Engenharia de Requisitos
Alexandre Vasconcelos
([email protected])
1
Objetivos




Descrever as principais atividades da
engenharia de requisitos
Introduzir técnicas para a elicitação
e análise de requisitos
Descrever validação de requisitos
Discutir o gerenciamento de
requisitos
2
O Processo da Engenharia de
Requisitos
Estudo de
viabilidade
Elicitação de
requisitos e
análise
Especificação
de requisitos
Validação
de requisitos
Relatório de
viabilidade
Requisitos do
usuário e do
sistema
Modelos do
sistema
Documento de
requisitos
3
Estudo de Viabilidade





O que é um estudo de viabilidade?
O que estudar e concluir?
Benefícios e custos
Análise de custo/benefício
Alternativas de comparação
4
Estudo de Viabilidade

Estudo que indica se o esforço em
desenvolver a idéia vale a pena


Visa tanto a tomada de decisão
Como a sugestão de possíveis
alternativas de solução
5
Estudo de Viabilidade

Deve oferecer informações para
ajudar na decisão




Se o projeto pode ou não ser feito
Se o produto final irá ou não beneficiar
os usuários interessados
Escolha das alternativas entre as
possíveis soluções
Há uma melhor alternativa?
6
O Que Estudar?

Sistema organizacional apresentado


Problemas com o sistema apresentado


Usuários, políticas, funções, objetivos,
etc.
Inconsistências, funcionalidades
inadequadas, performance, etc.
Objetivos e outros requisitos para o
novo sistema

O que precisa mudar?
7
O Que Estudar?

Restrições


Alternativas possíveis


Incluindo requisitos não-funcionais do
sistema (superficialmente)
Sistema atual é geralmente uma das
alternativas
Vantagens e desvantagens das
alternativas
8
Testes de Viabilidade

Operacional

Medida do grau de adequação da solução
para a organização


Avaliação de como as pessoas se sentem
sobre o sistema/projeto
Técnica

Avaliação da praticidade de uma solução
técnica específica e a disponibilidade dos
recursos técnicos e dos especialistas
9
Testes de Viabilidade

Cronograma


Avaliação de quão razoável está o
cronograma do projeto
Econômica

Avaliação de custo-eficiência de um
projeto ou solução

Conhecida como análise de custo/benefício
10
Viabilidade Operacional


Avalia a urgência do problema (visão e
fases de estudo) ou a aceitação da solução
(definição, seleção, aquisição, e fases do
projeto)
Há dois aspectos da viabilidade operacional
a serem considerados


O problema vale a pena ser resolvido ou a
solução proposta para o problema funcionará?
Como o usuário final e a gerência sentem-se
sobre o problema (solução)?
11
Viabilidade Técnica



A solução ou a tecnologia proposta é
prática?
Já possuímos a tecnologia necessária?
Já possuímos o conhecimento técnico
necessário?
12
Viabilidade de Cronograma

Dado nosso conhecimento técnico, os
prazos dos projetos são razoáveis?

Alguns projetos são iniciados com prazos
específicos


Você precisa determinar se os prazos são
obrigatórios ou desejáveis
Se são mais desejáveis que obrigatórios, o
analista pode propor outros cronogramas
13
Viabilidade Econômica

Talvez a mais crítica


Durante as fases iniciais do projeto, a análise
da viabilidade econômica consiste em julgar se
os possíveis benefícios de solucionar o problema
são ou não vantajosos
Tão logo os requisitos específicos e soluções
sejam identificados, o analista pode levar em
consideração os custos e benefícios de cada
alternativa

Isso é chamado de análise de custo-benefício
14
Tipos de Custos

Custos de desenvolvimento de
sistemas



Desenvolvimento e aquisição
Custos de instalação e de conversão
Custos operacionais (contínuo)


Manutenção
Pessoal
15
Análise Custo-Benefício

Há três técnicas principais



Análise do retorno financeiro (payback
analysis)
Retorno do investimento (return on
investments)
Valor atual líquido (Net present value)
16
Análise de Retorno do
Investimento


