UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DCEENG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
CLOUD COMPUTING – ESTUDO DE CASO: FERRAMENTAS DE
ARMAZENAMENTO
ROBERTO ELI SANMARTIM
Ijuí
Dezembro/2013
UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DCEENG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
CLOUD COMPUTING – ESTUDO DE CASO: FERRAMENTAS DE
ARMAZENAMENTO
ROBERTO ELI SANMARTIM
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado ao curso de Ciência da
Computação do Departamento de Ciências
Exatas e Engenharias (DCEEng), da
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ),
como requisito para obtenção do titulo
Bacharel em Ciência da Computação.
Orientador: Prof. Ms. Edson Luiz Padoin
Ijuí
Dezembro/2013
CLOUD COMPUTING – ESTUDO DE CASO: FERRAMENTAS DE
ARMAZENAMENTO
ROBERTO ELI SANMARTIM
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado ao Curso de Ciência da
Computação do Departamento de Ciências
Exatas e Engenharias (DCEENG), da
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ),
como requisito para obtenção do titulo
Bacharel em Ciência da Computação
_____________________________________
Orientador: Prof. Ms. Edson Luiz Padoin
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof. Ms. Rogerio Samuel de Moura Martins
Ijuí
Dezembro/2013
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela sabedoria e por sempre me iluminar e
me dar forças nos momentos difíceis.
Meu maior agradecimento a meus pais Clecio e Maria Izabel por sempre me
encorajarem em minhas escolhas, sempre me dando força para seguir em frente em
busca de meu sonho em se tornar um profissional da área da Computação. Não
medindo esforços para me ajudar sempre em tudo, sempre disponível para o que
precisar.
A meu irmão Gabriel pelos momentos engraçados que me faziam esquecer
por algum instante a tensão de finalizar meu TCC.
Ao meu professor orientador Ms. Edson Luis Padoin pela sua disponibilidade,
auxílio e apoio em todas as horas. Por topar ser meu orientador mesmo estando a
milhares de quilômetros de distância.
Aos demais professores pelos ensinamentos transmitidos, pela amizade,
dedicação e paciência em todos os momentos do curso.
Aos meus colegas pelos momentos de alegria e companheirismo.
MUITO OBRIGADO!!!
RESUMO
A Computação em Nuvem se tornou nos últimos anos uma ferramenta muito
importante na área da tecnologia. Tarefas como obtenção, compartilhamento,
manipulação e exploração de uma grande quantidade de dados são comuns nesta
área. A computação em nuvem pode contribuir com este cenário à medida que pode
disponibilizar recursos de processamento, memória, armazenamento para utilização
imediata.
A procura pelo uso da computação em nuvem hoje no mercado é muito
grande. Existem muitas ferramentas de armazenamento em nuvem, algumas são
mais conhecidas e outras menos.
Este trabalho tem como objetivo entender o que é a computação em nuvem,
quais os benefícios e risco a sua utilização, os modelos de serviço e os tipos de
nuvem. Também fazer uma análise das ferramentas de armazenamento em nuvem,
apontando suas principais características.
Palavras chave: Armazenamento em Nuvem, Casos de Uso, Computação em
Nuvem.
ABSTRACT
Cloud computing has become in recent years a very important tool in the area
of technology. Tasks such as obtaining, sharing, manipulation and exploration of a
large amount of data is common in this area. Cloud computing can contribute to this
scenario as it can provide processing resources, memory, storage for immediate use.
The demand for the use of cloud computing in today's market is very large.
There are many tools for cloud storage, some are more and others less known.
This study aims to understand what is cloud computing, what benefits and risk
its use, service models and cloud types. Also make an analysis of cloud storage
tools, pointing out their main characteristics.
Keywords: Cloud Storage. Cloud Computing. Use Cases.
LISTA DE ABREVIATURAS
API
–
Application Programming Interface
CaaS
–
Comunication as a Service
CPU
–
Central Processing Unit
DASD
–
Direct access storage device
DBaaS
–
Data Base as a Service
DevaaS
–
Development as a Service
EaaS
–
Everything as a Service
IaaS
–
Infra-estrutura como Serviço
NIST
–
National Institute of Standards and Technology
PaaS
–
Plataforma como Serviço
PDA
–
Personal digital assistants
QoS
–
Quality of Service
SaaS
–
Software como Serviço
SGBD
–
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados
SLA
–
Services Level Agreement
TI
–
Tecnologia da Informação
VoIP
–
Voz sobre IP
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Cloud Computing
17
Figura 2. Segurança na nuvem
21
Figura 3. Principais camadas de aplicação
33
Figura 4. Modelo de serviço SaaS
36
Figura 5. Modelo de serviço PaaS
38
Figura 6. Modelo de serviço IaaS
40
Figura 7. Modelos de Implantação
42
Figura 8. Nuvem Híbrida
46
Figura 9. Tela inicial Dropbox
53
Figura 10. Versionamento
55
Figura 11. Tela inicial Skydrive
57
Figura 12. Histórico de versões
59
Figura 13. Tela inicial Google Drive
60
Figura 14. Gerenciar versões
62
Figura 15. Tela inicial iCloud
64
Figura 16. Tela inicial Ubuntu One
67
Figura 17. Tela inicial Sugarsync
70
Figura 18. Todas as versões
71
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Modelos de Serviços
40
Tabela 2. Valor Planos Dropbox
54
Tabela 3. Valor planos Skydrive
58
Tabela 4. Valor planos Google Drive
61
Tabela 5. Valor planos iCloud
65
Tabela 6. Valor planos Ubuntu One
68
Tabela 7. Valor planos Sugarsync
71
Tabela 8. Comparação entre as ferramentas
75
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 Justificativa........................................................................................................ 14
1.2 Objetivo Geral .................................................................................................... 14
1.3 Objetivos específicos........................................................................................ 14
2 COMPUTAÇÃO EM NUVEM ................................................................................. 16
2.1 Histórico ............................................................................................................. 18
2.2 Tecnologias ....................................................................................................... 19
2.2.1 Segurança ....................................................................................................................19
2.2.2 Escalabilidade .............................................................................................................21
2.2.3 Interoperabilidade .......................................................................................................22
2.2.4 Confiabilidade..............................................................................................................23
2.2.5 Disponibilidade ...........................................................................................................24
2.2.6 Auto-serviço sob demanda .......................................................................................24
2.2.7 Pooling de Recursos ..................................................................................................25
2.2.8 Elasticidade..................................................................................................................26
2.2.9 Serviço Medido............................................................................................................27
2.2.10 Portabilidade..............................................................................................................27
2.2.11 Alta velocidade no acesso a banda larga ............................................................27
2.2.12 Recursos Compartilhados ......................................................................................28
2.2.13 Dispositivos de acesso ...........................................................................................29
2.2.14 Dispositivos de armazenamento ...........................................................................29
2.2.15 Pay as you go ............................................................................................................31
2.2.16 Service Level Agreement (SLA) .............................................................................32
2.3 Modelos de Serviço .......................................................................................................32
2.3.1 Software como Serviço (SaaS).................................................................................34
2.3.2 Plataforma como Serviço (PaaS) .............................................................................36
2.3.3 Infraestrutura como Serviço (IaaS) .........................................................................38
2.3.4 Comparação entre os tipos de serviços. ...............................................................40
2.3.5 Outros Modelos de Serviço ......................................................................................41
2.4 Tipos de Nuvens ................................................................................................ 41
2.4.1 Nuvem Pública ............................................................................................................43
2.4.2 Nuvem Privada ............................................................................................................44
2.4.3 Nuvem Híbrida .............................................................................................................45
2.4.4 Comunidade .................................................................................................................46
2.5 Benefícios .......................................................................................................... 47
2.6 Riscos................................................................................................................. 49
3 ESTUDO DE CASO: FERRAMENTAS DE ARMAZENAMENTO EM NUVEM ..... 52
3.1 DropBox ............................................................................................................. 53
3.2 SkyDrive ............................................................................................................. 57
3.3 Google Drive ...................................................................................................... 60
3.4 iCloud ................................................................................................................. 63
3.5 Ubuntu One ........................................................................................................ 66
3.6 SugarSync .......................................................................................................... 70
3.7 Comparativos .................................................................................................... 73
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 77
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 79
12
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho serão analisados quais os benefícios que a Cloud Computing
traz aos usuários. Quais as vantagens de se usar aplicações de armazenamento em
nuvem.
Vivemos na era da informação, nosso ambiente é cercado de tecnologias que
visam nos manter conectados com o mundo. Uma pessoa processa cerca de 34
gigabytes por dia e nos últimos três anos criou-se mais informações do que nos
últimos quarenta mil anos de humanidade, toda essa evolução foi possível graças à
inovação tecnológica, principalmente a criação da Internet (LIMA, 2010).
Com o crescente avanço tecnológico e maior velocidade e disponibilidade de
acesso a internet, muitas empresas passaram a utilizar a computação em nuvem, ou
cloud computing, que consiste em colocar dados, softwares e hardwares na rede,
sem precisar instalá-los localmente. Muitas das empresas estão aderindo a essa
tendência devido a um custo mais acessível que esse serviço proporciona ao invés
de investir em uma ampla infraestrutura de TI dentro da empresa. Apesar da
vantagem de não ser preciso manter os aplicativos, os computadores e nem as
bases de dados dentro da própria organização, deve-se atentar para a segurança,
pois quem estará com todas as informações são as empresas que oferecem os
serviços de computação em nuvem (DIAS, 2013).
A evolução da computação e da internet foi relativamente rápida. Em menos
de 40 anos mudamos um cenário centralizado com mainframes, em que as
aplicações e os dados eram locais e distribuídos através de redes internas passando
para aplicações desktops que compartilham a mesma base de dados. Depois, as
aplicações passaram a ser acessadas via browser, disponibilizadas localmente pelas
empresas até chegarmos ao nosso cenário atual, em que as aplicações são
armazenadas em servidores públicos, com alto poder de processamento e
disponibilidade, visando mantê-las sempre em funcionamento com o menor custo
possível (SOUSA, MOREIRA e MACHADO, 2009).
A computação em nuvens trouxe de volta uma ideia de forma remodelada, a
centralização. Criam-se vários datacenters distribuídos, controlados por empresas
gigantescas como Microsoft, Google e Amazon e outras. Coloca-se o hardware feito
13
sob demanda, centrais de energia e resfriamento de última geração e softwares de
controle que provêm aos clientes uma forma rápida de somar, ou retirar, máquinas
de seu pátio computacional. Isto é a computação em nuvem. Uma forma de prover
serviços com pagamento sob demanda de uso. Você paga pelo que usa e pelo que
necessita (COMPUTERWORLD, 2010).
Este trabalho tem como objetivo demonstrar as vantagens da utilização da
computação em nuvem através de um estudo das suas tecnologias, de seus riscos e
benefícios e os diversos tipos de nuvem e também da analise de algumas
ferramentas de armazenamento em nuvem.
Será feito um estudo sobre cada uma das principais ferramentas de
armazenamento em nuvem disponível no mercado. Qual ferramenta possui melhor
custo/beneficio, qual delas tem uma maior preocupação quanto à segurança das
informações dos usuários.
O trabalho está assim organizado em cinco capítulos, sendo o primeiro a
parte introdutória, onde explano sobre meus objetivos com o desenvolvimento deste
trabalho.
No segundo capítulo será abordada a história da computação em nuvem, as
tecnologias de segurança, escalabilidade, interoperabilidade, confiabilidade e
disponibilidade. Os modelos de serviços. Também será abordado sobre os tipos de
computação em nuvens, os benefícios e riscos.
No terceiro capítulo será abordado um estudo de caso das diversas
ferramentas de armazenamento em nuvens disponíveis no mercado. As principais
ferramentas abordadas serão Dropbox, Skydrive, Google Drive, iCloud, Ubuntu One,
SugarSync. O estudo foi feito sobre essas ferramentas por serem as que estão em
maior evidência e em constante evolução.
No quarto capítulo uma conclusão sobre o trabalho, o que de mais relevante
foi possível abordar com este estudo.
E por fim o referencial teórico, apresentando todas as referências utilizadas
neste estudo.
14
1.1 Justificativa
A motivação para desenvolver este trabalho, vem da grande procura do uso
da computação em nuvem no mercado. Há muitas ferramentas para armazenamento
em nuvem, algumas mais conhecidas e outas menos. Existem questionamentos
sobre quais são os pontos positivos e negativos destas ferramentas, se os arquivos
armazenados estão bem protegidos na nuvem, dentre as principais ferramentas
disponíveis no mercado, quais possuem maiores facilidades para o uso no dia a dia.
1.2 Objetivo Geral
Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar quais são os pontos
favoráveis à utilização de computação em nuvem, quais suas funcionalidades,
benefícios e riscos.
Também será feito um estudo de diversas ferramentas de armazenamento
em nuvem e um comparativo entre elas. Justificando quais são mais recomendadas,
usando como critérios, o custo, velocidade, segurança, Sistemas Operacionais que a
aplicação suporta, tamanho máximo de cada arquivo e versionamento.
1.3 Objetivos específicos
Os objetivos específicos desta pesquisa são:
•
Entender o que é computação em nuvem;
•
Quais os benefícios de se usar;
•
Segurança das aplicações;
•
Sua confiabilidade;
•
Seus riscos;
•
Tipos de Computação em Nuvem;
Também foi feito um estudo de caso, abordando algumas das principais
ferramentas de armazenamento em nuvem. Fazendo uma análise destas
15
ferramentas, usando como critério, o custo, velocidade, segurança, sistema
operacional que a aplicação suporta e se possui versionamento e outras
características de cada ferramenta.
16
2 COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Neste capítulo foi abordado o referencial teórico da computação em nuvem, o
histórico e suas tecnologias, também foram abordados os modelos de serviço, os
tipos de nuvens e os benefícios e riscos que ela traz a computação.
O termo computação em nuvem, do inglês, Cloud Computing, surgiu como um
novo modelo de computação baseado em uma rede massiva de servidores virtuais
ou físicos. É visto por alguns especialistas como um conceito mais avançado de
virtualização (TAURION, 2007).
