4 K[x]=(p(x)), K um corpo. 4.1 Introdu»c~ ao No cap¶³tulo 3, ¯zemos um estudo introdut¶orio dos an¶eis quocientes A=I, I um ideal de A. Em particular, estabelecemos o teorema fundamental do isomor¯smo de an¶eis: Teorema. Se f : A ! B ¶e um homomor¯smo de an¶eis, ent~ao, a aplica»c~ao f : A=ker(f) ! Im(f ); de¯nida por f (a + Ker(f )) = f (a), ¶e um isomor¯smo de an¶eis. Neste cap¶³tulo, exploramos a estrutura do anel quociente K[x]=I, em que K ¶e um corpo e I ¶e um ideal de K[x]. Como visto no cap¶³tulo 3, todo ideal de K[x] ¶e principal | visto que K[x] ¶e um anel euclidiano | ou seja, para cada ideal I de K[x], existe um polin^omio p(x) tal que I ¶e gerado por p(x), isto ¶e, I = (p(x)) = ff(x)p(x) j f (x) 2 K[x]g. Assim sendo estaremos explorando a estrutura de an¶eis K[x]=(p(x)), K um corpo, p(x) 2 K[x]. Mostraremos que se grau (p(x)) ¸ 1, ent~ao o anel quociente K[x]=(p(x)) ¶e identi¯cado com um anel de express~oes polinomiais K[u] = fam um + am¡1 um¡1 + ¢ ¢ ¢ + a1 u + a0 j am ; : : : ; a0 2 Kg; em que u ¶e um "elemento de fora de K", sendo p(u) = 0. Assim sendo, o anel quociente K[x]=(p(x)) nos prov^e uma raiz de p(x) que n~ao pertence ao corpo K. Veremos ainda que se p(x) ¶e irredutivel em K[x], ou seja, se ¶e imposs¶³vel fatorar p(x) como produto de polin^omios n~ao constantes em K[x], ent~ao K[x]=(p(x)) = K[u] ¶e um corpo. Este ¶e uma extens~ao do corpo K que cont¶em uma raiz, u, do polin^omio p(x). 43 Estrutura do anel K[x]=I = K[x]=(p(x)) 4.2 Sejam ent~ao K um corpo, K[x] o anel de polin^omios sobre K, na indeterminada x, p(x) um polin^omio em K[x] e I ½ K[x] o ideal de K[x] gerado por p(x). Notemos primeiramente que, sendo A ¶e um anel qualquer, ² se I = f0g ent~ao A=I = A=f0g » =A ² se I = A ent~ao A=I = A=A » = f0g Os fatos acima s~ao facilmente deduzidos notando-se que as aplica»c~oes f; g: A ! A dadas por f (x) = 0 e g(x) = x; 8x 2 A s~ao homomor¯smos de an¶eis. Como ker(f) = A, ker(g) = f0g, Im(f ) = f0g e Im(g) = A, pelo teorema fundamental do homomor¯smo de an¶eis, temos: A=ker(f) » = Im(f ) ) A=A » = f0g e A=ker(g) » = Im(g) ) A=f0g » = A. Se p(x) = 0, ent~ao I = (p(x)) = (0) = f0g. Neste caso, K=I = K[x]=(p(x)) = K[x]=f0g » = K[x]. Se p(x) = c 6 = 0, ent~ao I = (p(x)) = (c) = K[x]. A dedu»c~ao deste fato ¶e deixada como exerc¶³cio. Neste caso, K[x]=(p(x)) = K[x]=(c) = K[x]=K[x] » = f0g. 4.2.1 O anel K[x]=(p(x)), quando grau (p(x)) ¸ 1 Proposi»c~ ao 4.2.1 Sejam K um corpo, e p(x) 2 K[x] um polin^omio de grau ¸ 1. Seja I = (p(x)). A aplica»c~ao i: K ! K[x]=I de¯nida por i(a) = a + I; 8a 2 K ¶e um monomor¯smo de an¶eis. Demonstra»c~ao.. 8a; b 2 K, i(ab) = ab + I = (a + I)(b + I) = i(a)i(b); e i(a + b) = a + b + I = (a + I) + (b + I) = i(a) + i(b) e