UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
INSTITUTO DE ESTUDOS POLÍTICOS
Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutoramento em Ciência Política
e Relações Internacionais: Segurança e Defesa
Caderno do Aluno
Ano Lectivo 2004/2005
Cadeira: Regimes e Sistemas Políticos
Docente: Prof. Doutor Luís Salgado de Matos
Programa
1. Sociedades e formas políticas
2. O Estado
3. A democracia; o Estado de Direito
4. Regimes políticos
5. Partidos políticos
6. Eleições
7. Totalitarismo
8. A mudança política
9. Conclusões
Aos alunos do curso será dada indicação dos seguintes instrumentos de trabalho:
a) Antologia, de acordo com o programa;
b) Manual, contendo boa parte do programa da cadeira (ZIPPELIUS, REINHOLD, Teoria geral do Estado, trad. de António
Cabral de Moncada, pref. de L. Cabral de Moncada, Col. Manuais Universitários, 2ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, 294
pp.);
c) Bibliografia comentada.
Bibliografia Pedagógica
Textos clássicos em português
Inserem-se nesta secção textos de autores clássicos sobre política, disponíveis em português. Entre os clássicos, faltam vários
(Montesquieu e Locke são as principais ausências)
Nem todas as edições citadas têm qualidade universitária.
AGOSTINHO, Santo, A Cidade de Deus, Trad., prefácio, nota biográfica e transcrições de J. Dias Pereira, Fundação Calouste
Gulbenkian, 2 vols., 1991
Excelente tradução da obra política mais influente no pensamento político do medioevo europeu, para o qual cristianizou a
doutrina de Platão.
ARISTÓTELES, Política, ed. bilingue, nota prévia de João Bettencourt da Câmara, pref. e revisão literária de Raul M. Rosado
Fernandes, int. e revisão científica de Mendo Castro Henriques, trad. e notas de António Campelo Amaral e Carlos de Carvalho
Gomes, índices de conceitos e nomes de Manuel Silvestre, Col. Veja Universidade/Ciências Sociais e Políticas, Ed. Veja, Lisboa,
1998, 668 pp.
Clássico indispensável. Excelente edição.
HEGEL, Princípios de filosofia do direito (Grundlinien der Philosophie des Rechts oder Naturrecht und Staatwissenschaft im
Grundrisse), trad. e prefácio de Orlando Vitorino, Guimarães, 1959 (1ª ed.; 4ª ed. 1990)
Obra básica para compreender o pensamento de Hegel. A trad., feita do francês, tem algumas deficiências.
HOBBES, Thomas, Do cidadão, S. Paulo, Martins Fontes, 1992
Um texto importante e esquecido.
HOBBES, Thomas, A natureza humana, introdução, trad. e notas de João Aloísio Lopes, revisão do SPFC (Seminário
Permanente de Filosofia do Conhecimento) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL, Col. Estudos Gerais Série
Universitária Clássicos de Filosofia, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, (1983), 164 pp
Textos marginais ao pensamento político do filósofo mas, ainda assim, interessantes.
PLATÃO, República, trad., introdução e notas de Maria Helena da Rocha Pereira, Manuais Universitários, Edição da Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa, 7ª ed., (1993), 516 pp. índice
Clássico indispensável. Excelente edição.
PLUTARCO, Vidas paralelas (séc. I a.C.), trad. revista por L. Nazaré, Ed. Amigos do Livro, s.d., 326 pp.
ROUSSEAU, Jean-Jacques, O contrato social, prefácio de Fernando Piteira Santos, trad. de Leonaldo Manuel Pereira Brum, Col.
Livros de Bolso, Publicações Europa-América, Mem-Martins, 144 pp.
O prefácio faz a história do texto, um clássico do pensamento da Revolução Francesa.
SALÚSTIO, Conspiração de Catilina (séc. I a.C.), trad. do latim por João Félix Pereira, 1889, 70 + XXXV pp.
TOCQUEVILLE, Alexis de, Da democracia na América (por memória)
Manuais referentes à generalidade do programa da cadeira
Os quatro manuais a seguir citados completam-se. O de Zippelius é particularmente adequado ao programa da cadeira.
BURDEAU, Georges, Traité de Science Politique, Librairie Générale de Droit et Jurisprudence, Paris, Vol. II L’État; 1949, 580
pp.; Vol. III Le statut du pouvoir dans l’Etat, 1950, 620 pp. Vol. IV Les régimes politiques, 1952, 508 pp.
FINER, S.E., Comparative Government (1970), Col. Pelican Books, Allen Lane The Penguin Press, Harmondsworth (UK), 1980,
628 pp.
LOEWENSTEIN, Karl, Teoria de la Constitución (Political power and the government process, 1957), com um novo apêndice
do Autor, trad. e int. de Alfredo Gallego Anabitarte, a partir da 2ª ed. alemã (1969), Col. Demos Ciencia Política, Ed. Ariel,
Barcelona, 620 pp.
ZIPPELIUS, Reinhold, Teoria geral do Estado, trad. de António Cabral de Moncada, pref. de L. Cabral de Moncada, Col.
Manuais Universitários, 2ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, 294 pp. (há uma edição portuguesa, esgotada)
Manuais e obras gerais de sociologia política
Escritos de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas, merecem consideração os seguintes manuais de sociologia política:
ATTALI, Jacques, Les modèles politiques, Col. SUP, PUF, Paris, 1972
BOURDIEU, Pierre, O poder simbólico, trad. Fernando Tomaz, Col. Memória e Sociedade, Difel, 1989, 322 pp.
