de cereais para os intervalos
entre as refeições
Sapatos para caminhada na mata
Recomendações
Uma das coisas mais importantes é o respeito com relação as diferenças das culturas. Instrua os turistas de que
seus hábitos e costumes são diferentes dos povos da floresta, por isso, o respeito é fundamental. Eles não devem
compartilhar ou impor nada aos grupos onde estiverem.
O respeito é fator importante para este processo. Um exemplo disso são as danças e comportamentos durante as
cerimônias. A beleza dos rituais e culturas é para ser apreciado e, em hipótese alguma, repetidos. As fotografias
e filmes devem ser feitos apenas com autorização expressa das lideranças locais.
Atenção ao calendário
Existem datas específicas para o turismo em cada uma das aldeias. O cronograma montado respeita a rotina dos
grupos, algumas com dinâmicas já estabelecidas para apresentar suas cerimônias. Não é possível a visitação em
qualquer momento. Tudo deve ser planejado, autorizado e conduzido de forma organizada e responsável. A
sugestão de datas, locais e etnias foi feito com base nas atividades e acompanha os festivais, plantações e outras
ocasiões da comunidade. Em caso de dúvidas, entre em contato conosco.
DESTINOS
DESTINO
ETNIA
CERIMÔNIA
Canarana – MT
Xavante
Wai’á
São Paulo – SP
Guarani
Nhemongaraí
Maués – AM
Sateré-Maué
Tocandira
Palmas – TO
Tapirapé
Corrida de Tora
Canarana – MT
Kalapalo
Kuarup
Canarana – MT
Bororo
Festa Bororo
Canarana – MT
Yawalapiti
Kuarup
Canarana – MT
Kamayurá
Kuarup
Canarana – MT
Kuikuro
Tolo/Uka-Uka
Ilha de Marajó – PA
Marajó
Festa Marajó
Manaus – AM
Waimiri-Atroarí
Maryba
S.G.Cachoeira – AM
Yanomami
---
ETNIAS
XAVANTE
GUARANI
SATERÉ-MAWÉ
Os Xavantes são um grupo indígena que
habita o leste do estado brasileiro do
Mato Grosso. Atualmente, sua população é composta de 10 mil pessoas e
está crescendo. Sua língua é o aquem
do tronco linguístico macro-jê e tinham
como atividade predominante, até a
segunda metade do século XX, a caça, a
pesca e a coleta de frutos e palmeiras.
Para os Xavantes, não existe
contradição entre absorver elementos
"estrangeiros" (como roupas, relógio,
comida) e manter viva sua tradição.
O termo Guaranis refere-se a uma das mais
representativas etnias indígenas das Américas,
tendo como territórios tradicionais uma ampla
região da América do Sul, que abrange os territórios
nacionais da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e
a porção centro-meridional do território brasileiro.
Ao longo da história, as diferentes comunidades
Guarani tiveram variadas denominações.
Atualmente, no Brasil, existem três grupos: os
guarani mbya, no litoral do Sudeste e no Rio Grande
do Sul, principalmente; os guarani nhandeva, ou
simplesmente guarani, como eles se
autodenominam, no sul de Mato Grosso do Sul,
interior do Paraná e de São Paulo; e os guarani
kaiowá, que, em território brasileiro, são
encontrados apenas no sul de Mato Grosso do Sul.
Autodenominam-se Sateré-Mawé. O primeiro nome,
Sateré, quer dizer "lagarta de fogo" e o segundo,
Mawé, quer dizer "papagaio inteligente e curioso" e
não é designação clânica. Eles são tradicionalmente
índios da floresta, do centro, como eles próprios falam.
Os filhos do Guaraná
Inventores da cultura do Guaraná, os Sateré-Mawé
transformaram a Paullinia Cupana, uma trepadeira
silvestre da família das Sapindáceas, em arbusto
cultivado, introduzindo seu plantio e beneficiamento.
Preparo e consumo do Guaraná
O çapó, guaraná em bastão ralado na água, é a bebida
cotidiana, ritual e religiosa, consumida por adultos e
crianças em grandes quantidades. O preparo e
consumo do çapó seguem uma série de práticas que
somadas resultam em uma sessão ritual.
ETNIAS
TAPIRAPÉ
KALAPALO
BORORO
Os Tapirapé constituem um povo
Tupi-Guarani habitantes da região da Serra
do Urubu Branco, no Mato Grosso. Em
meados do século XX, estreitaram suas
relações com grupos Karajá, antigos
inimigos. Na década de 1990, conseguiram
reconhecimento oficial de duas TIs, sendo
uma delas coabitada pelos Karajá.
Agricultores, suas aldeias se localizam
tradicionamente nas proximidades de
densas florestas em terrenos altos, onde
mantém suas roças. Os Tapirapé exploram
alternadamente esse ambiente, segundo a
época do ano e atividade a que se dedicam:
agricultura, caça, coleta e pesca.
A vida social nas aldeias Kalapalo, um dos quatro
grupos de língua Karib que habita a região do
Alto Xingu, englobada pelo Parque Indígena do
Xingu, varia de acordo com as estações do ano.
Na estação seca, que se estende de maio a
setembro, a comida é abundante e é tempo de
realizar rituais públicos, que costumam contar
com muita música e a participação de membros
de outras aldeias. Na estação chuvosa, a comida
torna-se escassa e a aldeia fecha-se nas
relações entre as casas e os parentes.
É central para a vida social um ideal de
comportamento chamado ifutisu, que remete a
um conjunto de argumentos éticos pelos quais
os Kalapalo distinguem os povos do Alto Xingu de
todos os outros seres humanos.