portanto i ¶e um homomor¯smo. 44 Veri¯camos a seguir que ker(i) = f0g, e portanto i ¶e um monomor¯smo: 8a 2 K, i(a) = 0 ) i(a) = 0 + I (pois 0 + I ¶e o elemento zero do anel quociente K[x]=(p(x))). Agora, i(a) = 0 + I , a + I = 0 + I , a ¡ 0 2 I , a 2 I. Notemos ent~ao que, sendo I = (p(x)), a 2 I se e somente se a = p(x)f (x) para algum polin^omio f(x) em K[x]. Temos ent~ao grau (p(x)) + grau (f (x)) = grau (a). Se a 6 = 0, temos aqui uma contradi»c~ao: 0 = grau (a) = grau (p(x)) + grau (f(x)) ¸ grau (p(x)) ¸ 1 Logo, necessariamente, a = 0. Portanto, i(a) = 0 ) a = 0, ou seja, ker(i) = f0g e i ¶e um monomor¯smo. Observa»c~ ao 4.2.1 Como vimos, pela proposi»c~ao 4.2.1, quando grau (p(x)) ¸ 1, a aplica»c~ao i: K ! K[x]=(p(x)), i(a) = a + (p(x)), ¶e um monomor¯smo. Assim, K » = Im(i) = fa + (p(x)) j a 2 Kg. Mais precisamente, atrav¶es desse isomor¯smo entre o corpo K e sua imagem pelo monomor¯smo i, podemos identi¯car cada elemento a 2 K com sua imagem a + (p(x)) 2 K[x]=(p(x)). Assim sendo, consideraremos que o anel quociente K[x]=(p(x)) cont¶em uma \c¶opia" do corpo K. Os processos de identi¯ca»c~ao como o descrito acima s~ao comuns em estruturas alg¶ebricas. Por exemplo, o anel Z dos n¶umeros inteiros, ¶e freqÄuentemente identi¯cado como um sub-anel dos n¶umeros racionais atrav¶es do monomor¯smo f : Z ! Q; f(n) = n 1 . Deste modo, passamos a considerar o racional n 1 e o inteiro n como sendo iguais. Proposi»c~ ao 4.2.2 Seja p(x) um polin^omio de grau ¸ 1 em K[x], K um corpo. Considere a classe lateral u = x + (p(x)) 2 K[x]=(p(x)). Ent~ao, denotando a + (p(x)) = a para cada elemento a 2 K, temos que cada elemento do anel quociente K[x]=(p(x)) se escreve como uma express~ao polinomial n an u + ¢ ¢ ¢ + a1 u + a0 = n X ak uk k=0 sendo n ¸ 0 e a0 ; : : : ; an elementos de K (considerado com sub-anel de K[x]=(p(x))). Demonstra»c~ao.. Seja ® um elemento (classe lateral) em K[x]=(p(x)). Temos ® = f(x)+(p(x)), para algum f (x) 2 K[x]. Sendo f (x) = an xn +¢ ¢ ¢+a0 , veremos que ent~ao ® = an un + ¢ ¢ ¢ + a0 . 45 De fato ® = f (x) + (p(x)) n hX i k = ak x + (p(x)) k=0 n h i X = ak xk + (p(x)) k=0 n h ih i X = ak + (p(x)) xk + (p(x)) k=0 n h ih ik X ak + (p(x)) x + (p(x)) = = k=0 n X ak uk = ak uk + ¢ ¢ ¢ + a0 k=0 sendo que, na passagem da antepen¶ultima para a pen¶ultima linha, consideramos a identi¯ca»c~ao ak + (p(x)) = ak (ak 2 K). Observa»c~ ao 4.2.2 Em virtude da proposi»c~ao 4.2.2, sendo u = x+(p(x)), denotaremos K[x]=(p(x)) = K[u] = fan un + ¢ ¢ ¢ + a0 j an ; : : : ; a0 2 Kg e chamaremos os elementos deste anel de express~oes polinomiais em u, com coe¯cientes em K. Proposi»c~ ao 4.2.3 Seja K um corpo e considere p(x) 2 K[x], de grau n ¸ 1. Como no enunciado da proposi»c~ao 4.2.2, seja u = x + (p(x)). Ent~ao: 1. K[u] ¶e um anel que cont¶em o corpo K como sub-anel. (Isto ¶e precisamente o que enuncia a proposi»c~ao 4.2.1). 