BOUTHOUL, Gaston, Sociologia da política, Bertrand
COT, Jean-Pierre; MOUNIER, Jean-Pierre, Para uma sociologia política, Bertrand, Lisboa
DOWSE, Robert E.; HUGHES, John A., Sociologia Política, trad. de José Maria Rolland Quintanilla; revisão de Salvador Giner,
Alianza Ed., Madrid, 1982
DUVERGER, Maurice, Sociologie Politique, Col. Thémis, PUF, Paris, várias ed.
LAPIERRE, J.W., A análise dos sistemas políticos, Rolim, Lisboa
MOREIRA, Adriano, Ciência Política, Almedina, Coimbra
PRÉLOT, Marcel, Sociologie Poliqique, Précis, Dalloz, Paris, várias eds.
SCHWARTZENBERG, Roger-Gérard, Sociologia política, Difel, S. Paulo- Rio de Janeiro
Obras de consulta
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola, Dicionario de Politica, «redactores de la edicion en español» José Aricó e Jorge
Tula, Siglo Veinteuno Editores, México-Espanha, 2ª ed., 1982, três vols.
FURET; OZOUF (orgs.), Dictionnaire critique de la Révolution Française Idées, Col. Champs n.º 267, Flammarion, (Paris),
1992, 544 p
Enciclopédia Polis, Ed. Verbo, Lisboa
Revistas especializadas
É indispensável a leitura de revistas especializadas – ou que publicam artigos de sociologia política. São a seguir indicadas
algumas das principais.
Actes de la Recherche en Sciences Sociales
American Political Science Review
American Politics Quarterly
Análise Social
Comparative Political Studies
Journal of Democracy
Journal of Theoretical Politics
Parliaments
Penélope
Political Science & Politics
Political Studies
Political Theory
Pouvoirs
Revue Française de Science Politique
Revue Internationale des Sciences Sociales
Sociedade e formas políticas
ABELES, Marc, Poder Sociedade Simbólico (Ensaio de Antropologia Política) Elementos de Bibliografia, trad. de António José
Massano, Textos de Antropologia, n.º 1, A Regra do Jogo, 64 pp.
Análise teórica do político em sociedades não europeias.
ALMOND, Gabriel A.; VERBA, Sidney, The civic culture Political attitudes and democracy in five nations, Princeton
University Press, Princeton, Nova Jérsia (EUA), 1962, 558 pp.
Texto clássico sobre a noção de «cultura política».
BALANDIER, Georges, Anthropologie politique, Col. Le Sociologue, 3ª ed., PUF, (Paris), 1978, 244 pp.
Manual clássico de antropologia política.
BOULDING, Kenneth E., La economia del amor y del temor Una introducion a la economia de las donaciones, trad. de Isabel
Verdeja Lizama, Col. Alianza Universidad n.º 169, Alianza Editorial, Madrid, 1976, 164 pp.
Crítica da noção de troca como conceito operativo central das ciências sociais.
BOURDIEU, Pierre, «L’opinion publique n’existe pas», em Les Temps Modernes, Janeiro de 1973, pp. 1292-1308, trad. e
adaptação em MATOS, LUÍS SALGADO DE; GAGO, JOSÉ SERRAS; SERRA, JOÃO B., Textos de Política, Lisboa, Armazém
das Letras, 1977, 440 pp.
Crítica da noção empírica de «opinião pública».
DUMÉZIL, Georges, Mythe et épopée L'idéologie des trois fonctions dans les épopés des peuples indo-européens, Bibliothèque
des Sciences Humaines, Éditions Gallimard, (Parias), 4ª ed., 1969, 660 pp.
Textos básicos sobre a teoria das «três funções».
DUMÉZIL, Georges, Mythes et dieux des indo-européens, textos reunidos e apresentados por Hervé Coutau-Bégarie, Col.
Champs-L’Essentiel, Flammarion, (Paris), 1992, 322 pp.
Síntese das numerosas obras do autor sobre a teoria das «três funções».
FORTES, M.; Evans-Pritchard, E. E., Os sistemas políticos africanos (1940), trad. de Teresa Brandão, Col. Manuais
Universitários, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, (1981), 526 pp.
Texto clássico de antropologia política.
GIRARD, René, Des choses cachées depuis la fondation du monde (1978), «recherches avec Michel Oughourlian et Guy Lefort»,
Col. Biblio, Essais, Ed. Le Livre de Poche, s.d., 640 pp.
Síntese do pensamento do autor, centrado nas noções de «mimetismo» e «crise sacrificial».
RODRIGUES, D. António dos Reis, Doutrina social da Igreja Pessoa sociedade e Estado, Ed. Rei dos Livros, 1991, 208 pp.
Síntese da doutrina da Igreja Católica sobre a sociedade.
WEBER, Max, Politik als Beruf (1926), Reclam, Estugarda, 1992, 96 pp. (há trad. portuguesa WEBER, MAX, O político e o
cientista, introdução de Herberto Marcuse, trad. de Carlos Grifo, Biblioteca das Ciências Humanas, n.º 1, Ed. Presença, s.d., 192
pp
Colectânea de dois textos curtos que são a melhor síntese do pensamento político do autor.
WEBER, Max, Wirtschaft und Gesellschaft Grundriss der verstehenden Soziologie (1921-1925), org. de Johannes Winckelmann,
5ª ed. revista, J.C.B. Mohr (Paul Siebeck), Tubinga, 948 pp. (versão inglesa: The theory of social and economic organization,
org., pref., int. e notas de Talcott Parsons, trad. de A. M. Henderson e Talcott Parsons, The Free Press e Collier Macmillan, Nova
Iorque-Londres, 1964, 436 pp.; versão francesa: Économie et société, trad. dirigida por Éric de Dampierre, Col. Recherches en
Sciences Humaines, ed. Plon, Paris, 654 pp.
Obra de fundo sobre a sociedade e a política.
O Estado
BUSINO, Giovanni, Guida a Pareto Un’antologia Per una teoria critica delle scienze della società, Col. Biblioteca Universale
Rizzoli L26, Rizzoli, Milão, 416 pp.
