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Básica
9912263622/2010 – DR/RS
SIMERS
medica
Ano XIII | Março de 2015 | Nº 67
DEVOLUÇÃO
FÍSICA
CORREIOS
Carlinhos Rodrigues
SARTORI E ARGOLLO
DISCUTEM A SAÚDE
MAIS MÉDICOS - NÚMEROS DO FRACASSO - DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Carreira DE
I N F O R M A T I V O
S I M E R S
|
M A R Ç O
2 0 1 5
PRIMEIRO PASSO
Foto: Lucas Azevedo
Estado e
SIMERS
formam
COMISSÃO
PARITÁRIA
Argollo e Gabbardo selam plano de trabalho
Foto: divulgação Simers
02 • INFORMATIVO SIM ERS • CAR R EIRA D E M ÉD ICO
Comissão Paritária:
PRIMEIRO PASSO para criar
a Carreira Estadual de Médico
O
governo Sartori tomou uma atitude concreta para avançar nas políticas para assegurar assistência médica à população.
O secretário estadual da Saúde, João
Gabbardo, acaba de criar com o Sindicato Médico (SIMERS) uma comissão paritária, visando a
implantação da Carreira Estadual de Médico. Os estudos
já começam em março.
Trata-se do primeiro passo para a interiorização do atendimento no Rio Grande do Sul, reduzindo a concentração
de profissionais em Porto Alegre. A Capital tem hoje, proporcionalmente, quatro vezes mais médicos que a Inglaterra e o Canadá.
O comunicado feito pessoalmente pelo secretário, em 13 de
março, atendeu ao pedido levado diretamente ao governador
recém-empossado José Ivo Sartori, em fim de janeiro, pelo
presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes. Na audiência,
Argollo entregou o modelo de Carreira Médica e ressaltou: “É
preciso começar a fazer, e é urgente.”
No encontro com o secretário estadual, o presidente do
SIMERS reforçou que o Estado tem a chance de ser pionei-
ro na implantação da proposta de carreira específica para
médico, especialmente após a falência do programa Mais
Médicos. O Tribunal de Contas da União (TCU) comprovou
que metade das cidades que receberam os intercambistas
tem menos ou o mesmo número de profissionais.
Gabbardo ressaltou que as dificuldades financeiras do
Estado não impedirão que a comissão paritária trabalhe no
projeto de Carreira Estadual, que segue o modelo que todos
conhecem de juízes e promotores. “Temos de preparar bem o
estudo para que, quando o Estado estiver pronto, possamos
assumir a proposta e colocá-la em prática imediatamente”,
delineou o secretário, que alinhavou a primeira reunião
ainda em março no Sindicato.
Além da frente de trabalho que acaba de ser instaurada
com o governo, o presidente do SIMERS empreende
uma mobilização pelo interior. Argollo está mantendo
encontros com gestores de prefeituras de dezenas de
municípios. “Estamos visitando prefeitos, secretários,
entregando a proposta e mostrando que a Carreira
Estadual de Médico é alternativa para a falta de recursos
municipais para fixar os médicos.”
I N FO RM AT I VO S I M E RS • C A RRE I RA D E M É D I CO • 03
CRONOLOGIA
AGOSTO E SETEMBRO DE 2014
O SIMERS entrega a candidatos ao
governo documento com propostas
para melhorar a saúde pública.
A principal é a criação da Carreira
Estadual de Médico. José Ivo Sartori,
então candidato, foi ao SIMERS
conhecer a proposta.
27 DE JANEIRO DE 2015
Argollo é recebido em audiência,
no Palácio Piratini, pelo agora
PROPOSTA
PIONEIRA
governador, recém-empossado, e
reapresenta a proposta de Carreira
de Médico. Sartori se compromete
a estudar o mecanismo, mesmo
sabendo dos desafios das finanças
de seu governo.
A CARREIRA MÉDICA, SEGUNDO O SIMERS:
A solução que será alvo do estudo da comissão paritária
segue o modelo de carreira de juízes e promotores. Os
profissionais, selecionados por concurso público estadual,
começam a atuar nas pequenas localidades. O mecanismo
garante uma perspectiva real de crescimento aos médicos,
que sabem que poderão ao longo dos anos se transferir a
13 DE MARÇO DE 2015
O secretário da Saúde, João Gabbardo,
reúne-se com o presidente do SIMERS,
na sede da entidade, e sela acordo
para dar início aos estudos visando a
criação da Carreira Estadual de Médico.
centros maiores, assim como tem liberdade para optar por
Comissão Paritária é criada para
permanecer nas regiões onde estabelecem sua atividade. É
definir o funcionamento da carreira. O
a unica forma para evitar a falta de profissionais no interior,
Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a
reduzindo a concentração na capital.
colocar concretamente em andamento.
Porto Alegre tem 8 médicos a
cada 1.000 habitantes, enquanto
o Ministério da Saúde preconiza
1 médico a cada 1.000 habitantes.
A capital tem,
proporcionalmente,
4x mais médicos que a
Inglaterra e o Canadá!
04 • INFORMATIVO SIM ERS • CAR R EIRA D E M ÉD ICO
Nº PMM | Estado
MENOS
MÉDICOS
SP
BA
MG
RS
CE
PR
PE
Números do Ministério da Saúde e de recente inspeção do Tribunal de Contas
MA
da União (TCU) confirmam o que o SIMERS advertiu tão logo o programa Mais
PA
Médicos foi anunciado em 2013. O Mais Médicos não era e não é (a primeira fase
RJ
do pacote eleitoreiro da presidente Dilma comprovou) solução para interiorizar
GO
profissionais. O quadro da distribuição pelos Estados mostra que São Paulo
AM
recebeu SEIS a SETE vezes mais do que Piauí, Rondônia, Paraíba e Rio Grande
SC
ES
do Norte e DEZ vezes mais intercambistas do que Alagoas, Mato Grosso, Mato
PI
Grosso do Sul, Sergipe, Acre, Tocantins, Roraima e Amapá.
RO
PB
x
RN
AL
Número de intercambistas
MT
SP x PI | RO | PB | RN
MS
AC
x
TO
Número de intercambistas
RR
SP x AL | MT | MS | SE | AC | TO | RR | AP
AP
DF
Fonte: Blog do Planalto; IBGE
SE
>> O Jornal Folha de
São Paulo informou, em
6/3/2015, que investigação
do TCU apontou
irregularidades e determinou
medidas contra municípios
que entraram no Mais
Médicos, mas em vez
de aumentarem a oferta
de profissionais,
reduziram ou ficaram
com o mesmo número.
2 – Março 2015
EDITORIAL
A profissão de médico é marcada por um jeito diferente de se relacionar com calendários, agendas e relógios. Enquanto para a maioria
das profissões existem os cinco dias úteis e descanso nos sábados e
domingos, bem como horários convencionais de trabalho, a vida do
médico é repleta de plantões, escalas e sobreavisos que pulverizam
essas convenções. Sabemos desde sempre que esse é um dos desafios quando da escolha pela Medicina, mas seria reconfortante ver
valorizados o esforço e a doação da categoria.
Arquivo SIMERS
LUTA E DEDICAÇÃO PERMANENTES
Reconhecimento que poderia vir dos pacientes, da sociedade e, também, dos governos. O fato é que um novo período se iniciou em 2015
para uma fatia considerável dos poderes Legislativo e Executivo: houve
a renovação dos mandatários para os governos dos Estados, além das
representações nas assembleias estaduais, na Câmara Federal e no
Senado. Trata-se de um momento especial para que os mais de 420
mil médicos do Brasil percebam sua força e estejam atentos ao desempenho destes novos parlamentares e governadores, em especial
no que diz respeito aos compromissos com melhorias na saúde. Aqui
no Estado, há muita preocupação com os atrasos dos repasses aos
municípios, herança deixada pelo governo anterior e, também, com a
situação financeira do IPE-Saúde.
De outra parte, deve ser saudada a sensibilidade de quem escolheu
um médico, professor universitário, de larga experiência administrativa
para coordenar a política de saúde mental gaúcha.
Em sinergia com essa dedicação inalienável ao ser humano – seja ele
médico, colaborador ou integrante da nossa sociedade –, enfatizando a
interiorização e o aprimoramento na gestão, duas práticas do SIMERS.
O maior sindicato médico da América Latina vem atingindo seus objetivos, mas há muito por fazer. E assim seguiremos na luta por mais
investimentos em estrutura de atendimento e na carreira médica. Que
2015 se encerre com mais metas atingidas.
Paulo de Argollo Mendes
Presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul
Março 2015 – 3
HUMOR
EXPEDIENTE
A Vox Medica é uma publicação
do Sindicato Médico do Rio Grande
do Sul.
Rua Cel. Corte Real, 975, Petrópolis
Porto Alegre/RS – CEP 90.630-080
Telefone 51.3027-3737
SINDICATO MÉDICO DO RIO GRANDE DO SUL
DIRETORIA 2013/2015
Diretoria executiva
Presidente: Paulo de Argollo Mendes
Vice-presidente: Maria Rita de Assis Brasil
Secretária-geral: Ana Maria Martins
2ª Secretária-geral: Gislaine S. de Vargas
1º Tesoureiro: André Luiz Borba Gonzales
2ª Tesoureira: Ariadene Beatriz Duarte
Diretoria-geral
Bruno Mendonça Costa, Carlos
Antônio Madalosso, Clarissa Coelho
Bassin, Cristina Helena Targa Ferreira,
Fernando Starosta de Waldemar, Flávio
José Petersen Velho, Francisco Carlos
Luciani, Germano Mostardeiro Bonow,
Gisele Rodrigues Lobato, Jorge Luiz
Eltz de Souza, José P. Rotunno Corrêa,
Marcelo Marsillac Matias, Maurício
Alberto Goldbaum, Pedro Gus, Roberto
Assumpção Gaffrée, Ronaldo Guimarães
Lerch, Volnei Santos Malheiros
Conselho Fiscal
Balduíno Tschiedel, Edmundo Lima
Zagoury, Júlio César Simon, Luiz Roberto
de Fraga Brusch, Rivail Cunha de Abreu
4 – Março 2015
Conselho Consultivo
Airton Getelina, Alcides José Zago,
Aline Ferreira Marcon, André Luis
Kowalski Dias, Aroldo João Schmitt,
Ary Poerscke, Beatriz Valiati, Carlos
Augusto Cornetet Júnior, Carlos
Humberto Cereser, Daniel Leonardo
Boéssio, Dirceu Francisco de Araújo
Rodrigues, Enrique Falceto de Barros,
Fábio Vieira de Faria, Fernando
Ferreira Bernd, Flávio Pechansky,
Giovani Kopacek, Gustavo Vasconcelos
Alves, Henrique Luiz Oliani, Ivan Carlos
Ferreira Antonello, Justo Antero Sayão
Lobato Leivas, Lemuel Silva Paredes,
Luciana Souza Balinhas, Luciane Maria
Barbosa Peixoto, Luiz Fernando Ribeiro
de Menezes, Maria Ângela Bongers
Alexandretti, Mário Golin da Costa,
Mário Lucio Machado, Mário Strelow,
Milton Luiz da Rocha, Nívia Teixeira
de Souza, Nívio Lemos Moreira Júnior,
Oscar Medeiros Blanco, Osvaldo
Catarino Barcellos, Patrícia Miranda
do Lago, Paulo Roberto H. Steger,
Protógenes da Cunha Nunes, Rafael
Alencastro Brandão, Regenio Mahfuz
Herbstrith, Renan Luiz Marchant
Gomes, Rodrigo Marquetoti Esteves,
Rogério de Barros Macedo, Rogério
Wolf de Aguiar, Rudah Jorge, Sérgio
Fabris Júnior, Susilene Mendonça
Gonçalves, Túlio Miguel Schein Wenzel,
Umberto de Oliveira Nunes, Walter Ite
Ardenghi, Wernher Schwanbach
Conselho de Representantes
Alcir Martins Iuppen, Aloyzio Cechella
Achutti, André Avelino Steffens,
Carlos Armando Antonello Difini,
Carlos Roberto Lagomarsino Beck,
Carlos Roberto Pavani Flores, Carlos
Roberto Schwartsmann, César Augusto
Trinta Weber, Charles Pan, Cíntia
Lufchitz Pilczer, Cristiano Carapeto
Francisco, Daniel Heisler Tassinari,
Desidério Fülber, Edmundo Vinícios
Gimenez Persiani, Fernando Aloísio
Faccini Bergmanni, Fernando Luís
Medina Francisco, Flávio Veríssimo
da Fonseca, Geraldo Arthur Bischoff,
Gilberto Luís Federle, Hermes
Wilagran Cattani, Ieda Terezinha da
S. Bataioli, Iolanda Mello de Faria,
Janice Venina Masera Rotava, João
Álvaro Machado Filho, João Carlos
Kabke, Jorge Humberto Frota Tusi,
José Abruzzi Neto, José Accioly Jobim
Fossari, José Francisco Bortolotto,
José Francisco Fagundes Valls, Juliano
Nunes Chibiaque de Lima, Leda Maria
Lazzaretti Silveira, Luciana Slongo
Coiro, Lúcio Borges Barcelos, Marco
Antônio Spolidoro, Mauro Fett Sparta
de Souza, Oly Lobato, Paulo Francisco
de Azeredo, Paulo Ricardo C. Cardoso,
Pedro Bandarra Westphalen, Remir
Brackmann, Renato Menezes de Boer,
Renato Sampaio Azambuja, Rodney
Zinn de Carvalho, Ronaldo Nicanor
Castro e Silva, Sérgio H. Martins Costa,
Telmo Manoel de Souza Cruz
REVISTA VOX MEDICA
Coordenação: SIMERS
Coord. de Comunicação e Marketing:
Silvana Canarim
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Cláudia Barbosa, Juliane Soska,
Katherine Dávila, Melissa Bulegon,
Patrícia Comunello, Pryscila Silva,
Sérgio Schüler e Valentina Osório
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Mendes
Coordenação editorial: Melissa Bulegon
Execução: ALMA DA PALAVRA
Textos: Comunicação SIMERS,
Fernanda Pacheco e Ricardo Bueno
Edição: Fernanda Pacheco
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Hannah Beineke
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Comercialização: EDITORA MERCADO
Paulo Moraes – 51.9128-2888
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Impressão: GRÁFICA E EDITORA PALLOTTI
Tiragem: 26 mil exemplares
Última atualização: 23/2/2015
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SELO FSC
CADERNO
LUTAS
CAPA
Argollo visita Sartori para
debater a agenda da saúde
no Estado
6
DELEGADOS REGIONAIS
Demandas e preocupações
do interior estão sempre
na pauta do SIMERS
12
44
46
MAIS MÉDICOS
Ministério da Saúde libera
lista de tutores e supervisores
do programa
SEÇÕES
EDITORIAL
EXPEDIENTE
DENÚNCIA
QUALIDADE
PANORAMA
ESPECIAL MULHER
CURIOSIDADES
CONVÊNIOS
NAS
PERSONA
MUHM
HUMOR
28
54
3
4
20
24
26
30
72
75
76
80
82
86
58
66
69
PRESIDENTE VARGAS
Prefeitura tem trabalhado no
desmonte da instituição
IPE-SAÚDE
Pagamentos referentes a
dezembro chegaram a ser
suspensos, mas SIMERS reagiu
e dívidas foram quitadas
VIOLÊNCIA
Insegurança ronda médicos e
instituições de saúde
POLOS REGIONAIS
Atuação do Sindicato Médico
abrange todo o Estado. Veja as
demandas de algumas cidades
MUNICÍPIOS
Falta de previsão para o
pagamento das dívidas do
Estado com municípios e
hospitais preocupa
NOTAS
70
71
Gabbardo: novo secretário estadual da Saúde diz que não
sabe quando pagará recursos atrasados de 2014 10
DESMONTE DO HPS
SIMERS denuncia ao Ministério
Público más condições do
hospital
Gravataí: greve de 2014 traz conquistas para a categoria
52
Encontro debateu a falta de segurança na UFRGS
57
Arquivo pessoal
DESTAQUES
INTERIORIZAÇÃO
Presidente do SIMERS realiza
roteiro em diferentes cidades em
nome de demandas da categoria
Comunicação SIMERS
Mirella Poyastro
36
ORÇAMENTO DA UNIÃO
Conheça a previsão de gastos
do governo federal em 2015
Amália Ceola
34
Divulgação SES
ÍNDICE
MUNICIPÁRIOS
Prefeitura de Porto Alegre retoma
negociação com a categoria
Ecobike: pela natureza
79
Associados: mais de 15 mil 74
Março 2014 – 5
CAPA
SIMERS no Piratini:
IPE na pauta
Presidente do Sindicato Médico é recebido pelo governador do RS
O governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), comprometeu-se a estudar a criação
de uma carreira médica estadual.