2. u 2 K[u] ¶e raiz do polin^omio p(x), ou seja p(u) = 0. 3. Cada elemento de K[u] se escreve, de maneira u ¶nica, na forma bn¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + b0 com b0 ; : : : ; bn¡1 2 K (lembre-se: n = grau (p(x))). Demonstra»c~ao.. 1. J¶a demonstrado (proposi»c~ao 4.2.1). 46 2. Suponha p(x) = Pn p(u) = ak xk . Ent~ao k=0 n X ak uk k=0 n X = [ak + (p(x))][x + (p(x))]k = k=0 n X [ak + (p(x))][xk + (p(x))] k=0 n X = [ak xk + (p(x))] k=0 = n hX i ak xk + (p(x)) k=0 = p(x) + (p(x)) = 0 + (p(x)) = 0 (pois p(x) 2 (p(x))) 3. Seja ® = cm um + ¢ ¢ ¢ + c0 2 K[u]. Temos que ® = f(u), sendo f (x) = cm xm + ¢ ¢ ¢ + c0 2 K[x]. Fazendo a divis~ao euclidiana de f (x) por p(x), obtemos polin^omios q(x) e r(x) em K[x], satisfazendo f(x) = p(x)q(x) + r(x); com grau (r(x)) < grau (p(x)) = n Assim, r(x) ¶e da forma r(x) = bn¡1 xn¡1 + ¢ ¢ ¢ + b0 , com bn¡1 ; : : : ; b0 2 K. Ent~ao ® = f (u) = p(u)q(u) + r(u) = 0 ¢ q(u) + r(u) = r(u) pois, como provado no item anterior, p(u) = 0. Logo, ® = r(u) = bn¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + b0 . Para mostrar que os coe¯cientes bn¡1 ; : : : ; b0 s~ao determinados de maneira u¶nica, suponhamos que ® = bn¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + b0 = dn¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + d0 para certos dn¡1 ; : : : ; d0 2 K. Ent~ao 0 = ® ¡ ® = (bn¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + b0 ) ¡ (dn¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + d0 ) = (bn¡1 ¡ dn¡1 ) un¡1 + ¢ ¢ ¢ + (b0 ¡ d0 ) | {z } | {z } en¡1 = en¡1 u n¡1 e0 + ¢ ¢ ¢ + e0 Resta provar que en¡1 = : : : = e0 = 0. 47 Considere ent~ao g(x) = en¡1 xn¡1 + ¢ ¢ ¢ + e0 . Como g(u) = 0, isto quer dizer que g(x)+(p(x)) = 0+(p(x)). Isto, por sua vez, implica em g(x)¡0 = g(x) 2 (p(x)). Ent~ao existe um polin^omio h(x) 2 K[x] tal que g(x) = p(x)h(x). Logo, grau (g(x)) = grau (p(x)) + grau (h(x)) = n + grau (h(x)) Por outro lado grau (g(x)) · n ¡ 1, logo a ¶unica maneira de conciliar a rela»c~ao entre os graus de g(x); f(x) e h(x) ¶e termos grau (g(x)) = grau (h(x)) = ¡1 e portanto g(x) = 0, da¶³ ent~ao en¡1 = : : : = e0 = 0. Observa»c~ ao 4.2.3 A proposi»c~ao anterior nos diz que se grau (p(x)) = n ¸ 1, ent~ao o conjunto un¡1 ; : : : ; u; 1 ¶e um conjunto de geradores do anel quociente K[x]=(p(x)) = K[u]. Al¶em disso, esses n geradores s~ao linearmente independentes sobre o corpo K, ou seja, considerando-se os escalares em K, en¡1 un¡1 + ¢ ¢ ¢ + e1 u + e0 = 0 ) en¡1 = : : : = e0 = 0. Em outras palavras, o anel K[u] ¶e ent~ao um espa»co vetorial sobre o