Apresentação e antologia de um autor frequentemente proscrito mas cuja teoria das élites foi uma das mais influentes do século
XX.
BURDEAU, Georges, O Estado, Trad. Cascais Franco, Col. Saber, Publicações Europa-América, Mem-Martins, 1981, 202 pp.
Texto de divulgação, muito claro; traça uma panorâmica do assunto.
COLEMAN, Janet, The individual in political theory and practice, Col. «The origins of the modern State in Europe 13th to 18th
centuries), European Science Foundation, Clarendon Press, Oxford, 1996, 398 pp.
Estudo de história do pensamento político.
EISENSTADT, S.N., The political systems of Empires (1963), nova introdução do Autor, ed. Transaction, New Brunswick e
Londres, 1993, 524 pp.
Texto clássico sobre os impérios.
BALIBAR, Etienne; WALLERSTEIN, Immanuel, Race Nation Classe Les identités ambigues, Ed. La Découverte, Paris, 1988,
312 pp.
Tentativa de abordagem marxista de conceitos que ela geralmente menospreza.
BOURDIEU, Pierre, «La représentation politique. Éléments pour une théorie du champ poitique», Actes de la recherche en
sciences sociales, n.º64, Setembro de 1986 (trad. port. em BOURDIEU, O poder simbólico)
Crítica da teoria clássica da representação-mandato.
O Estado em discussão, Edições 70, 1981, 165 pp.
Conjunto de estudos sobre o Estado na perspectiva do marxismo estruturalista francês dos anos 70. A versão original foi
publicada pela revista francesa «Dialectiques». Contribuições, entre outros, de E. Balibar, Ch. Buci-Glucskman, Georges Labica,
N. Poulantzas.
Estado-Guerra Enciclopédia Einaudi Volume 14, Coordenação da edição portuguesa de Fernando Gil, Imprensa Nacional-Casa
da Moeda, Lisboa, 1989, 400 pp.
Conjunto de ensaios reunindo boa parte da reflexão filosófica actual europeia sobre a temática do Estado.
FUKUYAMA, Francis, The end of history and the last man, Penguin Books, Harmondsworth, 1992, 424 pp. Interpretação neohegeliana da queda do comunismo russo como construção de um Estado mundial liberal-democrático.
GELNER, Ernest, Nações e nacionalismo (1983), trad. de Inês Vaz Pinto e revisão científica de Manuel Villaverde Cabral, Col.
Trajectos n.º 18, Gradiva, Lisboa, 1993
Um antropólogo e filósofo social de origem centro-europeia analisa os fenómenos da nação e do nacionalismo, em ensaios
brilhantes. Excelente edição.
GERTH, H. H.; MILLS, C. WRIGHT (organizadores), From Max Weber Essays in sociology, tradução e introdução dos
organizadores, International Library of Sociology and Social Reconstruction, Routledge & Kegan Paul, Londres e Boston, 1974,
506 pp.
Excelente síntese do pensamento do autor antologiado.
HABERMAS, Juergen, Legitimation Crisis, trad. e introdução de Thomas McCarthy, Heineman, Londres, 1976, 166 pp.
A melhor síntese do pensamento político do autor.
KELSEN, Hans, Teoria geral do Estado, trad. de Fernando de Miranda, Col. Studium, Arménio Amado, Coimbra, 2ª ed., 1945
Síntese clássica da teoria neo-positivista do Estado.
HESPANHA, António Manuel, Poder e instituições na Europa do Antigo Regime Colectânea de Textos, Col. Manuais
Universitários, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, (1984), 548 pp.
Antologia, abrangendo autores portugueses, particularmente interessante para a problemática da transição do Estado renascentista
para o Estado contemporâneo.
NOZICK, Robert, Anarquia Estado e Utopia, trad. de Ruy Jungmann, Ed. Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 1991, 396 pp.
Clássico contemporâneo de filosofia do Estado, em perspectiva individualista e minimalista.
RAWLS, John, Uma teoria da justiça (1971), trad. de Carlos Pinto Correia, pref. do autor para a ed. portuguesa, Col.
Fundamentos n.º 1, Ed. Presença, 1993, 452 pp.
Clássico contemporâneo; tentativa de actualização do conceito de justiça kantiano.
ROSANVALLON, Pierre, L’État en France de 1789 à nos jours, Col. Points Histoire n.º 172, Ed. do Seuil, (Paris), 1992, 378
pp.
Descrição do alargamento das funções do Estado, sobretudo a partir do caso francês.
SMITH, Anthony D., Identidade nacional, Gradiva
Excelente texto sobre a problemática da «nação».
Formação histórica do Estado europeu
ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absoluto, trad. Telma Costa, Col. Biblioteca das Ciências do Homem História n.º 3,
Ed. Afrontamento, Porto, 1984, 644 pp.
Análise marxista da origem da forma de Estado qualificada de «absoluto» ou «absolutista»; obra muito informativa.
BADIE, Bertrand; BIRNBAUM, Pierre, «Sociologie de l’Etat revisitée», Revue Internationale des Sciences Sociales, Junho de
1994, n.º 140, pp. 189-204. Excelente síntese da bibliografia sobre o tema.
BENDIX, Reinhard, Kings or people Power and the mandate to rule (1978), University of California Press, Berkeley - Los
Angeles - Londres, 1980, 692 pp
Excelente e discutível síntese do fenómeno do poder político, nas diferentes civilizações e ao longo dos tempos. Obra muito
informativa.
BENDIX, Reinhard, Nation-building and Citizenship Studies of our changing social order (1964), nova ed. alargada, University
of California Press, Berkeley - Los Angeles - Londres, 1977, 450 pp.