A computação em nuvem é uma revolução quanto à questão de
armazenamento de dados e informações, pois nada mais é instalado e armazenado
na própria maquina, tudo esta disponível na internet e pode ser acessado em
qualquer lugar. O conceito de computação em nuvem significa possuir uma grande
capacidade de armazenamento, processamento e compartilhamento de informações
na qual o próprio cliente estabelece quais são as suas necessidades e paga pelos
recursos ou tempo ao qual esta utilizando. Por isso ela é considerada como um
serviço e não como um produto (FUGULIN, 2010).
O conceito de computação em nuvem usa da premissa da utilização de
software ou sistemas em rede e da capacidade de dispor recursos ao usuário sob
demanda. Desta maneira, as informações são permanentemente armazenadas em
servidores na Internet (localizados na “nuvem”), sendo realizadas caches destes
dados em notebooks, desktops, dispositivos móveis, entre outros computadores
desktop, notebooks, dispositivos móveis, os quais estarão fazendo uso da
infraestrutura em nuvem (FUGULIN, 2010).
Computação em nuvem é a computação considerada como um serviço, não
como um produto. O interessado adquire hardware ou software, mas aluga e paga
apenas pelo que utilizar (FERNANDEZ, 2011).
17
Figura 1. Cloud Computing
Fonte: VELTE, 2012, p.5.
A figura 1 é uma ilustração de como é a prestação de serviço, a empresa que
contrata não paga pelo hardware e pela manutenção. Quem fica responsável por
isso é a prestadora que deve compra equipamentos e fazer a manutenção dos
mesmos (VELTE, 2012).
Com o Cloud Computing, o usuário não precisa investir na compra de
computadores e infraestrutura de rede, pois vai utilizar os dispositivos na nuvem.
Quem fica responsável por toda a infraestrutura física é o fornecedor, que possui
uma rede escalável e elástica, sendo assim apenas cobra a demanda que o cliente
usou de sua infraestrutura (VELTE, 2012).
Em suma, o Cloud Computing pode ser definido como um modelo no qual a
computação (processamento, armazenamento e software) está em algum lugar da
rede e é acessada remotamente, via internet. O que realmente significa é que
alguém vai assumir a responsabilidade de entregar algumas funções de TI como
serviços para alguns clientes e eles não precisam saber como funciona, eles
simplesmente irão usar (FEIJÓ, 2009).
Há muitos motivos pelos quais as empresas estão mudando as soluções de
tecnologia da informação, o que inclui computação em nuvem. Em primeiro lugar, o
mercado de computação em nuvem ainda está em crescimento constante, as falhas
ainda podem ser mais frequentes nesse primeiro momento, grandes empresas
começarão a comprar estes conceitos que ajudarão a reduzir seus respectivos
custos, pois irão obter os recursos apenas quando precisar deles e pagará apenas o
18
que for usar. Novas ferramentas de gerenciamento chegarão ao mercado,
possibilitando o melhor uso desta nova tecnologia e consequentemente nuvens mais
seguras irão surgir, isto é só uma questão de tempo (TAURION, 2009).
2.1 Histórico
O Conceito de computação em nuvem surgiu na década de 1960 por J.C.R.
Licklider que imaginava a computação na forma de uma rede global e quem também
introduziu a ideia de uma rede de computadores intergaláctica (CHIRIGATTI, 2009)
(KAUFMAN, 2009; MODAMED, 2009).
Na década de 60, John McCarthy, famoso e importante pesquisador da área
da informática, propôs a ideia de que a computação deveria ser organizada na forma
de um serviço de utilidade pública (CHIRIGATI, 2009).
A primeira vez que o termo computação em nuvem foi utilizado, foi no ano de
1997 pelo então professor de sistemas de informação da University of Southern
Califórnia Ramnath Chellappa (FERNANDEZ, 2011).
Outro marco importante para a computação em nuvem foi em 1999, com o
surgimento da Salesforce.com, que foi a pioneira em disponibilizar aplicações
empresarias através da internet. A partir de então outras empresas começaram a
investir nesta área, como a Amazon, Google, IBM e Microsoft (MOHAMED, 2009)
(CHIRIGATI, 2009).
Um fator predominante para o grande crescimento na demanda de
computação em nuvem é o crescimento gigantesco de armazenamento de dados.
De acordo com projeções da CenturyLink grande empresa do ramo de comunicação
de dados dos EUA até 2015, a procura para armazenamento de dados irá aumentar
em quatro vezes levando em conta novos dados e também os dados replicados
(CANTU, 2012).
19
2.2 Tecnologias
A computação em nuvem não é somente uma nova tecnologia, mas sim a
combinação de muitas tecnologias que já existiam anteriormente. Estas tecnologias
têm crescimento em ritmos diferentes e em diferentes contextos e não foram
desenvolvidas em um todo coerente, porém se uniram para criar o ecossistema para
a computação em nuvem. Novos avanços nas tecnologias de armazenamento em
disco, conexão banda larga e os servidores de baixo custo, combinaram para fazer
da computação em nuvem uma solução mais convincente aos usuários (MATHER,
2009).
O entusiasmo com a computação em nuvem se deve às inúmeras vantagens
que ela pode oferecer tanto aos fornecedores de tecnologia quanto aos usuários
(MATHER, 2009).
2.2.1 Segurança
Um dos maiores desafios a serem enfrentados pela computação em nuvem,
sem nenhuma dúvida é a segurança. Nesse novo modelo de computação, o Data
Center armazena informações que os usuários armazenariam em seus próprios
computadores. Além disso, esses usuários não sabem onde estão armazenados
seus dados nem a fonte dos dados que estão armazenados junto aos deles. Assim,
a proteção da privacidade dos usuários e a integridade das informações devem ser
de responsabilidade dos prestadores de infraestrutura e de serviços (DIKAIAKOS,
2009).
A questão da incerteza quanto à segurança da computação em nuvem é o
que mais tem causado preocupação quando se é abordado este tema (MATHER,
2009).
A disponibilidade de serviços permite que o usuário possa utilizar a nuvem
onde e quando quiser. Como a nuvem fica na internet podem ocorrer atrasos e
sistemas indisponíveis. Os ambientes de computação em nuvem possuem alta
disponibilidade, portanto, estes podem utilizar técnicas de balanceamento de carga e
composição de nuvens de forma a atender às necessidades dos usuários. Por
20
exemplo, podem-se construir aplicações altamente disponíveis com a implantação
de duas ofertas de nuvem diferentes. Se caso uma nuvem falhar, a outra nuvem
continua a apoiar a disponibilidade das aplicações (SOUZA, 2009).
Velte A., Velte T. e Elsenpeter (2010) destacam alguns pontos relevantes
para a segurança nas nuvens.
•
Monitoramento: maior facilidade no controle da segurança, pois o
monitoramento não se da em servidores e em numerosos clientes, mas
sim na nuvem;
•
Intercâmbio Instantâneo: caso ocorram problemas com os dados
armazenados, pode ser feito uma transferência instantânea para outro
computador, sem compromete a integridade das informações;
•
Construções Seguras: a rede e o software da própria empresa podem
ser agrupados, gerando assim um nível maior de segurança nos dados.
•
Melhoria da Segurança de Software: como os fornecedores não querem
perder vendas, eles aplicam os melhores softwares para obter a maior
segurança possível dos dados;
•
Teste de Segurança: nos serviços SaaS, os testes de segurança que
são realizados nas aplicações não são cobras dos clientes.
A utilização da computação em nuvem está crescendo principalmente em
empresas de pequeno e médio porte, pela necessidade de maior segurança dos
dados destas organizações. Na maioria das vezes estas empresas não possuem
uma ampla área de TI para assegurar a integridade dos dados. E com o uso dos
serviços nas nuvens, os níveis de segurança obtidos são bem maiores, garantindo
assim maior qualidade dos dados e um menor investimento inicial (DIAS, 2012).
Conforme Velte (2012) p.138, para se proteger os dados, a maioria dos
sistemas usa uma combinação das seguintes técnicas:
•
Criptografia: um logaritmo complexo é usado para codificar a
informação. Para decodificar os arquivos criptografados, o usuário
precisa da chave de criptografia. Embora seja possível quebrar
informações criptografadas, é muito difícil e a maioria dos hackers não
tem acesso à quantidade de poder de processamento do computador
que eles teriam de quebrar o código;
21
•
Processos de autenticação: isto requer que o usuário crie um nome e
uma senha;
•
Práticas de autorização: o cliente enumera as pessoas que estão
autorizadas a ter acesso às informações armazenadas no sistema de
nuvem. Muitas têm vários níveis de autorização. Por exemplo, um
trabalhador de linha de frente poderia ter acesso limitado a dados
armazenados na nuvem e o chefe do departamento de TI pode ter
completo e livre acesso a tudo.
Figura 2. Segurança na nuvem
Fonte: VELTE, 2012, p.139.
Mas mesmo com essas medidas em vigor, ainda existem preocupações de
que os dados armazenados em um sistema remoto são vulneráveis. Há sempre a
preocupação de que um hacker vai encontrar um caminho para um sistema seguro e
acesso a dados. Além disso, um funcionário descontente poderá alterar ou destruir
os dados usando as suas próprias credenciais de acesso (VELTE, 2012).
2.2.2 Escalabilidade
Embora as organizações possam ter centenas ou milhares de sistemas, a
computação em nuvem fornece a capacidade de escala a dezenas de milhares de
sistemas, bem como a capacidade de uma rede sólida, de banda e espaço de
armazenamento (MATHER 2009).
A computação em nuvem é composta por uma enorme rede de nós que
necessita ser escalável. A escalabilidade deve ser transparente para o usuário,
22
podendo estes dados estar na nuvem e armazenados em qualquer lugar sem a
necessidade de saber onde estão estes dados e como eles são acessados (SOUSA,
2009).
A escalabilidade é uma característica fundamental na computação em nuvem.
As aplicações desenvolvidas para uma nuvem precisam ser escaláveis, de forma
que os recursos utilizados possam ser ampliados ou reduzidos de acordo com a
demanda. Para que isso seja possível, as aplicações e os seus dados devem ser
flexíveis (ou “elásticos”) o suficiente. Porém, tornar as aplicações e os dados
“elásticos” pode não ser tão simples assim, dependendo da implementação
(CHIRIGATI, 2009).
Além das aplicações e dos seus dados serem escaláveis, essa escalabilidade
também deve ser realizada rapidamente, ou seja, a resposta das aplicações à
demanda dos recursos não pode demorar. Essa particularidade é essencial, visto
que, na computação em nuvem, trabalha-se com o modelo pay-per-use e,
consequentemente, é importante evitar que os usuários desperdicem dinheiro
(ARMBRUST, 2009).
Se o usuário é surpreendido por uma demanda repentina, a computação em
nuvem pode ajudá-lo a gerenciar ao invés de comprar os ciclos da CPU ou
armazenamento de um terceiro. Uma vez que os custos são baseados no consumo,
provavelmente não teria de pagar tanto como se fosse o caso de comprar o
equipamento. Depois de ter cumprido a necessidade de equipamento adicional,
basta parar de usar o prestador de serviços em nuvem e o usuário não terá que lidar
com equipamentos desnecessários irá simplesmente adicionar ou subtrair com base
na necessidade de sua organização (RUSCHEL, 2008).
2.2.3 Interoperabilidade
A interoperabilidade diz respeito à capacidade dos usuários de executar os
seus programas e os seus dados em diferentes nuvens e plataformas. Isso permite,
por exemplo, que as aplicações não fiquem restritas a somente uma nuvem. Essa é
uma característica amplamente desejável no ambiente da computação em nuvem.
Ultimamente, muitas aplicações têm sido desenvolvidas considerando esse fator.
23
Porém, ainda há a necessidade da implementação de padrões e interfaces para que
essa portabilidade seja possível (DIKAIAKOS, 2009).
A interoperabilidade está preocupada com a capacidade dos sistemas de se
comunicar entre eles. Ela exige que a informação comunicada seja compreendida
pelo sistema de recepção. No mundo da computação em nuvem, isso significa a
capacidade de escrever código que trabalha com mais de um fornecedor de nuvem
simultaneamente, independente das diferenças entre os prestadores de serviços
(AHRONOVITZ, 2010).
A ausência, em geral, dessa característica acaba prejudicando a adoção da
computação em nuvem por parte de muitas organizações (ARMBRUST, 2009).
Os usuários têm a preocupação de não conseguirem retirar seus dados e
seus programas de uma nuvem e colocá-los em outra com relativa facilidade,
havendo a sensação de que os dados ficam presos em uma determinada nuvem
(CHIRIGATI, 2009).
Empresas de desenvolvimento de software têm interesse que aplicações
possam ser transferidas para a nuvem de forma simples. Essas empresas também
esperam que exista interoperabilidade entre diferentes serviços de nuvem, por
exemplo, entre serviços de armazenamento. As APIs da Amazon estão se tornando
um padrão de fato para serviços sob demanda. Contudo, a quantidade de
tecnologias envolvidas é muito grande, tornando-se um desafio padronizar as
diversas interfaces e serviços (SOUSA, 2009).
2.2.4 Confiabilidade
Um sistema é dito como confiável se ele não falhar com frequência, e
principalmente, se ele não perder os dados ao falhar. As aplicações desenvolvidas
para a computação em nuvem devem ser confiáveis, ou seja, elas devem possuir
uma arquitetura que permita que os dados permaneçam intactos mesmo que haja
falhas ou erros em um ou mais servidores ou máquinas virtuais sobre as quais as
aplicações estão rodando. Essa característica está associada à realização de cópias
de segurança dos dados. O armazenamento dessas cópias deve ser feito em local
24
seguro para que, caso haja alguma falha nas aplicações e elas percam os dados,
estes, ou pelo menos uma parte deles, possam ser recuperados (CHIRIGATI, 2009).