A PROPOSTA FOI DEFENDIDA PELO PRESIDENTE DO
SINDICATO MÉDICO DO RIO GRANDE DO SUL, PAULO
DE ARGOLLO MENDES, EM AUDIÊNCIA NO PALÁCIO
PIRATINI.
Shutterstock
O plano proposto pelo SIMERS segue o
modelo de carreira de juízes e promotores,
que começam em pequenas localidades e
depois progridem a centros maiores. O formato
garante médicos em todas as localidades e,
também, uma perspectiva de crescimento aos
profissionais. Com o passar dos anos, eles se
aproximam dos grandes centros, evitando-se,
assim, a falta de profissionais no interior.
– A proposta gera condições reais de
interiorizar os médicos – argumentou Argollo.
– TEMOS DE COMEÇAR. NÃO IMAGINAMOS QUE SERÃO
CONTRATADOS 2 MIL MÉDICOS DE UMA VEZ, MAS,
TALVEZ, CEM. E, ASSIM, AOS POUCOS, CONSEGUIREMOS
ATENDER ÀS CARÊNCIAS DE ASSISTÊNCIA – COMPLETOU
ARGOLLO.
O dirigente sindical também entregou ao
governador um documento com 12 propostas
para melhorar a saúde no Estado (confira
na íntegra o documento no site do SIMERS)
e aproveitou a oportunidade para tratar da
situação do IPE-Saúde.
– O IPE-Saúde enfrenta a sua maior crise –
advertiu o sindicalista.
Suspensão recente, que gerou atrasos
Carlinhos Rodrigues
Gabbardo, Sartori e Argollo: encontros mensais para tratar dos temas relacionados à saúde
CAPA
nos pagamentos de serviços médicos, elevou a
insatisfação dos cerca de 7,4 mil credenciados.
SAÚDE MENTAL
– Da nossa pauta, a questão da saúde mental
parece que começa a entrar nos trilhos –
comentou Argollo, ao parabenizar Sartori pela
indicação do médico psiquiatra Luiz Carlos
Illafont Coronel para coordenar a política de
Saúde Mental do Estado.
– Vivemos uma epidemia de crack e o governo
anterior estava fechando leitos – lamentou o
presidente do SIMERS.
O governador garantiu que a assistência em
saúde mental terá papel preponderante.
– Vai ser difícil. Estamos no fundo do poço. Mas
vamos preparar o terreno para mudanças nesta
área – antecipou Sartori.
PRÓXIMOS PASSOS
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) convidou o
SIMERS para reuniões permanentes.
– Vamos dar início a novas rodadas de
negociação para examinar as 12 propostas
apresentadas pelo Sindicato para melhorar a
saúde no Estado – disse o secretário estadual
da Saúde, João Gabbardo, também presente no
encontro.
– A ideia é determinar o que pode ser feito
imediatamente, o que precisa de mais tempo e o
que não será viável – completou o gestor.
– Nós também garantimos que estão
assegurados os 12% para a saúde no orçamento
de 2015 – afirmou o secretário, referindo-se a um
dos 12 itens da lista de sugestões do SIMERS.
DÍVIDAS PELO INTERIOR
O governo do Estado voltou a informar que
a Junta de Coordenação Orçamentária e
Financeira (Juncof) está analisando como quitar
os incentivos de dezembro devidos a prefeituras.
Em relação a valores anteriores, não há ainda
nenhum estudo sobre a possibilidade de
quitação.
– Nossa prioridade é pagar em dia daqui para
frente, para que não haja mais atrasos em
hospitais e prefeituras – explicou o secretário da
Saúde.
Argollo declarou que municípios e
estabelecimentos que atendem ao SUS
não têm condições de absorver as despesas.
Leia mais na página 66.
ENTREVISTA
Novo secretário,
velhos problemas
Ex-superintendente do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, João Gabbardo dos Reis,
58 anos, foi o escolhido pelo governador José Ivo Sartori para comandar uma das secretarias
estaduais mais sensíveis aos clamores da população: a da Saúde. O médico tem relação antiga
com o PMDB, mesmo partido do governador, e também conhece bem a pasta que irá comandar
nos próximos quatro anos. Pediatra, que nas últimas décadas se especializou em gestão, ele
ocupou o mesmo cargo no final do governo Germano Rigotto, em 2006. Anteriormente, havia sido
secretário-adjunto de Osmar Terra, hoje deputado federal, quando este comandou a Secretaria.
Nesta entrevista exclusiva para a Vox Medica, ele fala sobre as dificuldades para pagamento dos
valores atrasados a hospitais e municípios e o que pensa sobre a Farmácia de Medicamentos
Especiais, o Hospital Itapuã e o Hospital Psiquiátrico São Pedro. Confira.
O governador Sartori e o senhor garantiram que cumprirão
a determinação legal de investir 12% do orçamento do
Estado na saúde. Quais serão as prioridades?
O governo do Estado cumprirá a aplicação dos 12%
na saúde, mas serão necessários ajustamentos e
adequações. Cito como exemplo deste quadro a relação
com os hospitais: se a Secretaria da Saúde pagasse tudo
o que foi comprometido no governo passado, a conta
chegaria a R$ 1,5 bilhão neste ano. No entanto, temos
no orçamento pouco menos de R$ 1 bilhão, ou seja,
uma diferença de quase R$ 500 milhões.
Qual é a perspectiva para o pagamento dos valores em
atraso, referentes a 2014? Há um cronograma
de desencaixe?
O Estado, no momento, não tem condições de propor
cronograma de pagamento para as dívidas de 2014.
Todo esforço, e com muita dificuldade, será direcionado
para o pagamento dos compromissos de 2015.
10 – Março 2015
A Farmácia do Estado tem sido alvo de
muitas críticas, não apenas pela falta
de medicamentos, mas pela ausência de
informações.
Desde o início do governo estamos
empenhados em melhorar o atendimento
aos cerca de 400 usuários que,
diariamente, procuram a Farmácia
de Medicamentos Especiais (FME).
Uma das medidas para evitar a
lotação é descentralizar a distribuição
dos medicamentos usando hospitais
credenciados, como o Hospital de
Clínicas, o Hospital da PUC e o Sanatório
Partenon. Também estamos implantando
um sistema de entrega a domicílio para
pacientes com determinadas situações,
como os transplantados. Divulgação SES
Serviço Social, Nutrição e Educação
Física, suspensa no governo anterior,
deve ser retomada dentro do hospital.
Em relação à estrutura física, posso
informar que a restauração está
sendo realizada inicialmente no prédio
histórico, com previsão de término da
primeira etapa em cinco meses. Já
o prazo da segunda etapa é até 24
meses. Também existe previsão de
restauro dos demais prédios.
E o Hospital Itapuã? Há possibilidade de
recuperar a relevância daquele espaço,
que cumpriu papel muito importante no
passado?
O Hospital Colônia Itapuã está em fase
de diagnóstico e levantamento de sua
potencial utilização futura.
Em sua opinião, qual é o principal
problema da saúde no Estado?
Gabbardo: não há como prever quando os atrasados serão pagos
O Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), que cumpre
papel relevante no ensino e formação de profissionais,
encontra-se em situação preocupante.
O Hospital Psiquiátrico São Pedro, através de sua
Residência Médica, é também um importante polo
formador de profissionais. Sabemos que todos os
médicos psiquiatras que saíram da Residência do HPSP,
nos últimos cinco anos, mantêm algum tipo de vínculo
de atendimento no SUS. Muitos também são referência
no exterior, o que reforça nossa convicção da excelência
do São Pedro na formação de recursos humanos. Já a
residência multiprofissional, nas áreas de Psicologia,
Neste momento, sem dúvida, a maior
dificuldade é a grave crise financeira
que o Rio Grande do Sul enfrenta.
Os valores de incentivos criados
para os hospitais, nos últimos anos,
estão atrasados e acumulados em
mais de R$ 250 milhões. Alguns
serviços implantados recentemente
pelos hospitais, especialmente na
rede filantrópica, correm risco de
descontinuidade. Já nos municípios,
parceiros na execução dos serviços do
SUS, os atrasos ocorridos em 2014,
dos recursos estaduais para programas
como PIM, Samu, Saúde da Família
e Assistência Farmacêutica, são um
desestímulo para o crescimento, e até
mesmo para a manutenção desses
serviços, que são fundamentais dentro
do Sistema de Saúde.
Março 2015 – 11
DELEGADOS REGIONAIS
O interior bem representado
Fotos: Carlinhos Rodrigues
A Vox Medica inicia, a partir desta edição, uma série que apresenta depoimentos
de delegados regionais do Sindicato Médico. Eles falam sobre seu trabalho de
representação da categoria em todo o Estado
SANTANA
DO LIVRAMENTO
Luciane Maria
Barbosa Peixoto
Contatos
55 3241.2424
55 9118.1980
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santanadolivramento@
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500, Sala 401 - Centro,
Santana do Livramento/RS
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abrangência
Dom Pedrito, Quaraí,
Santana do Livramento
12 – Março 2015
Os plantões no pronto-socorro e nas UTIs são motivo de
preocupação constante. Temos problemas no preenchimento das escalas.
A falta de interesse dos médicos é decorrente da baixa remuneração
oferecida. Como é comum nas regiões de fronteira, também temos
problemas com a presença de médicos de outros países que trabalham
sem a aprovação do Revalida. Apesar de existir legislação permitindo
esse tipo de trabalho, o SIMERS se faz presente com seu setor jurídico,
tentando minimizar esse tipo de concorrência. A pressão da população
é diária, assim como de alguns vereadores, que tentam responsabilizar
os profissionais pelos problemas na área da saúde. Por isso, temos que
estar sempre presentes na mídia, esclarecendo que os médicos lutam por
melhores condições de trabalho e remuneração, em prol de um melhor
atendimento à população. Nossa luta pela remodelação do pronto-socorro
de Santana do Livramento é exemplo disso. A presença do Sindicato é
permanente, respondendo sempre com rapidez e agilidade às nossas
demandas.
SÃO LOURENÇO
DO SUL
Mário Strelow
Do ponto de vista da categoria, há muitas
dificuldades com relação aos pagamentos da
produtividade por internações, cirurgias, partos e
demais questões relacionadas ao SUS
A baixa resolutividade das questões referentes à rede de saúde dos
municípios da região é, sem dúvida, nossa maior dificuldade. As críticas
da população se concentram na falta de médicos, com a consequente
sobrecarga de trabalho no pronto-socorro e na Santa Casa. Do ponto
de vista da categoria, temos tido muitas dificuldades com relação aos
pagamentos da produtividade por internações, cirurgias, partos e demais
questões relacionadas ao SUS. Em 2014, recebemos os valores apenas
em março. Depois somente em setembro e, ainda assim, em razão da
intervenção do Jurídico do SIMERS. Ficamos seis meses no meio de um
jogo de empurra entre o município e o governo do Estado. No final do
ano e início de 2015, surgiu uma dificuldade nova: o não pagamento dos
sobreavisos e plantões na Santa Casa, o que não vinha acontecendo até
então. Em meio a essas dificuldades, sempre que demandado, o Sindicato
Médico tem dado pronta resposta. E felizmente a população percebe
que a responsabilidade por estes problemas é do gestor municipal,
não colocando nos profissionais da Medicina a responsabilidade pelas
dificuldades na região.
Contatos
53 3251.1965
53 8116.1793
delegacia.
saolourencodosul@
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Arroio do Padre, Chuvisca,
Cristal, Dom Feliciano, São
Lourenço do Sul, Turuçu
Março 2015 – 13
DELEGADOS REGIONAIS
PASSO FUNDO
CARLOS ANTONIO
MADALOSSO
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54 3311.0355
54 3311.6922
54 9981.1252
delegacia.passofundo@
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Rua Uruguai, 2001, Sala 107
Centro, Passo Fundo/RS,
99010-111
Municípios
de abrangência
Água Santa, Camargo, Casca,
Ciríaco, Coxilha, Ernestina,
Gentil, Ibiaçá, Ibirapuitã,
Ipiranga do Sul, Marau,
Mato Castelhano, Nicolau
Vergueiro, Nova Bassano,
Passo Fundo, Pontão,
Santa Cecília do Sul, Serafina
Correa, Sertão, Tapejara,
Vila Lângaro, Vila Maria, Nova
Alvorada, Nova Araçá, Nova
Prata, Paraí, União da Serra,
David Canabarro, Vanini,
Muliterno, Vila Flores,
Vista Alegre do Prata,
Montauri, Santo Antônio do
Palma, São Domingos do Sul
14 – Março 2015
A região sofre com a campanha contra pequenos
hospitais. Resultado: um grande número de pacientes
de municípios vizinhos busca as emergências em Passo
Fundo, que estão sempre superlotadas
A principal dificuldade que os médicos da nossa região, em
especial os mais jovens, enfrentam diz respeito aos valores muito
abaixo do aceitável pagos pelos convênios, aí incluídos o SUS, o IPESaúde e outros. Se considerarmos ainda um percentual de 41,5% de
impostos, sobra muito pouco para o profissional, que se vê obrigado a
atender um número muito grande de pessoas para poder sobreviver.
Além disso, Passo Fundo é o centro de uma região que sofre há muito
tempo com a campanha contra os pequenos hospitais, que resultou
no fechamento de milhares de leitos. Com isso, um grande número
de pessoas de municípios vizinhos busca as nossas emergências,
muito bem equipadas, por sinal, mas que estão sempre superlotadas.
E onde isso vai estourar? No médico, que é a parte mais frágil do
sistema e com quem o paciente tem contato. Os pacientes acabam
descarregando no profissional todas as suas frustrações. Ainda assim,
conseguimos construir uma imagem de muita respeitabilidade da
categoria aqui na região graças à filosofia de bom relacionamento que
cultivamos. Quando acontecem atritos, quem faz a intermediação,
sempre ágil e muito eficiente, é o Sindicato Médico. Não lembro de
uma situação que tenha ficado sem solução e, em geral, o desenlace é
favorável às expectativas da categoria.
SANTO ÂNGELO
AROLDO SCHMITT
O Hospital Santo Ângelo procura manter os
pagamentos em dia, mas em boa parte isso ocorre
porque o SIMERS mantém uma pressão constante
A exemplo do que ocorre em todo o País, também aqui na
região os gestores decidiram economizar na saúde. O município tinha
um sistema de remuneração chamado PAB, uma espécie de convênio,
que, de repente, passou a ser contestado, alegando-se ilegalidades, até
que conseguiram extingui-lo, diminuindo as consultas. Os pacientes da
cidade e da região estão sendo orientados a procurar as emergências,
que, com isso, ficam superlotadas. Como sempre, a população e os
profissionais médicos são vitimados. No final das contas, ambos é que
vão pagar a conta. O Hospital Santo Ângelo ainda procura manter os
pagamentos em dia, mas em boa parte isso ocorre porque o SIMERS
mantém uma pressão constante. Na área de contratos, por exemplo,
sempre recorremos à assessoria do Sindicato Médico para resolver
problemas e esclarecer dúvidas. O SIMERS é guerreiro e agora mesmo
está tendo dificuldades de agendar contato com os representantes do
município. Até um apedido no jornal local foi publicado, criticando a
prefeitura pelo fechamento de vagas, quando o que se esperava era a
contratação de mais profissionais para dar conta das demandas.
Contatos
55 3312.1682
55 9976.8767
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Caibaté, Santo Ângelo,
São Luiz Gonzaga, Santo
Antônio das Missões,
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Março 2015 – 15
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DENÚNCIA
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Campanha equivocada
SUS lança página em rede social para combater o racismo, quando, na verdade, o
que falta é eficiência nas políticas públicas, algumas delas, sim, discriminatórias
O Ministério da Saúde aprontou mais uma das suas
costumeiras confusões no final de 2014. Lançou uma
página no Facebook batizada de SUS sem racismo, em
que apresenta uma série de peças com análises parciais
e equivocadas sobre o atendimento da população negra,
dando a entender que o problema é o preconceito por
parte dos profissionais da área médica.