A técnica de análise de retorno do
investimento (ROI) compara os benefícios
das diferentes soluções ou projetos
O ROI para uma solução ou projeto é a taxa
percentual que mede a relação entre a
quantia que a empresa obtém de retorno ao
seu investimento e a quantia investida
17
Análise de Retorno do
Investimento

O ROI para uma solução ou projeto
potencial é calculado como a seguir:


ROI = (Benefícios totais - Custos totais) /
Custos totais
ROI = valor atual líquido / Custos totais



Ex: ROI = (22508,64-17321,20)/ 17321,20= 29,95%
EX: ROI = 5187,44/ 17321,20 = 29,95%
A solução que oferecer o ROI mais alto é a
melhor alternativa
18
Matriz de Viabilidade


Como nós comparamos alternativas
quando existem vários critérios de
seleção e nenhuma das alternativas é
superior em todos os aspectos?
Use uma Matriz de Análise de
Viabilidade!
19
Relatório de Viabilidade

Após o esforço inicial, discutido
anteriormente, deve-se elaborar um
relatório de viabilidade


Para cada aspecto apresentado, deve
haver seção de avaliação
Deve haver uma seção conclusiva sobre a
melhor alternativa ou que o sistema não é
viável
20
Exercício

Determine a viabilidade de (+ROI):



1. Sistema para uma padaria de pequeno
porte (Só caixa, no balcão também, etc.);
2. Sistema inteligente de preenchimento
do IRPF pela própria pessoa física;
3. Sistema para gerar alocação de
docentes, salas, horários, local de forma
otimizada.
21
Elicitação de requisitos e
análise

Esta atividade divide-se em dois
esforços maiores:

Elicitação dos requisitos em si


Técnicas de elicitação
Análise do que foi elicitado

Processo de análise
22
Que é um requisito?

Tanto pode ser



Uma declaração abstrata de alto nível de
um serviço
Como uma restrição do sistema
Quanto uma especificação funcional
matemática detalhada
23
Elicitação de Requisitos



Também denominada de descoberta de
requisitos
Envolve pessoal objetivando descobrir o
domínio de aplicação, serviços que devem
ser fornecidos bem como restrições
Deve envolver usuários finais, gerentes,
pessoal envolvido na manutenção,
especialistas no domínio, etc.
(Stakeholders).
24
Visão dos Requisitos

Requisitos do Usuário


Declarações em linguagem natural com
diagramas de serviços que o sistema
deve oferecer e suas restrições
operacionais. Escrito para os clientes
Requisitos do Sistema

Documento estruturado com descrições
detalhadas sobre os serviços do sistema.
Contrato entre cliente e fornecedor
25
Tipos de Requisitos

Requisitos Funcionais

Requisitos Não-Funcionais

Requisitos de Domínio
26
Requisitos Funcionais


Descreve funcionalidade e serviços do
sistema
Depende do



Tipo do software
Usuários esperados
Tipo do sistema onde o software é usado
27
Exemplos de R.F.



[RF001] Usuário pode pesquisar todo ou um
sub-conjunto do banco de dados
[RF002] Sistema deve oferecer
visualizadores apropriados para o usuário
ler documentos armazenados
[RF003] A todo pedido deve ser associado
um identificador único (PID), o qual o
usuário pode copiar para a área de
armazenamento permanente da conta
28
Exercício

Dê alguns exemplos de R.F.s para:



1. Sistema da padaria de pequeno porte;
2. Sistema inteligente de preenchimento
do IRPF;
3. Sistema de alocação docente.
29
Requisitos Não-Funcionais



Definem propriedades e restrições do
sistema (tempo, espaço, etc)
Requisitos de processo também podem
especificar o uso de determinadas
linguagens de programação, método de
desenvolvimento
Requisitos não-funcionais podem ser mais
críticos que requisitos funcionais. Não
satisfaz, sistema inútil.
30
Requisitos Não-Funcionais


