Ano IX • nº 19 Março • 2008 Rua Líbero Badaró, 377 - 3º andar Centro - 01009-000 São Paulo, SP www.crefsp.org.br Publicação Oficial do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF4/SP Unidade Móvel estréia em Ribeirão Preto e Santos Santos Ribeirão Preto Santos Santos Novidade: Portaria garante espaço ao Fundação CASA: Associação Brasileira de Profissional nos Núcleos de Apoio esporte a favor da Ginástica Laboral à Saúde da Família, do SUS cidadania Verifique a validade de sua Cédula de Identidade Profissional Documentação necessária para a renovação: Se a validade é de 5 anos (verificar em data de expedição/data de validade), você deverá encaminhar para o CREF4/SP os seguintes documentos: 3Cédula vencida original 32 fotos 3x4 Se a validade é de 1 ano (verificar em data de expedição/data de validade), deverá encaminhar: 3Cópia autenticada do Diploma devidamente assinada pelo profissional (frente e verso) 3Cédula vencida original 32 fotos 3x4 Lembre-se: Em ambos os casos, para o recebimento da nova Cédula de Identidade, o profissional deve estar em dia com o Setor Financeiro do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF4/SP Observação: Para o profissional que apresentou ou apresentar cópia autenticada do Diploma, a nova Cédula terá validade de 5 anos Revista CREF de São Paulo sumário DESTAQUE Fotos: César Viégas EXPEDIENTE Periodicidade...........................................Trimestral Tiragem...................................... 70.500 exemplares [email protected] Publicação oficial do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF4/SP Rua Líbero Badaró, 377 - 3º andar Centro - 01009-000 São Paulo, SP Telefax: (11) 3292-1700 [email protected] www.crefsp.org.br Atendimento: de segunda a sexta-feira . das 8 às 17 horas Diretoria Presidente........................................ Flavio Delmanto 1º Vice-presidente...................... Margareth Anderáos 2º Vice-presidente................. Márcio Tadashi Ishizaki 1º Secretário......................... Marcelo Vasques Casati 2º Secretário......................Antonio Lourival Lourenço 1º Tesoureiro.............................. Vlademir Fernandes 2º Tesoureiro.............................Nestor Soares Publio 4 Unidade Móvel de Atendimento já atendeu mais de 1200 profissionais NOVIDADE Aproximadamente 65 pessoas compareceram ao lançamento da ABGL Conselheiros Andréa Ferreira Barros Vidal........CREF 002619-G/SP Antonio Lourival Lourenço..........CREF 003040-G/SP Cícero Theresiano Barros............CREF 000107-G/SP Flavio Delmanto..........................CREF 000002-G/SP Georgios Stylianos Hatzidakis.....CREF 000688-G/SP Hudson Ventura Teixeira.............CREF 000016-G/SP João Omar Gambini....................CREF 005302-G/SP Jose Cintra Torres de Carvalho....CREF 000110-G/SP Marcelo Vasques Casati..............CREF 015211-G/SP Márcio Tadashi Ishizaki...............CREF 001739-G/SP Margareth Anderáos....................CREF 000076-G/SP Maria Alice Aparecida Corazza....CREF 012851-G/SP Milton Kazuo Hidaka...................CREF 001014-G/SP Nelson Gil de Oliveira ................CREF 009008-G/SP Nelson Guerra Junior..................CREF 000006-G/SP Nestor Soares Publio..................CREF 005511-G/SP Reginaldo Teixeira Rosa..............CREF 015465-G/SP Roberto Jorge Saad....................CREF 000018-G/SP Rodrigo Rosa Koprowski.............CREF 005297-G/SP Sebastião Gobbi.........................CREF 000183-G/SP Solange Guerra Bueno................CREF 011236-G/SP Vlademir Fernandes....................CREF 000021-G/SP Walter Giro Giordano..................CREF 000004-G/SP Comissões Controle e Finanças Documentação e Informação Ética Profissional Eventos Legislação e Normas Orientação e Fiscalização Preparação Profissional Especial de Lutas, Artes Marciais . e Esportes de Combate Especial Editorial Jornalista e Editora Responsável 7 ATUAÇÃO 12 Fundação CASA de Atibaia é a 25ª unidade inaugurada no modelo de gestão compartilhada OPINIÃO......................... 10 HOMENAGEM................. 19 mercado de trabalho......................... 20 EM AÇÃO....................... 22 INFORME-SE.................. 25 Célia Sueli Gennari - MTB 21.650 / CREF 05000-G/SP [email protected] - Tel.: (11) 9252-3379 Projeto Gráfico e Editoração Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF4/SP Rua Líbero Badaró, 377 - 3º andar Centro - 01009-000 São Paulo, SP Telefax: (11) 3292-1700 [email protected] www.crefsp.org.br Acará Gráficos & Editores [email protected] - www.acara.com.br Tel./Fax: (11) 3803-8703 Diagramação: Elisa K. Kobashi - MTB 50.813/SP evento.......................... 28 NOTÍCIA......................... 30 Fotos da Capa Arquivo CREF4/SP Impressão Rettec Artes Gráficas fique de olho.............. 31 editorial Prezados profissionais, temos muitas novidades para vocês por Flavio Delmanto* A Unidade Móvel de Atendimento do CREF4/SP, em ape- se uma referência mundial. dos profissionais de Educação Física, E, já mostrando a que veio, a ABGL que poderão fazer parte dos Núcleos nas duas cidades, já atendeu promoveu, junto com o CREF4/SP e de Apoio à Saúde da Família – NASF, mais de 1200 profissionais. Esses nú- a Sociedade Brasileira de Ortopedia que fornecerão suporte às Equipes meros relacionados aos resultados das e Traumatologia – SBOT, um encontro de Saúde da Família, um dos progra- pesquisas de satisfação feitas com os com representantes da Fundacentro, mas do Sistema Único de Saúde profissionais atendidos, nos mostra que em 20 de fevereiro, a fim de identificar – SUS. Essa conquista foi conseguida estamos no caminho certo. Atender a possibilidades de cooperação para o graças ao empenho e participação do um contingente tão grande de regis- lançamento de uma campanha sobre CREF4/SP [representado pelo coorde- trados – aproximadamente 63 mil – os benefícios da Ginástica Laboral para nador da Fiscalização, Fernando Izac não é tarefa fácil, mas estamos nos a qualidade de vida do trabalhador. Soares] e do CREF7/DF-GO-TO na 13ª empenhando para chegar bem pró- A nossa reportagem também esteve Conferência Nacional de Saúde. ximo de todos os municípios. Estive- na unidade Atibaia da Fundação E, como profissionais da área da Saú- mos em Ribeirão Preto, Santos e temos CASA, ex-Febem, para conhecer o de, iniciamos nesta edição a editoria programação para outros municípios trabalho feito com os adolescentes na INFORME-SE, para instigar os pro- já para o mês de abril. Meu especial área esportiva, um trabalho exemplar fissionais à pesquisa de assuntos que o agradecimento, aos conselheiros Vla- de inclusão social pelo esporte. tornem cada vez mais competentes. de Implantação de Seccionais], Márcio Participação Efetiva Comissão de Jurados Tadashi [Comissão de Orientação e O CREF4/SP vem participando de to- O CREF4/SP faz parte da Comissão Fiscalização] que, juntamente com Cla- das as reuniões referentes às políti- de Jurados do Prêmio Esporte e rice Pinheiro Machado [gerente geral], cas públicas de saúde (Fórum dos Cidadania 2008, coordenado pelo Fernando Izac Soares [coordenador da Conselhos Atividade Fim da Saúde e Instituto ADVB – Associação dos Diri- Fiscalização] e os demais integrantes conferências estadual e municipal de gentes de Vendas e Marketing do Brasil do CREF4/SP, trabalharam para que Saúde) e, hoje, ocupa a secretaria no – Responsabilidade Sócio Ambiental este projeto fosse concluído. Fórum e uma cadeira titular no Conse- (IRES) e pela Secretaria Municipal de Tivemos a fundação da Associação lho Municipal de Saúde (CMS-SP). Um Esporte, Lazer e Recreação da Cidade rasileira de Ginástica Laboral – B ABGL, em 14 de agosto de 2007 e seu orgulho para todos nós, que não desisti- de São Paulo (SEME). O prêmio quer remos dessa batalha. Os integrantes da prestigiar aqueles que mais se desta- lançamento oficial, no dia 18 de janeiro, equipe do CREF4/SP – Carolina d´Àvilla caram durante o ano em ações ligadas no auditório da sede do CREF4/SP. Com [analista técnica], Fernando Izac Soares ao esporte social. a ABGL, que está sob o comando de [Fiscalização] e Marlon Gobbi [Ouvido- Ainda nesta edição, matérias sobre: Valquíria de Lima, será possível fortale- ria] e o profissional colaborador Pedro décadas de atuação do Profissional de cer a Ginástica Laboral e dar respaldo Bortz – conseguiram que fosse incluída Educação Física; as parcerias entre o aos profissionais de Educação Física no texto das conferências municipal, CREF4/SP e o CREMESP; a vitória do que trabalham no segmento. O CREF4/ estadual e federal, a participação do CREF4/SP em ação judicial sobre o SP está à disposição para auxiliar a As- Profissional de Educação Física nas tema Licenciatura e um alerta para as sociação e seus associados no que for Unidades Básicas de Saúde – UBSs. academias de condomínio. preciso. Em pouco tempo, esperamos O Sistema CONFEF/CREFs, também, que a Ginástica Laboral do Brasil torne- conseguiu ampliar o campo de trabalho demir Fernandes [Comissão Especial *Flavio Delmanto, Presidente do CREF4/SP Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Ano IX • nº 19 • março • 2008 destaque Ações da Unidade Móvel de Atendimento As primeiras experiências com a Unidade Móvel de Atendimento do CREF4/SP foram excelentes. Em apenas duas cidades, mais de 1200 profissionais atendidos A estréia das visitas da Unida- Renovação da Cédula de Identidade de Móvel de Atendimento do Profissional (229) foi o serviço mais CREF4/SP ocorreu na cidade solicitado, seguido pela emissão de bo- de Ribeirão Preto, localizada na região letos (212) e pela requisição de acordos nordeste do Estado, a 313 km da capital e quitações de anuidades (68). Foram paulista. Além de academias, clubes es- realizados 44 novos registros e 43 cé- portivos e estabelecimentos de saúde, dulas foram emitidas e entregues aos a cidade conta com uma infra-estrutura profissionais. Além desses, também escolar de 113 estabelecimentos de en- foi possível obter a 2ª via da Cédula, sino fundamental, sendo 54 estaduais solicitar afastamento e desligamento e e 20 municipais, e ainda, mais 43 de obter informações sobre fiscalização, ensino médio*. entre outros. Nos pontos escolhidos para o aten- Os funcionários do Conselho que dimento, as expectativas foram supe- estiveram no município – Izabel radas: 446 profissionais de Educação Gertrudes (coordenadora do Se- Física, uma média de 89 por dia. A Van – tor de Registro), Vera Lucia Martin um veículo modelo Sprinter – esteve, Groessler (coordenadora do Setor Ano IX • nº 19 • março • 2008 entre os dias 3 e 7 de dezembro de Financeiro), Roberto Ribeiro (CREF 2007, das 8 às 17 horas, na Univer- 009418-G/SP) (agente de Orientação sidade de Ribeirão Preto – Unaerp e Fiscalização) e Andréa Azevedo (Rua Costábile Romano, 2201) e na (assistente de Informática Júnior) Cava do Bosque, área para práticas – contam que a procura foi grande esportivas, próxima ao Bosque Mu- e que a Unidade era esperada por nicipal Fábio Barreto (Rua Camilo de muitos profissionais, que chegaram Matos, 627). até antes das 8 horas. “A Unidade foi *Fonte: site do município Santos, 18/01/08 Fotos de Ribeirão Preto: André a Azevedo Ribeirão Preto, dez/07 Ribeirão Preto, dez/07 Ribeirão Preto, dez/07 Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP destaque elogiada, mesmo por aqueles que a satisfação deles por causa da facili- horas de atendimento, 26% desse total. tiveram que esperar na fila, devido dade oferecida. Muitos, também, não Muitos pediram o retorno imediato da à grande demanda de profissionais”, enviam a documentação via Correios, Unidade Móvel e incentivaram, para tal, comenta Izabel. Para ela, o que mais porque a demora para o recebimento a aquisição de novas Unidades. chamou a atenção dos funcionários da Cédula para eles é um pouco maior, foi a alegria dos profissionais em ter por causa do volume de atendimento a Unidade Móvel para lhes servir. aqui em São Paulo”. “O profissional ficou tão feliz com a presença do CREF que reparava em tudo, nas coisas mais simples que estávamos oferecendo”. Segundo Izabel, o atendimento foi completo, com inscrições, análise de documentos, cadastro, emissão e entrega de cédulas. “Fizemos tudo o que se faz na sede do Conselho e aproveitamos para levar cédulas que estavam prontas, para entregar em mãos aos profissionais”. Vera Groessler, do Setor Financeiro, relata que foram feitos vários acordos com profissionais que precisavam renovar a Cédula e que estavam impedidos por pendências. “De todos os acordos que foram feitos, praticamente 90% foram quitados. Temos acompanhado Santos recebe três visitas A primeira viagem da Unidade Móvel a Por meio da Unidade Móvel, os Profissionais de Educação Física podem realizar os procedimentos de renovação de registro, obtenção da 2ª via da Cédula de Identidade Profissional, solicitação de afastamento e desligamento, negociação da anuidade, obtenção de informações sobre fiscalização, entre outros serviços. os profissionais que parcelaram e eles Santos – cidade localizada no litoral sul do Estado, a 72 km da capital, aconteceu entre os dias 18 