Maio a Outubro 2010 | Volume 8 | Edição 2 Fórum Ambiental informativo Página 1 de 6 Código Florestal Brasileiro uma discussão técnica O debate do momento no meio ambiental é a nova proposta do Código Florestal Brasileiro, em processo de avaliação e votação no Nesta Edição: Congresso Nacional. Demonstrando o quanto o tema é Novo Código Florestal polêmico, não só ambientalistas Página 1 e ruralistas têm-se posicionado em diferentes lados da questão, Operação Baleia-Jubarte os meios acadêmicos também Página 2 se dividem em relação à proposta do relator Aldo Rebelo. A pesquisadora da Coleta seletiva nos RUs Embrapa Maria do Carmo Página 3 Ramos Fasiaben defendeu, em 25 de fevereiro deste ano, a tese Aprender é diversão “Impacto econômico da reserva Página 4 legal florestal sobre diferentes tipos de unidade de produção Melhorias Projeto LAIA agropecuária”, na UNICAMP. Página 4 Maria do Carmo salienta, na tese, que, ao exigir a preservaNotícias ção de florestas em proprieda. Progama Destino Certo des privadas, o Estado pretende . SEMINÁRIO BARRAGEM MÃE D’ÁGUA estender os serviços ecossistê. Laboratório de reciclagem de papel micos a toda a sociedade. . Prêmio Harmonia Consciente “Como essa preservação repre. Capacitação em Gestão Ambiental senta um ônus aos proprietários . Outras ações de capacitação de terras, há de se pensar em . Cga no salão de extensão da Ufrgs mecanismos para recompensá. Inspeções da CNEN los, na busca de justiça distribu. Gespública tiva”. O pagamento por serviços Página 5 ecossistêmicos representa o reconhecimento de que não é Atitude Ecológica justo os produtores assumirem Página 6 todos os custos. A pesquisa mostra também que recuperar reserva legal tem custos de implantação elevados, ao passo que a madeira de boa qualidade, que representa as maiores entradas financeiras do sistema, somente começam a ser exploradas 20 ou mais anos após o plantio. Do outro lado, ambientalistas têm organizado mobilizações contra a proposta do deputado, como as ações organizadas pela Fundação SOS Mata Atlântica. Posição compartilhada por alguns pesquisadores da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). No entendimento desses pesquisadores, se o novo Código Florestal for implantado, os impactos negativos na fauna brasileira – como a redução e até a extinção de algumas espécies – poderão ser sentidos já nos próximos cinco anos. O novo código, que ainda precisa ser votado no Congresso, encolhe as APPs (Áreas de Proteção Permanente), entre outras medidas. A redução de 30 para 15 metros das APPs nas margens dos riachos com até 5 metros de largura, que compõem 90% da malha hidrográfica nacional, é um dos pontos críticos. Matas na beira dos rios são importantes para os bichos terrestres e também para os que habitam debaixo d'água, pois fornecem insetos e material orgânico aos peixes. De acordo com os pesquisadores, o código não contou com a comunidade científica para ser elaborado. Os principais pontos polêmicos do novo código são: • anistia para a ocupação de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente; • redução da área da Reserva Legal no Cerrado de 50% para 20%; • redução da área de Reserva Legal da Amazônia de 80% para 50%; • reflorestamento de eucaliptos ou de pinus, e ainda plantios de eucalipto, manga, coco, limão ou outras culturas, por exemplo, que poderão ser consideradas como Reserva Legal, ou seja, recebem status de vegetação nativa. • O projeto permite, ainda, que florestas nativas sejam convertidas em lavouras nas propriedades mais produtivas, sem qualquer licença das autoridades ambientais, e a exploração econômica de florestas e de outras formas de vegetação nas áreas de preservação permanente (margens de rios, lagos e reservatórios, áreas de encosta e topos de morros). Admite, também, que se usem florestas de preservação permanente para a realização de construções, abertura de estradas, canais de derivação de água e, ainda, atividades de mineração e garimpo Andrea P. Loguercio Engenheira Agrônoma Setor de Licenciamento e Fiscalização Ambiental da SUINFRA Página 2 de 6 Fórum Ambiental Nossos Saberes Ambientais Operação Baleia Jubarte histórico e estratégias de preparação e curadoria do esqueleto