Memória Descritiva – “Mirandela XXI Segurança, Prevenção de Riscos e Combate à Criminalidade” Enquadramento Geral da Operação Caracterização do Cenário Envolvente No modelo territorial do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), a cidade de Mirandela polariza um dos designados “Outros Sistemas Urbanos” (fora dos arcos e sistemas metropolitanos), constituído também pelas cidades de Chaves, Bragança e Macedo de Cavaleiros. Mirandela encontra-se sobre um dos grandes corredores, e nas proximidades da intersecção com um dos eixos interiores. Figura 1 Sistema Urbano em Portugal Continental Fonte: PNPOT (www.territorioportugal.pt) Aqueles corredores correspondem a infra-estruturas rodoviárias, neste caso em concreto à A4, que estabelece a ligação entre Porto e Bragança. Esta via serve a cidade de Mirandela, bem como outras cidades do interior Norte que se destacam no contexto regional mais próximo e com as quais Mirandela mantém relações funcionais importantes: Macedo de cavaleiros, Bragança e Vila Real. Figura 2 Modelo Territorial de Portugal Continental (PNPOT) Fonte: PNPOT (www.territorioportugal.pt) É, pois, evidente a posição favorável que Mirandela ocupa no modelo territorial, a que corresponde um papel importante na Região de Trás-os-Montes e Alto Douro e na Região Norte. As opções estratégicas do PNPOT para a Região Norte, e em particular para os espaços territoriais das NUTS Douro e Alto Trás-os-Montes, são disso reflexo, como evidenciam as seguintes: • • • • • • • • Estruturar o sistema urbano e reforçar o policentrismo envolvendo (…) o reforço dos pólos e eixos urbanos do interior; Reforçar o sistema urbano, potenciando (…) o eixo ao longo do IP4 (Vila Real – Mirandela – Bragança), incluindo centralidades potenciais num quadro de cooperação intermunicipal e de qualificação das cidades; Inserir este território nas grandes redes de transportes internacionais, concluindo os IP que servem a região, com especial relevância para a ligação do IP4 à rede de Auto-estradas através de Zamora; Desenvolver o cluster do turismo, explorando as múltiplas potencialidades existentes, incluindo a identidade cultural das cidades; Reforçar a cooperação transfronteiriça, promovendo a cooperação interurbana para liderar projectos de valorização do território transfronteiriço e de exploração de mercados de proximidade; Proteger os produtos regionais de qualidade, preservando os territórios e o quadro ambiental da sua produção; Organizar uma rede de centros de excelência (…) notáveis pela qualidade do ambiente e do património, pela genuidade e qualidade dos seus produtos, pela sustentabilidade de práticas de produção e pelo nível dos serviços acessíveis à população; Assegurar a sustentabilidade dos serviços colectivos e de administração numa óptica de equidade social e de combate ao despovoamento, reforçando a dimensão funcional dos principais aglomerados numa perspectiva de especialização, complementaridade e cooperação. Em termos de grandes questões pelos vários domínios de intervenção do PNPOT salientam-se as questões (enquadradas em seis objectivos estratégicos): • • • • Conservar a natureza e a biodiversidade é uma exigência fundamental para preservar a vitalidade e a qualidade dos territórios e, portanto, a sua competitividade e desenvolvimento; O solo é um recurso natural limitado e de importância vital, ameaçado por vários processos de degradação e que, por isso, deve ser firmemente protegido e usado de modo sensato e sustentável; A água é um recurso indispensável para se garantir a sustentabilidade e a presença dos sistemas naturais e de vida humana em sociedade; O uso eficiente da energia e a diversificação das respectivas fontes constituem factores cruciais para assegurar o adequado abastecimento a pessoas e actividades, garantir mais sustentabilidade à economia e combater as alterações climáticas resultantes das emissões de gases com efeito de estufa; • • • • • • • • • • Dada a multiplicidade dos riscos que ameaçam a população e os territórios (sismos, secas, contaminação de solos ou da água, incêndios), a sua gestão preventiva é uma prioridade da política de ordenamento do território; O território é o lugar em que convergem os factores determinantes da competitividade e as capacidades de gerar crescimento económico socialmente inclusivo e criador de emprego de qualidade; As cidades constituem os espaços de vida da maioria da população e também o coração e o motor de desenvolvimento económico e social nas sociedades contemporâneas; As redes de transportes e logística suportam a mobilidade de pessoas e bens e são fundamentais para garantir quer a coesão territorial, quer a sua eficaz articulação com os espaços exteriores; A expansão das redes e tecnologias avançadas de informação e comunicação e a sua crescente apropriação pelas empresas e pelos cidadãos representam um factor decisivo de desenvolvimento da sociedade do conhecimento; A equidade territorial no acesso aos serviços colectivos, nomeadamente nos domínios da educação, saúde, habitação, solidariedade, segurança social e justiça, é uma condição indispensável para um Portugal mais coeso e com mais liberdade para cada um escolher o lugar onde quer viver; A protecção e valorização das paisagens e do património arquitectónico e cultural e o desenvolvimento de equipamentos e actividades culturais e de lazer activo constituem elementos essenciais para se construir uma sociedade coesa, criativa e com mais sentido de cidadania; O ordenamento do território é uma tarefa colectiva que depende de todos os cidadãos e da coordenação activa de várias políticas desenvolvidas no quadro de um sistema integrado de gestão territorial; A valorização da diversidade das regiões e das suas estratégias constitui um dos princípios estruturantes da política de ordenamento do território; Os municípios são agentes fundamentais do ordenamento do território, cabendo-lhes um papel determinante na elaboração de estratégias de desenvolvimento local e na definição e programação do uso do solo. O Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) do Norte, ainda em fase de elaboração, constitui um instrumento de ligação entre os planos de nível nacional e os de nível municipal. Este documento pretende estabelecer as linhas de orientação para o desenvolvimento, organização e gestão do território a nível regional, ao mesmo tempo que serve de referência para a elaboração e revisão dos instrumentos de gestão territorial de nível municipal, tendo como objectivo central a promoção e reforço da coesão territorial, não apenas como complemento optimizador da competitividade territorial, mas como condição incontornável desta (na perspectiva da Região como um todo). Embora os documentos do Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região do Norte (PROT Norte), em elaboração, ainda não se encontrem na versão final, devem considerar-se alguns elementos já disponíveis, em particular o modelo territorial para o sistema urbano regional, pois subjacente à materialização das apostas estratégicas e do modelo territorial, encontram-se um conjunto de princípios referencias para o desenvolvimento do Modelo Territorial e de Desenvolvimento Urbano do Norte. Considera-se que é no Sistema Urbano que se constrói um compromisso entre os objectivos de competitividade e coesão regional, assentando o modelo de organização territorial na construção de um sistema policêntrico para a gestão urbana e a governância territorial. Regionalmente, a construção do policentrismo passa por cinco dimensões de políticas: • • • • • Pela afirmação de um conjunto de polaridades estruturadoras do território regional; Pelo reforço de eixos inter-urbanos fundamentais na organização territorial; Pela construção de redes de proximidade, para a formação de subsistemas urbanos ou aglomerações urbanas. Pela concepção de uma política urbana dirigida para a malha urbana marginalizada e os territórios em perda e rarefacção; Pela consolidação dos relacionamentos urbanos externos. Neste modelo territorial destaca-se a identificação de áreas problema, nas quais se destaca a faixa da fronteira duriense, que corresponde ao Alto Douro Vinhateiro, Douro Internacional e suas envolventes, constitui actualmente a zona com piores acessibilidades e maior ausência de centros urbanos estruturantes da Região, apesar de produtora de uma marca mundial – o Vinho do Porto – e com valores patrimoniais e paisagísticos notáveis. Articulando as acções já previstas pela Administração com medidas para a prestação de serviços em zonas de baixa densidade, pretende-se definir orientações e propor acções que criem sinergias para o desenvolvimento económico-social sem prejudicar os valores naturais e paisagísticos desta zona. Foi ainda incluída nesta análise a possibilidade de considerar o conjunto urbano Mirandela / Macedo de Cavaleiros como aglomeração urbana regional que, embora situada na periferia Norte da faixa duriense, possa concentrar funções e prestar serviços de nível mais elevado a esta zona, conforme se aponta na figura seguinte. Mirandela encontra-se num território de baixa densidade económica no interior (Trás-os-Montes e Alto Douro), pouco populoso e bastante envelhecido, com um forte potencial ambiental e turístico e uma fraca densidade urbana e de infra-estruturas. Nesta a rede urbana estrutura-se sobretudo em redor das cidades de Vila Real, Bragança, Chaves, Lamego, Mirandela e Macedo de Cavaleiros. Na NUT de Trás-osMontes constata-se a consolidação dos centros urbanos regionais de Chaves e de Bragança e a emergência dos centros urbanos estruturantes de Mirandela e Macedo de Cavaleiros, que assumem um papel importante, sobretudo na relação com os municípios do Douro Superior. Parece igualmente relevante o aproveitamento das possibilidades de afirmação turística, com realce para a oferta termal e os valores ambientais e culturais. Vila Real, Mirandela, Macedo e Bragança, por seu turno, alimentam um eixo, apoiado no IP 4, concentrando equipamentos e empresas num espaço de baixa densidade, donde a importância da existência de uma dinâmica de reforço relacional que deverá ser potenciada ao serviço da criação de riqueza, valorização ambiental e fixação