Fibras
FIBRAS
Definição :
Conjunto de macromoléculas de origem vegetal que podem ser
fermentadas por algumas bactérias, porém não são digeridas pelas
enzimas digestivas, tornando-se não-absorvível
Trowell HC. Lancet 1976
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS FIBRAS
- Década de 70 : Dr. Dennis Burkitt observou que certas estatísticas epidemiológicas
sugeriam que a eliminação da fibra da dieta, relacionava- se positivamente com maior
risco de câncer colorretal e outras enfermidades gastrointestinais.
- Década de 80 : Vários pesquisadores também correlacionavam baixo consumo de
fibras e doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial e obesidade
- Década de 90 e dias atuais: Estudos procuram avaliar a quantidade ideal de fibras
para atingir função terapêutica;implementação de novas fontes de fibras alimentares;
adição de fibras em alimentos industrializados.
FIBRAS
Classificação
- celulose
Insolúveis
- hemicelulose
- lignina
- mucilagens
- pectinas
Solúveis
- gomas
- betaglicanas
AVEIA
Slavin J.L. Dietary Fi J.Amer.Diet.ASS.1987;X:164-71
FIBRAS INSOLÚVEIS
Fontes: farelo de trigo, grãos integrais e verduras
Efeitos fisiológicos:
- aceleram o tempo de trânsito intestinal
-  bolo fecal
- retém água
- não são viscosas
Slavin J.L. Dietary Fiber J.Amer.Diet.ASS.1987;X:164-71
FIBRAS SOLÚVEIS
Fontes: frutas, verduras, farelo de aveia, cevada e leguminosas
Efeitos fisiológicos:
- retardam o tempo de esvaziamento gástrico
- retardam a absorção de glicose
- < absorção de lipídios   colesterol
- alteram o metabolismo colônico
- possuem alta viscosidade
Slavin J.L. Dietary Fiber J.Amer.Diet.ASS.1987;X:164-71
Outros carboidratos não digeríveis
Fibras
Frutooligossacarídeos (FOS)
Inulina
Amido resistente
Carboidratos de cadeia curta, resistente à
ação de enzimas hidrolíticas e consumo preferencial por
bifidobactérias
Mecanismo de ação - FOS
Bactérias

Bactérias putrefativas
( E. coli, steptococus faecales, proteus)

enzimas
Fermentação e formação de metabólicos tóxicos (amônia, aminas,
estrogênios, ác. biliares secundários, fenóis e cresóis e subst. carcinogênicas)
MitsuokaT. J. Ind. Microbiol. 1990; 6:263-7
Motilidade Gastrointestinal
fibra solúvel - fermentação de bactérias
AGCC + CO2 + H + metano
butirato (16%)
fonte energética do colonócito
proprionato (25%)
substrato energético para gliconeogênese
acetato (62%)
substrato preferencial para lipogênese
Benefícios - FOS
-  caloria ( 1,5 cal /g )
- proliferação de microflora saudável
- redução de metabólitos tóxicos
- prevenção de diarréias e obstipação
- efeito anticarcinogênico
- efeito sobre a pressão arterial na hiperlipidemia
-  do colesterol e triglicérides sanguíneos
- produção de nutrientes ( vit. B1, B2, B6, B12 e ác. fólico)
Borges VC. Rev Bras.de Nutrição Clínica. 1997; vol.12 (4): 161-64
Efeitos Fisiológicos Benéficos - Fibras
Ao ác. graxos de cadeia
curta melhoram os perfis
metabólicos da glicose e
dos lípides
O efeito bifidigênico dos FOS e
da inulina:
- promove uma flora saudáve
- protege contra infecção
As fibras solúveis
retardam a absorção dos
carboidratos
As fibras melhoram a
função intestinal:
•  bolo fecal
• aceleram o trânsito
• reduzem a diarréia
Os ác. graxos de cadeia
curta:
• promovem o
desenvolvimento da
mucosa intestinal
• estimulam a motilidade
intestinal
Déficit de fibras na dieta
CONSTIPAÇÃO
HEMORRÓIDAS