Devido à sua própria definição,
requisitos não-funcionais são
esperados mensuráveis
Assim, deve-se associar forma de
medida/referência a cada requisito
não-funcional elicitado
31
Medidas de Requisitos
(Não-Funcionais)
Propriedade
Velocidade
Tamanho
Facilidade de uso
Confiabilidade
Robustez
Portabilidade
Medida
Transações processadas/seg
Tempo de resposta do usuário/evento
K bytes
No de chips de RAM
Tempo de treinamento
No de quadros de ajuda
Tempo médio de falhas
Probabilidade de indisponibilidade
Taxa de ocorrência de falhas
Tempo de reinício após falha
Percentual de eventos causando falhas
Probabilidade de corrupção de dados após falha
Percentual de declarações dependentes do destino
No de sistemas destino
32
Classificação de R. N. F.

Requisitos do Produto


Requisitos Organizacionais


Produto deve comportar-se de forma particular
(velocidade de execução, confiabilidade, etc.)
Conseqüência de políticas e procedimentos
organizacionais (padrões de processo usados,
requisitos de implementação, etc.)
Requisitos Externos

Conseqüência de fatores externos ao sistema e
ao processo de desenvolvimento (legislação,
etc.)
33
Exemplos de R. N. F.

Requisitos do Produto


Requisitos Organizacionais


[RNF001] Toda consulta ao B.D., baseada em
código de barras, deve resultar em até 5 s
[RNF002] Todos os documentos entregues
devem seguir o padrão de relatórios XYZ-00
Requisitos Externos

[RNF003] Informações pessoais do usuário não
devem ser vistas pelos operadores do sistema
34
Exercício

Dê alguns exemplos de R.N.F.s para:



1. Sistema da padaria de pequeno porte;
2. Sistema inteligente de preenchimento
do IRPF;
3. Sistema de alocação docente.
35
Requisitos de Domínio



Derivados do domínio da aplicação e
descrevem características do sistema e
qualidades que refletem o domínio
Podem ser requisitos funcionais novos,
restrições sobre requisitos existentes ou
computações específicas
Se requisitos de domínio não forem
satisfeitos, o sistema pode tornar-se não
prático
36
Requisitos de Domínio
(Problemas)

Entendimento



Requisitos são descritos na linguagem do
domínio da aplicação
Não é entendido pelos engenheiros de
software que vão desenvolver a aplicação
Implicitude

Especialistas no domínio entendem a área
tão bem que não tornam todos os
requisitos de domínio explícitos
37
Requisitos de Domínio
(Exemplo 1)

A desaceleração do trem deve ser
computada através da fórmula
Dtrem=Dcontrole+Dgradiente
onde ...
38
Exercício

Dê alguns exemplos de domínio para:



1. Sistema da padaria de pequeno porte;
2. Sistema inteligente de preenchimento
do IRPF;
3. Sistema de alocação docente.
39
Requisitos
Requisitos
Usuário
Funcionais
Produto
=df Sistema
Não-funcionais
Organização
Domínio
Externo
40
Técnicas de Elicitação






Entrevistas
Questionários
Casos de Uso
Jogo de Funções
Brainstorming
Workshop de Requisitos
41
Entrevistas

Técnica direta


Pode ser usada na análise do problema e na
elicitação de requisitos
Objetivo

Entender os problemas reais e soluções
potenciais das perspectivas dos usuários,
clientes, e outros stakeholders
42
Entrevistas



Quem são o cliente e o usuário?
Possuem necessidades diferentes?
Quais são suas





Capacidades
Backgrounds
Ambientes, etc.
Qual é o problema?
Como é resolvido atualmente?
43
Entrevistas



Qual a razão para resolvê-lo?
Qual o valor de uma solução bemsucedida?
Onde mais uma solução pode ser
encontrada?
Note que algumas dessas perguntas já
foram feitas no estudo de viabilidade.
44
Questionários

Aplicabilidade a mercados específicos


Hipóteses




Onde perguntas são bem definidas
Perguntas relevantes podem ser decididas
antecipadamente
Leitor ouve da maneira desejada
Suprime o que é bom sobre análise
Úteis após uma entrevista inicial
45
Casos de Uso