2.2.5 Disponibilidade
Os usuários da computação em nuvem possuem uma grande preocupação
com a questão da disponibilidade dos serviços. Eles esperam que as aplicações
estejam sempre disponíveis, ou seja, em execução durante todo o tempo,
principalmente nos momentos necessários. Porém, há exemplos de serviços que já
ficaram indisponíveis por um determinado período, como o Gmail, que, em
08/11/2008, ficou fora do ar por, aproximadamente, uma hora e meia (ARMBRUST,
2009).
Portanto, uma alternativa é ter mais de um prestador de serviços e mais de
uma nuvem, o que permite aos usuários executarem seus programas em uma
nuvem enquanto a outra apresenta problemas técnicos. Mas essa alternativa pode
não ser tão simples, no caso de uma aplicação não funcionar corretamente em
outras nuvens (ARMBRUST, 2009).
Dependendo do fornecedor, o usuário pode contar com alta disponibilidade, já
que, se, por exemplo, um servidor para de funcionar, os demais que fazem parte da
estrutura continuam a oferecer o serviço (RUSCHEL, 2008).
2.2.6 Auto-serviço sob demanda
O usuário pode adquirir unilateralmente recurso computacional como tempo
de processamento no servidor ou armazenamento na rede à medida que necessite e
sem precisar de interação humana com os provedores de cada serviço. O hardware
e o software dentro de uma nuvem podem ser automaticamente reconfigurados,
orquestrados e estas modificações são apresentadas de forma transparente para o
usuário, que possuem perfis diferentes e assim podem personalizar os seus
ambientes computacionais, por exemplo, instalação de software e configuração de
rede para definição de determinados privilégios (SOUSA, 2009).
25
Os usuários provisionam a utilização de recursos, tais como sistemas
complementares
(capacidade
de
processamento,
software,
recursos
de
armazenamento) e da rede (MATHER, 2009).
A computação em nuvem é um sistema autônomo gerenciado de forma
transparente para os usuários. Hardware e software dentro de nuvens podem ser
automaticamente
reconfigurados,
orquestrados
e
estas
modificações
são
apresentadas ao usuário como uma imagem única. Essa autonomia é importante,
pois reduz o custo de equipe de monitoramento do sistema tanto no âmbito
centralizado quanto distribuído (Birman et al. 2009). Comparados com sistemas
tradicionais, é possível identificar três fatores complexos: intervenção humana
limitada, alta alternância na carga de processamento e uma variedade de
infraestruturas compartilhadas. Na maioria dos casos, não existem administradores
de sistemas para ajudar os desenvolvedores que acessam a nuvem, fazendo com
que a plataforma seja automatizada ao máximo e os usuários podem variar a carga
de trabalho habitual, necessitando de uma infraestrutura de virtualização eficaz. A
gerência também é importante no contexto do desenvolvimento de tecnologia de
auto sintonia. Assim sendo, técnicas adaptativas e online deverão ser desenvolvidas
para tornar estes sistemas viáveis (SOUSA, 2009).
Os usuários não são mais confrontados com a escolha entre software
obsoleto e atualização de altas despesas. Quando o aplicativo é baseado na web, as
atualizações acontecem automaticamente e são disponibilizados na próxima vez que
o usuário ocupar a nuvem. Sempre que o usuário acessar uma aplicação baseada
na web, ele está recebendo a versão mais recente, sem a necessidade de pagar ou
fazer o download de uma atualização (MILLER, 2009).
2.2.7 Pooling de Recursos
Os recursos computacionais do provedor são agrupados para servir múltiplos
usuários através de um modelo multi-tenant, com diferentes recursos físicos e
virtuais, dinamicamente atribuídos e ajustados de acordo com a demanda dos
usuários. Estes usuários não precisam ter conhecimento da localização física dos
26
recursos computacionais, podendo somente especificar a localização em um nível
mais alto de abstração, tais como o país, estado ou datacenter (SOUSA, 2009).
O provedor de recursos de computação é agrupado para atender vários
consumidores através de um modelo muti-tenant ou também conhecido como MultiInquilino, com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos dinamicamente e
novamente de acordo com a demanda do consumidor. Há um senso de
independência local em que o cliente geralmente não tem nenhum controle ou
conhecimento sobre a localização exata dos recursos disponibilizados, mas pode ser
capaz de especificar o local em um nível maior de abstração (por exemplo, país,
estado ou do datacenter). Exemplos de recursos incluem o armazenamento,
processamento, memória, largura de banda de rede e máquinas virtuais (NIST,
2009).
2.2.8 Elasticidade
Recursos podem ser adquiridos de forma rápida e elástica, em alguns casos
automaticamente, caso haja necessidade de escalar com o aumento da demanda, e
liberados, na retração dessa demanda. Para os usuários, os recursos disponíveis
para uso parecem ser ilimitados e podem ser adquiridos em qualquer quantidade e a
qualquer momento (SOUSA, 2009).
Os usuários podem aumentar ou diminuir rapidamente os seus recursos de
computação, conforme necessário, como também liberar recursos para outros usos,
quando eles não são mais necessários (MATHER, 2009).
A elasticidade é definida como a capacidade de dimensionar os recursos,
conforme necessário. Para o consumidor, a nuvem parece ser infinita e o
consumidor pode comprar muita ou pouca potência de computação, como for
necessário. Esta é uma das características essenciais de computação em nuvem, na
definição do NIST (AHRONOVITZ, 2010).
27
2.2.9 Serviço Medido
Sistemas em nuvem automaticamente controlam e aperfeiçoam o uso de
recursos por meio de uma capacidade de medição. A automação é realizada em
algum nível de abstração apropriado para o tipo de serviço, tais como
armazenamento, processamento, largura de banda e contas de usuário ativas. O
uso de recursos pode ser monitorado e controlado, possibilitando transparência para
o provedor e o usuário do serviço utilizado. Para garantir o QoS (Quality of Service),
pode-se utilizar a abordagem baseada em níveis de acordo de serviço SLA (Services
Level Agreement). O SLA fornece informações sobre os níveis de disponibilidade,
funcionalidade, desempenho ou outros atributos do serviço como faturamento e até
mesmo penalidades em caso de violação destes níveis (SOUSA, 2009).
A computação em nuvem reduz bastante os custos com hardware e
manutenção de software para organizações de todos os tamanhos. Em primeiro
lugar, o hardware, com menos hardware (servidores a menos) necessários na
organização de software, devemos lembrar que todas as aplicações em nuvem são
baseadas em outros lugares, portanto não há software em computadores da
organização para a equipe de TI manter (MILLER, 2009).
2.2.10 Portabilidade
Portabilidade é a capacidade de executar componentes ou sistemas escritos
para um ambiente em outro ambiente. No mundo da computação em nuvem, este
termo se refere aos ambientes de software e hardware tanto físicos como virtuais
(AHRONOVITZ, 2010).
2.2.11 Alta velocidade no acesso a banda larga
Um componente crítico da nuvem é a rede de banda larga, que oferece os
meios para contato entre os componentes e proporciona uma das diferenças
substanciais a partir do conceito de Utility Computing de trinta anos atrás. Acesso à
28
banda larga é hoje amplamente disponível, especialmente em áreas metropolitanas.
O acesso generalizado sem fio (por exemplo, Wi-Fi, celular, emergentes WiMAX)
está disponível, e estabelece dispositivos móveis como pontos de entrada para os
recursos de TI da empresa e da nuvem (MATHER, 2009).
Uma vez que não se pode exigir que os sistemas que constituem uma nuvem
sejam da mesma tecnologia. Os recursos estão disponíveis através da rede e
acessados por meio de mecanismos que promovam o padrão utilizado por
plataformas heterogêneas (por exemplo, telefones celulares, laptops e PDAs). A
interface de acesso à nuvem não obriga os usuários a mudarem suas condições e
ambientes de trabalho, como por exemplo, linguagens de programação e sistema
operacional. Já os softwares clientes instalados localmente para o acesso à nuvem
são leves, como um navegador de internet (RUSCHEL, 2008).
2.2.12 Recursos Compartilhados
Ao contrário dos modelos anteriores de computação, que assumiram recursos
dedicados (ou seja, as instalações dedicadas a um único usuário ou proprietário), a
computação em nuvem é baseada em um modelo de negócios em que os recursos
são compartilhas (isto é, vários usuários usam o mesmo recurso) na rede (MATHER,
2009).
De acordo com NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia), a proposta
do modelo de computação em nuvem é ter uma aplicação atendendo a múltiplos
clientes, chamados de tenants ou inquilinos. Inquilinos não são usuários individuais,
mas empresas clientes do software. Uma arquitetura multi-inquilino é essencial para
a computação em nuvem, pois permite que múltiplos inquilinos compartilhem
recursos físicos comuns (hardware e software), mas permanecendo logicamente
isolados. Recursos compartilhados são comuns na maioria dos sistemas baseados
em nuvem (AHRONOVITZ, 2010).
29
2.2.13 Dispositivos de acesso
A gama de dispositivos de acesso para a nuvem tem se expandido nos
últimos anos. Computadores domésticos e empresariais, computadores pessoais
(notebooks), dispositivos de telefonia móvel, dispositivos móveis personalizados,
todos estão online. Curiosamente, o crescimento do iPhone e da proliferação de
aplicações disponíveis a partir da App Store ilustra uma melhoria em termos de
acesso à nuvem. Este aumento no acessa é resultado do crescimento do uso e dos
serviços na nuvem. Por exemplo, agora você pode usar o Skype através do seu
iPhone e outros dispositivos móveis, trazendo esta rede peer-to-peer muito mais
perto dos usuários. A Salesforce.com lançou uma aplicação que permite aos
usuários acessar seus serviços a partir do iPhone, assim como muitos outros
fornecedores (MATHER, 2009).
Computadores de baixo custo para o usuário consistem em uma vantagem
quantitativa financeira na qual o usuário não precisa de um computador potente (e,
portanto, de alto preço), precisa de um computador para executar a computação em
nuvem que é baseado nas aplicações da web. Como o aplicativo é executado na
nuvem, o computador não precisa do poder de processamento e espaço em disco
rígido pelo software tradicional. Por isso os computadores de clientes que usam a
tecnologia em nuvem podem ser de menor custo, com menos discos rígidos, menos
memória, processadores mais eficientes, e assim por diante. Em suma, um
computador de usuário neste cenário nem sequer precisa de um drive de CD ou
DBD, porque não existem programas de software a serem carregados e os arquivos
de documentos não precisam ser salvos (MILLER, 2009).
2.2.14 Dispositivos de armazenamento
Diminuir os custos de armazenamento e a flexibilidade com que o
armazenamento pode ser implantado mudou o conceito de armazenamento. O
dispositivo de armazenamento fixo de acesso direto (DASD) foi substituído por redes
de armazenamento (SANs), que reduziram os custos e permitiram muito mais
flexibilidade em armazenamento no sistema corporativo. SAN software gerencia a
30
integração dos dispositivos de armazenamento e pode independentemente alocar
espaço de armazenamento sob demanda através de um número de dispositivos
(MATHER, 2009).
Observando o que ocorre quando um computador não tem espaço para
armazenar e executar uma tonelada de aplicativos baseados em software com
menos programas sobrecarregando a memória do computador, os usuários verão
melhor o desempenho de seus computadores. Simplificando, computadores em um
sistema de computação em nuvem irão arrancar mais rápidos e terão maior
velocidade, porque eles têm menos programas e processos carregados na memória
(MILLER, 2009).
A nuvem oferece armazenamento em uma capacidade quase ilimitada.
Considere quando o seu computador está funcionando fora do espaço de
armazenamento. Por exemplo, em computador com 200GB de disco rígido a
capacidade é muito pequena, quando comparado com as centenas de petabytes
(um milhão de gigabytes) disponíveis na nuvem. Tudo que seria preciso armazenar é
possível, mas não podemos esquecer que quantidade de dados armazenados
acarreta em valores pagos aos provedores de serviços de nuvem (MILLER, 2009).
O gerenciamento de dados é considerado um ponto crucial no contexto de
computação em nuvem. Os SGBDs relacionais não possuem escalabilidade quando
milhares de sítios são considerados. Assim, aspectos que fazem processamentos de
consultas e de armazenamento de dados e controle transacional têm sido
flexibilizados por abordagens que garantem a escalabilidade, mas ainda não existem
soluções que combinem para melhorar o desempenho sem comprometer a
consistência dos dados (BRANTNER, 2008).
Existem diversas abordagens para gerenciar dados em nuvens, dentre as
quais podemos citar o Microsoft Azure e HBase. Uma das características mais
importantes é o trade-off entre funcionalidades e custos operacionais que os
provedores de serviços enfrentam. Os serviços em nuvem para dados oferecem
APIs mais restritas que os sistemas que gerenciam os bancos de dados relacionais,
com uma linguagem minimalista de consulta e garantia de consistência limitada. Isso
exige mais capacidade de programação dos desenvolvedores, mas permite aos
provedores construírem serviços mais simples e oferecerem SLA. De acordo com
Armbrust (2009), a criação de um sistema de armazenamento que combina as
31
características de computação em nuvem, de forma a aumentar a consistência de
dados, disponibilidade e a escalabilidade de um problema de pesquisa em aberto
(SOUSA, 2009).
2.2.15 Pay as you go
Este termo Pay as you go refere-se que, os usuários irão pagar apenas os
recursos que eles realmente irão usar e só o tempo que lhes impõe os valores
(MATHER, 2009).
Esse tipo de serviço faz com que o usuário tenha um melhor controle de
gastos ao usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de computação em nuvem
oferece aplicações de forma gratuita e, quando não gratuitas, são pagas somente
pelo tempo que se usa os recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral
de uso de software (DELMIRO, 2010).
Embora pesquisas em computação tenham investigado vários modelos
econômicos de infraestrutura computacional durante a última década, a computação
em nuvem tem uma abordagem mais aplicada aos negócios e relacionada ao custo.