Um dos maiores equívocos da iniciativa foram as
informações distorcidas sobre a anemia falciforme, de tal
forma que a peça sobre o assunto foi retirada da internet
em seguida. Pior: a anemia falciforme pode ser curada
com transplante, mas o Ministério da Saúde se nega
20 – Março 2015
a autorizar esse procedimento via
SUS (veja no quadro).
– ESTA É APENAS MAIS UMA ESTRATÉGIA
DE TENTAR ATACAR OS MÉDICOS,
ESPECIFICAMENTE OS QUE ATENDEM NO SUS. O
OBJETIVO É DESMORALIZAR E DESQUALIFICAR
A CATEGORIA, ELEITA PELO GOVERNO DILMA
ROUSSEFF COMO BODE EXPIATÓRIO DOS
PROBLEMAS DA SAÚDE NO PAÍS – ARGUMENTA
PAULO DE ARGOLLO MENDES, PRESIDENTE DO
SINDICATO MÉDICO.
O EQUÍVOCO E A
INCOMPETÊNCIA DO SUS
O Ministério da Saúde atribuiu ao racismo no SUS o fato da taxa de
mortalidade por doença falciforme em 2012 ter sido bem maior entre
pessoas negras e pardas do que entre brancas.
O que o Ministério não disse:
mutação originou-se na África subsaariana provavelmente como
1 Essa
um fator genético de resistência à malária. O tráfico de escravos trouxe
Estivesse
o Ministério da
Saúde verdadeiramente
preocupado com o racismo
de suas próprias políticas, o
transplante de medula óssea
para a cura da anemia
falciforme seria uma
realidade no Brasil há
muito tempo.
para o Brasil pessoas portadoras do gene HbS. No Brasil, a frequência
de portadores do gene HbS varia entre 5% e 10% entre autodeclarados
afrodescendentes.
forma mais comum de doença falciforme é a anemia falciforme.
2 AApesar
de ser uma doença genética, pode ser curada com o transplante
de medula óssea, pois a oclusão de vasos e a inflamação constante
são interrompidas, há melhora dramática da qualidade de vida e a
lesão de órgãos pode ser revertida. Nos Estados Unidos e na França, o
transplante é realidade há vários anos.
aproximadamente cinco anos, pacientes com anemia falciforme e
3 Há
médicos hematologistas vêm lutando junto ao Ministério da Saúde para
que o transplante de medula óssea seja oferecido na rede pública. O
único tratamento que o SUS oferece atualmente é paliativo.
Fonte: Rodrigo do Tocantins Calado, hematologista e professor associado da Faculdade
de Medicina da USP de Ribeirão Preto, e Salomão Rodrigues Filho, psiquiatra
– A equivocada página de internet
informa, por exemplo, que o
percentual de mulheres negras que
têm acesso ao pré-natal é inferior
ao das mulheres brancas. Mas isso
é óbvio: lamentavelmente, há mais
mulheres negras entre as classes
menos favorecidas, e elas têm mais
dificuldades de acesso à saúde de
qualidade. E isso não por racismo,
mas porque o governo federal é
incompetente em gerir suas políticas
públicas – exemplifica Paulo de
Argollo Mendes.
O Sindicato veiculou spots de
rádio e publicou um apedido
nos jornais denunciando a
incoerência do governo e
ressaltando que a própria
presidente da República
recorreu a hospitais de alto
padrão quando precisou de
atendimento médico, enquanto
as filas no SUS só aumentam.
Minuto SIMERS
Os médicos gaúchos
dizem não à
discriminação. Ouça
o Minuto SIMERS
sobre o assunto
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Março 2015 – 21
DENÚNCIA
Protesto
Os médicos gaúchos são contra o racismo e qualquer tipo de discriminação. Esta é a mensagem principal do
apedido publicado nos principais jornais do Estado em dezembro.
22 – Março 2015
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Março 2015 – 23
QUALIDADE
A caminho de um
mundo melhor
SIMERS participa do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP),
que tem a missão de contribuir para uma sociedade mais justa e equilibrada
Transformar o mundo em um lugar melhor para
se viver. É com essa missão que vem atuando o
Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade
(PGQP), criado em 1992. A busca pela excelência
em gestão – seja na área pública, privada ou terceiro
setor – foi a maneira encontrada pelo PGQP para
transformar o Rio Grande do Sul e suas diferentes
regiões em um Estado melhor.
As organizações, quando possuem qualidade
em sua gestão, podem atender de maneira
mais satisfatória aos seus clientes
e consumidores, alcançando
melhores resultados,
movimentando a economia,
gerando empregos, contribuindo
para a valorização dos funcionários,
preocupando-se com o meio
ambiente e com as pessoas,
arrecadando mais impostos para que
o poder público possa retornar para a
sociedade em benefícios.
E foi pensando em tudo isso que o
PGQP criou um de seus principais
produtos: o Sistema de Avaliação da
Gestão (SAG), uma ferramenta de gestão
que permite diagnosticar o estágio de
desenvolvimento gerencial e planejar
ações visando à melhoria contínua.
Este instrumento de avaliação possibilita
a qualquer tipo de organização, de
qualquer porte, setor e estágio de gestão,
avaliar o seu sistema gerencial e o seu
desempenho em relação às melhores
práticas adotadas por organizações de
alto desempenho.
Esta avaliação beneficia não apenas a
organização em questão, mas toda a
sociedade que a cerca.
GESTÃO RECONHECIDA
O PGQP HOJE
O Sindicato Médico é uma das organizações
ligadas ao PGQP. Em 2014, o sistema
de gestão do SIMERS foi agraciado com
o Prêmio Qualidade RS, um dos mais
tradicionais reconhecimentos no País. O
evento de premiação, reunindo em torno
de 6 mil pessoas, conta com o prestígio da
mídia, das autoridades e da comunidade
empresarial gaúcha e brasileira.
Desde 1992, o PGQP envolve mais de
11 mil organizações, entre iniciativa
privada, órgãos públicos e terceiro
setor, e cerca de 1,3 milhão de
pessoas relacionadas com a Gestão da
Qualidade. São 80 comitês setoriais
e regionais, permeando o Rio Grande
do Sul e diversos setores da economia
gaúcha.
O PGQP contribuiu para a criação
do Programa Nacional da Qualidade
(PNQ) e representa o Brasil na
Sociedade Americana da Qualidade
(American Society for Quality – ASQ)
e na Rede Mundial da Qualidade,
formada por 14 países das Américas,
da Europa e da Ásia, desde 2005.
No mesmo período, também tem
fortalecido sua aproximação com a
Academia Internacional da Qualidade
(International Academy for Quality –
IAQ).
O PGQP ainda atua como parceiro
da Fundação Iberoamericana para a
Qualidade (Fundibeq), entidade que
promove a gestão da Qualidade nas
empresas e instituições da IberoAmérica, Espanha e Portugal.
Comunicação SIMERS
Argollo (centro) recebe a premiação em 2014
Março 2015 – 25
Panorama
Westphalen visita SIMERS e reforça apoio à categoria médica
Pryscila Silva
O deputado estadual e médico Pedro Westphalen,
atual secretário estadual de Transportes e
Mobilidade, esteve na sede do Sindicato Médico para
uma visita de cortesia. Recebido pelo presidente da
entidade, Paulo de Argollo Mendes, Westphalen se
colocou à disposição para auxiliar nas demandas
e lutas da categoria. O político foi reeleito para
o quarto mandato, com 65.138 votos, em 2014.
Em 2013, o médico foi presidente da Assembleia
Legislativa, marcando sua gestão pela transparência.
À frente do Parlamento gaúcho, o deputado também
foi decisivo no apoio à mobilização nacional contra
o uso eleitoreiro do programa Mais Médicos, lançado
pelo governo federal. Westphalen se somou ao
protesto histórico, que reuniu milhares de médicos
em 3 de julho daquele ano, em Porto Alegre.
Argollo e Westphalen: aliados pela saúde
26 – Março 2015
Homenagem
O presidente do Sindicato Médico, Paulo de Argollo Mendes,
participou do descerramento da foto do deputado Pedro
Westphalen na galeria dos ex-presidentes da Assembleia
Legislativa do Estado, em dezembro. Em seu discurso, o novo
secretário agradeceu a presença do presidente do SIMERS, falou
sobre a atuação do Sindicato e lembrou dos reconhecimentos
conquistados em 2014, como o Prêmio Qualidade RS, do
Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), e o
Top de Marketing da Associação dos Dirigentes de Marketing e
Vendas (ADVB-RS), ambos atestados da excelência na gestão e
prestação de serviços aos associados.
– O deputado tem sido um defensor intransigente das causas
médicas e da saúde – afirmou Argollo, agradecendo a atuação
de Westphalen.
Divulgação/Glauccio Dutra
SIMERS como benchmark
ERS
O presidente do Sindicato Médico, Paulo de Argollo
Mendes, foi um dos convidados do Prêmio Press ocorrido
em novembro, no Teatro Dante Barone da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Sul. No evento, o médico
entregou a premiação de Melhor Programa de Televisão do
Ano ao programa Brasil Urgente, da Band TV, representado
pelo jornalista Paulo Bogado.
Ao todo, 14 profissionais da imprensa e dois programas foram
agraciados durante o evento.
A distinção, a cada ano, alcança maior participação da
classe jornalística, da sociedade civil e do público em geral.
Na ocasião, também foram homenageados o jornalista
Rogério Mendelski, como reconhecimento aos seus mais
de 35 anos de atividade profissional no jornalismo
gaúcho, e o empresário Adelino Colombo, pela sua
contribuição à valorização e ao desenvolvimento do
mercado publicitário gaúcho.
ação SIM
Reconhecimento à imprensa
Comun
ic
Argollo entregou a premiação de Melhor Programa de
Televisão do Ano ao jornalista Paulo Bogado
A Associação Paulista de Medicina (APM) visitou o
Sindicato Médico para conhecer o modelo de gestão
adotado na entidade e trocar informações.
– A diretoria da APM considera o SIMERS um modelo
de atuação na prestação de serviços – relatou o
responsável pela área de serviços da associação,
Walter Vieira, que esteve em Porto Alegre.
Na ocasião, ele explicou que o objetivo da
entidade é melhorar os processos e a qualidade no
atendimento ao público associativo.
– O que eu vi aqui foi uma empresa com
profissionalismo e competência na gestão, que
realmente serve de modelo. Além disso, a estratégia
de relacionamento praticada é um diferencial –
avaliou o visitante.
O foco da visita foi a prestação
de serviços do SIMERS, mas
também incluiu o Museu de
História da Medicina e o Núcleo
Acadêmico.
– O posicionamento do
Sindicato frente à classe
médica e à comunidade, com
seu slogan A verdade faz bem
à saúde, é admirável –
elogiou Vieira.
Março 2015 – 27
ESPECIAL
Virginia Coser | Arquivo pessoal
Turma 1979 da UFSM: mulheres na década de 1970 eram
15,8% do total de médicos em atuação no Brasil
Medicina e
Participação do sexo feminino alcança proporções históricas
Em cem anos, a presença da mulher na
Medicina praticamente dobrou no Brasil. Passou
de 22,1% em 1910 para 39,9% em 2010,
segundo dados do Conselho Federal de Medicina
(CFM) que levam em conta os profissionais da
área em atividade. Entre os médicos jovens, no
entanto, elas já são maioria: 53,31% do total.
– A mulher funciona muito bem na área da
saúde porque temos um olhar mais humanista,
que favorece bastante a relação médicopaciente. É uma ligação mais olho no olho –
analisa Maria Rita de Assis Brasil, vice-presidente
do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul.
De acordo com o estudo A Feminização da
Medicina no Brasil, desenvolvido por Mário César
Scheffer e Alex Jones Flores Cassenote, o perfil
demográfico da Medicina no País passa por
uma transformação histórica que acompanha a
progressiva diminuição nas diferenças de gênero,
com a remoção de barreiras que impedem as
mulheres de ter o mesmo acesso que os homens
à educação. Trata-se de “um fenômeno que
poderá moldar o futuro da profissão médica,
30 – Março 2015
influir no modelo de cuidados de pacientes e na
organização do sistema de saúde”, consideram
os autores da pesquisa.
DIFERENÇAS ENTRE OS SEXOS
Para a psiquiatra Carla Bicca, 47 anos, ainda há
preconceito contra as mulheres na Medicina: os
grandes cargos são ocupados, em sua maioria,
por homens. Em compensação, na pesquisa o
preconceito é quase imperceptível.
– As mulheres são muito respeitadas nessa
área. Claro que ainda vejo pesquisadores com
dificuldades de lidar com mulheres muito
inteligentes, mas não é cultural.
A psiquiatra salienta que é importante na
profissão associar as diferenças. As mulheres,
por exemplo, são mais sensíveis, enquanto que
os homens, mais objetivos. São diferenças de
gêneros que contribuem para o trabalho.
Antes de se tornar vice-presidente do SIMERS,
a doutora Maria Rita de Assis Brasil integrou,
no início da década de 1980, a diretoria da
Associação Gaúcha de Médicos Residentes,
Comunicação SIMERS
Maria Rita, vice-presidente do SIMERS,
festeja o protagonismo nas jovens médicas
o Conselho Estadual de Saúde e o Conselho
Municipal de Saúde de Porto Alegre. Desde 1998,
é vice-presidente do SIMERS.
– Hoje, temos entre os estudantes de Medicina
jovens médicas com um protagonismo muito
grande, tanto do ponto de vista estudantil quanto
profissional – analisa Maria Rita.
NOVA GERAÇÃO
Uma das jovens lideranças que se destaca no
cenário gaúcho é Pauline Elias Josende, 23 anos.
Para realizar o sonho de se tornar clínica-geral, ela
deixou o interior do Estado aos 17 anos (é natural
de Bento Gonçalves) para morar na capital gaúcha
e estudar na Universidade Federal de Ciências da
Saúde de Porto Alegre. O curso de Medicina foi
concluído no ano passado.
– Lembro de entrar na sala e perceber que havia
muitas mulheres. Nós éramos maioria. Depois,
conversando com professoras mais velhas,
entendemos que aquele cenário era uma cena
invertida em relação ao que ocorria na época
delas, onde ser mulher e médica era exceção –
compara.
Ex-presidente do Núcleo Acadêmico SIMERS
Arquivo pessoal
Pauline em sua formatura, em dezembro
de 2014: ícone da nova geração
(NAS) nas gestões 2011 e 2012, e posteriormente
coordenadora de Movimento Estudantil do Núcleo,
na gestão 2013, Pauline foi importante liderança
estudantil à frente de campanhas, como a que
denunciou a ineficiência do Programa Mais
Médicos, antes de sua aprovação pela base
aliada do governo federal no Congresso, e a
que era contrária ao bônus de 10% nas provas
de residência médica para os profissionais que
participam do Programa de Valorização dos
Profissionais na Atenção Básica (Provab). Entre
2012 e 2013, Pauline foi também a coordenadora
discente da regional Sul-1 da Associação Brasileira
de Educação Médica (Abem).
Ela comemora o acesso à educação que o
sexo feminino conquistou nas últimas décadas.
Contudo, lembra que conhece histórias de
mulheres mais velhas que foram obrigadas a
cuidar da lavoura e impedidas de estudar.