e 20 de janeiro e atendeu 162 profissionais. O veículo ficou estacionado na Praça Santo Antônio do Embaré, em frente à Igreja do Embaré, na Avenida da Praia. Mesmo a chuva do dia 20 não espantou os profissionais, que foram até a Unidade em busca dos serviços do Conselho. Foram realizadas 90 renovações de registro, 28 atendimentos relativos ao departamento financeiro, 17 novos registros, 8 afastamentos, 2 cancelamentos e 1 desligamento temporário. O veículo voltou para a Praça Santo An- Ano IX • nº 19 • março • 2008 tônio do Embaré entre os dias 24 e 27 de janeiro, atendendo das 12 às 20 horas. Já têm cumprido o acordo feito”. Trata-se Em pesquisa respondida pelos profis- entre os dias 8 e 10 de fevereiro, ficou no de um retorno favorável e que não tem sionais, todos aprovaram o atendimento Complexo Esportivo Rebouças, na Ponta custo de envio pelo Correios [de emis- na Unidade Móvel. Das 1.726 pessoas da Praia, das 10 às 18 horas. são de boleto], nem para o CREF4/SP físicas e jurídicas registradas em Ri- Ao todo, o CREF4/SP atendeu 838 nem para o profissional, pois todo o beirão Preto e em alguns municípios profissionais de Educação Física de trabalho é feito na hora. “Percebemos vizinhos, o serviço móvel atingiu, em 45 Santos. “A grande procura reforça o Santos, 24/01/ 08 Santos, 18/01/08 08 Santos, 08/02/ Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP /SP : Arquivo CREF4 Fotos de Santos destaque Ano IX • nº 19 • março • 2008 objetivo deste projeto: oferecer maior didas. “Os profissionais ficaram muito comodidade aos profissionais não re- contentes, pois se sentiram auxiliados sidentes na capital, levando até eles os pelo Conselho, no que diz respeito a serviços realizados na sede do Conse- custo e tempo de viagem”. lho”, explica Flavio Delmanto, Presidente Nestas três passagens pela cidade, as- do CREF4/SP. sim como na viagem a Ribeirão Preto, o Para Erausto de Faria, assistente do serviço que teve maior procura foi a re- Setor Financeiro, que esteve na Praça novação de registro, seguido por aten- Santo Antônio do Embaré e no Comple- dimentos relativos ao Setor Financeiro xo Esportivo Rebouças, a receptividade e por novos registros. Para Vlademir foi ótima. “Muitos profissionais procura- Fernandes, 1º Tesoureiro do CREF4/SP, ram a Unidade para emissão de boleto o objetivo do projeto foi atingido: levar bancário, para fazer acordo [estavam os serviços oferecidos pelo CREF4/SP em dívida], retirar e renovar a Cédula, aos municípios de São Paulo, visando e fazer inscrição”. Em média, nos pri- a facilitar o acesso dos profissionais e meiros 4 dias foram 400 pessoas aten- pessoas jurídicas. (CG)|cref| SETOR FINANCEIRO Principais esclarecimentos: Reembolso de anuidade paga em duplicidade – O Profissional de Educação Física deverá encaminhar ao CREF4/SP, cópia simples dos 02(dois) pagamentos efetuados, juntamente com carta de solicitação do reembolso, em que deverá constar o número e nome do favorecido, do banco para depósito, da agência e da conta corrente. Reembolso da inscrição paga em duplicidade – O Profissional de Educação Física deverá encaminhar carta solicitando o reembolso, juntamente com cópia do comprovante de pagamento e colocar os dados bancários, conforme acima, para reembolso. IMPORTANTE – NUNCA se esqueça de colocar um número de telefone para que o CREF4/SP possa entrar em contato em caso de dúvidas. Próximas saídas São José dos Campos Datas e horários: de 14 a 18 de abril (das 8 às 12h e das 13 às 17h) e dia 19 de abril (das 8 às 12h) Local: Centro Esportivo Casa do Jovem Av. Olivo Gomes, 381 - Santana São José do Rio Preto Datas e horários: de 26 a 30 de maio (das 8 às 12h e das 13 às 17h) e dia 31 de maio (das 8 às 12h) Local: Centro Regional de Eventos (páteo nº 1), Av. José Munia, 5650 - Chácara Municipal Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP AGB Photo/AbleStock A Unidade Móvel de Atendimento, um veículo modelo Sprinter Van, da Mercedes-Benz, equipado para realizar todos os procedimentos do Conselho, é uma idéia pioneira no Sistema CONFEF/CREFs e foi projetada para suprir a necessidade dos profissionais não residentes na cidade de São Paulo. A Sprinter é equipada com motor eletrônico OM 611 LA com tecnologia de injeção eletrônica “Common Rail”, propiciando custos operacionais mais baixos, maior economia de combustível, manutenção mais rápida, menor nível de emissões e melhor rentabilidade para os usuários. novidade Associação Brasileira de Ginástica Laboral inicia atividades Fotos: César Viégas C om o objetivo de fortalecer a Gi- Segundo ela, em pouco tempo e com CREF4/SP, lembrou da disputa de nástica Laboral e dar respaldo aos organização, o Brasil será referência mercado da Ginástica Laboral en- profissionais de Educação Física não só na parte prática, mas também tre fisioterapeutas e profissionais de que trabalham no segmento, foi criada a acadêmica, no que se refere aos exer- Educação Física. Para ele, a ABGL Associação Brasileira de Ginástica Laboral cícios no local de trabalho. vem para dar força ao Profissional – ABGL. “Não dá para apenas querer que Com a fundação da ABGL, em 14 de de Educação Física, pois a Ginástica a Ginástica Laboral seja um programa de agosto de 2007, será possível unir Laboral foi desenvolvida para atender sucesso no mercado de trabalho, precisa- os profissionais para reflexões so- de forma adequada às necessidades mos fazer com que isso aconteça. E esse bre a metodologia dos programas dos trabalhadores, no sentido de sua é o sentido da ABGL”, destacou a sua pre- e sobre os resultados obtidos, tanto preparação física, postural, compor- sidente Valquíria de Lima para as empresas quanto para os tamental e sociocultural frente aos (CREF 000089-G/SP) trabalhadores, ampliando e fortale- desafios dos modernos ambientes durante o lançamento cendo a atuação dos profissionais de trabalho. “Prevenir a ocorrência de oficial da Associação, em qualquer parte do país. Para isso, lesões, acidentes e o surgimento de no dia 18 de janeiro, no ela afirma que é preciso saber quem patologias decorrentes da atividade auditório da sede do CREF4/SP. está trabalhando com Ginástica La- ocupacional é uma atividade exclu- A presidente da ABGL acredita ser este boral no Brasil. “Conhecemos aquele siva dos profissionais de Educação o momento ideal para marcar de forma que está ao alcance de nossos olhos. Física”. mais definida o mercado, para que A Associação tem a missão de unir “Saber não é suficiente, devemos o crescimento da Ginástica Laboral esses profissionais, de ser um ponto aplicar. Querer não é suficiente, de- continue e não se coloque mais em de encontro”. vemos fazer”. Esta frase mostra bem dúvida seus resultados e benefícios. Flavio Delmanto, Presidente do a intenção da ABGL. Para Valquíria, é Da esquerda para a direita: Moacyr Freitas, Coordenador dos cursos de pós-graduação em Educação Física da UniFMU, Flavio Delmanto, Presidente do CREF4/SP, Valquíria de Lima, Presidente da ABGL e Marcio Ishizaki, 2º Vice-presidente do CREF4/SP, na mesa de abertura do evento “O objetivo do Conselho é defender, sem reserva de mercado e corporativismo, uma função que é do Profissional de Educação Física. A ABGL, tenho certeza, vai ser muito importante para nossa profissão e para aqueles que trabalham com a Ginástica Laboral.” Flavio Delmanto, Presidente do CREF4/SP Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Ano IX • nº 19 • março • 2008 novidade preciso que o Profissional não deixe na ganizar em uma associação, com um te, por se tratar de uma área carente gaveta sua formação. objetivo profissional!”. em produção científica. “A intenção é Fizeram parte da mesa de abertura Eliane Polito (CREF torná-la um dos pilares da produção do evento de lançamento da ABGL 059635-G/SP), da e disseminação do conhecimento, o o Presidente e o 2º Vice-presidente Realce Qualidade que garantirá um crescimento relevante do CREF4/SP, respectivamente, Flavio de Vida na Empresa, para os profissionais e prestadores de Delmanto e Marcio Ishizaki, e Moacyr de São José dos Cam- serviços”. Freitas, coordenador dos cursos de pos, concorda ser este um mercado Condições – A ABGL contará com pós-graduação em Educação Física bastante amplo, que tem valorizado associados (pessoas físicas e jurídi- da UniFMU, representando Fábio Ma- os profissionais de Educação Física. cas), que poderão se inscrever pelo zzonetto. Também estiveram presentes “Porém, nós precisamos informar as site www.abgl.org.br. A pessoa físi- os conselheiros Solange Guerra Bueno empresas para que comprem um ser- ca deve ter formação em Educação e Roberto Jorge Saad. viço correto, não só pelo custo, mas Física ou estar cursando a gradu- também pelos conhecimentos. A ABGL ação. Já a pessoa jurídica precisa vai nos dar respaldo para que todos estar registrada, com CNPJ na área saibam identificar o que é um trabalho de atividade física, fitness ou saúde Há 15 anos no mercado feito com seriedade”. do trabalhador. de Ginástica Labo- Seguindo a mesma li- Benefícios – Todos os associados ral, Carlos Eduardo nha, Douglas Roque terão acesso a informações sobre pu- Mazzucco Fontes, o Andrade, diretor de blicações da área (livros, resumos, arti- ‘Dado’ (CREF 004948- ensino do Centro de gos, cases), cursos realizados em todo G/SP), da Laborfit, afirma Estudos do Laboratório o país, além de um boletim produzido que o momento que era mágico, en- de Aptidão Física de São Caetano do Sul – bimestralmente. Valquíria esclarece quanto não se concretizava, agora é Celafiscs, acredita que toda insti- que os conteúdos serão restritos aos Ano IX • nº 19 • março • 2008 real, tem nome, objetivo, missão e tuição que tem como função agregar associados e que a ABGL ainda terá pessoas competentes atuando. “É conhecimento humano e disseminá-lo um banco de currículos e um espa- uma grande satisfação fazer parte é importante. Por isso, vê a criação ço para empresas divulgarem vagas disso tudo, pois conseguimos nos or- da ABGL como algo muito interessan- disponíveis. ABGL agrada público presente Legislação Informação para as empresas D e acordo com a Norma Regula- Ou seja, quando diagnosticada uma pelas empresas como “necessá- mentadora nº 17, do Ministério do doença ocupacional, caberá à em- rias/operacionais” e consideradas Trabalho (NR 17), o NTE – Nexo Téc- presa comprovar que, efetivamente, como indispensáveis para a manu- nico Epidemiológico – de eventuais possibilitou, ao funcionário, medidas tenção de sua atividade, podendo, enfermidades laborais, somente dei- e atitudes preventivas. A Ginástica portanto, serem deduzidas da base xará de ser caracterizado nos casos Laboral, campo de atuação do Pro- de cálculo do Imposto de Renda da concretos, a partir do momento em fissional de Educação Física, poderá Pessoa Jurídica e Contribuição Sobre que as empresas passarem a buscar ser considerada uma delas. o Lucro Líquido. A definição de des- meios efetivos para comprovar que Há ainda o artigo 299 do Regula- pesas “necessárias/operacionais” determinada ocorrência não é passível mento do Imposto de Renda – RIR dependerá do ramo de atividade da de benefício acidentário, consideran- (Decreto 3.000/99), que estabele- empresa e da forma de apuração do as medidas preventivas anterior- ce que as despesas com Ginástica dos tributos federais adotados pela mente executadas pelo empregador. Laboral podem ser enquadradas mesma. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP (PP) |cref| novidade Conheça a ABGL A proposta de criação da ABGL surgiu em novembro de 2006, entre os alunos e ex-alunos do curso de pós-graduação em “Ginástica Laboral – atividade física e promoção da saúde”, da UniFMU, do qual Valquíria de Lima é coordenadora. Pelo CONFEF, a idéia ganhou força com a escolha de 2007 como o Ano da Ginástica Laboral. Diretoria Objetivos Presidente: Valquíria Aparecida de Lima ..................CREF 000089-G/SP Vice-presidente: Cynara Cristina D. A. Pereira........... CREF 002752-G/DF 1ª Secretária: Juliana Amparado Romero..................CREF 036258-G/SP 2ª Secretária: Andréa Frangakis................................CREF 051036-G/SP 1º Tesoureiro: Edno Gonçalves da Costa..................CREF 004130-G/SP 2º Tesoureiro: Everton Douglas Pariser.....................CREF 022819-G/SP Conselheiro Fiscal: Fábio Mazzonetto.......................CREF 000303-G/SP Conselheiro Fiscal: Waldir Zampronha Filho..............CREF 013772-G/SP Diretora Administrativa: Ana Lúcia Rodrigues...................CREF 050946-G/SP Diretora Científica: Daniele Kallas..............................CREF 005681-G/SP Diretoras de Comunicação e Eventos: Giselda Maria Rebello...............................................CREF 000657-G/SP Rita de Cássia Truffa................................................CREF 053574-G/SP • Congregar profissionais e alunos dos cursos superiores de Educação Física; • Incentivar a integração e a cooperação entre os associados; • Apoiar os profissionais de Educação Física da área de Ginástica Laboral, através de articulação com entidades e instituições de RH, segurança do trabalho, saúde ocupacional, ergonomia, promoção da saúde e qualidade de vida, defesa e consolidação dos programas de Ginástica Laboral, bem como buscar garantir a integridade da sua aplicabilidade; • Representar seu quadro de associados no que diz respeito à importância dos programas de Ginástica Laboral quanto a sua ciência e metodologia técnica, para as políticas de saúde e educação no trabalho, especificamente; • Promover intercâmbios técnicos, científicos e culturais que contribuam para o desenvolvimento dos profissionais de Educação Física que atuam com a Ginástica Laboral; • Estimular o desenvolvimento e a divulgação de pesquisas na área de Ginástica Laboral; Ano IX • nº 19 • março • 2008 • Promover encontros para a discussão da Ginástica Laboral, por meio de eventos científicos anuais. www.abgl.org.br • Informações: [email protected] • (11) 6451-2170 (CG) |cref| SP], Valquíria de Lima [presidente da Última notícia Parceria com a fundacentro ABGL promoveu, junto com o CREF4/ relacionada à segurança e saúde dos SP e a Sociedade Brasileira de Or- trabalhadores. centro], Dr. Antônio Daltrini [médico do trabalho], Ronildo Órfão [coordenador de educação] e Leônidas Pandaggis topedia e Traumatologia – SBOT, um A idéia é fazer uma campanha informa- encontro com representantes da Fun- tiva e educativa, na qual CREF4/SP e dacentro. O objetivo da reunião, reali- ABGL forneçam o conteúdo sobre os zada em 20 de fevereiro, foi identificar prejuízos das LER/DORT e ações de possibilidades de cooperação para o prevenção, bem como sobre o sedenta- reunião será feita para dar continuidade lançamento de uma campanha sobre rismo, relacionando com os benefícios ao andamento dos trabalhos. (PP) |cref| os benefícios da Ginástica Laboral para da Ginástica Laboral. Os representantes a qualidade de vida do trabalhador. A da Fundacentro complementaram a parceria com a Fundacentro é funda- idéia, incluindo a questão da postura mental, já que trata-se de uma entida- e dos acidentes de trabalho. de do Ministério do Trabalho que atua Estavam presentes na reunião, Márcio em pesquisa científica e tecnológica Ishizaki [2º Vice-presidente do CREF4/ [engenheiro do trabalho]. Já foram realizados dois encontros entre as entidades e, em breve, uma próxima Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Patricia Piacentini A ABGL], Rose Almeida [SBOT e Funda- OPINIÃO Ginástica Laboral: querem roubar o meu queijo! por Sérgio Garcia Stella D epois de alguns anos na pós- Alguns questionamentos vieram, inevi- sando por “acupuntura”, cruzando pela graduação da Escola Paulista de tavelmente, à minha cabeça: Qual a real “quiropraxia” e muito provavelmente a Medicina/UNIFESP, freqüentando capacidade desses profissionais que, famosa “outras que possam envolver alguns departamentos, na incessante em um emaranhado de depoimentos corpo humano e tenha me esquecido luta para completar créditos obrigatórios vagos, de projetos de leis federais traba- no momento... mas é nossa”. e assim concluir o Doutorado, por várias lhistas que não dizem respeito à sua pro- Da mesma maneira, avaliei a nossa vezes questionei a necessidade de algu- fissão, exemplos empíricos de investidas grade curricular e concluí (como já fiz mas disciplinas para a minha formação bem-sucedidas em grandes empresas, há algum tempo) que prescrever uma como professor e pesquisador. se dizem capacitados de executar tal atividade física ou exercício físico, como Em uma dessas lamúrias me deparei função? Qual a real capacidade desses meio de “prevenção” ao aparecimento com a disciplina de Ética Profissional profissionais que associam, definem e de doenças e a melhoria da qualidade e me amofinava ao pensar que a dis- confundem dolosamente a Ginástica de vida, é mais do que qualquer laico ciplina me proporcionaria apenas 10 Laboral à avaliação ergonômica, reabi- de escritório possa imaginar e, portanto, 10 créditos. Como pode ser obrigatória? litação e readaptação de trabalhadores a exigência de uma grade curricular Ainda por cima 10 créditos? O que farei incapacitados de exercer sua função? específica: treinamento desportivo, Ano IX • nº 19 • março • 2008 com este conteúdo? Enfim, passada a Qual a real capacidade de burocratas cineantropometria, atividade física tormenta, deparo-me então com uma que despacham um tema para publi- adaptada, aprendizagem e atividade situação que põe à prova o conteúdo cação e não são capazes de citar um motora, crescimento e desenvolvimento da afamada disciplina e, pior, perce- exemplo sequer de profissionais que humano, psicologia aplicada à educa- bo que a falta de ética vem de outra tenham executado a Ginástica Laboral, ção, teorias do lazer, recreação, além profissão, vizinha à Educação Física, em seu puro conceito, e obtidos verda- das tradicionais que existem em todos de onde nunca poderia pensar. Ago- deiros resultados? os cursos relacionados à saúde, como ra percebo que QUEREM ROUBAR O Não só por essas razões é que acredito anatomia, fisiologia do exercício, bio- MEU QUEIJO! na falta de Ética Profissional, vencida por mecânica, cinesiologia são disciplinas Chegou às minhas mãos uma revista uma triste necessidade de afirmação que constam em nossa grade e todas, que inicialmente julguei ser do CREF4/ despreparada no mercado de trabalho. legitimamente, capacitam-nos na pres- SP, depois pensei ser outra qualquer, Como se não bastasse, ainda li e reli, crição do exercício físico. com conteúdo específico de atividade que em sua grade curricular os alunos de Caros senhores, prescrever exercício física e qualidade de vida. Para meu graduação contemplam disciplinas que físico vai muito mais além do que “cami- espanto a revista era de outro conselho, os habilitam a “prescrever exercícios”. nhar” 30 minutos, 3 vezes por semana, alheio a Educação Física, com conte- de correr atrás de uma bola, bem como, údo muito bonito: corrida no parque, Grade curricular ginástica olímpica, atividade física para Ao contrário de alguns, deixei de ser que massagem para relaxamento ou a terceira idade e, pasmem, apologia empírico e leviano, e antes de firmar avaliação ergonômica ou reabilitação. à GINÁSTICA LABORAL, como sendo minha posição, procurei me informar É uma irresponsabilidade trabalhista estes profissionais capacitados a exe- sobre a tal grade curricular. Pude listar incentivar profissionais despreparados cutar tal função. disciplinas que iam de “estética”, pas- que acabam aceitando qualquer oferta, Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP a Ginástica Laboral é mais complexa OPINIÃO de qualquer valor, para fazer qualquer coisa com os funcionários de uma grande empresa. Tal ato proporciona uma oportunidade aos “contrariados de plantão” que insistem em dizer que a Ginástica Laboral não tem utilidade, Destaques da Edição 18 que é uma grande perda de tempo e dinheiro, podendo ser executada por multiplicadores, integrantes de CIPAs, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assim por diante. Mas os senhores não sabem que esta realidade 67.500 exemplares existe, uma vez que não têm experiência prática alguma e, como muitos, EVENTO só ouviram dizer. No dia 1º de setembro de 2007, os profis- Como preparar um belo queijo? sionais de Educação Física que realizaram Que fique bem claro que não critico os profissionais, que como nós, trabalhos relevantes para a profissão, em buscam espaço no mercado de trabalho. Critico a ação, o ato político 2006, receberam o “Prêmio Profissio- irresponsável e inconseqüente. Se realmente tais (ir)responsáveis estivessem preocupados com o futuro da profissão teriam propostas e ações condizentes com a sua fala fácil. Porém, não é o que se vê. O CREF4/SP, preocupado com a preparação e formação do Profissional de Educação Física, há algum tempo, mobilizou e constituiu uma comissão, formada por profissionais de Educação Física, alguns há nais de Educação Física do Ano”. No Estado de São Paulo, os 44 municípios participantes, coordenados pelo CREF4/SP, premiaram 380 profissionais com troféus na forma do Discóbulo de Mirone (símbolo da Educação Física). Na cidade de São Paulo a festa reuniu 400 profissionais. mais de 10 anos ligados a área de Ginástica Laboral. Percebam que não disse reabilitação, nem tão pouco laudo ou avaliação ergonômica. A comissão se organiza e cria estratégias para o desenvolvimento do profissional e prepara o próprio mercado de trabalho para receber o Profissional de Educação Física. ENTREVISTA A importância de trabalhar com profissionais de Educação Física regulamentados e com boa formação foram os destaques da entrevista com Claury Alves da Silva, secretário estadual de Esporte, Lazer e Tu- Concluindo Poderia aqui insuflar meus companheiros de profissão a atuar na área rismo de São Paulo. de reabilitação, uma vez que não existe uma lei federal que me impeça, ELEIÇÕES pelo contrário, apenas uma simples resolução de certo conselho. Palavras Publicado o resultado das eleições realizadas ditas pelos senhores. no dia 17 de setembro de 2007, para o perío- No entanto, se já existe uma profissão regulamentada e ótimos profissionais habilitados para tal, não vejo a necessidade e a irresponsabilidade profissional para incentivar tal ato. Cabe a mim, como professor formador de opinião, pregar o Respeito e a Ética Profissional e, sobretudo, preparar o do 2007/2011, de metade dos membros do CREF4/SP. A chapa Consolidação foi a vencedora do pleito. As metas dos vencedores também estão registradas na matéria. melhor possível o meu aluno para que possa atuar nas áreas competentes BALANÇO FINANCEIRO a sua formação. Para conhecimento de todos os registrados A Ginástica Laboral não é um ato privativo da Educação Física pela imposição foi publicado o Demonstrativo das variações do Conselho Regional, ela é de direito, de competência e de conquista, conse- patrimoniais e o Balanço patrimonial compa- qüência da profissionalização, organização, estudo e respeito de profissionais realmente capacitados para tal. rado do primeiro semestre do exercício de 2007. ERRATA Prof. Dr. Sérgio Garcia Stella (CREF 030016-G/SP) A vencedora de Campinas, do Dia do Pro- Especialista, Mestre e Doutor – EPM/UNIFESP Coordenador Científico do Grupo de Estudos em Exercício Físico para Transplantados Renais – HRIM/LESF/EPM/UNIFESP Professor Titular da cadeira de Fisiologia Humana e do Exercício – FEFISA Coordenador do Laboratório de Fisiologia do Exercício – NEPAF/FEFISA fissional de Educação Física 2007 na categoria Orientador de Exercícios Físicos – Fitness é Chrislaine Molognoni (CREF 015166-G/SP). Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP 11 Ano IX • nº 19 • março • 2008 atuação Esporte a Favor da Cidadania O CREF4/SP esteve na unidade Atibaia da Fundação CASA para conhecer o trabalho feito com os adolescentes na área esportiva 12 Ano IX • nº 19 • março • 2008 C om capacidade para atender para a escola normal, onde dentro da um total de 56 adolescentes – organização horária de atividades já es- 40 em medida de internação e tão previstas aulas de Educação Física. 16 em internação provisória, a unidade No período da tarde, eles têm diversas Atibaia da Fundação CASA – Centro de atividades: música, canto, artesanato, Atendimento Socioeducativo ao Ado- além de três atendimentos na semana lescente (ex-Febem), inaugurada em para a prática esportiva. 