Assim, a computação em nuvem apresenta diversos modelos de preço, sendo estes
organizados em três grupos: preço diferenciado, preços por unidade e assinatura de
serviços básicos. Preço diferenciado é o modelo adotado pela Amazon, onde os
serviços são oferecidos em vários níveis de especificações, tais como aplicação de
memória e tipo de CPU, o valor cobrado é um preço específico por unidade de
tempo. Preço por unidade é normalmente aplicado a dados transferidos ou ao uso
de memória. Este modelo é mais flexível do que o de preço diferenciado, já que
permite aos usuários personalizarem a alocação de memória de seus sistemas
baseados nas necessidades de aplicações específicas. O modelo de assinatura de
serviços básicos é o modelo de preços mais amplamente utilizado, permitindo aos
usuários preverem suas despesas previamente na utilização de um serviço.
Contudo, este modelo não tem a precisão em cobrar dos usuários o que eles têm
realmente utilizado (SOUSA, 2009).
32
2.2.16 Service Level Agreement (SLA)
Um SLA é um contrato entre prestadores de serviço e um consumidor, que
especifica as exigências dos consumidores e o empenho do provedor para eles.
Normalmente, um SLA inclui itens como tempo de atividade, privacidade, segurança
e procedimentos de backup (AHRONOVITZ, 2010).
A política é um termo geral para um procedimento operacional. Por exemplo,
uma política de segurança pode especificar que todos os pedidos para um serviço
na nuvem particular devem ser criptografada (AHRONOVITZ, 2010).
A governança diz respeito aos controles e processos que garantem que
políticas serão aplicadas (AHRONOVITZ, 2010).
2.3 Modelos de Serviço
No modelo de software tradicional as aplicações destes softwares são
baseados em um modelo com grandes custos de licenciamento inicial e anual e
custos de suporte. Aumentar o número de usuários pode aumentar o custo da base
do pacote, devido à necessidade de implementações de servidores adicionais de
hardware e suporte de TI. Os custos do licenciamento são muitas vezes com base
em métricas que não estejam diretamente alinhados com o uso (tipo de servidor, o
número de CPUs, alguma característica física entre outros) e não são virtuais. Um
pacote típico de software empresarial requer uma implantação de hardware,
servidores, backup e rede de abastecimento. Arquitetura de segurança também é
tributada em um esforço para proteger este valioso recurso contra acesso não
autorizado. Então nos softwares tradicionais as aplicações tendem a ser altamente
customizáveis, o que tem um custo em dólares e mão de obra (MATHER, 2009).
A ideia de computação em nuvem consiste na disponibilização de serviços
através da Internet, estes serviços são pagos conforme a necessidade de uso (payper-use), dando ao cliente a possibilidade de aumentar ou diminuir sua capacidade
de armazenamento conforme a quantidade necessária para o uso (MATHER, 2012).
33
Existem muitos tipos de serviços oferecidos pela computação em nuvem. Esta
diversidade de serviços é muito apropriada, pois permite que as empresas adquiram
os serviços mais adequados às suas necessidades (TAURION, 2009).
Diante disso, a arquitetura da computação em nuvem pode ser dividida em
três camadas abstratas a mais baixa das camadas é a de infraestrutura como
serviço (IaaS), a segunda camada é a de plataforma como serviço (PaaS) e última, a
camada de software como serviço (SaaS). Cada camada pode possuir seu
gerenciamento ou monitoramento de forma independente das outras camadas,
melhorando a flexibilidade, reusabilidade e escalabilidade no sentido de substituição
ou adição de recursos computacionais sem afetar outras camadas (SOUSA, 2009).
Pode-se observar na Figura 2 as camadas de aplicação, plataforma e
infraestrutura
Figura 3. Principais camadas de serviço
Fonte: GIEZENDANNER, 2010.
A arquitetura da computação em nuvem é dividida em três camadas. A cama
mais baixa, chamada de Camada de Infraestrutura. É através dela que os
prestadores de infraestrutura disponibilizam os serviços de rede e armazenamento
da
nuvem.
Fazem
parte
desta
arquitetura
os
servidores,
sistemas
de
armazenamento, como data centers, e roteadores. A camada do meio, chamada
Plataforma, possui uma abstração mais elevada e provê serviços para que as
aplicações possam ser desenvolvidas, testadas, implementadas e mantidas no
34
ambiente da nuvem pelos prestadores de serviços. Já a camada mais alta, chamada
de Software ou Aplicação é aquela que oferece diversas aplicações como um
serviço para o usuário. (CHIRIGATI, 2009).
Os serviços são diversificados, e isto é um ponto positivo, no qual permite que
o cliente adquira os serviços mais adequados às suas necessidades, o que também
pode ser negativo devido à maior parte dos serviços não ser compatíveis entre si
(TAURION, 2009).
2.3.1 Software como Serviço (SaaS)
SaaS representa os serviços de mais alto nível disponibilizado na nuvem.
Estes serviços dizem respeito a aplicações completas que são oferecidas aos
usuários. Somente uma instância de cada aplicação permanece em execução na
nuvem e, através da virtualização ela serve a múltiplos usuários (CHIRIGATI, 2009).
Um SaaS é disponibilizado por prestadores na cama de aplicação. Ele roda
inteiramente na nuvem e pode ser considerada uma alternativa a executar um
programa em uma máquina local. Softwares de aplicação, como processadores de
texto e SGBDs, são exemplos de SaaS (CHIRIGATI, 2009).
É um modelo em que o aplicativo é oferecido como um sérvio aos clientes
que o acessam através da Internet. Quando o software é hospedado off-site, o
cliente não precisa adquirir licença de uso ou de suporte. Por outro lado, está fora do
alcance do cliente quando o serviço de hospedagem decide mudar. A ideia é que se
use o software fora da caixa e que não precisam ser feita muitas mudanças ou que
seja solicitado à integração com outros sistemas (VELTE, 2011).
O modelo SaaS é um modelo que entrega software como um serviço, de uma
forma diferente do modelo tradicional, no qual a empresa adquiri uma licença de uso
e instala o software nos seus próprios servidores. O modelo SaaS muda estas
regras, transformando a maneira como software é comercializado, pois com o
modelo SaaS, não são mais necessários os contratos de manutenção, pois estas
atividades ficam a cargo do provedor e não mais da empresa. O usuário passa a
somente usar o software sem se preocupar com as atividades de instalação,
manutenção e upgrades da aplicação (TAURION, 2009).
35
Um ótimo exemplo de SaaS pode ser dado através de um editor de texto. No
modelo tradicional da computação, o usuário precisa ter uma cópia do software e
sua respectiva licença para uso no seu desktop ou notebook. O usuário adquire a
licença para uso por 24 horas por dia, 7 dias por semana, mesmo que não esteja
usando o software à noite ou nos finais de semana. Além disso, se o usuário levar o
trabalho para casa e tiver que acessar de outro computador, terá que obter uma
segunda licença para este computador. No modelo SaaS, quando o software não
está sendo usado, não está sendo pago e o usuário pode usar o editor em casa ou
no escritório, sob a mesma assinatura, pagando apenas pelo tempo de uso
(TAURION, 2009).
O provedor faz todo o processo e atualizações assim como mantém a
infraestrutura funcionando.
Há muitos tipos de softwares que se assemelham ao modelo do SaaS.
Basicamente o software que executa uma tarefa simples sem a necessidade de
interagir com outros sistemas faz dele candidatos ideais para o SaaS. Os clientes
que não estão propensos a executar a programação de software, mas necessitam
de aplicativos potentes podem também se beneficiar. Algumas destas aplicações
incluem (VELTE, 2011):
• Gerenciamento de recursos do cliente (CRM);
• Videoconferência;
• Gerenciamento de serviços de TI;
• Contabilidade;
• Análise da web;
• Gerência do conteúdo web.
A ideia é que o usuário deixe de utilizar o software “de caixinha” ou “sob
encomenda” e passe a comprar software de acordo com suas necessidades. Por
exemplo: uma empresa de dez pessoas invés de encomendar um software, pode
pagar uma taxa mensal para usar um software com a quantidade de usuários que
ela precisa. Essas mensalidades são relativamente baixas e se encaixam melhor na
realidade de pequenas e médias empresas (GONÇALVES, 2008).
Como o software está na web, ele pode ser acessado pelos usuários de
qualquer lugar e a qualquer momento, permitindo mais integração entre unidades de
uma mesma empresa ou outros serviços de software. Assim, novos recursos podem
36
ser incorporados automaticamente aos softwares sem que os usuários percebam
estas ações, tornando a evolução e atualização transparente dos sistemas. O SaaS
reduz os custos, pois é dispensada a aquisição de licenças de software, porém é
cobrada uma taxa mensal baseada no número de funcionários que acessam o
serviço (SOUSA, 2009).
Figura 4. Modelo de Serviço SaaS
Fonte: VELTE, 2012, p.173.
Dando um exemplo SaaS fornece um aplicativo ou uma parte de software do
provedor de serviços (VELTE, 2012).
Outra maneira de pensar em SaaS é o serviço de e-mail baseado na web
oferecido por empresas como Microsoft (Hotmail), o Google (Gmail) e o Yahoo
(Yahoo Mail). Cada serviço de correio satisfaz os critérios básicos: o fornecedor
(Microsoft, Yahoo, e assim por diante) hospeda todos os programas e dados em um
local central, fornecendo aos usuários finais acesso aos dados e software, que é
acessado através da World Wide Web (VELTE, 2012).
Um exemplo de SaaS é o Google Apps que oferece um conjunto grande de
ferramentas para empresas, como e-mail, agenda, pacote Office, armazenamento de
dados na nuvem, comunicador, etc. Ou também o Microsoft Office 365 que oferece o
pacote completo de ferramentas Office (Word, Excel, PowerPoint, etc) na nuvem
(KLEIN, 2013).
2.3.2 Plataforma como Serviço (PaaS)
Oferece uma infraestrutura de alto nível de integração para implementar e
testar aplicações na nuvem. O usuário não administra ou controla a infraestrutura
37
subjacente, incluindo a rede, servidores, sistemas operacionais ou armazenamento,
mas tem controle sobre as aplicações implantadas e, possivelmente, as
configurações de aplicações hospedadas nesta infraestrutura. A plataforma PaaS
oferece um sistema operacional, linguagens de programação e ambientes de
desenvolvimento para as aplicações, auxiliando a implementação de software, já
que contém ferramentas de desenvolvimento e colaboração entre desenvolvedores
(SOUSA, 2009).
Fornece todos os recursos necessários para construir aplicativos e serviços
diretamente da Internet, sem precisar baixar ou instalar software. Os serviços PaaS
incluem design de aplicativos, desenvolvimento, testes, implantação e hospedagem
(VELTE, 2010).
A PaaS oferece uma infraestrutura de alto nível para implementar e testar
aplicações na nuvem. O usuário não controla a infraestrutura, incluindo rede,
servidores, sistema operacional ou armazenamento, mas tem controle sobre as
aplicações implantadas e, possivelmente, as características das aplicações
hospedadas nesta infraestrutura. A PaaS fornece um sistema operacional,
ambientes de desenvolvimento para aplicações e linguagens de programação para
aplicações, auxiliando a implementação de sistemas de software, que contém
ferramentas de desenvolvimento e colaboração entre desenvolvedores (SOUSA,
2009).
Os prestadores de serviços que produzem um PaaS, por exemplo, podem
construir essa plataforma tendo em vista a integração de um sistema operacional, de
um middleware, de um ambiente de desenvolvimento e de softwares de aplicação.
Os prestadores de serviços que usarão essa plataforma irão ver como uma API. Eles
irão interagir com a plataforma através da API sem ter a preocupação de gerenciar
os recursos, o que torna o processo de desenvolvimento de aplicações mais rápido e
simples. Por outro lado, esses prestadores de serviços ficam limitados pelas
capacidades que a plataforma pode oferecer (SUN, 2009).
Um ponto negativo do PaaS é a falta de interoperabilidade e portabilidade
entre os fornecedores. Isto é, se o usuário criar um aplicativo com um determinado
fornecedor de nuvem e decidir trocar para outro provedor, isso não poderá ser feito a
não ser que se pague um preço muito elevado. Além disso, se o provedor sai do
negócio, as aplicações e os dados são perdidos (VELTE, 2010).
38
Figura 5. Modelo de Serviço PaaS
Fonte: VELTE, 2012, p.14.
Na figura 5 PaaS permite ao cliente acessar uma plataforma computacional
sobre uma solução de cloud computing (VELTE, 2012).
Um exemplo de PaaS é o Google App Engine, oferece ferramentas e
frameworks para desenvolvimento de aplicações e componentes de solução como o
Compute Engine (computação) e o Cloud Storage (armazenamento), entre outros
(KLEIN, 2013).
2.3.3 Infraestrutura como Serviço (IaaS)
O IaaS é a parte responsável por prover toda a infraestrutura necessária para
a PaaS e o SaaS.
È o serviço oferecido na camada de infraestrutura. Estes serviços incluem
servidores, sistemas de armazenamento, roteadores e outros sistemas que são
agrupados e padronizados a fim de serem disponibilizados pela rede. É importante
salientar que são os prestadores de infraestrutura que, através da virtualização,
oferecem esses serviços por demanda aos prestadores de serviços. (SOUSA, 2009)
(VAQUERO, 2009).
O provedor oferece a infraestrutura de armazenamento e processamento, e
tem como objetivo principal facilitar o fornecimento de recursos de computação
necessários para criar um ambiente de aplicação. O usuário não administra ou
39
controla a infraestrutura, mas tem controle sobre os sistemas operacionais,
armazenamentos e aplicativos implantados (SOUSA, 2010).
A computação de Alto Desempenho (High-Performance Computing) pode-se
beneficiar com as nuvens que proveem IaaS, uma vez que esse tipo de computação
exige um grande processamento (SUN, 2009).
É importante salientar que neste modelo praticamente toda a tarefa de
manutenção da aplicação até o sistema operacional fica a cargo do contratante. A
vantagem disso é não ter que manter o “datacenter” propriamente dito. O contratante
não precisa se preocupar com a atualização de hardware, infraestrutura de rede
física, cabeamento e segurança física do datacenter (PIGATTO, 2009).
O nível de infraestrutura de software fornece recursos fundamentais para
camadas de nível superior, permitindo a criação de novos ambientes de software ou
novas aplicações. De acordo com Youseff (2008), este nível pode ser organizado
em: recursos computacionais, armazenamento de dados e comunicação (PIGATTO,
2009).
