Maio a Outubro 2010 | Volume 8 | Edição 2
Fórum Ambiental
informativo
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Código Florestal Brasileiro
uma discussão técnica
O debate do momento no
meio ambiental é a nova
proposta do Código Florestal
Brasileiro, em processo de
avaliação e votação no
Nesta Edição:
Congresso Nacional. Demonstrando o quanto o tema é
Novo Código Florestal
polêmico, não só ambientalistas
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e ruralistas têm-se posicionado
em diferentes lados da questão,
Operação Baleia-Jubarte os meios acadêmicos também
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se dividem em relação à
proposta do relator Aldo
Rebelo. A pesquisadora da
Coleta seletiva nos RUs
Embrapa Maria do Carmo
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Ramos Fasiaben defendeu, em
25 de fevereiro deste ano, a tese
Aprender é diversão
“Impacto econômico da reserva
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legal florestal sobre diferentes
tipos de unidade de produção
Melhorias Projeto LAIA
agropecuária”, na UNICAMP.
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Maria do Carmo salienta, na
tese,
que, ao exigir a preservaNotícias
ção
de
florestas em proprieda. Progama Destino Certo
des
privadas,
o Estado pretende
. SEMINÁRIO BARRAGEM MÃE D’ÁGUA
estender
os
serviços
ecossistê. Laboratório de reciclagem de papel
micos
a
toda
a
sociedade.
. Prêmio Harmonia Consciente
“Como essa preservação repre. Capacitação em Gestão Ambiental
senta um ônus aos proprietários
. Outras ações de capacitação
de terras, há de se pensar em
. Cga no salão de extensão da Ufrgs
mecanismos para recompensá. Inspeções da CNEN
los, na busca de justiça distribu. Gespública
tiva”. O pagamento por serviços
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ecossistêmicos representa o
reconhecimento de que não é
Atitude Ecológica
justo os produtores assumirem
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todos os custos. A pesquisa
mostra também que recuperar
reserva legal tem custos de
implantação elevados, ao passo
que a madeira de boa qualidade, que representa as maiores
entradas financeiras do sistema,
somente começam a ser exploradas 20 ou mais anos após o
plantio.
Do outro lado, ambientalistas
têm organizado mobilizações
contra a proposta do deputado,
como as ações organizadas pela
Fundação SOS Mata Atlântica.
Posição compartilhada por
alguns
pesquisadores
da
FAPESP (Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São
Paulo).
No
entendimento
desses pesquisadores, se o
novo Código Florestal for
implantado, os impactos negativos na fauna brasileira – como
a redução e até a extinção de
algumas espécies – poderão ser
sentidos já nos próximos cinco
anos. O novo código, que ainda
precisa ser votado no Congresso, encolhe as APPs (Áreas de
Proteção Permanente), entre
outras medidas. A redução de
30 para 15 metros das APPs nas
margens dos riachos com até 5
metros de largura, que
compõem 90% da malha hidrográfica nacional, é um dos
pontos críticos. Matas na beira
dos rios são importantes para
os bichos terrestres e também
para os que habitam debaixo
d'água, pois fornecem insetos e
material orgânico aos peixes.
De acordo com os pesquisadores, o código não contou com a
comunidade científica para ser
elaborado.
Os principais pontos polêmicos
do novo código são:
• anistia para a ocupação de
Reservas Legais e Áreas de
Preservação Permanente;
• redução da área da Reserva
Legal no Cerrado de 50% para
20%;
• redução da área de Reserva
Legal da Amazônia de 80% para
50%;
• reflorestamento de eucaliptos ou de pinus, e ainda plantios
de eucalipto, manga, coco,
limão ou outras culturas, por
exemplo, que poderão ser
consideradas como Reserva
Legal, ou seja, recebem status
de vegetação nativa.