de pessoas. Figura 3 Esquema Global do Modelo Territorial da Região Norte Fonte: PROT Norte, Modelo Territorial (Abril 2008). Após a exposição de aspectos referentes ao modelo territorial com particular incidência sobre Mirandela, apresentam-se de seguida alguns aspectos referentes às normas orientadoras (Normas Orientadoras, PROT Norte) para o sistema urbano, nas quais se enquadra Mirandela: • Assumir o carácter policêntrico do sistema urbano regional e a estruturação deste através de um conjunto de aglomerações, centros e núcleos urbanos que desenvolvem funções diferenciadas e que se constituem como as âncoras do desenvolvimento regional, (…) nomeadamente as cidades/aglomerações urbanas regionais, definidas pela concentração de população residente, pela importância da base económica e por um leque diversificado de equipamento e serviços, desempenhando funções essenciais de articulação territorial e evidenciando capacidades para construir e dinamizar redes urbanas (Mirandela/Macedo de Cavaleiros); • • • Promover o fortalecimento do policentrismo, mediante o aprofundamento dos relacionamentos entre áreas urbanas (…) tendo em vista a promoção de complementaridades e o desenvolvimento de sinergias entre as estratégias urbanas, gerando densidade relacional, coesão e competitividade supramunicipal e regional (…) fortalecendo um conjunto de aglomerações urbanas fundamentais na estruturação regional (Mirandela/Macedo de Cavaleiros); As intervenções em matéria de dotação de equipamentos de nível superior e de prestação de serviços avançados às populações e ao sector económico devem atender à estrutura do sistema urbano, reforçando (…) o papel das cidades e aglomerações urbanas regionais na promoção da coesão territorial da região, em especial as situadas nos espaços sub-regionais de baixa densidade; As políticas públicas devem estimular a afirmação de um leque de redes de especialização regional no quadro de contextos territoriais mais alargados, fomentando a competitividade internacional, desenvolvendo redes interurbanas, articulando funções orientadas para potenciar e valorizar as especificidades e a diversidade dos recursos urbanos, expandindo os serviços avançados (…) nas aglomerações urbanas regionais, reestruturando e inovando nos serviços urbanos e fomentando complementaridades e economias de aglomeração inter-urbanas; Nas aglomerações urbanas regionais, como no caso de Mirandela/Macedo, de forma a reforçar o seu contributo para o policentrismo deve-se: • • • • Desenvolver redes de forte articulação urbana, contribuindo para uma forte coesão do conjunto urbano; Desempenhar funções de articulação regional, liderar processos de inovação e desenvolvimento económico e dinamizar redes urbanas de afirmação externa; Impulsionar redes multifuncionais e/ou temáticas (cidades patrimoniais, cidades inteligentes, cidades turísticas, cidades da inovação, cidades sustentáveis, entre outras), enquanto factores de integração e motivação do desenvolvimento e da qualificação urbana; Fomentar o inter-relacionamento institucional, com a participação dos diferentes agentes sociais e económicos, públicos e privados. No caso particular do Sub-Sistema Urbano de Trás-os-Montes deve-se promover a sua qualificação e articulação interna e externamente, potenciando a estruturação do eixo Bragança – Macedo de Cavaleiros – Mirandela1 e afirmando o papel do eixo Macedo de Cavaleiros/Mirandela relativamente aos centros urbanos do Douro Superior. Relativamente à qualificação do ambiente urbano, nomeadamente em termos de funções de centralidade, ambiente urbano, qualidade do ar e ruído, salientam-se as directivas para: • • • • • Promoção de uma estrutura comercial diversificada, que contribua para a competitividade do sistema urbano e favoreça a sociabilidade urbana e a qualidade de vida das populações; Implantação, nas áreas centrais ou históricas, de actividades comerciais inovadoras, visando a valorização dos tecidos urbanos antigos e a qualidade histórica e patrimonial da escala urbana; Integração dos princípios e orientações das Agendas 21 Locais nos instrumentos de desenvolvimento e gestão territorial, incentivando a cooperação e recorrendo à institucionalização de parcerias, à contratualização e à implementação de Programas de Acção; Actuação sobre os factores de afectação da qualidade do ar em meio urbano, nomeadamente nos factores associados aos sistemas de transporte (tráfego); Promoção de actuações sobre os factores de afectação da componente acústica do ambiente urbano, incidindo sobretudo nos factores associados aos sistemas de transporte. Relativamente aos restantes domínios2, importa referenciar as orientações com as quais se enquadra o presente programa de acção de regeneração urbana de Mirandela: • • • 1 A rede de equipamentos e serviços deve atender à diversidade dos contextos territoriais, considerando as características das estruturas sociais e económicas e os níveis e tipologia dos problemas presentes e emergentes; O sistema urbano regional deve orientar a definição e a estruturação das redes de serviços, infra-estruturas e equipamentos públicos de âmbito supra-municipal e regional, garantindo condições de equidade territorial em termos de cobertura e acessibilidade; A rede de equipamentos e serviços deve assentar em sistemas de articulação, de forma a dar coerência à oferta, rentabilizar recursos humanos e físicos e A partir de uma maior concertação inter-municipal de infra-estruturas, equipamentos e funções urbanas, consubstanciando uma polaridade estruturante para amarrar e qualificar o espaço rural e para consolidar especializações funcionais (nomeadamente no ambiente e bio-recursos) 2 Equipamentos e serviços; Mobilidade, transportes e acessibilidades; Infra-estruturas e redes de TIC; Património histórico e cultural; Sustentabilidade hídrica, Sustentabilidade energética; Actividades económicas; Turismo e Governança. permitir uma melhor adaptação aos novos desafios da sociedade e da economia. Neste sentido, a organização dos serviços deve valorizar e melhorar as articulações inter-sectoriais e reforçar as parcerias interinstitucionais numa base territorial. • • • • • • • • Desenvolvimento de estratégias de intervenção que garantam a articulação de medidas cobrindo: políticas de estacionamento; diversificação modal (multimodalidade urbana); transportes públicos colectivos e individuais; articulação com as políticas de ordenamento do território; e características físicas e geométricas das vias de circulação; Implementar projectos urbanos que incrementem a multifuncionalidade de canais – ruas - estrategicamente escolhidos e que redistribuam por outros modos de transporte o espaço libertado pelas medidas de redução do congestionamento automóvel; Melhorar o desempenho ambiental e energético das cidades através de menor poluição e também de menor consumo por parte dos veículos motorizados, o que pressupõe assentar num gradual ajustamento das medidas-tipo para o espaço rodoviário com reflexos significativos no abaixamento da taxa de utilização automóvel; Promover a partilha de infra-estrutura de telecomunicações, nomeadamente ao nível da disponibilização aberta de informação sobre cadastro, que se possa estender ao nível regional e local, de modo a potenciar novos modelos de negócio que permitam o desenvolvimento de redes de telecomunicações abertas, com uma forte componente de integração com as infra-estruturas existentes; A Administração Local, em articulação com as Associações Empresariais, deve promover o uso das TIC junto das empresas, particularmente das que possuem mais potencial exportador e das PME, através da demonstração do seu potencial, divulgando casos de sucesso e realizando acções de formação (associações empresariais), e usando as TIC na sua modernização e agilização, reduzindo os custos de contexto da actividade empresarial (administração); Promover a preservação da cultura local em sentido amplo e como contributo para o bem-estar das populações, traduzindo os valores de pertença, identidade, coesão, auto-estima e prestígio; A valorização do património deve ser encarada como uma prioridade da actuação territorial, potenciadora do desenvolvimento económico subregional e regional, ao nível das estratégias para o Turismo e para a Cultura; Deve ser estimulada a articulação dos bens e equipamentos culturais, nomeadamente através de programações em itinerância de eventos de qualidade e do desenvolvimento de projectos de multiparcerias, como práticas eficazes para o recrudescimento da atractividade local e para uma gestão mais profícua dos recursos; • • • • • • • • Relativamente ao património histórico e cultural, deve ser promovida a concertação estratégica das políticas públicas com o sector privado, desejavelmente reflectida no estabelecimento de metas para o planeamento e na operacionalização de práticas para o ordenamento do território; Assumir a água como um recurso natural estruturante e estratégico, factor essencial para o desenvolvimento socioeconómico do País e o uso eficiente e racional deste recurso como uma das linhas orientadoras da política da gestão da água; Deve ter-se em consideração como princípio a transversalidade energéticoambiental aos seus vários níveis de intervenção, agregando-os sob três sectores-chave: os edifícios (de serviços e residenciais), a actividade industrial e os transportes; A ponderação do valor estratégico da sustentabilidade, no qual a vertente energética desempenha um papel crucial, deve influenciar as intervenções ao nível das transformações do território, desde o nível dos projectos estruturantes ao dos projectos de menor escala cujo valor acumulado ao longo do tempo gera efeitos significativos; Relativamente às actividades económicas, promover a intensificação da utilização das novas tecnologias da informação, comunicação e electrónica em todas as áreas de actividade, da indústria aos serviços (transaccionáveis e não transaccionáveis), da actividade económica privada à administração pública; A conservação e qualificação dos centros urbanos da Região, em particular, onde tal se revista de impacto económico mais imediato (caso, por exemplo, das áreas de maior valia turística e de