Discuta com o cliente o que o sistema
fará
Identique quem interage com o
sistema
Identique que interfaces o sistema
terá
46
Casos de Uso



Verifique se não há requisitos
faltando
Verifique que os desenvolvedores
entendem os requisitos
Vantagem é ter apelo visual dos
requisitos mais relevantes do cliente
47
Jogo de Funções

Engenheiro de requisitos

Assume a função do usuário ou cliente


Entender o domínio do problema
Cliente

Assume a função do usuário

Entender os problemas que podem passar
48
Brainstorming

Regras para Brainstorming





Estabeleça o objetivo da sessão
Gere quantas idéias for possível
Deixe sua imaginação livre
Não admita críticas ou debates
Ajuste e combine as idéias
49
Workshop de Requisitos





Põe todos os stakeholders
juntos por um período
intensivo (focado)
Facilitador conduz a reunião
Todos têm sua vez de falar
Resultados são disponíveis
imediatamente
Provê um ambiente para
aplicar outras técnicas de
elicitação
50
Exercício

Quais técnicas poderiam ser usadas
em:



1. Sistema da padaria de pequeno porte;
2. Sistema inteligente de preenchimento
do IRPF;
3. Sistema de alocação docente.
51
Análise de Requisitos
Definição e
especificação
de requisitos
Documento
de requisitos
7
8
Validação
dos requisitos
Entrada do
processo
Entendimento
do domínio
Coleta de
requisitos
6
1
Atrib. Prioridade
5
4
2
3
Classificação
Resolução
de conflito
52
Entendimento do Domínio


Desenvolver sistemas envolve
domínios além de software e
hardware
Podemos ter que entender sobre




Contabilidade
Saúde
Supermercados
Etc.
53
Coleta de Requisitos



Como vimos anteriormente, a coleta
de requisitos é feita através de
técnicas
Nesta etapa, os requisitos são
simplesmente documentados à medida
que são coletados
Resulta em documento preliminar
(draft)
54
Classificação dos Requisitos


Esta etapa consiste basicamente em
agrupar os diversos requisitos
coletados em categorias (clusters)
bem-definidos
Por exemplo

Deve ser possível consultar o preço de
uma mercadoria

A consulta deve retornar uma resposta em no
máximo 5s
55
Problema da Análise de
Requisitos



Stakeholders em geral não sabem o
que querem
Stakeholders expressam requisitos
em sua terminologia
Stakeholders diferentes podem gerar
requisitos conflitantes
56
Problema da Análise de
Requisitos


Fatores políticos e organizacionais
podem influenciar os requisitos do
sistema
Requisitos mudam durante o processo
de análise. Stakeholders novos podem
surgir e o ambiente de trabalho muda
57
Resolução de Conflitos


É normal que ocorram requisitos
conflitantes
Por exemplo



R-23: O sistema deve ...
R-45: O sistema não deve ...
Cliente/usuário deve ser consulta
para resolver conflitos
(ambigüidades)
58
Atribuição de Prioridade



Alguns requisitos são mais urgentes
que outros
É essencial determinar a prioridade
dos requisitos junto ao cliente
Requisitos de maior prioridade são
considerados em primeiro lugar
59
Prioridade

Requisitos podem ser vistos em três
classes distintas




Essenciais
Importantes
Desejáveis
Em princípio, sistema deve resolver
todos os requisitos de essenciais para
desejáveis
60
Exemplo de Prioridade

[RF001] Consulta X ao B.D. deve retornar
dados A, B, C


[RNF001] Consulta X ao B.D. deve visualizar
dados segundo padrão Y


Prioridade: Essencial
Prioridade: Importante
[RNF010] Consulta X ao B.D. deve usar
cores azuis nos resultados

Prioridade: Desejável
61
Validação dos Requisitos



Será que realmente entendi o que o
cliente deseja?
Devo me certificar de que não houve
falha em nossa interação
(comunicação)
Há diversas técnicas de validação
62
Validação de Requisitos


