27 - PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE DOR TORÁCICA 1- Admissão do paciente em uma Unidade de Urgência/Emergência com dor torácica caracterizada de acordo com o protocolo a seguir: • tipo: ( ) aperto ( ) queimação ( ) pontada ( ) angústia ( ) sudorese ( ) náuseas ( ) tontura • irradiação: ( ) MSEsq/Dir ( ) costas • duração: ( ) < 15 min ( ) 15min a 2 h • sintoma associado: ( ) dispnéia ( ) estômago ( ) 2 a 6h • desencadeada por esforço ou estresse emocional? ( ) sim • intensidade da dor: nota (0 a 10) ( ) mandíbula ( ) 6 a 12h ( ) não ( ) outros ( ) outra ( ) outro ( ) > 12h: __hs Dor torácica sugestiva de isquemia? (decisão MÉDICA) sim: continuar no item 2 não: interromper protocolo 2- Avaliação imediata Atenção: tempo inferior a 10 minutos - procedimentos simultâneos!!! Anamnese dirigida/fatores de risco para DAC: ( ) Tabagismo ( ) outros: ( ) Obesidade ( ) DM ( ) HAS ( ) Hist. Fam. ( ) Dislipidemia Medicamentos: Hemograma, coagulograma, Na/K, Mg/Ca, U/C, glicemia, CPK, CKMB, Troponina; Obs.: Colher amostra para Dextro Solicitação de radiografia de tórax (tempo < 30 min) e pensar nos diagnósticos diferenciais: Alergia: dissecção de Aorta; pericardite aguda com efusão e tamponamento; miocardite aguda; Exame Físico específico: Cardiológico: ausculta: ( ) estase jugular Respiratório.: ausculta: Sinais vitais: Coleta de exames: ( ) EC FC:..... bpm ( ) sopros ( ) 3ª bulha ( )Roncos/sibilos ( ) congestão pulmonar Pulsos periféricos: PA:.... /...... mmHg FR: ....rpm Saturação DE O2: ........% Acesso venoso calibroso para coleta de exames e administração de medicação (anexo 1) pneumotórax espontâneo; TEP; ruptura de esôfago Início do Tratamento ( MONA ): 1- Máscara de O2 úmido: 4 L/min; 2- Administração de AAS 160 a 325 mg (VO); 3- Nitratos: 5 mg (SL) a cada 5 min (até15mg) ou nitroglicerina (IV) 10 a 20 mg/min (se PAS > 90mmHg e FC entre 50 a 100 bpm e não usou Viagra nas últimas 48hs) 4- Morfina: 2 a 4 mg (IV) lento podendo repetir 2mg a cada 5 min. Linha de Cuidado - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 71 Linha de Cuidado - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 72 27 - PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE DOR TORÁCICA Realização de ECG de 12 derivações: ROTA 1 ROTA 2 + TIMI RISK ROTA 3 + TIMI RISK Supra de ST ou BRE novo Infra de ST ou onda T negativa Normal ou alterações inespecíficas IAM com supra de ST IAM sem supra ou angina instável de alto risco Angina instável de risco intermediário ou baixo Procedimento: Procedimento: Procedimento: lesão isquemia 1- determinar estratégia de re-perfusão (anexo 2) 1- Betabloqueador, NTG IV, clopidlgrel, inibidores da glico- 2- betabloqueador, clopidogrel, heparina IV, inibidor de proteína IIb/IIIa, inibidor da ECA, estatina 2- marcadores de lesão cardíaca e ECG seriados (cada 6 hrs) ECA, estatina 3- UTI/UCO 3- UTI/UCO normal 1- Betabloqueador, NTG, demais tratamentos adequados 2- Enzimas cardíacas e ECG seriados 3- Reavaliar risco TIMI RISK 1 - Atribui-se 1 ponto para cada critério: 01 - idade > ou = 65 anos 03 - infradesnívelamento de ST > ou = 0,5 mm 02 - 04 - 05 - 06 - 07 - elevação de marcadores bioquímicos uso de AAS nos últimos 7 dias presença de 3 ou mais fatores de risco presença de DAC já conhecida angina grave recente (< 24 horas) 2 - Classificação de risco: 0 a 2: BAIXO 3 a 4: MÉDIO 5 a 7: ALTO Obs.: Paciente de alto risco é definido como aquele que apresenta sintomas persistentes, isquemia recorrente, disfunção de VE, alterações difusas de ECG, IAM, ICO, RM anteriores 27 - PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE DOR TORÁCICA 3. Anexos 3.1 - Estratégias de re-perfusão Parâmetros para escolha da estratégia Estratégias de re-perfusão Uso de fibrinolíticos Angioplastia primária Tempo de início dos sintomas < 3 horas > 3 horas e < 12 horas Tempo porta-balão - tempo porta-agulha > 1 hora < 1 hora Logística Quando a estratégia invasiva não é opção Quando há contra-indicação para a fibrinólise ou dúvida diagnóstica Obs.: 1 – Se o tempo decorrido desde o início dos sintomas for < que 3 horas, não há preferência entre as duas terapias, desde que o tempo porta-balão seja < ou = a 90 minutos Obs.: 2 – Na presença de ICC dá-se preferência para a angioplastia, se for possível Obs.: 3 – Contra-indicação para a realização de fibrinólise: Absoluta: hemorragia intra-craniana; lesão cerebral estrutural; neoplasia intra-craniana; AVC isquêmico há 3 meses; suspeita de dissecção aórtica; sangramento ativo ou diátese hemorrágica; TCE fechado ou facial nos últimos 3 meses. Relativa: história de HAS severa mal controlada; hipertensão não controlada (PAs > 180 mmHg ou PAd > 110 mmHg) na admissão; AVC isquêmico há mais de 3 meses; RCP há menos de 3 semanas; sangramento interno recente (últimas 2 ou 4 semanas); punções vasculares não compressíveis; gravidez; úlcera péptica ativa; uso prévio de estreptoquinase > 5 dias ou alergia a ele; uso atual de anticoagulante – RNI alto. Linha de Cuidado - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 73 Linha de Cuidado - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 27 - PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE DOR TORÁCICA 3.2 – Drogas e doses Drogas e Doses 1- Oxigênio: manter nas primeiras 6 horas de tratamento e avaliar a necessidade de manutenção de O2 ´, lembrando que a hiperóxia leva à vasoconstricção sistêmica e seus efeitos deletérios, inclusive piora da necrose miocárdica. 2- Estreptoquinase: 1.500.000 U diluídas em 150 mL de SG (IV) em 30 a 60 minutos. 3- Alteplase (tPA) – ActilyseR: bolus de 15mg + 0,75mg/Kg (máx de 50 mg) em 30’ + 0,50mg/Kg (máx de 35mg) em 30’ 4- Heparina (HNF): bolus de 60U/Kg (máx de 4.000U) seguido de infusão contínua de 12U/Kg (máx de 1.000U) por hora mantendo TTPA de 1,5 a 2,5 vezes o controle ( 50-70 seg). 5- HBPM – enoxaparina: 1 mg/Kg de peso de 12/12 hs, evitar em pacientes com creatinina > 2, idade > 75 anos, peso < 40 Kg , instabilidade hemodinâmica e CATE programado nas próximas 24 horas. 6- Beta-bloqueadores: Contra-indicação: BAV de 2º e 3º graus, intervalo PR > 0,24s, broncoespasmo prévio, ICC descompensada, FC < 60 bpm, PAs < 90mmHg. Dose usuais. 7- Nitroglicerina: 5 a 10 mcg/min, aumentando até dose de 100 a 200 mcg/min ou hipotensão (PAs < 90mmHg). 74