potencial concentração de terciário superior); Promover a qualificação e valorização de centros históricos, com identidade histórico-cultural e patrimonial e de espaços urbanos de carácter excepcional que confiram um elevado potencial turístico para a área em causa. Promover e articular a cooperação e concertação entre as entidades públicas e os actores privados, incluindo os promotores de acções territoriais, os moradores e a população em geral. O Programa de Acção 2007-2013, integrado no Programa de Desenvolvimento Territorial de Trás-os-Montes, aprovado em Comité de Pilotagem do “P.A.I.S.C.T.P. – NUTS III Trás-os- Montes”, reunido em Bragança no dia 12 de Março de 2008, que estabelece, em matéria de políticas públicas, as prioridades relativas ao investimento a realizar pelos municípios deste território, a serem co-financiados pelos fundos europeus, no período de programação enformado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013. Este instrumento programático de carácter estratégico, visa dotar a área objecto do estudo3, com uma maior capacidade interventiva no território, de forma integrada e coerente. O Plano de Desenvolvimento de Trás-os-Montes identifica 5 grandes factores/motores impulsionadores para o desenvolvimento da região e para a definição da sua estratégia. São eles: as actividades estratégicas da base produtiva regional, os produtos locais e regionais de excelência, o património natural e cultural, as áreas de especialização do tecido universitário regional, e as actividades emergentes da produção de energias limpas a partir de fontes renováveis. O território onde se inserem os Municípios de Trás-os-Montes apresenta uma grande riqueza ecológica que importa valorizar, quer do ponto de vista da sua preservação, quer ainda do ponto de vista da sua integração enquanto factor de competitividade. Em função do enquadramento regional, foi construída uma visão que desenvolve um cenário cujo mote fundamental é a transformação do Trás-os-Montes numa EcoRegião, baseada na trilogia dos elementos componentes dos vértices do triângulo da sustentabilidade, e no entendimento do desenvolvimento, do território e da governação e capacitação institucional para impulsionar o processo de desenvolvimento. Composta pelos concelhos de Bragança, Vinhais, Vimioso, Miranda do Douro, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flor, Boticas, Chaves, Montalegre, Valpaços, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Mogadouro 3 Base Produtiva agro-indústria, floresta, actividades extractivas e transformadoras, turismo, termalismo Produtos Locais raças autóctones, artesanato, castanha, mel, azeite, cereja, batata, azeitona, vinho, linhos e cedros, granitos, mármores, minerais, águas Património parques naturais, rios, paisagem, centros históricos, tradições, arqueologia, vinhos e gastronomia Factores de Desenvolvimento para o Trás-os-Montes Conhecimento ciências agrárias, ambiente e conservação, turismo e desenvolvimento, e saúde e bem-estar Figura 4 Energias Alternativas eólica, fotovoltaica, hídrica, biomassa, geotérmica Factores de desenvolvimento de Trás-os-Montes Fonte: Programa de Desenvolvimento Territorial de Trás-os-Montes A “Visão Trás-os-Montes 2007-2013” pode ser sintetizada da seguinte forma: “Trás-osMontes deverá ser capaz de potenciar os seus recursos endógenos e gerar acréscimos de rendimento e de emprego da sua população, proporcionando um elevado nível de qualidade de vida graças a um bom ambiente e ao estabelecimento de uma comunidade inclusiva, constituindo-se referência internacional na sua relação sustentada com o seu território biofísico de suporte”. A partir desta visão cujo objectivo global é transformar Trás-os-Montes numa Eco-Região, foi possível identificar três grandes eixos estratégicos que visam assegurar a sua concretização e que são apresentadas, de seguida, de forma esquemática: Figura 5 Elementos componentes da Visão TM 2007-2013. Fonte: Programa de Desenvolvimento Territorial de Trás-os-Montes Figura 6 Eixos estratégicos de desenvolvimento para Trás-os-Montes. Fonte: Programa de Desenvolvimento Territorial de Trás-os-Montes Relativamente ao eixo estratégico Desenvolvimento referente à Qualificação Urbana e Rural distingue-se os suportes da organização da actividade das pessoas, das empresas e das instituições, relativamente às quais se pretende obter melhores níveis de competitividade. A estratégia para Trás-os-Montes considera a elevação e fortalecimento do sistema urbano como um factor fundamental para a competitividade da região, cujo desafio em termos de requalificação assenta numa forte ambição regional de potenciar os aspectos diferenciadores e complementares entre os centros urbanos presentes neste território, constituindo-se como espaços motores e disseminadores de dinâmicas de desenvolvimento. Neste domínio inclui-se um nível de actuação: • Promoção de operações integradas de valorização económica para a excelência urbana; No que se refere às tipologias de intervenção, consideram-se: • • • • Centros históricos, frentes ribeirinhas, edifícios de elevado valor patrimonial ou histórico, espaços públicos ou zonas verdes urbanas de carácter excepcional; Valorização de zonas de urbanismo comercial; (re) criação de espaços de equipamentos colectivos de identidade e referência urbana; Promoção de centros de estudo, cultura e conhecimento e/ou outros espaços de utilização das TIC; Em matéria de mobilidade e conectividade do sistema urbano regional de Trás-osMontes há um longo caminho a percorrer, em que a situação actual se caracteriza por carências evidentes, que têm originado situações de perda de competitividade. Torna-se essencial assumir a mobilidade e a conectividade como factores importantes de competitividade, assegurando, numa perspectiva integrada e articulada, a construção e consolidação de uma armadura que ligue as principais cidades entre si, estabelecendo quer as necessárias conectividade com os pólos de desenvolvimento nacional e transfronteiriço, quer com os seus respectivos “hinterlands”, alargando assim o mercado potencial dos principais núcleos e integrando na sua esfera de influência os centros urbanos de menor dimensão. A mobilidade e conectividade são preponderantes na estratégia de Trás-os-Montes e relacionam-se directamente com o êxito ou inêxito de outras prioridades, das quais se refere a do desenvolvimento económico e da qualificação do sistema urbano, nomeadamente através da incrementação da conectividade entre as sedes de concelho e as vias rodoviárias estruturantes, consolidando a mobilidade interregional e aumentando os níveis de acessibilidade de vastas áreas com grande défice de acesso. Em termos de tipologias de operações, salienta-se: • Promoção da mobilidade urbana: melhoria da eficiência dos transportes e mobilidade nos núcleos do sistema urbano, através de sistemas de transportes urbanos e suburbanos, da realização de variantes a centros urbanos, do desenvolvimento de acções de qualificação dos sistemas de transportes públicos de passageiros, da eliminação de pontos de acumulação de sinistralidade rodoviária urbana, bem como a concretização de planos de mobilidade urbana sustentável e consequente reorientação de espaços canal para multimodalidade (percursos pedonais e ciclovias, promoção do transporte público, acesso aos transportes públicos por pessoas de mobilidade reduzida, promoção da interoperabilidade e da intermobilidade) e o apoio a acções complementares nos domínios da logística e da micrologística urbana e a investimentos nas redes integradas de centros coordenadores de transportes e aeródromos fundamentais para o reforço e qualificação da rede urbana. Em termos de rede, na requalificação do Sistema Urbano do sistema urbano o programa de desenvolvimento territorial considera as seguintes redes: • • • Requalificação de centros históricos e zonas habitacionais degradadas Intervenções em Infra-estruturas de mobilidade e centralidade urbana Requalificação de espaços verdes e zonas ribeirinhas Ao nível da Requalificação de centros históricos e zonas habitacionais, as tipologias dividem-se por um conjunto de acções que promove a reabilitação do sistema urbano, em particular dos centros históricos, das zonas habitacionais mais degradadas e imóveis degradados, de espaços não integrados em processos de regeneração urbana (cidades e sedes de concelho). Das tipologias consideradas destacam-se: • • • Requalificação de conjuntos construídos com valor patrimonial, Nesta tipologia pretende abranger-se um conjunto de actuações com vista à promoção e valorização do património construído, deve abranger aglomerados urbanos em que o valor patrimonial se evidencia. Recuperação de zonas habitacionais muito degradadas; Abrange áreas predominantemente habitacionais, em estados de conservação degradados ou em ruínas, com um carácter arquitectónico peculiar. Recuperação de imóveis degradados. Diz respeito a intervenções isoladas, em imóveis, que devido ao seu traço arquitectónico ou valor patrimonial justifiquem a intervenção. Relativamente a intervenções em infra-estruturas de mobilidade e centralidade urbana, a promoção de intervenções nas infra-estruturas urbanas que privilegie acções de valorização do espaço urbano assente nas seguintes tipologias: • Mobilidade urbana: enquadra um conjunto de acções com vista à promoção da conectividade entre espaços de apropriação pública. • • Eliminação de barreiras urbanísticas e arquitectónicas: abrange essencialmente intervenções em edifícios públicos e arruamentos, com vista à promoção da mobilidade para todos. Criação e requalificação de espaços de equipamentos colectivos. Nesta tipologia pretende-se agrupar uma série de intervenções que permitam criação e requalificação de centralidades. No sentido de valorizar o espaço público, nomeadamente os espaços verdes de lazer e recreio, promove-se a requalificação de espaços verdes e zonas ribeirinhas, de forma a desenvolver uma melhor integração entre o espaço rural e o espaço urbano, bem como melhoria da qualidade ambiental do espaço urbano com novos espaços verdes. Considerando a existência de espaços urbanos com um reduzido número de espaços verdes destinados ao