Demonstrar que os requisitos definem
o sistema que o cliente realmente
deseja
Custos com erros de requisitos são
altos

Consertar um erro de requisitos após
entrega do sistema pode custar mais de
100 vezes o custo de um erro de
implementação
63
Técnicas de Validação de
Requisitos

Revisões de Requisitos


Prototipação


Uso de modelo executável do sistema para
avaliar requisitos
Geração de Casos de Teste


Análise manual sistemática dos requisitos
Desenvolver testes específicos para os
requisitos para avaliá-los
Análise de Consistência Automática

Avaliar uma especificação dos requisitos
64
Gerenciamento de Requisitos

Gerenciamento de requisitos é o
processo de controlar as mudanças
dos requisitos durante


O processo da engenharia de requisitos
E desenvolvimento do sistema
65
Gerenciamento de Requisitos

Requisitos são inevitavelmente incompletos
e inconsistentes


Requisitos novos surgem durante o processo de
acordo com mudanças nas necessidades do
negócio e um entendimento melhor do sistema é
desenvolvido
Diferentes pontos de vista têm diferentes
requisitos e esses geralmente são
contraditórios
66
Rastreamento


Responsável por dependências entre
requisitos, suas origens e projeto do
sistema
Rastreamento de Origem

Associação entre requisitos e
stakeholders que propuseram tais
requisitos
67
Rastreamento

Rastreamento de Requisitos


Rastreamento de Projeto


Associação entre requisitos dependentes
Associação dos requisitos com o projeto
Usar hipertexto ou referência
cruzada

Ou matriz de rastreamento
68
Rastreamento
1.
Requisitos
Produto
(Caracter.)
Req A
1
Requisitos
Detalhados
(Casos de Uso)
Req B
2
3
Projeto
Teste
Modelos
Suítes Teste
4
Rastrear requisitos
do usuário nos do
sistema
2.
Rastrear requisitos
no projeto
3.
Rastrear requisitos
nos procedimentos de
teste
4.Rastrear requisitos do
usuário no plano
Doc. Usuário
Plano
69
Rastreamento: Análise de
Impacto
Req A antes
Req A depois
“if return value > $5”
“if return value > $2”
Req B
Req C


Req B
Req C
Links dos requisitos devem ser marcados como
“revisar”
Links “revisar” devem ser analisados
70
Documento de Requisitos

Fonte: IEEE/ANSI (830-1998)

1. Introdução





1.1 Propósito do documento
1.2 Escopo do sistema
1.3 Definições, acrônimos e abreviaturas
1.4 Referências
1.5 Descrição do resto do documento
71
Documento de Requisitos

Fonte: IEEE/ANSI (830-1998)

2. Descrição geral





2.1 Perspectiva do produto
2.2 Funções do produto
2.3 Características dos usuários
2.4 Restrições gerais
2.5 Assertivas e dependências
72
Documento de Requisitos

Fonte: IEEE/ANSI (830-1998)

3. Requisitos específicos



requisitos funcionais, não-funcionais,
GUI com o usuário:
 funcionalidade, interfaces externas,
desempenho, restrições, atributos do
sistema, caract. qualidade, ...
Apêndices
Índice
73
Diagramas de Casos de Uso
Alexandre Vasconcelos
([email protected])
74
Objetivos




Introduzir conceitos de use case,
ator e fluxo de eventos
Apresentar sub-fluxos de eventos
Discutir sobre identificação, evolução
e organização de use cases
Apresentar notação UML para reusar
atores e use cases
75
Use Case

Seqüência de
ações, executada
pelo sistema, que
gera um resultado

Função

De valor observável
E para ator
particular
Procedimento computacional/algorítmico atômico
76
Use Case e Ator

Alguém ou alguma
coisa (fora do
sistema) que
interage com o
sistema
Emissor/Receptor
77
Emissor
Receptor
Função
Função
Resultado de Valor Observável
Ator Particular
Use Case e Ator
78
Use Case e Ator