NESTE MÊS DA MULHER, ACESSE O SITE DO
SIMERS E CONHEÇA A SÉRIE QUE TRAZ A
HISTÓRIA DE VÁRIAS MÉDICAS QUE HONRAM A
CATEGORIA NO RIO GRANDE DO SUL
Março 2015 – 31
ESPECIAL
A PRESENÇA DELAS NA MEDICINA
As mulheres
representam 43,1%
do total de médicos
no Brasil
O Estado com
menos mulheres na
Medicina é o Piauí
35,5%
52,3%
Os dados levam em conta
somente os profissionais ativos
Fonte: CFM, 15/01/2015
Alagoas possui o maior
número de médicas em
atuação
40,8%
No Rio Grande do Sul, as
médicas ainda são minoria
As especialidades que elas preferem
As mulheres são maioria
69,6%
Dermatologia Pediatria
72,90%
As mulheres são minoria
65%
1,7%
Genética Endocrinologia Alergia e
imunologia
médica
66,5%
7%
8,2%
Urologia Ortopedia e Cirurgia Cirurgia do Neurocirurgia
traumatologia torácica aparelho
digestivo
60,8%
5,15%
7,6%
Fonte: Demografia Médica no Brasil, V. 2/Cremers; CFM 2013
39,9%
35,8%
Evolução das mulheres
na Medicina
30,8%
23,4%
Fonte: artigo A feminização da Medicina no Brasil
15,8%
12,9%
1960
32 – Março 2015
1970
1980
1990
2000
2010
Shutterstock
PARA A SAÚDE, COFRE VAZIO
Repasses para municípios atrasados
IPE-Saúde falido
Fatia da saúde no orçamento da União
menor que no ano passado
Março 2015 – 33
Imagens: Shutterstock
ORÇAMENTO
Saúde segue não sendo
prioridade para o governo
Previsão de gastos do governo federal em 2015 apresenta redução de patamares
de 2014, que já eram dramáticos
Se nada tivesse mudado, já seria ruim. Mas ficou ainda
pior. Do total de despesas previstas no Orçamento da
União em 2015, que somam R$ 2,9 trilhões, o governo
federal prevê a aplicação de apenas R$ 109 bilhões na
saúde, o que equivale a aproximadamente 3,8%. Em
2014, para um orçamento de R$ 2,49 trilhões, estavam
previstos no orçamento original
R$ 106 bilhões para a área (4,2%). Ou seja, ficou bem
distante na memória o sonho de que a saúde fosse
contemplada com 10% do orçamento bruto, conforme
previa o Projeto de Lei Parlamentar (PLP) nº 36/2008, o
qual foi rejeitado pela Câmara Federal. O governo Dilma
34 – Março 2015
Rousseff, na prática, está reduzindo
o volume de recursos previstos para a
saúde da população brasileira. E tudo
isso em meio a sucessivos escândalos
de corrupção, que sangram a economia
e destroem a autoestima do País.
O cenário tornou-se ainda mais sombrio
neste início de 2015 no que se refere
aos gastos não prioritários (as despesas
com obrigações constitucionais ou legais
não foram afetadas). A praxe é que,
enquanto o orçamento não é votado,
O governo prevê
gastar 51,8% do total do
orçamento para pagamento de
despesas financeiras, como juros
(7,9%), amortizações da dívida (39,5%) e
demais despesas financeiras (4,4%). Todo
este valor vai ser destinado a banqueiros
e correntistas detentores de títulos da
dívida pública. Já para a saúde, são
destinados 3,8% do
orçamento.
o governo edita um decreto limitando estas
despesas mensais a 1/12 (um doze avos) do
orçamento original, mas neste ano, a limitação
foi maior. Os ministérios foram autorizados a
gastar apenas 1/18 (um dezoito avos) por mês,
o que significa 33% a menos do que consta na
própria previsão do governo para cada pasta,
mensalmente. Ou seja, a saúde está perdendo
R$ 27,14 milhões ao mês.
A Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA)
2015 deverá ser votada em março e permite
emendas, mas, mesmo que deputados e
senadores decidam dar prioridade ao tema,
o cenário pouco mudará. O que só confirma
a regra dos últimos 12 anos: saúde não é
prioridade.
A situação no RS
O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo,
assegura que o governo gaúcho irá cumprir
a legislação e aplicar 12% do orçamento na
área da saúde, mas nem por isso a situação
dos médicos e da população é confortável. A
situação no IPE, por exemplo, é dramática (leia
mais na página 46). Os cortes e as suspensões
nos pagamentos das dívidas do governo Tarso
Genro, pelo prazo de 180 dias, determinado pelo
governador Sartori no início de janeiro, causaram
transtornos generalizados.
A dívida total do governo estadual com os
municípios estaria na casa dos R$ 208 milhões,
e com os hospitais filantrópicos e Santas Casas,
alcançaria R$ 255 milhões. Uma tragédia. (Veja
mais na página 66)
INTERIORIZAÇÃO
Bem próximo dos médicos
Em seu processo de interiorização, o Sindicato Médico tem visitado cidades gaúchas
para discutir questões da saúde pública. Temas como carreira médica, garantia de mais
investimentos para o SUS, melhoria de gestão, fortalecimento de polos regionais de saúde e
revisão da reforma psiquiátrica pautam as discussões.
Também estão em debate, as iniciativas e os êxitos do Sindicato, como os prêmios e certificações
recebidos em 2014: Prêmio Qualidade RS, do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade
(PGQP), Certificação OHSAS, Top de Marketing, da ADVB-RS, e o Top Ser Humano, da ABRH Nacional.
– A competência gerencial é a nova marca adotada pelo SIMERS como símbolo da excelência
administrativa. Fato reconhecido pelos cerca de 15 mil associados – enfatizou Paulo de Argollo
Mendes, presidente do Sindicato, em várias oportunidades.
Acompanhe nas próximas páginas as viagens mais recentes, todas elas
Shutterstock
protagonizadas pelo líder sindical.
36 – Março
Março 2015
2015
TAQUARA
Patrícia Comunello
73
Km
Enrique Barros (ao centro, de óculos), novo delegado, reforça presença do SIMERS junto à
categoria e às autoridades locais
Taquara e região já têm novo
delegado do SIMERS. O médico
especialista em Saúde da Família e
Comunidade Enrique Falceto de
Barros assumiu o posto e pretende
aproximar ainda mais a entidade e
sua estrutura de serviços e apoio
dos colegas na região. A posse
ocorreu em dezembro, em Taquara,
com a presença do presidente do
Sindicato, Paulo de Argollo Mendes.
Barros destacou que buscará maior
interlocução com gestores públicos
dos municípios e também hospitais.
– O SIMERS já tem um trabalho forte
de luta por temas que melhorem a
saúde da população e as condições
de trabalho. Vamos estar mais
presentes nas pautas que envolvam
a categoria e as demandas individuais –
adianta o delegado.
Barros e o presidente do Sindicato
fizeram uma visita ao Hospital Bom Jesus,
administrado pelo Hospital Mãe de Deus
(de Porto Alegre). A instituição está com
nova direção. No encontro, foi possível obter
detalhes de planos de expansão e assistência
e conhecer as instalações.
O PRESIDENTE DO SIMERS RESSALTOU QUE 2014
MARCOU O REFORÇO DE LUTAS DA ENTIDADE PELA
DEFESA DA CATEGORIA (CONTRAPONTO À POLÍTICA DO
MAIS MÉDICOS E USO ELEITOREIRO DO PROGRAMA) E
PELA BUSCA DE AVANÇOS NAS RELAÇÕES ENTRE OS
PROFISSIONAIS E GESTORES EM DIVERSOS SERVIÇOS,
ALÉM DE INVESTIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA REDE
DE SERVIÇOS DA ENTIDADE PARA ATENDER AOS
ASSOCIADOS.
Março 2015 – 37
INTERIORIZAÇÃO
450
Km
Patrícia Comunello
Argollo conferiu com os médicos conquistas como o aumento de 40% no valor
do sobreaviso e a importância da relação com Ipergs na região
SANTIAGO
A cidade de Santiago, na Fronteira Oeste, sediou o
primeiro encontro de 2015 da direção do SIMERS
com os médicos da região. O evento, no dia 20 de
janeiro, foi um importante momento de interação
entre o presidente do Sindicato, Paulo de Argollo
Mendes, e os profissionais.
Somente em Santiago são cerca de 80 médicos, que
trabalham em hospitais, serviços do SUS e têm seus
consultórios e clínicas. Argollo detalhou as ações
voltadas aos associados, alicerçada em uma rede
ampla de serviços, e à sociedade, o que tem gerado
reconhecimento público da entidade.
– Hoje, o SIMERS é o maior sindicato médico da
América Latina – dimensionou o dirigente.
ALERTA EM 2015
Argollo destacou que um dos temas que mais
preo­cupa, neste começo de ano, diz respeito aos
débitos acumulados pelo governo Tarso Genro.
A dívida gerou dificuldades para o pagamento dos
médicos do Hospital de Caridade de Santiago, por
exemplo. Atrasos também atingiram os honorários
de credenciados ao Ipergs, fato que só elevou a
38 – Março 2015
insatisfação dos credenciados.
O DELEGADO REGIONAL DO SIMERS EM
SANTIAGO, MARIO MACHADO, CONSIDEROU
O ENCONTRO UM MARCO. PARA ELE,
A ATUAÇÃO DO SINDICATO TEM SIDO
DECISIVA NA PROTEÇÃO E NO APOIO AOS
PROFISSIONAIS.
Machado citou o acordo firmado em
2014 com a direção do Hospital de
Caridade, que resultou no aumento
de 40% no valor do plantão de
sobreaviso.
– O SIMERS conquistou respeito e voz
e isso está fazendo toda a diferença –
completou.
198
Km
TORRES
O presidente do Sindicato Médico, Paulo
de Argollo Mendes, esteve em Torres para
apresentar as reivindicações da categoria
aos gestores locais. Participaram do
encontro a secretária municipal da Saúde,
Karla Mattos, e a procuradora geral do
município, Naiara Matos dos Santos.
A secretária manifestou apoio aos pontos
levantados pelo Sindicato, que incluem
especialmente a criação de um Plano de
Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV).
O presidente do SIMERS ressaltou
que a conversa foi uma oportunidade de discutir as
questões locais de saúde e temas mais amplos, como
a epidemia do crack e as políticas públicas voltadas à
saúde mental.
Argollo visitou o Hospital Nossa Senhora dos
Navegantes e conversou com o diretor técnico
da casa de saúde, Marcelo Duarte, e com o
administrador, Ademar Soares. O dirigente também
esteve com os médicos para conversar sobre as
lutas sindicais.
Amália Ceola
Secretária da Saúde, Karla Mattos (direita), e a procuradora
geral do município, Naiara Matos dos Santos, receberam
proposta de criação de carreira médica
Março de 2015 – 39
Comunicação SIMERS
INTERIORIZAÇÃO
Médicos se encontram com o presidente do SIMERS, que reforça ação da área jurídica
contra prática de PMs de solicitar exames de corpo de delito a médicos plantonistas
191
Km
SÃO LOURENÇO DO SUL
Em visita a São Lourenço do Sul, o presidente
do Sindicato Médico, Paulo de Argollo Mendes,
conheceu as instalações da Santa Casa e as
condições de atendimento da população, além
de conversar com a direção e com os médicos
da instituição. O diretor do hospital, José
Ney, afirmou que a presença do Sindicato é
fundamental.
– O SIMERS é sempre bem-vindo para debater
a situação da saúde, apontar problemas e
contribuir com a administração – defendeu Ney.
Após a agenda no hospital, Argollo se encontrou
com os médicos da cidade. O delegado regional,
Mário Strelow, saudou a iniciativa da presidência
em interiorizar o Sindicato.
– O SIMERS está cada vez mais próximo do
40 – Março 2015
associado. Através da interiorização, a
estrutura e as propostas se fazem presentes
na rotina do médico – explicou o sindicalista.
– ALÉM DO RECONHECIMENTO QUE O SINDICATO
RECEBEU EM 2014, TEMOS MUITO ORGULHO DAS
LUTAS E DEBATES QUE LEVAMOS À SOCIEDADE –
COMEMOROU ARGOLLO.
Na reunião, foi levantada a questão de que
policiais militares estão solicitando exames
de corpo de delito aos médicos plantonistas.
O presidente do SIMERS afirmou que
acionará a assessoria jurídica sobre a
ocorrência.
347
Km
Em viagem a Cruz Alta, o
presidente do Sindicato Médico,
Paulo de Argollo Mendes, visitou
hospitais e conversou com os
médicos sobre as questões locais
de saúde. Durante sua passagem
pelos hospitais Santa Lúcia e São
Vicente de Paulo, o sindicalista
falou sobre o engajamento dos
médicos na luta por melhorias na
saúde e apresentou o Plano de
Cargos, Carreira e Vencimentos
(PCCV).
– A adoção do PCCV e a
valorização e respeito à
atividade profissional do médico
são fundamentais para levar
especialistas até o interior –
defendeu.
Fotos: Comunicação SIMERS
CRUZ ALTA
Argollo, acompanhado do delegado Barcelos (1º, à esq.), visita
hospitais, ressalta engajamento dos médicos na luta por melhorias na
saúde e busca de carreira de Estado
O delegado sindical de Cruz Alta, Osvaldo Barcelos,
acompanhou a agenda e falou sobre a interiorização
do SIMERS.
– A presença do presidente Argollo na cidade
mostra o quanto o Sindicato está empenhado
em levar a sua proposta, serviços e estrutura
para todo o Estado – enfatizou Barcelos.
À noite, o dirigente reuniu-se com os
médicos.
Março
Março
de 2015 – 41
INTERIORIZAÇÃO
450
Km
TRÊS PASSOS
POR ENQUANTO, OS PROFISSIONAIS ESTÃO
SENDO SOLIDÁRIOS COM A SITUAÇÃO DO
IPE, SALIENTOU SUSILENE MENDONÇA
GONÇALVES, PEDIATRA E DELEGADA REGIONAL
DO SINDICATO. A SINDICALISTA ALERTOU,
ENTRETANTO, QUE PODE SER APENAS UMA
QUESTÃO DE TEMPO PARA QUE A CATEGORIA
PEÇA O DESCREDENCIAMENTO DO INSTITUTO.
42 – Março 2015
Fotos: Cláudia Barbosa
Os médicos que atuam no município
de Três Passos, na região Celeiro,
receberam a visita do presidente do
Sindicato Médico. No encontro, Paulo de
Argollo Mendes expôs sua preocupação
com o IPE-Saúde e a questão da dívida
da Secretaria Estadual da Saúde com
hospitais e prefeituras. Conforme
reconheceu na ocasião o presidente do
Hospital de Caridade de Três Passos,
Ademir Dreier, os salários dos médicos
estavam um mês atrasados.
– Isso por conta da herança de R$ 580
milhões que o governo Tarso Genro nos
deixou – disse Dreier.
– Em Santa Cruz do Sul, não há mais pediatras no IPE.
Todos saíram – acrescentou o presidente do SIMERS.
Argollo também esteve reunido com a secretária
da Saúde de Três Passos, Maria Helena Gehlen
Krummenauer. O encontro, na sede da prefeitura,
abordou a gestão da saúde no município, em especial
a descentralização dos atendimentos. Ao final da
reunião, o sindicalista entregou à secretária a proposta
de projeto de lei que cria um Plano de Cargos, Carreira
e Vencimentos (PCCV), gerando condições para fixar
os médicos no interior. Com quase 24 mil habitantes, o
município tem 40 médicos que residem e trabalham na
localidade.
Maria Helena, Susilene (centro) e Argollo
em reunião sobre interiorização da
categoria. Em foco, débitos do Ipergs,
hospital e municípios com médicos. Abaixo,
encontro com os médicos da região
Março 2015 – 43
Jonathan Heckler/PMPA
HOSPITAIS
Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre, enfrenta um desmonte silencioso, mas constante
Presidente Vargas:
sinônimo de problemas
Instituição tem sido vítima de desmonte promovido pela Prefeitura de Porto Alegre
A notícia mais recente veio em dezembro, com a
denúncia de que fetos humanos e restos de cirurgias
obstétricas se acumulavam na casa de saúde havia
pelo menos seis meses. A verdade é que o Hospital
Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) se
transformou em sinônimo de problemas nos últimos
44 – Março 2015
tempos, tantas são as circunstâncias envolvendo
má gestão e dificuldades na instituição (confira
no quadro), em claro sinal de que a prefeitura da
capital trabalha silenciosamente para fechá-lo. Tal
atitude prejudica a população, os funcionários e,
também, os médicos residentes.
Hospital pede socorro
1.
Levantamento do Sindicato
Médico comprovou o fechamento
progressivo do Hospital Presidente
Vargas. A Prefeitura bloqueou quase
metade dos leitos da instituição
em 2014, restringindo partos e o
atendimento neonatal, cirurgias
ginecológicas e tratamento de
gestantes dependentes de crack.