•
Recursos computacionais: Neste nível, máquinas virtuais (virtual
machines) é a melhor maneira de oferecer recursos computacionais, já que
oferecem ao usuário maior flexibilidade, uma vez que ele normalmente
possui permissão total para o uso da máquina virtual, estando apto a
personalizar o software e obter maior performance e eficiência.
•
Armazenamento de Dados: O segundo recurso de infraestrutura é o
armazenamento de dados, o qual permite ao usuário armazenar seus dados
em discos remotos e acessá-los a qualquer momento e de qualquer lugar.
Este serviço é comumente conhecido como DaaS – Data-Storage as a
Service (armazenamento de Dados como Serviço).
•
Comunicação: Uma vez que a necessidade de garantia de QoS – Quality
of servisse (Qualidade de Serviço) para uma rede de comunicação cresce
ao tratar-se de um sistema em nuvem, a comunicação se torna um
componente vital da infraestrutura em questão. Em consequência disto,
estes sistemas possuem a obrigação de fornecer certas capacidades de
comunicação, orientada a serviço, configuráveis, programáveis, previsíveis
e confiáveis.
40
Um exemplo típico de IaaS é o Amazon EC2. A Amazon é hoje a líder global
em serviço de Cloud Computing, e o EC2 (Elastic Compute Cloud) é um “serviço da
Web que fornece uma capacidade de computação redimensionável na nuvem”. Com
o EC2 é possível dimensionar máquinas virtuais de acordo com a demanda e pagase somente a capacidade utilizada (KLEIN, 2013).
Figura 6. Modelo de Serviço IaaS
Fonte: VELTE, 2012, p.15.
Na figura 6, a representação de um modelo de serviço IaaS, onde permite que
os provedores de serviço aluguem recursos de hardware.
2.3.4 Comparação entre os tipos de serviços.
Tabela 1. Modelos de Serviços.
Fonte: SNOWMAN, 2010.
41
2.3.5 Outros Modelos de Serviço
Atualmente a computação em nuvem é dividida em sete tipos. Nesta seção
serão abordados os outros modelos de serviço da computação em nuvem.
• DevaaS
(desenvolvimento
como
serviço)
são
as
ferramentas
de
desenvolvimento na nuvem como ferramentas compartilhadas, ferramentas
de desenvolvimento web-based e serviços baseados em mashup (SILVA,
2013).
• CaaS (Comunicação como Serviço) é uma solução de comunicação
Unificada hospedada em Data Center do provedor ou fabricante, pode ser
alugado a partir de um único fornecedor. Tais comunicações podem incluir
voz sobre ip (VoIP), mensagens instantâneas (IM), aplicações de
videoconferência usando dispositivos fixos ou móveis (ROUSE, 2013).
• EaaS (Tudo como serviço) como o próprio nome diz, é quando se utiliza
tudo, infraestrutura, plataformas, software, suporte, enfim, tudo o que
envolve a Tecnologia da Informação e Comunicação como um serviço
(SILVA, 2013).
• DBaas (Banco de dados como serviço) é um banco de dados executado em
uma plataforma de computação em nuvem, como a Amazon EC2. Existem
dois modelos de implantação: os usuários podem executar bancos de dados
na nuvem de forma independente, ou podem comprar o acesso a um serviço
de banco de dados, mantido por um provedor de banco de dados na nuvem
(SCALEDB, 2012).
2.4 Tipos de Nuvens
Tratando-se do acesso e da disponibilidade de ambientes de computação em
nuvem, têm-se tipos diferentes de implantação. A restrição ou abertura de acesso
depende do processo de negócios, do tipo de informação e do nível de visão
desejado. Pode-se perceber que certas empresas não desejam que todos os
usuários possam acessar e utilizar determinados recursos no seu ambiente de
computação em nuvem. Dessa forma, surge a necessidade da criação de ambientes
42
mais restritos, onde somente alguns usuários devidamente autorizados possam
utilizar os serviços providos. Então neste sentido, podemos afirmar que existem três
tipos de ofertas de computação em nuvem (TAURION, 2009).
As nuvens podem ser classificadas em três tipos básicos: públicas, privadas,
híbridas e comunidade. A escolha entre elas depende das necessidades das
aplicações que serão implementadas (DIKAIAKOS, 2009).
O termo nuvem é uma metáfora usada para a internet e é uma
representação simplificada da complexidade que esta se encontra, onde
dispositivos são interconectados formando a internet. Nuvens privadas e
públicas são subconjuntos da internet e são definidas com base na relação
do usuário com a empresa. Nuvens privadas e nuvens públicas também
podem ser referidas como nuvens internas ou externas, a diferenciação é
baseado na relação da nuvem com a empresa (MATHER, 2009).
Os conceitos de nuvens públicas e privadas são importantes porque suportam
a computação em nuvem, permite o provisionamento da dinâmica, são escaláveis e
possuem recursos virtualizados através da internet. Os usuários finais que utilizam
os serviços oferecidos via computação em nuvem podem não ter conhecimento,
experiência, ou controle sobre infraestrutura tecnológica que os suporta (MATHER,
2009).
A computação em nuvem pode ser divido em quatro tipos básicos de
implementação: pública, privada, híbrida e a comunidade. Como mostra a Figura 7
abaixo.
Figura 7 – Modelos de Implantação
Fonte: MATHER, 2009.
43
2.4.1 Nuvem Pública
Na nuvem pública, a infraestrutura é disponibilizada para terceiros, sendo
necessário para acesso somente que o usuário conheça a localização do serviço.
Neste modelo de nuvem, não pode ser aplicada qualquer restrição de acesso quanto
ao gerenciamento de redes, nem utilizar técnicas para autenticação e autorização
(SOUSA, 2009).
Neste modelo as aplicações de diversos usuários ficam misturadas nos
sistemas de armazenamento, o que a principio pode parecer ineficiente. Porém, se
para a implementação de uma nuvem pública considera questões fundamentais,
como desempenho e segurança, a existência de outas aplicações sendo executadas
na mesma nuvem permanece transparente tanto para os prestadores de serviços
como para os usuários (CHIRIGATI, 2009).
Nuvens públicas descrevem a computação em nuvem, no sentido
convencional, onde os recursos são dinamicamente provisionados em uma refinada
base de dados de autosserviço através da Internet, aplicações web ou serviços web,
a partir de um site, provedor de terceiros que compartilham recursos e as contas em
uma granulação fina, com base utility computing (MATHER, 2009).
Ela está hospedada, operando e sendo gerenciada por um fornecedor
terceirizado. O serviço é oferecido a vários clientes que utilizam desta mesma
infraestrutura (MATHER, 2009).
Em termos simples, o serviço de nuvem pública é caracterizado por estar
disponível para os clientes a partir de um provedor de serviços terceirizado através
da internet. O termo “público” não significa que os dados do usuário estão visíveis a
qualquer um. Fornecedores de uma nuvem pública normalmente fornecem um
controle de acesso para seus usuários. As nuvens públicas oferecem uma
elasticidade de baixo custo e fácil implementação (AHRONOVITZ, 2010).
São serviços em nuvem fornecidos por terceiros (fornecedores). Elas existem
além do firewall da empresa e são completamente hospedadas e gerenciadas pelo
provedor da nuvem (AMRHEIN, 2009).
Uma nuvem pública pode estar sendo hospedada, operada e gerida por um
fornecedor terceirizado de um ou mais centro de dados. O serviço é oferecido a
múltiplos clientes sobre uma infraestrutura em comum (MATHER, 2009).
44
2.4.2 Nuvem Privada
As nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único
usuário (uma determinada empresa, por exemplo). Diferente de um data center
privado virtual, a infraestrutura privada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui
total controle sobre como as aplicações são implementadas na nuvem. Uma nuvem
privada é, de um modo geral, construída sobre um data center privado. (CHIRIGATI,
2009).
Serviços de nuvem privada exigem mais do que tecnologia para funcionarem.
É necessário considerar alguns aspectos como objetivos corporativos, planejamento
de serviço, politicas, processos e papel das organizações. Como clientes de
empresas dizem em pesquisas, existem desafios verdadeiros para a computação em
nuvem. Serviços de segurança devem mudar. Um processo operacional que ainda
deve evoluir para satisfazer as necessidades de um ambiente de nuvem privada ficar
dinâmico é o gerenciamento de configurações (BITTMAN, 2011).
Nuvens privadas diferem das nuvens públicas no qual a rede, computação e
armazenamento de infraestrutura associada com nuvens privadas são dedicados a
uma única organização e não são compartilhado com outras organizações. Como
tal, uma variedade de padrões de nuvens privadas surgirau (MATHER, 2009).
Caso o usuário queira aumentar os recursos utilizados em sua nuvem
privada, ele deve adquirir novos equipamentos, como sistemas de armazenamento,
por exemplo, já que a sua nuvem está limitada à capacidade de seu sistema físico.
Em uma nuvem pública, como já foi falado anteriormente, não há essa necessidade,
uma vez que, como os recursos são facilmente escaláveis, basta o usuário reservar
uma quantidade maior deles. Devido a essas diferenças, diz-se que as nuvens
públicas são mais adequadas para aplicações temporárias, enquanto as nuvens
privadas são um ambiente mais apropriado a aplicações permanentes que
demandam níveis específicos de qualidade de serviço e de localização dos dados
(CHIRIGATI, 2009).
Embora a nuvem privada possa ser criada sem virtualização, a maioria das
implementações
de
nuvem
privada
aplicam
tecnologias
de
virtualização.
Basicamente, a computação em nuvem privada é a intersecção dessas duas
tendências: virtualização e computação em nuvem (BITTMAN, 2011).
45
2.4.3 Nuvem Híbrida
A nuvem híbrida é a combinação de nuvens públicas e privadas. Essas
nuvens seriam geralmente criadas pela empresa e as responsabilidades de
gerenciamento seriam divididas entre a empresa e o provedor de nuvem pública. A
nuvem híbrida usa serviços que estão no espaço público e privado (AMRHEIN,
2009).
Elas permitem que uma nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a
partir de uma reserva de recursos em uma nuvem pública. Essa característica possui
a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que haja flutuações rápidas na
necessidade de recursos. A conexão entre as nuvens públicas e privadas podem ser
usadas até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente implementadas
nas nuvens públicas, por exemplo. O termo computação em ondas (surge
computing) é, em geral, utilizado quando se refere a nuvens híbridas (CHIRIGATI,
2009).
Nuvens hibridas são a solução quando uma empresa precisa empregar os
serviços de nuvens públicas e privadas. Nesse sentido, uma empresa pode
determinar os objetivo e necessidades de serviços e obter os mesmos da nuvem
pública ou privada, conforme apropriado. Uma nuvem híbrida bem construída
poderia atender processos seguros críticos para a missão, como o recebimento de
pagamentos de clientes, assim como aqueles secundários para os negócios, como
processamento de folha de pagamento de funcionários (AMRHEIN, 2009).
Com uma nuvem híbrida, as organizações podem executar serviços que não
são necessariamente exigidos pela empresa, ou seja, que possam ser repassadas
para terceiros, hospedando eles em uma nuvem pública e mantendo os aplicativos
principais e dados sensíveis da empresa em casa, na nuvem privada (MATHER,
2009).
46
Figura 8 – Nuvem Híbrida
Fonte: MATHER, 2009.
A nuvem híbrida pode ter sua configuração descrita pela combinação de um
dispositivo local como um computador conectado a uma nuvem de serviços.
Também pode ser descrita com uma configuração que combina recursos virtuais e
físicos como, por exemplo, um ambiente virtual que requer servidores físicos,
roteadores ou outro tipo de hardware como um firewall ou um filtro de spam (VIEIRA,
2009).
É valido destacar que as nuvens híbridas introduzem uma maneira de
determinar aplicações que são distribuídas entre nuvens públicas e privadas. A
relação entre os dados e os recursos de processamento, por exemplo, deve ser
considerada. Se uma aplicação possuir uma enorme quantidade de dados, o seu
processamento em uma nuvem pública pode não ser dos melhores, já que passar
esses dados de sua nuvem privada para uma nuvem pública pode ter um custo
muito alto (TAURION, 2009).
2.4.4 Comunidade
No modelo de implantação comunidade ocorre o compartilhamento por
diversas empresas de uma nuvem, sendo esta suportada por uma comunidade
específica que partilhou seus interesses, tais como a missão, os requisitos de
segurança, política e considerações sobre flexibilidade. Este tipo de modelo de
implantação pode existir localmente ou remotamente e pode ser administrado por
47
alguma empresa da comunidade ou por terceiros (SOUSA, MOREIRA e MACHADO,
2009).
É o modelo utilizado por grupos de empresas, as quais possuem interesse em
comum como missão, jurisdição, conformidade, requisitos e políticas de segurança,
entre outras afinidades. A infraestrutura é compartilhada entre as empresas que
fazem parte dessa comunidade, e por seguirem a mesma analogia é certo afirmar
que o modelo em questão dispõe de recursos de segurança mais compatíveis com
as necessidades do usuário oferecendo um serviço mais customizado (SANTOS,
2012).
O
datacenter
pode
ser
alocado internamento
ou
externamente
às
organizações e ainda administrado por elas mesmas ou por um serviço terceirizado.
Por característica, os custos são normalmente distribuídos por um quantitativo de
usuários relativamente menor que na nuvem pública e superior à nuvem privada,
onde os custos são intermediários (SANTOS, 2012).
Uma nuvem comunidade é controlada e usada por um grupo de organizações
que têm interesse comum, tais como a segurança específica de alguma aplicação ou
dados. Os membros da comunidade compartilham acesso aos dados e aplicativos
na nuvem (AHRONOVITZ, 2010).
2.5 Benefícios
Os benefícios da computação em nuvem parecem convincentes. As
aplicações distribuídas através desta tecnologia são praticamente ilimitadas. Com o
middleware certo, um sistema de Computação em nuvem poderia executar todos os
programas que um computador normal rodaria. Potencialmente, tudo – do software
genérico de processamento de textos aos programas de computador personalizados
para uma empresa específica – funcionaria em um sistema de Computação em
Nuvem (MACEDO, 2010).