O termo Bororo significa, na língua nativa, "pátio da
aldeia". Não por acaso, a tradicional disposição
circular das casas faz, do pátio, o centro da aldeia e
espaço ritual desse povo, caracterizado por uma
complexa organização social e pela riqueza de sua
vida cerimonial. Os rituais são uma constante na vida
dos Bororo. Os principais ritos de passagem (em que
as pessoas passam de uma categoria social a outra)
são o de nominação, iniciação e funeral.
Entre os Bororo, a unidade política é a aldeia (Boe
Ewa), formada por um conjunto de casas dispostas
em círculo, tendo no centro a casa dos homens
(Baito). Ao lado oeste do Baito encontra-se a praça
cerimonial, denominada Bororo, local das mais
importantes cerimônias dessa sociedade.
ETNIAS
YAWALAPITI
KAMAYURÁ
KUIKURO
Os Yawalapiti vivem na porção sul do Parque
Indígena do Xingu, região que ficou conhecida
como Alto Xingu, em que grupos falantes de
diferentes línguas compartilham em grande
medida um mesmo repertório cosmológico, com
modos de vida semelhantes e articulados por
trocas comerciais, casamentos e cerimônias
interaldeias. O nome Yawalapiti significa "aldeia
dos tucuns" e é hoje usado pelo grupo como
autodenominação. A "aldeia dos tucuns" seria a
localização mais antiga de que se recordam e está
situada entre o Posto Diauarum e o travessão
Morená (sítio próximo à confluência dos rios
Kuluene e Batovi). A atual aldeia yawalapiti está
situada mais ao sul, no encontro dos rios Tuatuari
e Kuluene, local de terra fértil, distante cerca de
5km do Posto Leonardo Villas Bôas.
Os Kamayurá constituem uma referência
importante na área cultural do Alto Xingu, em que
povos falantes de diferentes línguas compartilham
visões de mundo e modos de vida bastante
similares. Estão ainda vinculados por um sistema
de trocas especializadas e rituais intergrupais, os
quais recebem diferentes nomes no interior de
cada etnia, mas que ficaram mais conhecidos. A
aldeia Kamayurá segue o modelo alto-xinguano,
com casas dispostas mais ou menos
circularmente, cobertas de sapê e teto arredondado
até o chão. No centro desse espaço circular
encontra-se um pátio ou “praça” (hoka´yterip) para
a qual convergem os caminhos, conduzindo tanto
às moradias como aos lugares públicos e onde se
ergue a casa das flautas (tapuwí), atravessada
medianamente pelo “caminho do sol”.
Os Kuikuro são hoje o povo com a maior
população no Alto Xingu. Eles são produtores
dos famosos colares e cintos de caramujo,
pelos quais continuam desempenhando seu
papel específico no sistema tradicional de
trocas e pagamentos do sistema
alto-xinguano.
Os Kuikuro possuem um sofisticado
conhecimento de estrelas e constelações,
projetando no céu personagens e
acontecimentos míticos. A observação do
nascer helíaco de certas estrelas regula
atividades produtivas e rituais, estruturando
as estações da seca (maio a outubro) e da
chuva (novembro a abril).
ETNIAS
MARAJÓ
WAIMIRÍ-ATROARÍ
YANOMAMI
Os Índios Marajoaras tinham o costume de
representar os eventos de seu cotidiano na
cerâmica. Grafias e desenhos ilustravam
cerimônias como casamento e o ato de caçar.
Hoje, ainda pulsa na Ilha de Marajó, a vida
desse Povo Indígena, considerado um dos mais
avançados em ciência e tecnologia nativa.
Em contato com os moradores locais,
percebe-se o cotidiano e a vida dos Índios
Marajoaras, voltado para a arte mais
conhecida da Ilha, a marajoara.
Os índios de Marajó fazem peças utilitárias e
decorativas. Confeccionam vasilhas, potes,
urnas funerárias, apitos, chocalhos
machados, bonecas de criança, cachimbos,
estatuetas etc.
Durante vários períodos do ano, os WaimiríAtroarí interrompem suas atividades cotidianas
para realizarem suas festas. Não há um
calendário específico para os maryba e as datas
são definidas com os eremy (cantores), ocorrendo
geralmente nos períodos de pouco trabalho
comunitário, como preparo e plantio de roçados.
Maryba pode ser traduzido como festa, canto,
dança. É um momento ritual e também um
momento festivo, onde há suspensão do cotidiano
para se transportar para um outro tempo e
espaço. As festas têm um significado especial na
vida dos Waimiri-Atroari. É onde vários grupos
locais se reúnem para estabelecer e reafirmar
alianças entre eles e os diversos aglomerados.
Os Yanomami formam uma sociedade de
caçadores-agricultores da floresta tropical do
Norte da Amazônia, cujo contato com a sociedade
nacional é, na maior parte do seu território,
relativamente recente.
Cada casa coletiva ou aldeia considera-se como uma
entidade econômica e política autônoma (kami theri
yamaki, "nós coresidentes") e seus membros
preferem, idealmente, casar-se nesta comunidade de
parentes com um(a) primo(a) "cruzado(a)", ou seja,
o(a) filho(a) de um tio materno e uma tia paterna.
Esse tipo de casamento é reproduzido o quanto
possível entre as famílias numa geração e de geração
em geração, fazendo da casa coletiva ou aldeia
yanomami, um denso e confortável emaranhado de
laços de consanguinidade e afinidade.
SAIBA MAIS
Para mais informações, acesse
www.turismonativo.org.br
e faça seu cadastro.
Você receberá informações e atualizações
de notícias sobre o projeto e as etnias.
Você também pode enviar suas dúvidas
e sugestões para
[email protected]
FOTOS: Helio Nobre - IDETI (Instituto de Tradições Indígenas)
BRASIL
Download

E EXISTE UM BRASIL QUE VOCÊ PRECISA