2.
Vistoria realizada pela Comissão
de Saúde e Meio Ambiente da
Câmara de Porto Alegre (Cosmam)
apontou problemas no Centro
Obstétrico: não há sala de
recuperação e, após o parto, as
mães são colocadas em macas no
corredor, ao lado de gestantes em
trabalho de parto.
3.
Na mesma vistoria, foi constatada que a ala
psiquiátrica estava mantendo 10 leitos dos 24
existentes. No espaço, estão previstas cinco vagas
para gestantes dependentes de substâncias químicas,
mas apenas duas estavam em funcionamento.
O serviço é único em Porto Alegre com esta
especialidade, que garante acompanhamento e
cuidados posteriores com os bebês.
4.
Em dezembro, depois que vieram a público
denúncias de funcionários, a Secretaria Municipal
de Saúde admitiu que nos últimos seis meses fetos,
placentas e outros tecidos estavam se acumulando
em um depósito, pois o contrato com o Hospital
Conceição, encarregado de fazer o descarte do
material, havia se encerrado. Exames neste tipo de
material podem eventualmente detectar a causa de
abortos ou outras doenças que acometem as mães.
Somente após a denúncia, a prefeitura da capital
firmou contrato emergencial, dispensando licitação,
para que uma empresa retomasse o serviço.
Apedido
do SIMERS
publicado nos
jornais de
Porto Alegre
protesta contra
o fechamento
de leitos, como
acontece no
HMIPV
Março 2015 – 45
IPE-SAÚDE
IPE-Saúde:
perspectivas
assustadoras
Shutterstock
Pagamentos do IPERGS referentes a
dezembro chegaram a ser suspensos,
mas o SIMERS reagiu e as dívidas
foram quitadas. Valores das consultas
seguem inalterados
Entra ano, sai ano, entra
governo, sai governo, e os
beneficiários e profissionais
conveniados ao IPE-Saúde, que
atendem aos servidores públicos
e seus dependentes, seguem
sem perspectiva de melhorias.
No caso dos profissionais
médicos, a consulta, no valor de
R$ 47,00, é a mais baixa entre
todos os planos de saúde. No
que se refere ao atendimento da
população, um susto em janeiro:
o governo recém-eleito chegou
a anunciar que não iria pagar
as despesas de dezembro de
2014, o que poderia ter levado à
suspensão das consultas e dods
atendimentos, mas depois de
Arquivo SIMERS
Se forem fazer a conta, os médicos
pagam para trabalhar. Quando atendem
em posto de saúde, recebem salário, e as
despesas são do SUS. Pelo IPE-Saúde, o
valor da consulta tem de cobrir despesas de
consultório. E hoje não cobre!
Paulo de Argollo Mendes, presidente do SIMERS
forte reação do Sindicato Médico, fez o pagamento
(confira na próxima página apedido publicado nos
principais jornais gaúchos).
– A preocupação era que 10% da população do
Estado seria jogada no SUS, que já não comporta a
demanda atual – advertiu Paulo de Argollo Mendes,
presidente do SIMERS.
Segundo o sindicalista, os médicos cansaram
de ser ludibriados com sucessivas promessas,
não apenas com relação ao aumento do valor
da consulta, mas também quanto à adoção
da Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), que garantiria
exames e tratamentos mais modernos aos
pacientes.
Hoje, mais de
7 mil médicos estão
credenciados para prestar
assistência a mais de
1 milhão de beneficiários
do IPE-Saúde.
– QUEREMOS SABER DO NOVO GOVERNADOR O QUE ELE
PRETENDE: GARANTIR A CONTINUIDADE DO IPE-SAÚDE
OU EXTINGUI-LO DE VEZ – ENFATIZOU O PRESIDENTE DO
SINDICATO.
A entidade também solicitou agenda com a pasta
da Administração, que trata da previdência e saúde
dos servidores públicos, para prevenir que ocorram
novas suspensões, elevando a incerteza e gerando
mais intranquilidade aos credenciados.
Março 2015 – 47
IPE-SAÚDE
O QUE FOI PAGO
A Secretaria Estadual da Fazenda liberou, em 20 de janeiro, R$ 87,6 milhões para que o Instituto de
Previdência do Estado pudesse efetuar o pagamento de médicos, hospitais e clínicas credenciados
ao plano de saúde. Com esta medida, foram pagos os serviços realizados entre os dias 1º e 20 de
dezembro.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, autorizou a excepcionalidade das despesas com consultas
médicas, internações e exames pelo IPE-Saúde que estavam represadas por conta do decreto que
prevê cortes nas despesas públicas.
A Secretaria Estadual da Fazenda ainda enfrenta atrasos do governo passado com hospitais filantrópicos
e Santas Casas, assim como em relação a convênios com municípios para o financiamento da saúde
pública. Em alguns casos, os atrasos são superiores a três meses. Veja na página 66.
– Não interessa de quem é a responsabilidade pelos atrasos, do atual ou do governo anterior –
afirmou Paulo de Argollo Mendes, presidente do SIMERS.
Argollo fez um apelo ao governador Sartori para que novos atrasos não aconteçam, sob pena de
importante parcela da população gaúcha correr o risco de ficar sem atendimento.
48 – Março 2015
Patrícia Comunello
Maria Rita, Parode, Argollo e Bonow debateram sobre as pautas da categoria e a viabilidade do IPE-Saúde
Presidente do IPE visita o SIMERS
José Alfredo Parode esteve no Sindicato Médico no mesmo dia em que Paulo de
Argollo Mendes foi recebido pelo novo governador
O futuro presidente do Instituto de Previdência do
Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs), José Alfredo
Parode, fez uma visita à direção do Sindicato
Médico do Rio Grande do Sul para um primeiro
contato e projeção de demandas e necessidades
de melhoria do sistema. O encontro, poucos dias
depois do episódio referente ao atraso no pagamento
das despesas do instituto, ocorreu na sede da
entidade, em Porto Alegre, na mesma data em que,
pela manhã, o presidente do SIMERS, Paulo de
Argollo Mendes, havia estado em audiência com
o governador José Ivo Sartori (PMDB), no Palácio
Piratini (leia texto sobre o tema na página 6).
Além do presidente do SIMERS, também estiveram
reunidos com Parode a vice-presidente, Maria Rita
de Assis Brasil, e o diretor Germano Bonow.
Na reunião, os dirigentes do SIMERS ressaltaram as
pautas prioritárias da categoria, como atualização do
valor da consulta, exames e procedimentos,
e a adoção da Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos
(CBHPM), que proporcionará acesso de
pacientes a exames e tratamentos mais
modernos.
O presidente do Ipergs adiantou que
seu compromisso é com a garantia da
regularidade nos pagamentos pelos serviços
e esclareceu que pendências históricas,
como dívidas, passarão por uma avaliação
“para que se possa encaminhar soluções
dentro das possibilidades do orçamento do
Ipergs e da realidade do Estado”.
Parode ainda conversou sobre alternativas
de diferenciação e novos planos para ampliar
a base de beneficiários, o que daria maior
sustentabilidade ao IPE-Saúde.
Março 2015 – 49
IPE-SAÚDE
Patrícia Comunello
Na TV, Argollo cobra
medidas sobre IPE-Saúde
O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes,
cobrou transparência na gestão financeira do IPE-Saúde
e a atualização da tabela do órgão aplicando o rol da
Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos
Médicos (CBHPM). A manifestação ocorreu durante
sua participação no programa Conversas Cruzadas,
da TVCom (foto), em janeiro. Argollo definiu como
extremamente grave o que ocorre no IPE-Saúde.
– Está falido, é uma caixa preta. Ninguém sabe o
que o governo está aportando em recursos. Virou um
queijo suíço com o progressivo descredenciamento de
profissionais – lamentou o sindicalista.
O presidente do SIMERS destacou, ainda, a falta de
atualização na lista de procedimentos médicos cobertos
pela tabela do Instituto.
– Há anos reivindicamos a adoção da CBHPM. Existe
um grupo paritário, com a presença da direção do
Instituto, que discute a possibilidade há muito tempo.
Há procedimentos que o próprio SUS cobre e não
são reconhecidos pelo IPE-Saúde, o que faz com
que pacientes precisem ir à Justiça para garantir
atendimento – exemplificou o dirigente.
50 – Março 2015
Proposta de acordo foi
recusada em 2014
A mais recente tentativa de acordo
entre os médicos credenciados
ao IPE-Saúde e a instituição é de
novembro de 2014. Na ocasião, a
proposta de acordo foi recusada em
decisão unânime durante assembleia.
À época, o coordenador da Comissão
Estadual de Honorários Médicos
(CEHMRS) e diretor do SIMERS, Jorge
Eltz de Souza, foi taxativo:
– Não temos como assinar um acordo
que não prevê uma proposta concreta
para os médicos – disse Eltz,
lembrando que o valor da consulta
paga aos médicos (R$ 47,00) está
sem reajuste há mais de três anos,
com a defasagem chegando a mais
de 28%. Em acordo firmado em
agosto de 2011, o IPE havia se
comprometido a implantar, na sua
plenitude, a Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos
Médicos (CBHPM) até 31 de
dezembro do mesmo ano, o que não
ocorreu.
– Não tínhamos como negociar a
valoração da CBHPM somente para
o segundo trimestre de 2015 –
explicou Eltz.
Confira vídeo com a participação de
Paulo de Argollo Mendes no Conversas
Cruzadas. Para acessar, é necessário
baixar um aplicativo leitor de QR code
em seu smartphone.
GRAVATAÍ
Aumento aprovado
Comunicação SIMERS
Projeto de lei eleva salário-base de médicos e
institui a opção de redução de carga horária
Clarissa Bassin e os representantes da comissão de negociação
A Câmara de Vereadores de Gravataí
aprovou o projeto de lei 109/2014, que
aumenta o valor da hora trabalhada em
63%, estabelece isonomia na matriz
salarial e institui a opção de redução de
carga horária para 12h e 16h semanais.
Porém, ao contrário do acordado, a
Procuradoria-Geral não apresentou o
texto final ao Sindicato Médico.
A aprovação, em final de dezembro, foi
recebida com críticas pela entidade,
que constatou que a opção de redução
de carga horária foi colocada como
52 – Março 2015
regime especial de trabalho e com duração de um ano,
prorrogável pela necessidade do serviço.
– Isso não foi o que ficou ajustado. O médico não pode
ter incertezas ao fazer esta opção, pois organiza sua vida
funcional a partir de sua disponibilidade de horário –
explicou Clarissa Bassin, diretora do SIMERS.
Após a votação, representantes do Sindicato Médico
estiveram em Gravataí em reunião com o secretário de
Saúde, Jones Martins, e com o diretor Administrativo e
Financeiro, Laone Pinedo, para discutir inconformidades no
projeto de lei do Executivo. Segundo os representantes da
Secretaria de Saúde, alguns pontos sugeridos pelo SIMERS
serão ajustados.
ENTRE ELES, A ADEQUAÇÃO DO TEXTO PARA QUE
EM CINCO ANOS DE TRABALHO ININTERRUPTOS OU
10 ANOS INTERCALADOS SEJAM INCORPORADAS A
CONVOCAÇÃO E A CRIAÇÃO DE OUTROS PROJETOS
DE LEI QUE FORMALIZEM O SALÁRIO DO MÉDICO
EMERGENCISTA E DO MÉDICO CONCURSADO PARA
20H, MAS QUE EXERCE ATIVIDADE
NA EMERGÊNCIA.
Também ficou acordado o encaminhamento
de carta para os médicos contendo o
requerimento que formaliza a opção pela
mudança de regime. Porém, essa concessão
será dada de acordo com a análise da
demanda reprimida de cada especialidade.
Outro ponto de discussão foi a implantação do
ponto biométrico.
HISTÓRICO
A categoria está em estado de greve
desde março de 2014. Em 20 de outubro,
durante assembleia geral extraordinária, os
profissionais entraram em greve, suspensa
após reunião com o prefeito Marco Alba,
que reabriu as negociações para tratar das
reivindicações mais urgentes dos médicos.
Em dezembro, após reuniões entre SIMERS e
representantes da prefeitura, os municipários
consideraram, em nova assembleia, que a
meta segue sendo o piso nacional proposto
pela Federação Nacional dos Médicos
(Fenam). O SIMERS já garantiu aumento do
valor da hora de R$ 42,00 para R$ 68,00 e
isonomia na matriz salarial.
Médicos reforçam mobilização
Patrícia Comunello
Depois de um 2014 com greve histórica, os médicos
municipários e celetistas que atuam em serviços de saúde
do município de Gravataí voltaram a se reunir em fevereiro
deste ano e confirmam a mobilização. Em encontro no
SIMERS, a categoria e integrantes da direção da entidade
discutiram a situação do cumprimento do acordo selado
com a prefeitura e pendências que necessitam de
regulamentação.
A vice-presidente do SIMERS, Maria
Rita de Assis Brasil, ressaltou que
o movimento do ano passado foi
decisivo para as conquistas.
– Sem aquela mobilização, a
barraquinha em frente à prefeitura e
a pressão, o prefeito Marco Alba não
teria atravessado a rua e instaurado o
diálogo – avaliou a dirigente.
A preocupação agora é sobre a
implantação de disposições do
acordo que ainda dependem de envio
de projeto para a Câmara Municipal.
A vigilância sobre o cumprimento do
acordo é intensa.
Encontro dos
municipários de
Gravataí no Sindicato
Médico
Março 2015 – 53
VIOLÊNCIA
Sob ameaça
constante
Shutterstock
Episódios de agressões a profissionais e
crimes em hospitais e postos de saúde levam
insegurança à população e categoria médica
A ONU proclamou 30
de janeiro como o Dia
Internacional da
Não Violência. Para marcar
a data, o Sindicato Médico
do Rio Grande do Sul reforçou
o alerta sobre a falta de
segurança e o aumento da
violência nas unidades de
Relembre alguns casos de violência
Em 2014, um paciente foi morto em um leito
do Hospital Cristo Redentor.
Em novembro, um homem foi assassinado a
tiros dentro do postão da Vila Cruzeiro, na zona
sul da capital.
A UPA da zona norte de Porto Alegre correu
risco de invasão por quase cem pessoas que
esperavam atendimento em junho, devido à
estrutura precária no local.
Em outubro, uma pediatra grávida foi
agredida pela mãe de uma paciente enquanto
trabalhava na UPA localizada no bairro Rio
Branco, em Canoas. Foi a segunda ocorrência
saúde na capital gaúcha e em
algumas regiões do Estado.
Os episódios envolvendo
profissionais da saúde ou
locais de atendimento à
população vêm se sucedendo
com frequência cada vez
maior (confira no quadro e no
apedido na próxima página).
de agressões físicas contra médicos no
local em menos de dois meses.
O Centro de Saúde Santa Marta, no centro
da capital, foi assaltado três vezes no ano
passado.
Em Santa Maria, as constantes ameaças
físicas e verbais levaram o SIMERS e o
Sindicato dos Médicos de Santa Maria
(Sindomed) a publicar a apedido nos
jornais locais. Após a iniciativa, a secretária
adjunta municipal da Saúde, Liliane Mello,
comprometeu-se em reforçar a vigilância:
ficou acertado que uma viatura da Brigada
Militar faria a segurança nos horários de
maior movimento.
Imagens: Shutterstock
No dia 29 de janeiro, homens
armados haviam sido detidos
em frente ao Hospital Cristo
Redentor, zona norte de
Porto Alegre. A suspeita era
de que estariam planejando
matar um paciente que deu
entrada no hospital após
ter sido baleado no bairro
Rubem Berta. Outra linha de
investigação trabalhava com
a hipótese de que os homens
armados seriam amigos do
paciente baleado e estariam
fazendo uma espécie
de proteção na
frente do hospital.
Desde 2006, o SIMERS tem
se reunido com autoridades
Entre 2006 e 2014,
o SIMERS registrou
74 casos de violência em
serviços de saúde no
Estado, 15 somente no
último ano.
da Segurança Pública
do Rio Grande do Sul,
principalmente a Brigada
Militar, exigindo, entre
outras medidas, a colocação
de policiais militares nas
proximidades dos postos e de
outros locais de assistência.
Casos de violência já
resultaram na suspensão do
atendimento à população
na região Metropolitana,
instaurando o medo entre
profissionais e população.