No dia 22 de agosto de 2010, o biólogo Maurício Tavares (CECLIMAR/IB/UFRGS) foi informado, pelo Comando Ambiental da Brigada Militar, que um animal marinho, provavelmente uma baleia, havia encalhado vivo entre as praias de Capão Novo e Arroio Teixeira, no litoral norte do Rio Grande do Sul. O texto a seguir descreve sucintamente a operação de resgate, que se estendeu de 22 a 29 de agosto e que culminou, dado que o animal acabou perecendo, na coleta do esqueleto completo de um espécime macho de Baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae), medindo 12,5m de comprimento total. Foram realizadas duas tentativas de resgate no intuito de desencalhar o espécime que se encontrava preso a um banco de areia. A primeira tentativa, realizada no dia 24, foi bemsucedida, mas o animal voltou a encalhar no dia 25. Uma nova tentativa foi empreendida no dia 26, mas o animal, no final da tarde, não resistiu ao desgastante processo e morreu. Dessa forma, no dia 27, iniciou-se a necropsia para avaliação externa e interna, com coleta de material biológico para futuras análises histopatológicas e imuno-histoquímicas dos órgãos e tecidos. Entre os dias 28 e 29, o esqueleto foi totalmente separado e desarticulado, sendo encaminhado ao Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se encontra em processo inicial de preparação, que não utilizará quaisquer produtos químicos não causará danos ambientais para a área do CECLIMAR, localizada às margens da Laguna Tramandaí, no município de Imbé, litoral norte do RS. O processo baseia-se em uma técnica de compostagem, com a utilização de esterco, aplicada em diversos museus norteamericanos para preparar vertebrados de grande porte. Esse método, por sua vez, originou-se de uma técnica criada nos Estados Unidos, na década de 80, como forma ecologicamente adequada, barata e segura de lidar com as despesas criadas pela morte de gado em fazendas comerciais. A compostagem é um processo natural de decomposição de matéria orgânica em um ambiente predominantemente aeróbico. Durante esse processo, bactérias, fungos e outros micro-organismos realizam a quebra de matéria orgânica, consumindo oxigênio e produzindo calor, água e dióxido de carbono (CO2). A temperatura e a supressão de grande parte do oxigênio do composto orgânico ajudam a criar um ambiente livre de bactérias e vírus patogênicos, além de resultar em composto orgânico (húmus), nitrogênio e outros nutrientes, que podem ser facilmente utilizados no solo para aumentar a produtividade local, sem a utilização de produtos químicos de nenhuma natureza. Outra grande vantagem dessa técnica é a eliminação quase total do odor característico de animais em decomposição e da proliferação de moscas e outros animais presentes em carcaças, além de ela ser considerada extremamente inócua em relação à contaminação do lençol freático. O intuito da UFRGS é montar o esqueleto completo em uma estrutura adequada à visitação do público para que as futuras gerações possam conhecer e compreender melhor os hábitos de vida dos animais marinhos, principalmente das grandes baleias. Com atividades difere Referências Bibliográficas: - Price, C & L. Carpenter-Boggs (2008). On-farm composting of large animal mortalities. Washington State University Extension. 10pp. - Rynk, R. (ed.) 1992. On-Farm Composting Handbook. Publication NRAES-54. Natural Resource, Agriculture and Engineering Service, Ithaca, New York. - Washington State Department of Ecology. (2005). On-farm Composting of Livestock Mortalities. - Cornell Waste Management Institute and Cornell Cooperative Extension (2002). Natural Rendering: Composting Livestock Mortality and Butcher Waste. Fact Sheet. Maurício Tavares - Biólogo Coordenador do CECLIMAR/IB/UFRGS e pesquisador do GEMARS Ignacio Benites Moreno - Biólogo Professor Adjunto do Departamento de Zoologia da UFRGS e pesquisador do GEMARS Fotos de: Ignacio Moreno (UFRGS/GEMARS) Página 3 de 6 Fórum Ambiental A Coleta Seletiva nos Restaurantes Universitários A UFRGS possui cinco restaurantes universitários que servem, diariamente, centenas de refeições a uma comunidade de servidores e estudantes. Toda essa atividade gera uma quantidade enorme de resíduos de diversos