Pedágio fica mais caro nas rodovias estaduais paulistas 8 SINAL INFORMA Ali, o motorista precisa desembolsar R$ 13,40. Já a praça com o pedágio mais barato fica em Itirapina, também na Washington Luís, com uma tarifa de R$ 4,60. Segundo a Artesp, conforme os contratos de concessão, em 12 concessionárias será aplicado o IGP-M acumulado entre junho de 2014 e maio de 2015, registrado em 4,11%. Os outros sete contratos de concessões rodoviárias de São Paulo preveem o IPC-A como índice, que registrou 8,47% no mesmo período. Para o economista Hipólito Martins Filho, o reajuste é necessário e o valor médio aplicado está aceitável. “Lógico que o momento econômico não é dos melhores, mas é bom ver que, em média, a alta será menor que a inflação atual, que, atualmente, no acumulado de 12 meses, é de 8,47%. Sem o repasse do governo, não há como manter nossas rodovias e não podemos negar que o Estado de São Paulo tem uma boa malha.” Entretanto, o consumidor pode esperar o repasse desse valor nos produtos. “Hoje em dia, 63% de tudo que é transportado no Brasil é feito por rodovias. Sendo assim, as empresas devem repassar o reajuste do pedágio no frete cobrado e os revendedores provavelmente repassarão o aumento no frete no valor final do produto para o consumidor”, explica Martins Filho. Segundo o governo do Estado, o pedágio é o principal recurso para manter as rodovias concedidas. Somente a operação e conservação da malha rodoviária sob concessão custa, em média, R$ 190,7 milhões por mês. Em obras de ampliação, foram investidos mais de R$ 9 bilhões desde 2011. Além disso, desde o início do Programa de Concessões Rodoviárias paulista, em 1998, até abril deste ano, as pistas já receberam mais de R$ 82,4 bilhões em obras, conservação e melhorias. Verbas essas provenientes das tarifas de pedágio, sem nenhum centavo dos cofres públicos. O governo ainda afirma que vem tomando medidas para baratear os pedágios e, com isso, evitar que o reajuste médio acumulado entre 2013 e 2015 fosse de 22,91%. Nesse período, o acumulado foi de 11,09%. ANO I - Nº06 - JUNHO/2015 A partir desta quarta-feira, 1º de julho, os pedágios das rodovias estaduais paulistas estarão em média 5,32% mais caros, anunciou o governo do Estado de São Paulo, pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Com o reajuste, o motorista que fizer uma viagem de ida e volta de Rio Preto a São Paulo terá que desembolsar R$ 155,40, uma alta de 4,85% na comparação com o que ele paga hoje, R$ 148,20. O reajuste deste ano é um pouco superior ao aplicado em 2014, quando os pedágios subiram, em média, 5,29%. O trajeto de Rio Preto a São Paulo conta com nove praças de pedágio, independente da rodovia escolhida para a viagem, seja Anhanguera ou Bandeirantes. Todas com cobrança nos dois sentidos. Contando apenas a ida, o preço total da viagem será de R$ 77,70. A praça mais cara do trecho fica em Araraquara, ainda na rodovia Washington Luís, com uma tarifa de R$ 14,20. A segunda mais cara é a de Catiguá, localizada na região de Rio Preto, também na Washington Luís. Negociações do primeiro semestre continuam Patrões têm se aproveitado da situação econômica do País Cutrale de Itápolis será fechada Diretores visitam fábica da Cocam Pedágios já estão mais caros EXPEDIENTE REDAÇÃO LIVIA GANDOLFI JORNALISTA RESPONSÁVEL LIVIA GANDOLFI - Mtb 45372/SP EDIÇÃO E ARTE FINAL ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO - SINAL SUPERVISÃO SÉRGIO AUGUSTO URIZE SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DE CATANDUVA E REGIÃO RUA ALAGOAS, 123 - CENTRO - CATANDUVA/SP FONE: (17) 3531-0400 SUBSEDE NH: RUA OTAVIANO MARCONDES, 986 – CENTRO - NOVO HORIZONTE/SP FONE: (17) 3542-1081 SUBSEDE ITÁPOLIS: RUA RODRIGUES ALVES, 665 (SALA 02) – CENTRO - ITÁPOLIS/SP FONE: (16) 3262-5231 CRÍTICAS, SUGESTÕES E COMENTÁRIOS [email protected] [email protected] ACESSE www.sinalcatanduva.org.br www.facebook.com/sindicato.daalimentacao 2 SINAL INFORMA Ser ou não ser? Eis a questão! William Shakespeare já nos lançava essa: Ser ou não ser, eis a questão. Sábio como ele só. E quando nos deparamos com esse questionamento, qual a primeira coisa que nos vem à cabeça? Preciso pensar! Pois é: o verbo pensar tem uma série de significados, segundo os dicionários. Vamos a alguns deles: submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico; ter atividade psíquica