Estudo precursor da análise comparada dos sistemas políticos historicamente considerados.
CASSIRER, Ernst, The myth of the State (1946), Yale University Press, 14ª impressão, New Haven e Londres, 1979, 308 pp.
Crítica neo-kantiana da estatolatria fascista e nazi.
COULANGES, Fustel de, La cité antique (1864), pref. de François Hartog, Col. Champs n.º 131, Flammarion, (Paris), (1984),
494 pp. (há trad. Portuguesa)
Obra clássica sobre as transformações políticas em Grécia e Roma.
ERTMAN, Thomas, Birth of the Leviathan Building States and Regimes in Medieval and Early Modern Europe, Cambridge UP,
Cambridge (Inglaterra), 1997, 368 pp.
Interessante hipótese interpretativa, remotamente inspirada em Hintze.
FINLEY, Moses I., L’invention de la politique Démocratie et politique en Grèce et dans la Rome républicaine, trad. de Jeanie
Carlier, pref. de Pierre Vidal-Naquet, Flammarion, (Paris), 1985, 222 pp.
Um helenista marxista analisa a instituição da democracia em Atenas.
GREENFELD, Liah, Nationalism: five roads to modernity, Cambridge, Harvard UP, 1992, XII + 581 pp.
Estudos de vários processos de instituição do Estado moderno europeu e americano, privilegiando o modelo anglo-saxónico.
HESPANHA, António Manuel, As vésperas do Leviathan Instituições e poder político Portugal - séc. XVII, Livraria Almedina,
Coimbra, 1994, 686 pp.
Descrição e análise minuciosas das instituições do Estado dito «absoluto».
HESPANHA, António Manuel, História das instituições. Épocas medieval e moderna, Livraria Almedina, Coimbra, 1982, 572
pp.
Excelente história das instituições políticas.
HINTZE, Otto, Staat und Verfassung Gesammelte Abhandlungen zur allgemeinen Verfassungsgeschichte, int. de Fritz Hartung,
org. de Gerhard Oestreich, 3ª ed. revista e aumentada, Vandenhoeck & Ruprecht, Göttingen (Alemanha), 1970, 588 pp.
Texto clássico, de matriz weberiana, sobre a instituição do Estado europeu.
MOORE JR, Barrington, Social origins of dictatorship and democracy Lord and peasant in the making of the modern world
(1966), Peregrine Book, Penguin Books, Harmondsworth (UK), 1969, 560 pp. (há tradução portuguesa: As origens sociais da
ditadura e da democracia Senhores e camponeses na construção do mundo moderno, Col. Coordenadas n.º 3, Ed. Cosmos,
(1975), 632 p.)
Tentativa de explicação das grandes formas políticas do século XX (democracia representativa, fascismo, comunismo) em função
da mudança das estruturas sociais, sobretudo rurais. Passou a ser um clássico – ainda que discutido.
MOSSÉ, Claude, Politique et société em Grèce ancienne Le «modèle athénien», Col. Champs n.º 438, Flammarion, s.l., s.d., 244
pp.
Análise e descrição da política da Grécia clássica.
MOUSNIER, Roland, Monarchies et royautés de la préhistoire à nos jours, Col. Pour l’Histoire, Librairie Académique Perrin,
Paris, 1989, 276 pp.
História universal das monarquias, favorável ao objecto estudado; muito informativo.
POGGI, Gianfranco, The development of the modern State A sociological introduction, Hutchinson University Library,
Hutchinson, Londres, 1978, 176 pp.
Tentativa de análise sociológica da instituição do Estado moderno.
TILLY, Charles; BLOCKMANS, Wim. P. (orgs.), Cities and the rise of States in Europe A.D. 1000 to 1800, Westview Press,
Boulder-San Francisco-Oxford, 1994, 290 pp.
Ensaios sobre o papel das cidades na instituição do Estado moderno.
A democracia; o Estado de direito
BURDEAU, Georges, A Democracia Ensaio sintético, Col. Saber, Publicações Europa-América, Mem-Martins, 1962, 133 p
Texto de divulgação, muito claro; traça uma panorâmica do assunto.
DAHL, Robert A., Democracy and its critics, Yale University Press, Nova York e Londres, 1989, 398 pp.
Texto fundamental de interpretação e defesa da teoria democrática.
GELNER, Ernest, Condições da liberdade, Gradiva, Lisboa, 1995
Ensaio sobre os pressupostos e as condições da liberdade política.
LIJPHARDT, Arend, As democracias contemporâneas, Gradiva, 1989
Estudo sintético do funcionamento das democracias contemporâneas, escrito na perspectiva da ciência política.
MANIN, Bernard, Principes du gouvernement représentatif, Col. Champs n.º 349, Flammarion, (Paris), (1996), 320 pp.
Teorização do princípio de distinção como essencial ao funcionamento da democracia, a partir da história do pensamento político.
MILL, John Stuart, Ensaio sobre a Liberdade, trad. e pref. de Orlando Vitorino, Biblioteca Arcádia de Bolso. Editora Arcádia,
Lisboa, 1964
MILL, John Stuart, O Governo representativo, trad. José Fernandes, Biblioteca Arcádia de Bolso, Editora Arcádia, Lisboa,
(1967), 448 pp. (há trad. universitária brasileira)
Actualização oitocentista da teoria setecentista da democracia, por um grande pensador social inglês.
PITKIN, Hannah Fenichel, The concept of representation, University of California Press, Berkeley-Lon Angeles-Londres, 1972,
328 pp.
História dos conceitos de representação política; tentativa de conceptualização.
POPPER, Karl, «Alguns problemas práticos da democracia», em GIL, FERNANDO (org.), Balanço do século Ciclo de
conferências promovido pelo Presidente da República, Col. Estudos Gerais Série Universitária, Imprensa Nacional - Casa da
Moeda, Lisboa, (1990), 272 pp.