Este
modelo
processamento,
vem
se
armazenamento
destacando
e
acesso
como
uma
alternativa
às informações
das
para
o
empresas,
objetivando agilidade nos processos e redução de custos entre outras vantagens
segundo (ISACA, 2009).
48
Alguns dos principais benefícios da computação em nuvem sugeridos por
MACEDO (2010) são:
• Clientes podem acessar suas aplicações e dados de qualquer lugar e a
qualquer hora: Clientes podem acessar o sistema usando qualquer
computador conectado a internet. Os dados não estão confinados em um
disco rígido no computador do usuário ou mesmo na rede interna da
empresa.
• Reduz o custo com Hardware: Sistemas de Computação em nuvem
reduzem a necessidade de hardware avançado do lado do cliente. O usuário
não precisa comprar o computador mais rápido com a maior memória,
porque o sistema na nuvem cuida dessas necessidades. Em vez disso, o
usuário pode comprar um terminal de computador de menor valor. O
terminal pode incluir teclado, mouse e um processamento suficiente apenas
para conectar o computador à nuvem. Também não precisa de um disco
rígido grande, porque o usuário armazena todas as informações em um
computador remoto. Este tipo de terminal é conhecido como “terminal burro”.
• Empresas que dependem de computadores tem que ter certeza de estar
com software certo no lugar para atingir seus objetivos: Sistemas de
Computação em nuvem dão a essas empresas acesso às aplicações para
toda a corporação. As companhias não necessitam adquirir um conjunto de
software ou licenças para cada empregado. Em vez disso, a companhia
paga uma taxa a empresa que administra o seu sistema na nuvem.
• Servidores e dispositivos de armazenamento digital ocupam espaço:
Algumas empresas alugam espaço físico para armazenar servidores e bases
de dados porque elas não têm espaço disponível no local. A computação em
nuvem dá a essas empresas a opção de armazenar dados no hardware de
terceiros, removendo a necessidade de espaço físico.
• Empresas economizam dinheiro com suporte técnico: O hardware otimizado
pode, teoricamente, ter menos problemas que uma rede de máquinas e
sistemas operacionais heterogêneos.
ISACA (2009) também elenca alguns benefícios ao uso da Computação em
nuvem como:
49
• Flexibilidade: Com a utilização da Computação em Nuvem o usuário não
precisa se preocupar com o sistema operacional e hardware que está
usando em seu computador pessoal, podendo acessar seus dados na
“nuvem computacional” independentemente disso;
• Facilidade: O trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se
tornam mais fáceis, uma vez que todas as informações se encontram no
mesmo lugar, ou seja, na Nuvem.
• Controle: O usuário tem um melhor controle de gastos ao usar aplicativos,
ou seja, paga somente pelo tempo de utilização dos recursos.
• Disponibilidade: O usuário pode acessar aplicações e dados de qualquer
lugar e a qualquer hora.
• Escalabilidade: O usuário pode, a qualquer momento, aumentar ou diminuir
os
recursos
alocados
(memória,
processamento
e
espaço
de
armazenamento) de acordo com suas necessidades.
• Acessibilidade: Os recursos são fornecidos através da rede e são acessados
por meio de interfaces padronizadas.
2.6 Riscos
Uma das maiores preocupações dos profissionais de TI relativas à
implantação e utilização do cloud computing esta ligado com a questão da
segurança
De acordo com BRODKIN (2008) os 7 principais riscos de segurança na
utilização da Computação em Nuvem são:
• Acesso privilegiado do usuário: Dados sensíveis sendo processados fora da
empresa trazem, obrigatoriamente, um nível inerente de risco. Os serviços
terceirizados fogem dos controles físicos, lógicos e pessoais, os quais as
áreas de TI criam em casa. É recomendado o máximo de informação
possível sobre quem vai gerenciar seus dados. “Peça aos fornecedores que
deem informações especificas sobre quem terá privilégios de administrador
no acesso aos dados para, daí, controlar esses acessos”.
50
• Cumprimento de regulamentação: As empresas são as responsáveis pela
segurança e integridade de seus próprios dados, mesmo quando essas
informações são gerenciadas por um provedor de serviços. Provedores de
serviços tradicionais estão sujeitos a auditores externos e a certificações de
segurança. Já os fornecedores de cloud computing que se recusem a
suportar a esse tipo de escrutínio estão “sinalizando aos clientes que único
uso para cloud é para questões triviais”.
• Localização dos dados: Quando uma empresa está usando a nuvem, ela
provavelmente não sabe exatamente onde os dados estão armazenados. Na
verdade, a empresa pode nem saber qual é o país em que as informações
estão guardadas. A dica é perguntar aos fornecedores se eles estão
dispostos a se comprometer a armazenar e a processar os dados em
jurisdições específicas e se eles vão assumir esse compromisso em contrato
de obedecer aos requerimentos de privacidade que o país de origem da
empresa pede.
• Segregação dos Dados: Dados de uma empresa na nuvem dividem
tipicamente um ambiente com dados de outros clientes. A criptografia é
efetiva, mas não é a cura para tudo. “É necessário descobrir o que é feito
para separar os dados”. O fornecedor de cloud pode fornecer a prova que a
criptografia foi criada e desenhada por especialistas com experiência.
Acidentes com criptografia podem fazer o dado inutilizável e mesmo a
criptografia normal pode comprometer a disponibilidade.
• Recuperação dos dados: Mesmo se a empresa não sabe onde os dados
estão, um fornecedor em cloud devem saber o que acontece com essas
informações em caso de desastre. Qualquer oferta que não replica os dados
e a infraestrutura de aplicações em diversas localidades está vulnerável a
falha completa. Pergunte a seus fornecedores se eles têm a habilidade de
fazer uma restauração completa e quanto tempo vai demorar.
• Apoio à investigação: A investigação de atividades ilegais pode se tornar
impossível em cloud computing. “Serviços em cloud são especialmente
difíceis de investigar, por que o acesso e os dados dos vários usuários
podem estar localizados em vários lugares, espalhados em uma série de
servidores que mudam o tempo todo. Se não for possível conseguir um
51
compromisso
contratual
para
dar
apoio
a
formas
específicas
de
investigação, junto com a evidência de que esse fornecedor já tenha feito
isso com sucesso no passado”.
• Viabilidade em longo prazo: No mundo ideal, o seu fornecedor de cloud
computing jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. Mas a
empresa precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso isso
aconteça. “Pergunte como você vai conseguir seus dados de volta e se eles
vão estar em um formato que você pode importa-lo em uma aplicação
substituta”.
Outros riscos a segurança da Computação em nuvem destacadas por
Macedo (2010) é a indisponibilidade do servidor: certamente, o fornecedor de cloud
pode perfeitamente sair do ar a qualquer momento. Acontece com todos. Ser 100%
intacto à falhas de conexão não é um privilégio da computação em nuvem.
O governo ter acesso aos dados do usuário armazenado na nuvem também é
um problema mas muito menor do que um indivíduo qualquer ilegalmente ter este
acesso. Sistemas de segurança ruins baseados na web – como fluxos fracos de
recuperação de senhas, ataque de phishing e keyloggers – apresentam maiores
riscos à segurança (MACEDO, 2010).
52
3 ESTUDO DE CASO: FERRAMENTAS DE ARMAZENAMENTO EM
NUVEM
Neste capítulo será feito um estudo de caso com diversas ferramentas de
armazenamento em nuvem abordando suas principais funcionalidades e o que uma
determinada ferramenta tem de vantagens e desvantagens sobre sua concorrência.
A computação em nuvem e o armazenamento em nuvem se tornaram o
método preferencial para distribuição de informações e funcionalidades online.
Enquanto alguns serviços de nuvem focam em fornece aos consumidores uma
ampla gama de funcionalidades e serviços, incluindo compras online, pesquisas,
redes sociais, consumo de entretenimento e proteção de documentos importantes;
outros serviços de nuvem têm seu foco em pequenas empresa, grandes
corporações, governos e outras instituições (SEAGATE, 2013).
O armazenamento de arquivos na nuvem, atualmente, com todas as
transformações tecnológicas, tornou-se uma prática eficiente, segura e muito
utilizada. Esse serviço é relativamente novo e muitas pessoas ainda não sabem
utilizá-lo da forma correta para facilitar o acesso e gerenciamento dos seus arquivos
(TASK, 2013).
Diversos
serviços
de
nuvem
oferecem
armazenamento
em
nuvem
gratuitamente para seus consumidores, enquanto outros cobram algum tipo de tarifa
para disponibilizar o armazenamento.
No centro de todos os serviços, produtos e soluções em nuvem estão às
ferramentas de software com três pilares subjacentes de funcionalidades:
ferramentas para o processamento de dados e a execução de aplicativos,
movimentação de dados e preservação ou armazenamento de dados (SEAGATE,
2013).
Existem serviços gratuitos na web que disponibilizam espaço em nuvem
gratuitamente para armazenar dados. Alguns deles oferecem cópias de segurança,
sincronização com outros serviços, controle de versão e muitas outras vantagens
(TASK, 2013).
53
3.1 DropBox
É uma ferramenta de armazenamento em nuvem desenvolvida por Drew
Houston e Arash Ferdowsi e fundado em 2007. Após conseguir um contrato de
parceria com a Y Combinator e se mudar para o Vale do Silício no mesmo ano.
Começou o seu funcionamento no ano de 2008. Seu grande crescimento se deu no
ano de 2011 quando atingiu a marca de 50 milhões de usuários. É um serviço
simples e eficiente de armazenamento de arquivos entre diversos dispositivos
diferentes (DROPBOX, 2013).
De acordo com a Forbes Brasil o DropBox cresceu 75% nos últimos oito
meses, chegando a 175 milhões de usuário(GERON, 2013).
Figura 9 – Tela inicial Dropbox
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
•
Disponível para Sistema Operacional
Os arquivos podem ser acessados pela web ou em programas para Windows,
Mac e Linux. Também possui versões para dispositivos móveis como Android, iOS,
BlackBerry e Windows Phone (Dropbox, 2013).
Os arquivos podem ser carregador nos servidores do Dropbox a partir de
qualquer dispositivo que possua o seu software instalado e uma conexão com a
internet. Após este carregamento os arquivos ficam disponíveis para acesso através
de qualquer dispositivo com acesso a internet.
54
•
Custo/Espaço
O Dropbox é um serviço Freemium (o cliente tem a opção de usá-lo
gratuitamente,
mas pode
pagar
para obter
algumas
funções
extras)
de
armazenamento remoto de arquivos.
A opção gratuita oferece inicialmente, 2GB de espaço, podendo o usuário
obter um maior espaço convidando amigos para se cadastrar no serviço. Esta opção
rende 500MB por cada indicação de usuário, podendo chegar ao limite de 18GB. A
empresa possui também planos Pro com valor que variam de US$9,90 por mês a
US$49,90, conforme tabela abaixo.
Tabela 2 - Valor Planos DropBox em 20/10/2013
Plano
Preço
Espaço Total
100 GB
US$ 9,90 / mês
100 GB
200 GB
US$ 19,90 / mês
200 GB
500 GB
US$ 49,90 / mês
500 GB
Fonte: Dropbox (2013, p. 55).
Também possui planos empresarias que começam em 1TB para até 5
usuários. Tendo faturamento centralizado e ferramentas de administração (Dropbox,
2013).
•
Versionamento
Além da sincronização dos arquivos, um diferencial do Dropbox é permitir que
o cliente retorne a uma versão mais antiga de qualquer dado armazenado nele,
recurso esse chamado de versionamento.
55
Figura 10 – Versionamento
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
Com o aplicativo aberto, o usuário clica com o botão direito em cima do
arquivo que deseja ver as versões diferentes, o programa automaticamente abre
uma pagina web que encaminha o usuário para uma pagina onde constam todas as
versões que foram upadas para o servidor, em qual maquina este arquivo estava, a
data e também tamanho.
Por padrão, todas as contas do Dropbox guardam um histórico de todos os
arquivos excluídos e de versões anteriores de arquivos por um total de 30 dias. O
usuário também tem a opção de habilitar o histórico ilimitado, o Dropbox salva esses
arquivos excluídos e versões anteriores por todo o período que esse recurso estiver
habilitado. Os arquivos anteriores que ficam armazenados para uma futuraçao
restauração do usuário, não ocupam espaço no limite de armazenamento.
(DROPBOX, 2013).
Para a recuperação dos arquivos, existem duas formas. Acessando pelo site
do Dropbox, onde o usuário seleciona o arquivo e com o botão direito escolhe entre
versões anteriores, onde irão aparecer todas as versões daquele arquivo após isso
escolhe qual versão quer e clica no botão recuperar. Ou através do aplicativo para
Windows, clicando sobre o arquivo desejado com o botão direito e no submenu
selecionar Visualizar versões anteriores, ao clicar nesta opção o usuário é
encaminhado para o site do Dropbox onde irá aparecer todas as versões anteriores
do arquivo.
56
•
Segurança
Segundo a empresa, todos os arquivos que são transmitidos pelo Dropbox
possuem conexão segura, usando o padrão Secure Sockets Layer (SSL),
largamente utilizado na internet para segurança da informação. Além disso, nos
servidores, os arquivos são armazenados com padrão de criptografia adotado pelo
ministério de defesa americano, o Advanced Encryption Standard (AES) com chave
de 256 bits (DROPBOX, 2013)
Os dados do usuário são armazenados de forma segura e com backup. Os
dados de acesso à conta são protegidos por várias camadas de segurança, inclusive
senha e verificação em dois passos (DROPBOX, 2013).
As verificações em dois passos proporciona uma camada extra de segurança
no acesso à conta. O usuário pode receber códigos de segurança através de
mensagens de texto ou qualquer aplicativo que gere senhas temporárias e de uso
único (DROPBOX, 2013).
O Dropbox usa o serviço de armazenamento Amazon Simple Storage (S3),
que tem possui uma politica de segurança robusta (DROPBOX, 2013).