corpo K, sendo os elementos un¡1 ; : : : ; u; 1 uma base desse espa»co. De¯ni»c~ ao 4.2.1 (Polin^ omios irredut¶³veis em K[x]) . Sendo K um corpo, um polin^omio p(x) em K[x], ¶e dito ser irredut¶³vel sobre K ou irredut¶³vel em K[x] se grau (p(x) ¸ 1 e n~ao existem polin^omios f (x); g(x) 2 K[x], com grau (f(x)) ¸ 1, grau (g(x)) ¸ 1 e p(x) = f (x)g(x). Em outras palavras, p(x) ¶e irredut¶³vel se tem grau ¸ 1 e p(x) = f (x)g(x) ) f (x) ¶e constante ou g(x) ¶e constante. Alternativamente, dizemos que p(x) ¶e redut¶³vel sobre K se p(x) se escreve na forma p(x) = f (x)g(x), com grau (f(x)) ¸ 1 e grau (g(x)) ¸ 1. Exemplo 4.2.1 Claramente, todo polin^omio de grau 1 ¶e irredut¶³vel, j¶a que imposs¶³vel escrev^e-lo como produto de dois polin^omios, ambos com grau ¸ 1 Teorema 4.2.1 Se p(x) 2 K[x] ¶e irredut¶³vel sobre K (K um corpo) ent~ao o anel quociente K[x]=(p(x)) ¶e um corpo. Demonstra»c~ao.. Provaremos que, em K[x]=(p(x)), toda classe n~ao nula f (x) + (p(x)) ¶e invert¶³vel. De fato, se f (x) + (p(x)) 6 = 0 + (p(x)) ent~ao f (x) 6 2 (p(x)). Logo, n~ao existe q(x) 2 K[x] satisfazendo f (x) = p(x)q(x). Assim p(x) n~ao ¶e fator de f (x) e conseqÄuentemente, como p(x) ¶e irredut¶³vel, mdc (p(x); f (x)) = 1 Para veri¯car esta ¶ultima a¯rma»c~ao, notemos que sendo mdc (p(x); f (x)) = d(x), temos que d(x) ¶e fator (divisor) de ambos p(x) e f(x). Sendo p(x) irredut¶³vel, 48 seus u¶nicos divisores m^onicos s~ao 1 ou ¸p(x), com ¸ = a¡1 n , an o coe¯ciente dominante de p(x). Logo, d(x) = 1 ou d(x) = ¸p(x). Agora, d(x) divide f (x) e p(x) n~ao divide f (x). Isto implica d(x) 6 = ¸p(x), o que implica d(x) = 1. Voltando µa nossa dedu»c~ao central, sendo mdc (p(x); f (x)) = 1, existem polin^omios a(x); b(x) 2 K[x] satistazendo a(x)p(x) + b(x)f (x) = 1 Da¶³, [a(x)p(x) + b(x)f (x)] + (p(x)) = 1 + (p(x)) e ent~ao, em K[x]=(p(x)) = K[u], a(u)p(u) + b(u)f (u) = 1 Como p(u) = 0, temos ent~ao b(u)f (u) = 1, logo, devido µa comutatividade da multiplica»c~ao em K[u], [f(u)]¡1 = b(u). Exemplo 4.2.2 Seja p(x) = x2 + 1 2 R[x]. p(x) ¶e irredut¶³vel sobre R pois tem grau 2 e n~ao tem ra¶³zes em R. Sendo u = x + (p(x)) = x + (x2 + 1), temos R[x]=(p(x)) = R[x]=(x2 + 1) = R[u] (proposi»c~ao 4.2.2). Como grau (x2 + 1) = 2, pela proposi»c~ao 4.2.3, temos R[u] = fa0 + a1 u j a0 ; a1 2 Rg Ainda pela proposi»c~ao 4.2.3, temos p(u) = u2 + 1 = 0, ou seja, u2 = ¡1. Assim R[u] ¶e um corpo, extens~ao do corpo R (isto ¶e, contendo R como sub-corpo), que possui uma raiz do polin^omio x2 + 1, irredut¶³vel em R[x]. N~ao ¶e dif¶³cil ver que R[u] » = C, bastando para isso considerar o homomor¯smo de an¶eis (corpos) ' R[u] ¡! C a + bu 7 ¡! a + bi e mostrar que ' ¶e de fato um isomor¯smo. Exemplo 4.2.3 Consideremos agora