Texto que sintetiza o pensamento do autor sobre a democracia.
ROSANVALLON, Pierre, Le sacre du citoyen Histoire du suffrage universel en France, Bibliothèque des Histoires, Gallimard,
(Paris), 1992, 504 pp.
É uma das raras tentativas de conceptualizar o papel do sufrágio universal. Centrado em França.
SARTORI, Giovanni, Théorie de la démocratie, trad. de Christane Hurtig a partir da 2ª ed. italiana de Democrazia e definizione
(1958) e da ed. de bolso americana, revista (1965), pref. de Serge Hurtig, Col. Analyse Politique, Librairie Armand Colin, (Paris),
s.d., 402 pp.
Uma das mais interessantes fundamentações modernas da teoria democrática.
SCHUMPETER, Joseph A., Capitalisme, socialisme et démocratie (1942), trad. de Gaël Fain, Col. Petite Bibliothèque Payot n.º
55, Payot, Paris, 434 pp.
Livro precursor da análise do político em termos de concorrência.
TULLOCK, Gordon, «Is there a paradox of voting?», Journal of Theoretical Politics, Vol. 4 n.º 2, Abri1 de 1992
Visão crítica do paradoxo de Condorcet.
Regimes políticos
N. b. Ver «Manuais referentes à generalidade do programa da cadeira»
COLLIARD, Jeanclaude, Les régimes parlementaires contemporains, Presses de la Fondation Nationale de Sciences Politiques,
Paris, 1978
Excelente estudo sobre os regimes parlamentares depois da Segunda Guerra mundial.
DUVERGER, Maurice, Xeque-mate Análise comparativa dos sistemas políticos semi-presidenciais, Lisboa, Rolim, 1978
Exposição de uma proposta de novo regime político, o semi-pr4sidencial (no qual o governo depende da assembleia eleita e do
presidente eleito por sufrágio directo).
FINER,S. E., The history of government from the earliest times, Oxford University Press, 1997, 1701 pp; vol. I Ancient
monarchies and empires; vol. II The intermediate ages; vol. III Empires, monarchies and the modern State
Síntese histórica dos regimes políticos não só europeus mas também de outras civilizações. É uma enciclopédia política, em
particular de história.
BAGEHOT, Walter, The English Constitution (1867), int. de R. H. S. Crossman, Col. Fontana Classics of History and Thought,
Collins/Fontana, 1972, 312 pp.
Análise do parlamentarismo britânico na sua forma clássica. A introdução de Crossman é um clássico moderno sobre o «governo
de primeiro-ministro»
Partidos políticos
BEYME, Klaus Von, Los partidos politicos en las democracias occidentales, Madrid, Centro de Investigaciones Sociologicas,
1986 Análise fundamental sobre a relação entre os partidos políticos e o parlamentarismo
CHARLOT, Jean, Os partidos políticos, Col. Temas Políticos, n.º 1, Parceria António Maria Pereira, Lisboa, 1974, 400 pp. (há
ed. Ed. Universidade de Brasília, 1982)
Excelente antologia, ainda que datada e servida por uma tradução irregular.
DUVERGER, Maurice, Les partis politiques (1951), Armand Colin, Paris, 1973, 476 pp. [há trad. portuguesa «Os Partidos
Políticos» (6ª ed. francesa), trad. de Cristiano Monteiro Oiticica e revisão técnica de Gilberto Velho, Zahar Editores Universidade
de Brasília, s.l., 1980]
Texto clássico na análise moderna dos partidos políticos.
LOPES, Francisco Farelo; FREIRE, André, Partidos políticos e sistemas eleitorais: uma introdução, Celta, 2002
Bom resumo dos assuntos referidos no título.
KIRSCHHEIMER, Otto, «The transformation of the Western European party systems», em Political Parties and Political
Development, org. por Joseph Lapalombara e Myron Weiner, Princeton, Princeton University Press, 1972, pp. 177-200
Texto decisivo para a compreensão dos partidos políticos norte-atlânticos na segunda metade do séc. XX.
HENIG, Stanley (org.), Political Parties in the European Community, George Allen & Unwin Policy Studies Institute, Londres,
1979
Obra descritiva
LAPALOMBARA, Joseph; WEINER, Myron (organizadores), Political parties and political development, Princeton, Princeton
University Press, 1972
Colectânea de estudos que fez época.
LOPES, Fernando Farelo; FREIRE, Partidos políticos e sistemas eleitorais Uma introdução, Celta Editora, Lisboa, 2002
MICHELS, Robert, Les partis politiques Essai sur les tendances oligarchiques des démocraties (1911), pref. de René Rémond,
trad. do Dr. S. Jankelevitch, Col. Science, Flammarion, (Paris), 1971, 314 pp. Há trad. portuguesa.
Aplicação das teorias elitistas na análise dos partidos políticos, tendo como objecto a social-democracia alemã.
OSTROGORSKI, Moisei, La Démocratie et les partis politiques, apresentação e escolha de textos de Pierre Rosanvallon, Col.
Points, Editions du Seuil, Paris, 1979,
Análise dos partidos políticos, acentuando também a clivagem entre dirigentes e dirigidos.
SARTORI, Giovanni, Partidos e sistemas partidários, pref. do autor para a presente ed., apresentação de David Fleischer, trad. de
Waltensir dutra, revisão técnica de António Monteiro Guimarães, Editora Universidade de Brasília e Zahar Editores, Brasília e
Rio de Janeiro [há. trad. em castelhano: Partidos y sistemas de partidos I (1976), trad. de Fernando Santos Fontenla, Col. Alianza
Universidad n.º 267, Alianza Editorial, Madrid, 1980, 416 pp.]