Trânsito fecal
lento
Metabolismo do
cólon alterado
Défict de
fibra na dieta
 pressão
intraluminal
Alteração da
digestão e
metabolismo
DIVERTICULOSE
 pressão intraabdominal
HERNIA DE HIATO
 carcinógenos
fecais
CÂNCER DE CÓLON
Alteração da parede
Aumento da
absorção de
nutrientes
APENDICITE
VARIZES
DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL
OBESIDADE
HIPERLIPEMIAS
DIABETES
Gear JS. Lancet 1979; 1 (8115): 511-14
Mecanismos de ação das fibras dietéticas na
redução do colesterol
Fermentação intestinal- AGCC
Acetato-Propionato-Butirato
Fibras Solúveis
 Excreção de ácidos biliares
Circulação Portal
Efeito sobre os Hepatócitos
 HMG-CoA redutase
 Síntese de colesterol
 Colesterolemia
 Captação de LDL
pelo fígado
Adaptado de Pereira et al. 2001
Valores médios de colesterol sérico em 21 voluntários do sexo
masculino, depois de consumirem aveia em flocos
Dieta normal
Dieta c/ aveia
em flocos
Dieta normal
270
260
250
240
230
220
210
200
1
2
3
4
5
6
7
8
9
SEMANAS
Groot, AP: Luyken, R.: Pikkar, N.A .Lancet, 1963, 303 - 4
ESTUDOS COM AVEIA
Valores de lipídeos séricos nos períodos de dieta-controle e de dietas à base de farelo
de trigo ou de aveia, em 20 homens portadores de hipercolesterolemia
Tipos de lipídeos
dieta c/ farelo de trigo
dieta c/ farelo de aveia
colesterol total (g/dL)
241  11,9 (- 4,4  3,0)
265  15,4 (-12,8  2,2)
triglicerídeos (g/dL)
191  18,5(-10,4  5,0)
185  20,3 (-10,2  5,0)
LDL-c (g/dL)
122  9,2 (-5,5  5,2)
145  10,0 (-12,1  3,5)
HDL-c (g/dL)
29 1,5 (-3,1  4,1)
32  1,9 (-7,4  4,2)
Bridges SR. Am J Clin Nutr.1992;455-9
Fibra Solúvel na Hipercolesterolemia
• Meta-análise: 8 estudos
• Pergunta: fibra solúvel vs. lípides séricos
• Método: 384 vs. 272 indivíduos
– 10,2 g de fibra solúvel/dia
– período 8 semanas
• Resultados:
 5% colesterol total
 7% LDL-c
 1% colesterol total = 2-3%
no risco de DCV
Anderson et al. Am J. Clin. Nutr. 71, 2000
Meta-análise  glucanos
- N = 12 estudos randomizados controlados
- idade: 20 a 73 anos
- duração do tratamento: 18 dias a 12 semanas
- nº indivíduos: 10 a 137
ingestão 3 g de fibra solúvel
da aveia (18 d) reduz colesterol
sérico em 5 a 6 mg/dl
Rispin et al., JAMA, 1992
Revisão estudos humanos
Fibras x Colesterol sérico
88% (68 estudos)
N = 77 estudos
 significativa
Fibras x LDL
84% (41 estudos)
N = 49 estudos
 significativa
Glore et al., JADA, 1994
Efeito da aveia no colesterol plasmático :
Meta- análise
Referência
25 trabalhos
n = 1600
dose média = 5,0g de fibra
Total
-0,30
Brown L et al Am J Clin Nutr 1999; 69: 30-42
-0,20 -0,10
0
0,10
0,20
Mmol.L-1. g soluble fiber -1
0,30
Leadbeter, 1991
Turnbull, 1987
Keenan, 1991
Bremer, 1991
Whyte, 1992
Anderson, 1990
Kestin, 1990
Zhang, 1992
Poulter, 1994
Lepre, 1992
Stewart, 1992
Swain, 1990
Gormley, 1978
Beling, 1991
Davidson, 1991
Gold, 1988
Anderson, 1991
O’ Brien, 1985
Torronen, 1991
Uusitupa, 1992
Demark-Wahnefried, 1990
Kashtan, 1992
Van Horn, 1991
Van Horn, 1988
Van Horn, 1986
FIBRAS x DIABETES
- Fibra Solúvel 
 LDL-c e  colesterol total
 glicemia pós-prandial
 hiperinsulinemia
- Fibra Alimentar   eventos hipoglicêmicos (Diabetes Tipo I)
Franz M.J. et al.Diabetes Care.2002; v. 25(1)
Brown et al. Am J Clin Nutr.1999
DIABETES
Mecanismos propostos
 Retardo do esvaziamento gástrico;
 Diminuição da absorção de carboidratos pela inclusão de
açúcares na matriz da fibra ;
 Modificação da secreção hormonal.