O Sindicato Médico considera
urgente a adoção de medidas
preventivas, antes que atos
violentos causem mais
mortos e feridos.
VIOLÊNCIA NO POSTÃO
DA CRUZEIRO
Confira o Minuto
SIMERS sobre a
execução a tiros
de um paciente
dentro do Postão
da Vila Cruzeiro,
em Porto Alegre,
que suspendeu
o atendimento e
instaurou o medo
entre profissionais
e população.
Para ter acesso
ao áudio, é
necessário baixar
um aplicativo leitor
de QR Code em
seu smartphone.
Março 2015 – 55
Apedido publicado nos jornais de Porto Alegre
56 – Março 2015
2015 com mais segurança?
Estudantes do Campus Saúde da Universidade Federal foram alvo
de constantes assaltos no ano passado
Mirella Poyastro
diretórios acadêmicos das faculdades
de Odontologia e Nutrição.
Elsade relatou que o clima de
insegurança é grande e preocupa
porque são frequentes os relatos de
furtos e roubos.
Encontro debateu a segurança dos estudantes da UFRGS
O Núcleo Acadêmico SIMERS esteve reunido com o
comandante do 9º Batalhão da Brigada Militar, major
Francisco Vieira, e com o diretor da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), José Geraldo Lopes Ramos, para tratar da falta
de segurança no Campus Saúde, nas imediações do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O encontro ocorreu
no final de 2014, atendendo à solicitação dos acadêmicos.
Participaram o diretor do SIMERS Germano Bonow, o
então presidente do NAS, Vinícius de Souza, o então vicepresidente do Núcleo, Rodrigo Elsade, e dirigentes dos
PROVIDÊNCIAS
Lopes Ramos informou que a UFRGS
trocou todo o sistema de iluminação
interna do campus, colocou câmeras
de vigilância nos 48 prédios e abriu
licitação para estudo e instalação da
central de monitoramento.
O comandante do 9º Batalhão da BM
afirmou que o policiamento na região
será reforçado.
Outras medidas também foram
adotadas: criação de um grupo
no Whatsapp (serviço de troca de
mensagens instantâneas) entre
Brigada Militar e estudantes;
organização de palestras com dicas
de segurança no início do ano letivo e,
com ajuda dos relatos, mapeamento
da criminalidade na área.
Estatística
27 roubos ao longo de 2014 70% das ocorrências aconteceram durante o dia
Em 2014, cinco pessoas foram detidas em flagrante pelos seguranças da universidade
Dados da Coordenadoria da Segurança da UFRGS
Março 2015 – 57
POLOS REGIONAIS
Shutterstock
Pelo Rio
Grande
A estrada é a rotina dos representantes do Sindicato Médico.
A atuação do SIMERS abrange todo o Estado e a equipe está sempre
viajando. Os advogados percorrem centenas de quilômetros, visitando
todas as cidades em que os médicos demandam assessoria,
informação ou posicionamento político
58 – Março 2015
150
Km
Prefeitura garante proposta de PCCV para 2015
Arquivo SIMERS
SANTA CRUZ DO SUL
Arquivo SIMERS
O Sindicato Médico esteve reunido com a gestão
municipal de Santa Cruz do Sul para tratar do
Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV).
Daniel Boessio, delegado regional do SIMERS,
participou da reunião em que a prefeitura assumiu
o compromisso de entregar formalmente à Câmara
de Vereadores a proposta para implantação do
PCCV em 2015.
URUGUAIANA
649
Km
SIMERS fecha
acordo com Santa Casa
SANTA MARIA
293
Km
Funcionamento do IML
O Sindicato Médico foi recebido
pelo promotor Fernando Chequim
Barros em Santa Maria. Na ocasião,
foi debatida a necessidade de
funcionamento 24 horas do Instituto
Médico Legal (IML) do município.
Após três meses de negociações,
o Sindicato Médico e a Santa Casa
de Misericórdia de Uruguaiana
formalizaram acordo referente aos
valores dos débitos de honorários
médicos das produções do SUS relativos
aos meses de fevereiro a junho de
2014. A negociação foi acompanhada
por Oscar Blanco, delegado regional do
SIMERS.
Março 2015 – 59
POLOS REGIONAIS
SÃO BORJA
594
Km
O Sindicato Médico esteve em São Borja
para requerer a contratação de mais
um médico anestesista para o Hospital
Ivan Goulart. Desde o início de fevereiro,
apenas um profissional da área cumpre
a escala de sobreaviso no local. Antes,
a função era desempenhada por dois
médicos. Para tratar da questão, o
representante do SIMERS se reuniu com o
anestesista em atividade e a administração
do hospital, que demonstrou interesse em
contratar outro profissional.
SÃO LEOPOLDO
Arquivo SIMERS
SIMERS negocia contratação de anestesista
34
Km
Comunicação SIMERS
Atraso no salário dos médicos
A diretora do Sindicato Médico Clarissa Bassin reuniu-se com o prefeito de São
Leopoldo, Anibal Moacir da Silva, para falar sobre o atraso na folha de pagamento
dos médicos municipários. De acordo com a Prefeitura, a situação aconteceu
em decorrência da falta de repasse de verba por parte dos governos Estadual e
Federal e de dívidas anteriores do município. O prefeito estima que a situação
não deva se repetir em 2015.
Os médicos continuam reclamando de problemas de falta de plantonista.
As negociações continuam.
60 – Março 2015
TRAMANDAÍ
124
Km
Avanços depois de denúncia no
Ministério Público
Juliane Soska
SOLEDADE
220
Km
Médicos irão receber
honorários em atraso
Arquivo SIMERS
A precariedade do Hospital Tramandaí, administrado pela
Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, foi denunciada pelo
Sindicato Médico ao promotor de Justiça do Ministério Público
Antonio Metzger Képes no mês de dezembro. A iniciativa foi
bem-sucedida já que todas as demandas foram atendidas.
De acordo com informações recebidas e denunciadas
pelo SIMERS, eram graves os problemas estruturais e de
escala médica. Faltava piso no centro obstétrico, havia
infiltração na unidade neonatal e presença de mofo nas
paredes. Em alguns setores, apenas a função ventilação
do ar-condicionado estava em funcionamento e portas
não fechavam devido ao desgaste da estrutura. Além
disso, as escalas de algumas especialidades não estavam
organizadas.
O diretor do SIMERS Jorge Eltz de Souza ressaltou a
importância do Hospital Tramandaí para a região.
O Sindicato Médico obteve sucesso
na negociação de honorários em
atraso de médicos que cumprem
sobreaviso no Hospital de Caridade
Frei Clemente, em Soledade. Foi
firmado acordo com a presidência
do hospital prevendo que todos os
débitos com os profissionais sejam
quitados em março, sob pena de
paralisação dos serviços.
Os honorários estavam em atraso
desde o final do ano passado. A
primeira parcela, correspondente a
novembro, já foi paga.
Março 2015 – 61
POLOS REGIONAIS
MONTENEGRO
62
Km
Cláudia Barbosa
Hospital promete pagar atrasados
Após deliberação dos
médicos do Hospital de
Montenegro, que chegaram
a decretar por unanimidade
estado permanente de
assembleia, em razão
dos constantes atrasos e
da falta de regularização
nos pagamentos, os
representantes do Sindicato
Médico estiveram reunidos
com a administração da
instituição. O diretor Carlos
B. da Silveira garantiu os
pagamentos dos honorários
atrasados, referentes ao mês
de dezembro.
RIO GRANDE
Ele explicou que o governo
do Estado não enviou a verba
acertada em contrato no mês
de novembro de 2014.
– Somos 100% SUS. O
Estado não pagou e nós
ficamos sem recursos
suficientes – detalhou.
Silveira relatou ao SIMERS
que já entrou em contato
com o diretor adjunto do
Departamento de Assistência
Hospitalar e Ambulatorial
(DAHA), Marcelo Thiefen,
o qual informou que os
repasses serão cumpridos a
partir de fevereiro.
– O único jeito de
mantermos nosso contrato
é produzindo. E aqui
nós produzimos muito.
Ano passado, foram 40
mil consultas. Temos 17
especialidades. A partir de
fevereiro, vamos botar a
casa em ordem – planeja
Silveira.
O hospital atende a
14 municípios, o que
corresponde a uma
população estimada em
170 mil pessoas.
O Sindicato continuará
acompanhando a situação.
309
Km
Prefeito irá avaliar possibilidade de PCCV
Representantes do Sindicato Médico estiveram em Rio Grande apresentando o Plano de Cargos,
Carreira e Vencimentos (PCCV) à gestão municipal. O prefeito Alexandre Lindenmeyer (PT)
prometeu estudar a proposta e, principalmente, incorporar a atual gratificação paga aos médicos
municipários ao salário-base.
62 – Março 2015
VIAMÃO
25
Km
Médicos aguardam prefeitura
NOVA PRATA
183
Km
Reajuste de 65% no sobreaviso
Representantes do SIMERS e médicos da
comissão de mobilização têm participado de
encontros periódicos com representantes da
administração e com a secretária municipal
da Saúde, Sandra Sperotto.
De acordo com a diretora Clarissa Bassin,
foi aberta a negociação para os pleitos dos
médicos.
– Esperamos que o prefeito seja sensível
e que permita que os médicos possam
permanecer em Viamão, mas para isso é
preciso corrigir a atual defasagem – resumiu
a diretora.
Arquivo SIMERS
Os médicos estatutários de Viamão decidiram
atender à solicitação do prefeito Valdir Bonatto
e estão aguardando para discutir proposta
de plano de carreira, com consequente
aumento nos vencimentos. A decisão foi
tomada durante assembleia realizada na sede
do Sindicato Médico. A categoria, contudo,
decidiu manter o estado de greve, deflagrado
em novembro.
As reivindicações são por melhores condições
de trabalho, segurança, reposição do quadro
de pessoal, remuneração e Plano de Cargos,
Carreira e Vencimentos (PCCV).
Representantes do Sindicato Médico conduziram
negociação de grande sucesso em Nova Prata. Foi
assinado acordo para majoração dos valores pagos
pelo sobreaviso da ordem de 65% para os médicos
do Hospital São João Batista. Também foi criado o
sobreaviso clínico, que não existia. O contrato já foi
assinado e prevê o início de pagamento no mês de
março deste ano, retroativos a janeiro.
Março 2015 – 63
POLOS REGIONAIS
PELOTAS
246
Km
SIMERS notifica Pronto Socorro
Arquivo SIMERS
Há mais de seis meses os cirurgiões gerais plantonistas do
Pronto Socorro (PS) do Hospital São Francisco de Paula
(HUSFP) de Pelotas estão reivindicando a contratação de
cinco médicos para a escala de plantão. O motivo principal é
a excessiva demanda enfrentada pelos profissionais, já que a
instituição hospitalar é referência para 25 municípios. Diante
desta situação, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul
notificou o PS para dar retorno aos pleitos. Em reunião realizada
com representante do SIMERS, no final de janeiro, os médicos
relataram ainda que necessitam de uma sala de cirurgia geral,
com infraestrutura adequada, e de uso exclusivo para os
atendimentos das urgências e emergências do Pronto Socorro
do município.
CACHOEIRA DO SUL
188
Km
LAJEADO
SANTO ÂNGELO
442
Km
Atrasados foram
colocados em dia
Os médicos do
Hospital Santo Ângelo
estavam com os
pagamentos referentes
aos meses de
novembro e dezembro
atrasados devido à
falta de repasses do
governo estadual ao
hospital. Negociações
do SIMERS com a
Provedoria do HSA
conseguiram ajustar
os pagamentos dos
médicos.
114
Km
PCCV para médicos
Reajuste para ESF
O Sindicato Médico do Rio Grande
do Sul esteve mais uma vez em
Cachoeira do Sul para defender a
implantação do Plano de Cargos,
Carreira e Vencimentos da categoria
junto à Secretaria Municipal de
Saúde. No encontro, ocorrido em
dezembro, o governo informou
ao Sindicato que o PCCV será
encaminhado ainda neste ano.
Depois de negociações do SIMERS, os
médicos do Instituto Continental de Saúde
(ICOS) que exercem as atividades médicas
da ESF no município receberam reajuste de
6,06% em dezembro, retroativo a setembro
de 2014.
Já no Hospital Bruno Born, os médicos da
UTI Pediátrica e Neonatal estão negociando o
acordo coletivo de trabalho. Já está acertado
reajuste de 7% retroativos a julho/2014.
64 – Março 2015
ROSÁRIO DO SUL
384
Km
Hospital sofre intervenção após denúncias do SIMERS
Após o Sindicato Médico denunciar a má
gestão ao Ministério Público e à prefeitura
de Rosário do Sul, o prefeito Luis Henrique
Antonello decidiu intervir na administração
do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Foi
decretado estado de calamidade pública na
assistência hospitalar no município e nomeada
uma nova equipe para gerir a instituição,
encabeçada por Daniel Angelo Vendruscolo.
Ele terá ao seu lado nove gestores-membros.
Entre eles, o médico André Luis Kowalski Dias,
delegado regional do Sindicato.
A intervenção foi impulsionada pelo
SIMERS por meio de diversas notificações
e reuniões com o Ministério Público, nas
quais foi relatada a ausência de repasse dos
ENCRUZILHADA DO SUL
valores do código 07, situação em que o
montante foi pago ao hospital por meio da
contratualização com o Estado relativo aos
procedimentos médicos prestados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), mas este
não repassou aos profissionais. Também
foram expostos outros problemas, como
o atraso no pagamento da remuneração
do sobreaviso das especialidades (clínica,
pediatria, obstetrícia, traumatologia e
cirurgia), a falta de formalização da
prestação do serviço médico por meio de
contrato, e o descumprimento do acordo
entre médicos e hospital de reajuste de
10% sobre os valores de sobreaviso, a
contar de outubro de 2014.
162
Km
Negociações com o Hospital Santa Bárbara
O Sindicato Médico foi a Encruzilhada do Sul, na região do Vale do Rio Pardo, conversar com os
médicos do Hospital Santa Bárbara sobre a negociação para a formalização do novo contrato de
trabalho. Foi apresentado o requerimento da especialidade de anestesista à diretoria do hospital e,
também, feita uma reunião com os pediatras para discutir as pautas de negociação.
Março 2015 – 65
MUNICÍPIOS
Com esperança, mas
sempre vigilante
Em debate sobre a falta de previsão do pagamento das dívidas do Estado
com municípios e hospitais, o presidente do SIMERS disse que espera
melhoras na gestão da saúde, mas garantiu que o Sindicato estará atento
– NOS ÚLTIMOS 20 ANOS, FORAM FECHADOS 40%
DOS LEITOS EXISTENTES NO ESTADO. A GESTÃO
DA SAÚDE TEM SIDO RUIM. VIVEMOS UMA CRISE
PERMANENTE, EM RAZÃO DA FALTA DE MATERIAIS,
DE EXAMES E DE PROFISSIONAIS. E EM BOA PARTE
ISSO ACONTECE PORQUE A GESTÃO FICA A CARGO
DE PESSOAS INDICADAS POR CRITÉRIOS POLÍTICOS,
E NÃO TÉCNICOS – FRISOU O SINDICALISTA.
66 – Março 2015
Shutterstock
O presidente do Sindicato Médico do Rio
Grande do Sul, Paulo de Argollo Mendes, foi
um dos integrantes da bancada do programa
Conversas Cruzadas, da TVCom, que foi ao
ar no dia 29 de janeiro. O tema em debate
foi a situação da saúde no Rio Grande do
Sul, a partir do decreto do governo estadual
suspendendo por 180 dias os pagamentos
referentes às dívidas contraídas na
administração anterior. O Estado reconhece
que deve R$ 208 milhões aos municípios e
R$ 177 milhões aos hospitais filantrópicos,
mas não diz quando irá pagar (leia quadro na
página 68). Argollo fez críticas contundentes
ao descaso com a saúde, enfatizando que a
situação só tem piorado.
Débora Bresciani / TV COM
Argollo no programa Conversas Cruzadas da TVCom: “A gestão da saúde tem sido ruim, vivemos em crise permanente”
Também estiveram presentes o
vice-presidente da Federação das
Associações de Municípios do Rio
Grande do Sul (Famurs), Luis Carlos
Folador, e o diretor do Departamento
de Assistência Hospitalar, Alexandre de
Britto, representando o novo secretário
da Saúde, João Gabbardo.