tipos. E como é feito o gerenciamento desses resíduos? Os restos de alimentos, gerados na produção das refeições, são enviados para criadores de suínos de Porto Alegre; o resíduo de óleo de fritura é encaminhado à empresa Ecológica Reciclagem de Óleos e Gorduras Residuais, cadastrada no programa do DMLU de reciclagem de óleo de fritura; os resíduos de embalagens e outros materiais recicláveis se destinam à coleta seletiva (saco azul); e os demais resíduos não-recicláveis vão para a coleta seletiva (saco preto). Todo esse resíduo é depositado em locais adequados fora das cozinhas e vai ao seu destino sem gerar maiores transtornos... Infelizmente, o gerenciamento dos resíduos produzidos pelos usuários é muito menos eficiente, embora sejam em menor quantidade e diversidade. Provavelmente, após a refeição, sobrarão a bandeja e os talheres para serem lavados, algum resíduo não-reciclável que deverá ser descartado no saco preto (cascas de frutas, ossos de animais, guardanapos engordurados e, eventualmente, restos de alimento – se o usuário não foi consciente, servindo apenas o que iria consumir) e um copo SEM resíduo líquido para ser descartado no saco azul. Só que, infelizmente, apesar de todas as campanhas de conscientização e da fixação de cartazes e etiquetas nos coletores de resíduo (lixeiras), os resíduos não-recicláveis continuam sendo colocados no saco azul, destinado ao resíduo reciclável, comprometendo toda a segregação do material descartável e a coleta seletiva externa dos RUs. Para resolver esse problema, a Coordenadoria de Gestão Ambiental, juntamente com a Administração dos RUs e as Prefeituras Universitárias, implantará um novo coletor a partir do próximo semestre. Esse coletor, desenvolvido pela Prefeitura do Campus Saúde, tem um cano de PVC adaptado à tampa da lixeira que permite apenas o descarte de copos. Paralelamente, será lançada uma ampla campanha de divulgação da coleta seletiva da UFRGS para os estudantes. Sabemos que todas as ações que visam a mudanças culturais são de difícil implanta- ção, mas no caso da Coleta Seletiva há uma exigência legal a cumprir! A separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta é regulamentada pelo Decreto 5.940, de 25 de outubro de 2006, e, no âmbito da Universidade, pela Portaria 3.450, de 15 de setembro de 2008. Além disso, trata-se de uma questão de consciência Com atividades difere ambiental. A separação correta dos resíduos possibilita a reciclagem dos materiais. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais, retornar ao ciclo produtivo o que seria jogado fora e evitar a contaminação do solo e das águas. Tereza Campezatto Bacharel em Química Coordenadoria de Gestão Ambiental Agente Ambiental em Ação Desde 2005, a UFRGS oferece cursos de capacitação em Gestão Ambiental. Inicialmente, pelo Grupo Interdisciplinar de Gestão Ambiental em parceria com a PROREXT e, desde 2007, com a criação da CGA, por essa Coordenadoria em parceria com a PROGESP. Até a sexta turma, o curso formava somente agentes ambientais; a partir da sétima (realizada de maio de 2009 a junho de 2010), passou a formar também monitores e certificadores ambientais. A partir desta edição, Fórum Ambiental conversa com agentes ambientais, dando visibilidade ao seu trabalho. Nossa primeira entrevistada é Rosane Stona Carvalho. Formada na 2.ª turma do então Curso de Formação de Agentes Ambientais da UFRGS, Rosane trabalha na Gerência de Serviços Terceirizados GERTE/PROGESP desde 2009. Fórum Ambiental – Como começou o teu trabalho com Gestão Ambiental na UFRGS? Rosane: As minhas primeiras atividades foram em relação à segregação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis, não recicláveis, biológicos e químicos da Faculdade de Odontologia, onde eu trabalhava na época. FA – Como é que se deu a tua ida para a GERTE? R – Como agente ambiental, eu trabalhava as questões ambientais com o pessoal da limpeza na Odonto. As colegas da GERTE iam lá para implantar as rotinas de limpeza, e nós começamos a trabalhar em conjunto. No ano passado, veio o convite para eu compor a equipe. FA - A GERTE e a CGA tm uma parceria. Em que consiste? R - Toda vez que inicia um contrato de prestação de servi- ço