UC/UFCD:
CP_1 – Liberdade e
Responsabilidade democráticas
Formador [a]: Ana Gonçalves
Formando: Fernanda Piçarra
03/05/2010
O filme comoveu-me um pouco, porque aquela história que passou eu já a
tinha ouvido várias vezes, através dos meus pais, sogros e avós. A minha
mãe desde muito nova que andou a servir, saindo muitas vezes de casa
sozinha para ir viver na casa desses senhores ricos.
Quando cresceu passou a ir para o campo para a ceifa, trabalhavam de sol
a sol. Anos mais tarde, saiu do Alentejo e veio para o Algarve para trabalhar
na apanha do tomate, nas estufas.
UC/UFCD:
CP_1 – Liberdade e
Responsabilidade democráticas
Formador [a]: Ana Gonçalves
Formando: Fernanda Piçarra
03/05/2010
Foi aí que conheceu o meu pai, que também trabalhava na agricultura.
Casaram e continuaram na agricultura, mas com grandes dificuldades e
assim decidiram que iam emigrar, mas a minha mãe engravidou e já não
foram.
Continuaram na agricultura, mas ao fim de alguns anos decidiram mudar,
porque ganhavam muito pouco, e então a minha mãe passou a trabalhar
em hotelaria, nas limpezas e o meu pai como servente de pedreiro, foi na
altura em que começaram a ser construídos os hotéis e os apartamentos no
Algarve, porque começou a haver muita procura por parte de estrangeiros e
portugueses.
Com os meus sogros foi diferente, saíram do Alentejo e foram para Lisboa, “
a grande cidade” e a vida deles foi muito diferente, no aspecto em que
havia muitas oportunidades de trabalho. A minha sogra começou como
costureira, numa fábrica têxtil, onde ficou durante trinta e cinco anos, o
meu sogro foi electricista numa fábrica de cerveja também durante muitos
anos. E conseguiram ter uma vida muito diferente, porque os salários eram
melhores e assim tiveram melhores condições de vida, bem diferente da
vida dos meus pais.
Porque os meus pais trabalhavam para o turismo, mas os salários eram
mais baixos.
O turismo veio mudar a vida de muita gente, os alentejanos começaram a
sair das suas terras, porque agricultura já não dava frutos e as minas
fecharam, uns foram para Lisboa e outros para o Algarve à procura de uma
vida melhor e assim começou a haver uma desertificação. No Algarve
começaram a construir sem olhar a meios, porque a procura era muita e
então começou a haver a destruição das praias, das dunas sem pensarem
na natureza e na beleza do mar.
As conserveiras fecharam devido à falta de formação, os pescadores já não
apanhavam tanto peixe como antigamente, o que tornou difícil o sustento
UC/UFCD:
CP_1 – Liberdade e
Responsabilidade democráticas
Formador [a]: Ana Gonçalves
Formando: Fernanda Piçarra
03/05/2010
das famílias, assim não desenvolveram, e competir com os outros países
tornou-se difícil.
No Norte aconteceu o mesmo, as fábricas de calçado e têxtil, não
conseguiram acompanhar a evolução dos outros países e começaram a
fechar, e a saírem de Portugal para à procura de mão-de-obra mais barata.
A situação nos dias de hoje não é das melhores, há muito desemprego, o
país e o governo não têm dinheiro e o que existe é só para aeroportos, TGV
e estádios e nos últimos anos entraram muitos imigrantes, o que fez com
que tivéssemos que dividir o emprego e o subsídio com eles, afundando
ainda mais o país, é a minha maneira de ver a situação.
Por isso, eu acho que o que eu vi no filme foi a luta dos cidadãos para o
crescimento do país, e conseguiram, só que não conseguiram manter, para
que houvesse um futuro melhor.
Por isso é “MUITO DIFÍCIL GANHAR O PÃO EM PORTUGAL”.
Download

O filme comoveu-me um pouco, porque aquela história que passou