• O projeto permite, ainda, que
florestas nativas sejam convertidas em lavouras nas propriedades mais produtivas, sem
qualquer licença das autoridades ambientais, e a exploração
econômica de florestas e de
outras formas de vegetação nas
áreas de preservação permanente (margens de rios, lagos e
reservatórios, áreas de encosta
e topos de morros). Admite,
também, que se usem florestas
de preservação permanente
para a realização de construções, abertura de estradas,
canais de derivação de água e,
ainda, atividades de mineração
e garimpo
Andrea P. Loguercio
Engenheira Agrônoma
Setor de Licenciamento e
Fiscalização Ambiental da SUINFRA
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Fórum Ambiental
Nossos Saberes Ambientais
Operação Baleia Jubarte
histórico e estratégias de preparação e curadoria do esqueleto
No dia 22 de agosto de 2010,
o biólogo Maurício Tavares
(CECLIMAR/IB/UFRGS)
foi
informado, pelo Comando
Ambiental da Brigada Militar,
que um animal marinho, provavelmente uma baleia, havia
encalhado vivo entre as praias
de Capão Novo e Arroio Teixeira, no litoral norte do Rio
Grande do Sul.
O texto a seguir descreve
sucintamente a operação de
resgate, que se estendeu de 22
a 29 de agosto e que culminou,
dado que o animal acabou
perecendo, na coleta do esqueleto completo de um espécime
macho de Baleia Jubarte
(Megaptera
novaeangliae),
medindo 12,5m de comprimento total.
Foram realizadas duas tentativas de resgate no intuito de
desencalhar o espécime que se
encontrava preso a um banco
de areia. A primeira tentativa,
realizada no dia 24, foi bemsucedida, mas o animal voltou
a encalhar no dia 25. Uma nova
tentativa foi empreendida no
dia 26, mas o animal, no final da
tarde, não resistiu ao desgastante processo e morreu. Dessa
forma, no dia 27, iniciou-se a
necropsia para avaliação externa e interna, com coleta de
material biológico para futuras
análises histopatológicas e
imuno-histoquímicas
dos
órgãos e tecidos.
Entre os dias 28 e 29, o esqueleto foi totalmente separado e
desarticulado, sendo encaminhado ao Centro de Estudos
Costeiros, Limnológicos e
Marinhos do Instituto de Biociências da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, onde se
encontra em processo inicial
de preparação, que não utilizará quaisquer produtos químicos
não causará danos
ambientais para a área do
CECLIMAR,
localizada
às
margens da Laguna Tramandaí,
no município de Imbé, litoral
norte do RS.
O processo baseia-se em uma
técnica de compostagem, com
a utilização de esterco, aplicada em diversos museus norteamericanos para preparar
vertebrados de grande porte.
Esse método, por sua vez,
originou-se de uma técnica
criada nos Estados Unidos, na
década de 80, como forma
ecologicamente
adequada,
barata e segura de lidar com as
despesas criadas pela morte de
gado em fazendas comerciais.
A compostagem é um processo
natural de decomposição de
matéria orgânica em um
ambiente predominantemente
aeróbico. Durante esse processo,
bactérias, fungos e outros
micro-organismos realizam a
quebra de matéria orgânica,
consumindo oxigênio e produzindo calor, água e dióxido de
carbono (CO2). A temperatura e
a supressão de grande parte do
oxigênio do composto orgânico
ajudam a criar um ambiente livre
de bactérias e vírus patogênicos,
além de resultar em composto
orgânico (húmus), nitrogênio e
outros nutrientes, que podem
ser facilmente utilizados no solo
para aumentar a produtividade
local, sem a utilização de produtos químicos de nenhuma
natureza. Outra grande vantagem dessa técnica é a eliminação
quase total do odor característico de animais em decomposição
e da proliferação de moscas e
outros animais presentes em
carcaças, além de ela ser considerada extremamente inócua
em relação à contaminação do
lençol freático.
O intuito da UFRGS é montar o
esqueleto completo em uma
estrutura adequada à visitação
do público para que as futuras
gerações possam conhecer e
compreender
melhor
os
hábitos de vida dos animais
marinhos, principalmente das
grandes baleias.
Com atividades difere
Referências Bibliográficas:
- Price, C & L. Carpenter-Boggs (2008).
On-farm composting of large animal
mortalities. Washington State University Extension. 10pp.