Diante da colocação feita por Alexandre
de Britto, de que o governo do
Estado pretende manter em dia os
repasses referentes a 2015 e que está
negociando com municípios e hospitais
um calendário de pagamento dos
atrasados, Argollo detalhou a situação
dos profissionais.
– MUITOS MÉDICOS ESTÃO COM SALÁRIOS ATRASADOS EM
RAZÃO DESTE PROBLEMA E NÃO FOMOS CONSULTADOS SOBRE
ESSAS NEGOCIAÇÕES OU ACORDOS. OS FUNCIONÁRIOS NÃO
PODEM FINANCIAR A DÍVIDA DO ESTADO, POIS VIVEM DA SUA
REMUNERAÇÃO – DISSE.
O presidente do Sindicato Médico afirmou que a
categoria é sensível ao problema da crise na saúde,
mas foi enfático.
– A situação do Instituto de Previdência do Estado
do Rio Grande do Sul (Ipergs), por exemplo, é
gravíssima. O instituto está apodrecendo e isso tem
um impacto sobre cerca de 10% da população
gaúcha, que é atendida pelo IPE-Saúde. É o plano
que pior paga os médicos, com o último reajuste
tendo sido concedido ainda no governo Yeda
Crusius, o que tem levado a um descredenciamento
generalizado – posicionou-se Paulo de Argollo
Mendes.
Março 2015 – 67
O sucateamento
na área da saúde é
generalizado. Em Porto Alegre,
há apenas dois reumatologistas
na rede ambulatorial do SUS.
Outras 2,5 mil pessoas aguardam
na fila por uma consulta com
um dos 38 psiquiatras da
capital.
APELO AOS PREFEITOS
Paulo de Argollo Mendes ressaltou,
ainda, que a prevenção também é um
elemento-chave na gestão da crise do
Estado, lembrando que a falta dela pode
ter impactos sociais e financeiros.
– Quero deixar aqui um apelo aos
prefeitos para que não esperem
que terminem os estoques de
medicamentos de uso contínuo,
como anti-hipertensivos, e só depois
encaminhem nova licitação para repor
os estoques. Deixar de fornecer esse
tipo de medicamento pode resultar,
por exemplo, que um pai tenha um
derrame, o que é uma tragédia pessoal
e familiar, em geral com impactos na
rotina da mulher e dos filhos, mas
também significa mais despesas para a
previdência e a sociedade como um todo
– detalhou o sindicalista.
Por fim, Argollo afirmou que existe a
expectativa de que se alcance um ponto
de inflexão na curva ascendente da
dívida do Estado, mas que o Sindicato
Médico estará vigilante e não deixará de
colocar o dedo na ferida nas questões
referentes à gestão da saúde.
68 – Março 2015
Shutterstock
MUNICÍPIOS
ENTENDA O CASO
O governo estadual reconhece a dívida
de R$ 177 milhões junto aos hospitais
gaúchos e de R$ 208 milhões referentes
aos programas de saúde dos municípios
(Farmácia Básica, Estratégia de Saúde da
Família, Samu, entre outros).
Os hospitais filantrópicos receberam em
janeiro um repasse de R$ 78 milhões. Já
os municípios contavam com o pagamento
de uma parcela de R$ 45 milhões,
referente a dezembro do ano passado,
mas a medida não foi efetivada, apesar
de anunciada pelo governo estadual na
segunda quinzena.
Em encontro com representantes da
Federação das Associações de Municípios
do Rio Grande do Sul (Famurs), no dia
29 de janeiro, o secretário estadual da
Fazenda, Giovani Feltes, sinalizou que
o pagamento da dívida poderá ser feito
de maneira parcelada, mas não disse
quando isso irá ocorrer. Ele apenas se
comprometeu em pagar em dia os recursos
referentes a 2015.
NOTAS
Cláudia Barbosa
Negociação com
Detran/RS
O Sindicato Médico voltou a negociar
com o Detran/RS um reajuste no valor
das avaliações das Juntas Médicas e
Psicológicas Especiais e Recursais.
O objetivo é adequar a remuneração
ao valor referencial descrito na
Classificação Brasileira Hierarquizada
de Procedimentos Médicos (CBHPM). Em
janeiro de 2014, o diálogo entre SIMERS
e Detran/RS resultou em reajuste de 43%.
Fotos: Amália Ceola
Mãe de Deus:
médicos votam
a favor
Os médicos do sistema de saúde Mãe
de Deus (exceto médicos de Porto
Alegre) votaram a favor do acordo
coletivo para o ano de 2015, em
assembleia geral ocorrida em Canoas.
Durante o encontro, os profissionais
esclareceram dúvidas sobre cláusulas
como as da jornada de trabalho, da
hora extra e da remuneração. Ficou
definido que as partes irão assinar
o Acordo Coletivo de Trabalho e o
documento será encaminhado para
registro na Delegacia Regional do
Trabalho (DRT).
Radimagem:
acordo coletivo
Os médicos da
Radimagem aprovaram
por unanimidade a
proposta de Acordo
Coletivo de Trabalho da
empresa, com vigência
de 1º/9/14 a 31/8/16.
A decisão ocorreu
durante assembleia geral
extraordinária realizada
na sede do SIMERS.
A coordenação foi feita
por André Gonzales,
diretor do Sindicato.
FHGV propõe regular atividade dos médicos
A vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil, recebeu a visita do diretor-geral da Fundação Hospitalar Getúlio
Vargas (FHGV), Juarez Wolf Verba. Verba manifestou a intenção de promover um acordo coletivo para regular a atividade dos
médicos na instituição. A FHGV enviará uma minuta apresentando as bases gerais para a negociação.
Março 2015 – 69
Comunicação SIMERS
PRONTO SOCORRO
Promotora Lisete Erbes recebeu o documento encaminhado pelo Sindicato Médico
Desmonte do HPS
SIMERS entregou denúncia ao Ministério Público dos Direitos Humanos
O Sindicato Médico entregou à Promotoria de Justiça de
Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público de
Porto Alegre denúncia sobre as condições do Hospital de
Pronto Socorro (HPS).
O documento foi repassado à promotora Lisete Erbes e
cópia da denúncia foi protocolada também no Conselho
Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS).
A direção-geral do HPS tem se recusado a receber o
Sindicato, razão pela qual foi necessário procurar o
Ministério Público para tratar dos problemas que afetam
médicos e pacientes.
A população corre riscos: um trauma pode ser
agravado por ter sido encaminhado ao especialista
inadequado ou pela falta de profissional na
escala de trabalho.
70 – Março 2015
O DRAMA DA INSTITUIÇÃO
Faltam neurocirurgiões para completar a escala
de trabalho.
Enfermeiras estão fazendo não apenas
a classificação de risco, mas também o
encaminhamento ao médico especialista, atividade
que é privativa do médico.
As obras, que deviam estar prontas antes da
realização da Copa do Mundo, seguem afetando o
trabalho na instituição, com reflexo especialmente
nas UTIs.
Recentemente, a falta de ar-condicionado nas
UTIs foi também denunciada pelo SIMERS ao MP.
MUNICIPÁRIOS
Reaberta negociação
Capital retoma discussão sobre a pauta de reivindicações dos municipários
Estão em andamento as negociações entre o Sindicato
Médico e a prefeitura de Porto Alegre em relação às
reivindicações dos médicos municipários. Diretores
e membros da assessoria jurídica estiveram reunidos
com o vice-prefeito da capital, Sebastião Melo, para
tratar a proporcionalidade do valor-hora das 20, 30
e 40 horas da categoria. O processo de negociação,
reaberto no final do ano passado, abrange também a
pauta de reivindicações dos municipários, que contém
O SIMERS
promove encontros
periódicos com os
médicos municipários de Porto
Alegre para tratar da pauta de
reivindicações da categoria.
As reuniões ocorrem na
primeira quarta-feira de cada
mês, às 19h, na sede do
Sindicato.
Pryscila Silva
14 pontos.
Um segundo encontro para debater o possível impacto
financeiro da proporcionalidade para o orçamento do
município aconteceu no final do mês. Entretanto, após
várias horas de conversa, os representantes do Poder
Executivo avaliaram que seria necessário mais tempo
para analisar os dados e impactos.
O Sindicato Médico foi representado pelos diretores
Clarissa Bassin e Jorge Eltz. Entre os representantes
do município, estavam o secretário de Administração,
Elói Guimarães, e a presidente do Comitê de Política
Salarial, Maria Leonor.
Para Jorge Eltz, a reunião foi importante,
pois manteve aberta a negociação, porém
não houve avanços.
Em reunião com os médicos, foi decidido
que a categoria deve esperar o envio do
estudo de impacto financeiro feito pela
prefeitura municipal para que possam ser
tomadas providências.
Negociação foi reaberta, mas avanços ainda não aconteceram
Março 2015 – 71
CURIOSIDADE
s
o
t
n
e
m
a
c
i
d
Me
em cartaz
Título: Uraseptyl
iga)
ações (rins, catarro e bex
Patologia: Contra inflam
a 1916
Data da impressão: 1910
FONTE: livro Museu da Farmácia
– Farmácia Portuguesa, de Maria
Paula Basso. Edições Inapa
Lisboa, 2000
72 –– Março
Março 2015
2015
72
Título: Quinado Va
sconcellos
Patologia: Falta de
apetite
Data da impressã
o: 1948
Março 2015 – 73
ASSOCIADOS
Somos mais de 15 mil
Antes mesmo de iniciar a residência em Oftalmologia
no Instituto Ivo Correa Meyer, em Porto Alegre, a
médica recém-formada Marindia Graciolli tomou uma
providência: associou-se ao Sindicato Médico. Com
28 anos e ex-aluna da Fundação Universidade do
Rio Grande (FURG), a profissional não teve dúvida
em seguir os passos de uma amiga. A colega médica
soube que o SIMERS, além de contar com equipe
especializada em questões referentes a Imposto de
Renda e outros tributos, também oferece todo o apoio
e esclarecimentos necessários para quem quer abrir
o próprio consultório ou clínica. Era exatamente o tipo
de estrutura que essa amiga precisava.
E foi assim que a doutora Marindia também decidiu
buscar o Sindicato. Acabou se tornando, em janeiro
de 2015, a associada número 15.000 do maior
Sindicato Médico da América Latina.
– ESTOU MUITO SATISFEITA, POIS SEI QUE O SIMERS
OFERECE TODA A INFRAESTRUTURA QUE PRECISO NA ÁREA
ADMINISTRATIVA E JURÍDICA – COMEMORA MARINDIA.
Arquivo pessoal
Aluna de Medicina da FURG concluiu o curso e se associou ao Sindicato
Infraestrutura de serviços do SIMERS
atraiu Marindia
SERVIÇOS DO SIMERS
PROTEÇÃO
GESTÃO
CONVÊNIOS
INFORMAÇÃO
Serviços que
garantem segurança
e tranquilidade ao
exercício profissional,
com plantão 24 horas,
assessoria jurídica,
seguros, assistência
médica e odontológica.
O SIMERS cuida do
Imposto de Renda,
da folha salarial dos
funcionários e dos alvarás,
oferece serviço de gráfica
para receituário, banco de
secretárias, certificação
digital e muito mais.
O SIMERS
Advantage
oferece
descontos e
promoções
exclusivas
para
associados.
O Sindicato está presente
nas mais diferentes
plataformas de comunicação,
incluindo participação ativa
nas redes sociais e muitos
canais informativos, como
o site e a revista Vox
Medica, entre outros.
74 – Março 2015
Divulgação
CONVÊNIOS
Helicóptero Esquilo: um dos equipamentos da frota da Uniair
Tranquilidade no ar
Serviço aeromédico está disponível 24 horas e é extensivo a familiares
Desde 2006, os associados do Sindicato Médico têm a
tranquilidade de contar com os serviços aeromédicos
disponibilizados pela Uniair. A infraestrutura funciona
24 horas, contando com seis aeronaves (dois
helicópteros Esquilo e quatro aviões King Air). O
benefício é extensivo aos familiares dos associados.
Para acionar a empresa, o médico assistente do
paciente deve entrar em contato com a Uniair pelo
telefone 0800.51.9519 e solicitar o serviço de remoção,
sem custos.
De outra parte, a Uniair firmou, em 2011, um protocolo
de intenções com o SIMERS que contempla voos
executivos.
O SERVIÇO GARANTE O DESLOCAMENTO IMEDIATO DE
INTEGRANTES DA DIRETORIA, ADVOGADO OU JORNALISTA
PARA QUALQUER LOCALIDADE DO ESTADO EM CERCA
DE DUAS HORAS. É A CERTEZA DE CONTAR COM O
APOIO ESPECIALIZADO 24 HORAS QUANDO SURGIREM
DIFICULDADES NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL.
PERFIL DA UNIAIR
A Uniair Serviços Aéreos
é homologada para operar
em todo território nacional,
América do Sul, América
Central e Caribe. Presta
serviços de remoção
aeromédica e voos executivos.
Entre seus principais clientes
do serviço de transporte
aeromédico, estão as
singulares e federações do
Sistema Unimed, governo do
Estado/Secretaria da Saúde e
diversos grupos empresariais.
A empresa também presta
serviço de táxi aéreo.
Março 2015 – 75
NAS
Núcleo acadêmico:
atividades de 2014
Uma série de iniciativas mobilizou o NAS no ano passado. O principal destaque foi o excelente
resultado alcançado pelo Trote Solidário, projeto premiado que transformou o tradicional trote
universitário em ações de solidariedade: foram 24 toneladas de alimentos e 377 bolsas de
sangue arrecadadas em 2014. Confira o resumo dos resultados e também as principais lutas que
mobilizaram os acadêmicos no ano que passou: falta de segurança nas universidades, aumento
do número de Faculdades de Medicina e tentativa de transformação da titulação de médico
em Bacharel em Medicina. O NAS fechou o ano com 753 acadêmicos associados, número 34%
superior a 2013, quando somava 564 associados (em 31 de dezembro).
Trote solidário 2014
Arrecadação
24 toneladas de alimentos
377 bolsas de sangue
Universidades participantes
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande
do Sul
PUC-RS Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul
Premiação
UFCSPA Universidade Federal de Ciências
da Saúde de Porto Alegre
Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia
2014, da Associação Brasileira de
Recursos Humanos (ABRH), categoria
Desenvolvimento Sustentável e
Responsabilidade Social / Organização
Cidadã.
Ulbra Universidade Luterana do Brasil
UCPel Universidade Católica de Pelotas
UFPel Universidade Federal de Pelotas
FURG Universidade Federal do Rio Grande
UPF Universidade de Passo Fundo
UCS Universidade de Caxias do Sul
76 – Março 2015
Principais lutas
Segurança nas universidades
Aumento do número de
Faculdades de Medicina
Denúncia da tentativa de
transformação da titulação de
médico em Bacharel em Medicina
Bacharel em Medicina
A ameaça de transformar os médicos
em bacharéis (que retorna de tempos
em tempos) foi tema do encontro entre o
NAS e o presidente do Conselho Federal
de Medicina (CFM), Carlos Vital Tavares
Corrêa Lima. Representaram o Núcleo
Acadêmico o então presidente, Vinícius
de Souza, e o vice-presidente, Rodrigo
Elsade.
Novos cursos
O governo federal acredita que lançar novos
profissionais no mercado é a solução para
a má distribuição dos médicos no Brasil.
Resultado: abertura de cursos de Medicina
indiscriminadamente. Observe os números
abaixo. O NAS tem lutado contra esta prática,
levando o tema a debate não só no Rio Grande
do Sul, mas também em eventos nacionais.
O número de estudantes de Medicina passou
de 46.881, em 1991, para 108.033, em 2011.
Em 2012, eram 197 escolas. Em 2014, 242.
Só em 2014 foi aprovada portaria criando 39
novas escolas.
Dos cursos que iniciaram atividade de 2004 a
2011, 77,8% são privados.
De 1996 a 2001, a porcentagem de evasão
em cursos de Medicina estava abaixo de 5%.
De 2007 a 2011, essa porcentagem ficou
entre 15,95% e 20%.