consciente e organizada; exercer a capacidade de julgamento, dedução ou concepção; refletir sobre, ponderar; determinar pela reflexão; ter como intenção, pretender; procurar lembrar-se, imaginar. Enfim, pensar é bom. Mas pensar demais cansa. Às vezes, faz você dar inúmeras voltas e não chegar a lugar algum. E o pior: perder um tempo precioso que é o viver experiências com pessoas que ama, momentos inesquecíveis que poderão ser lembrados e farão parte de álbum que ficará para sempre nas ruas recordações. Viver não significa tomar atitudes impensadas, significa ser feliz, satisfazer suas vontades, ver as pessoas ao seu lado sorrindo, conhecer lugares novos, comer um lanche delicioso, tomar um sorvete saboroso, perdoar erros, recomeçar, aprender com quem se ama, aparar arestas, viver um dia de cada vez, viver como se fosse o último dia. Muitas vezes, nós só nos damos conta disso tudo quando estamos em uma situação de iminência de perda, seja de um ente querido, de um amor. É então que percebemos que podíamos tantas coisas, mas não saímos da zona de conforto, ficamos de braços cruzados. E Deus nos abre os olhos e nos dá uma segunda oportunidade para que mudemos, para que tenhamos a chance de fazer tudo diferente. É claro que as mudanças vêm com o tempo, e quem nos rodeia precisa nos dar crédito e confiança, acreditar que tudo vai acontecer, olhar com olhos positivos - porque enxergar com pessimismo não ajudará, afinal, coisa boa atrai coisa boa. É como dizem: “ame hoje, sorria hoje, chore hoje, viva hoje, pois ontem é passado e o amanhã pode não existir”. Deus pode não nos dar uma segunda chance. Talvez, não seja mais hora de pensar, seja o momento de viver....e um dia de cada vez. Diretores do Sindicato visitam unidade de fabricação da Cocam Oito diretores do Sindicato da Alimentação (Sinal) de Catanduva e região participaram de uma visita monitorada à unidade fabril da Cocam – Cia de Café Solúvel. O evento ocorreu no sábado, dia 13 de junho. Na oportunidade, parte da diretoria do Sinal pode conhecer todo o processo de produção, além dos tipos de café e sua extração, num percurso que teve duração de uma hora e meia. Além disso, aprenderam sobre as rigorosas práticas de higiene e qualidade. Para o secretário-geral da entidade, Marcelo Araújo, a experiência foi valiosa, uma vez que a Cocam tem sua produção voltada 100% para a exportação. “É uma empresa importante para a cidade, responsável por um grande número de contratações, mas que os catanduvenses não conhecem seu produto, pois é voltado para o mercado externo. Tivermos oportunidade de conhecer o que é fabricado aqui e faz tanto sucesso lá fora”, salienta. De acordo com Araújo, um produto novo fabricado pela Cocam está em circulação no mercado interno. Vagas de emprego O Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Catanduva tem vagas para: Auxiliar de cozinha Auxiliar de enfermagem Auxiliar de manutenção predial Auxiliar financeiro Cozinheiro geral Eletricista de instalações industriais Gerente comercial Nutricionista Operador de caldeira Operador de negócios Representante comercial autônomo Técnico de enfermagem do trabalho Técnico de planejamento e programação da manutenção Técnico de programação e controle da produção e expedição O PAT de Catanduva atende no prédio do Poupatempo, localizado na Avenida Antônio Stocco, 537. SINAL INFORMA 3 Negociação do setor de Suco trava e sindicalistas decider ir para a porta das indústrias Na terça-feira, dia 23 de junho, sindicato patronal e profissional - coordenador pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp) - reuniram-se para a segunda rodada de negociação do setor do Suco. Porém, a proposta dos patrões não agradou. Os mesmos se mostram irredutíveis: ofereceram reajuste de 5% para salários até R$ 7.000,00; acima desse valor, parcela fixa de R$ 350,00; no piso salarial, aplicação de 5%; além disso, um abono de 0,75% do salário nominal para quem ganha até R$ 7.000,00. Os sindicalistas da bancada profissional recusaram a proposta e concordaram em mobilizar os trabalhadores do setor, iniciando assembleias nas portas das indústrias ainda na próxima semana. Negociação de Doces pode ser a próxima a ser fechada Um novo acordo pode estar próximo de ser firmado. E este é do setor de Doces e Conservas Alimentícias. Na terceira rodada, que aconteceu na quarta-feira, dia 24 de junho, Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias no Estado de São Paulo ofereceu: a) reajuste de 8,34%, a partir de 01/05/15; b) piso de R$ 1.259,02; c) cesta básica de R$ Acordo do setor de Rações está fechado O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Catanduva, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp) e os sindicatos filiados fecharam acordo com as principais cláusulas que irão compor a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2015/2016 do setor de RAÇÕES. 