A descrição de um use case define o
que o sistema faz quando o use case é
realizado
A funcionalidade do sistema é
definida por um conjunto de use
cases, cada um representando um
fluxo de eventos específico
79
Use Case e Ator
Descrição
Passo 1
Passo 2
…
Passo N
Emissor
Função
80
Exemplo de Use Case e Ator

Cliente de banco pode usar um caixa
automático para



sacar dinheiro, transferir dinheiro ou
consultar o saldo da conta
Ator: Cliente
Use cases: Sacar dinheiro, transferir
dinheiro e consultar saldo
81
Exemplo de Use Case e Ator
Valor de
resultado
observável
Transferir
dinheiro
Sacar
dinheiro
Consultar
saldo
Cliente
82
Identificando Use Cases


Em geral, difícil decidir entre um ou
vários use cases
Por exemplo, seriam use cases



Inserir cartão em um Caixa Automático?
Entrar com a senha?
Receber o cartão de volta?
83
Identificando Use Cases


Representar valor observável para
ator
Pode-se determinar


De interações (seqüência de ações) com o
sistema que resultam valores para atores
Satisfaz um objetivo particular de um
ator que o sistema deve prover
84
Identificando Use Cases

Facilitar gerenciamento durante ciclo
de desenvolvimento

A razão para agrupar funcionalidades e
chamá-las de use cases
85
Exercício

Tenho um sistema que é acionado 2
vezes por dia (às 10:20hs e 17:20hs),
enviando-me um SMS. Também tenho
como obter resultado semelhante
acessando tal funcionalidade a partir
de meu celular (web browser). Crie os
casos de uso correspondentes.
86
Evolução de Use Cases

Inicialmente use cases são simples


Mas com a sedimentação da modelagem


Apenas esboço sobre funcionamento é
suficiente
Descrição mais detalhada do fluxo de eventos
faz-se necessária
Fluxo de eventos deve ser refinado

Todos os stakeholders envolvidos devem estar
de acordo com a descrição
87
Organizando Use Cases

Sistema pequeno não demanda
estruturação


Exemplo, seis use cases, com dois/três
atores
Já sistemas maiores requerem
princípios de estruturação e
organização

Caso contrário, planejamento, atribuição
de prioridades, etc., podem se tornar
88
difíceis
Pacote de Use Case


Primeiro esforço de estruturação
Agrupam-se use cases relacionados
em único container
89
Pacote de Use Cases
Clientes
Clientes :: Atendimento
90
Reuso em Use Cases

Comportamento comum a mais de dois
use cases (ou forma parte
independente)


Pode-se modelar como use case para ser
reusado
Há três possibilidades



Inclusão
Extensão
Generalização/Especialização
91
Inclusão

Vários use cases possuem texto de
fluxo de eventos



Comum/idêntico
Sempre usado
Equivalente a fatoração feita em
programação através de subprogramas

#include da linguagem C
92
Inclusão

Como exemplo, tanto “Sacar dinheiro”
quanto “Consultar saldo” necessitam da
senha


Pode-se criar novo use case “Autenticar
usuário” e incluí-lo
Mas atenção


NÃO SE DEVE CRIAR USE CASES MÍNIMOS
Deve haver ganho no reuso
93
Inclusão
<< include >>
Sacar
dinheiro
Autenticar
usuário
<< include >>
Consultar
saldo
94
Inclusão

Descrição de Consultar saldo

Fluxo de Eventos Principal:

include (Autenticar usuário). Sistema pede a
Cliente que selecione tipo de conta (corrente,
etc). ...
95
Extensão

Use case pode ser estendido por
outro


Extensão de funcionalidade/Caso
excepcional
Extensão ocorre em pontos
específicos

Pontos de extensão
96
Extensão

Há também inclusão de texto (fluxo
de eventos)


Porém sob condições particulares
Pode ser usada para



Simplificar fluxos de eventos complexos
Representar comportamentos opcionais
Lidar com exceções
97
Extensão
<< extend >>
(urgente)
Atendimento
de urgência
Atendimento
Pontos de extensão
urgente
98
Extensão

Descrição de Atendimento

Fluxo de Eventos Principal:

Colete os itens do pedido. (urgente).
Submeta pedido para processamento.
99
Especialização

Use case pode especializar outro


Adição/refinamento do fluxo de eventos
original
Especialização permite modelar
comportamento de estruturas de
aplicação em comum
100
Especialização

Atendimento
de urgência
Atendimento

Cliente
comercial
Cliente
101
Fluxo de Eventos

Parte mais importante de um use case


Atividade de requisitos
Define a seqüência de ações entre o
ator e o sistema
102
Fluxo de Eventos

Geralmente em linguagem natural


Uso preciso de termos definidos no
glossário de acordo com o domínio do
problema
Também expresso formalmente

Pré e pós-condições (ou pseudo-código)
103
Exemplo de Fluxo de Eventos
Um esboço inicial sobre Sacar
dinheiro seria

1.
2.
3.
O use case inicia quando o Cliente
insere um cartão no CA. Sistema lê e
valida informação do cartão
Sistema pede a senha. Cliente entra
com a senha. Sistema valida a senha.
Sistema pede seleção do serviço.
Cliente escolhe “Sacar dinheiro”
104
Exemplo de Fluxo de Eventos

Um esboço inicial sobre Sacar
dinheiro seria
4.
5.
6.
Sistema pede a quantia a sacar. Cliente
informa.
Sistema pede seleção da conta
(corrente, etc). Cliente informa.
Sistema comunica com a rede para
validar a conta, senha e o valor a sacar.
105
Exemplo de Fluxo de Eventos

Um esboço inicial sobre Sacar
dinheiro seria
7.
8.
Sistema pede remoção do cartão.
Cliente remove.
Sistema entrega quantia solicitada.
106
Exercício

Remodele exercício anterior para
mostrar a situação excepcional
quando o serviço pode ser solicitado
pelo browser do celular.
107
Fluxo de Eventos

Na descrição do que o sistema faz
através de fluxos de eventos
completos




Surgem caminhos alternativos
Casos diferentes a considerar
Efeitos/valores diferentes a produzir
Eventualmente descreve todos esses
caminhos possíveis
108
Sub-fluxos de Eventos

Fluxo de eventos visto como


Sub-fluxos são descritos como



Vários sub-fluxos de eventos
Principal
Alternativos/excepcionais
Abordagem visa reuso de fluxos de
eventos (sub-fluxos)
109
Exemplo de Sub-fluxos

Seja o use case Validar usuário

Fluxo principal:


Fluxo excepcional:


O use case inicia quando o sistema pede ao Cliente a
senha. Cliente entra com senha. Sistema verifica se a
senha é válida. Se a senha é válida, sistema confirma e
termina o use case.
Cliente pode cancelar a transação a qualquer momento
pressionando a tecla ESC, reiniciando o use case.
Nenhuma modificação é feita na conta do Cliente.
Fluxo excepcional:

Se Cliente entra com senha inválida, o use case
reinicia.
110
Diagrama de Atividades

Descreve fluxo de tarefas


Aspectos dinâmicos de um sistema
Podem também ser usados para criar
sistemas executáveis


Depende do nível de detalhamento e grau de
execução dos elementos usados
Alternativa para modelar fluxos de
eventos de casos de uso
111
Elementos de um Diag. Ativ.
112
Exercício

Remodele o exercício anterior usando
um diagrama de atividade no lugar de
linguagem natural
113
Diagramas de Use Cases

Caracterizar limites da funcionalidade
do sistema


Use cases são organizados dentro de um
diagrama
Em diagramas de use cases

Atores são relacionados por
generalização/especialização
114
Exemplo de Diagrama
Sistema de validação
de cartão de crédito
Transação de
cartão
Cliente
Processa
fatura
Instituição
vendedora
Reconcilia
transações
Cliente
individual
Cliente
corporativo
Gerencia
conta
Financeira
115
Bibliografia



Sommerville, I. Software Engineering
Kruchten, P. The Rational Unified
Process: An Introduction. 2nd Ed
Booch, G. et al. The Unified Modeling
Language User Guide.
116
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Requisitos