Para os associados
Debate
O Futuro da Medicina
Brasileira na Conjuntura Política Atual,
que aconteceu em novembro, com a
coordenação do acadêmico Germano
Mostardeiro Bonow e a participação dos
deputados federais Ronaldo Caiado e
Osmar Terra.
Convênios
GNC Cinemas
Espaço Itaú de
Cinema
Panvel Farmácias
Unimed e
Unimed Odonto
Artmed Editora
Yázigi
Cursos
Curso de Radiologia
VII e VIII Curso de ECG
4º Curso de Desafios no Planejamento da Carreira
Curso de Especialidades Médicas do NAS
Eventos
XVII Congresso Gaúcho de Educação Médica
Electrolux
Congresso Brasileiro de Educação Médica
Wizard
IV Jornada de História da Medicina
Participação em quatro semanas acadêmicas
Março 2015 – 77
Amália Ceola
Diretoria do Núcleo Acadêmico e dirigentes do SIMERS
Gestão 2015
A nova diretoria do Núcleo Acadêmico SIMERS tomou posse no final de 2014. O novo presidente
e acadêmico Tadeu Ludwig do Nascimento lembrou da importância das atividades realizadas pelo
NAS, que vão além da representatividade e das lutas pelos interesses profissionais dos futuros
médicos, beneficiando a sociedade com ações de solidariedade, como o Trote Solidário. PRESIDENTE Tadeu Ludwig do Nascimento
VICE-PRESIDENTE Vinícius de Souza
VICE-PRESIDENTE
Marina Cobalchini
78 – Março 2015
DIRETORES
CONSELHEIROS
Alexandra Todescatto Bárbara Dalla Corte Bruna Gregolim
Dimas Gramz
Géssica Haubert
Gisele Belloli
Leonardo Mazzochi
Marcelo Fabris
Marcos Razera Tatiane dos Santos
Vinícius Costa
Katia Foltz
Rodrigo Elsade
Tamie Hatori
Willian Adami
Amália Ceola
MEIO AMBIENTE Somos sustentáveis
Para colaborar com uma cidade mais humana e livre de poluição, o SIMERS adotou
o sistema de bikeboy e está deixando de emitir gás carbônico em suas entregas
Pequenas atitudes mudam o planeta. O SIMERS
acredita nesta máxima e está fazendo a sua parte.
São muitas iniciativas em prol do respeito ao meio
ambiente, como campanhas internas de otimização
de papel (se não for possível evitar a impressão,
utilize os dois lados da folha), uso racional de água
e energia elétrica, separação e destinação correta
de lixo. Para somar a estas práticas, no final do ano
passado o Sindicato Médico contratou o serviço de
bikeboy, em substituição ao tradicional motoboy.
Agora, boa parte das entregas é feita neste sistema,
deixando para a moto somente as de extrema
urgência. Com isso, já foi possível deixar de emitir 1,4
tonelada de CO2 em 49 dias.
Resultado
gratificante
O serviço de bikeboy em 49 dias:
2.379,9 Km pedalados
48 Km por dia, em média
1,4 tonelada de CO2 não emitidos
Comparação com o serviço
convencional de motoboy
Curiosidade
O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) é
emitido principalmente pelo uso de combustíveis
fósseis (petróleo, carvão e gás natural). Segundo o
Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima,
o CO2 é o principal responsável pelo aquecimento
global.
As emissões de gás carbônico batem recordes
anuais consecutivos. Em 2013, alcançaram 36
bilhões de toneladas. A China respondeu por
28% dos gases poluentes, seguida pelos Estados
Unidos e pela União Europeia.
Fonte: www.oeco.org.br e G1
Março 2015 – 79
la
Ceo
a
i
l
á
Am
PERSONA
Médico, sim, e
com todas as letras
Arquivo pessoal
Apaixonado por literatura desde os 12 anos, o cirurgião Nilson Luiz May
assumiu a cadeira 10 na Academia Rio-Grandense de Letras
Nilson Luiz May:
médico e escritor
80 – Março 2015
“Meu ofício
literário é
praticado na
biblioteca de 3 mil
volumes.”
O ano de 2014 foi inesquecível para o
médico e escritor Nilson Luiz May. Ele foi
empossado na noite de 25 de setembro
como o mais novo ocupante da cadeira
número 10 da Academia Rio-Grandense
de Letras, cujo patrono é Aquiles Porto
Alegre. Trata-se de mais um sonho realizado
pelo atual presidente da Federação das
Cooperativas Médicas do Rio Grande do
Sul (Unimed-RS), desde adolescente um
apaixonado pela literatura.
Nascido em 15 maio de 1940, em Santa
Cruz do Sul, mas sendo levado ainda bebê
para Caxias do Sul, May formou-se em
Medicina pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1963, e
tornou-se médico-cirurgião, especialista
em aparelho digestivo. Uma característica
de sua carreira é a intensa participação
em entidades de classe, tendo ocupado
inúmeros cargos eletivos.
O currículo literário de May não é menos
denso. É autor de romances, livros de
contos e crônicas. Sua obra mais recente,
de contos, Última Chamada, foi editada
em 2012 pela editora Scriptum Produções
Culturais.
– Nunca foi hobby, nunca foi diversão. Foi
paixão séria, foi amor pela literatura. Escrever é
meu segundo ofício – garante.
Nem o pai (Armindo Rodolfo, jogador de
futebol profissional e escriturário na Metalúrgica
Eberle), nem a mãe (a dona de casa Leolita
Cecília) cultivavam o hábito de ler. Por isso, a
paixão de May não foi precoce. Só lá pelos 12,
13 anos é que se encantou pelas histórias que
se escondiam e se revelavam nos livros. May
nunca esqueceu as três primeiras obras que
comprou na década de 1950, cujos exemplares
guarda, envelhecidos, mas acarinhados, na
biblioteca de casa: O Corcunda de Notre Dame,
de Victor Hugo; O Guarani, de José de Alencar,
e A Cidadela, de A.J.Cronin, que virou livro de
cabeceira durante bom tempo, até porque trata
de temas médicos.
Em seu discurso de posse na ARL,
Nilson discorreu, entre outros temas,
sobre como, na condição de médico, encontrou
espaço para se dedicar também aos livros e à
literatura:
– Talvez o período de exercício profissional vivido
em pequenos vilarejos no interior do Estado,
em um tempo em que o médico era realmente
de família, tenha me favorecido, nos longos
espaços de reflexão, ausentes outros lazeres.
NO PAPEL DE ARAUTO
O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo
Mendes, foi o encarregado de entregar a
medalha da Academia Rio-Grandense de Letras
ao médico Nilson Luiz May e afirmou sentir-se
honrado por participar desta data especial.
– Vim homenagear e também fui
homenageado, pois fui surpreendido quando
me chamaram para entregar a medalha. O
colega Nilson May fez um discurso vivo, claro
e nos presenteou com sua erudição. Foi um
prazer – disse Argollo.
Divulgação | Federação Unimed
Argollo e May: momento da colocação da medalha
OBRAS EM DESTAQUE
Terra da Boa Esperança, 1989 - romance
Inquéritos em Preto-e-Branco, 1994 - contos
Pelos (des)caminhos da Medicina Assistencial
Brasileira, 1996 - ensaios
Céus de Pindorama, 1996 - novela
A Máquina dos Sonhos, 2008 - crônicas
Misterioso caso na Repartição Pública, 2010 - romance
Última Chamada, 2012 - contos
Última Chamada
Editora Scriptum
Contos
A máquina dos sonhos
Editora AGE
Crônicas
Março 2015 – 81
MUHM
Fotos: Comunicação SIMERS
Alunos do projeto Aluno em Foco, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Chico Mendes, em frente à mostra
Exposição vira
mostra de alunos
Estudantes, pais e professores prestigiaram evento de lançamento
Durante pouco mais de um mês, o Museu de
História da Medicina (MUHM) exibiu a mostra
Futebol de todo dia, paralela à exposição Medicina
e o Futebol: quando a saúde entra em campo. A
iniciativa ocupou a sala Rita Lobato e reuniu fotos
de alunos do 1º ao 9º ano da Escola Municipal
de Ensino Fundamental Chico Mendes, de Porto
Alegre. Um sarau fotográfico com a presença dos
alunos, pais e professores inaugurou o espaço. E
não faltaram clics. Ao final, os alunos receberam
82 – Março 2015
uma lembrança do museu e participaram de
uma confraternização.
De acordo com a professora responsável,
Adriane Feijó Rodolpho, o trabalho, proposto
após a visitação à exposição Medicina e o
Futebol: quando a saúde entra em campo,
faz parte do projeto Aluno em Foco, que
busca trabalhar não só o uso adequado da
câmera digital e suas funções, como também
a necessidade de movimentação do fotógrafo
O POPULAR FUTEBOL
O tema escolhido pelos alunos neste ano foi ao
encontro do abordado na exposição vigente no
museu: o futebol. Como lembra a professora,
o esporte é popular, praticado não apenas na
aula de Educação Física, mas durante o recreio,
início ou final das aulas. Velha ou nova, ou até
feita de meia, a bola de futebol e o esporte estão
presentes na escola, promovendo a integração,
a competição saudável, o movimento e, ainda, o
cumprimento de regras, tolerância, coletividade
e alegria.
APRENDIZADO PARA A FAMÍLIA
Os pais aprovaram o resultado. A mãe do aluno
Rafael Galhardo Grecilo, Silma Ablo Nunes,
disse que está aprendendo com o filho de 12
anos.
– Agora ele é que me ensina como tirar fotos –
orgulha-se a mãe.
Rafael também gostou de participar.
– A fotografia é diferente, eu tenho outra visão –
filosofou.
Ana Lúcia Carrion, mãe de Eduarda Carrion, de
8 anos, comemorou a diminuição da timidez da
filha.
– Ela se envolveu bastante, foi muito positivo, já
fez outro trabalho com lenços – relatou. Eduarda
confirmou a informação da mãe.
Shutterstock
na busca da imagem, foco, luz, enquadramento
e composição.
– Esperamos despertar nos alunos a paciência,
a criticidade, a observação e a autoestima –
afirmou a professora.
O objetivo é também ampliar o acesso da
comunidade ao espaço do museu. A escola
fica no bairro Mario Quintana e participa
de atividades no museu desde 2009, tendo
realizado outra exposição no MUHM nos meses
de janeiro e fevereiro de 2012.
Alunos-fotógrafos
Adrian da Silva Dorneles – 9 anos
Amanda Nadiane Leite – 10 anos
Ana Paula Mello da Silva – 13 anos
Andressa Campos Martins – 12 anos
Cleverson Daniel Fagundes – 12 anos
Eduarda Carrion Freitas – 8 anos
Eva Suyane Tonini da Silva – 13 anos
Gabriel Bohrer – 12 anos
Gabrielle Monteiro dos Santos – 13 anos
Greice Soriano Gonçalves – 13 anos
Laura Cândido da Rosa – 12 anos
Luiz Henrique Silva da Rosa – 9 anos
Pablo Otávio Boaventura Deniz – 10 anos
Pedro Augusto Boaventura Deniz – 8 anos
Pedro Henrique Rodrigues – 13 anos
Rafael Galhardo Ablo Grecilo – 12 anos
Raí Godinho Serpa – 10 anos
Ruan Ângelo Moreira Olmedo – 8 anos
Yan de Lima – 10 anos
Março 2015 – 83
MUHM
MUHM recebe vestibulandos
Gabriel Lima Machado visitou o MUHM
ao lado das amigas Jéssica e Natália
A vestibulanda de Medicina Ketreen Balbinot Petkowicz,
18 anos, também aproveitou a saída da prova para visitar
o MUHM junto com a amiga Emanuela Ferronato, 18
anos, que disputava uma vaga para Odontologia.
– Fiquei impressionada com a sala de cirurgia, que
mostra a evolução que a Medicina alcançou – contou
Ketreen.
A curiosidade fez com que Larissa Maria da Silva, 19
anos, entrasse no MUHM acompanhada dos pais, Laura
e José.
– É muito legal poder conhecer um pouco mais como era
a Medicina nos tempos antigos – elogiou a jovem, que
veio de Londrina, no Paraná, para tentar uma vaga em
Medicina.
Melissa Bulegon
Durante o vestibular da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
em Porto Alegre, dezenas de candidatos
aproveitaram o horário diferenciado para
visitar o Museu de História da Medicina
(MUHM), que fica quase em frente ao
Colégio Rosário, tradicional local de
provas. O espaço abriu de sábado, 3
de janeiro, a quarta-feira, dia 7, das
10h30min às 17h.
– Fiquei sabendo do museu pelos
meus amigos e quis vir para saber mais
sobre a profissão que eu quero cursar
– contou o vestibulando Gabriel Lima
Machado, 17 anos.
Ao lado das amigas Jéssica Monte
e Natália Campos dos Santos, que
também optaram por Medicina no
vestibular, ele circulou atentamente pelo
museu.
– Tem muita coisa interessante, como
as partes detalhadas do corpo humano
e como eram feitas as vacinações
antigamente – disse Gabriel.
Conservação e preservação
De 25 a 27 de março, o Museu de História da Medicina
promove o IV Ciclo de Palestras de Preservação e
Conservação de Acervos, que acontece em sua sede,
na av. Independência, 270, sempre das 18h30min às
20h30min. A atividade dá direito a certificado. As inscrições
são gratuitas e estão abertas pelo site www.muhm.org.br.
Programação
25 de março
Conservação de acervos: documentação, informação e contexto
Ministrante: Profª Drª Lizete Dias de Oliveira (Museologia UFRGS)
26 de março
Do objeto ao objeto-documento: pesquisa e documentação
museológica
Ministrante: Profª Ms. Ana Celina Silva (Museologia UFRGS)
27 de março
1ª parte: A Espada Africana e a interpretação do patrimônio
negro africano musealizado, Museu Júlio de Castilhos, RS
Ministrante: Roberta Machado (Museóloga e Turismóloga)
2ª parte: É Livro Raro?
Ministrante: Lourdes Maria Agnes (Bibliotecária)
MUHM realiza primeiro
Sarau Lírico do ano
A primeira edição de 2015 do
Sarau Lírico ocorreu no dia 8
de fevereiro. A soprano Elisa
Machado e o barítono Francis
Padilha, acompanhados
pelo pianista Leandro Faber,
interpretaram grandes clássicos,
como Hai già vinta la causa
(As Bodas de Fígaro) e Mi
tradi quell’alma ingrata (Don
Giovanni), ambas de W. A.
Mozart, e Dunque io son (O
Barbeiro de Sevilha), de G.
Rossini. Mesmo em um dia
chuvoso, a sala Rita Lobato
esteve lotada. A apresentação
reuniu apreciadores do canto,
como o médico Jair Ferreira,
que, além de exercer a Medicina,
também é barítono e já se
apresentou em um sarau em
2010.
Para o presidente da Associação
Gaúcha de Cultura Musical e
Agenda Lírica e também médico,
Aury Hilário, um dos grandes
diferenciais do Sarau Lírico do
MUHM, que em 2015 chega ao
seu sétimo ano consecutivo, é a
sua periodicidade, a qual permite
uma fidelização do público.
Hilário contribui na organização
do evento desde a sua primeira
edição e assegura que oferece a
mesma qualidade dos realizados
em outras capitais do Brasil e do
mundo.
O Sarau Lírico ocorre na
primeira quinta-feira do mês, às
18h30min, na sede do MUHM
(av. Independência, nº 270).
HUMOR
GENÉTICA
Podem-se evitar
descendentes, mas
ninguém jamais
conseguiu evitar
antepassados.
Quem sai aos
seus não
endireita mais.
Ilustrações: Shutterstock
A genética é uma
coisa que vem de
pai pra filho há
muitas gerações.
Com o
desenvolvimento da
genética, dentro de
alguns anos teremos
geneticistas bem
melhores que
os atuais.
Graças à genética,
hoje em dia já se
pode saber com
antecedência se
a mulher de um
engenheiro vai ter um
filho arquiteto.
A genética prevê
o futuro melhor
do que uma
cartomante.
Millôr Fernandes | A Bíblia do Caos, de Millôr Fernandes.
Textos utilizados sob autorização
86 –– Março
Março 2015
2015
86
88 – Março 2015
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SARTORI E ARGOLLO DISCUTEM A SAÚDE