01. reajuste - 8,34%, com limite até R$ 7.000,00 – acima, parcela fixa de R$583,80 02. piso salarial - R$ 1.206,00 03. cesta basica - R$ 160,00 04. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) - multa de um piso normativo pra quem não tem programa. 05. Abono salarial/gratificação - R$300,00 – a ser pago de uma só vez, até o dia 30 julho de 2015, para trabalhadores que recebam até R$ 7.000,00. obs:- Esse reajuste é retroativo ao dia 01 de maio de 2015, com pagamento das diferenças de maio e junho no mês de julho. 4 SINAL INFORMA 150,00; d) manutenção das demais cláusulas que compuseram a convenção coletiva de 2014/2015. A proposta foi recusada pela bancada profissional, por não contemplar aumento real e novas cláusulas, como PLR – retorno de férias – homologação – ausências de dirigentes – protocolo de atestado médico – cipa – acompanha- mento à consulta – refeição gratuita. A bancada patronal se inteirou sobre os pedidos formalizados pelos sindicalistas e informou que levará ao conhecimento das empresas, apresentando respostas até dia 01 de julho.Assembleias de mobilizações não estão descartadas. Acordo de Bebidas pode estar a um passo de ser fechado A Federação da Alimentação de São Paulo e o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral no Estado de São Paulo se reuniram na terça-feira, dia 17 de junho, para a quarta rodada de negociação do setor de Bebidas. Alguns avanços puderam ser notados e o acordo pode estar a um passo de ser fechado. A proposta patronal ficou assim: A) reajuste de 8,34% para salários até R$ 4.333,60; acima desse valor, R$ 361,42. B) piso salarial de R$ 1.265,52; C) PLR: R$ 1.500,00, divididos em duas parcelas - em julho e dezembro. Os sindicalistas da bancada profissional recusaram a proposta e fizeram a seguinte contraproposta para que o acordo seja fechado: A) reajuste de 8,34% para salários até R$ 5.000,00; acima desse valor, R$ 361,42; B) piso salarial de R$ 1.270,00; C) PLR: R$ 1.500,00; D) Abono de R$ 400,00. SINAL INFORMA 5 Justiça decreta: apenas associados terão direito aos benefícios de acordos Unidade de Itápolis da Cutrale será fechada A direção da empresa Cutrale confirmou o fechamento da unidade de Itápolis. O motivo seria a falta de matéria-prima para moagem. Segundo o presidente do Sindicato da Alimentação (Sinal) de Catanduva e região, Sérgio Urize, que esteve em contato com a empresa, cerca de 70 pessoas trabalham na Cutrale de Itápolis; desse total, 20 são da unidade de Araraquara e retomarão às funções. Os demais serão dispensados e receberão tudo o que for de direito. “A exceção fica por conta dos safristas, que não têm direito à férias e seguro-desemprego”, salienta. O Sindicato da Alimentação de Catanduva acompanhará o desfecho dessa situação. Dúvidas podem ser sanadas no departamento jurídico da unidade. Plantio de cana-de-açúcar cresce em áreas de citricultura em São Paulo O juiz da 30º Vara do Trabalho de São Paulo, Eduardo Rockenbach Pires, foi incisivo: quem não contribui com o sindicato de sua categoria, não tem direito aos benefícios dos acordos por ele assinado. Essa foi a conclusão a que chegou ao julgar o caso de um trabalhador que se recusava a contribuir com o sindicato de sua categoria. O magistrado decretou que o trabalhador não tivesse direito de receber os benefícios previstos no acordo coletivo e ainda afirmou. “O trabalhador sustentou não ser sindicalizado e, por isso, negou-se a contribuir para a entidade sindical. A despeito disso, não menos certo é que as entidades sindicais devem ser valorizadas, e precisam da participação dos trabalhadores da 6 SINAL INFORMA categoria (inclusive financeira), a fim de se manterem fortes e aptas a defenderem os interesses comuns”, defendeu o juiz. A sentença proferida é referente ao processo nº 01619-2009-030-00-9, item 6. Em outras palavras, o juiz disse ser