- Rynk, R. (ed.) 1992. On-Farm Composting Handbook. Publication NRAES-54.
Natural Resource, Agriculture and
Engineering Service, Ithaca, New York.
- Washington State Department of
Ecology. (2005). On-farm Composting
of Livestock Mortalities.
- Cornell Waste Management Institute
and Cornell Cooperative Extension
(2002). Natural Rendering: Composting Livestock Mortality and Butcher
Waste. Fact Sheet.
Maurício Tavares - Biólogo
Coordenador do CECLIMAR/IB/UFRGS
e pesquisador do GEMARS
Ignacio Benites Moreno - Biólogo
Professor Adjunto do Departamento
de Zoologia da UFRGS e pesquisador
do GEMARS
Fotos de:
Ignacio Moreno (UFRGS/GEMARS)
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Fórum Ambiental
A Coleta Seletiva nos Restaurantes Universitários
A UFRGS possui cinco restaurantes
universitários
que
servem, diariamente, centenas
de refeições a uma comunidade de servidores e estudantes.
Toda essa atividade gera uma
quantidade enorme de resíduos de diversos tipos. E como é
feito o gerenciamento desses
resíduos? Os restos de alimentos, gerados na produção das
refeições, são enviados para
criadores de suínos de Porto
Alegre; o resíduo de óleo de
fritura é encaminhado à empresa Ecológica Reciclagem de
Óleos e Gorduras Residuais,
cadastrada no programa do
DMLU de reciclagem de óleo de
fritura; os resíduos de embalagens e outros materiais recicláveis se destinam à coleta seletiva (saco azul); e os demais
resíduos não-recicláveis vão
para a coleta seletiva (saco
preto).
Todo esse resíduo é depositado em locais adequados fora
das cozinhas e vai ao seu destino sem gerar maiores transtornos... Infelizmente, o gerenciamento dos resíduos produzidos pelos usuários é muito
menos eficiente, embora sejam
em menor quantidade e diversidade. Provavelmente, após a
refeição, sobrarão a bandeja e
os talheres para serem lavados,
algum resíduo não-reciclável
que deverá ser descartado no
saco preto (cascas de frutas,
ossos de animais, guardanapos
engordurados e, eventualmente, restos de alimento – se o
usuário não foi consciente,
servindo apenas o que iria
consumir) e um copo SEM
resíduo líquido para ser descartado no saco azul. Só que,
infelizmente, apesar de todas
as campanhas de conscientização e da fixação de cartazes e
etiquetas nos coletores de
resíduo (lixeiras), os resíduos
não-recicláveis continuam sendo
colocados no saco azul, destinado ao resíduo reciclável, comprometendo toda a segregação do
material descartável e a coleta
seletiva externa dos RUs.
Para resolver esse problema, a
Coordenadoria
de
Gestão
Ambiental, juntamente com a
Administração dos RUs e as
Prefeituras
Universitárias,
implantará um novo coletor a
partir do próximo semestre. Esse
coletor, desenvolvido pela Prefeitura do Campus Saúde, tem um
cano de PVC adaptado à tampa
da lixeira que permite apenas o
descarte de copos. Paralelamente, será lançada uma ampla
campanha de divulgação da
coleta seletiva da UFRGS para os
estudantes. Sabemos que todas
as ações que visam a mudanças
culturais são de difícil implanta-
ção, mas no caso da Coleta
Seletiva há uma exigência
legal a cumprir!
A separação dos resíduos
recicláveis descartados pelos
órgãos e entidades da administração pública federal direta
e indireta é regulamentada
pelo Decreto 5.940, de 25 de
outubro de 2006, e, no âmbito
da Universidade, pela Portaria
3.450, de 15 de setembro de
2008. Além disso, trata-se de
uma questão de consciência
Com
atividades
difere
ambiental.
A separação correta
dos resíduos possibilita a
reciclagem dos materiais.
Reciclar é economizar energia,
poupar recursos naturais,
retornar ao ciclo produtivo o
que seria jogado fora e evitar a
contaminação do solo e das
águas.