recreio e ao lazer, a intervenção nesta rede considera a tipologia de requalificação e valorização de espaços verdes. Escala Local, Estratégia Local num Envolvimento Global A estratégia de desenvolvimento preconizada pela Câmara Municipal de Mirandela nas Grandes Opções do Plano para o quadriénio 2008-2011 congrega de forma geral todos os projectos alinhados nesta estratégia global. De forma simplificada e impressiva, esta estratégia aponta para a ambição de potenciar o posicionamento geoestratégico da Cidade e do município no contexto da região Norte, como é reconhecido no modelo territorial do PROT-N, conferindo a Mirandela os atributos de pólo urbano estruturante de nível regional, capaz de assumir um papel crucial na dinamização de um processo de desenvolvimento integrado e sustentado. Esta ambição é corporizada por um conjunto de opções estratégicas de base municipal e de entre as quais importa realçar, no âmbito deste programa de acção, as seguintes: A. Competitividade, inovação e conhecimento como factores que contribuem para o reforço da intensificação da base produtiva territorial. a. A consolidação do estatuto de Mirandela enquanto pólo urbano regional passa, obrigatoriamente, pela diversificação da base produtiva territorial e a melhoria da sua competitividade; b. O objectivo prioritário é o de criar condições para a emergência de iniciativas e projectos inovadores que ajudem a desenvolver uma verdadeira economia do conhecimento; c. O papel do município neste domínio é, essencialmente, de mobilização de agentes e de dinamização de projectos; d. Destaca-se a instalação da Rede Comunitária de Banda Larga, uma infraestrutura indispensável para o desenvolvimento de um conjunto de plataformas e de serviços urbanos, desde a vigilância à promoção turística, passando pela informação e a gestão racional de recursos como a água e a energia; e. Intensificar o acesso às novas tecnologias da informação e da comunicação, dotando o centro urbano de vantagem competitiva neste domínio em matéria de infra-estruturas; i. Potenciar a utilização da Rede Comunitária de Banda Larga Municipal já instalada e assente numa rede de fibra óptica, wi-fi mesh e wi-max, contribuindo para a segurança urbana e comercial; ii. Fomentar a criação e produção e gestão de conteúdos virtuais; iii. Criar pontos de acesso internos e externos de acesso e informação municipal. iv. Criar meios remotos de apoio à actividade de serviços e comércio que qualifique a micro-empresa; v. Criar uma plataforma de conteúdos turísticos; vi. Criar uma “coporate/interactive tv” com pontos de acesso localizados no exterior, em espaços comerciais, centros sociais; vii. Criar elementos de apoio ao visitante/turista que permita a maior dispersão possível dos elementos informativos municipais de carácter turístico, de informação e de segurança; viii. Criar meios de informação 24h/24h acessíveis e úteis que permitem ao turista fácil acesso a informações sobre destinos, ofertas, operadores, programação e pontos de interesse sem recorrer a apoio pessoal. Dispersão da tecnologia QRCode pelos roteiros e pontos de interesse turístico; ix. Fomentar a e-inclusão do tecido comercial da micro-empresa através de intranet de acesso fácil; x. As plataformas de apoio ao munícipe e ao turista devem tendencialmente apontar para conteúdos virtuais que permitam a maior e melhor acessibilidade possível aos munícipes e cidadãos a informações e serviços; xi. As plataformas de apoio ao munícipe e ao turista devem tendencialmente apontar para conteúdos virtuais que permitam a maior e melhor acessibilidade possível aos munícipes e cidadãos a informações e serviços; xii. Sistemas de Informação Geográfica que permitam ao cidadão acesso a informação relevante. xiii. Intensificar o acesso às novas tecnologias da informação e da comunicação, dotando o centro urbano de vantagem competitiva neste domínio em matéria de infra-estruturas; xiv. A gestão eficaz exige a integração eficiente de processos e das tecnologias. f. O Pólo Tecnológico Agro-alimentar, cuja instalação permitirá incrementar a competitividade das empresas locais e criar condições para o aparecimento de novas iniciativas e investimentos, em especial de cariz tecnológico. B. Valorização económica dos recursos específicos enquanto elementos chave de uma estratégia de desenvolvimento territorialmente diferenciada. a. Aposta nos recursos ligados ao território, em especial a oliveira e o azeite, tendo já sido elaborado um guia para o oleoturismo de Mirandela. i. O município tem em curso uma parceria com Nime (França) e Baena (Espanha), denominada Terra Olea, que serve de motor de desenvolvimento a uma nova política de atracção turística e de criação de mais riqueza para os olivicultores e operadores turísticos. ii. O Projecto Terra Olea, um projecto dinamizado pelo município de Mirandela e que dará com a construção do Centro de Promoção e Valorização, a par da já criada Rota do Azeite, um contributo inestimável para a valorização deste produto, nomeadamente em termos turísticos (cultura, gastronomia, paisagem); b. Valorização do património histórico enquanto factor de atracção turística e de reforço da identidade territorial e coesão social, tendo o município um Programa Estratégico para o Património Histórico-Cultural; i. Tem por objectivo alicerçar as bases da política municipal, em parceria com outros organismos tutelares e não só, visando o incremento do património histórico-cultural, como identidade de um povo, no conjunto social e económico, através de medidas de preservação e fomentação desse património de forma que o investimento aplicado tenha visibilidade estruturante; ii. A regeneração urbana, nomeadamente através da requalificação dos espaços públicos e da reabilitação e refuncionalização dos inúmeros edifícios de valor patrimonial localizados no Centro Histórico fazem parte desta estratégia. iii. Reforçar a inventariação/classificação patrimonial em base georefênciada e cientificamente comprovada no âmbito do projecto SISTMIR – Sistema de Inventariação do Património Móvel e Imóvel do Conselho de Mirandela. C. Valorização e qualificação ambiental e territorial, através da promoção do desenvolvimento integrado de comunidades sustentáveis. a. A implementação de um modelo de desenvolvimento sustentável para a Cidade e para o concelho é uma opção estratégica fundamental de Mirandela. b. A elaboração da Agenda Local XXI, a elaboração do Plano de Mobilidade Sustentável e a integração da Rede de Cidades Ecológicas Inovadoras de Trásos-Montes ecoCITRAS, testemunham bem essa importância. i. Na elaboração da Agenda XXI, é tido em consideração um amplo processo participativo e multi-sectorial, de modo a preparar e implementar um plano de acção estratégico de longo prazo dirigido às prioridades locais para o desenvolvimento sustentável; ii. A elaboração do Plano de Mobilidade Sustentável resultou de uma candidatura apresentada à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), tendo sido inicialmente identificadas como áreas de intervenção prioritária a articulação entre as decisões urbanísticas e as suas consequências ao nível da acessibilidade, o congestionamento de tráfego no(s) acessos(s) ou no próprio centro e ainda a acessibilidade proporcionada à população com mobilidade reduzida. Após a apresentação da caracterização e diagnóstico, foram estabelecidos os objectivos específicos de reordenar a c. d. e. f. circulação e o estacionamento na Zona Histórica na sequência do processo de requalificação urbana (URBCOM), a articulação dos modos de transporte colectivo (metro e rede de autocarros) e a melhoraria das condições de mobilidade e acessibilidade dos peões na cidade e em particular dos cidadãos com necessidades especiais. Este Plano apresentase como um elemento de planeamento urbano de clara importância para a cidade de Mirandela e de crucial significado para o Plano de Urbanização que pode ainda representar uma forte oportunidade de financiamento no âmbito do QREN e Programas Temáticos associados. iii. A integração da Rede de Cidades Ecológicas Inovadoras de Trás-os-Montes ecoCITRAS resultou de uma candidatura apresentada no âmbito das redes urbanas para a competitividade e a inovação, apostando no conceito de Eco Rede de Cidades, cuja Visão definida para a Rede de cidades é a seguinte: “As Cidades de Alto Trás-os-Montes irão adoptar um modelo de desenvolvimento comum em torno da sustentabilidade ambiental e do conceito “eco”, nas vertentes da agro-indústria, da energia, do turismo e da construção, que será pioneiro no nosso País e que permitirá atrair investimentos e pessoas que necessitem de um campo de ensaio para a aplicação de novos conceitos e tecnologias ligados a estes temas”, cujo objectivo geral passa por as “cidades da Região no sentido de assumirem uma estratégia de desenvolvimento conjunto em torno do conceito “Eco” e sobre os projectos comuns que podem concretizar essa cooperação, permitindo a implementação de modelos de desenvolvimento urbano e territorial inovadores e ambiciosos. O município tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas e projectos, nomeadamente no domínio da eficiência energética, destacando-se a realização da semana da energia, de acções de sensibilização e seminários de discussão da temática; A criação do Centro Ecoteca, apresenta um conjunto de actividades de educação ambiental, disponibilizando diversos serviços e promovendo múltiplas iniciativas, destinando-se também à visita de Escolas, famílias dos Concelhos do Nordeste Transmontano. A criação da Ecoteca tem como finalidades sensibilizar/educar a população para o respeito pela natureza, pela vida animal e pela defesa do meio ambiente, responder às necessidades crescentes de contacto com a natureza e possibilitar a realização de actividades, onde é possível redescobrir valores como a preservação do Rio Tua, bem como da sua biodiversidade e a preservação do meio ambiente. Anualmente o município publico o Ecoguia, onde o município assume o compromisso de promover uma agenda concreta, identificada, cronológica e variada de actividades, acções e eventos com o objectivo de incentivar a participação e o envolvimento dos cidadãos na defesa