Andreson, J.W. Am J Clin Nutr. 1999; 70 (4): 466-473
Weinstock, R.S., Levine, R.A. Nutrition.1998; 4 (3):187-193
FIBRAS x RESISTÊNCIA
À INSULINA
Adipócito muito rico em
gordura
Butirato
flora colônica
 TNF - 
 resistência à insulina
FIBRA

hiperglicemia
Proteção
contra Diabetes
Adaptado Fibra Terapêutica

hiperlipemia

hiperinsulemia
EFEITO DAS FIBRAS SOBRE OS NÍVEIS
PÓS-PRANDIAIS DE INSULINA
Adaptado Fibra Terapêutica
CONTROLE DO
DIABETES TIPO 2
Absorção
FIBRA
DIETÉTICA
Fibra
solúvel
Glicemia 
Polifenóis
insolúveis
Lipemia 
Necessidade
de insulina 
Fonte de inositol
Hormônios
gastrointestinais
Sistema Nervoso
Parassimpático
Produção de
insulina 
Adaptado Fibra Terapêutica
EFEITO DAS FIBRAS SOBRE OS NÍVEIS
PÓS-PRANDIAIS DE GLICOSE
Adaptado Fibra Terapêutica
FIBRAS X SACIEDADE
Fibras Alimentares
Modula a secreção
de
colecistoquinina
(CCK)
Retarda o tempo
de
esvaziamento
gástrico
Sensação de
saciedade
A gordura e as fibras
prolongam a elevação
da CCK durante o
período alimentar
colecistoquinina
Estímulo gorduroso
Am.J.Clin.Nutr. 2002. 76: 659-67
Fibra solúvel e valores séricos de CCK
14
CCK (pmol-l)
(*)
12
Alta em fibras
baixa em gorduras
10
baixa em fibras
alta em gorduras
8
6
4
2
0
baixa em fibras
baixa em gorduras
60
120
180
240
Am.J.Clin.Nutr. 2002; 76: 659-67.
300
Fibras em Pós-operatório de cirurgias para
tratamento da obesidade (bariátricas)
• Diminuição da capacidade gástrica
• Desvio do trânsito digestivo
• Síndrome disabsortiva
FIBRAS
Recomendação
Adultos: 20 a 30 g/dia
70 a 75% insolúvel
25 a 30 % solúvel
Crianças: idade + 5g
AHA Dietary Guidelines. Circulation.2000; 102: 2284
Fibras como Alimento Funcional
• Alivia a constipação;
• Controla a diarréia;
• Reduz o risco para doenças cardiovasculares associadas à
dislipidemias, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e obesidade
Claim de Saúde
Benefícios para a saúde intestinal
Risco para doenças crônico-degenerativas
e doenças metabólicas
Esteróis Vegetais
Fitosteróis
Classificação dos esteróis
COLESTEROL
ESTERÓIS
FITOSTEROL
Bean GA. Phytosterols Adv Lipid Res 1973;11:193-318
Fitosteróis
Fontes naturais
• sementes (soja, gergelim)
• óleos vegetais
• legumes
• verduras
• frutas
Fitosteróis X Colesterol
Precipitação do colesterol e dos fitosteróis
Competição nos espaços das micelas

 Absorção de colesterol

 Níveis plasmáticos de colesterol
Estudos dos efeitos dos fitosteróis
Muitos estudos demonstraram os benefícios da ingestão de fitosteróis na redução do colesterol.