p(x) = x3 + x + 1 em Z2 [x]. Z2 ¶e um corpo e p(x) ¶e irredut¶³vel sobre Z2 (tente escrever p(x) = (ax + b)(cx2 + dx + e) em Z2 [x] e voc^e ver¶a que isto ¶e imposs¶³vel). Logo, Z2 [x]=(x3 + x + 1) ¶e um corpo, extens~ao de Z2 . Sendo u = x + (x3 + x + 1), temos, de acordo com a proposi»c~ao 4.2.3, Z2 [x]=(x3 + x + 1) = Z2 [u] = fau2 + bu + c j a; b; c 2 Z2 g Assim, Z2 [u] ¶e um corpo, extens~ao de Z2 , com oito elementos, a saber: 0; 1; u; u + 1; u2 ; u2 + 1; u2 + u; u2 + u + 1 sendo u3 = u + 1, uma vez que u3 + u + 1 = 0. 49 4.3 Problemas complementares 1. Prove que, sendo K um corpo, e p(x) = c 6 = 0, c 2 K, ent~ao (p(x)) = (c) = K[x]. 2. Sejam K ¶e um corpo e p(x) 2 K[x] um polin^omio de grau 2 ou 3. Prove que p(x) ¶e redut¶³vel sobre K se, e somente se p(x) tem uma raiz em K. 3. Determine todos os polin^omios de grau 4 em Z2 [x], (a) irredut¶³veis sobre Z2 ; (b) redut¶³veis sobre Z2 , mas que n~ao possuem ra¶³zes em Z2 ; (c) que possuem ao menos uma raiz em Z2 (sendo ent~ao, obviamente, redut¶³veis sobre Z2 ). 4. Veri¯que que p(x) = x2 + 1 ¶e irredut¶³vel em Z3 [x]. Fazendo a identi¯ca»c~ao Z3 [x]=(p(x)) = Z3 [u], u = x+(x2 +1), escreva as t¶abuas de adi»c~ao e multiplica»c~ao do corpo Z3 [u] 5. Sendo p(x) = x3 + x2 + 1 2 Z2 [x], mostre que o anel quociente Z2 [x]=(p(x)) ¶e um corpo com 8 elementos. Escreva a lista completa desses elementos. Sendo u = x + (p(x)), calcule (a) u¡1 (b) (u + 1)¡1 (c) (u2 + u)¡1 6. Explique como construir um corpo com (a) 4 elementos (b) 25 elementos (c) 125 elementos 7. Prove que, sendo K um corpo, se p(x) 2 K[x] ¶e um polin^omio de grau 1, ent~ao K[x]=(p(x)) = K[u] » = K. 8. Prove que, sendo K um corpo, se p(x) 2 K[x] tem grau ¸ 2 e ¶e redut¶³vel sobre K, ent~ao o anel quociente K[x]=(p(x)) n~ao ¶e um corpo, possuindo divisores pr¶oprios de zero. 9. Mostre que p(x) = x2 + 2 ¶e redut¶³vel sobre Z3 . No anel Z3 [x]=(p(x)), determine todos os divisores pr¶oprios de zero. 2 10. Seja p f (x) = x ¡ p3 2 Q[x]. Mostre que Q[x]=(f (x)) ¶e um corpo isomorfo a Q[ 3] = fa + b 3 j a; b 2 Qg.p Sendo u = x + (f (x)) 2 Q[x]=(f (x)), que elemento corresponde a u em Q[ 3]? Calcule (u2 + 1)¡1 e (u2 + 1)(u2 + u + 1) como express~oes polinomiais de grau · 2 em Q[u]. 11. Mostre que (a) x4 + 4 ¶e redut¶³vel em Q[x]; (b) x4 + 1 ¶e irredut¶³vel em Q[x], mas n~ao em R[x]; 50 Nota sobre fatora»c~ ao de polin^ omios em K[x], K um corpo: Todo polin^omio p(x) 2 K[x], K um corpo, p(x) de grau ¸ 1, se escreve na forma p(x) = ¸p1 (x) ¢ ¢ ¢ ps (x) sendo ¸ uma constante de K e p1 (x); : : : ; ps (x) polin^omios m^onicos irredut¶³veis em K[x]. Al¶em disso, ¸ e os fatores polinomiais p1 (x); : : : ; ps (x) s~ao determinados de maneira u¶nica, a menos da ordem dos fatores. 51