das principais causas e temáticas ambientais. Os Serviços de Protecção Civil municipais estão dotados de recursos humanos e técnico que permitem a realização e concepção de elementos de planeamento, nomeadamente Planos Municipais de Emergência e Atlas de Riscos Naturais e Tecnológicos. A prevenção de riscos assenta hoje num planeamento de análise e avaliação de riscos de forma permanente e de previsão/intervenção remota, quer pela existência de plataforma electrónicas de análise e intervenção quer pela participação em projectos internacionais como o RNT (Interreg IIIA), o NOE(Interreg IIIC) e outros . g. Preocupação com a coesão social e territorial, tendo sido elaborado o Plano de Desenvolvimento Social, no âmbito da implementação do Programa Rede Social no concelho de Mirandela, tendo sido o produto de um processo participativo, negociado, discutido, isto porque se tratou de um trabalho colectivo que integrou não só os parceiros do Conselho Local de Acção Social mas também actores e representantes das entidades locais cujo contributo e conhecimento constituiu uma mais valia para a elaboração do documento. i. Estimular a revitalização socioeconómica através da oferta de espaços para o desenvolvimento de actividades/serviços singulares; ii. Promover e incentivar a participação e inclusão social das pessoas idosas, prevenindo o isolamento e a solidão; iii. Apoiar as famílias e a comunidade na relação com os seus idosos. iv. Promover as relações intergeracionais; v. A questão da coesão e inclusão social, a igualdade de oportunidades e a paridade entre homens e mulheres é também uma preocupação do município: atenção aos grupos sociais mais desfavorecidos, inclusão social, criação de oportunidades de emprego para desfavorecidos, igualdade entre homens e mulheres. D. Qualificação do sistema urbano, contribuindo para o reforço da capacidade de atracção e de dinamização económica da cidade de Mirandela. a. O reforço da capacidade de atracção e polarização de Mirandela é uma das opções fundamentais, no sentido de potenciar a atracção de um maior número de turistas, apostando na excelência urbana em termos urbanísticos, de qualidade de vida, etc. b. Dotar o município e o Centro Histórico de um Gabinete multifuncional, destinado a apoiar as acções privadas de reabilitação ao nível arquitectónico, arqueológico, jurídico, social, etc., para estimular a revitalização socioeconómica e a reabilitação através da oferta de serviços de apoio; c. Dinamização do comércio, nomeadamente através do URBCOM, modernizando os estabelecimentos, a nível da reestruturação do espaço de venda, substituição de equipamentos de exposição e venda e de conservação e restauro de fachadas, substituição de reclamos e toldos ou outros elementos de comunicação, a fim de se perspectivar uma imagem global qualificada da área de intervenção; d. Realização de novas infra-estruturas enterradas, que inclui ainda nova iluminação pública, equipamento urbano, sinalética, sinalização, toponímia, contentores de lixos, incluindo os selectivos enterrados, qualificação da publicidade e divulgação de eventos de apoio ao comércio; e. Uniformização e melhoria da sinalização de código da estrada, de orientação, de identificação de equipamentos/serviços e locais de interesse público, de modo a permitir aos visitantes uma mais rápida interpretação e identificação da cidade, nomeadamente sobre a localização dos principais equipamentos, serviços e locais de interesse público, harmonizando o modo de identificação f. g. h. i. da toponímia local com o ambiente urbano e promovendo a implantação dos diversos tipos de mobiliário urbano de acordo com as boas práticas relacionadas com a gestão do espaço público numa perspectiva de utilização por todos os cidadãos; Promoção da Mobilidade Sustentável; i. Melhorando as condições de circulação pedonal e das pessoas com mobilidade reduzida, promovendo a criação de percursos acessíveis entre os diferentes serviços públicos e desde o centro histórico às paragens de autocarros e aos parques de estacionamento periféricos, para as pessoas com mobilidade reduzida e para as pessoas idosas que apresentam maiores dificuldades em se deslocar; ii. Desincentivar a utilização do transporte individual no centro histórico através do reordenamento da circulação viária e da eliminação do tráfego parasitário, da redução do estacionamento ilegal ou gratuito para não residentes e do condicionamento do acesso automóvel na generalidade das ruas, excepto para residentes e operações de cargas e descargas; iii. Requalificar o espaço público tendo em vista a sua utilização prioritária pelos utilizadores dos modos suaves, promovendo maior segurança entre os diferentes modos de locomoção (pedonal e motorizado); iv. Promover uma crescente apetência pelo uso do modo pedonal, através da implementação de medidas que facilitem a utilização dessa infraestruturas e que tornem esta infra-estrutura mais segura, cómoda, atractiva, rápida e coerente, valorizando o reforço de relações de convívio entre as pessoas através da disponibilização de espaços de estada adequados. v. Compatibilizar acções de requalificação da infra-estrutura pedonal com medidas tendentes a reduzir o tráfego automóvel e as respectivas velocidades de circulação. vi. Disciplinar o estacionamento. Recuperar o património, em particular os principais elementos patrimoniais existentes no centro histórico de Mirandela, interligando-os com a oferta de equipamentos e serviços à população e aos turistas; i. Contribuir para a visita continuada e até aumentar as mesmas aos imóveis classificados mais ricos em termos patrimoniais que existe no Concelho; ii. Valorizar o Centro Histórico, reabilitando edifícios de referência urbana devolutos, contribuindo para a valorização, revitalização e coerência do conjunto histórico e cultural; iii. Estes projectos integram-se numa estratégia global de organização espacial dos vazios existentes, tendo em atenção a sua adequada inserção e ligação com os restantes espaços urbanos e a revitalização funcional de áreas centrais, potenciando a diversidade de usos e de actividades; Diversificação do perfil funcional. Organização e diversificação da rede de equipamentos, tendo em atenção a sua adequada inserção e ligação com os restantes espaços urbanos e a revitalização funcional de áreas centrais, potenciando a diversidade de usos e de actividades E. Governação e capacitação institucional, contribuindo para a modernização do quadro institucional de apoio ao desenvolvimento regional e local. a. O desenvolvimento de parcerias com os vários actores institucionais da cidade e do concelho tem uma longa tradição; b. Em resultado do URBCOM surgiu a Associação MIRCOM (UAC) em parceria com a Associação Comercial; c. Também ao nível social, o município promover diversas parcerias, em particular com a Santa Casa da Misericórdia etc. d. Ao nível da mobilidade, salienta-se a criação do Gabinete Local para a Mobilidade no âmbito do URBACT II; e. O município pretende desenvolver e aprofundar estas parcerias com o objectivo de: i. Controlar o cumprimento das responsabilidades assumidas pelos diversos parceiros; ii. Procurar complementaridades e soluções inovadoras para potenciar os resultados das acções/operações; iii. - Articular os parceiros com outras entidades públicas e/ou privadas Articular a Parceria com as entidades nacionais e regionais responsáveis pela Política de Cidades. Uma estratégia a materializar Resultante das dinâmicas existentes nas últimas décadas, um dos grandes desafios do município de Mirandela passa por conferir à cidade de Mirandela os atributos necessários para que esta consolide a sua posição no contexto regional e nacional, sendo para tal indispensável um conjunto de acções, cuja ambição passa por converter Mirandela numa área de EXCELÊNCIA URBANA que contribua para afirmar Mirandela numa Cidade SUSTENTÁVEL, INOVADORA, SOLIDÁRIA, CRIATIVA E COOPERANTE. Para dar corpo ao desafio de consolidar a posição de Mirandela no contexto regional e nacional e à ambição de a converter numa zona área de excelência urbana, com qualidade ambiental e de vida, acessível, socialmente equilibrada, dinâmica e acolhedora, aberta e com grande actividade cultural é fundamental melhorar os níveis de eficiência e eficácia das intervenções públicas, com vista a prosseguir as opções e prioridades estratégicas, bem como os respectivos objectivos globais: • Preservar e valorizar o centro histórico, reforçando a sua atractividade, oferecendo à sua população e aos visitantes espaços urbanos devidamente qualificados e aliados ao seu enquadramento arquitectónico, de forma a tornar-se mais aberto e atractivo, no sentido de mais acessível e mais cativante para os residentes e os visitantes, aumentando a capacidade de atrair turistas, potenciando a criatividade e diversidade das actividades culturais. • • • • • Promover a qualificação e revitalização urbanística e ambiental, melhorando a qualidade de vida da população, na medida em que valoriza a sustentabilidade, promove a melhoria progressiva dos indicadores de qualidade ambiental e fornece melhores condições de vida à população; Promover a mobilidade sustentável, melhorando a acessibilidade e a mobilidade urbana, na medida em que promove a melhoria da acessibilidade e mobilidade, valorizando os modos suaves de deslocação, ordenando o acesso, a circulação e o estacionamento e criando condições adaptadas à população com mobilidade reduzida, livres de barreiras arquitectónicas; Revitalizar e dinamizar o tecido económico, promovendo a inovação urbana, no sentido de fomentar iniciativas económicas das populações locais que conduzam a uma diversificação da base económica e à geração de novos empregos, aumentando o poder de fixação da população e de atracção de novos residentes e meros “utilizadores” de bens e serviços públicos e comerciais; Valorizar a coesão social, a igualdade de oportunidades e a integração, no sentido de uma redistribuição espacial da população e das actividades que favoreça a consolidação do papel e das funções do centro histórico e evite a sua desertificação, garantindo a toda a população a igualdade de oportunidades no acesso a bens e serviços