Tereza Campezatto
Bacharel em Química
Coordenadoria de Gestão Ambiental
Agente Ambiental em Ação
Desde 2005, a UFRGS oferece
cursos de capacitação em
Gestão Ambiental. Inicialmente, pelo Grupo Interdisciplinar
de Gestão Ambiental em parceria com a PROREXT e, desde
2007, com a criação da CGA,
por essa Coordenadoria em
parceria com a PROGESP. Até a
sexta turma, o curso formava
somente agentes ambientais; a
partir da sétima (realizada de
maio de 2009 a junho de 2010),
passou a formar também monitores e certificadores ambientais. A partir desta edição,
Fórum Ambiental conversa
com
agentes
ambientais,
dando visibilidade ao seu
trabalho. Nossa primeira entrevistada é Rosane Stona Carvalho. Formada na 2.ª turma do
então Curso de Formação de
Agentes Ambientais da UFRGS,
Rosane trabalha na Gerência de
Serviços
Terceirizados
GERTE/PROGESP desde 2009.
Fórum Ambiental – Como
começou o teu trabalho com
Gestão Ambiental na UFRGS?
Rosane: As minhas primeiras
atividades foram em relação à
segregação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis,
não recicláveis, biológicos e
químicos da Faculdade de
Odontologia, onde eu trabalhava na época.
FA – Como é que se deu a tua
ida para a GERTE?
R – Como agente ambiental,
eu trabalhava as questões
ambientais com o pessoal da
limpeza na Odonto. As colegas
da GERTE iam lá para implantar
as rotinas de limpeza, e nós
começamos a trabalhar em
conjunto. No ano passado, veio
o convite para eu compor a
equipe.
FA - A GERTE e a CGA tm uma
parceria. Em que consiste?
R - Toda vez que inicia um
contrato de prestação de servi-
ço terceirizado na UFRGS, a
GERTE e a CGA fazem uma
atividade para integração. Essa
atividade é focada no objeto do
contrato do grupo que está
entrando, a fim de que eles
adotem procedimentos adequados. O pessoal da limpeza, por
exemplo, recebe informações
sobre a coleta seletiva. O pessoal
da elétrica é orientado, entre
outras coisas, a, no momento em
que troca a lâmpada, colocar a
velha na embalagem em que
veio a nova e levá-la ao depósito
que há em cada campus. E assim
por diante.
FA – Qual é o papel dos prestadores de serviço de limpeza no
fluxo da coleta seletiva?
R – Eles fazem a coleta e o transporte dos resíduos recicláveis e
não recicláveis até os coletores.
Eles não fazem a separação. A separação cabe aos usuários:
técnicos-administrativos, professores, alunos e os outros terceiri-
zados .
FA – A GERTE e a CGA também
têm um projeto de Compras
Ecoeficientes.
R – Este é um projeto-piloto
que está em teste na Faculdade de Arquitetura com o
objetivo de reduzir o impacto
ambiental dos produtos de
limpeza, o consumo de água e
de luz, e o tempo empregado
para a realização dos serviços.
Estamos na fase inicial, fazendo a medição da quantidade
de produtos utilizados, atualmente, nas rotinas, e, posteriormente, testaremos os
produtos
biodegradáveis.
Após a análise dos resultados,
haverá a possibilidade de
estender esse projeto para
toda a Universidade.
Se você é agente ambiental e está
desenvolvendo algum trabalho em
sua unidade que queira compartilhar, entre em contato com a CGA.
Fórum Ambiental
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Espaço dos Bolsistas
Com Atividades Diferenciadas, Aprender é Diversão
O projeto “As Questões
Ambientais – Divulgação de
seus Aspectos Científicos e
Tecnológicos” faz parte do
programa
de
Educação
Ambiental,
desenvolvido
pela CGA com apoio da
PROGESP e da PROREXT. O
assunto ‘ambiente’ é trabalhado com alunos de 5º ano
em duas escolas municipais
da Vila Santa Isabel, em
Viamão. Desde o começo da
segunda fase do projeto, no
início de 2010, já foi abordada boa parte das questões
teóricas que envolvem os
cinco assuntos principais do
projeto: Resíduos Sólidos,
Recursos Hídricos, Qualidade
do Ar, Biodiversidade e
Alimentação
Saudável.