2 de março de 2007, trabalha, como Os adolescentes que chegam à Funda- as demais unidades, com o modelo de ção possuem noção esportiva, porém gestão compartilhada. Sendo assim, sem vivências. Muitos nem mesmo têm os profissionais de Educação Física, conhecimento de suas habilidades. O que ministram as atividades esportivas CASA-Atibaia oferece futebol de salão, no local, entre outros, são contratados voleibol, basquetebol, handebol, tênis por uma entidade não-governamental de mesa e xadrez, entre outras ativi- da região, no caso de Atibaia, a ONG dades. E, nas férias, são promovidas Casulo. gincanas, com ênfase nos jogos coo- Segundo a diretora da unidade, Marili perativos. “Os professores vão ofere- Ângelo (CREF 014333-G/SP), o dia dos cendo as modalidades e todos têm a internos em Atibaia começa cedo: acor- oportunidade de praticar todas elas”, dam por volta das 6 horas e seguem destaca a diretora. O comportamento de cada um, durante as práticas esportivas, é avaliado e anotado em relatório Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Fotos: César Viégas por Célia Gennari atuação Esse aprendizado e a participação em eventos melhora a auto-estima, o conhecimento do próprio corpo e a saúde dos adolescentes. Além disso, eles aprendem a importância de fazer parte de um grupo, de respeitar o adversário, de obedecer regras e ter disciplina. “O Profissional de Educação Física tem uma facilidade muito grande de acesso a esses jovens, a aproximação é rápida e é perceptível um avanço considerável no desenvolvimento dos Carlos: “Trabalhar com eles aqui é uma experiência nova, gratificante, com a qual estou me identificando muito” “O desafio maior da instituição é fazer com que esses adolescentes tenham a possibilidade de retornar à vida comum e de exercer a cidadania” Marili Ângelo, diretora da Fundação CASA-Atibaia São três profissionais de Educação citação, com início em janeiro de 2007 importante conscientizar, incentivar a Física que atuam na unidade, inclusive e começou a receber os adolescentes: interação e o respeito a todos. “Não nos finais de semana. Um deles fica até “Nunca havia trabalhado com infratores, é apenas do condicionamento físico às 16 horas e atende os adolescentes apenas no Programa Escola da Famí- que estamos cuidando. O desempenho junto com o profissional da escola for- lia, que atende os adolescentes nos deles em sala de aula também tem mal, mas as atividades esportivas vão finais de semana em Escolas Abertas melhorado.” até às 22 horas. Todos ajudam a cons- do Estado de São Paulo. Quando me Um dado importante é que, com o in- cientizar os adolescentes de que, além formei, pensava sempre na área de centivo às atividades esportivas, princi- de melhorar a parte física e diminuir o treinamento, de rendimento, em clubes, palmente com a possibilidade de parti- estresse causado pelo regime privado essas coisas. Agora, trabalhar aqui é cipar de eventos fora das unidades, o de liberdade, na quadra eles podem uma experiência nova, gratificante, com número de fumantes e de adolescentes liberar a adrenalina, interagir com os a qual estou me identificando muito”. que precisam de remédios para dormir outros, aprender a respeitar as regras A alegria é contagiante nas atividades tem diminuído. “Cada um se torna mais e a ter ética. de quadra. Para Carlos Eduardo, o responsável, melhorando a alimentação O Profissional de Educação Física, melhor é ver que o adolescente está e a qualidade de vida”. Carlos Eduardo das Neves Silva (CREF finalmente conseguindo jogar com Com 25 anos, formado em 2006, Giova- 058338-G/SP), está na unidade desde outras bolas, já que a realidade bra- ni Olacyr Consoli (CREF 059557-G/SP), a inauguração. Realizou curso de capa- sileira é o futebol. O profissional acha sempre fez trabalho voluntário e tinha adolescentes nos esportes e na sua conduta social”. Profissionais do CASA-Atibaia pretensões de trabalhar com serviço social. Agora, na Fundação, está tendo A Fundação CASA – Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente é uma instituição ligada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. Tem como missão primordial aplicar, em todo o Estado, as diretrizes e normas dispostas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), promovendo estudos e planejando soluções direcionadas ao atendimento de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, na faixa de 12 a 21 anos. um grande desafio. Segundo ele, pelo fato de serem internos, os jovens ficam muito ansiosos e nervosos e na quadra é o horário que explode tudo. “Temos que saber como controlar. É hora de chamar de lado e aconselhar. O esporte está fazendo uma grande diferença para a vida deles e eu fico muito contente e realizado com isso”. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP 13 Ano IX • nº 19 • março • 2008 atuação O capoeirista Dione Aparecido Avelar afirma estar muito feliz com seu trabalho na Fundação. “Capoeira é cultura e é esporte. O adolescente se identifica muito pelo fato de ser uma cultura nossa. Ela apresenta várias vertentes. Aquela que ele se apaixona, se envolve. Acredito que capoeira é soma. Dessa forma, ele vai conhecendo a história do próprio país, de seu povo, de sua gente”. Giovani: “O esporte está fazendo uma grande diferença para a vida deles e eu fico muito contente e realizado com isso” Rafael: “A internação não pode ser vista como um castigo, mas sim como um processo de transformação, no qual o adolescente vai se reconhecer, reconhecer o outro, aprender a lidar com regras e limites para conviver com outros lá fora e com os próprios funcionários da Fundação” Educação Física e Psicologia: parceria de sucesso Os profissionais de Educação Física, que recebem noções de psicologia durante a formação universitária, são fundamentais no acompanhamento ONG Casulo dos adolescentes e precisam estar atentos aos seus sinais. Segundo A ONG tem em torno de 33 funcionários no CASA-Atibaia, cuidando Rafael Zafonatto, psicólogo da Uni- 14 de toda parte educacional, de serviço social, de psicologia e da área dade, tanto conduzir a bola de forma médica. A parte da segurança é da Fundação. “Essa gestão compar- displicente quanto chutá-la com agres- Ano IX • nº 19 • março • 2008 tilhada está dando muito certo”, afirmou Marili Ângelo, da Fundação sividade, pode ser um indicativo de CASA-Atibaia. problema emocional. “Tem que haver Rosemeire Alvez Gibim é presidente da ONG Casulo há oito anos e conta como está sendo a parceria na gestão compartilhaprocesso de escolha pelo poder público Lado nada amistoso e, após essa fase, fechamos o acordo e A sociedade tem resistência iniciamos a capacitação profissional. Somos quando se fala de um jovem responsáveis pela contratação e remuneração que cumpre medida socioedu- dos profissionais da área esportiva. Damos preferência para aqueles cativa, por isso há dificuldade que já têm experiência com adolescentes. Trabalhar dentro de uma para marcar um jogo amistoso. Fundação não é fácil, são 24 horas no ar, mas conseguimos montar uma A Assessoria de Imprensa da equipe técnica legal. Os três profissionais que temos aqui, cuidando Fundação CASA esclareceu do esporte, são nota 10 e apaixonados pelos meninos, o que é muito que, para um adolescente par- importante! Dione Aparecido Avelar, foi quem começou a história da ticipar de um evento esportivo ONG Casulo, em Bom Jesus dos Perdões. Ele fazia um trabalho com externo, é necessária autori- os meninos de rua e começou a perceber que eles não conseguiam zação judicial, empenho dos jogar, porque estavam fracos. Dione fez um trato com a dona do res- diversos setores da Fundação taurante Casarão, em Perdões, e toda quarta-feira ela servia um sopão e, principalmente, entendimen- aos meninos que iam jogar capoeira.” to da sociedade. da com a Unidade Atibaia: “Houve um Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP atuação CASA-Atibaia oferece futebol de salão, voleibol, basquetebol, handebol (foto), tênis de mesa e xadrez, entre outras atividades 15 esse trabalho multidisciplinar e aqui temos essa possibilidade junto com os profissionais de Educação Física. Eles nos acompanham nas medidas disciplinares e nos relatórios que fazemos dos meninos e, em contrapartida, nós vamos juntos nas atividades externas”. Muitas vezes, o praticante de qualquer modalidade esportiva está preparado fisicamente, mas com seu emocional abalado. Neste momento o profissional precisa se lembrar da máxima ‘corpo são, mente sã’. “Se mente ou corpo estão doentes é preciso ter atenção redobrada. Na abertura da II Olimpíada da Fundação CASA, tivemos a presença de diversos esportistas de várias modalidades que são exemplos para os adolescentes da Fundação, provando que é possível uma transformação, uma reinserção social com a ajuda do esporte”, ressalta o psicólogo. Respeito ao adolescente O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que estabelece essa gestão compartilhada das unidades, com o objetivo de aproximar mais a comunidade, foi criado para referendar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que regulamenta as medidas socioeducativas. Nas faculdades de Direito, o ECA não entra na grade curricular. Por isso, na opinião do psicólogo Rafael Zafonatto, nem os advogados nem a polícia estão totalmente preparados para lidar com o adolescente. “Essa mudança de paradigma é lenta. Não devemos tratar o adolescente com opressão, esculacho ou agressão, mas sim com respeito, como um ser em desenvolvimento, que está formando a sua personalidade, que tem muito o que aprender. Nem reprimir nem deixar solto demais. O adolescente só vai respeitar se for respeitado, só vai te dar atenção se receber essa atenção. E aqui a gente está conseguindo tudo isso. É um novo momento e eu fico contente por estar participando desse processo”. Segundo Rafael, a internação não pode ser vista como um castigo, uma penalidade, mas sim como um processo de transformação, no qual o adolescente vai se reconhecer, reconhecer o outro, aprender a lidar com regras e limites para conviver lá fora e com os próprios funcionários da Fundação. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Ano IX • nº 19 • março • 2008 atuação Entrevista com interno, codinome “Perdões”, de 17 anos Não quero saber de mais nada e me ajuda bastante. Eu tenho muito problema de família. Tenho um sonho também, de quando eu sair daqui começar a praticar esporte e voltar a estudar, ter uma vida melhor, porque é uma coisa que eu gosto de fazer. Eu descobri o que eu gosto de fazer bastante, que é praticar esporte. “Eu descobri o que eu gosto de fazer bastante, que é praticar esporte” CREF de São Paulo – O que você achou de participar da 16 Ano IX • nº 19 • março • 2008 Chegada e saída O psicólogo Rafael Zafonatto acompanha diretamente o adolescente de codinome “Perdões” há mais de três anos. “Perdões” chegou na Fundação sem perspectiva, estava subnutrido, entregue ao vício de crack, traficando, roubando e sem respaldo familiar. Na Fundação, encontrou dignidade através do esporte, inclusive saindo para a atividade externa de futsal. Na II Olimpíada da Fundação CASA realizada no Ginásio do Ibirapuera, participou dos 5 mil Revista CREF de São Paulo – II Olimpíadas? Como você se sentia quando Perdões – Gostei, né, senhora? chegou aqui e agora? Foi a primeira vez que eu corri em Perdões – Quando eu cheguei aqui, liberdade assistida esse adolescente uma pista grandona como aquela. senhora, eu me senti um pouco ago- era espancado e quase foi morto Aí eu falei, ‘nossa, vou me dedicar’ niado e triste, longe da minha família. pelos traficantes. Ele causou muitos e me dediquei bastante. Nos primei- problemas aqui e pegava medida Aí eu comecei a praticar o esporte. Eu ros dias foi difícil, eu até pensei em disciplinar constantemente. Agora, não gostava muito, né, senhora? Aí eu desistir, mas não, falei ‘vou desistir está prestes a ir embora e continu- comecei a me dedicar. Vou fazer uma de estar aqui, então quando eu tiver ará os treinamentos de atletismo coisa para ver se passa o tempo, para algum problema na minha vida mais na Secretaria de Esportes de Bom me ajudar também, para eu colocar a pra frente, eu vou desistir também? Jesus dos Perdões. Aqui ele teve cabeça no lugar, pensar, refletir... Aí eu Então eu vou seguir em frente e vou oportunidade”. Perdões é a melhor comecei a praticar esporte, comecei a conseguir’. Aí eu fui lá e peguei uma prova dessa inserção social através aprender mais disciplina no esporte, posição boa. Sei que a vida não é do esporte. para eu estar podendo sair também. só ganhar. O espírito esportivo é o A diretora Marili Ângelo garante que, Não sabia jogar vôlei, basquete, fui que valeu. Foi bom quando eu fui no hoje, Perdões é um adolescente mais aprendendo no dia-a-dia com o senhor futebol também. Time com espírito tranqüilo, mais afetivo e está mais Eduardo. Não sabia nada, só pensava de equipe... A união que tivemos foi feliz. “Sua participação na Olimpíada em ficar com a cabeça a milhão, pen- muito boa pra mim. Aprendi bastante, sando na minha família, desesperado, como é ter uma amizade de verdade, pensando na hora de ir embora. dar risada sem precisar... Assim, naturalmente. Fazer amigos, conhecer CREF de São Paulo – Você se novas pessoas... Sair e acalmar um sente mais calmo? pouco a minha mente também. Tudo Perdões – Quando eu começo a isso vem me ajudando bastante, né, praticar me esqueço dos problemas. senhora? Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP metros do atletismo e ficou em 5º lugar. “Quando chegou ao projeto de me deixou muito orgulhosa. Aqui, em Atibaia, o trabalho é psicossocial, temos três psicólogos e três assistentes sociais que, trabalhando em conjunto com as outras áreas, inclusive com os profissionais de Educação Física, tornam possíveis essas mudanças de comportamento”. atuação Esporte é carro-chefe da Fundação CASA O gerente da área de Educação Física inicial, que é realizada pela Escola com a participação de 54 unidades e Esportes da Fundação CASA, Carlos de Formação em conjunto com a Su- do Estado de São Paulo e, tendo como Alberto Robles, destaca a importância perintendência Pedagógica, para os convidadas, as unidades dos estados da lealdade e comprometimento do profissionais que ingressam na Fun- de Minas Gerais e Espírito Santo. Para Profissional de Educação Física em dação, abordando todas as diretrizes nós este evento foi um grande apren- seu trabalho na Instituição. As ativida- e procedimentos da área pedagógica. dizado pois, mais uma vez, pudemos des são inúmeras, incluindo até yoga e Nesta gestão, conseguimos elaborar concluir que, quando estes adolescen- xadrez, além de basquete de rua. um caderno de diretrizes e procedi- tes têm oportunidades, conseguem dar mentos, orientando os profissionais retorno positivo. Revista CREF de São Paulo – Qual de Educação Física nas questões é a função da área de Educação Físi- específicas da área. CREF de São Paulo – Qual a posição da Unidade Atibaia? ca e Esportes da Fundação CASA? Carlos Alberto Robles – A gerên- CREF de São Paulo – Quais as ati- Robles – Já é a 25ª unidade inaugu- cia de Educação Física e Esporte é vidades esportivas desenvolvidas? rada neste modelo de gestão compar- responsável pelas diretrizes e proce- Robles – No esporte, para nós, o tilhada, no qual segurança e direção dimentos da área, com relação não grande passo foi elaborar um calen- são servidores da Fundação CASA e só a Educação Física mas ao esporte dário anual de atividades, no qual bi- a equipe pedagógica e técnica tem como um todo. Tivemos um período mestralmente, destacamos uma mo- funcionários da ONG. Através desta de quase três anos para organizar a dalidade, visando à participação dos Gestão Compartilhada estamos obten- parte esportiva da Fundação CASA adolescentes em torneios e campeo- do resultados positivos com índice de e, hoje, é o nosso carro-chefe. O natos, não excluindo a possibilidade reincidência muito pequeno, abaixo de esporte é muito atraente, tem uma de se trabalhar simultaneamente outras 3%. A Fundação CASA tem investido possibilidade de participação grande modalidades esportivas. da garotada e os profissionais con- No início, tivemos grandes seguem estabelecer um vínculo com dificuldades, já que o Bra- eles, auxiliando muito no processo sil é o país do futebol e o de ressocialização. A confiança é pri- futebol de salão predomi- mordial, pois sem ela, o adolescente nava. Com tempo e apoio não dá resultados. Além das duas de todos os profissionais, aulas de Educação Física formal, que conseguimos reverter esta são ministradas pelo Profissional de situação na Fundação. Educação Física da Secretaria da Hoje, realizamos Educação, os adolescentes rece- onatos e torneios de han- bem atendimentos, no mínimo, de debol, basquete e voleibol. três aulas semanais, pelo profissional Chegamos ao 7º Campe- contratado pela Fundação. onato Estadual de Xadrez, campe- além de participação em CREF de São Paulo – Como é a corridas de ruas. Em 2007, capacitação dos profissionais que realizamos a II Olimpíada atuam na Fundação? da Fundação CASA, um Robles – Existe uma capacitação evento de grande porte, Robles: “Aproximadamente 210 profissionais de Educação Física estão distribuídos nas unidades do Estado de São Paulo” Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP 17 Ano IX • nº 19 • março • 2008 atuação nos espaços físicos das novas uni- teve a participação no 14º Campeo- CREF de São Paulo – Há atividades dades, com construção de quadras nato Paulista de Karatê interestilos, na consideradas “não-tradicionais”? poliesportivas cobertas, investindo cidade de Itapecerica da Serra, onde, Robles – Dentro da gerência de Edu- em seus profissionais, oferecendo além do título estadual, ficaram com o cação Física e Esporte também temos oportunidades de capacitação e trans- vice-campeonato no Kata Individual e alguns projetos que dão apoio em todas ferências, adequando-os conforme 3º lugar nas categorias de Shiai Kumitê as unidades e divisões regionais. Um suas necessidades. Temos busca- e Kata em equipe. Devido a esses deles que vem dando excelente resul- do, através da ação educacional, a resultados, os atletas foram classifi- tado é o Yoga. É um projeto que tem inclusão de todos os adolescentes. cados para participarem da equipe da uma participação grande de voluntários Acompanhamos, através de relatórios, Seleção Paulista no 12º Campeonato e ótima aceitação por parte dos adoles- de informações e temos mantido um Brasileiro de Karatê, na cidade de Re- centes. Temos parcerias com a CIYMA bom nível de atividades nas unidades, cife (PE). E, ainda, outro adolescente – Centro Integrado de Yoga, Meditação com a participação de todos. de Ribeirão Preto recebeu o título de e Ayurveda, C.E. PROTENS – Curso para atleta do ano e atleta revelação na Professores e Técnicos de Nível Supe- modalidade de Karatê. rior, FMU – Faculdades Metropolitana CREF de São Paulo – Já surgiram alguns talentos? Unidas e com a CEPEUSP– Centro de Robles – Naturalmente. Ao final de Práticas Esportivas da Universidade de cada evento, os adolescentes que apresentam índice acima do normal são encaminhados para as entidades e federações. Em relação às meninas o procedimento é o mesmo. Com 18 aqueles garotos que têm um talento Ano IX • nº 19 • março • 2008 de treinamento, fora do horário das extra, conseguimos promover turmas atividades normais, nas quais são pre- “Temos uma gama de adolescentes que têm aproveitado a oportunidade e demonstrado que o esporte é o grande caminho para a ressocialização”. parados para desenvolver toda essa São Paulo. CREF de São Paulo – Com toda a sua experiência, qual a principal característica que o Profissional de Educação Física deve ter dentro da Fundação CASA? Robles – Pela experiência acumulada na área de Educação Física e Esporte, ministrando aulas e em alguns cargos habilidade, podendo representar sua de direção na Fundação, acredito que a unidade nos eventos externos. Temos CREF de São Paulo – Existe algum postura do profissional é a essência do alguns encaminhamentos no futebol, grande evento que pode marcar a trabalho. Por mais que alguns adoles- as meninas na equipe de Botucatu, vida desses adolescentes? centes cometam atos graves, eles são os meninos em Ribeirão Preto e na Robles – A Olimpíada é o fecha- carentes e temos que vê-los como cida- modalidade de handebol em Araça- mento maior. Conseguimos realizar a dãos em formação. Procuramos sempre tuba. Também temos adolescentes II Olimpíada, que foi muito gratificante. trabalhar pensando em contribuir com que após serem desinternados são Alguns problemas básicos surgiram, novos valores. Com uma postura firme, encaminhados para o atletismo. Res- mas conseguimos resolver tranqüila- com lealdade e sinceridade, esse adoles- salto que alguns adolescentes foram mente, contando com a colaboração cente percebe qual é, na realidade, a sua convidados a participar no pelotão dos adolescentes e funcionários. Tive- intenção e seus objetivos. Então, quando de elite da tradicional Corrida de São mos a participação de outros Estados, você trabalha, tem que orientar o ado- Silvestre. Destaco ainda outras opor- com uma avaliação superpositiva. lescente de modo firme, não dizer sem- tunidades: adolescentes da Unidade Conseguimos diversificar, inserimos pre amém. O Profissional de Educação de São Vicente fizeram parte da de- uma tarde de atividades de cultura Física é muito importante na mudança legação de atletas da cidade de São urbana, com basquete de rua, stre- de comportamento desse adolescente. Vicente na modalidade de canoagem, et dance, skate e grafitagem, com Acredito que quando você trabalha com em que tiveram destaque nos Jogos a colaboração da gerência de Arte compromisso, profissionalismo e ética, Abertos do Interior. A Fundação Casa e Cultura. consegue grande sucesso. |cref| Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP homenagem Conselheiro recebe medalha comemorativa O visitando a Escola da Nestor Soares Publio, foi Gendarmerie em Me- homenageado com a Me- lun, os Batalhões da dalha Coronel Paul Balagny – me- Legião Estrangeira e dalha comemorativa do Centenário a École Interarmées da Missão Militar Francesa, em des Sports, onde está solenidade realizada no dia 27 de hoje o Batalhão de abril do ano passado, em São Pau- Joinville. lo. Exímio bailarino, em 1968, Pu- Nesta escola, os alu- blio dançou o Bailado da Quadrilha nos executaram o Bai de Monitores de Joinville-le-Pont, lado de Joinville-le- na Academia de Polícia Militar do Pont, que foi assistido Barro Branco – APMBB, quando da por diversas autorida- visita do Adido Militar da França ao des francesas. Brasil, General Jean Wartel. O Ge- Esse bailado que hoje neral ficou bastante emocionado só é dançado na PM e decidiu oferecer uma bolsa de de São Paulo, foi intro- estudos ao então Tenente Publio, duzido na Academia para que pudesse fazer o Curso do Barro Branco, pelo de Oficial de Esportes, na École então Major Publio, co- Interarmées des Sports, em Fon- mandante e diretor de tainebleau, na França. Ensino da EEF da PM Publio, ao retornar, como presidente [célula mater da Edu- da Federação Paulista de Ginásti- cação Física no Brasil, ca – FPG, trouxe para São Paulo fundada em 8 de março de 1910], mestre da EEFE da USP e árbitro in- o técnico de Ginástica Olímpica, com o objetivo de se apresentar ternacional, tendo atuado nos Jogos Georges Chautemps para minis- na abertura do campeonato mun- Olímpicos de Moscou (1980) e como trar cursos. Já em 1978, recebeu dial do Conseil International Sports comentarista da TV Globo nos Jogos o diretor técnico da França, Arthur Militaire, realizado no Estádio Célio de Seul (1988). Magakian, que colaborou inclusive de Barros, no Rio de Janeiro, em Além do representante francês, com a organização da III Copa do 1976. Os cadetes da Academia exe- estiveram presentes à solenidade Mundo de Ginástica Olímpica, re- cutaram o Bailado, por ocasião da no QG da PM, o ex-governador alizada no Ginásio do Ibirapuera. solenidade da entrega da comenda, Claudio Lembo, autor do Decreto Em 1995, comandou a delegação surpreendendo o Consul Francês, que concedeu a comenda, e o se- do Curso de Instrutores de Educa- Jean-Marc Gravier. cretário da Segurança Pública, Dr. ção Física da Escola de Educação Emocionado, o homenageado se Ronaldo Augusto Bretas Marzagão, Física da Polícia Militar – EEF da PM disse surpreso com a escolha de seu que representou o governador José em viagem de estudos na França, nome. Publio foi também professor Serra. (CG) |cref| Fotos: Arquivo Pessoal Conselheiro do CREF4/SP, Ex-governador Claudio Lembo coloca comenda em Nestor Soares Publio 19 Publio: “Acredito ter sido escolhido, por ter tido vários contatos com professores da França, inclusive com o professor Auguste Listello” Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Ano IX • nº 19 • março • 2008 mercado de trabalho A 20 Ano IX • nº 19 • março • 2008 s necessidades do mercado de Esportivo, e, ainda, existia a concorrência do aeróbico, com Cooper, implementado trabalho estão fazendo o Profis- com ex-jogadores, que dominavam o por Cláudio Coutinho na Seleção Brasi- sional de Educação Física atuar, mercado. leira, ajudou na conquista do campeo- cada vez mais, como um profissional da O pioneirismo do Sesc, Sesi, ACM e nato mundial e chamou atenção. Hoje, área de saúde. No início eram somente alguns outros clubes, que possuíam o costume das pessoas de caminhar em as escolas, depois as academias e professores de ginástica recreadores parques e ruas é uma retomada dessa clubes esportivos, fitness e, hoje, para e monitores de esporte, passou a ter prática. Guiselini conta que trabalhou na atender um conceito mais atual – do a companhia de pequenas academias, Prefeitura do Município de São Paulo em Wellness (do bem-estar), é necessário no início dos anos 70. “Em 1973, eu diversos projetos sociais, fechando ruas que o profissional seja muito mais com- comecei a trabalhar como professor para lazer, organizando caminhadas, pas- pleto. O Profissional de Educação Física de ginástica do Círculo Militar, além de seios ciclísticos em uma época em que Mauro Guiselini (CREF 000042-G/SP) lecionar na USP. O pai de uma aluna não se falava em atividade física. Um dos conta como ocorreu essa evolução. me convidou para ministrar aulas para projetos mais inovadores foi “Um ginásio Na década de 60, a área de atuação a filha dele, que era uma criança obe- em cada prédio”, no final da década, do Profissional de Educação Física era sa. As pessoas começavam também que consistia em treinar professores de quase que exclusivamente a escola, in- a contratar o professor de ginástica Educação Física que pudessem atender clusive, todo o conteúdo do curso de particular, hoje chamado de personal os moradores no salão de festas desses formação era voltado para essa atuação. trainner”, destaca Guiselini, formado edifícios. Hoje, grande parte dos lança- O mercado se restringia a Educação Fí- nos anos 60. mentos imobiliários já ressaltam o espaço sica Escolar e, no máximo, ao Técnico A década de 70 foi a do coração. O méto- para a prática de exercícios. “Nos anos 80, além dos clubes e das escolas, aparece no mercado de trabalho brasileiro e em São Paulo, com maior força, o ‘negócio academia’, as chamadas ‘academias de ginástica’ e, no final da década, aparece o profissional de musculação. Mas as faculdades não estavam preparadas para isso” Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Fotos: César Viégas Décadas de evolução profissional mercado de trabalho Cresce número de academias nos anos 80 Nos anos 80, o mercado de trabalho brasileiro é ampliado com o aumento substancial do número de academias. “Com o negócio academia surge o profissional de musculação. As faculdades não estavam preparadas para isso. Então a sociedade teve que se organizar. Começaram a aparecer os cursos