justo que o autor não se beneficie das vantagens negociadas pelo sindicato a favor da categoria, já que o mesmo se recusa a contribuir com a entidade. Oracildes Tavares, presidente do SINTRIVEL, fala sobre o assunto. “Para o movimento sindical esta é uma decisão muito importante, que abriu jurisprudências para decisões semelhantes em outros casos. A Justiça do Trabalho começa a reconhecer a importância da manutenção dos sindicatos para a luta em benefício das categorias que representam. Isso vem fortalecer o movimento sindical, já que a primeira estratégia para enfraquecer os sindicatos tem sido a política de não contribuir com a entidade. Todo trabalhador tem que receber salário pra se sustentar. Da mesma forma, qualquer empresa precisa cobrar pela prestação de serviços. Com as entidades sindicais é a mesma coisa, o dinheiro para sustentar o sindicato precisa vir de algum lugar. Como o sindicato é dos trabalhadores, são os trabalhadores que precisam contribuir para a manutenção do mesmo. Cada trabalhador precisa saber claramente que o sindicato existe para garantir os direitos dos trabalhadores através das Convenções Coletivas de Trabalho, que são negociadas todos os anos com os patrões. Mil trabalhadores juntos têm mais força pra negociar um aumento salarial, por exemplo, do que um trabalhador sozinho”. Mapeamento realizado com base em imagens de satélite registradas nos anos de 1988 e de 2014 mostra a expansão da cana-de-açúcar e a diminuição das áreas ocupadas pela citricultura numa das regiões mais importantes para a produção de suco de laranja do País. Em 26 anos, parte da região norte e o nordeste do Estado de São Paulo viu dobrar a área cultivada com cana-de-açúcar, passando de 1 milhão para 2,2 milhões de hectares, enquanto áreas dedicadas à citricultura reduziram-se quase pela metade, de 488,6 mil para 281,2 mil hectares. O levantamento realizado pela Embrapa Monitoramento por Satélite abrangeu 125 municípios, que ocupam uma área em torno de 52 mil km2 e fazem parte das Bacias dos rios Mogi-Guaçu e Pardo. A mudança de perfil na produção agropecuária transformou regiões que antes se caracterizavam como cinturões citrícolas, com impactos sociais, econômicos e ambientais. São Paulo é o maior produtor de citros do País, com 72,7% de participação na produção nacional e uma área estimada em 501,8 mil hectares, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Porém, só na safra 2013 foram erradicados 36,7 mil hectares no estado, sendo que 70% dessa área foi substituída por cana-de-açúcar. De acordo com dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (CDA), um total de 5.250 propriedades deixou de produzir citros no estado entre o primeiro semestre de 2012 e o final de 2014 reduzindo o parque citrícola paulista em 35 milhões de árvores (citros). Das propriedades que deixaram de produzir citros, 90% são propriedades de pequeno porte, com menos de 15 mil plantas. O município de Bebedouro é um exemplo. A cidade chegou a receber o título de Capital Nacional da Laranja, mas nos últimos anos a citricultura foi sendo substituída gradativamente pelos canaviais. Dados de 1988, mapeados pela Embrapa, mostram que a cultura do citros ocupava naquele ano cerca de 40 mil hectares do município. Já em 2014, essa área foi reduzida para 13,2 mil hectares, enquanto a área cultivada com a cana passou para 39,9 mil hectares. O município tem 70 mil hectares e, hoje, quase 60% de seu território é cultivado com cana-de-açúcar. A citricultura tornou-se uma atividade secundária. “Com essa mudança, a indústria ligada à citricultura, por consequência, também perdeu força, fechando suas portas e encerrando as atividades no município. No caso da cana-de-açúcar, apesar da cultura ser bastante valorizada, não há usinas instaladas em Bebedouro e o município sofreu com a redução na arrecadação de impostos, já que a produção é comercializada para usinas de outros municípios vizinhos”, explica o pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Carlos Cesar Ronquim, responsável pelo estudo. Além de Bebedouro, foram levantadas informações com produtores rurais e representantes da indústria de suco de laranja nos municípios de Colina, Itápolis e Olímpia. São casos em que grandes áreas citrícolas foram tomadas pelos canaviais, que hoje ocupam 50% ou mais do território desses municípios. SINAL INFORMA 7