Dando sequência à ideia
inicial – seguir as datas
estipuladas pela Organização
Pan-Americana de Saúde
(OPAS) – várias atividades
foram
planejadas
para
apresentar essas questões de
forma mais dinâmica, envolvendo, além dos próprios
alunos, pais e professores.
A primeira data é o Dia Interamericano de Limpeza e
Cidadania (DIADESOL), comemorado de forma descentralizada em todo o Estado durante
o mês de setembro. Contudo,
para as escolas envolvidas no
projeto, foi organizada uma
feira de exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos
alunos. Cada turma deu nova
utilidade a materiais recicláveis
que iriam para o lixo: instrumentos musicais (Escola Alberto Pasqualini) e jogos (Escola
Anita Garibaldi). No dia 17 de
setembro, às 15h, a Escola
Alberto Pasqualini recebeu,
para prestigiar a feira, alunos,
pais, professores e representantes da Prefeitura de Viamão.
Outro evento importante é o
Dia Interamericano da Água, o
qual se tornou, no Estado, a
Semana da Água. Este ano, o
calendário da Semana da Água
contou com a atividade ‘Água
na Escola’, que ocorreu no
início de outubro nas escolas
Anita Garibaldi e Alberto
Pasqualini.
Essa atividade divulgou os
problemas da poluição dos
recursos hídricos – bem como a
sua importância – para pais,
professores e demais alunos
das escolas. Houve apresentações de cenas teatrais com a
temática “um dia sem água” por
grupos formados pelos alunos
e uma palestra para pais e
professores com o engenheiro
civil Paulo Robinson Samuel.
Além das atividades realizadas nas escolas, foi oferecida
uma oficina no XI Salão de
Extensão da UFRGS para
professores e demais interessados. Essa oficina foi ministrada pela coordenadora do
projeto, Andrea P. Loguercio, e
por estagiários, graduandos
de Engenharia Ambiental. Na
ocasião, foi exibido um vídeo
(resultado da parceria entre
CGA e FABICO), mostrando a
importância do projeto na
visão de diretores, professores
e alunos das escolas.
Amanda W. Fadel
Estudante de Engenharia
Ambiental, Bolsista Coordenadoria de Gestão Ambiental
Melhorias no Projeto LAIA
Ao trabalhar com gestão,
seja ela empresarial ou pública, de negócios ou ambiental, percebe-se que a melhoria contínua dos procedimentos e processos responsáveis pela aplicação das
suas ferramentas, ou até
mesmo a melhoria da própria
ferramenta, torna-se parte da
rotina de trabalho, pois o
sistema conduz à autoavaliação. Coerentemente, também as tabelas de LAIA
(Levantamento de Aspectos
e Impactos Ambientais) que
estão sendo utilizadas nas
Unidades Acadêmicas e
Administrativas da UFRGS
têm sido adaptadas à
dinâmica da Universidade e
às suas necessidades.
As ferramentas do projeto –
“Tabela de Pontuação” e
“Tabela Geral” – sofreram
alterações. Na tabela de pontuação, a descrição do índice que
determina a gravidade do
impacto ambiental foi detalhada, o que a tornou mais clara
aos usuários. Já na tabela geral
foram adicionadas novas
causas potenciais. Algumas
ligadas a novos impactos e
aspectos ambientais, como a
falta de utilização de critério
LEED (que qualifica construções como prédios verdes –
Greenbuilding); outras, ligadas
aos já existentes, como o armazenamento de produtos químicos em local adequado. Além
disso, foram feitas mudanças
nas ações recomendadas de
algumas causas potenciais,
como a de resíduos pérfurocortantes, que passou a ser
“destinar de acordo com a
contaminação”.