Cleghorn et al. Eur J Clin Nutr 2003.
Efeito da ingestão do  -sitosterol-éster sobre a
colesterolemia
OBJETIVOS
Investigar o efeito do b -sitosterol sobre os lípides
plasmáticos (colesterol e triglicérides) e HDL em
indivíduos hipercolesterolêmicos moderados.
PROTOCOLO EXPERIMENTAL
 60 indivíduos
(240 - 300 mg/dl)
 LDL-Colesterol  130 mg/dl
T riglicérides  250mg/dl
 IMC  30 Kg/m2
 Excluídas dislipidemias secundárias
VALORES DE LÍPIDES PLASMÁTICOS
COLESTEROL
LDL-C
BASAL
MARGARINA
COMUM
MARGARINA
SITOSTEROL
269  31
258  30
243  31
(-10%)
(-6%)
192  27
182  27
169  25
(-12%)
(-8%)
HDL-C
43  13
44  12
42  14
TRIGLICÉRIDES
174  67
162  60
156  63
a p< 0,001; basal x sitosterol
b p< 0.05; comum x sitosterol
a, b
a, b
Impact of intake occasion:
Intake with vs. without a meal enhances cholesterol lowering effect of plant sterols
100-g serving of yoghurt drink taken
Placebo-adjusted
LDL-cholesterol lowering in %
once a day delivering ~3 g plant sterols
0
without meal
-2
with meal
-4
-6.0%
-6
-8
-9.4%
*
*statistically significant between intake occasion and from control
Doornbos et al, Eur J Clin Nutr 2006
Fitosteróis
Recomendação
A ingestão de 3g - 4g/dia pode ser utilizada
como adjuvante ao tratamento hipolipemiante
Plant sterol content of typical foods
Vegetable oils: rich sources of plant sterols
mg/100 g
Corn oil (refined):
715 - 952
Rapeseed oil (refined):
250 - 731
Soybean oil (refined):
221 - 328
Olive oil (extra virgin):
144 - 150
Palm oil (refined):
Vegetable oil margarine, full-fat
Vegetable oil margarine, half-fat
49 - 61
310
140
Nuts, grain, cereals, Fruits & vegetables also contain plant sterols
Almonds (one hand-full, 30 g)
43 mg
Peanuts (one hand full, 30g)
66 mg
Wheat bran (20 g)
40 mg
Bran flakes (50 g)
32 mg
Wholemeal bread (3 slices):
86 mg
Apple (one small):
13 mg
Orange (one small):
24 mg
Broccoli (one cup, chopped):
39 mg
Carrot (one cup, chopped):
16 mg
Sources: Trautwein and Duchateau, Phytosterols: Sources and Metabolism in Nutrition and Cancer Prevention 2005; Normen et al. Eur J Nutr 1999; Normen et al. J Food Comp and Analysis
2002; Weilhrauch et al. Am Diet Assoc 1978
Na Prática...