e os congressos, preparando esse profissional.” Surge também a figura do avaliador físico e, no mundo dos esportes, o mesmo ganha força. Para Guiselini, a mola propulsora das academias foi a Ginástica Aeróbica, tra- algo voltado à saúde. O resultado foi uma em busca do equilíbrio. Esse é o novo revolução profissional, que culminou com paradigma na formação profissional e a regulamentação da profissão, a criação ter esses conhecimentos é valor agre- do CONFEF, dos CREFs e a inclusão na gado e tendência de mercado”. área de saúde. Assim, no novo século o conceito de Nos anos 90, o profissional já atua em Fitness é engolido por outro ainda academias, clubes, centros esportivos, maior: o Wellness (do bem-estar). empresas, fazendo avaliação física, Saúde e bem-estar caminham jun- trabalhando como fisiologista e pes- tos. Hoje, o Profissional atua nesse quisador. A última evolução chega no mercado, além do marketing esportivo, final do século, com o surgimento de de gestão de pessoas, como coorde- fato do personal trainner. nador, gerente, diretor técnico etc.. Século 21: o conceito do bem-estar “Temos um mercado de trabalho que se ampliou bastante”. Trabalhar com a terceira idade é outra A base de qualquer programa de ativi- área ainda em desenvolvimento. A média dade física tem que atender o triângulo de idade da população chega aos 75 básico da saúde, formado pela resistên- um movimento mundial, no qual todos anos e o Profissional de Educação Física cia cardiovascular, força e flexibilidade. O começaram a falar em exercício, em ati- tem que estar preparado para atender Profissional precisa saber alcançar esse vidade física e as academias consegui- esse público. Os idosos estão cada dia equilíbrio, treinar o coração das pessoas, ram reunir as pessoas que não eram es- mais ativos, ligados em tudo e querendo saber como deixar o corpo forte e as portistas. O profissional de musculação pessoas mais suaves, flexíveis, com o levar uma vida com qualidade. aparece nessa época. Foi um fenômeno uso de técnicas de Yoga, por exemplo, sociocultural, econômico e profissional, que é uma tendência, ou Pilates, Tai-chi- para o qual o cinema, com os filmes de chuan, além de massagem. dança e a presença constante de atores O Profissional atual precisa de algumas musculosos e saudáveis, contribuiu. “A especializações para atuar na relação mídia aproveita tudo e transforma em que envolve bem-estar físico, emocio- notícia. Foi uma mudança de compor- nal, mental, social e espiritual. O exer- tamento mundial muito positiva”. Junto, cício físico consegue transitar nessas cresce a indústria de equipamentos, de cinco dimensões. “As pessoas estão zida por ele para o Brasil. Era o carrochefe das academias nos anos 80. Foi Para finalizar, Mauro Guiselini afirma que o Profissional de Educação Física, mais do que nunca, precisa acreditar que é de fato um Profissional da saúde, preparar-se adequadamente para tal, e ter sempre em mente que agindo com ética e dedicação, a divulgação da profissão perante a sociedade sempre será positiva. (CG) |cref| tênis e roupas apropriadas para a prática de exercícios nas academias. Conceito Fitness invade os anos 90 O Profissional de Educação Física deixa de ser um professor de ginástica e passa a ser um profissional do conceito de Fitness (da forma física). Ocorre uma explosão no número de academias. Surgem os centros de fitness em condomínios, em indústrias e em escritórios, com ginástica laboral e o “Em 40 anos de atividade profissional, eu tive oportunidades e passei por todas as áreas. Isso foi muito bom, porque me ajudou a ter uma visão melhor da profissão” conceito de Fitness, relacionado à saúde e à Educação Física, passa a ser visto como Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP 21 Ano IX • nº 19 • março • 2008 em ação Valorização da profissão na saúde Está cada vez mais forte a participação do Profissional de Educação Física na área de saúde O CREF4/SP mantém, desde março de 2006, um representante no Fórum dos Conselhos Atividade Fim da Saúde, que conta César Viégas com a participação dos 14 conselhos regionais. O objetivo desse Fórum é buscar soluções para problemas co“Se o hipertenso praticar, diariamente, 30 minutos de qualquer atividade física, ele tem uma possibilidade de reduzir o seu nível de hipertensão. Então, porque ele vai investir tanto só no remédio se ele tem o Profissional de Educação Física que pode ajudá-lo a ter mais qualidade de vida?” Pedro Bortz, Profissional de Educação Física, há 7 anos atuando na área de saúde e, hoje, trabalha para a assistência médica AMIL 22 Ano IX • nº 19 • março • 2008 muns e, principalmente, a inclusão e a troca de experiências das profissões ali representadas nos assuntos ligados à saúde. O CREF4/SP ocupa a secretaria no Fórum e uma cadeira titular no Conselho Municipal de Saúde (CMS-SP). Nesses encontros, Pedro Bortz (CREF 002105-G/SP), representante do CREF4/ SP, constatou a importância que os médicos depositam no Profissional de Educação Física, dada a parceria que pode ser criada na prevenção de diversas doenças. A interação é tanta que, com Ação dos representantes os conselhos regionais de Farmácia, Medicina, Psicologia e Nutricionistas, por A participação no Fórum dos Conselhos Atividade Fim da Saúde é que exemplo, foi feito um trabalho conjunto direciona o representante do Conselho Regional para os conselhos Muni- em campanha contra a obesidade. cipal e Estadual de Saúde. É feita uma eleição interna e, de acordo com Há oito anos atuando na área de saúde, a participação – política e participativa – do representante do Conselho Pedro Bortz sente que a participação do Regional no Fórum, com relação a conhecimentos de necessidades não Profissional de Educação Física ainda só do seu conselho, mas dos outros 13 (são 14 conselhos que formam a é muito pequena, principalmente no saúde), acontece a seleção a cada dois anos. O CREF4/SP tem mais um ano setor público. Desde a regulamentação nessa cadeira no Conselho Municipal. As reuniões acontecem, no mínimo, da profissão e a criação dos conselhos uma vez por mês e quando o representante é direcionado para o Conselho regionais, as portas começaram a se Municipal são duas mensais – a do Fórum e a do Conselho. O CREF4/SP abrir, porém de forma muito lenta. Um vem participando de todas as reuniões referentes às políticas públicas de dos motivos é a pequena importância saúde (Fórum dos Conselhos de Saúde e conferências Estadual e Municipais dada pelas faculdades à questão da de Saúde), com a presença de Carolina d’Àvilla, analista técnica, Fernando saúde. Izac Soares, coordenador da Fiscalização e Marlon Gobbi, ouvidor, todos Em São Paulo, segundo Bortz, atuam do CREF4/SP, além do profissional colaborador Pedro Bortz. cerca de 20 profissionais de Educação Física de destaque na área da saúde. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP em ação grandes cidades”. tanto é que fui buscar todas essas in- mente no Estado de São Paulo existem Falta ao Profissional de Educação Fí- formações na pós-graduação. Recen- quase 150 cursos de Educação Física sica entrar nessa porta que se abre, temente, um pneumologista me disse que formam, por volta de 5000 profis- mas atento ao fato de que ‘saúde não que não há profissionais de Educação sionais por ano, esse número está bem é só conhecer Fisiologia’. Para Pedro, Física em centros de reabilitação pul- aquém das possibilidades do mercado é preciso se aprofundar em fisiopato- monar, porque eles estão preparados de trabalho. “Hoje, na área da saúde logias, doenças, em como o exercício para trabalhar com o doente pulmonar. temos a ‘elite’ do meio trabalhando e físico é importante nos tratamentos. “A E, infelizmente, eu tive de concordar nada mais e, ainda, concentrada nas prevenção não é vista na universidade, com ele”. Unidades Básicas de Saúde Assistência médica privada A ação do CREF4/SP conse- tação da Educação guiu que fosse incluída, no tex- Física na saúde pri- to das conferências Municipal, vada também é len- Estadual e Federal, a partici- to. Mas, hoje, alguns pação do Profissional de Edu- planos de assistência cação Física nas UBSs (Uni- médica já têm como dades Básicas de Saúde). Há funcionários uma série de evidências que sionais de Educação demonstram que a presença Física. “A motivação do educador físico na UBS é é fazer uma empresa fundamental e, no entanto, ele entender a importância da prevenção, como fator de redução de custos não está lá. Para Pedro Bortz, e não apenas da patologia. Ou seja, a prevenção de infarto, redução de foi uma grande vitória, conse- índices de glicemia para o diabético, melhora na pressão arterial etc.”, guir em alguns textos incluir explica Pedro Bortz. o Profissional de Educação Atuar em assistência médica, com equipe multidisciplinar é gratificante, Física, mas ele afirma que a mas exige muito mais preparo. Ao seu lado, existe um Nutricionista, um luta ainda continua. Psicólogo e um Dentista e não há espaço para erro. “Para manter-se num Muito se fala em medicamen- trabalho como esse precisa ter muita competência e, para conquistá-la, to gratuito, mas também é ne- tem que aprender a ser humilde para dizer ‘não sei’, perguntar para quem cessário prevenir e para tal é sabe e entender quando o outro não souber algo. A competência é a prin- preciso ter um ‘maestro da pre- cipal fórmula para a gente conseguir conquistar, a cada dia, mais espaço venção’ nesses lugares, para dentro da instituição médico privada e a paciência é uma boa estratégia estimular as pessoas a fazerem na área pública”. mais caminhadas e ensiná-las Mas para atuar nessa área, deve-se estar preparado para lidar com a usar os equipamentos ade- pessoas que estão doentes. Mesmo na prevenção primária, que atua quadamente. “Devemos utilizar antes de se estabelecer a doença, as pessoas precisam de cuidados a atividade física para preve- especiais. Atividades como treinamento de força ou resistência muscular nir problemas e até amenizar para um hipertenso grave, ou trabalhos de solo com doentes pulmo- aqueles que a população já nares graves não são recomendáveis. “Conhecimento é fundamental. possui, assim o investimento Sem ele, sem essa fundamentação científica, é melhor nem entrar na em medicação diminuirá”. área”, conclui Pedro. O processo de acei- Pacientes da AMIL, durante orientações físicas no Parque Villa Lobos Arquivo pessoal Levando-se em consideração que so- profis- 23 (CG) |cref| Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Ano IX • nº 19 • março • 2008 em ação Notícia Fórum municipal de Santo André A lexandre Romero (CREF 002433-G/SP) é outro Profissional de Educação Física a assumir uma posição na área de saúde pública. Desde 24 de janeiro, é conselheiro titular do Conselho Municipal de Saúde de Santo André, em São Paulo. Foi eleito como representante das Instituições de Ensino Superior, entidades representantes dos docentes e acadêmicos da área da saúde. Denuncie O Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região – CREF4/SP recebe e verifica denúncias contra profissionais que insistem em exercer ilegal ou irregularmente a profissão ou que não zelem pela profissão e bem-estar de seus clientes. O Conselho considera qualquer comunicado, 24 ou notícia, devidamente Ano IX fundamentado, que chegue • ao seu conhecimento, e nº 19 • procederá de acordo com o março estabelecido nas Resoluções • 2008 do CONFEF nº 023/00 e CREF4/SP nº 05, que dispõem sobre a fiscalização e orientação de Pessoa Física e Pessoa Jurídica. As denúncias só serão aceitas, por escrito, mediante identificação do denunciante (nome, endereço e telefone) e do profissional ou estabelecimento deunciado. Atenção Portaria garante espaço em programa do sus S istema CONFEF/CREFs consegue ampliar o campo de trabalho dos profissionais de Educação Física, que poderão fazer parte dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF, que fornecerão suporte às Equipes de Saúde da Família, um dos programas do Sistema Único de Saúde – SUS. Os NASF foram criados a partir da Portaria n° 154, de 24 de janeiro de 2008. Essa conquista foi graças ao empenho e participação do CREF4/SP (representado pelo coordenador da Fiscalização, Fernando Izac Soares) e do CREF7/DF-GO-TO (representado por Rosângela Zomkowski) na 13ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em novembro do ano passado, em Brasília. Na ocasião, ficou garantida a participação do Profissional de Educação Física na equipe multidisciplinar para atuar no SUS. “A participação do CREF4/SP na Conferência Municipal e Estadual, possibilitou que, durante a Conferência Nacional pudéssemos garantir e aprovar algumas propostas, incluindo e garantindo a participação do Profissional de Educação Física no NASF, mas também a inclusão nas equipes multiprofissionais no SUS”, explicou Fernando. Os NASF são classificados nas modalidades 1 e 2, ambas com a possibilidade de participação dos profissionais de Educação Física. A composição de cada Núcleo será definida pelos gestores municipais e é competência das secretarias de saúde dos municípios selecionar, contratar e remunerar os profissionais que farão parte destes Núcleos. De acordo com a Portaria, os profissionais que compõem os NASF devem “desenvolver (...) ações que se integrem a outras políticas sociais como: educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras”. Fazem parte das ações dos Núcleos: a promoção de ações ligadas às atividades físicas e práticas corporais junto a escolas, creches e sociedade, e a capacitação de profissionais para atuarem como facilitadores/monitores no desenvolvimento de atividades físicas. Em outro ponto, o documento estabelece que os profissionais dos NASF também desenvolvam Através do portal do Conselho ações de promoção e proteção à saúde, tais como consciência e cuidados com www.crefsp.org.br o corpo. (PP) |cref| você consegue fazer a sua denúncia, basta preencher corretamente os espaços determinados. Para mais detalhes, leia a Portaria n° 154 na íntegra, publicada no Diário Oficial da União – DOU, de 4 de março de 2008 (republicação). Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP informe-se Obesidade na infância e adolescência por Alexandre Romero Com a industrialização, urbanização e globalização, o ser humano adotou dietas mais calóricas e um estilo de vida sedentário, o que contribuiu para o aparecimento de diversas doenças. Entre elas está a obesidade, a qual tem afetado tanto as pessoas de países desenvolvidos quanto as de países em desenvolvimento. A obesidade é um problema de mamente difícil, pois esta doença é do que outros a se tornarem obesos, saúde pública mundial. Estima-se de cunho multifatorial e suas causas sendo que, essa suscetibilidade pode que, no mundo, exista 1,6 bilhão diferem de uma pessoa à outra. ser determinada geneticamente. No en- de indivíduos adultos com excesso de De forma geral, a obesidade é conse- tanto, é importante salientar que isso não peso (sobrepeso ou obesidade), sendo qüência de uma ingestão calórica que indica que o acúmulo excessivo de gor- que destes, 400 milhões são obesos. excede o gasto calórico durante um pe- dura seja inevitável para pessoas com Conforme projeção feita pela Organiza- ríodo considerável (balanço energético maior suscetibilidade, ou que pessoas ção Mundial da Saúde, em 2015, serão positivo). Pode-se dizer que a obesidade com menor suscetibilidade não possam 2,3 bilhões de indivíduos com excesso é resultado da interação entre uma série engordar caso reduzam o gasto calórico de peso e 700 milhões de obesos. Esse de fatores como os genéticos, comporta- e aumentem o consumo alimentar. problema não envolve apenas os adul- mentais, fisiológicos e psicológicos. Durante a adolescência ocorre a ma- tos, a tendência de crescimento das Com o avanço tecnológico na área da turação sexual que provoca mudanças taxas de prevalência de sobrepeso e biologia molecular, atualmente, sabe-se na composição corporal. No que se obesidade na infância e adolescência que existem indivíduos mais suscetíveis refere ao tecido adiposo pode-se afir- 25 Ano IX • nº 19 • março • 2008 tem sido observada no mundo inteiro. No Brasil, de acordo com a mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, realizada em 2002-2003, o excesso de peso é um problema relevante em todas as regiões do país, no meio urbano ou rural e em todas as classes de rendimentos. Na mesma pesquisa constatou-se elevada freqüência de adolescentes brasileiros com excesso de peso (16,7%), sendo um pouco mais freqüente em meninos (17,9%) do que em meninas (15,4%). Verificou-se, também, que havia 1 obeso para cada 10 meninos com excesso de peso e 1 obesa para cada 5 AGB Photo/AbleStock meninas com excesso de peso. Causas – Caracterizar a etiologia da obesidade tem sido uma tarefa extreConselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP informe-se 26 Ano IX • nº 19 • março • 2008 mar que tanto a quantidade quanto a modernas, verificam-se outros importantes pode ter forte influência do ambiente distribuição da gordura corporal das fatores inibidores da atividade física como familiar, pois a criança imita os adultos meninas, são fortemente influenciadas a violência urbana e o trânsito intenso de desde os primeiros anos de vida, o que pela maturação sexual. veículos nas ruas e avenidas. torna o exemplo dos pais fundamental Os conhecimentos relacionados à maturação sexual devem ser considerados pelos Profissionais de Educação Física com o objetivo de orientar as adolescentes sobre a importância de se prevenir contra a obesidade nessa fase, assim como, auxiliá-las a compreender as transformações que, inevitavelmente, ocorrerão com o próprio corpo. Pode-se dizer que o sedentarismo é um para formação de hábitos e preferên- fator extremamente importante para o cias alimentares. aumento da obesidade, pois é consen- Conseqüências – A obesidade é de- so na literatura que, quanto menos ativo for o indivíduo, maior será a chance de ele desenvolver a obesidade. Cabe ressaltar que assistir à televisão é um tipo de atividade sedentária que está fortemente correlacionada com o aumento do sobrepeso e da obesidade em crianças e adolescentes. O tempo destinado para assistir à televisão parece contribuir tanto para o sedentarismo quanto para o aumento do consumo alimentar. Atualmente, as pessoas têm menos finida como uma condição de acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, em uma magnitude que se torne prejudicial à saúde do indivíduo ou grupos populacionais. Sabe-se que crianças e adolescentes obesos têm maior chance de permanecerem obesos na fase adulta. Além disso, verificase que da mesma forma como acontece para o adulto, o sobrepeso e a obesidade em crianças e adolescentes estão tempo para realizar refeições adequa- associados a várias co-morbidades tais das e balanceadas e, por isso, con- como: diabetes tipo 2, doenças pulmona- A redução do gasto de energia diário, somem em restaurantes fast-foods, res, osteoartrite, dislipidemia, resistência à causado pela falta de atividade física, e o os quais preparam alimentos ricos em insulina e doenças cardiovasculares. excesso alimentar são considerados os gordura e com valor calórico eleva- Podem ocorrer também complicações re- fatores mais importantes para o desen- do. Além disso, esses alimentos são ferentes aos aspectos psicossociais, pois volvimento da obesidade. Facilidades da mais palatáveis e agradam também as o adolescente obeso tem maior chance vida moderna como veículos motorizados, crianças e os adolescentes que podem de apresentar baixa auto-estima e com- controle remoto e computadores, entre assumir esse hábito inadequado para prometimento da auto-imagem, além de, outros, têm favorecido a redução do gasto saúde e mantê-lo por toda a vida. em função da discriminação, isolamento, energético diário. Além dessas facilidades O comportamento alimentar dos jovens inibição e sintomas de depressão. Exercício físico na prevenção e tratamento da obesidade Variadas formas de tratamento podem saudável em longo prazo. No entanto, rio, e criar estratégias para que o exercício contribuir significativamente para o com- vários estudos têm demonstrado que a físico seja motivante e eficiente. bate à obesidade. O trabalho deve ser inserção do exercício físico nos programas Antes de iniciar o programa de exercí- multiprofissional e constituído principal- de emagrecimento favorece a manutenção cios físicos é fundamental que a criança mente de programas de exercícios físicos, da massa corporal, após emagrecimento, passe por avaliação médica e física que orientação nutricional e psicológica. Inter- em médio e longo prazo. contenha a avaliação da composição cor- venções isoladas não serão suficientes O exercício físico contribui para o ba- poral, de padrões neuromotor, postural e para o emagrecimento saudável, pois lanço energético negativo, assim como cardiorrespiratório. como já foi discutido anteriormente, a previne ou minimiza os efeitos das en- Cabe ao Profissional de Educação Fí- etiologia da obesidade é multifatorial. fermidades associadas à obesidade. sica garantir um ambiente agradável Uma das dificuldades encontradas nas Crianças obesas apresentam uma condi- e seguro para a prática da atividade várias formas de tratamento tem sido a re- ção física atenuada quando comparadas física. Para tanto, deve-se levar em con- dução da quantidade de gordura corporal às crianças eutróficas. Por isso, devem-se sideração aspectos importantes como: e a manutenção da composição corporal adaptar as atividades, quando necessá- ventilação adequada, temperatura agra- Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP informe-se dável, vestimenta confortável e horário mais adequado para a prática. Os programas devem incluir exercícios aeróbios, de fortalecimento muscular, de flexibilidade e muita brincadeira. Aliás, um aspecto importante para aderência das crianças e dos adolescentes aos programas de atividade física e esportiva é o caráter lúdico, pois contribui para o aprendizado do esporte e proporciona aos alunos a oportunidade de conhecer, aprender, tomar gosto e manter o interesse pela prática de exercícios físicos. O Profissional de Educação Física Escolar tem grande responsabilidade no combate à obesidade, uma vez que a criança e o adolescente passam grande parte do dia na escola, local favorável para a orientação e prática agradável de exercícios físicos. A participação nas aulas de Educação Física não será suficiente para o emagrecimento, porém, nessas aulas, o aluno será orientado sobre a importância da prática regular do exercício físico e será motivado a praticá-lo, também, fora da escola. O Profissional de Educação Física Escolar – um dos únicos profissionais da área da saúde dentro da escola, pode contribuir significativamente para a promoção da saúde de seus alunos realizando reuniões com o objetivo Atualização Cadastral de orientar pais e filhos. Além disso, tem a possibilidade de convidar para essas reuniões outros profissionais (nutricionistas, psicólogos etc.) que enriquecerão os esclarecimentos. Por fim, percebe-se a necessidade de políticas públicas que auxiliem a criança e o adolescente a desenvolverem um estilo de vida ativo e saudável pois, nesse período, o ser humano tem facilidade para adquirir hábitos saudáveis que deverão ser mantidos por toda a vida. |cref| Prof. Alexandre Romero (CREF 002433-G/SP) Mestre em Saúde Pública – FSP-USP Doutorando em Nutrição em Saúde Pública – FSP-USP REFERÊNCIAS 1.Dâmaso A, Guerra RLF, Botero JP, et al. Etiologia da obesidade. IN: Dâmaso A, et al. Obesidade. São Paulo: MEDSI; 2003. p. 3-15. Mantenha sua ficha cadastral no CREF4/SP sempre atualizada. Somente com dados corretos, o profissional registrado poderá ser localizado, receber a Revista CREF de São Paulo e outros comunicados que se fizerem necessários. 2.Daniels SR, Arnett DK, Eckel RH, et al. Overweight in children and adolescents: pathophysiology, consequences, prevention, and treatment. Circulation. 2005; 111(15):1999-2012. 3.Diretrizes Brasileiras de Obesidade. Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Editora: Érika Paniago Guedes, 2007. 4.Fisberg M. Atualização em obesidade na infância e adolescência. São Paulo: Editora Atheneu; 2004. 5.IASO - International Association for the Study of Obesity. Childhood Overweight. See: www.iotf.org/database/ChildhoodOverweightGlobal.htm. Acesso: 21 Nov. 2007. 6.IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2002-2003: antropometria e análise do estado nutricional de crianças e adolescentes no Brasil. Rio de Janeiro; 2006. 7.Nahas MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2ª ed. Londrina: Midiograf, 2001. Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF4/SP Rua Líbero Badaró, 377 - 3º andar Centro - 01009-000 São Paulo, SP Telefax: (11) 3292-1700 [email protected] www.crefsp.org.br Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP evento Prêmio Esporte e Cidadania Empresários e atletas de São Paulo receberam da SEME e do Instituto ADVB prêmio pela iniciativa de investir em novos atletas em 2007 A 28 Ano IX • nº 19 • março • 2008 Prefeitura de São Paulo entrega, Os homenageados foram escolhidos Rugby para Todos e Clube Pequeninos pela primeira vez, prêmios a res- pelo Instituto ADVB e pela SEME, ape- do Jockey. O homenageado da noite foi ponsáveis por ações ligadas ao nas para bem representar os ideais “Caio Pompeu de Toledo” e os destaques esporte social com o objetivo de prestigiar do Prêmio durante seu lançamento, ficaram para Grupo Pão de Açúcar e a aqueles que fazem grandes iniciativas mas a partir de 2009, Flavio Delmanto, Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F). e que investem na formação de novos Presidente do CREF4/SP, fará parte da Vários atletas e figuras políticas importan- talentos em São Paulo, além de tornar Comissão de Jurados responsável por tes participaram do evento: Ministro do públicas todas as práticas não profissio- indicar aqueles que mais se destacaram Esporte Orlando Silva, Prefeito Gilberto nais desenvolvidas. O Prêmio Esporte e durante o ano anterior. Kassab, Secretário Municipal de Esportes Cidadania 2008 tem a coordenação do Receberam o Prêmio Esporte e Cidadania Walter Feldman, Secretário Estadual de Instituto ADVB – Associação dos Dirigen- 2008, no dia 25 de fevereiro, no Clube Esportes Claury Alves da Silva, Presidente tes de Vendas e Marketing do Brasil – Atlético Monte Líbano: o skatista Sandro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Car- Responsabilidade Socioambiental (IRES) Soares, o “Testinha”, idealizador de um los Arthur Nuzman, entre outros. e da Secretaria Municipal de Esporte, projeto com internos da Fundação CASA; O anfitrião da noite, o secretário Walter Lazer e Recreação da Cidade de São a judoca Maria de Lourdes Portela, o bo- Feldman, parabenizou a todos que parti- Paulo (SEME). xeador Giovanni Andrade, Associação ciparam da festa, como ele ressaltou, “de Flavio Delmanto e Hudson Ventura, do CREF4/SP, acompanhados de Paulo Soares Cintra e Luiz Aguiar Caruso, da AEB Boxeador Giovanni Andrade expõe, também, seu cinturão do Campeonato Mundial Super-Galo, conquistado em São Paulo/2007 Revelação de sua categoria, a judoca Maria de Lourdes Portela, 20 anos, comemora mais essa vitória Skatista Sandro Soares, o “Testinha”, recebe prêmio das mãos do cantor Chorão Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP Fotos: César Viégas por Célia Gennari evento 2008 confraternização e de reconhecimento”, daqueles que há tantos anos vêm se dedicando à atividade esportiva, com pouco ou baixo reconhecimento. “Isso vai mudar, com o empenho e o esforço de todos nós”, concluiu. O CREF4/SP prestigiou o evento representado por seu Presidente, Flavio Delmanto e pelos conselheiros Georgios Hatzidakis e Hudson Ventura. O Grupo ABAÇAÍ Cultura & Arte abriu o evento com uma apresentação instrumental diferenciada do Hino Nacional e a Orquestra de Cordas Baccarelli foi a responsável pelo seu encerramento. “Pela primeira vez São Paulo dá uma demonstração de valorização do esporte. Que tenhamos cada vez mais o aperfeiçoamento dessa política pública e que possamos dar oportunidade a todos de ter acesso ao esporte. Esse evento é uma referência do trabalho do Feldman. É nele que o poder público se integra com a sociedade civil. SEME e ADVB juntos, valorizando o esporte e o esportista” Gilberto Kassab, prefeito da Cidade de São Paulo “Queremos que todos pratiquem atividade física. Assim, teremos uma cidade mais saudável, equilibrada do ponto de vista da sua relação com o meio ambiente, integrada comunitariamente à família e praticando atividades nas praças, nos parques, nos equipamentos esportivos [hoje, em grande parte, recuperados] e com programação continuada. Esse é nosso sonho e desejo. Contamos para isso com os profissionais da SEME, hoje, absolutamente, empolgados com o futuro que se avizinha” Walter Feldman, secretário municipal de Esportes “O Prêmio Esporte e Cidadania é importante porque reverencia grandes atletas e nomes, que alcançam a máxima performance e são referências para a sociedade e juventude. É uma oportunidade de reconhecer e celebrar a capacidade de cada um e, também, de construir e cultuar a memória do esporte brasileiro. São Paulo é a “locomotiva do país” e deve puxar não apenas a economia, mas o desenvolvimento social. E, aqui, a prefeitura faz com que o esporte seja, sobretudo, fator de qualidade de vida, bem-estar, saúde e integração social. O esporte é uma marca do progresso e do desenvolvimento da cidade de São Paulo. Em Brasília, observamos, procuramos acompanhar e seguir a trilha do trabalho que Feldman desenvolve” Orlando Silva, ministro dos Esportes “O esporte é uma grande forma de fazer a inclusão social. Em nome do governador José Serra, expresso a alegria de vermos esta casa cheia e o entusiasmo de um secretário como Feldman, que contaminou o prefeito Gilberto Kassab a investir no esporte e fazer com que a capital de São Paulo falasse de esporte com o coração pulsando a mais de 120 por minuto” Claury Alves da Silva, secretário estadual de Esportes “O trabalho que está sendo feito pela SEME, que ultrapassa as fronteiras do alto rendimento, junto com a ADBV, que tem trabalho voltado ao apoio e inserção social, é um dos pilares hoje do movimento olímpico – darmos oportunidades aqueles que são carentes, que necessitam do melhor caminho dentro da atividade, buscando a cidadania. Por isso, eu me sinto feliz em poder hoje estar aqui e assistir a criação deste prêmio” Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP 29 Ano IX • nº 19 • março • 2008 notíciaS C om o objetivo de realizar uma podem auxiliar no bom andamento do parceria entre as entidades, o trabalho dos profissionais de Educação Presidente do Conselho Regional de Física, tais como cardiologia, ortopedia, Medicina do Estado de São Paulo, Dr. geriatria e medicina esportiva. Henrique Carlos Gonçalves, recebeu, Dr. Henrique levará a idéia do proje- na sede do Cremesp, no dia 28 de ja- to às Câmaras Técnicas do Cremesp neiro, o Presidente e o Vice-presidente competentes por esses segmentos e o do CREF4/SP, Flavio Delmanto e Márcio próximo passo será criar comissões nos Ishizaki. O encontro foi voltado para a dois conselhos para dar andamento à elaboração de um projeto conjunto, parceria, o que será também um canal com o firme propósito de proteger a para discussão dos limites de compe- população. Para tanto, foram discuti- tências dessas e de outras profissões das as especialidades médicas que da área da saúde. (PP) |cref| Capoeira adaptada para pessoas com mais de 40 anos C om o intuito de combater o sedentarismo e divulgar a capoeira, o Profissional de Educação Física, Antônio Luiz Coutinho da Silva 30 Ano IX • nº 19 • março • 2008 (CREF 049639-G/SP), desenvolve um projeto, de aulas de capoeira para grupos de pessoas com mais de 40 anos. O projeto busca Patricia Piacentini Cref4/sp e cremesp se reúnem para tratar sobre futura parceria Márcio Ishizaki, Flavio Delmanto (CREF4/SP) e Dr. Henrique Carlos Gonçalves (Cremesp) Licenciatura: Conselho ganha ação na justiça O CREF4/SP obteve mais uma vitória em ação judicial movida por formados em Educação Física, com habilitação em Licenciatura de Graduação Plena, pelo também a profissionalização do capoeirista. Instituto Organização Sorocabana Uirapuru Ltda., ao Antonio Luiz desenvolveu essa idéia quando estava no 3° ano conseguir a suspensão da liminar concedida pelo juiz da faculdade e percebeu que o grupo de pessoas com mais de de primeiro grau. Na ação, os formados pretendiam 40 anos precisava de uma atividade diferenciada. A capoeira obter o registro junto ao CREF4/SP para exercerem é adaptada para essa faixa etária e é utilizada como recurso atividades de bacharel em Educação Física, que permite pedagógico, artístico e cultural. Além de ser uma atividade que a atuação em todos os segmentos da Educação Física, melhora e mantém as capacidades físicas, promove o convívio excetuando a Educação Básica (educação infantil, en- social, traz satisfação pessoal e melhora o estilo e a qualidade sino fundamental e médio), mas a habilitação do curso de vida”, explica o profissional. em que se formaram (Licenciatura de Graduação Plena) A atividade traz benefícios como melhoras na força muscular, equilí- permite a atuação apenas na Educação Básica. brio, coordenação motora, flexibilidade e sistema cardiorrespiratório. O recurso está em trâmite no Tribunal Regional Federal As adaptações são simples e as aulas envolvem movimentos mais da 3ª Região, processo nº 2008.03.00.003660-0 e a rela- básicos sem exigir grandes performances. No entanto, segundo toria é do Desembargador Federal Lazarano Neto, cuja Antonio Luiz, a presença do Profissional de Educação Física neste decisão foi publicada no Diário da Justiça da União – projeto é essencial, porque é ele que possui capacitação para aten- DJU, de 22/02/08: “...o projeto pedagógico da Uirapuru der um público que necessita de atenção especial, para perceber Superior volta-se estritamente para a aquisição de as suas necessidades e respeitar seus limites. conhecimento específico no segmento da educação O projeto já foi implantado no Clube Pelezão (Rua Belmonte, 957 básica (...) os agravados colaram grau no curso de – Alto da Lapa – Zona Oeste/São Paulo) e as aulas são gratuitas. Educação Física Licenciatura. Ou seja, não podem Além das aulas práticas, são realizadas palestras e leituras sobre a pretender a inscrição junto ao Conselho agravante para importância da capoeira na história do Brasil, saúde, bons hábitos atuarem de forma plena, sem restrições”. (PP) |cref| alimentares e esportes. (PP) |cref| Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP fique de olho Atenção especial para as academias de condomínio por Patrícia Piacentini* suas instalações de musculação sem A prever a necessidade do profissional”. caso não haja a presença de um Profis- tes locais, seja para fiscalização de rotina sional de Educação Física habilitado e e/ou atendimento de denúncias. “Nossa registrado no Sistema CONFEF/CREFs ação está amparada por lei, cabe ao para orientar os exercícios. “Toda pessoa Conselho fiscalizar todo e qualquer local que deseja praticar uma atividade física onde ocorra a intervenção do Profissio- deve procurar um Profissional de Edu- nal de Educação Física para orientação cação Física com registro no Conselho, de atividades físicas e esportivas”. garantindo assim um serviço com qua- Quando uma pessoa não habilitada é lidade e segurança, respaldado em um identificada atuando nestes locais, é Código de Ética que norteia a conduta lavrado um termo circunstanciado [bo- Profissional”, recomenda a analista téc- letim de ocorrência] por exercício ilegal nica do CREF4/SP, Carolina d’Àvila. de profissão e o condomínio é autuado Além disso, as atividades físicas, muitas por permitir este ilícito. No caso dos adquiridos pelo condomínio. O vezes, são feitas sem uma avaliação física condomínios que oferecem as instala- CREF1/RJ foi uma das fontes da e médica, ou seja, um perigo para quem ções sem o acompanhamento de um matéria e alertou o leitor que “sem apresenta alguma enfermidade. “O risco profissional habilitado, estes devem instrutores, as pessoas podem é enorme, pois podem ultrapassar seus ser sensibilizados da importância do utilizar os equipamentos de ma- limites de segurança em termos de cargas acompanhamento de um Profissional de neira inadequada e ter lesões”. (pesos) nos exercícios ou exceder a fre- Educação Física, sem o que o praticante A matéria também informou que qüência cardiorrespiratória recomendada corra o risco de desenvolver atividades “uma vez a sala equipada e em para a idade”, alerta o Profissional de Edu- que, ao invés de contribuírem para a sua funcionamento, o próximo passo cação Física, Cláudio Calasans Camargo saúde, a colocam em risco. é a manutenção dos aparelhos, (CREF 004490-G/SP), gerente de uma Cláudio ressalta que muitas academias atribuição do síndico, pela Lei academia em São José dos Campos. apenas se preocupam com os equi- dos Condomínios (4.591/64), e Os moradores, nessas situações, plane- pamentos. “O pré-requisito principal que deve ser paga pelos mora- jam sozinhos seus programas de treina- é que o condomínio não se preocupe dores, de acordo com a Lei do mento e, algumas vezes, aumentam as apenas em equipar-se com máquinas Inquilinato (8.245/91)”. cargas (no caso da musculação) sem de musculação, mas também procure Portanto, o assunto tem sido passar pelas etapas de adaptação neces- contratar o Profissional credenciado divulgado e deve instigar a ati- sárias. “Em São José dos Campos, são para acompanhar os praticantes, seja tude também do Profissional raros os condomínios que contam com diretamente com os mesmos ou firman- de Educação Física em abraçar acompanhamento profissional para os do um contrato com uma academia esse mercado com responsa- moradores. Geralmente, o acompanha- (empresa), que coloque seus profis- bilidade e ética. (CG) mento só ocorre quando algum condômi- sionais à disposição do condomínio no contrata um personal trainner, mas os de acordo com as suas necessidades”, condomínios, de um modo geral, montam finaliza. |cref| pesar de tantas vantagens, es- Fernando Izac Soares, coordenador de sas academias podem oferecer Fiscalização do CREF4/SP, informa que riscos à saúde dos moradores, a fiscalização ocorre normalmente nes- Deu na mídia E m 15 de julho do ano passado saiu uma matéria no Caderno Classificados Imóveis da Folha de São Paulo (págs. 1 e 2) com a seguinte chamada “Equipamento errado e falta de instrutor comprometem malhação nos condomínios”. A matéria comentava sobre a importância do Profissional de Educação Física na orientação da prática da atividade física e também na escolha adequada dos equipamentos de ginástica / musculação a serem * Assistente de Comunicação Júnior do CREF4/SP Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região • CREF4/SP 31 Ano IX • nº 19 • março • 2008 Visite o Portal do CREF4/SP www.crefsp.org.br No Portal você encontra muitas nóticas e ícones do seu interesse. www.crefsp.org.br Fique por dentro de tudo o que acontece na sua área de atuação!