públicos fundamentais e aos padrões contemporâneos de qualidade de vida. Reforçar a participação dos diversos actores urbanos e dos cidadãos, o sentido de mobilizar os diferentes actores urbanos na implementação do programa de acção e de criar uma concepção inovadora na gestão e governação urbana. De modo a dar resposta à ambição e aos objectivos globais apontou-se para estratégia global que se encontra dividida em 5 linhas de acção estratégicas: • MIRANDELA SUSTENTÁVEL – Promover a qualificação do espaço público e do Ambiente Urbano; • MIRANDELA INOVADORA – Revitalizar o tecido económico e criar serviços urbanos inovadores; • MIRANDELA SOLIDÁRIA – Reforçar a coesão social e promover a igualdade de oportunidades; • MIRANDELA CRIATIVA – Preservar o património cultural e mobilizar o seu potencial de atractividade; • MIRANDELA COOPERANTE – Garantir a animação da parceria e a dinamização e divulgação do programa. A – MIRANDELA SUSTENTÁVEL – Promover a qualificação do espaço público e do Ambiente Urbano Uma cidade que aposta fortemente no desenvolvimento sustentável, nomeadamente ao nível da melhoria do ambiente urbano e da valorização dos espaços verdes e da frente ribeirinha, ao nível da recuperação e qualificação do espaço público, valorizando a qualidade visual do ambiente urbano e a multifuncionalidade dos espaços. Tendo em consideração a especificidade do centro histórico, nomeadamente como parte da “cidade viva”, que se transforma e evolui continuamente e constitui a imagem mais emblemática para o exterior da cidade de Mirandela, é fundamental a sua qualificação e valorização, promovendo uma política de apoio e incentivo à reabilitação urbana pelos particulares. Ainda em termos de sustentabilidade, uma das questões fundamentais prende-se com a forte aposta na promoção da mobilidade sustentável, em particular na promoção dos modos de transporte favoráveis ao ambiente. • • • • • • Melhoria da acessibilidade e mobilidade urbana, nomeadamente através da criação da Zona 30 (circulação pedonal, circulação automóvel e estacionamento), da melhoria das ligações pedonais, eliminação de Barreiras Arquitectónicas, Melhoria da qualidade visual da paisagem urbana, Criação de estruturas de apoio à gestão e manutenção do espaço público e de apoio técnico aos moradores para auto-reabilitação do seu património edificado; Exploração de novas metodologias de gestão do espaço público - vertentes normalmente associadas à esfera exclusivamente municipal como a limpeza, a segurança e a animação e dinamização dos espaços públicos. Portal Geográfico (ver em www.cm-mirandela.pt ícone SIG) nova abordagem à disponibilização de informação ao cidadão, informação útil e assente em bases de coerência dadas por protocolos já em curso com o INE para a actualização geo-referênciada das Bases e ainda para a desmaterialização de processos, projecto em que Mirandela é parceira com a CCDR-N, INESC, e outros municípios. Recuperação e qualificação do espaço público, nomeadamente recuperação e qualificação urbanística, mobiliário urbano e sinalética. B - MIRANDELA INOVADORA – Revitalizar o tecido económico e criar serviços urbanos inovadores Uma cidade que valoriza permanentemente os factores de competitividade associados ao território, dinamiza as parcerias e a criação de redes como forma de compensar o deficit de dimensão e organização, apostando no conhecimento e na capacidade de inovação como um vector do seu desenvolvimento e da sua afirmação, tendo em conta a necessária diversificação e articulação das iniciativas locais de emprego e das actividades económicas complementares. Na verdade, para evitar os problemas decorrentes do abandono do centro histórico, tão característicos no nosso país, é preciso afirmar uma estratégia voltada para a diversificação dos produtos, para a complementaridade das actividades, para a cooperação estreita dos agentes económicos, bem como para a mobilização do capital humano de modo a potenciar uma maior capacidade de inovação. Uma tal estratégia não significa todavia que se pretende evitar a todo o custo a concorrência entre as várias actividades ou promotores de iniciativas. A competição, desde que regrada, é salutar e obriga os diferentes agentes a encarreirar pela via de um certo profissionalismo e a aumentar a qualidade dos seus produtos e dos seus serviços. A ideia subjacente é que quanto maior e mais original for a diversidade da oferta maior será também a capacidade de atracção e de resposta aos desafios da concorrência. É preciso mobilizar o potencial criativo dos diferentes actores locais, incentivar os promotores a experimentar novos processos, a criar novos produtos, a procurar novas oportunidades de negócio, a satisfazer a procura especial de um determinado tipo de clientela ou de mercado. É opinião unânime que a cidade região reúne óptimas condições para se tornar num referencial turístico, designadamente nos domínios olivícola, gastronómico, cultural e ambiental, pois dispõe de recursos e potencialidades ímpares, mas está ainda aquém do potencial de atracção que possui, sendo ainda limitada oferta de alojamento nas suas diferentes modalidades. A evolução verificada nas últimas décadas demonstra que sem um impulso voluntarista que favoreça o aproveitamento destas potencialidades e a criação de um mínimo de massa crítica, o turismo tende para uma evolução lenta e pontual, incapaz de gerar sinergias significativas, sendo estratégico assegurar a sua dinamização. • • • • Criação de pólos de dinamização económica, nomeadamente o projecto do Terra Olea – Centro de Promoção e Valorização da Oliveira e do Azeite e a recuperação do antigo lagar de azeite, cuja área de influência se estende a toda a região da Terra Quente (Olive Valley) extravasando assim amplamente os limites da Área de Intervenção, da Cidade ou do concelho de Mirandela. Recuperação de edifícios e espaços para a instalação de novas actividades, nomeadamente a construção do novo edifício da câmara municipal e a instalação de um Centro de Ciência Viva. Desenvolvimento de iniciativas inovadoras em meio urbano, nomeadamente o a vigilância de ruas e edifícios e de Informação e a plataforma interactiva de apoio aos serviços, comércio e turismo. Distribuição ponto a ponto de fibra óptica (FTH – Fiber to Home) na zona de intervenção do URBCOM - a recente intervenção urbanística inserida no URBCOM, veio criar a oportunidade de criar esta infra-estrutura garantindo que todos os estabelecimentos comerciais podem ser abrangidos por uma efectiva ligação em Banda Larga assim como diversos espaços públicos exteriores. Ao mesmo tempo a criação de uma UAC (MIRCOM) veio criar um organismo de gestão participada pelos mesmos comerciantes da zona de intervenção e as instituições motor deste projecto. • • Garantir a segurança de pessoas e bens no que respeita à criminalidade, é também e a segurança de pessoas e bens contra riscos naturais e tecnológicos. Criação de estruturas de apoio às iniciativas económicas, nomeadamente a criação do gabinete de apoio ao comércio tradicional através da MIRCOM; C - MIRANDELA SOLIDÁRIA – Reforçar a coesão social e promover a igualdade de oportunidades No sentido da cidade ser capaz de reforçar a coesão social, territorial e institucional, promover a inclusão social e a integração das diferentes comunidades da cidade, combatendo as assimetrias internas e assegurando os princípios de equidade social e territorial no acesso aos serviços de interesse colectivo, reformulando os equipamentos e serviços de proximidade. Promover a solidariedade no sentido de fomentar a igualdade de oportunidades nos diferentes espaços e nas diferentes comunidades da cidade, melhorando as competências e potenciando a inserção no mercado de trabalho, dinamizando actividades recreativas e desportivas para as pessoas mais necessitadas e promovendo a igualdade entre homens e mulheres. Tendo em conta que o problema do envelhecimento da população origina a crescente necessidade de equipamentos específicos para a terceira idade, importa reforçar e diversificar os serviços de apoio e assistência aos mais necessitados, valorizando as competências e criando alternativas para a inserção no mercado de trabalho. • Qualificação e modernização dos serviços de interesse colectivo procurando a melhoria de competências e a inserção no mercado de trabalho; • Criação / remodelação de equipamentos e serviços de proximidade; • Dinamização de actividades recreativas e desportivas,. D - MIRANDELA CRIATIVA – Preservar o património cultural e mobilizar o seu potencial de atractividade Detentora de uma identidade singular, de uma imagem de marca forte e qualificada e de um conjunto de vantagens económicas, sociais, culturais e naturais, que facultará, às empresas e aos homens que as constituem, condições únicas de localização e de vida, atraindo investimentos e população do exterior. O aproveitamento dos recursos e dos valores patrimoniais existentes, como forma de reforçar o potencial instalado e valorizar os produtos e as actividades, e o seu devido aproveitamento implica um trabalho prévio de preservação e valorização do património cultural existente, assegurando a sua salvaguarda, recuperação, valorização e divulgação dos bens patrimoniais. A história e a ocupação humana deixaram fortes marcas, legando-nos um património cultural de valor incalculável de origem religiosa, militar e civil, ligado às formas de vida das populações. A primeira obrigação será conhecê-lo devidamente e conserválo para o transmitir como legado às gerações futuras. O património deverá ser um dos principais factores de dinamização turística, para tal é necessário que seja conhecido e atractivo e, ao sê-lo, seja factor de valorização da cultura e elemento de reforço de identidade. A deterioração do património monumental supõe um custo de oportunidade que não se pode permitir. Pretende-se impor responsabilidade para fomentar a restauração do património cultural, de modo a provocar um efeito significativo e activo na dinamização e atractividade deste território, tendo a sua conservação e restauração um papel primordial para a dinamização económica e social deste espaço. • • • • Recuperação e valorização do património