•- Creme vegetal : 20 g = 2 colheres sopa/dia
• Iogurte: 2 copos 200ml/dia ou 2 garrafinha 170ml/dia
LDL-cholesterol-lowering (%)
No impact of frequency of intake:
Once a day vs. three-times per day
0
once a day*
3-times a day**
-2
-4
-6
-8
-9.4%
-10
-10.4%
* 2.5 g/day plant stanols once a day with lunch
**2.5 g/day plant stanols 3-times a day with breakfast (0.42 g), lunch (0.84 g) and dinner (1.25 g)
Plat et al, Eur J Clin Nutr 2000
Ômega-3
Esquimós da Groelândia a algumas
populações japonesas
• Baixa prevalência de DAC
•Alto consumo de peixes e animais marinhos (ricos em 3)
Hábitos Alimentares Diferenciados
Alto consumo de 3
Baixo Risco de Doenças Cardiovasculares
Batlouni M. Ácidos Graxos ômega - 3 e cardiopatia Isquêmica. Arq. Bras. Cardiol. 1989; 11 (4):3-8
Concentração de W-3 em animais marinhos
Alimento
G W-3/ 100g
Cavala
Arenque
Sardinha
Salmão
Atum
Truta
Camarão
Lagosta
Bacalhau
Linguado
1,8-5,1
1,2-3,1
1,7
1,0-1,4
0,5-1,6
0,5-1,6
0,2-0,5
0,3-0,4
0,2-0,3
0,2
Cukier C. Rev. Bras. Nutr. Clin. Dez1998,v.13, n.4
Benefícios do W-3 na prevenção da DAC
•  triglicérides por reduzir secreção hepática de VLDL
•  pressão arterial
•  agregação plaquetária
•  viscosidade do sangue
•  pool circulante de catecolaminas
•  relaxamento do endotélio
• ação antiinflamatória
• ação antiarrítimica
Leaf A et al.N Engl J Med 1988;318:549-57
ÔMEGA-3
Indivíduos com doença coronariana
Consumo de 1g/dia de ácidos
graxos ômega-3
 O risco de morte súbita por
problemas cardíacos
49
HARRIS WS. PARK Y. ISLEY W. Curr Opin Lipidol, 14(1): 9-14, 2003.
Estudo Gissi Prevenzione
 n = 11.324 pacientes com IAM
 seguimento: 2 anos
Grupos
• w-3: 1g/dia
• vit.E: 300mg/dia
• w-3 + vit.E: 1g/dia + 300mg/dia
• controle
Lancet 1999; vol 354 n°917: 447-455
Estudo Gissi Prevenzione
Resultados
• w-3:  10-15% IAM / AVC / morte fatal
• w-3 + vit.E: similar
• vit.E: sem efeito
Benefícios
•  14% - 20% mortalidade total
•  17% - 30% mortalidade CV
• eventos CV fatais: sem efeito
Lancet 1999; vol 354 n°917: 447-455
PEIXES
Importante fonte de EPA e DHA
 Proteína de Alto valor Biológico
 Pobre em Gorduras Saturadas
52
34º Encontro Científico Anual do Sociedade Européia de
Investigação Clínica
1. Consumo de 1-2 refeições a base de peixe/semana está associado com
 da mortalidade por doenças cardíacas
2. Pacientes infartados apresentam  do risco posterior de morte com a
suplementação de 1g/dia de EPA e DHA
3. Pacientes com hipertensão moderada podem  os valores por meio da
ingestão de 4g/dia de ômega-3
53 S127-9, 2001.
NORDOY A. MARCHIOLI R. ARNESEN H. VIDEBAEK J. Lipids, 36 Suppl:
34º Encontro Científico Anual do Sociedade Européia de
Investigação Clínica
4. Pacientes transplantados podem  o risco de hipertensão com a
suplementação de 4g/dia
5. O consumo de 1-4g/dia pode  o risco coronariano em pacientes com
dislipidemia
6. O consumo diário de 1% de energia na forma de ômega-3 pode reduzir
o risco de infarto e morte em pacientes com doença cardiovascular
NORDOY A. MARCHIOLI R. ARNESEN H. VIDEBAEK J. Lipids, 36 Suppl: S127-9, 2001.
54
PUFAS W - 3 E A PRÁTICA DIETÉTICA
Valores de referência para Triglicérides segundo as IV Diretrizes brasileiras
sobre dislipidemias e opções de tratamento
•
•
•
•
< 150 - Ótimo
150 - 200 - Limítrofe
200 - 499 - Alto
 500 - Muito Alto
•
•
Tratamento medicamentoso
– Recomendado em pacientes com
triglicérides acima de 500
Dieta com suplementação
– Indicada em pacientes com
triglicérides entre 200 e 499
•A dose mínima recomendada de W-3 é de 1g / dia, equivalentes a 3
cápsulas de 1g do óleo de peixe comercializado no Brasil, com redução de
25% do valor dos triglicérides plasmáticos
•Em pacientes com hipertrigliceridemia grave, pode ser associado ao fibrato
para uma maior redução destes valores
55
IV Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção de Aterosclerose da SBC.