terceirizado na UFRGS, a GERTE e a CGA fazem uma atividade para integração. Essa atividade é focada no objeto do contrato do grupo que está entrando, a fim de que eles adotem procedimentos adequados. O pessoal da limpeza, por exemplo, recebe informações sobre a coleta seletiva. O pessoal da elétrica é orientado, entre outras coisas, a, no momento em que troca a lâmpada, colocar a velha na embalagem em que veio a nova e levá-la ao depósito que há em cada campus. E assim por diante. FA – Qual é o papel dos prestadores de serviço de limpeza no fluxo da coleta seletiva? R – Eles fazem a coleta e o transporte dos resíduos recicláveis e não recicláveis até os coletores. Eles não fazem a separação. A separação cabe aos usuários: técnicos-administrativos, professores, alunos e os outros terceiri- zados . FA – A GERTE e a CGA também têm um projeto de Compras Ecoeficientes. R – Este é um projeto-piloto que está em teste na Faculdade de Arquitetura com o objetivo de reduzir o impacto ambiental dos produtos de limpeza, o consumo de água e de luz, e o tempo empregado para a realização dos serviços. Estamos na fase inicial, fazendo a medição da quantidade de produtos utilizados, atualmente, nas rotinas, e, posteriormente, testaremos os produtos biodegradáveis. Após a análise dos resultados, haverá a possibilidade de estender esse projeto para toda a Universidade. Se você é agente ambiental e está desenvolvendo algum trabalho em sua unidade que queira compartilhar, entre em contato com a CGA. Fórum Ambiental Página 4 de 6 Espaço dos Bolsistas Com Atividades Diferenciadas, Aprender é Diversão O projeto “As Questões Ambientais – Divulgação de seus Aspectos Científicos e Tecnológicos” faz parte do programa de Educação Ambiental, desenvolvido pela CGA com apoio da PROGESP e da PROREXT. O assunto ‘ambiente’ é trabalhado com alunos de 5º ano em duas escolas municipais da Vila Santa Isabel, em Viamão. Desde o começo da segunda fase do projeto, no início de 2010, já foi abordada boa parte das questões teóricas que envolvem os cinco assuntos principais do projeto: Resíduos Sólidos, Recursos Hídricos, Qualidade do Ar, Biodiversidade e Alimentação Saudável. Dando sequência à ideia inicial – seguir as datas estipuladas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) – várias atividades foram planejadas para apresentar essas questões de forma mais dinâmica, envolvendo, além dos próprios alunos, pais e professores. A primeira data é o Dia Interamericano de Limpeza e Cidadania (DIADESOL), comemorado de forma descentralizada em todo o Estado durante o mês de setembro. Contudo, para as escolas envolvidas no projeto, foi organizada uma feira de exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Cada turma deu nova utilidade a materiais recicláveis que iriam para o lixo: instrumentos musicais (Escola Alberto Pasqualini) e jogos (Escola Anita Garibaldi). No dia 17 de setembro, às 15h, a Escola Alberto Pasqualini recebeu, para prestigiar a feira, alunos, pais, professores e representantes da Prefeitura de Viamão. Outro evento importante é o Dia Interamericano da Água, o qual se tornou, no Estado, a Semana da Água. Este ano, o calendário da Semana da Água contou com a atividade ‘Água na Escola’, que ocorreu no início de outubro nas escolas Anita Garibaldi e Alberto Pasqualini. Essa atividade divulgou os problemas da poluição dos recursos hídricos – bem como a sua importância – para pais, professores e demais alunos das escolas. Houve apresentações de cenas teatrais com a temática “um dia sem água” por grupos formados pelos alunos e uma palestra para pais e professores com o engenheiro civil Paulo Robinson Samuel. Além das atividades realizadas nas escolas, foi oferecida uma oficina no XI Salão de Extensão da UFRGS para professores e demais interessados. Essa oficina foi ministrada pela coordenadora do projeto, Andrea P. Loguercio, e por estagiários, graduandos de Engenharia Ambiental. Na ocasião, foi exibido um vídeo (resultado da parceria entre CGA e FABICO), mostrando a importância do projeto na visão de diretores, professores e alunos das escolas. Amanda W. Fadel Estudante de Engenharia Ambiental, Bolsista Coordenadoria de Gestão Ambiental Melhorias