A "Tabela Geral" possui as
causas potenciais que podem
ser encontradas nas Unidades,
por isso, ao iniciar o diagnóstico em novos locais, adotamos,
na utilização dessa tabela, o
procedimento de eliminação
das causas potenciais que não
ocorram no local em questão,
ou mesmo podemos pontuar
de forma diferenciada se a
alguma delas já tiver sido dado
algum
encaminhamento
anterior ao levantamento. Tais
modificações, embasadas na
própria experiência de trabalho da CGA no projeto LAIA, já
estão sendo aplicadas e sua
avaliação ocorrerá ao natural,
ao longo do tempo, pois a
melhoria contínua é uma
prática intrínseca à gestão
ambiental da Universidade. A
tabela atualizada está disponível no sítio da CGA:
http://www6.ufrgs.br/sga/tabe
la_modelo.html e no ambiente
“Gestão Ambiental da UFRGS”
do Moodle.
Márcio Sgarbi
Estudante de Engenharia
Ambiental, Bolsista Coordenadoria de Gestão Ambiental
Fórum Ambiental
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Notícias
Em parceria com a PUCRS e a Panvel Farmácias, a UFRGS participa do Programa Destino Certo. A campanha orienta a não jogar
os medicamentos vencidos no lixo comum,
porque eles contaminam a água e o solo.
Eles devem ser levados à Farmácia Popular,
gerenciada pela Faculdade de Farmácia da
UFRGS, ou a algumas das farmácias da rede
Panvel. De lá serão encaminhados a uma
empresa especializada, que fará o descarte
correto. Os medicamentos que estiverem
dentro do prazo de validade podem ser
doados no Hospital Militar ou na Igreja do
Rosário.
A CGA realizou, em parceria com a Progesp,
de maio de 2009 a junho de 2010, a sétima
edição do Curso de Capacitação em Gestão
Ambiental. Os servidores que concluíram o
terceiro módulo do curso foram habilitados
Monitores Ambientais e poderão monitorar a
implantação do Sistema de Gestão Ambiental em suas unidades. Os que concluíram o
quarto foram habilitados Agentes Ambientais e ajudarão a implantar o SGA nas unidades. E os que concluíram o quinto módulo
(oferecido para Agentes Ambientais desta e
das turmas anteriores) foram habilitados
Certificadores Ambientais, ficando capacitados a avaliar o processo de gestão dos
espaços físicos da UFRGS.
Representando a UFRGS, a CGA participou da
organização da 17.ª Semana Interamericana
da Água e 10.ª Semana Estadual da Água
promovidas pela Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RS).
Uma das atividades realizadas por esta Coordenadoria foi o Seminário Barragem Mãe
d'Água, dia 30 de setembro no IPH. A referida
barragem, localizada em uma sub-bacia do
arroio Dilúvio, no Campus do Vale, recebe
diariamente esgoto e diversos outros resíduos oriundos da Vila Santa Isabel, do município de Viamão. O Seminário concluiu que
deverá ser realizado um projeto para a
gestão de recursos hídricos dessa sub-bacia e
que deverá ser montado um comitê para ela.
A Gráfica da UFRGS tem dois projetos para
aproveitamento de material reciclável. O
Laboratório de Reciclagem de Papel, que
utiliza aparas resultantes do seu trabalho
para o desenvolvimento de produtos. E o
projeto "Bloco do Lixo", que visa à confecção de capas de blocos e cadernetas, entre
outros materiais, a partir da reutilização de
banners. A comunidade universitária pode
colaborar para o sucesso desse projeto,
encaminhando para a Gráfica os banners
que não serão mais aproveitados. O
excedente do trabalho será encaminhado à
ATUT – Associação dos Trabalhadores da
Unidade de Triagem do Hospital Psiquiátrico São Pedro. A Gráfica está localizada no
Campus Saúde – Rua Ramiro Barcelos,
2.500, telefone: 3308.5508.