Texto que renovou a análise dos partidos e sobretudo da dinâmica dos sistemas partidários nas democracias representativas.
Famílias de partidos
As obras registadas nestasecção são predominantemente descritivas.
CARR, Edward Hallett, História da Rússia Soviética A Revolução bolchevique (1917-1923 (The Bolshevik Revolution), Ed.
Afrontamento, 1º vol. trad. de António Sousa Ribeiro, 496 pp. índice; 2º vol. trad. de Maria João Delgado, 448 pp. índice, Porto,
1977
História monumental - e benévola - da Revolução Russa e dos anos de formação do Estado Soviético. Apenas está traduzida a
primeira parte. A obra completa está editada em inglês (Penguin Books). Tem muita informação sobre o partido comunista russo.
FOGARTY, Michael P., Historia e ideologia de la democracia cristiana en la Europa Ocidental 1820-1953, Madrid, Tecnos
KRIEGEL, Annie, Um comunismo diferente?, ed. portuguesa
Estudos sobre o «eurocomunismo».
KRIEGEL, Annie, As Internacionais Operárias (1864-1943),
Bertrand, Amadora, (1974), 168 pp.
trad. de M.J.Carvalho, Col. Informação Política, Livraria
Tradução de um livro da colecção « Que sais-je?»
KRIEGEL, Annie, Le pain et les roses Jalons pour une histoire des socialismes, Paris, 1973
Tomando o partido social-democrata alemão como matriz, a autora desenvolve o tema do partido «contra-sociedade» que explica
também os partidos comunistas.
LETAMENDIA, Pierre, La démocratie chrétienne, PUF, 1977
PRÉLOT, Marcel; GALLOUEDEC, F., Le libéralisme catholique, A. Colin, 1969
ROVAN, Joseph, El catolicismo político en Alemania. Historia de la democracia cristiana, Barcelona, 1964
ROVAN, Joseph, História da social-democracia alemã, trad. de Eduardo Saló Perpectivas & Realidades, Lisboa, 1969
SEILER, Daniel-Louis, Partis et familles politiques, Col., Thémis Science Politique, Presses Universitaires de France, Paris, 1980
VAUSSARD, Maurice, Histoire de la démocratie chrétienne, Paris, 1956
Eleições
ARROW, Kenneth A., «Values e collective decision-making» (1967), republicado em PHELPS, Edmund S., Economic justice,
Penguin Modern Economics Readings, Penguin Books, Harmondsworth (UK), 1973, 480 pp.
Texto básico sobre a escolha colectiva.
BRAUD, Philippe, Le comportement électoral en France, Col. SUP Le Politique, Presses Universitaires de France, Paris, 1973
Análise sociológica do comportamento eleitoral.
BUCHANAN, James M.; TULLOCK, Gordon, The calculus of consent Logical foundations of constitutional democracy (1962),
Ann Arbor Paperbacks, The University of Michigan Press, 1997, 362 pp.
Texto fundamental da escola da «escolha racional».
BUTLER, David; PENNIMAN, Howard R.; RANNEY, Austin (organizadores), Democracy at the polls A Comparative study of
competitive national elections, American Enterprise Institute for Public Policy Research, Washington e Londres, 1981, 367 pp.
Colectânea de excelentes ensaios descritivos.
CARDOSO, António Lopes, Os sistemas eleitorais, Ed. Salamandra, 1993, 138 pp.
Um bom resumo dos sistemas eleitorais.
COTTERET, Jean-Marie; EMERIE, C., Os sistemas eleitorais, Trad. de Maria Emília Ferros Moura, Col. Vida e Cultura, Livros
do Brasil, Lisboa, (s.d.), 224 pp
Um bom resumo dos sistemas eleitorais.
CRUZ, Manuel Braga da (org.), Sistemas eleitorais: o debate científico, Instituto de Ciências Sociais, 1988, 300 pp.
Excelente colectânea de textos universitários sobre o sistema eleitoral, elaborados por um dos mais reputados cientistas sociais
dos EUA.
DOWNS, Anthony, An economic theory of democracy (1957), Harper & Row, Nova Iorque, 310 pp.
Obra percursora na aplicação da lógica do «homo economicus» (e da «escolha racional) ao fenómeno político.
GOGUEL, François; GROSSER, Alfred, La Politique en France, Collection U, Armand Colin, Paris, 1975
Descrição das instituições políticas francesas e seu funcionamento.
HERMET, Guy; ROUQUIÉ, Alain; LINZ, Juan J., Des élections pas comme les autres, Presses de la Fondation Nationale des
Sciences Politiques, (Paris), s.d., 182 pp.
Estudo das eleições semi-competitivas e não-competitivas, em regimes autoritários.
LIPSET, Seymour Martin, Consenso e conflito, trad. de Rafael Marques, Col. Trajectos, Lisboa, Gradiva, 1992
Antologia de textos de história política e de sociologia da política.
LIPSET, Seymour Martin, Political Man The social bases of Politics (1960), Anchor Books, Doubleday & Co., Nova Iorque,
1963, 478 pp. (trad. portuguesa: O homem político, Zahar, Rio de Janeiro)
Um clássico moderno sobre a influência dos estratos sociais na vida política.
LOPES, Fernando Farelo; FREIRE, Partidos políticos e sistemas eleitorais Uma introdução, Celta Editora, Lisboa, 2002
MACKENZIE, W.J.M., Elecciones libres, Coleccion de Ciencias Sociales, Editorial Tecnos, Madrid
Um livro antigo mas dando uma visão completa do processo eleitoral.
Nota: Ver o nº especial da Análise Social sobre eleições.