no Projeto LAIA Ao trabalhar com gestão, seja ela empresarial ou pública, de negócios ou ambiental, percebe-se que a melhoria contínua dos procedimentos e processos responsáveis pela aplicação das suas ferramentas, ou até mesmo a melhoria da própria ferramenta, torna-se parte da rotina de trabalho, pois o sistema conduz à autoavaliação. Coerentemente, também as tabelas de LAIA (Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais) que estão sendo utilizadas nas Unidades Acadêmicas e Administrativas da UFRGS têm sido adaptadas à dinâmica da Universidade e às suas necessidades. As ferramentas do projeto – “Tabela de Pontuação” e “Tabela Geral” – sofreram alterações. Na tabela de pontuação, a descrição do índice que determina a gravidade do impacto ambiental foi detalhada, o que a tornou mais clara aos usuários. Já na tabela geral foram adicionadas novas causas potenciais. Algumas ligadas a novos impactos e aspectos ambientais, como a falta de utilização de critério LEED (que qualifica construções como prédios verdes – Greenbuilding); outras, ligadas aos já existentes, como o armazenamento de produtos químicos em local adequado. Além disso, foram feitas mudanças nas ações recomendadas de algumas causas potenciais, como a de resíduos pérfurocortantes, que passou a ser “destinar de acordo com a contaminação”. A "Tabela Geral" possui as causas potenciais que podem ser encontradas nas Unidades, por isso, ao iniciar o diagnóstico em novos locais, adotamos, na utilização dessa tabela, o procedimento de eliminação das causas potenciais que não ocorram no local em questão, ou mesmo podemos pontuar de forma diferenciada se a alguma delas já tiver sido dado algum encaminhamento anterior ao levantamento. Tais modificações, embasadas na própria experiência de trabalho da CGA no projeto LAIA, já estão sendo aplicadas e sua avaliação ocorrerá ao natural, ao longo do tempo, pois a melhoria contínua é uma prática intrínseca à gestão ambiental da Universidade. A tabela atualizada está disponível no sítio da CGA: http://www6.ufrgs.br/sga/tabe la_modelo.html e no ambiente “Gestão Ambiental da UFRGS” do Moodle. Márcio Sgarbi Estudante de Engenharia Ambiental, Bolsista Coordenadoria de Gestão Ambiental Fórum Ambiental Página 5 de 6 Notícias Em parceria com a PUCRS e a Panvel Farmácias, a UFRGS participa do Programa Destino Certo. A campanha orienta a não jogar os medicamentos vencidos no lixo comum, porque eles contaminam a água e o solo. Eles devem ser levados à Farmácia Popular, gerenciada pela Faculdade de Farmácia da UFRGS, ou a algumas das farmácias da rede Panvel. De lá serão encaminhados a uma empresa especializada, que fará o descarte correto. Os medicamentos que estiverem dentro do prazo de validade podem ser doados no Hospital Militar ou na Igreja do Rosário. A CGA realizou, em parceria com a Progesp, de maio de 2009 a junho de 2010, a sétima edição do Curso de Capacitação em Gestão Ambiental. Os servidores que concluíram o terceiro módulo do curso foram habilitados Monitores Ambientais e poderão monitorar a implantação do Sistema de Gestão Ambiental em suas unidades. Os que concluíram o quarto foram habilitados Agentes Ambientais e ajudarão a implantar o SGA nas unidades. E os que concluíram o quinto módulo (oferecido para Agentes Ambientais desta e das turmas anteriores) foram habilitados Certificadores Ambientais, ficando capacitados a avaliar o processo de gestão dos espaços físicos da UFRGS. Representando a UFRGS, a CGA participou da organização da 17.ª Semana Interamericana da Água e 10.ª Semana Estadual da Água promovidas pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RS). Uma das atividades realizadas por esta Coordenadoria foi o Seminário Barragem Mãe d'Água, dia 30 de setembro no IPH. A referida barragem, localizada em uma sub-bacia do arroio Dilúvio, no Campus do Vale, recebe diariamente esgoto e diversos outros resíduos oriundos da Vila Santa Isabel, do município de Viamão. O Seminário concluiu que deverá ser realizado um projeto para a gestão de recursos hídricos dessa sub-bacia e que deverá ser montado um comitê para ela. A Gráfica da UFRGS tem dois projetos para aproveitamento de material reciclável. O Laboratório de