Além do módulo 4 do Curso de Formação de
Gestores Ambientais iniciado em 2009 (que
confere Habilitação de Agentes Ambientais)
e da primeira turma do Curso de Habilitação
de Certificador Ambiental, a CGA realizou,
este ano, em parceria com a Progesp, as
seguintes Ações de Capacitação: Fundamentos em Gestão Ambiental; Tópicos Avançados em Gestão Ambiental; Habilitação em
Monitor Ambiental; Gestão Ambiental na
UFRGS; Curso Saúde e Segurança no Trabalho – Palestra: Gestão Ambiental na UFRGS;
Gestão de Resíduos Biológicos; Treinamento
sobre Classificação, Coleta e Rotulagem de
Resíduos Químicos de Laboratório; Introdução à Proteção Radiológica – Aspectos de
Segurança para Não Usuários; Coleta Seletiva; Levantamentos de Aspectos e Impactos
Ambientais na UFRGS; e Compostagem.
A Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN) realizou inspeções, dias 14 e 15 de
outubro, em Unidades da UFRGS que empregam ou armazenam materiais radioativos.
Por designação do Gabinete do Reitor, a CGA
e o Serviço de Proteção Radiológica acompanharam os técnicos em visitas agendadas
com os diretores do Centro de Biotecnologia,
da Escola de Engenharia e dos Institutos de
Química, Biociências, Ciências Básicas da
Saúde e Pesquisas Hidráulicas. A CGA solicitará aos diretores dessas Unidades a designação de representantes para constituírem
uma comissão que, juntamente com o SPR,
responderá ao relatório da inspeção a ser
enviado pela CNEN. Essa comissão será
encarregada, também, de manter um acompanhamento constante da aplicação das
atualizações da legislação.
Para comemorar o Diadesol - Dia Interamericano de Limpeza e Cidadania –, que acontece no terceiro sábado de setembro, a
ABES/ RS – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, seção RS criou, este ano, o prêmio Harmonia Consciente, destinado aos piquetes do Acampamento Farroupilha que mais se destacaram
pelo cuidado de seus resíduos e pela limpeza tanto do piquete quanto do acampamento. Entre os cinco piquetes premiados,
está o Amizade Campeira, formado por
quatro servidores da UFRGS: Gilberto Rodrigues, da ESEF, Francisco Rosa, da DCF/
Proplan, Camilo do Canto, da Suinfra, e
Fábio Rosa, da Faculdade de Direito. A CGA
orgulha-se do feito.
A CGA participou de três sessões coordenadas do Salão de Extensão da UFRGS deste
ano com os trabalhos: Gestão de Aspectos e
Impactos Ambientais no SENGE (Sindicato
dos Engenheiros do RS), Implantação do
Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Construção Civil na UFRGS e Gestão
Ambiental de Resíduos Biológicos na UFRGS.
E promoveu a realização de quatro oficinas:
Caminhos para adoção de compras ecoeficientes na UFRGS; Educação Ambiental no
ensino fundamental - a experiência do
projeto-mãe; Levantamento de aspectos e
impactos ambientais como ferramenta de
gestão ambiental; e Coleta Seletiva.
Pelo terceiro ano consecutivo, a CGA participará do Processo de Avaliação do Programa
Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – Gespública. Esse instrumento reúne
um conjunto de orientações e de parâmetros para avaliar e melhorar a gestão, e tem
como meta propor ações de aperfeiçoamento para alavancar o desempenho institucional. Nos anos anteriores, a CGA foi avaliada
no primeiro dos dois níveis do processo, o de
250 pontos, e, graças ao crescimento da sua
atuação, neste ano, será avaliada em 500
pontos. O evento acontecerá nos dias 17 e
18 de novembro em Porto Alegre.