Totalitarismo
ARENDT, Hannah, Le système totalitaire (The origins of totalitarianism, 1951, trad. parcial excluindo os capítulos sobre antisemitismo e imperialismo), trad. de Jean-Loup Bourget, Robert Davreu e Patrick Lévy, Col. Politique n.º 53, Ed. du Seuil, Paris,
318 pp.; há trad. portuguesa
Um texto clássico.
ARON, Raymond, Democracia e totatalitarismo, trad. de Frederico Montenegro, Ed. Presença, 1966, 384 pp.
Uma obra clássica e, no referente à Europa continental, precursora.
BRACHER, Karl Dietrich, The German dictatorship The origins, structure and consequences of nazism (1969), int. de Peter Gay,
trad. de Jean Steinberg, Peregrine Books, Penguin Books, 1978, 688 pp.
Análise histórico-política do nazismo.
BULLOCK, Alan, Hitler and Stalin Parallel lives, ed. corrigida e aumentada, Fontana Press, Londres, 1993, 1158 pp.
As biografias paralelas, da autoria de um grande historiador, revelam o funcionamento de dois dos principais totalitarismos do
século XX.
FEST, Joachim C., Hitler (1973), trad. de Richard e Clara Winston, Penguin Books, Harmondsworth (Inglaterra), 1977, 1230 pp.
A biografia do chefe nazi que é também uma descrição do funcionamento do nacional-socialismo.
GENTILE, Eílio, The sacralization of politics in fascist Italy, trad. Keith Botsford, Harvard University Press, Cambridge (EUA) e
Londres, 1996, 204 pp.
Estudo da ritualização política do fascismo, por um dos mais destacados especialistas do tema.
KAMENKA, Eugene, «Totalitarianism», em GOODIN; PETTIT (orgs.), A companion to contemporary political philosophy
Análise sumária do conceito.
KERSHAW, Ian, Qu’est-ce que le nazisme? Problèmes et perspectives d’ interprétation (1985, 1989), trad. de Jacqueline
Carnaud, Col. Folio Histoire n.º 40, Gallimard, Paris, 1992, 540 pp.
Excelente síntese bibliográfica sobre o nacional-socialismo.
KIRKPATRICK, SIR Ivone, Mussolini Ensaio sobre a demagogia (1964), trad. de Vasco Pulido Valente, Col. História de hoje
n.º 5, Livraria Moraes Editora, Lisboa, 1965, 704 pp.
Biografia clássica, da autoria de um antigo diplomata britânico em Roma, que é simultaneamente uma excelente exposição sobre
o funcionamento do fascismo.
KORNHAUSER, William, The politics of mass society (1959), International Library of Sociology and Social Reconstruction, 4ª
impressão, Routledge & Kegan Paul, Londres, 1972, 258 pp.
Análise da destruição dos corpos intermédios numa sociedade industrial e democrática, bem assim como das respectivas
consequências políticas, a sociedade de massas.
LINZ, Juan J., «Some notes towards a comparative study of fascism in sociological historical perspective», em LAQUEUR,
WALTER (org.), Fascism: a reader’s guide (1976), Penguin Books, Harmondsworth (UK), 1979, 541 pp.
Texto clássico do principal criador da noção de regime autoritário.
NEUMANN, Franz, Behemoth Struktur und Praxis des Nationalsozialismus 1933-1944 (1942, 1944), trad. de Hedda Wagner e
Gert Schäfer, ed. e posfácio de Gert Schäfer, Fischertaschenbücher n.º 4306, ed. Fischer Taschenbuch, Francoforte sobre o Meno,
1993, 816 pp. (há edição em inglês, aliás anterior à alemã)
Um dos mais antigos textos universitários sobre o nazismo no poder, ainda hoje relevante.
TRAVERSO, Enzo (org. e introdução), Le totalitarisme Le XXe siècle en débat, col. Point Essais, Ed. do Seuil, Paris, 2001, 928
pp
Boa introdução à história do conceito seguida de uma excelente antologia.
WOOLF, Stuart, «Fascismo e autoritarismo: em busca de uma tipologia do fascismo europeu», em O Estado Novo Das origens
ao fim da autarcia 1926-1959, vol. I, pp.15-22
Ensaio de aplicação do conceito de «fascismo genérico», tendo em conta o «Estado Novo» português.
A mudança política
AGULHON, Maurice, Coup d’Etat et Repúblique, Col. La Bibliothèque du Citoyen, Presses de Science-Po, Paris, 1997, 98 p.
História política das tentativas de alteração ilegal das instituições políticas na França contemporânea.
ARENDT, Hanna, Sobre a Revolução, trad. de I. Morais, Livraria Moraes Editores, 1971
Ensaio de filosofia política que situa o conceito da revolução no contexto do pensamento político ocidental.
BIANCHI, Gianfranco, Ascensão e queda do fascismo, trad. de Alfredo Margarido, Col. Vida e Cultura, Ed. Livros do Brasil,
s.d., 2º vol.
Descrição pormenorizada do fim do fascismo italiano.
DECOUFLÉ, André, Sociologia das revoluções, Col. Informação Política, Livraria Bertrand, Amadora,
Resumo da problemática, num volume traduzido da colecção «Que Sais-je?».
FINER, S.E., The man on horseback The role of the military in politics, Col. Peregrine Books, Penguin Books, Harmondsworth
(UK), 2ª ed. alargada, 1976, 308 pp.
Categorização e descrição das intervenções militares na política, no séc. XX.
HUNTINGTON, Samuel P., Political order in changing societies (1968), Yale University Press, Yale (EUA), 1973, 490 pp.
Texto fundamental na revitalização do institucionalismo moderno, a partir da análise da transformação política das sociedades em
meados do séc. XX.
HUNTINGTON, Samuel P., The soldier and the state The theory and politics of civil-military-relations (1957), The Belknap
Press of Harvard University Press, Cambridge (EUA), 5ª impressão, 1972, 536 pp.
