Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia Veiculo: Data: Blog Página 50 02/09//2012 Caderno: Tamanho: Página: Notícias Em atividade do CREA, Jhonatas (PSOL) discute planejamento urbano de Feira, política ambiental e mobilidade Na última quinta-feira (30), na Unifacs, Jhonatas Monteiro participou do Diálogo com Candidatos a prefeito de Feira de Santana, evento organizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA). Todos os candidatos compareceram, exceto novamente o candidato do DEM. Para cada candidato foram disponibilizados trinta minutos para a discussão de três temáticas, sendo duas sorteadas para cada candidato e uma comum a todos. Segundo esse método, Jhonatas falou sobre Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), Política Ambiental e, como temática comum, mobilidade urbana. O candidato do PSOL, reafirmando que Feira não possui Plano Diretor, fez o histórico do problema e enfatizou mais uma vez que o município precisa de ampla participação popular na construção deste instrumento legal que trará as principais diretrizes para organizar o espaço feirense. Jhonatas defendeu um PDDU que contemple a criação de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) ambientais e habitacionais, a descentralização da infra-estrutura de serviços hoje concentrada no Centro e combata a especulação imobiliária através da definição clara da função social da propriedade, a taxação progressiva no tempo de terrenos ociosos e a contribuição de melhoria para que a valorização de áreas privadas a partir de investimento público seja restituída aos cofres municipais. Acerca da política ambiental, além do zoneamento ambiental, Jhonatas apresentou a proposta de criação do Observatório das Lagoas e Nascentes, instituto público para promover o diagnóstico, construir a memória e elaborar alternativas para os diversos olhos d’água. O candidato também propôs a criação de um Departamento de Abastecimento e Saneamento Municipal voltado para o atendimento de áreas rurais e ambientalmente vulneráveis que necessitam de soluções específicas que a Embasa não atende. Apontando a gravidade do problema do lixo em Feira, Jhonatas defendeu a elaboração de um efetivo Plano Integrado de Resíduos Sólidos, em sintonia com a política nacional para a área, que articule a chamada “logística reversa” para garantir que as empresas recolham os seus produtos que vão para o lixo, estímulo a reciclagem em todos os níveis, incorporação da educação ambiental no currículo escolar e cooperativação de catadores e transformação do aterro sanitário em local de reciclagem e produção de energia. Na discussão de mobilidade, Jhonatas ressaltou a prioridade do transporte coletivo. Desse modo, enfatizou a proposta tecnicamente comprovada de redução da tarifa de ônibus, garantida pela modificação dos critérios de cálculo atuais que só beneficiam aos empresários do transporte, e a reformulação radical do Sistema de Transporte Integrado (SIT) baseada na integração pelo tempo da passagem, linhas bairro-bairro, controle informatizado ponto a ponto da trajetória e horário dos ônibus pelo usuário, corredores exclusivos para agilizar a circulação dos ônibus, dentre outras medidas para garantir a democratização do transporte coletivo em todo o município. Criticando a inexistência da garantia da mobilidade não motorizada na cidade, Jhonatas defendeu também complementar a prioridade do transporte coletivo com a criação de um circuito integrado de ciclovias, ciclofaixas, passarelas, calçadões e faixas de pedestres. Jhonatas concluiu a sua exposição afirmando que também nessa área não houve planejamento, o que torna fundamental que essas e outras medidas de garantia do direito de ir e vir das pessoas se relacionem com a proposição de um Plano Municipal de Mobilidade.