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Fórum Ambiental
Atitude Ecológica
Você sabia que a maioria dos computadores pessoais desperdiça a metade da
energia que consome? Para diminuir
esse impacto ambiental, você pode
gerenciar as configurações do seu computador. No sistema Windows, em Painel
de Controle / Desempenho e Manutenção / Opções de Energia, por exemplo,
você pode definir que o seu computador
entre automaticamente no estado de
espera após um período específico de
inatividade. Se o tempo de inatividade
for maior, você poderá colocá-lo para
Hibernar. O padrão que adotamos na
CGA é: Desligar o monitor em 5 minutos/
Desligar os discos rígidos: Nunca / O
sistema hiberna: após 1 hora. Além
disso, desligamos o botão do monitor
quando não o vamos utilizar por um
período superior a 15 minutos. Mais
informações em AJA Brasil, parceira do
movimento Climate Savers Computing
Initiative - www.aja.org.br
A Sanwa desenvolveu uma curiosa
impressora que não precisa nem de tinta
nem de toner e é capaz de reciclar seu
próprio papel. A impressora possui um
cabeçote térmico e folhas feitas de
garrafas PET recicladas. Esses papéis
especiais são termoplásticos e podem
ser apagados e usados novamente por
até mil vezes. Dessa forma, os documen-
tos impressos podem voltar à impressora para serem apagados, tornando-se
úteis de novo. A PrePeat RP-3100 começará a ser vendida na Ásia por um preço
equivalente a US$ 5.600. Outra alternativa, bem mais barata, para evitar desperdício ao imprimir é a EcoFont – um tipo
de fonte de web desenvolvido por uma
agência de comunicação holandesa, que
promete economizar cerca de 20% de
tinta dos impressos. A forma encontrada
para a economia foi a inserção de
pequenos círculos dentro da forma da
letra. A Ecofont pode ser baixada diretamente da página:
http://www.ecofont.eu/ecofont_pt.html
“Seis Razões para Cuidar Bem do Planeta
Terra”, publicado em 2008 pela Escrituras
Editora, foi escrito em co-autoria por
Nílson José Machado, professor da Faculdade de Educação da USP, Silmara Rascalha Casadei, pedagoga, e Michele Rascalha, bióloga pós-graduada em Educação
Ambiental pela USP. As ilustrações são da
designer gráfica Vera Andrade. Quarto
livro da série “Seis Razões” – composta
por “Seis Razões para Amar a Natureza”,
“Seis Razões para Cuidar Bem da Água” e
“Seis Razões para Diminuir o Lixo no
Mundo” –, a obra é escrita em linguagem
extremamente poética e bastante informativa. Indicado para pais, filhos e
educadores, levanta questões como o
aquecimento global, a poluição, as espécies ameaçadas de extinção, o uso dos
recursos naturais, em especial da água, o
crescente aumento da população planetária, do consumo e do volume do lixo
produzido. Propõe a consciência
ambiental, o respeito ao ser humano e ao
planeta, a necessidade de caminhos para
uma vida sustentável e equilibrada, além
de divulgar programas e iniciativas em
prol da Terra e de apresentar sugestões e
referências bibliográficas para usar como
fonte de pesquisa e informações.
O respeito à diversidade é um dos princípios
da Ecologia Profunda. Apoiado nessa nova
maneira de ver o mundo e de se relacionar
com ele, o Fórum Ambiental recomenda o
filme “B1 – Tenório em Pequim”, dos estreantes Felipe Braga e Eduardo Hunter Moura.
Filmado no Brasil, França e China, o documentário traz parte da trajetória de Antônio
Tenório da Silva, judoca profissional B1, ou
seja, totalmente cego. Ele é um dos poucos
atletas deficientes visuais a competir tanto
em campeonatos paraolímpicos como em
torneios regulares e é o único tetracampeão
brasileiro da história das paraolimpíadas. O
foco é a preparação do atleta para a disputa
das Paraolimpíadas de 2008, em Pequim.
Isolamento e solidão são alguns dos desafios
enfrentados por ele no projeto inédito de
conquistar uma quarta medalha de ouro em
paraolimpíadas.
Boletim Fórum Ambiental – exclusivamente eletrônico
Conselho Editorial – Darci B. Campani, Guta Teixeira,
Márcia Meira Winckler, Márcia Rodrigues Trein,
Paulo Robinson da Silva Samuel, Tereza Campezatto
Coordenação – Guta Teixeira
Revisão - Antônio Falcetta
Bolsista ( Direção de Arte e Editoração ) - Israel Maciel Damiani
Publicação da Coordenadoria de Gestão Ambiental UFRGS
Rua Luiz Englert, s/nº, Sala 6 - Prédio 12109 (ex-Química)
CEP 90.040-060, Porto Alegre, RS
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Coordenador da CGA – Darci B. Campani
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