PEIXES
250 gramas de peixes ricos em ômega-3
por semana
DIETARY GUIDELINES FOR AMERICANS, 2005
56
Cardiac Benefits of Fish Consumption May Depend on
the Type of Fish meal Consumed
The Cardiovascular Health Study
3910 idosos
> 65 anos sadios (1989-1990)
seguimento 9,3 anos
247 mortes por Doença Isquêmica Cardíaca (DIC)
363 IAM não fatal;
Resultados:
•
< incidência de morte por DAC no consumo de peixe 3x ou +/ semana comparado 1 x/ mês
•
Outra análise mostrou que peixes fritos ou “fish burguer”não associou-se com a diminuição
do risco DAC
Mozaffarian D. et al., Circulation, march 2003
57
Cardiac Benefits of Fish Consumption May Depend on
the Type of Fish meal Consumed
The Cardiovascular Health Study
Conclusão
O benefício do consumo de peixes (W3), depende do modo de
preparo do mesmo (cozidos e grelhado)
58
Mozaffarian D. et al., Circulation, march 2003
CONSUMO DE PEIXE E PERDA DE PESO
Estudo de MORI e colaboradores (1999) avaliou se o consumo de peixe
aumenta os efeitos da perda de peso sobre os lipídios séricos, glicose e
insulina em 69 pacientes hipertensos com sobrepeso
Mori, TA. Et al. Am J Clin Nutr, 70; 817-25, 1999.
59
CONSUMO DE PEIXE E PERDA DE PESO
Os pacientes participantes estavam em tratamento para hipertensão e
foram divididos em 4 grupos recebendo as dietas específicas durante
16 semanas:
• Grupo Controle
• Grupo recebendo 1 refeição diária de peixe
• Grupo recebendo dieta para perda de peso
• Grupo recebendo dieta para perda de peso com 1 refeição diária de peixe
60
Média das Alterações de Peso do 4 grupos durante a intervenção
4
2
Peso (Kg)
0
-2
-4
-6
-8
-10
0
Grupo Controle
4
8
Grupo do Peixe
Semanas
12
16
Grupo da Perda de Peso
Grupo da dieta com peixe
Média de Alterações de Insulina de Jejum (pmol/L)
6
4
2
0
-2
-4
-6
Grupo Controle
Grupo do Peixe
Grupo da Perda
de Peso
Grupo da dieta
com peixe
62
Recomendações
Proporção W6:W3:
• 5:1 a 10:1 (FAO/OMS)
Ingestão diária:
• preventiva: 1g/ dia
• terapêutica: 4g/ dia
Lancet 1999; vol 354 n°917: 447-455
III NCEP/2001 JAMA2001;285(19):2486-2497
Recomendação
Relação omega 6:3  5:1 a 10:1 (FAO/OMS)
Omega 6: até 10% do VET (7-8%)
Até 22g de 6/ dia
Peixes: 2x/ semana
Omega 3: 1 a 2% do VET
1.5 a 3.0g de 3/ dia
JAMA, 2001 285:2496-2497
Public Health Nutr 2001,4:275-292
Semente de Linho - linhaça
Composição Nutricional (100g)
Calorias
492 Kcal
Proteínas
19.5g
Lipídeos
34.0g
Carboidratos
34.0g
Fibras
27.9g
Potássio
681mg
SAFA
3.2g
MUFA
6.8g
PUFA
22.4g  omega 3: 12.7g
USDA Nutrient Database for Standard Reference, Release 14 (Julho 2001)
Semente de Linho - linhaça
- melhora da elasticidade arterial
-  processo inflamatório
-  risco de câncer de colon - rica em lignana
 taxa de mortalidade por doenças cardíacas?
resultados limitados
Wang, C et al, Am J Clin Nutr 2006; 84-85.
Efeito terapêutico x utilização
Resultados baseados em:
- Cápsulas de óleo
- Margarinas produzidas com óleo de linhaça
Utilização prática?
Ingrediente de pães, biscoitos, cereais matinais, saladas
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