Reciclagem de Papel, que utiliza aparas resultantes do seu trabalho para o desenvolvimento de produtos. E o projeto "Bloco do Lixo", que visa à confecção de capas de blocos e cadernetas, entre outros materiais, a partir da reutilização de banners. A comunidade universitária pode colaborar para o sucesso desse projeto, encaminhando para a Gráfica os banners que não serão mais aproveitados. O excedente do trabalho será encaminhado à ATUT – Associação dos Trabalhadores da Unidade de Triagem do Hospital Psiquiátrico São Pedro. A Gráfica está localizada no Campus Saúde – Rua Ramiro Barcelos, 2.500, telefone: 3308.5508. Além do módulo 4 do Curso de Formação de Gestores Ambientais iniciado em 2009 (que confere Habilitação de Agentes Ambientais) e da primeira turma do Curso de Habilitação de Certificador Ambiental, a CGA realizou, este ano, em parceria com a Progesp, as seguintes Ações de Capacitação: Fundamentos em Gestão Ambiental; Tópicos Avançados em Gestão Ambiental; Habilitação em Monitor Ambiental; Gestão Ambiental na UFRGS; Curso Saúde e Segurança no Trabalho – Palestra: Gestão Ambiental na UFRGS; Gestão de Resíduos Biológicos; Treinamento sobre Classificação, Coleta e Rotulagem de Resíduos Químicos de Laboratório; Introdução à Proteção Radiológica – Aspectos de Segurança para Não Usuários; Coleta Seletiva; Levantamentos de Aspectos e Impactos Ambientais na UFRGS; e Compostagem. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) realizou inspeções, dias 14 e 15 de outubro, em Unidades da UFRGS que empregam ou armazenam materiais radioativos. Por designação do Gabinete do Reitor, a CGA e o Serviço de Proteção Radiológica acompanharam os técnicos em visitas agendadas com os diretores do Centro de Biotecnologia, da Escola de Engenharia e dos Institutos de Química, Biociências, Ciências Básicas da Saúde e Pesquisas Hidráulicas. A CGA solicitará aos diretores dessas Unidades a designação de representantes para constituírem uma comissão que, juntamente com o SPR, responderá ao relatório da inspeção a ser enviado pela CNEN. Essa comissão será encarregada, também, de manter um acompanhamento constante da aplicação das atualizações da legislação. Para comemorar o Diadesol - Dia Interamericano de Limpeza e Cidadania –, que acontece no terceiro sábado de setembro, a ABES/ RS – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, seção RS criou, este ano, o prêmio Harmonia Consciente, destinado aos piquetes do Acampamento Farroupilha que mais se destacaram pelo cuidado de seus resíduos e pela limpeza tanto do piquete quanto do acampamento. Entre os cinco piquetes premiados, está o Amizade Campeira, formado por quatro servidores da UFRGS: Gilberto Rodrigues, da ESEF, Francisco Rosa, da DCF/ Proplan, Camilo do Canto, da Suinfra, e Fábio Rosa, da Faculdade de Direito. A CGA orgulha-se do feito. A CGA participou de três sessões coordenadas do Salão de Extensão da UFRGS deste ano com os trabalhos: Gestão de Aspectos e Impactos Ambientais no SENGE (Sindicato dos Engenheiros do RS), Implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil na UFRGS e Gestão Ambiental de Resíduos Biológicos na UFRGS. E promoveu a realização de quatro oficinas: Caminhos para adoção de compras ecoeficientes na UFRGS; Educação Ambiental no ensino fundamental - a experiência do projeto-mãe; Levantamento de aspectos e impactos ambientais como ferramenta de gestão ambiental; e Coleta Seletiva. Pelo terceiro ano consecutivo, a CGA participará do Processo de Avaliação do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – Gespública. Esse instrumento reúne um conjunto de orientações e de parâmetros para avaliar e melhorar a gestão, e tem como meta propor ações de aperfeiçoamento para alavancar o desempenho institucional. Nos anos anteriores, a CGA foi avaliada no primeiro dos dois níveis do processo, o de 250 pontos, e, graças ao crescimento da sua atuação, neste ano, será avaliada em 500 pontos. O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de novembro em Porto Alegre. Página 6 de 6 Fórum Ambiental Atitude Ecológica Você sabia que a maioria dos computadores pessoais desperdiça a metade da energia que consome? Para diminuir esse impacto ambiental, você pode