cultural, nomeadamente a reabilitação e valorização do Paço dos Távoras, a recuperação e valorização da muralha de D. Dinis e a recuperação e valorização da Ponte Velha; Criação/remodelação de equipamentos culturais, nomeadamente a refuncionalização de edifícios para a instalação de espaços de promoção e animação cultural, nomeadamente centros de exposição, casa/atelier e núcleos museológicos; Qualificação e modernização de equipamentos e serviços culturais, nomeadamente para a dinamização e modernização do Complexo Cultural e para a recuperação e reabilitação da antiga estação de caminho-de-ferro para a instalação da Casa das Artes (ESPROARTE); Dinamização de actividades refuncionalização de edifícios. culturais, nomeadamente através da E - MIRANDELA COOPERANTE - Garantir a animação, a dinamização e a participação No sentido de promover uma cidade onde a participação activa e permanente dos agentes locais reforce a sua capacidade de iniciativa, procurando envolver neste processo não só as entidades públicas e associativas, as empresas, os líderes de opinião mas também uma parte significativa da população. Na verdade, para que o desenvolvimento seja bem sucedido e duradouro, sobretudo num meio onde avultam as resistências à mudança e à inovação é preciso que o mesmo seja aceite e compreendido por todos e possa contar com uma participação alargada e frutuosa das populações a quem, afinal, se destina. Por não ser tarefa fácil, torna-se necessário multiplicar as acções de sensibilização, de persuasão, de demonstração, por um lado, e de incentivo, de mobilização e de apoio efectivo à concretização de iniciativas e de projectos, por outro lado. Uma tal estratégia aponta naturalmente para uma aposta clara no potencial humano, o qual dispõe de competência técnica específica, de experiência local sólida, de um saber tradicional ou ainda de um engenho particular. Tendo em conta as dinâmicas locais, parece-nos que é indispensável mobilizar a população mais jovem e qualificada, encorajando-a e apoiando-a no lançamento de novas iniciativas e actividades. Uma estratégia de promoção da imagem da cidade de Mirandela deve também estruturar-se e adaptar-se às aspirações das clientelas que ela pretende visar, baseando-se naquilo que a cidade e, em particular, o centro histórico tem de diferente e específico para oferecer e naquilo que os potenciais “visitantes” e “clientes” gostariam de encontrar no seu espaço geográfico e social, nos seus produtos e serviços. • • • Criação de estruturas de apoio à população e ao comércio tradicional, nomeadamente na sua componente imaterial, através da criação do gabinete de apoio à auto-regeneração e da criação do gabinete de apoio ao comércio tradicional; Novas formas de “governação”, baseadas numa maior participação dos cidadãos, num envolvimento mais empenhado dos diversos actores urbanos públicos, privados e associativos - e em mecanismos flexíveis de cooperação entre cidades e entre estas e os espaços envolventes, através da criação de parcerias locais concretas como a MIRCOM, o alargamento da cooperação com as instituições de ensino superior a projectos concretos de aplicação efectiva na gestão local como a plataforma tecnológica de conteúdos virtuais a implementar com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela ou a Modelação da Rede de Distribuição de Água com o Instituto Piaget. Dinamização e animação de parcerias locais, nomeadamente através da dinamização das acções de animação de rua no Centro Histórico, “corporate tv” e outras plataformas interactivas. - a segurança em ambiente urbano revela-se hoje em dia como um factor de diferenciação e competitividade urbana. - Uma cidade do interior desertificado que atrai pelo seu enquadramento paisagístico, a sua qualidade ambiental e a sua qualidade de vida tem que ser obrigatoriamente segura. - a captação de novos habitantes e novas funções económicas esse factor é essencial, na promoção e valorização dos espaços comerciais tradicionais o elemento segurança é fundamental seja para os utentes e turistas, seja para os espaços comerciais seja ainda para o espaço urbano cada vez mais sujeito a vandalismo. - a organização municipal de serviços de protecção civil, já ultrapassou há muito tempo a simples concepção de Planos Municipais de Emergência, baseados em dados rígidos e muitas das vezes ultrapassados. A prevenção de riscos assenta hoje num planeamento de análise e avaliação de riscos de forma permanente e de previsão/intervenção remota. - ao nível da segurança local a redução do número de efectivos da PSP tem significado também um aumento da criminalidade local e a próxima construção de uma nova Esquadra apenas se traduz na melhoria de acolhimento do agentes e serviços sem efectivo impacto na segurança, uma vez que não vem compensar a redução de quase 50% de efectivos da última década. - Câmara Municipal de Mirandela apostou num serviço de apoio com uma base fixa no Mercado Municipal e uma viatura móvel que circula pelas ruas da cidade e verifica diversos edifícios públicos durante a noite. Descrição dos investimento; constrangimentos/bloqueios verificados na ausência do As acções propostas não resultam de uma estratégia isolada e desenquadrada das orientações estratégicas nacionais ou locais. Assumido o objectivo global de colocar as intervenções físicas ao serviço de uma visão mais integradora de transformação das cidades em espaços de coesão social, de competitividade económica e de qualidade ambiental dentro do conceito de desenvolvimento sustentável que se preconiza e defende verifica-se que a não concretização deste projecto irá condicionar a implementação do modelo de cidade que se projecta. A oportunidade da existência de um canal/infra-estrutura disponível de forma eficazmente dispersa por toda a cidade, não pode ser ignorada promovendo uma utilização limitada aos actuais parâmetros das comunicações e acesso à internet. A gestão municipal necessita de novas abordagens no sentido da eficácia, seja no ciclo urbano da água, seja na eficiência energética ou na informação e serviços aos munícipes e cada vez mais este tipo de serviços tem que recorrer a novas tecnologias e sistemas integrados de gestão. No relacionamento com o cidadão que os novos modelos de governança devem promover surge a necessidade de um contacto cada vez mais interactivo e autosuficiente mas também cada vez mais potenciado em serviços e interacção social. A ausência deste investimento pode ainda significar a contínua degradação do espaço público e o aumento da insegurança de clientes e comerciantes nas zonas se pretendem valorizar e ao mesmo tempo um recuo das TIC como elemento essencial da prevenção. Ao nível dos sistemas de monitorização associados à protecção civil depois do estabelecimento de uma plataforma de gestão de incidentes baseada no Atlas de Riscos Naturais e Tecnológicos, actualmente associada essencialmente a incêndios florestas a evolução natural está no aumento dos elementos de monitorização para a prevenção e intervenção Descrição da forma como a implementação da operação poderá dar resposta às necessidades identificadas no cenário de ausência de investimento, fundamentando a necessidade e a oportunidade da realização da operação. A ausência deste investimento não irá impedir o normal seguimento das acções propostas uma vez que estas se incluem em opções estratégicas bem definidas e aprovadas pela CMM, algumas delas estão já em implementação e em concepção, no entanto o não financiamento provocará uma significativo abrandamento nas intervenções propostas. Descrição da Operação Descrição da operação a desenvolver no âmbito da candidatura apresentada, evidenciando o seu enquadramento nas) tipologias de operações definidas no Regulamento Específico; a) Acções de natureza imaterial que se traduzam na criação de novas formas organizativas de resposta às procuras e aos problemas urbanos e de disponibilização de um determinado serviço ou de integração de serviços, em particular soluções baseadas em TIC ou soluções de polivalência dos equipamentos e infra-estruturas; Componente 1 – Vigilância Urbana Componente 2 – Vigilância Equipamentos Componente 3 – Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos Acção 3.4 / 3.5 /3.6 /3.7/3.8/3.9 Indicadores físicos e de prevenção Componente 3 – Segurança de Equipamentos Religiosos e Culturais b) Acções materiais necessários à experimentação de novas soluções nas áreas temáticas referidas no número anterior e que contemplem uma forte componente de difusão e replicação; Componente 1 – Vigilância Urbana Acção 1.1 / 1.2 /1.3 /1.4 – Equipamentos Equipamentos para estruturação da rede de vigilância suportada pelo serviço já existente Componente 2 – Vigilância Equipamentos Componente 3 – Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos Componente 4 – Segurança de Equipamentos Religiosos e Culturais c) Desenvolvimento de novos instrumentos para captação de actividades inovadoras e valorização da iniciativa e criatividade da população; Componente 4 – Segurança de Equipamentos Religiosos e Culturais Componente 2 – Vigilância Equipamentos d) Criação de estruturas, formas organizativas e metodologias de envolvimento dos cidadãos e dos actores económicos e sociais na solução dos problemas urbano Componente 1 – Vigilância Urbana Componente 2 – Vigilância Equipamentos Componente 3 – Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos Componente 4 – Segurança de Equipamentos Religiosos e Culturais Caracterização do conjunto de acções a desenvolver Componente 1 - Vigilância Urbana Acção 1 Software Acção 1.2 Vigilância de Espaços Urbanos Acção 1.3 Rede Wi-Max de Suporte Acção 1.4 Equipamento de Suporte A CMM possui já um posto fixo de vigilância pedonal na zona do mercado municipal e um posto móvel que circula pela cidade durante toda a noite. A existência de uma rede de fibra óptica dispersa por toda a cidade permite a instalação de um número significativo de câmaras de videovigilância sem grandes dificuldades técnicas. Estes serviços depois de devidamente licenciado pode ainda permitir a publicação em base web de imagens de algumas zonas mais interessantes do ponto de vista turístico. A presente intervenção é