Estudo sistemático das relações entre a instituição castrense e o Estado europeu e americano, desde a Revolução Francesa a
meados do século passado.
LUSSU, E., Teoria da insurreição, trad. de António José da Silva, Biblioteca Ulmeiro n.º 7, Ulmeiro (distribuição), Lisboa,
(1977), 224 pp.
Um revolucionário italiano estuda as revoluções contemporâneas para benefício dos praticantes. Obra interessante do ponto de
vista analítico.
MALAPARTE, Curzio, Técnica do golpe de Estado, trad. de Maria Gabriela de Bragança, introdução de Luigi Martellini, Col.
Livros de Bolso n.º 386, Publicações Europa-América, Mem-Martins
O escritor e jornalista italiano, um controvertido personagem, produz uma análise precursora das revoluções do século XX,
fazendo-as remontar ao 18 Brumário. Ensaio estimulante e por vezes mitómano.
POULANTZAS, Nikos, A Crise das Ditaduras, Lisboa, 1975
Um marxista estruturalista analisa, em conjunto, o fim do «Estado Novo» português, do franquismo espanhol e dos coronéis
gregos.
SCHMITT, Carl, La Dictadura, trad. do alemão por José Díaz Garcia, Biblioteca de Politica y Sociologia, Ed. da Revista de
Occidente, Madrid, 1968, 344 pp.
SCHMITTER, Philippe C., Portugal: do autoritarismo à democracia, trad. Mariana Pardal Monteiro, Imprensa de Ciências
Sociais, Instituto de Ciências Sociais, Lisboa, 1999, 498 pp.
O politólogo neo-institucionalista norte-americano estuda o «Estado Novo» e a transição portuguesa para a democracia
representativa.
SKOCPOL, Theda, Estados e Revoluções Sociais Análise comparativa da França, Rússia e China, Editorial Presença, Lisboa,
(1985), 384 pp.
Ensaio historiográfico analisando a interacção entre três processos revolucionários e os Estados deles emergentes. Contém uma
breve análise das teorias modernas da revolução.
Algumas obras sobre o regime político português actual
ANTUNES, Miguel Lobo, «A Assembleia da República e a consolidação da democracia em Portugal», Análise Social, 1988, n.º
100, pp. 77-95
Monografia universitária.
COELHO, Mário Baptista (org.), Portugal O sistema político e a Constituição 1974-1987, Instituto de Ciências Sociais, 1989,
1044 pp.
Colectânea de ensaios e estudos de numerosos autores portugueses.
CRUZ, Manuel Braga da, Instituições políticas e processos sociais, Bertrand Ed., 1995
Antologia de ensaios e estudos universitários sobre diversos aspectos do regime político português contemporâneo.
CRUZ, Manuel Braga da, «Sobre o Parlamento português: partidarização parlamentar e parlamentarização partidária», Análise
Social, 1988, n.º 100, pp. 97-125
Monografia universitária.
FERREIRA, José Medeiros, O comportamento político dos militares Forças armadas e regimes políticos em Portugal no século
XX, Col. Imprensa Universitária n.º 93, Ed. Estampa, 1992, 394 pp.
Estudo sobre as intervenções políticas dos militares.
MARTINS, Hermínio, Classe, ‘status’ e poder e outros ensaios sobre o Portugal contemporâneo, pref. de A. Costa Pinto,
Imprensa de Ciências Sociais, Instituto de Ciências Sociais, (Lisboa), 1998, 132 pp.
Inclui o ensaio clássico sobre o «Estado Novo».
MATOS, Luís Salgado de, «As Forças Armadas portuguesas como elemento de um ‘Estado de Ordens’», Análise Social, n.º 141,
1997, p.405-418
Análise teórica da instituição castrense como componente de um Staendesstaat contemporâneo; comentário de uma sondagem de
opinião.
Algumas obras sobre partidos políticos portugueses contemporâneos
As obras a seguir registadas têm carácter universitário e monográfico, sendo mais ou menos extensas.
CABRAL, Manuel Villaverde, «Grupos de simpatia partidária em Portugal: perfil sociográfico e atitudes sociais», Análise Social,
1995, n.º 130
CUNHA, Carlos, «Quanto mais as coisas mudam... Os 75 anos do Partido Comunista Português», Análise Social, 1996, pp.
1021-1032
FRAIN, Maritheresa, PPD/PSD e a consolidação do regime democrático, trad. Alda Figueiredo, Ed. Notícias, Lisboa, 346 pp
FRAIN, Maritheresa, «O PSD como partido dominante em Portugal», Análise Social, 1996, n.º 138, pp. 975-1006
OPELLO, Walter C., «Actividades, papéis e orientações ideológicas de sociais-democratas portugueses: estudo de uma amostra»,
Análise Social, 1982, pp.947-958
ROBINSON, Richard A. H., «Do CDS ao CDS-PP: o Partido do Centro Democrático Social e o seu papel na política
portuguesa», Análise Social, 1996, n.º 138, pp. 951-973
SABLOSKY, Juliet Antunes, «A actividade partidária transnacional e as relações de Portugal com a Comunidade
Europeia», Análise Social, 1996, n.º 138 pp. 1007-1020
STOCK, Maria José, «O centrismo político em Portugal: evolução do sistema de partidos, génese do Bloco Central e análise dos
partidos da coligação», Análise Social, 1985, n.º 85, pp. 45-81
STOCK, Maria José, «A imagem dos partidos e a consolidação democrática em Portugal - resultados dum inquérito, Análise
Social, 1988, n.º 100, pp. 151-161
SOUSA, Marcelo Rebelo de, História do PSD, em curso de publicação (por memória)
SOUSA, Marcelo Rebelo de, Os partidos políticos no direito constitucional português, Braga, Livraria Cruz, 1983
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