•
Tamanho máximo de um Arquivo
Arquivos enviados para o Dropbox através de uma aplicação para desktop ou
para dispositivos móveis não tem limite de tamanho de arquivo. Já arquivos
enviados através do site (clicando no botão upload) tem limite de 10GB. Cada
arquivo enviado através do site deve conter no máximo 10GB (DROPBOX, 2013).
•
Limitador de Banda
Possui um limitador de banda, através da configuração na aplicação para
Windows. O usuário pode tanto limitar o download como também a velocidade
máximo de upload da sincronização dos arquivos com a nuvem. A forma de limitar a
57
banda é em KB/s, ficando a critério do usuário escolher a velocidade, sem valores
pré-definidos.
•
Diferencial
A ferramenta possui grande integração com o Sistema Operacional Windows.
Criando atalhos para o rápido envio de qualquer arquivo ou pasta para a nuvem.
Outro diferencial é por ser uma das ferramentas mais simples e fácil de ser
utilizado, ao abrir a pasta compartilhada no Windows, o usuário consegue ver se
cada arquivo esta sincronizado com a nuvem ou se está sendo sincronizado/enviado
naquele momento.
3.2 SkyDrive
Windows Live SkyDrive é a ferramenta de armazenamento em nuvem
desenvolvida pela Microsoft. Foi inicialmente lançada em 1º de agosto de 2007 como
uma versão beta chamada de Windows Live Folders. Logo após, em 9 de agosto de
2007 foi rebatizado de Windows Live SkyDrive e passou a ficar disponível para
testes no Reino Unido e Índia. E em 22 de maio de 2008 teve seu lançamento oficial
em mais de 62 países (SKYDRIVE, 2013).
Figura 11 – Tela inicial Skydrive
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
58
•
Disponível para Sistema Operacional
Esta ferramenta é multiplataforma, possui aplicativos para Windows e Mac OS
e também para dispositivos moveis como Windows Phone, iPhone, iPad e Android
(SKYDRIVE, 2013).
•
Custo/Espaço
A ferramenta possui a versão grátis com capacidade para até 7GB de
armazenamento e também versões pagas que varia de 27GB até 207GB de
armazenamento. Na tabela 2 pode ser visto os valores de cada plano:
Tabela 3. Valor Planos SkyDrive em 07/11/2013
Plano
Preço
Espaço Total
20 GB
US$ 10,00/ano
27 GB
50 GB
US$ 25,00/ano
57 GB
100 GB
US$ 50,00/ano
107 GB
200 GB
US$ 100,00/ano
207 GB
Fonte: Skydrive (2013, p. 59).
•
Versionamento
Também possui a opção de voltar para uma versão anterior do arquivo. O
programa mantem automaticamente o controle das últimas 25 versões de todos os
documentos que estão armazenados nele, dispensando que o usuário armazene
diversas versões do mesmo documento.
59
Figura 12 – Histórico de Versões
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
Para recuperar um arquivo, a única opção é o usuário acessar o site do
Skydrive e clicando com o botão direito sobre o arquivo, ir na opção histórico de
versões escolhendo assim qual versão quer recuperar.
O versionamento é mais limitado se comparado ao Dropbox, pois somente
arquivos de texto, planilhas e apresentações possuem o Histórico de versões. Os
demais arquivos carregados na nuvem não possuem esta opção.
•
Segurança
Todos os arquivos que são transmitidos pela rede do Skydrive possui o
padrão Secure Sockets Layer SSL. Também todos os arquivos armazenados nos
servidores adotam por padrão a criptografia AES com chave de 256 bits
(SKYDRIVE, 2013).
•
Tamanho máximo de um Arquivo
Arquivos enviados pelos aplicativos do SkyDrive para seus servidores tem
limite de 2GB por arquivo. Para uploads na versão web, o limite máximo de cada
arquivo é de 300MB e para a galera de foto, Apps e dispositivos móveis o limite é
100MB (SKYDRIVE, 2013).
60
•
Limitador de Banda
Não possui limitador de banda para a sua aplicação.
•
Diferencial
Um dos principais diferenciais desta ferramenta é o Office Web Apps, através
dele o usuário pode ter acesso ao word, excel, Power Point e One Note
gratuitamente através da web. Podem ser criados documentos e editados na própria
nuvem. Também se pode compartilhar um determinado documento com quem o
usuário quiser, podendo este usuário fazer alterações neste documento também.
(SKYDRIVE, 2013).
Outro diferencial é que ao lado do Dropbox, são as únicas ferramentas onde o
usuário consegue verificar se o arquivo que ele colocou na nuvem esta sincronizado
com o servidor ou se esta sendo sincronizado, isto pode ser visto através do ícone
ao lado do arquivo, que muda conforme o seu status.
3.3 Google Drive
É a ferramenta de armazenamento em nuvem desenvolvida pela Google Inc.
teve seu lançamento oficial em 24 de abril de 2012 (GOOGLE, 2013).
Figura 13 – Tela inicial Google Drive
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
61
•
Disponível para S.O
Possui aplicativos para Windows e Mac Os e também para dispositivos
moveis como Android, iPhone e iPad. O aplicativo não possui suporte para Windows
Phone e também Linux, porem para Linux pode ser baixado aplicativos de terceiros
para sincronizar arquivos nesta plataforma (GOOGLE, 2013).
•
Custo/Espaço
Inicialmente o usuário tem disponível 15 GB gratuitamente, este espaço é
dividido entre a ferramenta de armazenamento em nuvem e a plataforma de e-mail
chamada Gmail. O Google também possui planos pagos que variam de 100Gb até
16 Tb. Segue abaixo na tabela os valores de cada plano.
Tabela 4. Valor Planos Google Drive em 07/11/2013
Plano
Preço
Espaço Total
100 GB
$ 4,99/mês
100 GB
200 GB
$ 9,99/mês
200 GB
400 GB
$ 19,99/mês
400 GB
1 TB
$ 49,99/mês
1 TB
2 TB
$ 99,99/mês
2 TB
4 TB
$ 199,99/mês
4 TB
8 TB
$ 399,99/mês
8 TB
16 TB
$799,99/mês
16 TB
Fonte: Google Drive (2013, p.62).
•
Versionamento
Para o usuário que quiser recuperar um arquivo, deve acessar a pagina web
da aplicação e clicar com o botão direito sobre o arquivo, clicando na opção
gerenciar revisões, onde o usuário pode escolher qual versão quer recuperar.
62
Figura 14 – Gerenciar versões
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
O Google Drive mantém as versões mais recentes e anteriores de um
arquivo. As versões anteriores são excluídas automaticamente quando têm mais de
30 dias ou quando há mais de 100 versões anteriores do mesmo arquivo. Porém
estas versões ocupam espaço de armazenamento (GOOGLE, 2013).
•
Segurança
O Google Drive e Google Apps oferecem segurança com autenticação de dois
fatores, o que reduz o risco de roubo de senhas e nomes de usuários por hackers. E
também a criptografia automática com SSL. Este procedimento ajuda na proteção
dos dados dos usuários no tráfego entre o navegador e os servidores da empresa
(Google Apps for bussines).
Todos os dados que são transferidos para o Google Drive ou Google Apps
usa automaticamente a criptografia SSL sem a necessidade de VPNs.
•
Tamanho máximo de um Arquivo
Aceita arquivos com tamanho máximo de 10Gb, independente de ser na web
ou em aplicativos móveis.
63
Se o usuário quiser criar um arquivo nos formatos de documentos, planilhas
ou apresentações, o limite de tamanho dependerá do tipo de arquivo. Se for um
documento ele pode ter no máximo 1.024.000 caracteres e não pode ser maior que
5MB. Planilhas podem ter no máximo 400.000 células e 256 colunas e o arquivo não
pode ser maior que 20Mb. E as apresentações também criadas no docs podem ter
no máximo 200 slides e o arquivo não pode ser superior a 50MB (GOOGLE, 2013).
•
Limitador de Banda
A ferramenta para desktop não possui a opção para limitar a taxa de
download ou de upload.
•
Diferencial
Possui aplicações para criação e edição de arquivos textos (Google Docs),
edição e criação de planilhas (Google Sheets) e edição e criação de apresentações
(Google Slides).
3.4 iCloud
O iCloud é o serviço de armazenamento em nuvem desenvolvido pela Apple.
Foi lançado em 2011 junto com a quinta versão do sistema operacional móvel iOS.
Possui uma integração total aos produtos da Apple, o iCloud permite o
armazenamento de vídeos, fotos, musicas e ainda possibilita a sincronização com
calendários e listas de tarefas. Como é exclusivo para os dispositivos da empresa, o
iCloud possui versões móveis somente para aparelhos com iOS (KARASINSKI,
2012).
O iOS não tem um sistema de gerenciamento de arquivos. Isso quer dizer,
que diferentemente do OS X e do Windows, não existe um Finder ou um Windows
Explorer para controlar onde o usuário quer que cada documento fique armazenado.
64
No iOS o documento fica armazenado dentro do aplicativo. Por exemplo: se o
usuário escrever um texto no editor Pages, da Apple, o arquivo criado ficara
armazenado no próprio Pages. Como ele é integrado nativamente com o iCloud, seu
documento fica armazenado na nuvem. Então se o usuário criar e começar a editar
um arquivo no Pages do iPad, poderá termina mais tarde no Pages do OS X ou do
seu iPhone, caso queira (MARQUES, 2013).
Figura 15 – Tela inicial iCloud
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
•
Disponível para S.O
O iCloud é um serviço da Apple oferecido somente para usuários iOS. Estes
dados ficam acessíveis além de todos os aparelhos com iOS também na internet
através de um computador com Windows ou Mac OS (BARROS, 2013).
•
Custo/Espaço
Ele oferece incialmente 5GB de espaço gratuito para o armazenamento de
arquivos podendo esta capacidade ser aumentada para em mais 10GB, 20GB ou
50GB. Segue abaixo a tabela com os preços para o Upgrade do plano.
65
Tabela 5. Valor Planos iCloud em 21/10/2013
Plano
Preço
Espaço Total
10 GB
US$ 20,00 / ano
15 Gb
20 GB
US$ 40,00 / ano
25 GB
50 GB
US$ 100,00 / ano
55 GB
Fonte: Aplicativo iCloud no iPad
•
Versionamento
A ferramenta de armazenamento em nuvem da Apple não possui
versionamento. Sendo assim, após uma alteração de um determinado arquivo, o
usuário não tem a opção de voltar para uma versão anterior.
•
Segurança
Todos os dados transmitidos pelo iCloud possuem conexão segura, usando o
padrão Secure Sockets Layer (SSL). Todos os dados armazenados estão protegidos
contra acesso não autorizados enquanto estão sendo transmitidos ou enquanto
estão armazenados na nuvem. O iCloud utiliza padrão de criptografia AES com
chave de 128 bits, mesmo nível de segurança utilizado por instituições financeiras de
renome, e nunca fornece chaves de encriptação a terceiros (APPLE, 2013).
•
Tamanho máximo de um Arquivo
O iCloud suporta arquivo com até 5Gb de armazenamento. Porem este
tamanho de arquivo fica restrito a Notas, imagens, vídeos, e-mails etc. Pois a
aplicação não suporta o compartilhamento de arquivos similar as demais
ferramentas de armazenamento em nuvem (HAMMERSCHMIDT, 2012).
66
•
Limitador de Banda
Não possui em sua ferramenta para desktop uma opção para limitar a taxa de
transferência, pois em um dispositivo que não seja da Apple, o usuário não
consegue enviar nada ao servidor. Somente pode ter acesso ao que está
sincronizado com ele.
•
Diferencial
O iCloud é um facilitador para usuários de dispositivos móveis da Apple, pois
atualiza o acesso a absolutamente tudo o que está armazenado nos dispositivos que
o usuário utiliza diariamente. Ele armazena automaticamente os conteúdos prédefinidos pelo usuário, para que tudo esteja sempre a disposição no seu iPhone,
iPad, iPod Touch, Mac ou PC. Permite que o usuário acesse seus aplicativos, fotos
recentes e o que mais desejar desde que tenha feito a configuração anterior.
Também mantém os e-mails e calendário sempre atualizados em todos os
dispositivos (MACHADO, 2012).
3.5 Ubuntu One
É o serviço de armazenamento de arquivos da Canonical, a desenvolvedora
da distribuição Linux de mesmo nome, está no ar desde 2009 e oferece diversas
vantagens, entre elas a integração total com o sistema operacional da empresa, o
Ubuntu (KARASINSKI, 2012).
67
Figura 16 – Tela inicial Ubuntu One
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
•
Disponível para S.O.
Além da total integração com o Ubuntu, também possui aplicativos para
Windows e Mac OS, além dos aplicativos para os Sistemas Operacionais Moveis
Android e iOS (iPhone e iPad). (UBUNTU ONE, 2013)
Para o Sistema Operaciona iOS, possui o mesmo aplicativo tanto para iPhone
como iPad, tornando a navegação e exibição dos arquivos no iPad mais complicada.
Pois a aplicação foi desenvolvida para a tela do iPhone que é menor.
•
Custo/Espaço
O serviço oferece 5GB de armazenamento gratuito, podendo o usuário
ganhar 500MB adicionais para cada amigo que se cadastra no serviço, do mesmo
modo que seu concorrente DropBox. O limite é de 40 amigos, totalizando 25GB de
espaço de armazenamento gratuitos na nuvem. Outra característica é que estes
500GB são recíprocos, ou seja, todos os amigos que o usuário convidar também irão
receber 500MB gratuitos (FERNANDES, 2012).
Possui um plano de 20GB extras para armazenamento por US$2,99 por mês
(UBUNTU, 2013).
68
Tabela 6. Valor Planos Ubuntu One em 21/10/2013
Plano
Preço
Espaço Total
20 Gb
US$29,99 / ano
25 Gb
40 Gb
US$ 59,98 / ano
45 Gb
60 Gb
US$ 89,97 / ano
65 Gb
80 Gb
US$ 119,96 / ano
85 Gb
100 Gb
US$ 149,95 / ano
105 Gb
20700 Gb
US$ 31039,65 / ano
20705 Gb
Fonte: Ubuntu One (2013, p.69).