de componente apenas material de instalação de equipamento. Componente 2 - Vigilância Equipamentos Acção 2.1 Edifícios Municipais Acção 2.2 Equipamentos Sociais Acção 2.3 Equipamentos Comerciais Sobre o mesmo principio a vigilância de edifícios e equipamentos é essencial, nomeadamente os de índole social. A Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, proprietária de diversos edifícios e equipamentos vai beneficiar a curto prazo de uma rede interna de vigilância centralizada num único posto de observação. O mesmo acontece com os equipamentos municipais como pavilhões desportivos, ou a piscina municipal que estando, no caso da piscina, já dotada de um sistema de vídeo vigilância poderá beneficiar com a centralização de serviços. Esta componente inclui a instalação de equipamentos e a gestão centralizada em conjunto com a vigilância de exterior. Nesta componente pretende-se incluir os comerciantes alargando assim a dispersão e alcance da rede de vigilância. Componente 3 - Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos Acção 3.1 Estudo Acção 3.2 Sistema de Gestão Acção 3.3 Monitorização de Ponte Machado Vaz Acção 3.4Monitorização de Taludes - Estudo Técnico Acção 3.5 Monitorização de Taludes – Equipamento Acção 3.6 Monitorização de Cheias Acção 3.7 Monitorização da Ponte Europa Acção 3.8 Monitorização Ambiental Acção 3.9 Análise de qualidade de águas balneares Acção 3.10 Sistema de Alerta Acção 3.11 Link Wi-Max Tal como foi exposto no início da presente fundamentação a área de riscos apresenta um conjunto de áreas de monitorização e verificação que são essenciais na actual gestão municipal. O Projecto RNT – “Sistema de prevenção e actualização em situações de emergência provocadas por riscos naturais e tecnológicos”, tendo como parceiros a Junta de Castilla e Leon , a Câmara Municipal de Bragança e a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, permitiu concretizar a elaboração de um Atlas de Riscos Naturais e Tecnológicos em base digital. Assente numa rede geral de alerta, utilizando a rede de fibra óptica e a os mupies interactivos este sistema de alerta parte da avaliação de um conjunto de riscos, já identificados e padronizados no Atlas de Riscos Naturais e Tecnológicos do Concelho de Mirandela Neste mesmo projecto foi implementado um sistema de gestão de emergências que para além de permitir o registo de ocorrências permite também um controlo em base “office” das ocorrências de emergência, tendo em conta cartografia actualizada mas também o posicionamento georreferenciado de equipas e viaturas e a capacidade de gestão no terreno das intervenções. Esta actividade associada ao DGPS fixo já instalado, à Rede Wi-Max e wi-fi mesh permite localizar na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mirandela, uma plataforma de emergência e segurança, com base nos activos já financiados pela autarquia por protocolo. Neste momento são realizados esforços para a consolidação de um efectivo contactcenter que permita congregar um conjunto de serviços em implementação com os já existentes Número Verde Municipal e Número de Emergência Municipal. Na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Cruz Amarela de Mirandela existe um posto de atendimento telefónico com serviço de 24horas. Este serviço tem vindo a ser rentabilizado pela junção de valências como as já mencionadas e é integralmente assumido pela Câmara Municipal de Mirandela. Com a criação de um Sistema de Alerta Global, com a monitorização dos diversos riscos naturais e tecnológicos é ainda possível alargar o âmbito deste contact-center a áreas mais diversas. A implementação deste serviço tem que ser apoiado em elementos de planeamento concretos e nesse sentido a CMM participou já no Projecto INTERREG III C NOÉ, Subprojecto NOÉMI – “Management dês interventions”- estando agora envolvida em Projecto INTERREG IV C que estudam essencialmente sistemas de emergência. No entanto para suporte deste tipo deste tipo de estrutura é ainda necessário garantir a monitorização e avaliação dos Riscos Naturais e Tecnológicos identificados de forma corrente e permanente e estabelecer ainda um sistema de alerta que seja eficaz quer na detecção/avaliação quer no aviso/alerta à população, tendo naturalmente em conta o existente Plano Municipal de Emergência. Nesse sentido mais uma vez com suporte em tecnologias equivalentes para a gestão de outras componentes recorre à instalação de equipamentos que permitem recorrer à rede de fibra óptica e à rede wi-max. As acções estão estruturada por riscos e identificadas por tipo de alerta sendo a base de gestão assente no Serviço Municipal de Protecção Civil. Componente 4 - Segurança de Equipamentos Religiosos e Culturais Acção 4.1 Sistema Base RFID Acção 4.2 Modulo Edifício Acção 4.3 Modulo Pessoa No âmbito da segurança é necessário ainda considerar a segurança específica de pessoas e bens. As novas tecnologias RFID permitem a implementação de um perímetro de segurança para equipamentos de pequeno porte e mesmo para pessoas. O preço de aquisição de um sistema por edifico torna-se bastante dispendioso, no entanto, recorrendo à rede de fibra óptica é possível com a aquisição de um único sistema base dispersar a utilização da tecnologia por várias áreas com um menor investimento. A segurança do património móvel religioso é um dos maiores problemas da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela. Sendo locais visitáveis e abertos são também totalmente desprovidos de segurança nomeadamente de estátuas de elevados valor sentimental e patrimonial. A utilização desta tecnologia permite além da inventariação já existente equipar cada elemento móvel com uma tag o que permite uma inventariação remota em tempo real e um sistema simples de alarme local e associado ao call-center municipal para prevenção de roubos. Esta tecnologia tem ainda a possibilidade de ser utilizada na vigilância de grupos específicos em zonas confinadas. Um piloto actualmente em experiência na Piscina Municipal de Mirandela permite que as crianças das Escolas de Natação não saiam para o exterior do edifício sem a companhia dos seus pais e a entrega da respectiva tag na recepção. A replicação deste modelo vai ocorrer nas residências da terceira idade e infantários da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela para prevenir a saída não autorizada de idosos ou crianças de zonas definidas. No caso das residências da 3ª idade regista-se a existência de diversos idosos que por efeito de algumas doenças crónicas se ausentam frequentemente das suas residências. Este sistema permite o rápido alarme da vigilância e não implica os custos que uma pulseira GPS representa nem sequer a dimensão física desse tipo de equipamento. Podem ainda ser associados via transponder alguns elementos de bio-monitorização que para casos de idosos isolados podem representar uma forma de vigilância acrescida. Descrição e justificação das fases de implementação propostas, com remissão para os cronogramas de execução física e financeira da operação, evidenciando o seu estado de maturidade; Os orçamentos apresentados representam essencialmente a componente material da aplicação grande parte das soluções tecnológicas. Uma das maiores oportunidades para potenciar a capacidade associada a uma rede suficientemente dispersa de fibra óptica é sem qualquer dúvida a gestão de serviços de cariz municipal. Caracterização da coerência externa da operação, se esta for conexa com outras operações co-financiadas (ou a candidatar) pelos (aos) Fundos Comunitários, evidenciando a complementaridade e as sinergias que possam existir com essas operações. - Continuidade do desenvolvimento da plataforma tecnológica iniciada no âmbito do projecto INTERREG III A –RNT – Riscos Naturais e Tecnológicos. - MIRCOM – aumento das competências e valências da UAC do Comércio Tradicional da Zona Histórica de Mirandela. Aspectos Económicos e Financeiros Modelo de financiamento da operação As presentes operações serão suportadas pelo orçamento municipal e não serão geradoras de receita. Grande parte dos investimentos está já prevista no orçamento municipal em programas específicos ou genéricos. Eficiência do investimento face aos objectivos da operação e evidenciar que a operação constitui a solução mais apropriada para os objectivos a atingir e que os seus benefícios superam os respectivos custos; O investimento é essencialmente direccionado para equipamentos e não para recursos de gestão uma vez que estes já existentes garantem a implementação de todas as vertentes propostas. Uma vez que a base de comunicação é comum, a Rede Comunitária de Banda Larga, a instalação de equipamentos irá permitir a melhoria de serviços já existentes e a verificação de soluções que posteriormente podem ser alargadas a outras zonas urbanas ou equipamentos. A instalação do sistema RFID na Piscina Municipal pode ser objecto de replicação para equipamentos escolares ou outros colectivos com recursos aos mesmos meios técnicos, uma vez que assim o permite a plataforma tecnológica adquirida nesta fase. Descrição do modelo de gestão a adoptar na fase de exploração/funcionamento das estruturas resultantes da operação candidatada, evidenciando a sua sustentabilidade. A coordenação de todo o projecto será responsabilidade da CMM que possui experiência e recursos humanos e técnicos para essa tarefa. A plataforma (call-center) será apoiada na Comissão Municipal de Segurança e Protecção Civil que é já participada por diversas entidades que intervêm quer ao nível da segurança e vigilância quer ao nível da protecção civil. Ao nível da gestão corrente da plataforma de segurança a mesma será feita sobre a gestão conjunta da MIRCOM e da CMM com base no Projecto Ruas Seguras já em curso, sempre com a participação da PSP como elemento complementar. A plataforma social e pessoal será enquadrada neste mesmo princípio. Ao nível da plataforma de protecção civil, existem já 5 operadores de central que são financiados pela Câmara Municipal e estão fixos na Central de Atendimento de Mirandela. A existência de um Serviço Municipal de Protecção Civil dotado organização e de recursos humanos permite garantir a manutenção de serviços e equipamentos.