gerenciar as configurações do seu computador. No sistema Windows, em Painel de Controle / Desempenho e Manutenção / Opções de Energia, por exemplo, você pode definir que o seu computador entre automaticamente no estado de espera após um período específico de inatividade. Se o tempo de inatividade for maior, você poderá colocá-lo para Hibernar. O padrão que adotamos na CGA é: Desligar o monitor em 5 minutos/ Desligar os discos rígidos: Nunca / O sistema hiberna: após 1 hora. Além disso, desligamos o botão do monitor quando não o vamos utilizar por um período superior a 15 minutos. Mais informações em AJA Brasil, parceira do movimento Climate Savers Computing Initiative - www.aja.org.br A Sanwa desenvolveu uma curiosa impressora que não precisa nem de tinta nem de toner e é capaz de reciclar seu próprio papel. A impressora possui um cabeçote térmico e folhas feitas de garrafas PET recicladas. Esses papéis especiais são termoplásticos e podem ser apagados e usados novamente por até mil vezes. Dessa forma, os documen- tos impressos podem voltar à impressora para serem apagados, tornando-se úteis de novo. A PrePeat RP-3100 começará a ser vendida na Ásia por um preço equivalente a US$ 5.600. Outra alternativa, bem mais barata, para evitar desperdício ao imprimir é a EcoFont – um tipo de fonte de web desenvolvido por uma agência de comunicação holandesa, que promete economizar cerca de 20% de tinta dos impressos. A forma encontrada para a economia foi a inserção de pequenos círculos dentro da forma da letra. A Ecofont pode ser baixada diretamente da página: http://www.ecofont.eu/ecofont_pt.html “Seis Razões para Cuidar Bem do Planeta Terra”, publicado em 2008 pela Escrituras Editora, foi escrito em co-autoria por Nílson José Machado, professor da Faculdade de Educação da USP, Silmara Rascalha Casadei, pedagoga, e Michele Rascalha, bióloga pós-graduada em Educação Ambiental pela USP. As ilustrações são da designer gráfica Vera Andrade. Quarto livro da série “Seis Razões” – composta por “Seis Razões para Amar a Natureza”, “Seis Razões para Cuidar Bem da Água” e “Seis Razões para Diminuir o Lixo no Mundo” –, a obra é escrita em linguagem extremamente poética e bastante informativa. Indicado para pais, filhos e educadores, levanta questões como o aquecimento global, a poluição, as espécies ameaçadas de extinção, o uso dos recursos naturais, em especial da água, o crescente aumento da população planetária, do consumo e do volume do lixo produzido. Propõe a consciência ambiental, o respeito ao ser humano e ao planeta, a necessidade de caminhos para uma vida sustentável e equilibrada, além de divulgar programas e iniciativas em prol da Terra e de apresentar sugestões e referências bibliográficas para usar como fonte de pesquisa e informações. O respeito à diversidade é um dos princípios da Ecologia Profunda. Apoiado nessa nova maneira de ver o mundo e de se relacionar com ele, o Fórum Ambiental recomenda o filme “B1 – Tenório em Pequim”, dos estreantes Felipe Braga e Eduardo Hunter Moura. Filmado no Brasil, França e China, o documentário traz parte da trajetória de Antônio Tenório da Silva, judoca profissional B1, ou seja, totalmente cego. Ele é um dos poucos atletas deficientes visuais a competir tanto em campeonatos paraolímpicos como em torneios regulares e é o único tetracampeão brasileiro da história das paraolimpíadas. O foco é a preparação do atleta para a disputa das Paraolimpíadas de 2008, em Pequim. Isolamento e solidão são alguns dos desafios enfrentados por ele no projeto inédito de conquistar uma quarta medalha de ouro em paraolimpíadas. Boletim Fórum Ambiental – exclusivamente eletrônico Conselho Editorial – Darci B. Campani, Guta Teixeira, Márcia Meira Winckler, Márcia Rodrigues Trein, Paulo Robinson da Silva Samuel, Tereza Campezatto Coordenação – Guta Teixeira Revisão - Antônio Falcetta Bolsista ( Direção de Arte e Editoração ) - Israel Maciel Damiani Publicação da Coordenadoria de Gestão Ambiental UFRGS Rua Luiz Englert, s/nº, Sala 6 - Prédio 12109 (ex-Química) CEP 90.040-060, Porto Alegre, RS (51) 3308.3572, 3308.4548 | [email protected] Coordenador da CGA – Darci B. Campani Estamos na Web! Visite-nos em: www.ufrgs.br/sga