Um diferencial da ferramenta é a possibilidade de fazer streaming de músicas:
por uma mensalidade de US$3,99, o usuário recebe 20Gb de espaço para
armazenar sua biblioteca de áudio. Existe a possibilidade de se usar uma versão de
testes por 6 meses (KARASINSKI, 2012).
•
Versionamento
Um dos seus pontos negativos é quanto à questão do versionamento, pois
juntamente com o iCloud, são as únicas ferramentas dentre as abordadas no estudo
de caso, que não possui esta opção. Sendo o Versionamento um grande diferencial
para o uso da ferramenta no dia a dia.
•
Segurança
A Canonical é muito preocupada em proteger a confidencialidade das
informações pessoais do usuário. As medidas de segurança incluem medidas
administrativas, físicas e eletrônicas para proteger contra a perda, exposição ou
alteração das informações coletadas dos usuários. As medidas incluem encriptação
de dados SSL na transmissão das informações dos usuários. Também arquiteturas e
sistemas técnicos para impedir terceiros não autorizados acessem as informações
pessoais (UBUNTU, 2013).
69
•
Tamanho máximo de um Arquivo
O tamanho máximo de um arquivo que o usuário pode sincronizar com o
servidor do Ubuntu One é 5TB, porém a empresa não recomenda esta sincronização
de arquivos via navegador, pois se a conexão com a internet for interrompida, o
usuário terá que começar o envio do arquivo do zero. Em compensação usando a
aplicação para desktop o arquivo é enviado em partes, e caso a conexão com a
internet seja perdida, ao ser restabelecido, o upload começa de onde parou
(UBUNTU, 2013).
•
Limitador de Banda
Possui limitador de banda através da configuração na aplicação para desktop.
O usuário pode limitar a velocidade de upload e também a velocidade de download
dos arquivos sincronizados com a nuvem. A forma de limitar a banda é em KB/s,
ficando a critério do usuário escolher a velocidade, sem valores pré-definidos.
•
Diferencial
O seu principal diferencial é a sua versatilidade, por ser uma das poucas
ferramentas de armazenamento em nuvem que permite que o usuário sincronize
diversas pastas de seu computador com a nuvem. Desde que, no caso do Windows,
ela esteja dentro do diretório do usuário (KARASINSKI, 2012).
Ubuntu One também oferece upload automático de fotos tiradas a partir de
dispositivos móveis Android. Fotos estas que são sincronizadas automaticamente
ficando disponível no computador do usuário (UBUNTU, 2013).
70
3.6 SugarSync
SugarSync é um serviço de armazenamento em nuvem desenvolvido pela
empresa de mesmo nome. Foi lançado no mercado em Novembro de 2009. Nasceu
de uma empresa chamada Sharpcast em 2004. Em fevereiro de 2006 esta mesmo
empresa desenvolveu uma ferramenta para sincronização de imagens entre vários
dispositivos incluindo PCs e dispositivos móveis. Em novembro de 2008 os
fundadores deixaram a empresa e em Dezembro de 2008 Laura Yecies foi apontada
como CEO e posteriormente rebatizou a empresa para SugarSync (SUGARSYNC,
2013).
Figura 17 – Tela inicial SugarSync
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
•
Disponível para S.O.
Possui Aplicativos para Windows e Mac OS e também versões para iOS,
Android, BlackBerry, Windows Phone e Symbian. Sem sombra de duvidas é a
aplicação com maios opções para dispositivos móveis hoje no mercado
(SUGARSYNC, 2013).
71
•
Custo/Espaço
O serviço oferece 5GB de armazenamento gratuito, podendo o usuário
ganhar 500Mb adicionais para cada amigo que se cadastrar no serviço. Também
oferece ao usuário que instalar seu aplicativo no Windows 60 Gb de armazenamento
por 30 dias (SUGARSYNC, 2013).
A tabela 5 apresenta os valores de cada plano disponivel:
Tabela 7. Valor Planos SugarSync em 21/10/2013
Plano
Preço
Espaço Total
60 Gb
US$ 74,99 / ano
60 Gb
100 Gb
US$ 99,99 / ano
100 Gb
250 Gb
US$ 249,99 / ano
250 Gb
500 Gb
US$ 399,99 / ano
500 Gb
Fonte: Sugarsync (2013, p.72).
•
Versionamento
O Sugarsync armazena as cinco versões anteriores a atual em sua aplicação,
independente de tempo. Após atingir este limite, a versão mais antiga é descartada.
Figura 18 – Todas as versões SugarSync
Fonte: print screen da aplicação no Windows 7.
72
Para fazer a recuperação de alguma versão o usuário tem dois caminhos, ou
acessando a pasta compartilhada no Windows, clicando com o botão direito sobre o
arquivo e selecionando a opção SugarSync Show Versions. Também diretamente na
web, clicando no botão See Versions ao lado direito do arquivo que o usuário quer
recuperar. Em ambos os modos o usuário consegue ver a data da modificação
daquela versão, tamanho do arquivo, quem fez a modificação (no caso do arquivo
ser compartilhado), qual o nome do computador onde foi modificado o arquivo.
•
Segurança
Para segurança máxima, quando o usuário sincronizar arquivos com
servidores do SugarSync, os arquivos são transmitidos através de Criptografia SSL
3.3. O mesmo acontece quando o usuário acessar os arquivos em qualquer
computador ou dispositivo móvel, o mesmo padrão SSL é aplicado e todos os dados
antes de sair dos servidores da SugarSync são criptografados (SUGARSYNC,
2013).
•
Tamanho máximo de um Arquivo
Dentre todas as ferramentas de armazenamento em nuvem abordadas neste
estudo de caso é a única que não possui nenhum limite de tamanho de arquivos.
Tanto para o upload via web quanto por sincronização pela pasta no Windows por
exemplo (SUGARSYNC, 2013).
•
Limitador de Banda
Possui limitador de banda, mas somente para upload, e o usuário só pode
escolher entre 3 níveis de velocidade de upload.
73
•
Diferencial
O usuário pode sincronizar qualquer pasta do seu computador com a nuvem.
No programa para Windows basta ir na parte inferior da aba principal onde tem a
tecla Select, e que o usuário escolhe a pasta que deseja compartilhar. Pode ser em
qualquer partição, ao contrario do Ubuntu One que só aceita se a pasta estiver
dentro da pasta usuário. Este diferencial torna a ferramenta a melhor entre todas
abordadas para o backup de arquivos.
3.7 Comparativos
a) Dropbox
Sempre que o usuário adiciona um arquivo na nuvem, será mostrado no
computador se este arquivo já foi sincronizado ou não. Se ainda esta sendo
sincronizado, aparece junto com o ícone da pasta um símbolo azul de sincronização.
E quando está sincronizado aparece um símbolo verde.
b) Skydrive:
Através da barra de tarefas, no canto direito, o usuário consegue ver se a
aplicação esta sendo sincronizada com o servidor ou não. Caso o usuário adicione
mais de um arquivo ao mesmo tempo, não há como saber qual arquivo já foi
sincronizado e qual arquivo está sendo sincronizado com o servidor naquele
instante.
c) Google Drive:
O Usuário não tem como saber qual arquivo esta sincronizado com a nuvem,
na hora de incluir vários arquivos na aplicação. Só sabe que o programa está
sincronizando, pois ao passar o mouse sobre o ícone na barra de tarefas, ali diz que
esta sendo feita à atualização.
74
d) iCloud:
Após fazer alguma alteração ou criar algum arquivo, o usuário não tem a
opção de visualizar se o mesmo está sendo sincronizado com a nuvem ou não. A
não ser após este arquivo aparecer em outro dispositivo.
e) Ubuntu One:
Através do aplicativo para desktop, o usuário consegue somente visualizar se
ele esta enviando os arquivos para a nuvem, onde aparece File Sync in progress
(Sincronização do arquivo em andamento) ou então File Sync is up-to-date
(Sincronização do arquivo avançada), dizendo que os todos os arquivos estão
sincronizados.
f) SugarSync:
O usuário consegue visualizar se os arquivos estão sendo sincronizados
através de um ícone na barra de tarefas no canto direito, mas também não tem
como saber quais arquivos estão sendo sincronizados.
75
Tabela 8 - Comparação entre as ferramentas
DropBox
Armazenamento
2-18 GB
Gratuito
Armazenamento
US$118,80
100GB (anual)
Custo por GB
US$1,18
Limite de tamanho
10 GB
de arquivo
Aplicativo para
Sim
Windows/Mac
Aplicativo para
Sim
Linux
Aplicativo para
Sim
iPhone/iPad
Aplicativo para
Sim
Android
Aplicativo para
Sim
Windows Phone
Acesso Web
Sim
Compartilhamento
Sim
público de arquivo
Compartilhamento
Sim
privado de arquivo
Integração com
Sim
outros aplicativos
Streaming de mídia
Sim
Limitador de
Sim
Banda
Linguagem
Sim
Português
SkyDrive
7 GB
Google
Drive
15 GB
iCloud
Ubuntu
One
5 GB
Sugar
Sync
5 GB
US$149,95
US$99,99
5 GB
US$50,00
US$59,88 US$200,00*
US$0,50
2 GB
US$0,59
10 GB
US$2,00
5 GB
US$1,49
5 TB
Sim
Sim
Sim
Sim
US$0,99
Sem
Limite
Sim
Não
Não
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Parcial
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Fonte: elaborado pelo autor.
Na tabela 8 foram abordadas as principais características de cada ferramenta
de armazenamento em nuvem. Qual a capacidade grátis de armazenamento que as
ferramentas disponibilizam ao usuário. O Dropbox é a ferramenta que possui menor
capacidade inicial de armazenamento, porem com o envio de convites a amigos, ela
pode chegar a 18GB. Em contra partida tem o Google Drive com maior capacidade
grátis de armazenamento mas este espaço é também compartilhado com a sua
plataforma de e-mail.
Quanto ao valor dos planos de 100GB para armazenamento, podem varias de
US$50,00 anual no Skydrive até US$200,00 no iCloud da Apple.
76
O melhor custo por GB é do aplicativo Skydrive que custa US$0,50, e o mais
caro fica com a aplicação da Apple (iCloud) que custa US$2,00.
Para o limite de tamanho de arquivo, a melhor ferramenta entre as abordadas
é Sugarsync pois não possui limite máximo e a ferramenta que aceita o menor
tamanho de arquivo é o Skydrive.
Na parte de dispositivos móveis as ferramentas Dropbox, Skydrive e
Sugarsync tem suporte aos principais sistemas operacionais do Mercado (Android,
iOS e Windows Phone).
Todas as ferramentas possuem acesso aos arquivos pelo site da própria
ferramenta. E todas elas possuem site intuitivo e simples para o usuário.
Para o compartilhamento de arquivos publico e privado, a única ferramenta
que não possui esta opção é o iCloud, todas as demais ferramentas tem esta
função.
Na integração com outros aplicativos, a única ferramenta que não tem suporta
também é o iCloud.
Streaming de mídia, todas as ferramentas possui a opção para reproduzir
mídias por streaming
Quanto ao limitador de banda, as únicas ferramentas que possuem esta
opção em sua aplicação para Windows é o Dropbox e Ubuntu one, podendo o
usuário limitar a taxa de download e upload do aplicativo. E também o Sugarsync,
porem nele somente é possível limitar a taxa de upload e sem valores a ser definido
pelo usuário.
Na parte de suporte a idiomas, as únicas ferramentas que não tem a opção
em Português são o Ubuntu One e Sugarsync. Todas as demais ferramentas
possuem linguagem português, tanto da aplicação para desktop como também na
web.
77
4 CONCLUSÃO
A computação em nuvem é o termo do momento na área da computação, e a
evolução desta tecnologia é um constante, esta evolução tem contribuído para a
difusão do termo computação em nuvem. Este modelo é considerado como um
software disponível na internet, em que o usuário não compra hardware ou software,
mas aluga e paga o que utilizar.
Um problema real para a computação em nuvem no Brasil é a internet, que
pode dificultar um melhor aproveitamento desta tecnologia, tendo em vista que a
internet na grande maioria dos municípios é muito limitada quando comparado aos
grandes centros.
Com a computação em nuvem é possível que as informações percam dentro
de poucos anos o caráter de “fisicalidade” e que livros, CDs com músicas e vídeos
virem informações obsoletas, e que servirão somente para ocupar espaço físico.
Todas as ferramentas de armazenamento em nuvem possuem suas
vantagens e desvantagem.
Algumas possuem maior armazenamento gratuito e o menor valor por GB.
Outras possuem como diferencial alguns aplicativos que rodam associados à
ferramenta, podendo o usuário criar e editar arquivos de texto, planilhas e
apresentações remotamente.
Também existem pontos desfavoráveis, como a difícil visualização na
aplicação se um determinado arquivo está ou não sincronizado com a nuvem, tendo
assim o usuário dificuldade em saber se o arquivo já foi ou não sincronizado.
Quanto às plataformas, todas as ferramentas estudadas possuem integração
com a maioria, tanto para desktop quanto para dispositivos móveis.
Dentre todos os pontos abordados neste estudo de caso, as ferramentas que
possuem melhor custo/benefício são Dropbox e SugarSync.
Dropbox por ser a ferramenta mais popular usada hoje. É muito simples e
intuitiva, sincroniza os arquivos com muita facilidade e o usuário consegue visualizar
se os arquivos estão sendo sincronizados com a nuvem ou se já foram
sincronizados. Seu programa para desktop é muito estável e de fácil configuração.
78
Também possui a melhor integração com o Windows entre todas as ferramentas
estudadas.
Já a ferramenta SugarSync apesar de não ter a opção de linguagem em
português, tem como seu principal diferencial a opção de sincronizar qualquer pasta
do usuário, sem restrição. E também não há restrição quanto a limite de tamanho do
arquivo a ser sincronizado com a nuvem. Sendo a ferramenta ideal para o usuário
fazer backups na nuvem.
79
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